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Processos farmacocinéticos

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DEFINIÇÃO
Processos farmacocinéticos e suas principais características. Significado deste ramo da
Farmacologia, os principais fatores capazes de alterá-los e a aplicação clínica.
PROPÓSITO
Compreender os processos farmacocinéticos para gerar decisões acertadas acerca da terapia e
dos esquemas terapêuticos, evidenciando como o organismo é capaz de reagir na presença dos
fármacos em relação à absorção, distribuição, eliminação e ao metabolismo. 
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Definir o conceito e os princípios de farmacocinética, o processo de absorção de fármacos e suas
vias de administração
MÓDULO 2
Descrever os processos farmacocinéticos de distribuição e metabolismo e seus fatores de
interferência
MÓDULO 3
Reconhecer os processos farmacocinéticos de eliminação e a farmacocinética clínica
INTRODUÇÃO
Moléculas estranhas ao organismo precisam ultrapassar diferentes barreiras para que tenham
acesso à circulação e, posteriormente, aos tecidos. Dependendo do local de introdução, os
agentes externos (farmacológicos ou não) precisam ultrapassar membranas celulares e, na
maioria das vezes, alcançar tecidos via vasos sanguíneos e circulação linfática. 
Portanto, seguida a administração, um agente farmacológico precisa ser absorvido e distribuído
para o tecido alvo, a fim de gerar seu efeito. Em conjunto com os métodos citados, é preciso
superar o constante trabalho do fígado no processo de metabolismo e, em alguns casos,
eliminação. 
Neste tema, veremos que os processos farmacocinéticos compreendem absorção, distribuição,
metabolismo e eliminação dos fármacos (ADME). Para todos os processos, há um fator em
comum: para que eles sejam realizados, precisam da passagem do fármaco através das
membranas plasmáticas que compõem as células. 
Poucas são as situações em que o fármaco poderá ser administrado no local previsto para sua
ação, a exemplo de um anti-inflamatório tópico na pele ou na mucosa inflamada. Com muito mais
frequência, um agente será administrado em um compartimento corporal (como o trato
gastrointestinal) e deverá se deslocar até o seu sítio de ação (por exemplo, o coração). Isso exige
a absorção do fármaco no trato gastrointestinal; depois, o sangue irá distribuí-lo para o coração,
passando pelo metabolismo hepático. Por fim, será eliminado a uma taxa que possibilite uma
concentração plasmática eficaz, sem o risco elevado de efeitos adversos ou tóxicos. 
O estudo da farmacocinética, portanto, é importante para a identificação das características que
favorecem a passagem dos fármacos pelos diferentes compartimentos e por suas barreiras, como
também para entendimento do quão afetado é o sistema fisiológico na presença dos fármacos.
OS PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS
A farmacocinética é o estudo do percurso dos fármacos no organismo. Nesse ramo da
Farmacologia, os processos farmacocinéticos se preocupam em descrever as características de
cada processo e, dessa forma, definir os fatores capazes de alterá-los. 
Como descrito na introdução, a passagem dos fármacos por diferentes barreiras celulares é um
processo importante para assegurar sua chegada ao tecido-alvo. Para tanto, algumas
características precisam ser consideradas: permeação e grau de ionização.
PERMEAÇÃO
A permeação dos fármacos pode ser realizada através de dois mecanismos:
MECANISMOS PASSIVOS
Sem necessidade de gasto de energia.
Difusão simples, aquosa e lipídica.
Configuração do transporte dos fármacos pelos compartimentos aquosos (espaço intersticial,
citosol, poros aquosos presentes na parede dos vasos sanguíneos).
MECANISMOS ATIVOS
Necessidade de gasto de energia.
Configuração do transporte dos fármacos pelas membranas plasmáticas.
Fator limitante mais significativo na permeação dos fármacos, uma vez que são inúmeras as
barreiras lipídicas que separam os compartimentos corporais.
Nesse sentido, entende-se que, para cada fármaco, o coeficiente de partição lipídeo/água é que
definirá quão fácil será o deslocamento entre os ambientes aquosos e lipídicos.
Ainda de forma passiva, os fármacos podem utilizar componentes facilitadores, quando sua
estrutura química é grande demais para atravessar membranas, como as proteínas
transmembranares. Da mesma forma, o transporte ativo de fármacos é possível, mas é realizado
por transportadores que atuam contra o gradiente de concentração e despendem energia para
alimentar esse processo. A endocitose também é possível.
Todos esses processos estão ilustrados na imagem a seguir. 
 Fármacos se movem através das barreiras das membranas e da célula por diferentes vias.
BRUNTON et al ., 2018.
Nesse contexto, pode-se dizer que alguns fatores definem a taxa e penetração dos fármacos nos
tecidos, sendo eles: o coeficiente de partição (lipossolubilidade x hidrossolubilidade); tamanho da
molécula e espessura (da área de contato). Esses fatores são utilizados para previsão do fluxo
passivo de moléculas ao longo de um gradiente de concentração, a conhecida Lei de difusão de
Fick:
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GRAU DE IONIZAÇÃO
Principalmente importante para ácidos e bases fracas, a carga eletrostática de uma molécula
definirá a atração por dipolos de água e, dessa forma, sua hidrossolubilidade. Como visto
anteriormente, a lipossolubilidade é uma característica que facilita a difusão dos fármacos pelas
membranas, sendo, portanto, a ionização do fármaco um fator que compromete essa difusão. De
maneira geral, o pH do meio onde os fármacos são disponibilizados definirá quão ionizados eles
estarão, favorecendo ou não sua difusão pelas membranas.
BASES FRACAS
Compõem grande parte dos fármacos.
LEI DE DIFUSÃO DE FICK
Onde C1 é a concentração mais alta; C2, a concentração mais baixa; a área é a área na qual está
ocorrendo a difusão; o coeficiente de permeabilidade é a medida de mobilidade das moléculas da
droga; e espessura é a espessura da via de difusão.
ENDOCITOSE
Nesse caso, o fármaco é englobado por uma vesícula formada pela membrana plasmática e,
posteriormente, liberado no citosol da célula que o englobou.
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A forma não ionizada sempre será a mais lipossolúvel, e assim:
Em pH ácido (pH<7): os fármacos ácidos ficam mais lipossolúveis, pois a maior parte de suas
moléculas estão na forma não ionizada.
Em pH básico (pH>7): os fármacos básicos ficam mais lipossolúveis, pois a maior parte suas
moléculas estão na forma não ionizada.
Em urina ácida, drogas de caráter básico são mais bem eliminadas, e o contrário também é
verdadeiro. Se a droga, ainda que filtrada pelo rim, estiver na sua forma não ionizada e, portanto,
lipossolúvel, ao alcançar o túbulo renal, poderá ser reabsorvida, e, assim, não será eliminada.
 EXEMPLO
A utilidade desse conceito pode ser exemplificada no processo de eliminação renal dos fármacos.
A eliminação de uma droga é um processo que, por vezes, deve ser favorecido na clínica, em
quadros de intoxicação.
A estratégia de alcalinizar a urina para favorecer a eliminação de um agente de caráter ácido, por
exemplo, justifica-se pelo fato de se aumentar, em ambiente alcalino, a porção da droga ácida na
sua forma ionizada, impedindo sua reabsorção e, consequentemente, garantindo a permanência
no túbulo renal e sua eliminação na urina, como ilustrado a seguir:
 Retenção de uma base fraca na urina quando a urina é mais ácida do que o sangue.
concentração total da droga na urina é sete vezes maior que no sangue. (KATZUNG, 2010).
ABSORÇÃO E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE
FÁRMACOS 
 Etapa biofarmacêutica necessária para disponibilizar o fármaco administrado na forma sólida
ao TGI, para que haja o processo de absorção.
É definida como o movimento do fármaco de seu sítio de administração para a circulação
sistêmica. Sabe-se que fármacossólidos administrados pela via oral, antes de sofrerem absorção,
necessitam se libertar da formulação, que deve se desintegrar nos fluidos luminais, liberando o
fármaco. A absorção dos fármacos pode ser quantificada pela biodisponibilidade, que é definida
como a fração da dose administrada que efetivamente alcança o sítio de ação, ou a circulação
sistêmica, que levará o fármaco até seu sítio.
A formulação é um dos fatores que afetam a absorção, como mencionado acima. Fármacos
sólidos precisam passar por uma etapa chamada de biofarmacêutica, onde se tem a
desintegração, desagregação e dissolução do fármaco antes que ele esteja disponível para
absorver. Tal etapa já não é necessária para formulações líquidas, conforme esquema ao lado. 
BIODISPONIBILIDADE
Para fármacos administrados pela via oral, tendo dessa forma o trato gastrointestinal como local
de administração, muitos fatores podem interferir na absorção, afetando, assim, a
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biodisponibilidade.
Dessa forma, parte do que é administrado pode não estar disponível para absorção e ser
eliminado nas fezes. Além disso, as propriedades físico-químicas do fármaco (já discutidas
acima), o metabolismo de ataque no próprio intestino e a passagem pelo fígado podem reduzir
significativamente a porção do fármaco que alcançará a circulação sistêmica. 
O que é retirado do lúmen do TGI é inicialmente levado para a circulação porta. Chegando ao
fígado, onde o metabolismo e a excreção biliar ocorrem, parte dos fármacos já pode ser eliminada.
Portanto, se a capacidade metabólica e excretória do fígado e do intestino para o fármaco forem
altas, a biodisponibilidade é reduzida substancialmente, é o que chamamos de efeito de primeira
passagem. Para tanto, a biodisponibilidade pode ser calculada na forma de um fator (F), como a
seguir:
É importante ressaltar que a via intravenosa, diferente da via oral, não submete o fármaco a todas
essas interferências citadas, sendo, portanto, uma via cujo fator de biodisponibilidade é = 1. Para
as outras vias de administração, mesmo parenterais, o fator de biodisponibilidade pode se
aproximar de 1, ou ficar bem abaixo disso. É preciso considerar as características de cada via. 
VIA
PADRÃO DE
ABSORÇÃO
UTILIDADE
ESPECIAL
LIMITAÇÕES E
PRECAUÇÕES
Intravenosa
A absorção é
evitada.
Valiosa para uso
em emergências.
Aumenta o risco de
efeitos adversos.
Subcutânea
Imediata, no caso
de soluções
aquosas.
Adequada para
algumas
suspensões
Inadequada para
grandes volumes.
Intramuscular
Imediata, no caso
das soluções
aquosas.
Adequada para
volumes
moderados.
Contraindicada durante
o tratamento
anticoagulante.
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Ingestão oral
Variável. Depende
de muitos fatores.
Conveniente e
econômica.
Depende da adesão do
paciente.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Fonte: Adaptado de BRUNTON et al ., 2018.
VIA
Intravenosa
F=1 por definição
VIA
Subcutânea
VIA
Intramuscular
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VIA
Ingestão oral
PADRÃO DE ABSORÇÃO
A absorção é evitada. Os efeitos podem ser imediatos. Adequada para grandes volumes e
substâncias irritantes, ou misturas complexas, desde que diluídas.
PADRÃO DE ABSORÇÃO
Imediata, no caso de soluções aquosas. Lenta e prolongada, no caso das preparações de
depósito.
PADRÃO DE ABSORÇÃO
Imediata, no caso das soluções aquosas. Lenta e prolongada, no caso das preparações de
depósito.
PADRÃO DE ABSORÇÃO
Variável. Depende de muitos fatores.
UTILIDADE ESPECIAL
Valiosa para uso em emergências. Permite a titulação da dose. Geralmente é necessária para
proteínas de alto peso molecular e fármacos peptídicos.
UTILIDADE ESPECIAL
Adequada para algumas suspensões pouco solúveis e para instilação de implantes de liberação
lenta.
UTILIDADE ESPECIAL
Adequada para volumes moderados, veículos oleosos e algumas substâncias irritantes. Adequada
para a autoadministração (p. ex., insulina).
UTILIDADE ESPECIAL
Mais conveniente e econômica; geralmente é mais segura.
LIMITAÇÕES E PRECAUÇÕES
Aumenta o risco de efeitos adversos. Em geral, as soluções precisam ser injetadas lentamente.
Inadequada para soluções oleosas ou substâncias pouco solúveis.
LIMITAÇÕES E PRECAUÇÕES
Inadequada para grandes volumes. As substâncias irritantes podem causar dor ou necrose.
LIMITAÇÕES E PRECAUÇÕES
Contraindicada durante o tratamento anticoagulante. Pode interferir com a interpretação de alguns
exames diagnósticos (creatinocinase).
LIMITAÇÕES E PRECAUÇÕES
Depende da adesão do paciente. A biodisponibilidade pode ser errática.
Além da biodisponibilidade, outro conceito importante a ser tratado em farmacocinética é a
bioequivalência. Clique para conhecer o conceito.
BIOEQUIVALÊNCIA
Dois medicamentos são considerados equivalentes farmacêuticos se eles tiverem os mesmos
ingredientes ativos, na mesma concentração ou dose e via de administração. Serão considerados
bioequivalentes quando tiverem a mesma biodisponibilidade, alcançando a mesma concentração
plasmática máxima no mesmo tempo.
Quando bioequivalentes, as duas formulações serão intercambiáveis. Tais estudos são
realizados observando-se as concentrações plasmáticas alcançadas a partir de amostras de
sangue recolhidas dos indivíduos em intervalos de tempo específicos. Os dados são apresentados
graficamente, onde são apresentadas, no eixo vertical, as concentrações plasmáticas do fármaco
e, no eixo horizontal, os tempos relacionados à evidenciação dessas concentrações (tempo em
que a amostra foi coletada), sendo o tempo zero o momento em que o fármaco foi administrado.
INTERCAMBIÁVEIS
Intercambiável define que algumas fórmulas podem substituir outras, é a relação dos
medicamentos genéricos com os medicamentos de referência.
PARA ADMINISTRAÇÃO VIA ORAL
O fármaco deve passar pelo estômago e/ou intestino, ser libertado da sua forma de dosagem
(formulação), dissolver-se totalmente ou parcialmente e ser absorvido. As amostras de sangue
revelam concentrações aumentadas de fármaco até atingirem um pico máximo de concentração
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(Cmáx), declinando após alcançar o pico, e, se não administradas novas doses, esse declínio
chega a zero.
PARA ADMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA
O fármaco manifesta sua concentração plasmática máxima pouco tempo depois de sua
administração, e, a partir daí, as amostras que se seguem revelam concentrações cada vez
menores com o tempo.
No gráfico da concentração de fármaco versus tempo, a area under the curve (AUC) representa
a quantidade total de fármaco absorvido na circulação sistêmica, e, portanto, o fator de
biodisponibilidade (F) pode ser calculado pela razão entre a AUC da formulaçãocom o fármaco na
qual se pretende identificar a biodisponibilidade e a AUC para a forma intravenosa desse mesmo
fármaco (que por definição é de 100%; F=1). 
VIA ORAL (VO)
É o método mais comum, mais seguro e mais conveniente. Apesar disso, possuiu desvantagens.
A absorção dos fármacos pode ser prejudicada por suas características físico-químicas (baixa
lipossolubilidade e permeabilidade pelas membranas), êmese (por irritação da mucosa gástrica),
destruição do fármaco pelo pH ácido estomacal e interação com alimentos (quimicamente ou
fisicamente, onde a presença do alimento por si só impede o contato do fármaco com a parede do
TGI). Além disso, o metabolismo hepático, dependendo da intensidade, pode reduzir
drasticamente a absorção do fármaco, como já visto anteriormente. 
A absorção no TGI é ainda direcionada pelos seguintes fatores: área de superfície de contato,
fluxo sanguíneo no sítio de absorção e concentração do fármaco nesses sítios. A maior parte da
absorção é por difusão passiva, que é favorecida quando o fármaco é lipossolúvel e está em maior
parte na forma não ionizada. Apesar de entendermos que fármacos ácidos fracos estarão menos
ionizados no estômago, pelo fato de o intestino ser um compartimento com extensa área de
superfície de contato (~200m2_ por conta das microvilosidades), a absorção de fármacos será
maior no intestino, mesmo que o fármaco esteja predominantemente ionizado nessa região.
Dessa forma, quanto mais rápido o fármaco chegar ao i ntestino, melhor será a absorção, ou seja,
quanto maior for o esvaziamento gástrico, mais rápido o fármaco será absorvido (com raras
exceções). Por vezes, quando um fármaco gera irritação gástrica ou é extensamente degradado
nesse compartimento, estratégias como formas farmacêuticas com revestimento entérico são
preconizadas.
VIA SUBLINGUAL (SL)
A absorção se dá pela mucosa oral e por vasos drenados para a veia cava superior. O fármaco é
protegido do metabolismo de primeira passagem e alcança rapidamente tanto a circulação
sistêmica como seu sítio de ação. A exemplo, tem-se a nitroglicerina, um vasodilatador de
urgência usado em pacientes com angina de peito. 
VIA RETAL (VR)
Por essa via, há menor submissão dos fármacos ao metabolismo de primeira passagem. A
mucosa do reto é extensamente vascularizada, permitindo absorção de fármacos administrados
nesse compartimento. Alguns fatores implicam em desvantagens; trata-se de uma via
desconfortável para o paciente, e alguns fármacos podem gerar irritação local. Em geral, a
absorção é boa, mas incerta. 
VIA SUBCUTÂNEA (SC)
Administração no tecido subcutâneo. É possível quando o fármaco não gera irritação ou necrose
no tecido. Normalmente, a absorção nesse local é constante e gera um efeito sustentado do
fármaco. A insulina, por exemplo, possuiu diferentes preparações (usando complexos proteicos e
variação de pH), que permite sua liberação sustentada, o que é um benefício para a
insulinoterapia. 
VIA INTRAMUSCULAR (IM)
A absorção de fármacos por essa via dependerá da formulação e do fluxo sanguíneo local.
Formulações mais oleosas retardam a absorção dos fármacos administrados por essa via,
gerando um mecanismo de depósito no músculo com liberação lenificada para a circulação
sistêmica. Dependendo do local, e tendo ele melhor perfusão sanguínea, a absorção também é
melhorada. Em geral, é mais rápida a absorção quando a injeção é feita no deltoide (ombro),
quando comparado ao glúteo máximo.
VIA INTRAVENOSA (IV)
Como já descrito anteriormente, para essa via, a biodisponibilidade é completa (F=1). É de grande
valia quando há necessidade de efeito imediato. Trata-se, portanto, de uma via que requer
cuidados redobrados, pois reações desfavoráveis podem acontecer. A dose a ser administrada
precisa estar rigorosamente acertada, pois não pode haver contaminação microbiológica nem de
partículas sólidas na preparação. Além disso, fármacos em veículos oleosos e que tenham
partículas que precipitem no sangue não podem ser administrados, afinal, uma vez administrados,
não há recuo. 
VIA PULMONAR
Algumas drogas podem ser inaladas e absorvidas através do epitélio pulmonar. O acesso à
circulação é rápido e, dessa forma, a chegada ao sítio de ação também, com a vantagem de evitar
o metabolismo de primeira passagem. Por essa via, pode-se administrar fármacos com intenção
de ação sistêmica e local. Quando se deseja uma ação no próprio compartimento pulmonar, é
preciso pensar em retê-lo nesse compartimento; isso, em geral, é ajustado pela preparação que
se utiliza ou por fármacos da classe com menor lipossolubilidade, que tendem a permanecer no
pulmão, em vez de ir para a circulação sistêmica.
VIA TRANSDÉRMICA
A pele representa um órgão protetor bastante eficiente. Quando há a pretensão de absorção pela
via transdérmica, deve-se considerar fármacos com lipossolubilidade capazes de atravessar as
diferentes camadas celulares que formam os tecidos. A absorção pode ser aumentada quando o
fármaco é colocado em suspensão em veículos oleosos e sob fricção. Patches tópicos são muito
interessantes nessa via, a exemplo dos adesivos de nicotina, para tratar abstinência de tabaco, e
estrogênio, para terapia de reposição.
NESTE VÍDEO, ABORDAREMOS AS DIFERENTES VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO E DIFERENTES CURVAS DE ABSORÇÃO.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
PROCESSO FARMACOCINÉTICO DE
DISTRIBUIÇÃO
Após a absorção ou a inserção do fármaco diretamente na circulação sistêmica, é necessário que
ele seja entregue ao tecido-alvo para que exerça sua ação. O processo de saída do fármaco da
circulação sistêmica para os diferentes tecidos é denominado de distribuição. 
Dependendo de suas propriedades físico-químicas, o fármaco pode ser distribuído para o espaço
intersticial ou fluido intracelular. A chegada do fármaco aos órgãos e tecidos é determinada por
alguns fatores, principalmente: fluxo sanguíneo e permeabilidade dos capilares que irrigam o
órgão/tecido. 
Além do fluxo sanguíneo e da permeabilidade dos capilares que irrigam os tecidos, outros eventos
devem ser considerados no processo de distribuição dos fármacos. Clique nos eventos que
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listamos a seguir.
FLUXO SANGUÍNEO 
Tecidos bem perfundidos de sangue recebem mais fármaco do que tecidos menos perfundidos.
Dessa forma, espera-se que fígado, rim e cérebro recebam mais fármaco, pois o fluxo sanguíneo
para esses compartimentos é bastante pronunciado. Da mesma forma, é esperado que a pele, o
músculo e o tecido adiposo recebam menos fármaco, afinal o fluxo sanguíneo é menos
pronunciado.
PERMEABILIDADE DOS CAPILARES
Outro fator que precisa ser considerado e a permeabilidade dos capilares que irrigam tais
compartimentos. No caso do cérebro, por exemplo, tem-se a presença de capilares oclusivos, que
compõem a barreira hematoencefálica. Para alcançarem essa região, os fármacos precisam
permear esses capilares. Logo, apesar de ter um bom fluxo sanguíneo, nem todos os fármacos
são bem distribuídos para o cérebro ou o sistema nervoso central como um todo; na realidade,
uma minoria o fará. 
LIGAÇÃO A PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
Muitos fármacos circulam na corrente sanguínea ligados a proteínas plasmáticas. Albumina é a
principal carreadora de fármacos ácidos, e a α1- glicoproteína ácida, a principal carreadora de
fármacos básicos. Ocorre que a fração do fármaco ligada a proteínas plasmáticas se torna, nesse
momento, uma fração, apesar de existente, farmacologicamente inativa, enquanto a fração livre
(não ligada) é a farmacologicamente ativa, capaz de sair do vaso, alcançar o tecido alvo e gerar
ação. 
A ligação é geralmente reversível, de forma que a retirada do fármaco da circulação (por
eliminação ou distribuição para o tecido) gere redução de fármaco livre. Na mesma medida, o
fármaco antes ligado se desliga da proteína circulante, restaurando o equilíbrioentre as porções
de fármacos ligados e desligados das proteínas.
Entende-se, portanto, que as frações livres e ligadas se mantêm constantes em função desse
equilíbrio dinâmico que é formado. A alta ligação às proteínas circulantes infere em maior risco de
efeitos adversos e tóxicos. 
A primeira consideração sobre esse evento é a redução da velocidade de eliminação dos
fármacos, uma vez que, ligados às proteínas circulantes, o processo de filtração renal é impedido.
Isso aumenta o tempo de permanência do fármaco no organismo como veremos no esquema,
 Demonstração da ligação de fármacos às proteínas plasmáticas, atentando para o fato de que
fármacos mais ligados sofrem menor depuração (clearance ), ou seja, eliminação renal, gerando
concentração total do fármaco maior na circulação sistêmica, apesar de mantidas as porcentagens
livres. Adaptado de Smith, Di e Kerns, 2010.
Além disso, é preciso considerar que muitos fatores podem alterar a ligação do fármaco a essas
proteínas: hipoalbuminemia; condições que resultem em respostas de fase aguda; alterações nos
níveis hormonais. Qualquer fator que gere competição pela mesma proteína na qual está ligado o
fármaco pode, de forma repentina, aumentar sua porção livre e, dessa forma, gerar um aumento
de efeito. Observe abaixo.
 Demonstração da competição entre dois fármacos pela mesma proteína plasmática. Percebe-
se que o fármaco deslocado da proteína (fármaco A) passa a ter maior porção livre e, dessa
forma, maior capacidade de ação no tecido-alvo. Fonte: Adaptado de Portal da Educação.
LIGAÇÃO A TECIDOS
Alguns fármacos tendem a acumular-se em tecidos, adquirindo concentrações até maiores do que
as que atingem no sangue e no espaço extracelular. A ligação nos tecidos normalmente ocorre por
afinidade a constituintes celulares, como proteínas, fosfolipídeos, e é um processo reversível. 
Quando grande parte do fármaco se encontra ligado ao tecido, o mesmo serve de reservatório, o
que prolonga a ação do fármaco no organismo. Além disso, o acúmulo no tecido pode gerar
toxicidade local (a exemplo da ototoxicidade produzida pelos aminoglicosídeos). Muitos fármacos
lipossolúveis se acumulam no tecido adiposo. O percentual desse tecido em alguns indivíduos,
como em pessoas obesas, pode contribuir para acúmulo de fármacos, aumentando o risco de
gerar reservatório. 
Ainda nesse contexto, é importante ressaltar que alguns fármacos se ligam a tecidos em um
evento chamado de redistribuição. Muitas vezes, a redução da concentração plasmática do
fármaco é observada, mas não necessariamente sua eliminação. Após o efeito primário, no tecido-
alvo, alguns fármacos podem se redistribuir para outros tecidos, o que, muitas vezes, contribui
para encerrar rapidamente seu efeito, a exemplo do tiopental.
TAMANHO DOS FÁRMACOS
Outro fator que pode afetar a distribuição é o tamanho dos fármacos. Fármacos demasiadamente
grandes tendem a ficar retidos no espaço intravascular pois não conseguem difundir pela parede
dos vasos. 
Um exemplo claro desse evento é a heparina que fica contida ao espaço intravascular por conta
de seu alto peso molecular. 
No caso específico da heparina, que é um anticoagulante, isso não gera prejuízos em sua ação,
todavia, para os fármacos cujo receptor se encontra nos diferentes tecidos é a presença do
fármaco no espaço intersticial, que garante o efeito farmacológico. 
O VOLUME APARENTE DE DISTRIBUIÇÃO
Uma das medidas em farmacocinética utilizadas para mensurar, ainda que de forma pouco
realística, a distribuição do fármaco administrado após uma dose é o volume de distribuição
(Vd). O volume aparente de distribuição, Vd, é definido como o volume de líquido necessário para
conter a quantidade total da substância no corpo, na mesma concentração presente no plasma.
Dessa forma, o Vd pode ser medido a partir da seguinte equação:
Observa-se que:
Fármacos muito ligados às proteínas plasmáticas ou de grande tamanho possuem um Vd
aparente menor (heparina Vd=0,05L/Kg);

Fármacos polares, que conseguem sair do espaço intravascular, mas tendem a ficar no espaço
extracelular, possuem um Vd mediano (Vd=0,2L/Kg); 

Fármacos mais lipossolúveis, que conseguem se difundir pelas membranas celulares, possuem
Vd mais alto (morfina Vd=2L/Kg).
METABOLISMO/BIOTRANSFORMAÇÃO DE
FÁRMACOS
O metabolismo dos fármacos é outro processo farmacocinético que contribui para a retirada do
fármaco da circulação sistêmica. Entretanto, ele faz isso auxiliando na eliminação desses
fármacos. 
Muitos agentes lipofílicos não passam rapidamente para o ambiente aquoso da urina, diminuindo
a gerência do rim sob sua eliminação. O metabolismo dos fármacos contribui nesse sentido, pois
os produtos formados (metabólitos) são mais hidrossolúveis e, portanto, mais bem eliminados
pela via renal. Há casos ainda que tais metabólitos formados são inativos, o que pode contribuir
para o término da ação farmacológica. Em outros casos, o metabólito gerado, apesar de mais
polar e hidrossolúvel, possuiu atividade biológica e até atividade tóxica.
A biotransformação dos fármacos é majoritariamente realizada pelo fígado e ocorre por reações
de fase 1 (oxidação, redução, hidrólise, e por ação das enzimas citocromo P450) e reações de
fase 2 (conjugação). Como já relatado anteriormente, o TGI pode metabolizar fármacos, além de
outros tecidos, como o pulmão, o rim e até mesmo as enzimas presentes no sangue; por isso, são
chamadas de vias secundárias. 
CLIQUE NOS ESQUEMAS E LEIA O TEXTO
 As duas fases do metabolismo de fármacos. Fonte: Adaptado de Rang et al ., 2003. 
 Ciclo da reação catalisada pela enzima da família CYP 450, onde DH é o fármaco, e DOH, o
produto (metabólito) oxidado. Fonte: Adaptado de Rang et al ., 2003. 
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ESQUEMA 1
As enzimas de fase 1 levam à introdução de grupos funcionais como –OH, –COOH, –SH, –O– e
NH2, o que aumenta a solubilidade em água e altera a atividade biológica do fármaco, inclusive
gerando inativação. 
Em algumas situações, porém, a reação de fase 1 pode ser benéfica, principalmente as reações
de hidrólise, que podem favorecer a ativação de pró-fármacos. Pró-fármacos são compostos
inativos que, ao serem biotransformados, são convertidos em seus compostos ativos. 
Essa estratégia pode favorecer a absorção de fármacos pouco lipossolúveis, melhorando a
disponibilidade do fármaco para o seu sítio de ação. 
As reações de fase 2 são realizadas através da conjugação de componentes biológicos que
elevam significativamente a hidrossolubilidade dos seus produtos. 
Alguns exemplos são os aminoácidos (glicina), derivados de carboidratos (ácido glicurônico),
sulfato, metil, acetil e glutationa. Esse processo é limitado, pois depende da presença desses
substratos, necessitando de quantidades maiores de substratos para a fazer as reações de fase 2.
Um exemplo é quando um fármaco é administrado em sobredose, pois, com isso, é possível que o
processo fique saturado, incapacitando o fígado de concluir a biotransformação do fármaco. 
ESQUEMA 2
As enzimas do citocromo P450 (enzimas da reação de fase 1) são proteínas do heme, que
formam uma grande família; cada uma é designada pela abreviatura CYP, seguida de um conjunto
de números e letras. Já foram descritas mais de 74 famílias de genes CYP, das quais as três
principais são CYP1, CYP2 e CYP3, e elas estão envolvidas no metabolismo das substâncias no
fígado. 
A formação de glicuronídio, por exemplo, envolve a constituição de um composto de fosfato, a
uridina difosfato, a partir do qual o ácido glicurônico é transferido para um átomo rico em elétrons
no substrato, formando uma ligação amida, éster ou tiol. A UDP-glicuronil transferase catalisa
essas reações. 
Várias substâncias endógenas importantes, como a bilirrubina e os corticosteroides suprarrenais,
também são conjugadas pelo mesmo sistema, conforme esquema ao lado.
Uma vez que algumas reações de fase 1 são realizadaspor meio de enzimas, alguns fatores
podem interferir na capacidade delas. Em seres humanos, já são descritas variações
interindividuais nas enzimas P450. O polimorfismo genético de algumas enzimas gera em
determinados indivíduos aumento ou redução da capacidade catalítica dessas enzimas,
predispondo esses indivíduos a um risco maior de efeitos adversos ou tóxicos. Uma variante do
gene CYP2D6, por exemplo, resulta em hidroxilação deficiente ou extensa da debrisoquina. 
Algumas consequências clínicas importantes relacionadas ao polimorfismo genético da CYP estão
disponíveis no quadro a seguir. É possível observar os defeitos na biotransformação de fármacos
devido a polimorfismo na enzima CYP450, responsável pelo processo e por suas consequências
clínicas. 
Defeito Droga e Uso terapêutico Consequências clínicas*
Oxidação
Bufuralol (bloqueador dos
receptores β-adrenérgicos)
Exacerbação do bloqueio β,
náusea
Oxidação Debrisoquina (anti-hipertensiva) Hipotensão ortostática
Oxidação Etanol
Rubor facial, sintomas
cardiovasculares
N-
Acetilação
Hidralazina (anti-hipertensiva)
Síndrome semelhante ao
lúpus eritematoso
N-
Acetilação
Isoniazida (antituberculosa) Neuropatia periférica
Oxidação Mefenitoína (antiepilético) Toxicidade por superdosagem
Oxidação Esparteína Sintomas oxitócicos
Hidrólise de
éster
Succinilcolina (bloqueador
neuromuscular)
Apneia prolongada
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Fonte: Adaptado de BRUNTON et al ., 2018
ALGUNS FATORES, INCLUSIVE OS AMBIENTAIS, PODEM
INDUZIR OU INIBIR AS ENZIMAS. EXISTEM INIBIDORES E
INDUTORES ENZIMÁTICOS TANTO NA DIETA QUANTO NO
AMBIENTE.
Alguns agentes farmacológicos atuam como inibidores, e fazem isso competindo pelo sítio ativo
da enzima, apesar de não serem substratos (quinidina é um potente inibidor competitivo da
CYP2D6). Outras inibem de forma não competitiva (cetoconazol forma complexo estável com a
forma Fe3+ do ferro hêmico da CYP3A4). 
INIBIDORES
A erva de São João e o suco de grapefruit e inibem o metabolismo de alguns fármacos.

INDUTORES
E a couve-de-bruxelas e o tabaco induzem as enzimas P450. 
FÁRMACOS INIBIDORES
Alguns agentes farmacológicos atuam como inibidores, e fazem isso competindo pelo sítio ativo
da enzima, apesar de não serem substratos (quinidina é um potente inibidor competitivo da
CYP2D6). 
Outras inibem de forma não competitiva (cetoconazol forma complexo estável com a forma Fe 3+
do ferro hêmico da CYP3A4).
FÁRMACOS INDUTORES
No grupo dos indutores, temos as substâncias rifampicina, etanol e carbamazepina, que
aumentam a atividade das enzimas CYP450 e da conjugação, quando administradas
cronicamente. A indução enzimática pode aumentar ou diminuir a toxicidade de substâncias. 
O paracetamol possui metabólitos (produto do metabolismo) de fase 1 que geram toxicidade;
portanto, a toxicidade aumenta após indução enzimática.
Para os pró-fármacos, a indução enzimática por alimentos, os fatores ambientais ou outros
fármacos favorecem a biotransformação e, por conseguinte, a produção da substância ativa.
Alguns exemplos estão organizados abaixo.
 Fármacos que produzem metabólitos ativos ou tóxicos após o processo de biotransformação.
Fonte: Adaptado de Rang et al ., 2003
VÍDEO COM AVALIAÇÃO
Neste vídeo, abordaremos as duas fases da biotransformação:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
OS PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS DE
ELIMINAÇÃO
A saída dos fármacos do organismo pode ser realizada por diferentes vias. Sabe-se que os
processos de eliminação renal e hepático biliar são muito importantes e que outras vias
secundárias também são utilizadas. 
SUOR
LÁGRIMAS
LEITE MATERNO
VIA PULMONAR
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VIA PULMONAR
É a principal para via de eliminação dos fármacos administrados também por essa via. 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
O fármaco pode ser eliminado na sua forma não alterada ou na forma de metabólito.
Com exceção do pulmão, os órgãos excretórios eliminam melhor compostos polares do que
altamente lipofílicos. 
Para que a eliminação seja eficiente, os que são lipossolúveis, em geral, dependem de
conversão a seus metabólitos mais hidrossolúveis. 
A eliminação de fármacos no leite materno deve ser identificada, pois isso é possível para
alguns fármacos; dessa forma, o recém-nascido, ao ser amamentado, fica vulnerável aos
efeitos do fármaco. É importante ressaltar que O pH do leite é mais ácido do que o pH do
plasma; assim, compostos básicos poderão concentrar-se nesse fluido
Em algumas situações, quando administrado pela via oral, boa parte do fármaco sequer
alcança a circulação, pois é eliminada nas fezes antes de ser absorvida. 
O rim é o órgão mais comprometido com a eliminação dos fármacos, porém apenas 30%
deles são eliminados na sua forma não modificada. O que quer dizer que o fígado precisa
auxiliar o rim metabolizando os fármacos, para que consigam ser eliminados. Além disso,
alguns alcançam o sistema porta e o fígado, que retorna o fármaco para o TGI lançando-o
diretamente no intestino ou pela bile, eliminando-o. 
Estando presente na circulação sistêmica e ao passar pelo glomérulo, o fármaco, ou seu
metabólito, pode ser filtrado. Isso dependerá da taxa de filtração glomerular, de o fármaco estar na
sua forma livre e ser menor que 20 mil dáltons para conseguir se difundir pelos capilares
glomerulares.
Ainda que não tenha sido filtrado, é possível que o fármaco seja secretado ativamente no túbulo
renal por carreadores de ácidos ou de bases existentes nessa região. 
O processo de secreção tubular representa grande parte da eliminação de substâncias ligadas a
proteínas plasmáticas. Ao alcançar o lúmen do túbulo, existe a possibilidade de o fármaco
permanecer e, assim, ser excretado na urina ou retornar à circulação sistêmica pelo processo de
reabsorção. 
As células tubulares são pouco permeáveis às formas ionizadas, e a reabsorção passiva dessas
substâncias depende do pH.
NO TÚBULO RENAL
Nesse caso, portanto, a secreção dependerá da afinidade do fármaco ou de seu metabólito
através desses carreadores e quão disponível eles estarão, já que podem saturar. 
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PH
Quando o pH da urina está mais alcalino, ácidos fracos são ionizados e excretados mais
facilmente; em urina mais ácida, bases fracas serão mais bem eliminadas. Isso ocorre porque
formas ionizadas não são reabsorvidas e permanecem no túbulo, sendo, por fim, eliminadas. Da
mesma forma, sendo lipossolúvel, o fármaco, ou o metabólito, consegue sofrer reabsorção,
retornando à circulação sistêmica e sendo menos eliminado
Como observado, o pH da urina pode interferir na eliminação de fármacos. Alimentos e/ou
compostos que alterem o pH da urina podem favorecer ou desfavorecer a eliminação de um
fármaco pela via renal, pois, ao favorecer sua forma ionizada, a permanência no túbulo é
garantida, mas, ao favorecer a forma não ionizada, há risco de reabsorção.
Alguns outros fatores devem ser considerados como interferentes na eliminação de fármacos:
 Escolha uma das Etapas a seguir.
FATOR 1
FATOR 2
FATOR 3
Idade (neonatos e idosos possuem menor taxa de filtração glomerular).
Quadros patológicos (insuficiência renal e hepática – este segundo pelo fato de reduzir a
capacidade do fígado de gerar os metabólitos hidrossolúveis, que são mais bem eliminados).
Ligação a proteínas plasmáticas (quanto maior a ligação, menor será a filtração no glomérulo). 
Para fármacos que dependem da secreção tubular, devemos considerar as interações
medicamentosas possíveis quanto à competição pelos carreadores tubulares. Quando dois
fármacos competem pelo mesmo carreador, isso implica em menor secreção de um deles – a
administração de probenecida acompanhadade penicilina é um exemplo positivo dessa interação
(a probenecida reduz a eliminação da penicilina, fazendo-a permanecer mais tempo em
circulação). Entretanto, para outras interações, há o risco de efeitos tóxicos.
De forma geral, pode-se pensar que a redução da concentração plasmática do fármaco se deve à
sua distribuição, redistribuição e eliminação. 
https://stecine.azureedge.net/repositorio/processos_farmacocineticos/index.html#collapse-steps1
https://stecine.azureedge.net/repositorio/processos_farmacocineticos/index.html#collapse-steps1
https://stecine.azureedge.net/repositorio/processos_farmacocineticos/index.html#collapse-steps2
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/processos_farmacocineticos/index.html#collapse-steps3
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Em farmacocinética, a eliminação dos fármacos é descrita como depuração ou clearance (CL). 
No nível mais simples, a depuração de um fármaco é um evento que prevê sua taxa de eliminação
em relação à sua concentração (C). Por sua vez, um fármaco se retira do espaço intravascular,
seja por distribui-se ao tecido, seja por eliminação, a concentração plasmática decresce. Observe
atentamente as etapas nas imagens a seguir, que ilustram modelos de distribuição e eliminação
dos fármacos.
 Clique nas figuras abaixo para ver as informações.
FIGURA A
Podemos comparar a injeção intravenosa de um fármaco com a adição dele dentro de uma
proveta. Quando não movimento de fármaco para fora da proveta, o gráfico mostra apenas
aumento na concentração até um máximo e depois um platô.
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FIGURA B
Neste caso, existe uma via de eliminação (representada pela torneira) e por isso o gráfico
apresenta um declínio após atingir a concentração máxima. A inclinação da curva diminui porque
a redução do material na proveta faz com que a eliminação também diminua, exponencialmente.
FIGURA C
O fármaco é colocado em um compartimento (sangue) e se distribui para um segundo
compartimento (volume extravascular). Neste caso, o gráfico mostra um aumento íngreme
(referente ao momento em que o fármaco é adicionado), depois há um decaimento exponencial
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até um novo platô (quando a quantidade de fármaco fica em quantidades equilibradas nos dois
compartimentos).
FIGURA D
Esta figura ilustra a representação mais condizente com o mecanismo de eliminação e equilíbrio
extravascular. No gráfico, perceba que há uma fase precoce de distribuição e posteriormente uma
fase de eliminação mais lenta.
Ao administrar por via intravenosa uma quantidade específica do fármaco, o mesmo se dispersa
pela circulação sistêmica e para os compartimentos extravaculares. A eliminação e a distribuição
definem a redução progressiva da quantidade do fármaco na circulação sistêmica.
A depuração é um evento que soma a eliminação do fármaco por todas as vias. A eliminação do
fármaco, como assinalado anteriormente, envolve processos realizados no rim, no fígado, nos
pulmões, no suor, no leite materno, entre outros. 
A depuração total é o somatório da depuração em todas essas vias e expressa o volume de fluido
biológico, como o sangue ou plasma, do qual o fármaco se livra por unidade de tempo. 
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É expressa em volume por tempo sobre por peso (ex: mL/min por Kg), onde CL é depuração ou
taxa de eliminação.
Para a maioria dos fármacos, a depuração é constante na faixa de concentração plasmática
aferida em situações clínicas. Assim, a velocidade de eliminação é proporcional à concentração,
logo: Taxa de eliminação = CL X C
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Esse tipo de eliminação é denominado eliminação de primeira ordem e pode ser calculada
pela razão entre a dose e a ASC (CL=DOSE/ASC). Para poucos fármacos, ou quando a
dose é excessiva para os que realizam a eliminação de primeira ordem, a eliminação é ou
torna-se saturada, denominando-se eliminação passível de saturação. Caso o fluxo
sanguíneo não limite a eliminação, a relação entre a velocidade de eliminação e a
concentração será: 
A equação é semelhante a de Michaelis-Menten, que expressa cinética enzimática, onde
Vmáx é a capacidade máxima de eliminação do fármaco, e Km é a concentração do fármaco
em que a velocidade é 50% da máxima. Substâncias como o etanol e a aspirina obedecem a
esse perfil de eliminação. Ao saturar a capacidade de eliminação, a concentração continua
crescendo com o aumento da administração da droga. Não se pode utilizar a ASC no cálculo
da depuração nesse perfil. 
Outro parâmetro farmacocinético importante a ser considerado na eliminação dos fármacos
é o tempo de meia-vida (t1/2), que se refere ao tempo necessário para se reduzir à metade
a quantidade do fármaco no organismo. É definido através da seguinte equação:
Existem dois principais modelos para definir a distribuição e o decaimento da quantidade do
fármaco na circulação. O modelo de um compartimento é mais simples e estabelece que o
fármaco se distribui igualmente para os compartimentos corporais, como se todos fossem um só,
comparado a um compartimento central. 
Sendo assim, a verdadeira meia-vida terminal será maior do que a calculada pela equação, ou
outros parâmetros podem se mostrar diferentes. Um exemplo de como considerar o modelo certo
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faz diferença, como mostramos a seguir.
COMPARTIMENTO CENTRAL
Este exemplo foi apresentado anteriormente. Observe a figura:
Na maioria dos casos, porém, o modelo de multicompartimento descreve melhor a farmacocinética
do fármaco, como se, por exemplo, órgãos como o coração, fígado e pulmão, que são menores e
bem perfundidos, representassem o compartimento central, e tecidos com perfusão mais lenta,
como pele, gordura e osso, se comportassem como outro compartimento. Veja a figura:
CURVA DE CP X TEMPO SEGUIDA DE UMA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACO
IV (500MG) PARA UM PACIENTE DE 70KG.
Neste painel a concentração foi medida após e em intervalos de 2 horas após a administração. Ao
extrapolar a curva para concentração plasmática no tempo zero (Cp0), o gráfico sugere que o
fármaco é eliminado a partir de um compartimento com um t1/2 de 4 horas. O volume de
distribuição (V), calculado a partir da Cp0 medida, foi de 31,3 L, e o clearance , de 90 mL/min. 
CURVA DE CP X TEMPO SEGUIDA DE UMA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACO
IV (500MG) PARA UM PACIENTE DE 70KG.
Neste painel a amostragem antes de 2 horas indicou uma cinética multiexponencial. O t1/2 não
modificou (4 h), entretanto o clearance foi de 84 mL/min, e Vd, de 26,8 L. Houve um erro de 10%
na estimativa do clearance quando as duas horas iniciais foram ignoradas. 
FARMACOCINÉTICA CLÍNICA
EFEITO DE ESQUEMA DE DOSES REPETIDAS
A administração de doses repetidas de um fármaco é um evento mais comum do que a
administração de uma única dose. A infusão contínua é um esquema de doses repetidas mais
extremo. 
Entende-se que a concentração plasmática aumenta até atingir uma concentração em estado de
equilíbrio dinâmico, onde a velocidade de administração torna-se igual à velocidade de eliminação.
 Perfil de variação da concentração plasmática esperada para um esquema de infusão contínua
(A), injeções repetidas mais frequentes (B), injeções repetidas menos frequentes (C).Fonte:
Adaptado de RANG et al ., 2003
A velocidade de eliminação, como já descrito acima, é igual ao CL (clearance ) x C (concentração
– nesse caso, a concentração no estado de equilíbrio dinâmico), logo:
Um esquema de injeções repetidas possuiu um padrão mais oscilante, mas o princípio é o
mesmo. De forma geral, quanto menores e mais frequentes as doses, mais próximo o perfil se
parecerá com o da infusão contínua, e as oscilações serão menores, conforme o gráfico ao lado.O equilíbrio dinâmico é alcançado após quatro ou cinco tempos de meia-vida.
 SAIBA MAIS
O alcance da concentração plasmática de equilíbrio é possível quando o fármaco apresenta uma
cinética de eliminação de primeira ordem, o que gera uma taxa de eliminação proporcional à taxa
de absorção, possibilitando o alcance desse equilíbrio. 
Para fármacos com cinética de eliminação de ordem zero ou cinética de saturação, quando a taxa
de eliminação não é proporcional ao aumento da concentração plasmática, o perfil de curva
observado é diferente. 
NA CINÉTICA LINEAR, A CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA NO ESTADO DE
EQUILÍBRIO DINÂMICO É DIRETAMENTE PROPORCIONAL À DOSE.
Comparação do perfil da curva de fármacos administradas via oral a cada 12 horas com cinética
de primeira ordem (linear), onde o equilíbrio dinâmico é alcançado.
NA CINÉTICA DE SATURAÇÃO, UM PEQUENO INCREMENTO NA DOSE
RESULTA EM UM EFEITO DESPROPORCIONAL SOBRE A CONCENTRAÇÃO
PLASMÁTICA. 
Comparação do perfil da curva de fármacos administradas via oral a cada 12 horas na cinética de
saturação, onde o equilíbrio dinâmico é imprevisível. 
SOBRE DOSAGENS REPETIDAS
Para um esquema de doses repetidas, tem-se, portanto, que os fármacos devem ser
administrados de modo a manter uma concentração plasmática de equilíbrio, que gere o efeito
esperado e seja segura. Cada dose deve ser suficiente para repor o fármaco eliminado na dose
anterior. A dose a ser administrada a cada tomada, para manter essa concentração-alvo, é
chamada de dose de manutenção. Uma vez que, no estado de equilíbrio, a taxa de “entrada”
(administração) iguala-se à taxa de “saída” (eliminação) do fármaco no organismo, substituindo-se
a concentração (C) pela concentração-alvo (C alvo) (que se espera ter) na equação da taxa de
eliminação, temos que:
Para vias de administração, onde a biodisponibilidade não é 100%, ou seja, F<1, como no caso da
via oral, a taxa de administração deve ser ajustada pelo fator de biodisponibilidade. Logo,
usaremos Taxa de administração x F na equação. 
A taxa de administração para doses repetidas representa a dose de manutenção a ser
administrada em relação ao intervalo entre essas doses:
Em algumas situações, antes de gerar um esquema de manutenção, é preciso alcançar
rapidamente a concentração plasmática alvo. Nesses casos, é possível administrar uma dose de
ataque, que é capaz de elevar imediatamente a concentração ao nível-alvo. Essa dose pode ser
calculada da seguinte forma:
VÍDEO COM AVALIAÇÃO
Neste vídeo, apresentamos um estudo de caso para abordar um esquema de doses repetidas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como observado ao longo de todo o conteúdo abordado, a farmacocinética engloba um conjunto
de processos e parâmetros importantes a serem considerados no processo de administração de
medicamentos. 
A forma como o organismo reage à presença do fármaco define a maneira como vamos manuseá-
lo e trabalhar seu uso nos diferentes indivíduos. É importante observar que, apesar de muitos
parâmetros farmacocinéticos serem estimados a partir de medidas observadas na maioria dos
indivíduos testados, as características particulares, como presença de quadros patológicos ou
polimorfismo genético, podem distanciar o comportamento do paciente do comportamento
observado na maioria. Isso requer grande atenção no momento da escolha e administração de
fármacos pelos profissionais da saúde.
 PODCAST
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRUNTON, L. L.; HILOW-DANDAN, R.; KNOWMAN, C. B. Goodman e Gilman’s: The
Pharmacological Bases of Therapeutics . 13. ed. New York: Mc Graw Hill, 2018.
BRUNTON, L. L.; LAZO, J. S.; PARKER, K. L. Goodman e Gilman’s : as bases farmacológicas
da terapêutica. 11. ed. Porto Alegre: Mc Graw Hill/Artmed, 2010.
HOLFORD, N.; BLACK, P.; COUCH, R.; KENNEDY, J.; BRIANT, R. Theophylline Target
Concentration in Severe Airways Obstruction – 10 or 20 mg/L? A Randomised Concentration-
Controlled Trial . Clin Pharmacokinet. 1993, 6, 495-505.
KATZUNG, B. G. Farmacologia Básica e Clínica. 10. ed. Porto Alegre: Mc Graw Hill/Artmed,
2010.
PAIVA, S. C. A.; DUARTE, S. A. F. Farmacologia – Exercícios teórico-práticos. Portugal:
Departamento de Biologia da Universidade do Minho, 2011. 
PORTAL DA EDUCAÇÃO. Ligação de Drogas a Proteínas Plasmáticas. Consultado em meio
eletrônico em: 21 maio 2020.
RANG, H. P; DALE, M. M; RITTER, J. M; MOORE, P. K. Farmacologia. 5. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier: 2003. 
SMITH, D. A.; DI, L.; KERNS, E. H. The effect of plasma protein binding on in vivo efficacy:
misconceptions in drug discovery. In : Nat. Rev. Drug Discovery 2010, 9, 929–939. 
EXPLORE+
Pesquise e leia o estudo Avaliação farmacocinética de comprimidos contendo lamivudina e
zidovudina em plasma humano .
CONTEUDISTA
Luiza Villarinho Pereira Mendes
 CURRÍCULO LATTES
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