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Aula 3 - Liquidacao, execucao especifica e bens

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL III – PROCESSO DE EXECUÇÃO 
AULA 2 
gabriela003886@unieuro.com.br
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
· Título líquido: aquele que indica a quantidade de bens ou valores que constituem a obrigação. 
· Não existe liquidação de título extrajudicial. 
· Sempre que na fase cognitiva for prolatada sentença que reconheça ilíquida, antes de ter início a fase de cumprimento de sentença, haverá uma etapa intermediária, de liquidação. Se o título for sentença penal condenatória, antes do início da execução, haverá a liquidação dos danos. 
 
ESPÉCIES DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
1. Apuração do quantum devido às vítimas, quando proferida sentença condenatória genérica nas ações civis públicas para a defesa de interesses individuais homogêneos; 
2. Liquidação por arbitramento; 
3. Liquidação de procedimento comum. 
 
FASE DE LIQUIDAÇÃO 
· A liquidação não constitui um novo processo, mas apenas uma fase do processo principal. 
· Previsão legal: arts. 509 a 512 CPC. 
· Intimação do devedor: o devedor não será citado, mas intimado na pessoa de seu advogado para acompanhar a liquidação. 
· Devedor revel: não há necessidade de intimação - art. 346 do CPC. 
· Caso a liquidação seja de sentença penal condenatória, arbitral ou estrangeira, como não há nenhum processo civil de conhecimento precedente, o devedor será citado, pois é a primeira vez que comparece ao juízo cível. 
 
LEGITIMIDADE PARA A LIQUIDAÇÃO 
· Pode ser requerida tanto pelo credor quanto pelo devedor. 
· Exceção: a liquidação da sentença condenatória genérica proferida nas ações civis públicas, somente o credor estará legitimado a solicitar a liquidação, porque o devedor não terá condições de saber quem são as vítimas, e quais os danos que cada qual sofreu. 
 
NATUREZA JURÍDICA DA LIQUIDAÇÃO 
· Natureza de decisão interlocutória meramente declaratória. 
· Recurso cabível: agravo de instrumento: art. 1015CPC 
 
SENTENÇA PARTE LÍQUIDA, PARTE ILÍQUIDA 
O art. 509, § 1º, do CPC trata da possibilidade de haver uma sentença que seja parte líquida e parte ilíquida. Por exemplo: uma sentença proferida em ação de reparação de danos pode condenar o réu a pagar os danos emergentes, correspondentes aos gastos que ele teve, em determinado valor, e em lucros cessantes, a serem apurados em liquidação. O credor pode promover simultaneamente a execução da parte líquida, e, em autos apartados, a liquidação da outra parte. 
 
CÁLCULO DO CONTADOR 
· Não é necessária a liquidação quando puder ser apurado o valor por simples cálculo aritmético. 
· Cumpre ao credor, ao requerer a execução, apresentar memória discriminada do cálculo do débito, indicando de forma especificada os itens da cobrança e os acréscimos de correção monetária, juros e outros fixados na condenação (art. 524, do CPC). 
· O juiz deve examiná-los e, de ofício, determinar a correção de eventuais erros. Também há a possibilidade de o devedor defender-se, por objeções de pré-executividade ou impugnação. 
· Quando tiver dúvida, o juiz poderá valer-se de contabilista do juízo, que terá o prazo máximo de trinta dias para efetuar a verificação dos cálculos, exceto se outro prazo lhe for determinado. 
 
LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO 
· É aquela que se presta à apuração do valor de um bem ou serviço. A única tarefa é a apuração desse valor, o que demandará a apresentação de pareceres e documentos elucidativos pelas partes e, se isso não for suficiente, a nomeação de um perito. 
· A diferença da liquidação de procedimento comum é que, nesta, não há necessidade de prova de fatos novos, que vão além da simples apuração do valor do bem ou do serviço. 
· Dispõe o art. 509, I, do CPC que a liquidação será feita por arbitramento quando determinado por sentença ou convencionado pelas partes ou quando o exigir a natureza do objeto da liquidação. 
· O procedimento a ser observado é o mesmo previsto para a prova pericial. Prevalece o entendimento de que não há honorários advocatícios na liquidação por arbitramento, já que não se discutem fatos novos (RSTJ 142/387). 
 
LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM 
· É aquela em que há necessidade de comprovação de fatos novos, ligados ao quantum debeatur - art. 509, II CPC. 
· Fato novo: fato que não tenha sido apreciado, quando do julgamento, e que diga respeito ao quantum. Por exemplo: o art. 324, II, do CPC. 
· O procedimento da liquidação por artigos é o comum, ainda que a fase de conhecimento tenha observado o especial. 
· O réu será intimado para apresentar contestação, sob pena de presumirem-se verdadeiros os fatos novos relacionados ao quantum debeatur. 
 
LIQUIDAÇÕES NO CURSO DA FASE DE EXECUÇÃO 
Nos itens anteriores, examinou-se a liquidação como uma fase do processo sincrético, intermediária entre a condenatória e a executiva. Mas, às vezes, a liquidação, conquanto desnecessária antes da execução, pode tornar-se indispensável no seu curso. Haverá liquidação incidente. É o que ocorrerá, por exemplo, sempre que não houver mais a possibilidade de execução específica de obrigação, e a conversão em perdas e danos (ou quando o credor preferir essa forma). A obrigação, até então líquida, tornar-se-á ilíquida, já que será necessário apurar as perdas e danos. Na liquidação incidente, o exequente indicará os danos que pretende ver ressarcidos, e o juiz determinará as provas necessárias para comprová-los. Ao final, proferirá decisão interlocutória, indicando o quantum debeatur, e a execução prosseguirá, na forma do art. 523 do CPC. 
DA EXECUÇÃO ESPECÍFICA 
 
Conceito: aquela que tem como objetivo impelir o devedor a cumprir a obrigação nos exatos termos em que foi constituída, sem falar em conversão em perdas e danos. 
 
Ocorrência: obrigações de fazer, não fazer ou entregar coisa – 497 e 498 CPC. 
 
Formas de se promover a execução específica: sub-rogação e coação e dependem da fungibilidade das obrigações. 
· Obrigação fungível: sub-rogação e coerção. 
· Obrigação infungível: coação 
 
Importante: caso a execução específica não seja possível, o juiz buscará o cumprimento da obrigação buscando providências para alcançar resultado equivalente (497 CPC). 
 
Conversão em perdas e danos – art. 499 CPC 
· Quando for impossível o cumprimento da obrigação nos ternos do anteriormente estabelecido (ex: obrigação de fazer infungível). 
· Quando o credor requerer a conversão em perdas e danos em razão do não cumprimento da obrigação específica pelo devedor. Porém, só pode o credor fazer tal solicitação se ficar comprovada a recusa do devedor no cumprimento da obrigação específica. 
 
Mecanismos coercitivos para que o devedor cumpra a tutela específica - Art. 536, § 1º CPC 
· Multa; 
· Busca e apreensão; 
· Remoção de pessoas e coisas; 
· Desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva. 
· Art. 77, § 2º CPC - multa de ato atentatório à dignidade da justiça. 
 
Multa 
· Aplicável à todas as execuções de obrigação de fazer ou não fazer e de entregar coisa, fungível ou infungível, até mesmo nas obrigações que tenham por objeto prestação pecuniária, portanto as obrigações por quantia, ainda que nesse caso a incidência de multa deva ser excepcional e subsidiária. 
· Característica: periodicidade – dura enquanto permanece a inércia do devedor. 
· A finalidade da multa é coercitiva, não repressiva ou punitiva. Ela não constitui sanção ou pena. 
 
Fixação da multa 
Multa no Cumprimento de sentença: 
 
· Fixada pelo juiz. Não pode ser irrisório, sob pena de não pressionar a vontade do devedor; nem tão elevado, que o credor acabe preferindo que a obrigação não seja cumprida e que o devedor permaneça inerte. 
· O juiz tem ampla liberdade de modificar o valor da multa, de ofício ou a requerimento das partes, quando verificar que ela se tornou insuficiente ou excessiva. Pode ainda alterar-lhe a periodicidade. As alterações podem ocorrer mesmo que a multa tenha sido fixada em sentença transitada em julgado. 
 
Multa na execução de título extrajudicial: 
· O juiz também poderá fixar livremente a multa, ao despachar a inicial (arts. 806, § 1º e.814 CPC). 
· O juiz só terá essa liberdadese a multa não tiver sido convencionada pelas próprias partes no título executivo extrajudicial, caso em que deverá prevalecer o acordo. Mesmo assim, o juiz terá o poder de reduzi-la, se verificar que é excessiva; mas não de aumentá-la, caso a repute insuficiente, por força do que dispõe o art. 814, parágrafo único. 
 
Momento para a fixação no cumprimento de sentença 
· O juiz só fixará a multa depois de impor ao réu o cumprimento da obrigação de fazer, não fazer ou entregar coisa. Isso pode ocorrer logo no início do processo, se ele deferir tutela provisória, ou então, na sentença condenatória. Mesmo que ele não o faça na sentença, poderá determiná-la posteriormente, na fase de execução, e de ofício. 
 
Na execução de título extrajudicial 
· O juiz a fixará quando despachar a inicial. Se não fizer, poderá fixá-la posteriormente, a qualquer momento no curso da execução, quando se fizer necessária. 
· Quanto à obrigação de pagamento de quantia certa, parece-nos que o juiz só deverá se valer da multa quando os meios de sub-rogação não se mostrarem eficazes, ou porque o devedor oculta maliciosamente os bens, ou porque causa embaraços ou dificuldades à sua constrição. Não faz sentido o juiz deles valer-se quando ficar evidenciado que o executado não oculta ou sonega bens, mas apenas não os possui. 
 
Cobrança da multa 
Da comunicação da cobrança de multa: 
· Art. 513, § 2º, I, do CPC/2015, a intimação deve ser feita na pessoa do advogado constituído, só havendo necessidade de intimação pessoal quando o executado não tiver advogado ou for assistido pela Defensoria Pública. Não aplicar S. 410 STJ. 
· Quando fixada em decisão ainda não definitiva, como na antecipação de tutela, a multa poderá desde logo ser cobrada, em caráter provisório, devendo ser depositada em juízo. Entretanto, o seu levantamento só deverá ser autorizado após o trânsito em julgado da sentença favorável à parte (art. 537, § 3º). 
· Ao fixar a multa, o juiz estabelecerá o prazo razoável de cumprimento, findo o qual ela passará a incidir. Se, fixada em tutela provisória, a sentença vier a ser de improcedência, ela ficará sem efeito, aplicando-se o art. 520, II, do CPC. Se a sentença confirmar a tutela provisória e transitar em julgado, a execução tornar-se-á definitiva. 
· Havendo retardo, a multa será devida pelos dias de atraso. Pode ocorrer que o devedor permaneça inerte por longo tempo, com o que o valor da multa torne-se excessivo. O credor, por vezes, deixa de requerer a conversão em perdas e danos ou qualquer outra providência na expectativa de que ela se torne maior a cada dia, trazendo-lhe proveito financeiro. Havendo conversão em perdas e danos, o credor poderá executar cumulativamente a indenização e a multa. 
· Mas, verificando o juiz que ela se tornou excessiva, poderá reduzi-la a parâmetros razoáveis, alterar a sua periodicidade ou até mesmo excluí-la, mesmo que tenha sido fixada em sentença transitada em julgado. Não se justifica que ela se torne fonte de enriquecimento sem causa. 
· Não há direito adquirido do credor à multa, que não é condenação, mas meio de coerção. A redução poderá ser determinada de ofício ou a requerimento do prejudicado e poderá ter por causa também o cumprimento parcial superveniente da obrigação ou a existência de justa causa para o descumprimento. 
 
Valor da multa 
Muito se discutiu se o valor da multa estaria limitado pelo da obrigação principal. A lei civil estabelece que as cláusulas penais não podem ultrapassar o valor da obrigação. Mas a multa não é cláusula penal, e a lei não impõe limites. Porém, não se pode admitir que ela ultrapasse os limites do razoável, e se isso acontecer, o juiz deve reduzi-la a um montante tal que não constitua fonte de enriquecimento indevido para o credor. Verificando o juiz que ela já correu por tempo suficiente, deve dar por encerrada a incidência, reduzindo-a ao razoável. Cumpre ao credor, então, requerer outros meios de coerção ou a conversão em perdas e danos. 
 
DOS BENS SUJEITOS À EXECUÇÃO 
Regra geral: princípio da patrimonialidade - art. 789 do CPC. 
 
Bens não sujeitos à execução - art. 833CPC - bens que são impenhoráveis. 
· Bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução (os frutos e rendimentos desses bens poderão ser penhorados, à falta de outros bens); 
· Os móveis, pertences e utilidades domésticas, que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns, correspondentes a um médio padrão de vida; 
· Os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo os de elevado valor; 
· Os vencimentos, subsídios, soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos do trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º deste artigo; 
· Os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; 
· O seguro de vida; 
· Os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; 
· A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; 
· Os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
· Quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 salários mínimos. Nesta última hipótese, tem prevalecido o entendimento de que, se houver várias cadernetas de poupança, o limite a ser considerado é o que resulta da soma de todas elas. Se houver várias cadernetas de poupança, cujo total ultrapasse 40 salários mínimos, essa quantia será considerada impenhorável, mas não o que excedê-la, considerada a soma total dos valores depositados. 
 
Importante: a impenhorabilidade estabelecida nos incisos IV e X não prevalece sobre débitos alimentícios de qualquer origem (sejam os que decorrem do direito de família, sejam os provenientes de ato ilícito) nem sobre importâncias excedentes a 50 salários mínimos mensais (art. 833, § 2º). 
Se o devedor recebe, mensalmente, valores que ultrapassam 50 salários mínimos, o excedente poderá ser penhorado, ainda que não se trate de dívida de alimentos. 
 
Bem de família – exceção: mas não a vaga de garagem que possua matrícula própria no registro de imóveis, que pode ser objeto de penhora autônoma, nos termos da Súmula 449 do Superior Tribunal de Justiça. 
Bem de família de pessoas solteiras – Súmula 364 STJ Bem de família locado - Súmula 486 STJ Bem de família do fiador - Súmula 549 STJ Pode haver renúncia à impenhorabilidade 
 
Bens móveis: São penhoráveis os móveis de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida. Alegação de impenhorabilidade: 
· Matéria de ordem pública: alegável pelo juiz ou pela própria porte. 
· Deve ser alegada na impugnação do cumprimento de sentença ou nos embargos à execução. 
 
Responsabilidade patrimonial de terceiros: art. 790 CPC 
· Responsabilidade do sucessor a título singular: alienação da coisa litigiosa. 
· Bens dos sócios: ocorre a desconsideração da personalidade jurídica – 133 e 137 CPC; 50 CC. 
 Bens do executado em poder de terceiro 
· Bens do cônjuge ou companheiro: A regra é que um cônjuge ou companheiro só tem responsabilidade pelas dívidas contraídas pelo outro se elas tiverem revertido em proveito do casal ou da família. Mas há presunção, seja qual for o regime de bens, de que a dívida de um dos cônjuges ou companheiros reverte em proveito do outro, salvo quando decorrente de atos ilícitos. Essa presunção é relativa e pode ser afastada se o cônjuge ou companheiro que não contraiu a dívida comprovar que não se beneficiou. 
· Alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução: o adquirente ou cessionário não responderá pela dívida, mas o bem a ele transferido ficará sujeito à execução.DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
–
 
PROCESSO DE EXECUÇÃO 
 
AULA 2 
 
 
gabriela003886@unieuro.com.b
r
 
 
 
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
 
·
 
Título líquido: aquele que indica a quantidade de bens ou valores que constituem a 
obrigação. 
 
·
 
Não existe liquidação de título extrajudicial. 
 
·
 
Sempre que na fase cognitiva for prolatada sentença que reconheça ilíquida, antes de ter 
início a fase de cumprimento de sentença, haverá uma etapa intermediária, de liquidação. 
Se o título for sentença penal condenatória, antes do início da execução, have
rá a liquidação 
dos danos. 
 
 
 
ESPÉCIES DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
 
1.
 
Apuração do 
quantum 
devido às vítimas, quando proferida sentença condenatória genérica 
nas ações civis públicas para a defesa de interesses individuais homogêneos;
 
 
2.
 
Liquidação por arbitramen
to; 
 
3.
 
Liquidação de procedimento comum. 
 
 
 
FASE DE LIQUIDAÇÃO 
 
·
 
A liquidação não constitui um novo processo, mas apenas uma fase do processo principal. 
 
·
 
Previsão legal: arts. 509 a 512 CPC. 
 
·
 
Intimação do devedor: o devedor não será citado, mas intimado na pessoa de seu advogado 
para acompanhar a liquidação. 
 
·
 
Devedor revel: não há necessidade de intimação 
-
 
art. 346 do CPC. 
 
·
 
Caso a liquidação seja de sentença penal condenatória, arbitral ou est
rangeira, como não 
há nenhum processo civil de conhecimento precedente, o devedor será citado, pois é a 
primeira vez que comparece ao juízo cível. 
 
 
 
LEGITIMIDADE PARA A LIQUIDAÇÃO 
 
·
 
Pode ser requerida tanto pelo credor quanto pelo devedor. 
 
·
 
Exceção: a liqu
idação da sentença condenatória genérica proferida nas ações civis públicas, 
somente o credor estará legitimado a solicitar a liquidação, porque o devedor não terá 
condições de saber quem são as vítimas, e quais os danos que cada qual sofreu. 
 
 
 
NATUREZA J
URÍDICA DA LIQUIDAÇÃO 
 
·
 
Natureza de decisão interlocutória meramente declaratória. 
 
·
 
Recurso cabível: agravo de instrumento: art. 1015CPC 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III – PROCESSO DE EXECUÇÃO 
AULA 2 
 
gabriela003886@unieuro.com.br 
 
 
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
 Título líquido: aquele que indica a quantidade de bens ou valores que constituem a 
obrigação. 
 Não existe liquidação de título extrajudicial. 
 Sempre que na fase cognitiva for prolatada sentença que reconheça ilíquida, antes de ter 
início a fase de cumprimento de sentença, haverá uma etapa intermediária, de liquidação. 
Se o título for sentença penal condenatória, antes do início da execução, haverá a liquidação 
dos danos. 
 
ESPÉCIES DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
1. Apuração do quantum devido às vítimas, quando proferida sentença condenatória genérica 
nas ações civis públicas para a defesa de interesses individuais homogêneos; 
2. Liquidação por arbitramento; 
3. Liquidação de procedimento comum. 
 
FASE DE LIQUIDAÇÃO 
 A liquidação não constitui um novo processo, mas apenas uma fase do processo principal. 
 Previsão legal: arts. 509 a 512 CPC. 
 Intimação do devedor: o devedor não será citado, mas intimado na pessoa de seu advogado 
para acompanhar a liquidação. 
 Devedor revel: não há necessidade de intimação - art. 346 do CPC. 
 Caso a liquidação seja de sentença penal condenatória, arbitral ou estrangeira, como não 
há nenhum processo civil de conhecimento precedente, o devedor será citado, pois é a 
primeira vez que comparece ao juízo cível. 
 
LEGITIMIDADE PARA A LIQUIDAÇÃO 
 Pode ser requerida tanto pelo credor quanto pelo devedor. 
 Exceção: a liquidação da sentença condenatória genérica proferida nas ações civis públicas, 
somente o credor estará legitimado a solicitar a liquidação, porque o devedor não terá 
condições de saber quem são as vítimas, e quais os danos que cada qual sofreu. 
 
NATUREZA JURÍDICA DA LIQUIDAÇÃO 
 Natureza de decisão interlocutória meramente declaratória. 
 Recurso cabível: agravo de instrumento: art. 1015CPC

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