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Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais resumo cap. 3

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Resumos do livro: "Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais" 
Autor: Paulo Dalgalarrondo 
Os principais campos e tipos de psicopatologia 
(Capítulo 3) 
 
A área da psicopatologia é caracterizada pela existência de diversas abordagens teóricas 
que visão a explicação de seu objeto de estudo: o fenômeno psicopatológico. Tal 
diversidade gera críticas negativas por parte de alguns, as quais são problematizadas 
pelo autor que argumenta ser não somente inevitável a existência de tal diversidade 
teórica, mas é necessária sua existência, pois os fenômenos psicopatológicos são 
multideterminados. O livro apresenta as principais abordagens em psicopatologia 
expondo- as de forma antagônica para fins didáticos: 
 
1. Psicopatologia descritiva X psicopatologia dinâmica 
A abordagem descritiva visa primordialmente a descrição de sintomas presentes na 
atividade psíquica, enquanto a psicopatologia com visão dinâmica os aborda de forma a 
considerar seus movimentos afetivos na vivência psicopatológica. A combinação das 
duas abordagens relaciona- se com uma boa prática em saúde mental, combinando uma 
descrição organizada e o respeito pela subjetividade do indivíduo que apresenta a 
psicopatologia em suas diversas possibilidades. 
 
2. Psicopatologia médica X psicopatologia existencial 
A teoria médica enfoca somente nos aspectos biológicos do ser humano, percebendo o 
fenômeno psicopatológico como mau funcionamento do cérebro. Já a abordagem 
existencial considera que o âmbito biológico é apenas um entre os demais presentes no 
ser humano, como sua história e suas relações no decorrer da mesma, abordando a 
psicopatologia como uma das possibilidades de manifestação do ser no mundo, muitas 
vezes dolorosa. 
 
3. Psicopatologia comportamental e cognitivista X psicopatologia 
psicanalítica 
Para a visão comportamental a patologia pode ser vista como comportamentos 
controlados (afetados, influenciados, relacionados) por determinadas contingências 
(RELAÇÕES entre estímulos e respostas), que ao serem esclarecidas podem ser 
reorganizadas, ou seja, pode -se mudar a forma como se relaciona com a experiência. 
Pode- se atribuir outro significado e sentido as experiencias do indivíduo. Pode -se 
alterar a FUNÇÃO de cada estímulo, os quais não possuem definição estática, e então 
muda- se o comportamento. 
A perspectiva cognitivista, por sua vez, enfoca nos comportamentos encobertos, ou seja, 
nos pensamentos. Estes se manifestam de acordo com a história dos sujeitos, podem 
ser disfuncionais e gerar sofrimento, podendo ser reestruturados, aliviando o 
sofrimento, fazendo o sujeito perceber diferentes possibilidades. 
Por fim, segundo a visão psicanalítica, o ser humano possui conflitos inconscientes 
constituídos por afetos dominantes do psiquismo. O psicopatológico seria a expressão 
dos conflitos diante de determinada realidade sociocultural que pode não estar de 
acordo com os desejos e afetos que o constituem, gerando sintomas que compõe as 
vivencias psicopatológicas. 
 
4. Psicopatologia categorial X psicopatologia dimensional 
A psicopatologia categorial considera que cada manifestação psíquica pode ser 
categorizada de modo que cada definição de transtorno é estática e está inclusa em uma 
categoria bem delimitada. Exemplo, a esquizofrenia e uma categoria totalmente distinta 
de outros transtornos. Em contraponto a essa visão, a perspectiva dimensional 
considera a psicopatologia em um espectro no qual diferentes dimensões constituem 
diferentes manifestações dos transtornos. Exemplo: 
“Esquizofrenia deficitária, esquizofrenia benigna, psicoses esquizoafetivas, transtornos afetivos 
com sintomas psicóticos, transtornos afetivos menores” 
 
5. Psicopatologia biológica X psicopatologia sociocultural 
A abordagem biológica considera os aspetos neuroquímicos da psicopatologia, 
reduzindo- a ao funcionamento cerebral. Já a visão sociocultural considera o contexto 
em que a psicopatologia se manifesta, uma vez que é nele que os significados dados as 
manifestações do indivíduo são construídos. 
 
6. Psicopatologia operacional- pragmática X psicopatologia fundamental 
A abordagem operacional embasa o DSM- 5, o CID- 11 e as classificações da OMS. 
Portanto, busca- se apenas definir sintomas e classificá-los, visando utilidade clínica e 
de pesquisa. A abordagem fundamental fundamenta sua pesquisa em aspectos 
históricos e conceituais, considerando definições advindas da área médica juntamente 
com a arte e demais áreas humanas. Também considera a psicopatologia como 
sofrimento passível de transformação geradora de crescimento. 
A psicologia contribui bastante para a ciência psicopatológica, sendo as visões a seguir 
as mais comuns no que diz respeito a psicopatologia encontrar- se entre a ciência 
psicológica e a ciência psiquiátrica. 
 
Psicopatologia: possibilidades de compreensão 
 
1. Psicopatologia como “patologia do psicológico” 
Aqui a psicopatologia seria um ramo da psicologia geral, a qual estuda os fenômenos 
considerados normais. 
 
2. Psicopatologia como “psicologia (especial) do patológico” (da mente 
alterada ou patológica) 
Nesse caso os fenômenos patológicos não são derivados dos normais, mas são 
fenômenos autônomos estudados pela psicopatologia, que seria assim uma ciência 
independente da ciência psicológica que estuda os fenômenos normais. 
 
3. Psicopatologia como semiologia psiquiátrica 
A ciência se encarregaria somente na descrição dos sintomas sem se preocupar a 
questões mais profundas relacionadas a estes. 
 
4. Psicopatologia como propedêutica psiquiátrica 
A psicologia seria nesse caso uma ciência introdutória necessária para os estudos da 
psiquiatria e da psicologia clínica. 
 
 
Referências: 
DALGALARRONDO, P. Os principais campos e tipos de psicopatologia In: Psicopatologia 
e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 3 ed., 2019.

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