Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A punção venosa periférica é definida como a inserção de um cateter intravenoso no interior de uma veia periférica, sendo um dos procedimentos invasivos mais realizados durante a hospitalização do paciente. Utilizada principalmente em: Fármacos, queimados, disfunção de vários órgãos, procedimentos cirúrgicos, componentes sanguíneos. Método proposto por Phillips 5 etapas: Antes da punção 1. Analisar a prescrição médica da terapia endovenosa: Auxilia na determinação do tipo de cateter, calibre e melhor local para inserção do dispositivo, a partir da identificação da duração prevista da terapia, além das características farmacológicas dos medicamentos e soluções. 2. Higienizar as mãos: A higienização das mãos deve ser realizada com água e sabão ou solução alcoólica, antes e imediatamente após o contato com o paciente, bem como antes e após a remoção das luvas de procedimento, conforme protocolo institucional 3. Preparar os materiais e equipamentos: Os materiais e equipamentos que serão utilizados deverão ser avaliados quanto ao prazo de validade e aplicabilidade frente à terapia prescrita e condição da rede venosa do paciente. 4. Identificar e preparar o paciente para o procedimento: A identificação do paciente deve ser realizada com pelo menos dois identificadores, como o nome e a data de nascimento, conforme protocolo institucional. A orientação e o preparo para o procedimento devem ser realizados levando-se em consideração a idade e o nível de compreensão do paciente. Nesse momento, o consentimento do paciente deve ser requerido e registrado em sua documentação. 5. Selecionar o local de punção e dilatação do vaso: A escolha do vaso a ser cateterizado deve ser pautada na preferência do paciente, idade, nível de atividade, mobilidade, membro dominante, condições da rede venosa, como calibre, possibilidade de visualização e palpação, indicação da terapia, característica farmacológica dos fármacos a serem administrados e duração da terapia, além da localização mais distal no membro. A dilatação do vaso deve ocorrer imediatamente antes da punção e mantida por no máximo 5 minutos, com uso de torniquete, posicionado o mais distante possível do local de punção, a fim de reduzir a pressão intravascular, com consequente rompimento do vaso. Pode-se utilizar como torniquete segmentos de tecido ou borracha, as mãos do profissional e dispositivos de insuflação, levando-se em consideração a importância da desinfecção do material antes e após o uso. *Atentar a pacientes que recebam terapia com anticoagulantes, pois apresenta maior risco de complicações hemorrágicas, como sangramento no momento da punção e na retirada do cateter , além de maior tendência na formação de hematomas. Pacientes com uso anticoagulantes: 1. Restringir uso de torniquetes para distensão venosa; 2. Utilizar cateter de menor calibre; 3. Remover curativos com cuidado; 4. Após retirada do cateter, compressão local de por pelo menos 10 minutos. 5 etapas: No momento da punção 6. Selecionar o cateter: Para determinar o tipo e calibre, deve-se avaliar as condições da rede venosa do paciente, a indicação e o tempo previsto para administração da terapia endovenosa. A fim de favorecer a hemodiluição dos medicamentos e reduzir a ocorrência de flebite mecânica, deve-se, preferencialmente, utilizar o cateter de menor calibre, com exceção das situações em que ocorra indicação de infusão de grandes volumes em curto intervalo de tempo. - Para infusão de fluidos viscosos, como sangue, e para rápidas infusões, devem ser utilizados cateteres de maiores calibres, como 14 e 16 G. - Cateteres de 18 a 20 G são indicados para administração de cristaloides. - Cateteres menores, de 20 a 24 G, para administração de fármacos de uso intermitente. Para a coleta de sangue, são utilizados cateteres agulhados, com calibres que variam de 19 a 27 G. 7. Vestir equipamento de proteção individual: Luvas de procedimento, máscara e óculos de proteção devem ser utilizados, segundo os protocolos institucionais, para precaução do profissional no contato com fluidos corpóreos e sangue. 9. Inserir o cateter: A inserção do cateter deve ocorrer com o bisel da agulha para cima, pelo método direto ou indireto. 11. Identificar local da punção: O procedimento deve ser identificado quanto a data, hora, tipo, calibre do cateter e nome do profissional que realizou a punção. A inserção do cateter não deve ser ocluída com a etiqueta de identificação, a fim de possibilitar a avaliação contínua desse local. 5 etapas: Após a punção 8. Preparar o local da punção: A antissepsia da pele deve ser realizada com álcool a 70% ou clorexidina alcoólica a 0,5%, por pelo menos 30 segundos, deixando que ocorra evaporação do álcool antes da punção. Quando houver necessidade de remoção de pelos ou cabelos, utilizar tesouras. Deve-se realizar o preparo do local da punção para redução do risco de infecção. A utilização de lâminas para raspagem não é recomendada pelo risco de ocorrerem microlesões, que podem aumentar a ocorrência de infecção. O uso de cremes depilatórios não é indicado pelo risco de reações alérgicas Método Direto - Inserção do cateter direto na veia - Ângulo de 15-30º - Indicado para cateter de pequeno calibre - O método direto é indicado para veias frágeis e que se deslocam com facilidade Método Indireto - Ângulo 30-45º - Na pele ao lado da veia - Manter o alinhamento - Puncionar a veia ↓ ângulo - Mais indicado ↓ ocorrência de ruptura do vaso A punção realizada com sucesso ocorre quando houver identificação de refluxo sanguíneo pelo cateter e infusão de 2mL de solução de NaCl 0,9%, sem queixas álgicas referidas pelo paciente e sem alteração na inspeção e palpação do local de inserção do cateter. 10. Estabilizar o cateter: Utilizar gaze estéril e fita adesiva hipoalergênica ou película transparente semipermeável estéril, segundo características do paciente e de acordo com o protocolo institucional. A estabilização do cateter com materiais estéreis previne infecções. 12. Organizar o ambiente: Os materiais devem ser desprezados nos recipientes próprios para descarte, com atenção aos perfurocortantes. Não se deve reencapar, quebrar ou entortar agulhas devido ao risco de acidente e contaminação. 13. Orientar paciente, família e/ou representante legal: Realizar as orientações de acordo com estágio de desenvolvimento e nível cognitivo do paciente. Informar o paciente/família sobre as limitações de movimento ou mobilidade relacionadas à presença do cateter endovenoso. Orientar o paciente/família a informar a equipe de enfermagem caso perceba que o local de inserção do cateter esteja doloroso, quente, hiperemiado ou edemaciado. Validar as informações fornecidas, a fim de confirmar que ocorreu o entendimento esperado pelo paciente/família. 14. Realizar cálculos para infusão dos medicamentos: O cálculo para infusão dos medicamentos deve ser realizado segundo o tempo indicado para infusão da terapia prescrita e de acordo com o sistema de infusão (micro ou macrogotas). 15. Documentar o procedimento no prontuário do paciente: A documentação deve ser realizada imediatamente após o término do procedimento, contendo os seguintes dados: data e hora da inserção do cateter; tipo, calibre e fabricante do cateter; veia cateterizada e a localização da inserção do cateter segundo o membro; tipo de curativo; uso de tala para imobilização do membro. A fim de caracterizar a rede venosa e a facilidade na obtenção do acesso venoso, deve-se registrar o número de tentativas de punção; as condições da rede venosa; forma de preparo do paciente; comportamento do paciente durante o procedimento, como agitação, ansiedade, cooperação; e assinatura do profissional.
Compartilhar