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Cap 3. Dalgalarrondo

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Atividade 9: Fichamento
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.
CAP. 3 
OS PRINCIPAIS CAMPOS E TIPOS DE PSICOPATOLOGIA
A Psicopatologia é um campo de estudo composto por uma multiplicidade de abordagens teóricas e isso é visto por alguns como uma “debilidade” científica. No entanto, para um saber tão complexo seria simplista reduzir a psicopatologia a uma perspectiva apenas. 
PRINCIPAIS CORRENTES DA PSICOPATOLOGIA
PSICOPATOLOGIA DESCRITIVA X PSICOPATOLOGIA DINÂMICA
A psicopatologia descritiva se interessa pela descrição das formas das alterações psíquicas; descrição de sintomas.
A psicopatologia dinâmica se interessa pelo conteúdo das vivências, as experiências particulares dos indivíduos, não necessariamente classificáveis em sintomas previamente descritos.
A boa prática em saúde mental implica em uma combinação equilibrada dessas duas abordagens.
PSICOPATOLOGIA MÉDICA X PSICOPATOLOGIA EXISTENCIAL
A perspectiva médico-naturalista diz de uma visão do humano centrada em seu biológico; espécie natural e universal, em que o adoecimento mental seria fruto de um mau funcionamento do cérebro.
A perspectiva existencial vê o paciente como um ser lançado no mundo, em que sua existência é singular. Sua composição biológica e natural em sua dimensão elementar, mas é fundamentalmente histórico e humano. Nessa abordagem, o transtorno mental é visto não tanto como disfunção biológica ou psicológica, mas como um modo particular de existência muitas vezes trágica de ser no mundo. 
PSICOPATOLOGIA COMPORTAMENTAL E COGNITIVISTA X PSICOPATOLOGIA PSICANALÍTICA
Na visão comportamental o ser humano possui comportamentos observáveis e verificáveis, regulados por estímulos gerais e por suas respostas (estímulos antecedentes e consequentes). O comportamento de baseia em certas leis e determinantes do aprendizado.	Comment by Joice Freitas: O behaviorismo radical de Skinner não compreende o ser humano somente por comportamentos observáveis, mas também com comportamentos encobertos (pensamentos, sentimentos). 	Comment by Joice Freitas: Os comportamentos não são controlados por suas respostas, mas sim pelas consequências destas; as respostas são os próprios comportamentos.
Na visão cognitivista, associada à visão comportamental, o foco é sobre as representações cognitivas do indivíduo, que são vistas como essenciais ao funcionamento mental; normal e patológico. Os sintomas seriam frutos de distorções cognitivas e comportamentos disfuncionais, aprendidos e reforçados por experiências do meio.
Em contraponto, na visão psicanalítica, o ser humano é visto como dominado por forças, desejos e conflitos inconscientes. Os sintomas são expressões de conflitos predominantemente inconscientes de desejos que não podem ser realizados e/ou temores que o indivíduo não tem acesso.
PSICOPATOLOGIA CATEGORIAL X PSICOPATOLOGIA DIMENSIONAL
Na visão categorial, as doenças mentais são compreendidas como individualizadas e com fronteiras bem demarcadas; identificações precisas, que separam um transtorno de outro. 
Em contraposição, a perspectiva dimensional seria hipoteticamente mais adequada à realidade clínica (alguns autores propõem essa visão de psicopatologia). Dentro de um transtorno, então, haveriam dimensões como por exemplo, o espectro esquizofrênico.
PSICOPATOLOGIA BIOLÓGICA X PSICOPATOLOGIA SOCIOCULTURAL
A visão biológica diz de uma base dos transtornos mentais em alterações de mecanismos neurais e determinadas áreas de circuitos cerebrais. 
Já a perspectiva sociocultural visa estudar os transtornos mentais como comportamentos desviantes que emergem num determinado contexto sociocultural, como a pobreza ou discriminação. A cultura é elemento fundamental na determinação do que seria normal ou patológico.
PSICOPATOLOGIA OPERACIONAL-PRAGMÁTICA X PSICOPATOLOGIA FUNDAMENTAL
Na psicopatologia operacional-pragmática, as definições de transtornos mentais e sintomas são formuladas de modo arbitrário, em função de sua utilidade pragmática, clínica ou pesquisa. Não é questionada a natureza da doenço, sintoma ou pressupostos filosóficos; é um modelo adotado pelas classificações de transtornos mentais como o DSM-V e o CID-11.
Em contraponto, a psicopatologia fundamental proposta pelo psicanalista Pierre Fedida, centra a atenção aos fundamentos históricos e conceituais de cada conceito psicopatológico, que inclui não somente a tradição médica mas também as tradições literárias, artísticas entre outras áreas.
Visões menos parciais e mais integrativas são desejáveis para superar as dicotomias biológico X ambiental.
RELAÇÕES DA PSICOPATOLOGIA COM A PSICOLOGIA GERAL
Algumas visões: 
· Psicopatologia como “patologia do psicológico”: Nessa visão, a perspectiva. Ao deveria ser vista como uma disciplina autônoma, mas como uma parte da psicologia geral, esta que estuda os fenômenos anormais.
· Psicopatologia como “psicologia (especial) do patológico” (da mente alterada ou patológica): A psicologia seria uma ciência autônoma, pois em seu campo de estudo entrariam os fenômenos não deriváveis dos fenômenos psicológicos normais como o pensamento e as percepções normais. As alucinações e alterações de humor, por exemplo, seriam produções novas.
· Psicopatologia como semiologia psiquiátrica: Se concentra em descrever e estudar os sintomas dos transtornos mentais, sem se ater a outras questões de psiquiatria e psicologia clínica.
· Psicopatologia como propedêutica psiquiátrica: A psicopatologia seria uma disciplina introdutória aos estudos em psiquiatria e psicologia clínica; estudo dos princípios e métodos do estudo do adoecimento mental.

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