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Restaurações Estéticas de Resina DENTES POSTERIORES – PROTOCOLO CLÍNICO “O real avanço da Odontologia adesiva, junto com os compósitos resinosos, tem permitido o uso de resina diretas em restaurações de dentes posteriores. Para que esta prática se torne segura e duradoura deve ser corretamente indicada e criteriosamente respeitada em todos os seus passos, tendo em vista ser uma técnica muito sensível, onde qualquer descuido nos detalhes pode ser resultado de insucessos futuros”. “Materiais poliméricos repletos de ligações cruzadas, reforçadas por uma dispersão de vidro, cristais ou partículas de carga unidas à matriz por agentes de união silamos”. Composição: - Matriz orgânica; - Carga inorgânica: partícula; - Silano; - Ativador/iniciador de polimerização; - Inibidor de polimerização; - Modificadores de cor. Classificação das Resinas - Resinas macroparticuladas; - Resinas microparticuladas; - Híbridas; - Micro-híbridas; - Nanoparticuladas. Resinas Macroparticuladas - Partículas de quartzo/vidro de estrôncio ou bário; - 8-15 μm; - Rugosidade superficial; - Manchamento. Resinas Microparticuladas - Partículas de sílica; - 0,04-0,4 μm; - Lisura superficial; - Partículas pré-polimerizadas; - Grande quantidade de matriz orgânica; - Alto grau de polimento; - Baixa resistência mecânica. Resinas Híbridas - Baixa lisura; - Resistência mecânica elevada; - Pigmentação. Resinas Micro-Híbridas - Partículas diferentes (sílica coloidal,vidros de bário, lítio ou zircônia <1 μm; - Polimento superficial; - Universais (anteriores e posteriores); - Maior resistência ao desgaste e fratura. Resinas Nanoparticuladas - Partículas de sílica; - 1-80 nm; - Polimento superficial; - Propriedades mecânicas (alta resistência); - Universais; - Baixa contração de polimerização; Resinas Fluídas - Flow - Baixa concentração de carga; - Baixa viscosidade; - Maior grau de contração de polimerização; - Baixa resistência ao desgaste. Resinas Compactáveis - Aumento do volume de carga; - Aumento da viscosidade e resistência ao desgaste; - Menor contração de polimerização; - Indicadas para dentes posteriores. Materiais friáveis As resinas compostas usadas em dentes posteriores apresentam alta quantidade de carga com tamanho reduzido (tamanho médio de partícula de 0,8 a 1,0 μm). Essas características proporcionam aumento de resistência ao desgaste, melhor capacidade de polimento e otimização das propriedades mecânicas do material restaurador. Resinas Modificadas por Poliácidos Resina + ionômero de vidro - Pouca libereção de flúor; - Resistência inferior à das resinas convencionais. FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLHA DA COR: Ambiente Observador Objeto Fonte de luz Escalas de cores Ambiente Meio com cores neutras; Tentar observar o paciente com a pele nua, sem maquiagem. Observador Olhos bem treinados; Posicionar-se à distância de um braço esticado (6O cm); Determinação rápida. Objeto Preferencialmente deve estar o mais hígido possível Limpo Úmido dente Referências 1. Dente vizinho 2. Homólogo contra lateral 3. Antagonista Fonte de Luz Durante o dia; Luz natural. Croma Saturação da cor do dente, apresenta valores entre 1 e 4. Ex: A1, A2, A3, etc. Valor Medida do brilho do dente. Dentes com alto valor são os mais claros, enquanto que os de menor valor são os mais escuros. Quantidade de cinza do dente. VANTAGENS Permite preparo bastante conservador limitado ao acesso e remoção da lesão de cárie; Restauração esteticamente agradável; Reforça estrutura dental remanescente; Há facilidade de reparo; Apresenta custo inferior em comparação com as técnicas indiretas. LIMITAÇÕES DA TÉCNICA SENSIBILIDADE DA TÉCNICA RESTAURADORA: Seguir atentamente o protocolo clínico para controlar as etapas de aplicação do sistema adesivo e de inserção da resina composta na cavidade; CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO DA RESINA COMPOSTA: é inerente ao material e deve ser controlada durante a realização da restauração para evitar a ocorrência de fendas marginais, sensibilidade pós-operatória, flexão das cúspides ou trincas no esmalte sem suporte dentinário; IMPOSSIBILIDADE DE REALIZAR ISOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO OPERATÓRIO; EXTENSÃO DA ÁREA A SER RESTAURADA: quanto maior a área a ser restaurada, menor será a expectativa em relação a longevidade clínica da restauração devido ao estresse mecânico; POSSIBILIDADE DE MANCHAMENTO SUPERFICIAL: especialmente em pacientes fumantes ou que ingerem com frequência substâncias corantes. CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO - Técnica de inserção incremental: em pequenos incrementos, 1 a 2 mm, o volume total da contração da resina composta é menor (menor formação de fendas na interface adesiva e menor chance de aparecimento de sensibilidade pós-operatória); - Prorrogação dos procedimentos de acabamento: permite que a resina tenha uma absorção de água e expansão higroscópica subsequente que compensa em parte a contração de polimerização, melhorando a adaptação da resina ao preparo cavitário; - A intensidade de luz do aparelho foto é importante não só para aferir a sua capacidade de polimerização da resina, mas para verificar a técnica de polimerização que está sendo utilizada. ACABAMENTO E POLIMENTO Brocas multilaminadas; Pontas diamantadas F; Pontas diamantadas FF; Disco sof-lex (disco de óxido de alumínio); Pontas de silicone; Disco de feltro; Tiras de lixa. INDICAÇÕES RESTAURAÇÃO DE LESÃO DE CÁRIE NA SUPERFÍCIE OCLUSAL; RESTAURAÇÃO DE LESÃO DE CÁRIE NA SUPERFÍCIE PROXIMAL: preparo o mais conservador possível; - túnel, acesso vestíbulo-lingual, acesso direto e microcavidade; RESTAURAÇÃO DE LESÃO DE CÁRIE ENVOLVENDO AS SUPERFÍCIES PROXIMAL E OCLUSAL: quando a lesão de cárie que se iniciou na superfície proximal já apresenta extensão significativa e consequente envolvimento da superfície oclusal; RESTAURAÇÃO DE LESÃO DE CÁRIE NAS SUPERFÍCIES LIVRES; RESTAURAÇÃO DE DENTES POSTERIORES FRATURADOS: mais comum em dentes que apresentam restaurações antigas não adesivas e amplas; SUBSTITUIÇÃO DE RESTAURAÇÕES ANTIGAS DE AMÁLGAMA OU COMPÓSITO POR RAZÕES ESTÉTICAS: a solicitação de troca de restaurações por razões estéticas deve partir do próprio paciente, e informações sobre as vantagens e limitações das opções restauradoras estéticas devem ser comentadas pelo profissional; SUBSTITUIÇÃO DE RESTAURAÇÕES DEFICIENTE DE AMÁLGAMA OU COMPÓSITO; RESTAURAÇÃO EM DENTE COM AMPLA LESÃO DE CÁRIE: reforça a estrutura dental e evita um desgaste adicional de tecido caso se utilizasse uma restauração de amálgama; FECHAMENTO DE PEQUENOS DIASTEMAS LOCALIZADOS ENTRE DENTES POSTERIORES: decorrente de perda de um dente e inclinação dos contíguos, dificultando a colocação de uma prótese para repor esse espaço perdido. - Verificação prévia dos contatos oclusais – antes da anestesia e do isolamento absoluto papel articulador; - Tipo de restaurações nos dentes antagônicos e observação da presença de facetas de desgaste – restaurações cerâmicas nos dentes antagônicos e presença de facetas de desgaste sugerindo hábito parafuncional; - Tamanho da abertura oclusal – o envolvimento de uma área oclusal maior expõe o compósito a forças oclusais maiores, o que diminui a resistência ao desgaste; - Posição do dente no arco – quanto mais distalmente localizar-se o dente, maior será o desgaste da restauração, devido a maior força incidente; - Correto ajuste da restauração –possibilidade de resistir melhor aos desafios oclusais,e será menos provável a ocorrência de sensibilidade pós-operatória; - Verificação prévia dos contatos oclusais – a maior porção das forças oclusais deve ser suportada por estrutura dental; - Profilaxia e seleção de cores das resinas compostas. APÓS A RESTAURAÇÃO - Deve-se voltar a observar se os contatos permanecem os mesmos. Este procedimento nos garante que a restauração não está interferindo nestas posições; - Deve-se consultar os lados de trabalho e, balanceio, também com a finalidade de observar se a guia de desoclusão não foi alterada; – - Registro oclusal; - Anestesia do paciente; - Isolamento absoluto do campo operatório; - Preservar esmalte sem suporte durante o preparo da cavidade (adesividade dos compósitos); - Preparo da cavidade com broca esférica em baixa rotação; - Colher de dentina na porção profunda da cavidade. - Condicionamento ácido- 30 s em esmalte e 15s em dentina (ácido fosfórico a 37%); - Lavagem e seca a cavidade (bolinha de algodão e jato de ar); - Aplicacão do adesivo (normas do fabricante) e fotoativação). - De forma incremental (reproduz a anatomia original do dente) - Reconstrucão com pequenas quantidades de resina composta em cada uma das cúspides e crista marginal (polimeriza 20s cada incremento). Vantagens: Controle do fator C Controle da anatomia final da restauração. - Após a inserção de todos os incrementos faz-se a fotoativação completa - O princípio básico da técnica de estratificação natural é a sobreposição de compósitos com características ópticas distintas, a fim de conferir policromatismo às restaurações; - A camada correspondente ao esmalte é inserida com espátulas e pincéis, de modo a definir a anatomia final; - Fotoativacão final; - Remoção do dique de borracha; - Registro do contato oclusal. – - Pontas diamantadas de granulacão fina e extrafina; - Brocas multilaminadas (baixa rotação); - Discos flexíveis abrasivos (sof-flex); - Borrachas abrasivas (sulco, fissuras e fóssulas); - Escovas liberam abrasivos finos (carbeto de silício). - Margens proximais: Discos diamantados abrasivos - Excessos proximos à margem gengival: Lâmina de bisturi com movimentos cérvico-oclusal. -Excesso de resina proximal: tiras de lixa deresina. – - Discos de feltro flexíveis com pasta abrasiva - Taça de borracha. – – - Pequenas ou médias lesões localizadas nas superfícies proximais – preparo cavitário sem - envolvimento de crista marginal; - Registro oclusal; - Anestesia; - Isolamento absoluto do campo operatório; - Tira de matriz metálica no espaço interproximal e estabilizada com cunha de madeira; - Preparo da cavidade com broca esférica em baixa rotação. - Condicionamento ácido- 30 s em esmalte e 15s em dentina (ácido fosfórico a 37%) – proteçào do dente vizinho com tira de poliéster ou fita veda-rosca; - Lavagem e seca a cavidade (bolinha de algodão e jato de ar); - Aplicacão do adesivo (normas do fabricante) e fotoativação). - Inserção da resina com espátula delgada, de forma incremental; - Uso de pincel com ponta fina – adaptação do compósito às margens; - Após a inserção de todos os incrementos faz-se a fotoativação completa; - Acabamento e polimento – tira de lixa de granulação fina. - Emprego da matriz metálica juntamente com o porta-matriz de Tofflemire; - Cunha de madeira para estabilização da matriz. – -Discos de feltro flexíveis com pasta abrasiva; - Taça de borracha. PREVENÇÃO A manutenção preventiva adequada pode aumentar a logenvidade da restauração em todos os seus aspectos. Fidelidade da cor; Fidelidade de forma; Diminuição do desgaste; Diminuição da microinfiltração. A primeira consulta após a finalização do tratamento restaurador deve ser após 3 meses; • O objetivo do retorno é: - Avaliar a resposta dos tecidos ao tratamento; - Auto cuidado do paciente; - Integrar a odontologia restauradora com a preventiva – motivação a H.O. e bem estar do paciente. É o aspecto mais desafiador para o profissional; • Para se obter êxito deve-se: - Estabelecer objetivos concretos; - Simplificar o protocolo do autocuidado; - Lembrar e conscientizar o paciente das consultas preventivas.