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AlfaCon--da-aplicacao-da-lei-penal-no-espaco-parte-2

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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação 
com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos 
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Sumário 
DA LEI PENAL NO ESPAÇO – CONTINUAÇÃO ........................................................................................................... 2 
LUGAR DO CRIME ................................................................................................................................................................................. 2 
EXTRATERRITORIALIDADE ....................................................................................................................................................................... 3 
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA .............................................................................................................................................. 4 
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA ................................................................................................................................................. 6 
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA PREVISTA NO §3º DO ARTIGO 7º ..................................................................................................... 8 
PRINCÍPIOS APLICADOS À EXTRATERRITORIALIDADE ..................................................................................................................................... 8 
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO ........................................................................................................................................................ 10 
EFICÁCIA DA SENTENÇA PENAL ESTRANGEIRA............................................................................................................................................ 11 
CONTAGEM DO PRAZO E FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA ................................................................................................................... 12 
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................................................... 14 
GABARITOS .................................................................................................................................................................................... 14 
 
 
 
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Da Lei Penal no Espaço – Continuação 
Lugar do Crime 
Art. 6º – Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou 
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
Lembre-se de que as regras relativas ao lugar do crime não são as mesmas para a Lei Penal 
e a Lei Processual Penal 
Há certos crimes que afetam os interesses de mais de um Estado soberano, isto é, mais de 
um país. A fim de dirimir os conflitos de jurisdição internacional aos crimes a distância (crimes 
que percorrem dois Estados soberanos), o Código Penal adotou a teoria da ubiquidade (ou 
mista) para definir o lugar do crime. 
Existem três teorias mais citadas em prova: 
I. Teoria da Atividade; 
II. Teoria do Resultado; 
III. Teoria da Ubiquidade. 
 
De acordo com a teoria da atividade (ou da ação), lugar do crime é somente aquele no 
qual os atos executórios (ação ou omissão) ocorreram, isto é, o local onde o agente desenvolveu 
a atividade criminosa (no todo ou em parte). Imaginemos que uma pessoa seja ferida no 
Equador e venha a falecer no Brasil. Portanto, para essa teoria, apenas o Equador seria 
competente para julgar o crime, pois é onde os atos executórios (ação ou omissão) se deram, 
pouco importando o lugar do resultado. 
Já para a teoria do resultado, lugar do crime é somente aquele onde se produziu o 
resultado (a sua consumação). Assim, a competência para julgar o crime, no exemplo acima, 
seria apenas do Brasil, porque é o lugar da ocorrência do resultado. 
A teoria da ubiquidade (ou mista) é o hibridismo entre as duas teorias, sendo considerado 
lugar do crime tanto o país em que se praticaram os atos executórios (ação ou omissão), no 
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado Analisando o 
fato hipotético acima, os dois países seriam competentes para julgar o crime. 
 
Exemplo para fixação: 
Imaginemos que um integrante do Estado Islâmico houvera imigrado, secretamente, para 
o Brasil Suponhamos que, a fim de assassinar o Presidente da África do Sul, tenha enviado uma 
bomba via correio; porém, por circunstâncias alheias à vontade do agente, a correspondência 
foi interceptada pela Força Nacional sul-africana, evitando que o resultado morte se 
consumasse Nessa situação hipotética, por força da teoria da ubiquidade, o local do crime será 
considerado tanto o Brasil quanto a África do Sul 
DICA SOBRE AS TEORIAS ADOTADAS: 
Quando falamos do lugar do crime (Art. 6º) e do tempo do crime (Art. 4º), o Código Penal 
adotou, respectivamente, a teoria da ubiquidade e da atividade: LUTA! 
 
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Questões comentadas! 
1. (CESPE) No CP brasileiro, no que tange à aplicação da lei no tempo e no espaço, adotam-se, 
respectivamente, as teorias da ubiquidade e da atividade. 
 Gabarito: Errado 
 Comentário: Questão sobre princípios determinados pelos art. 6º (lei penal no espaço) e art. 
4º lei pena no tempo. O erro esta na inversão dos princípios já que à aplicação da lei penal 
no tempo refere-se ao princípio da atividade em que considera-se praticado o crime no 
momento da ação ou omissão criminosa ainda que outro seja o momento do resultado (art. 
4º). E a aplicação da lei penal no espaço refere-se ao princípio da ubiquidade (art. 6º) do 
código penal. 
2. (ALFACON) Considera-se ocorrido o crime somente no lugar onde tenha ocorrido o resultado 
ilícito almejado pelo agente, embora a ação ou a omissão tenha se dado em local diverso. 
 Gabarito: Errado 
 Comentário: A regra do art. 6º que trata do princípio da ubiquidade prevê o seguinte: 
Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em 
parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
 
Extraterritorialidade 
É a aplicação da legislação penal brasileira aos crimes cometidos no exterior. Justifica-se 
pelo fato de o Brasil ter adotado, relativamente à lei penal no espaço, o princípio da 
territorialidade temperada ou mitigada (CP, Art. 5º), o que autoriza, excepcionalmente, a 
incidência da lei penal brasileira a crimes praticados fora do território nacional. A 
extraterritorialidade pode ser incondicionada ou condicionada. Não se admite a aplicação da lei 
 
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penal brasileira às contravenções penais praticadas no estrangeiro, de acordo com a regra 
estabelecida pelo Art. 2º da Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei nº. 3688/1941). 
 
Questão comentada! 
3. (CESPE) O direito penal brasileiro adotou expressamente a teoria absoluta de territorialidade 
quanto à aplicação da lei penal, adotando a exclusividade da lei brasileira e não 
reconhecendoa validez da lei penal de outro Estado. 
 Gabarito: Errado 
 Comentário: O direito brasileiro adotou o princípio da territorialidade mitigada, relativo ou 
temperada. Assim, o Estado mesmo tendo a soberania pode abrir mão da aplicação da 
legislação pátria em virtude de convenções, tratados e regras de direito internacional 
referido, como prevê O art. 5º, caput, do Código Penal - determina a aplicação da lei 
brasileira, sem prejuízo de internacional, ao crime cometido no território nacional. É a regra 
da territorialidade. 
 
Extraterritorialidade Incondicionada 
Art. 7º – Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 
I – Os crimes: 
contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de 
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída 
pelo Poder Público; 
contra a Administração Pública, por quem está a seu serviço; 
de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 
(...) 
§1º – Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou 
condenado no estrangeiro. 
São aqueles crimes que não estão sujeitos a nenhuma condição. A mera prática do crime 
em território estrangeiro autoriza a incidência da lei penal brasileira, independentemente de 
qualquer outro requisito. Suas hipóteses estão previstas no inciso I, do Art. 7º, CP. No tocante a 
esses crimes, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no 
estrangeiro (Art. 7º, §1º). 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente de República: aqui se aplica o princípio 
real (da defesa ou da proteção), isto é, será utilizada a lei brasileira ao crime 
cometido fora do Brasil, que afete o interesse nacional (Art. 7º, I, “a”, “b”, “c”). São 
os casos das infrações cometidas contra o Presidente da República, contra o 
patrimônio de qualquer das entidades da Administração direta, indireta ou 
fundacional etc. Se o interesse nacional foi afetado de algum modo, justifica-se a 
incidência da legislação pátria. Dizemos que a lei penal está protegendo o bem 
jurídico nacional, que é a vida ou liberdade do Chefe do Executivo; 
 
 
 
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ATENÇÃO: Não são todos os crimes contra o presidente da república que recebem essa regra, 
somente aqueles que versarem CONTRA A VIDA (ARTS. 121 AO 127, CP) ou A 
LIBERDADE (ARTS. 146 AO 149, CP) do Chefe do Executivo Federal. Segundo Damásio de 
Jesus, esses crimes constituem delitos contra a Segurança Nacional (Lei nº 7170/83). 
 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de 
Território, de Município, de empresa de pública, sociedade de economia mista, 
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público: aqui também é adotado o 
princípio real (da defesa ou da proteção); 
 
c) contra a Administração Pública, por quem está a seu serviço: da mesma forma 
que os anteriores, utiliza-se o princípio real (da defesa ou da proteção); 
ATENÇÃO: Aqui, exige-se que o crime seja funcional, ou seja, tem que ser praticado por quem 
esteja a serviço da Administração pública. Assim, se um funcionário público cometer crime de 
peculato no exterior, a lei penal brasileira será aplicada de forma incondicionada. 
 
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil: adota-se 
aqui o princípio da justiça universal ou cosmopolita, também conhecido como o 
princípio da repressão universal ou da universalidade do direito de punir (Art. 70, I, 
“d”, II, “a”). Todo Estado tem o direito de punir qualquer crime, seja qual for a 
nacionalidade do delinquente e da vítima ou o local de sua prática, desde que o 
criminoso esteja dentro de seu território. É como se o planeta se constituísse em 
um só território para efeitos de repressão criminal. Aplica-se ao agente brasileiro 
ou estrangeiro domiciliado no Brasil que praticou o crime de genocídio previsto na 
Lei nº 2889/56. 
 
Extraterritorialidade Incondicionada e a Lei de Tortura 
Art. 2º, Lei n.º 9.455/97: O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido 
cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local 
sob jurisdição brasileira. 
O legislador pátrio incluiu mais uma hipótese de extraterritorialidade incondicionada, qual 
seja, o crime de tortura. 
Portanto, além dos casos previstos no Código Penal, também será aplicada a lei brasileira 
para os crimes de tortura praticados no estrangeiro contra vítima brasileira ou se o torturador 
estiver em qualquer local sob a jurisdição brasileira. 
 
 
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Questões comentadas! 
4. (CESPE) Não ficarão sujeitos à lei brasileira, quando cometidos no estrangeiro, os delitos 
praticados contra a administração pública por quem está a seu serviço. 
 Gabarito: Errado 
 Comentário: Trata-se do princípio da extraterritorialidade incondicionada prevista no art. 7º 
inciso I alínia “C”. Dessa forma, os crimes cometidos contra a Administração pública, por 
quem está a seu serviço serão sempre julgados pela legislação penal brasileira. 
5. (ALFACON) Dado o princípio da extraterritorialidade incondicionada, estará sujeito à 
jurisdição brasileira aquele que praticar, a bordo de navio a serviço do governo brasileiro em 
águas territoriais argentinas, crime contra o patrimônio da União. 
 Gabarito: Errado 
 Comentário: Nesse caso ocorreu o princípio da TERRITORIALIDADE da lei penal, uma vez que 
no bojo da assertiva está escrito que o navio está a serviço do governo brasileiro. Sendo 
assim, na situação narrada, o navio é considerado como uma extensão do território 
brasileiro por assimilação. Além disso, é importante ressaltar que a questão confunde os 
princípios ao trazer tanto princípios provenientes da Territorialidade (navio a serviço do 
governo brasileiro – Art. 5º § 1º) quanto provenientes da Extraterritorialidade (crime contra 
o patrimônio da União - Art. 7º, I, b). 
 
Extraterritorialidade Condicionada 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 
II - os crimes: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
b) praticados por brasileiro; 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, 
quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 
(...) 
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes 
condições: 
a) entrar o agente no território nacional; 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a 
punibilidade, segundo a lei mais favorável. 
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora 
do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
b) houve requisição do Ministro da Justiça. 
 
 
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Neste caso, fala-se dos crimes cometidos no estrangeiro, mas é preciso preencher alguns 
requisitos para que sejam julgados no Brasil. Estas hipóteses estão elencadas no Art. 7º, inc. II, 
do Código Penal, e deve haver o concurso de condições previstas no Art. 7º, §2º. Dessa forma, 
aplica-se de forma condicionada à Lei Penal brasileira aos crimes: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir: alguns crimes o 
Brasil, por meio de trados e convenções obrigou-se a reprimir, como é o caso do 
crime de tráfico ilícito de entorpecentes. Assim, apesar de cometido no exterior 
será aplicada a Lei Penal brasileira. Porém, é fundamental que concorram as 
condições definidas em lei. Aplica-se aqui o princípio da justiça universal ou 
cosmopolita, também conhecido como o princípio da repressão universal ou da 
universalidade do direito de punir (Art. 70, I, “d”, II, “a”); 
b) praticados por brasileiros: temos aqui o princípio da nacionalidade ou 
personalidade ativa, sendo aplicada a lei brasileira aos crimes cometidos por 
brasileiro fora do Brasil (Art. 7º, II, “b”). Não importa se o sujeito passivo é 
brasileiro ou se o bem jurídico afeta interesse nacional, pois o único critério levado 
em conta é o da nacionalidade do sujeito ativo. Justifica-se pela impossibilidade 
Constitucional de extradição de brasileiro previsto no Art. 5º, LI, da Constituição 
Federal de 1988; 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não venham a ser 
julgados: utiliza-se aqui o princípio da representação, do pavilhão, da substituição 
ou da bandeira, a Lei Penal nacional será aplicada aos crimes cometidos em 
aeronaves e embarcações privadas, quando praticados no estrangeiro e aí não 
sejam julgados Convém notar que o fato não constituiu hipóteses de território por 
extensão ou assimilação, pois as embarcações não são públicas, tampouco estão a 
serviço do Brasil 
ATENÇÃO: Observe que o texto de lei diz: “se lá no exterior não sejam julgados”. 
Caso forem julgados no exterior, mesmo que tenha sido absolvido, ou mesmo 
condenado, ou não tenha cumprido a pena, NÃO se aplicará a lei brasileira. 
Somente deve ser aplicada nos casos em que a o país estrangeiro não julgou, 
acrescidos dos requisitos previstos no Art. 7º, §2º, CP. 
 
Além destas hipóteses, é necessário o concurso das seguintes condições (Art. 7º, §2º, CP), 
que devem incidir todas ao mesmo tempo: 
a) entrar o agente no território nacional: o ingresso pode ser voluntário ou não, 
temporário ou prolongado; 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado: também chamado de dupla 
tipicidade; 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição: 
há uma perfeita coincidência entre os crimes pelos quais o Brasil autoriza a extradição e 
os crimes pelos quais o Brasil aplica a lei brasileira (de forma genérica e exemplificativa: 
os crimes devem ser punidos com reclusão e pena mínima de 1 ano, conforme o Art. 77, 
do Estatuto do Estrangeiro); 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena: se o 
agente foi absolvido ou cumpriu a pena no estrangeiro, ocorre uma causa de extinção da 
punibilidade. Se a sanção foi cumprida parcialmente, novo processo pode ser instaurado 
no Brasil, com atendimento à regra do Art. 8º, CP; 
 
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e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta 
a punibilidade, segundo a lei mais favorável: como é evidente, cuida-se de causas de 
extinção da punibilidade. 
 
Extraterritorialidade Condicionada prevista no §3º do artigo 7º 
É também chamada de extraterritorialidade hipercondicionada. No caso de crimes 
cometidos por estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil, serão necessárias, além das 
condições previstas no §2º, outras duas: 
a) não ter sido pedida ou ter sido negada a extradição; 
b) ter havido requisição do Ministro da Justiça. 
Falamos aqui do princípio da nacionalidade ou personalidade passiva A Lei Penal brasileira 
é aplicada por razões de nacionalidade do bem jurídico tutelado, contudo, devem estar 
presentes os requisitos dos dois parágrafos mencionados acima 
 Não ter sido pedida ou ter sido negada a extradição: imaginemos que um estrangeiro 
entre no território nacional após cometer crime contra brasileiro no exterior. Se aqui 
estiver e não tenha sido pedida sua extradição pelo país de origem, ou ainda se o pedido 
é negado pelo Brasil, aqui ele poderá ser julgado Difícil será encontrar algum estrangeiro 
que cometa crime contra brasileiro e fuja para o Brasil! 
 Ter havido requisição do Ministro da Justiça: é requisito de procedibilidade, ou seja, a 
requisição do Ministro da Justiça é condição para que a Lei Penal possa ser aplicada 
 
Princípios aplicados à Extraterritorialidade 
a) Princípio real, da defesa ou proteção: Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido 
fora do Brasil, que afete o interesse nacional (Art. 7º, I, “a”, “b”, “c”). É o caso de 
infração cometida contra o Presidente da República, contra o patrimônio de 
qualquer das entidades da Administração Direta, Indireta ou fundacional etc. Se o 
interesse nacional foi afetado de algum modo, justifica-se a incidência da legislação 
pátria. 
b) Princípio da justiça universal ou cosmopolita: Também conhecido como o 
princípio da repressão universal ou da universalidade do direito de punir. Todo 
Estado tem o direito de punir qualquer crime, seja qual for a nacionalidade do 
delinquente e da vítima ou o local de sua prática, desde que o criminoso esteja 
dentro de seu território. É como se o planeta se constituísse em um só território 
para efeitos de repressão criminal. Como exemplo: o genocídio, quando o agente 
for brasileiro ou domiciliado no Brasil. (Art. 7º, I, “d”, c/c Art. 7º, II, “a”). 
c) Princípio da nacionalidade ou personalidade ativa: Aplica-se a lei penal do país a 
que pertence o agente (sujeito ativo do crime). Não importando o local do crime, a 
nacionalidade da vítima ou do bem jurídico afetado. Por exemplo, os crimes 
praticados por brasileiro, embora cometidos no estrangeiro (Art. 7º, II, “b”). 
d) Princípio da nacionalidade ou personalidade passiva: Aplica-se a lei penal do país 
da vítima (sujeito passivo do crime), o que interessa é a nacionalidade da vítima. 
Por exemplo, os crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil 
(Art. 7º, §3º). 
 
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Princípio da representação, do pavilhão, da substituição ou da bandeira: Aplica-se a lei brasileira aos 
crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, 
quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados (Art. 7º, II, “c”) e (Art. 5º, § 1º 
 
RESUMO DOS CONCEITOS 
 
 Território nacional: é o espaço onde certo Estado exerce sua soberania Em termos 
jurídicos, é a soma do espaço físico e do espaço jurídico 
 Território próprio: é o próprio espaço físico (geográfico): terrestre, marítimo ou aéreo 
correspondente (solos, rios, lagos, baías e faixa do mar territorial, 12 milhas náuticas de 
largura) 
 Território por extensão: embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a 
serviço do Estado, onde quer que se encontrem, bem como as embarcações e aeronaves 
brasileiras, mercantes ou depropriedade privadas, que se encontrem em alto-mar ou sobre o 
espaço aéreo correspondente ao do alto-mar 
 Territorialidade: aplicação da Lei Penal do local do crime, pouco importando a 
nacionalidade do agente, da vítima ou do bem jurídico 
 Territorialidade absoluta: só a Lei Penal brasileira é aplicável aos crimes cometidos no 
território nacional 
 Territorialidade mitigada (temperada): em regra, aplica-se a legislação brasileira aos 
crimes cometidos no território nacional. Excepcionalmente, admite-se a aplicação da 
legislação estrangeira aos crimes cometidos no território nacional, total ou parcialmente, 
sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional. É, portanto, a 
regra utilizada no Brasil (Art. 5º, CP). 
 Imunidades diplomáticas: a Lei Penal é aplicada, igualmente, a todos, nacionais ou 
estrangeiros, sem privilégios pessoais. Contudo, pelo fato de o Brasil ter adotado a 
territorialidade mitigada (ou temperada), que existem as imunidades diplomáticas – em 
decorrência de convenções, tratados e regras de Direito Internacional (Art. 5º, CP). Assim, 
os agentes diplomáticos e os chefes de governos estrangeiros gozam de imunidades por 
prerrogativa funcional, em respeito aos Estados que representam, aplicando-se a lei do 
seu país. 
 Imunidades parlamentares: são garantias Constitucionais relativas ao desempenho das 
funções parlamentares, pelo mandato eletivo, dos representantes eleitos das Casas do 
Congresso Nacional (Deputados Federais e Senadores) Assim, extrai-se a regra geral de 
que os parlamentares não poderão ser presos A regra abrange tanto a prisão provisória, 
de cunho penal, em qualquer de suas modalidades, salvo no caso de flagrante de crime 
inafiançável, assim como a prisão civil, uma vez que o texto constitucional não faz 
qualquer distinção 
 Direito de passagem inocente: existe a possibilidade da passagem inocente de 
embarcação estrangeira no mar territorial brasileiro (12 milhas náuticas do continente), 
que significa a rápida e contínua travessia de barcos estrangeiros por águas nacionais, sem 
a necessidade de pedir autorização para o governo. Perceba que falamos em 
“embarcação” e não aeronaves. A regulamentação legislativa, acerca desse assunto, está 
prevista no Art. 3º, da Lei n.º 8.617/93: “É reconhecido aos navios de todas as 
nacionalidades o direito de passagem inocente no mar territorial brasileiro. §1º A 
 
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passagem será considerada inocente desde que não seja prejudicial à paz, à boa ordem ou 
à segurança do Brasil, devendo ser contínua e rápida. §2º A passagem inocente poderá 
compreender o parar e o fundear, mas apenas na medida em que tais procedimentos 
constituam incidentes comuns de navegação ou sejam impostos por motivos de força ou 
por dificuldade grave, ou tenham por fim prestar auxílio a pessoas a navios ou aeronaves 
em perigo ou em dificuldade grave.” 
 
ESQUEMA DIDÁTICO 
 
 
Pena cumprida no estrangeiro 
Art. 8º: “A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, 
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.”. 
Da análise da extraterritorialidade incondicionada da lei brasileira, é possível que ocorra a 
hipótese de o agente ser processado, julgado e condenado pela lei brasileira e pela estrangeira, 
cumprindo nesta a pena total ou parcial. Nesse caso, será aplicado o Artigo 8º do CP. 
Dica: quando estudar este artigo, leia: Art. 7º, I, 8º (“artigo sétimo e oitavo”). 
Atenção: 
A regra adotada pelo Código Penal brasileiro é a da territorialidade mitigada ou temperada 
Excepcionalmente, a extraterritorialidade, em quaisquer de suas formas (incondicionada, condicionada 
ou hipercondicionada), é adotada Assim, os outros princípios procuram disciplinar a aplicação 
“extraterritorial” da Lei Penal brasileira 
 
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 A redação do artigo permite concluir que dois fatores devem ser considerados: a 
quantidade e a qualidade das penas. Se da mesma qualidade (duas penas privativas de 
liberdade, por exemplo), da sanção aplicada no Brasil será abatida a pena cumprida no exterior; 
se de qualidade diversa (privativa de liberdade e pecuniária), o julgador deverá atenuar a pena 
aqui imposta considerando a pena lá cumprida. 
Exemplo: Um indivíduo é condenado a pena de 8 (oito) anos na França por ter atentado 
contra a vida do nosso Presidente da República. No Brasil, é também processado e condenado, 
mas a pena imposta na sentença foi de 20 (vinte) anos. Neste caso, serão abatidos os 8 (oito) 
anos cumpridos na França, cumprindo o agente, no Brasil, somente 12 (doze) anos. 
Trata-se de exceção ao princípio do non bis in idem1. 
“Por força do princípio do ne bis in idem penal (material) ninguém pode ser condenado 
duas vezes pelo mesmo crime. Essa regra, entretanto, não é absoluta. É relativa. A exceção está 
precisamente na hipótese de extraterritorialidade da lei penal brasileira: nesse caso, pode o país 
onde se deu o crime condenar o agente e o Brasil também. São duas condenações pelo mesmo 
fato. Por força do Art. 8º do CP, a pena cumprida no estrangeiro deve ser compensada na pena 
fixada no Brasil” (Luiz Flávio Gomes e Antônio Molina, 2007) apud Cunha2, 2016. 
 
Eficácia da sentença penal estrangeira 
Art. 9º: “A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as 
mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para: 
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; 
II - sujeitá-lo à medida de segurança. 
Parágrafo único. A homologação depende: 
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; 
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade 
judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.”. 
O Art. 9º do Código Penal trata da eficácia da sentença penal estrangeira, porém a sua 
competência para homologação está presente no Art. 105, I, “i”, da CF: “Compete ao Superior 
Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, a homologação de sentenças 
estrangeiras (...)”. 
As bancas para concurso adoram citar esta competência, porque era do STF, mas, por 
força da EC nº 45/04, passou para o STJ. Ademais, o trânsito em julgado da sentença é 
necessário!! 
Súmula 420, STF: “Não se homologa sentença proferida no estrangeiro sem prova do 
trânsito em julgado”. 
Em regra, a sentença estrangeira não precisa ser homologada no Brasil para gerar efeitos, 
contudo o Art. 9º do CP prevê duas exceções, quais sejam, para gerar: 
a) Efeitos civis (reparação de danos, restituições, etc.):  Depende de pedido da 
parte interessada. 
 
1
 Non bis in idem: proibição de dupla punição pelo mesmo fato. 
2
 CUNHA, R. S. Manual de Direito Penal: Parte Geral. 4. ed. Salvador: JusPodivm, 2016. p.126. 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação 
com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos 
Públicos. 
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b) Sujeição à medida de segurança:  Depende da existência de tratado de 
extradição. Se existir, então a requisição é feita pelo PGR. Se não existir, então a 
requisição deverá ser feita pelo Ministro da Justiça. 
Mais uma advertência,pois é uma questão que, quando vem em prova, é puramente de 
texto de lei. 
 
Decore os requisitos!! 
 Depende: 
a) Reparação do dano:  Pedido da parte interessada. 
b) Medida de segurança: 
 Tratado de extradição (PGR); 
 Falta de tratado (Min. Justiça). 
 Requisitos externos ao CP  
Compete ao STJ  
Homologação da sentença penal 
estrangeira. [CF/88] 
Sentença transitada em julgado  
Obrigatório!! 
[Súmula 420, STF] 
 
Fique ligado!! 
Em regra, a sentença estrangeira não precisa ser homologada no Brasil para gerar efeitos!! 
Contudo, o Art. 9º do CP prevê duas exceções. 
Exemplo: A eficácia da sentença penal condenatória proferida no estrangeiro depende de 
homologação para obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos 
civis, mas não para o reconhecimento da reincidência. (Art. 63, CP) 
 
Contagem do prazo e frações não computáveis da pena 
Contagem do prazo 
Art. 10: “O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os 
anos pelo calendário comum.”. 
 
 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação 
com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos 
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Frações não computáveis da pena 
Art. 11: “Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações 
de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.”. 
Para o estudo deste artigo é necessário saber que em se tratando de matéria penal, os 
prazos processuais devem ser diferenciados dos prazos penais, seguindo o estudo de Fernando 
Capez3: 
 Inclusão do dia do começo: não interessa a que horas do dia o prazo começou a correr; 
considera-se o dia todo para efeito de contagem de prazo. Assim, se a pena começou a ser 
cumprida às 23h50min, os 10 minutos são contados como um dia inteiro. Do mesmo modo, não 
importa se o prazo começou em domingo ou feriado, computando-se um ou outro como 
primeiro dia. 
 Prescrição e decadência: os prazos são contados de acordo com a regra do Art. 10 do 
Código Penal. 
 Prazos processuais: contam-se de acordo com a regra do Art. 798, §1º, do CPP. Exclui-
se o dia do começo. De acordo com a Súmula 310 do STF, se o dia do começo for domingo ou 
feriado, o início do prazo será o dia útil imediatamente subsequente. 
 Contagem de mês e ano: são contados como períodos que compreendem um número 
determinado de dias, pouco importando quantos sejam os dias de cada mês. Exemplo: 6 meses 
a partir de 20 de abril; terminará o prazo em 20 de setembro, não importando se o mês tem 30 
ou 31 dias. 
Os anos são contados da mesma forma, sendo irrelevante se bissextos ou com 365 dias. 
Cinco anos depois de janeiro de 2010 será janeiro de 2015. Exemplo: 10/01/2010  
10/01/2015. 
 Questão: o agente começa a cumprir pena às 19h27min do dia 5 de agosto de 2003. 
Tem 6 anos, 9 meses e 23 dias de pena a cumprir. Calcular a data do término. 
 Resposta: dividir em três colunas ano, mês e dia. Em seguida, adicionar o quantum a ser 
cumprido. 
ANO DE INÍCIO MÊS DE INÍCIO DIA DE INÍCIO 
2003 08 05 
ANOS DA PENA MESES DA PENA DIAS DA PENA 
6 9 23 
SOMA SOMA SOMA 
2009 17 28 
Veja que os meses ultrapassaram um ano (12 meses), então deve-se diminuir 12 meses e somar 1 ano a 
soma total, ficando: 
ANO FINAL MÊS FINAL DIA FINAL 
2010 05 28 
Dessa forma a pena deve terminar em 28 de maio de 2010. 
 
3
 CAPEZ, F. Curso de Direito Penal: Parte Geral (arts. 1º a 120). 19. ed. São Paulo: Saraiva, v. 1, 2015. 
Quando 
eu saio? 
 
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com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos 
Públicos. 
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Não se esqueça, porém, que depois da operação deve-se diminuir sempre um dia, já que, 
pela regra, o dia do começo deve ser computado. 
A pena, assim, estará cumprida em 27 de maio de 2010. 
 Prazos fatais e improrrogáveis: os prazos de natureza penal são considerados 
improrrogáveis, mesmo que terminem em domingos e feriados. Isto significa que, encerrando-
se em um sábado (considerado feriado forense), domingo ou outro dia em que, por motivo de 
feriado ou férias, não houver expediente, não existirá possibilidade de prorrogação para o 
primeiro dia útil subsequente. O prazo "morre" ali mesmo, no domingo ou feriado, sendo, por 
esse motivo, considerado fatal. 
 Interrupção e suspensão: apesar de improrrogável, o prazo penal é passível de 
interrupção (o prazo é "zerado" e começa novamente do primeiro dia) e de suspensão 
(recomeça pelo tempo que faltava), como, por exemplo, é o caso do prazo prescricional. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. Os crimes praticados no exterior ficarão sujeitos à lei brasileira quando forem cometidos 
contra a fé pública municipal. 
 
2. A lei penal brasileira será aplicada a crime cometido contra a administração pública por 
servidor público em serviço, ainda que seja praticado no estrangeiro. 
 
GABARITOS 
1- CERTO 
2- CERTO

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