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Importância dos mares

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Gabriel António Mucavel
 
TRABALHO INDIVIDUAL
Licenciatura em Física
Universidade Save
Massinga
2022
Gabriel António Mucavel
TRABALHO INDIVIDUAL
 (
Trabalho de Pesquisa refente a cadeira de Oceanografia Geral, a ser apresentado no Departamento de Ciências Naturais e Exactas para fins avaliativos:
Docente:
Flugencio Ponguane
)
Universidade Save
Massinga
2022
Índice Pag. 
Capitulo I: Introdução	5
1.1. Contextualização	5
1.2. Objectivos:	6
1.2.1. Geral:	6
1.2.2. Específicos:	6
1.3. Metodologia	6
Capítulo II: Referencial teórico	7
2.1. Importância dos mares	7
2.2. História da oceanografia	7
2.2.1. No mundo	7
2.3. Propriedades físicas da água do mar	8
2.4. A interacção oceano − atmosfera	10
2.4.1. A atmosfera:	10
2.4.2. O oceano:	10
2.5. Propriedades químicas da água do mar	11
2.6. Temperatura da água do mar	11
2.7. Salinidade e condutividade da água do mar	11
2.8. Densidade da água do mar	13
2.8. Som no mar	14
Circulação superficial e profunda	17
2.8. Massas de água do Oceano Atlântico	23
2.9. O acoplamento das circulações de superfície e de fundo e as trocas interoceânicas de massa e calor	25
2.9.1. Circulação estuarina	25
2.9.1. Zona de Máxima Turbidez (ZMT)	26
2.9.2. Floculação	26
2.9.4. Impacto directo dos oceanos e impacto indirecto dos oceanos no planeta	28
2.9.5. Fórmula da fotossíntese	29
Capitulo III: Conclusão	1
3.1. Considerações finais	1
3.1. Referencias Bibliográficas	2
Capitulo I: Introdução
1.1. Contextualização 
Os oceanos são pouco estudados, isso já se sabe. A primeira investigação organizada dos oceanos só aconteceu em 1872, quando Royal Society, o Museu Britânico e o governo Britânico, organizaram a expedição do HMS Challenger. Nascia a oceanografia.
A viagem do Callenger mudou o conhecimento dos oceanos. Ele deu a volta ao mundo, entre 1872 e 1876, percorrendo 127 mil quilómetros. A saga mudou o conhecimento dos oceanos. A sua influência foi tal que o estudo do mar foi encarado a partir dai como uma disciplina legítima a qual foi dada o nome de Oceanografia. Liderada por Wyville Thomson, durante a viagem descobriram se mais de 4700 espécies.
 Os oceanos e mares são de fundamental importância para o nosso planeta, pois contribuem para o equilíbrio climático, alem de ser muito importante para a economia dos países. Tendo em vista a maioria dos fluxos comerciais (exportação e importação) ocorre através dos mares.
Esses recursos hídricos oferecem também peixes, que são pescados e comercializados gerando renda. Seu subsolo pode abrigar enormes jazigos de petróleo.
As propriedades físicas da água do mar são: a temperatura, salinidade e a densidade.
A atmosfera e os oceanos são fluidos e estão em constante troca. Esses sistemas são dinâmicos e suas interesses estão directamente ligadas à distribuição de calor no planeta, ao clima, as migrações de animais, ao comportamento dos organismos marinhos, alem de varias outras modificações ambientais.
A propagação do som no mar é aplicada na medição de profundidades, detecção de objectos, localização de cardumes disparo de instrumentos submersos, telemetria de informação, etc. Na atmosfera, a luz (na parte visível do espectro) é menos atenuada que o som, no mar ocorre o inverso. N oceano claro, a luz do sol pode ser detectada por instrumentos a profundidades de ate 1000m, mas pelo olho humano esta distancia raramente excede 50m, por isso som é usada para obter informações no oceano (ex. determinação de profundidade).
Estuário é um corpo de água costeiro semifechado, com ligação livre com o oceano aberto, no interior do qual a água do mar é mensuravelmente diluída pela água doce oriunda da drenagem continental. (Pritchard, 1963).
1.2. Objectivos:
1.2.1. Geral:
· Conhecer a situação da Oceanografia desde os tempos primitivo ate a actualidade.
1.2.2. Específicos: 
· Estabelecer a relação existente entre, T e salinidade T e densidade e por fim densidade e salinidade
· Explicar a interacção oceano ‒ atmosfera;
· Analisar a situação actual da oceanografia
· Interpretar a circulação estuarina, superficial e profunda
1.3. Metodologia 
Para obter os resultados acerca dos temas apresentados recorreu se aos seguintes método, a revisão bibliográfica, consulta de alguns Site na internet e na consulta de alguns artigos.
· 
Capítulo II: Referencial teórico
2.1. Importância dos mares
Os mares têm uma grande importância ecológica, económica, política e sociocultural.
· Regulam o clima;
· Proporcionam alimentação; 
· Lazer;
· Transporte e 
· Gera renda.
 Por conta disso, os mares são fundamentais para a sobrevivência da espécie humana e de todos os seres vivos do planeta.
2.2. História da oceanografia
2.2.1. No mundo
A oceanografia pode ser uma das áreas mais recentes das ciências, mas suas origens remetem há dezenas de milhares de anos quando as pessoas começaram a se aventurar pelas suas zonas costeiras em jandaias. Estes primeiros exploradores marítimos, navegadores e oceanógrafos começaram a prestar atenção nos oceanos de diversas formas. Eles observaram que as ondas, tempestades, marés e correntes carregavam suas jangadas em certas direcções em momentos diferentes. Eles também buscavam peixes para alimentação. Perceberam que, embora a água do oceano não parecesse diferente da água do rio, ela era salgada e pouco potável. Suas experiências e saberes dos oceanos foram transmitidos ao longo do tempo, de geração em geração, incluindo de mitos e lendas.
Mas foi há cerca de 2850 anos (850 a.C.) apenas que os primeiros naturalistas e filósofos começaram a tentar entender os enormes corpos de água que viam do continente. Uma vez que as pessoas olhavam para o horizonte em direcção aos oceanos e apenas o que viam era uma linha recta formada pela linha de agua, eles acreditavam que a Terra era plana e que o oceano era um lugar hostil. Isto não deteve Colombo e outros a explorarem o oceano no final do século XIV e início do século XV e, finalmente, descobrirem que a Terra não era plana, mas sim redonda e que cerca de 70% de sua cobertura é formada pelos oceanos.
A oceanografia começou como um campo da ciência há pouco menos de 130 anos, no final do século XIX, depois que Americanos, Ingleses e Europeus lançaram algumas expedições a fim de explorar as correntes oceânicas, a vida oceânica e o fundo do mar. A primeira expedição científica a explorar os oceanos do Mundo e o fundo do mar foi a Expedição Challenger, realizada entre os anos 1872 e 1876, a bordo do navio de guerra britânico de três mastros o HMS Challenger.
Mas a oceanografia moderna teve início há menos de 80 anos, durante a 2ª Guerra Mundial, quando a Marinha dos EUA queria aprender mais sobre os oceanos para obter vantagens de combate, especialmente em ambiente submarina.
2.3. Propriedades físicas da água do mar
A temperatura é uma propriedade física que caracteriza o equilíbrio térmico de um no sistema internacional de unidades (SI).
Portanto a quantidade de energia que alcança todas as latitudes é a mesma, mas em regiões polares esta se espalha por uma área maior. A quantidade de calor por unidade de área recebida devido a forma elipsóide da Terra. As baixas latitudes (região equatorial) recebem maior calor sistema, e/ou o equilibro térmico de um sistema com outro, sendo medida em graus Célsius (ºC) 
A superfície terrestre recebe energia solar de forma variável, de acordo com a latitude, por unidade de área do que os pólos, devido ao ângulo da radiação solar incidente, pelo equador é cerca de 1,5 a 2 vezes maior do que a recebida pelos pólos.
O sol tem temperatura superficial de 5.800ºC e irradia energia na forma de ondas electromagnéticas em todas as direcções. Apenas uma pequena fracção do total da energia solar chega e é absorvida pela Terra. Do total emitido (100%), apenas a metade é absorvida pelo oceano, o restante é reflectida por nuvens, atmosfera, etc.
A Terra recebe radiação solar na forma de ondas electromagnéticascurtas, e remete a radiação na forma de ondas longas. Esta radiação reemitida ocorre de forma mais homogénea em função da latitude, e é denominada de albedo superficial ou planetária. A diferença entre as baixas latitudes este balanço é positivo e negativo nas altas latitudes. Devido ao equilíbrio térmico o calor é redistribuído das baixas para as altas latitudes pelo sistema de ventos na atmosfera e pelo sistema de correntes no oceano (correntes superficiais dirigidas pelo vento e correntes profundas dirigidas pela densidade). 
A temperatura da água do mar apresenta variabilidade tanto na escala vertical quanto horizontal, mas as variações horizontais são menores que as variações verticais. A variação horizontal da temperatura superficial dos oceanos apresenta sanação conforme a latitude, ou seja, formam-se linhas de mesma temperatura denominadas de isómeras.
Nas regiões costeiras, principalmente nos contornos oeste dos continentes, ocorre o fenómeno denominado de ressurgência (upwelling), que se caracteriza pelo aforamento de águas profundas realmente frias e ricas em nutrientes, para regiões menos profundas dos oceanos. A importância da ressurgência para diversas regiões do planeta pode ser verificada no Peru, que detêm uma das maiores produções de pescado no mundo graças à acção da ressurgência em sua costa. As áreas de ressurgência representam apenas 1% do oceano, porém suportam mais de 50% da produção pesqueira mundial. (Rodrigues, 1973).
A distribuição vertical da temperatura na coluna de água geralmente decresce com a profundidade. É possível distinguir três regiões distintas ao longo da coluna de água: (1) zona de mistura: se prolonga até 200m, possui temperaturas similares às da superfície do mar devido aos processos de mistura ocasionadas pela acção dos ventos, ondas e correntes; (2) zona de profundidade; (3) zona profunda: 
2.4. A interacção oceano − atmosfera
2.4.1. A atmosfera:
· É o meio da passagem da radiação solar que atinge os mares; o ar acima da superfície dos mares também emite radiação para os oceanos. Isto influencia os oceanos no tocante à temperatura e à salinidade (e densidade), e também quanto à evaporação (e outra vez quanto à densidade). Por sua vez, variações de densidade influem nas circulações termohalinas. O ar acima da superfície recebe radiação de onda longa emitida pelos oceanos, se aquece e emite.
· A precipitação nos mares influi na salinidade (e densidade) da superfície, também afectando as circulações termohalinas.
· O congelamento de águas na superfície do mar é outro factor da circulação termohalina, pois aumenta a densidade das águas de superfície.
· Os ventos na superfície do mar actuam no oceano através da fricção na superfície, provocando nela distúrbios, sob forma de ondas e correntes.
· Variações espaciais da pressão atmosférica na superfície geram movimentos no mar.
· Ventos transportam calor dos trópicos para as altas latitudes e os pólos.
2.4.2. O oceano:
· Emite radiação para a atmosfera, afectando a temperatura na superfície.
· É um reservatório
· o de calor pI a atmosfera, devido ao elevado calor específico da água.
· É uma fonte de humidade para a atmosfera, através da evaporação.
· Constitui um elemento de transporte de calor, das regiões tropicais para as altas latitudes e os pólos, através das correntes marítimas.
Estes são os aspectos mais gerais e mais importantes da interacção atmosfera mar. Existem outros, que são derivados destes. Por exemplo, a cobertura e o tipo de nuvens podem afectar a quantidade de radiação solar que atinge a superfície do m
2.5. Propriedades químicas da água do mar
Água pura: 2 íons + de hidrogénio e 1 ion - de oxigénio: molécula polar
Polaridade resulta em alta constante dieléctrica e grande habilidade como solvente.
Polaridade causa formação de cadeias de polímeros com até 8 moléculas, que envolve certa energia, o que explica capacidade de absorver calor
Agua é forte solvente: carácter halino do mar.
Estrutura molecular em cadeia resulta em tensão de superfície muito alta, o que afeta ondas de superfície capilares (como força restauradora)
2.6. Temperatura da água do mar
Propriedade básica, intensivamente medida (unidades: °C ou K)
No mar aberto, limites de −2°C a +30°C
Limite inferior regulado pelo ponto de congelamento da água do mar
Limite superior definido pelos altos valores de calor específico, condutividade térmica e mistura; e, mais importante, mais da metade da energia recebida nas camadas superiores do oceano é utilizada para evaporação, e o restante para variações de temperatura
2.7. Salinidade e condutividade da água do mar
A quantidade total de substâncias dissolvidas na água do mar se denomina “salinidade”, cujas unidades são grama por quilograma (g/kg) ou partes por mil (‰).
A salinidade média da água do mar é cerca de 35 gramas de sais por quilograma de água do mar (g/kg ou ‰, partes por mil).
A salinidade dos oceanos varia normalmente entre 33 e 37 ‰. Salinidades mais baixas (28 a 29‰) são encontradas em águas costeiras. Alguns pequenos mares têm salinidade muito pequena (Báltico, 20‰) e outros muito grandes (Mediterrâneo, 38,5‰ e Mar Vermelho, 40‰).
Regra das proporções relativas constantes: Embora a concentração total de sais dissolvidos varie bastante no espaço e no tempo, as proporções dos componentes mais abundantes é praticamente constante.
Torna-se possível determinar a salinidade analisando somente um dos constituintes maiores. O cloro, o elemento mais abundante, foi escolhido, dado que uma técnica analítica simples é disponível. Para determinar a c1orinidade, uma amostra da água do mar é titulada com nitrato de prata, usando o cromato de potássio como indicador. A titulação envolve todos os halogêneos indiscriminadamente e, dessa forma, a salinidade pode ser calculada, baseado no método de determinação de clorinidade.
· Definição clássica de salinidade: A quantidade total de sais dissolvidos na água do mar é chamada salinidade, que é definida como “a quantidade total, em gramas, de matéria sólida contida em um quilograma da água do mar, quando todo o carbonato é convertido em óxido, o bromo e o iodo são substituídos por cloro e toda a matéria orgânica é completamente oxidada”.
· Definição clássica de caloricidade: A caloricidade é “a quantidade total, em gramas, de cloretos, brometos e iodetos contidos em um quilograma de água do mar, assumindo que os brometos e iodetos são substituídos pelos cloretos”.
Note-se que variações espaciais e temporais de salinidade são de grande importância para o oceanógrafo físico, pois são indicadores de processos físico-químicos e hidrodinâmícos. Deve-se observar que os constituintes menores da água do mar não apresentam proporção relativa constante pois participam de processos biológicos ou de poluição, e fornecem informações sobre esses processos.
Método usado até recentemente: método químico, com a determinação da clorinidade por titulação com nitrato de prata. A salinidade era definida como “a massa de prata necessária para precipitar completamente os halogéneos em 0,3285234 kg de amostra da água do mar”.
Relação básica: Salinidade = 1,80655 × clorinidade
A precisão deste método, em uso rotineiro, é de ±0,02‰. Os reagentes desta titulação são padronizados, “na água do mar normal”, em ampolas seladas, com clorinidade de 19,400‰ e salinidade de 35,05‰
Actualmente, essa salinidade é referida como “Salinidade absoluta” (SA).
A determinação directa da salinidade por análise química da água do mar é de difícil operacionalização rotineira.
Definição moderna de salinidade é baseada na condutividade eléctrica da água do mar. É referida como “salinidade prática” (S). Os valores são escritos sem unidades (S = 35,00), ou, ocasionalmente, S = 35,00 psu (practical salinity units). A condutividade eléctrica depende da salinidade e da temperatura (que deve ser controlada por termóstato ao ser compensada no salinômetro eléctrico). Este método tem precisão de ±O, 003 (contra ±0,02%0 do método químico).
Definição moderna: Salinidade Prática (S) de uma amostra da águado mar é definida como “a razão K15 entre a condutividade eléctrica da amostra de água (na temperatura de 15°C e pressão de 1 atmosfera) e a condutividade eléctrica de uma solução de cloreto de potássio (KCl), na qual a fracção de massa de KCl é 0,0324356 (e estando na mesma temperatura e pressão)”.
2.8. Densidade da água do mar
Interesse na salinidade e temperatura: ajudam a identificar um particular corpo d’água e, junto com a pressão, determinam a densidade da água do mar (ρ). A densidade determina a profundidade em que cada massa d’água estabelece seu equilíbrio. A distribuição de densidade está relacionada com a circulação oceânica.
A densidade é expressa em kg/m3. A variação na superfície é 1020 –1030 kg/m3, enquanto que no oceano é de 1020–1050 kg/m3.
A salinidade (s), a temperatura (T) e a pressão (p) são interdependentes e determinam a densidade da água do mar (ρ). A densidade é determinada com uma precisão de 6 algarismos; como ela depende das três variáveis citadas numa forma muito complicada, e como é muito difícil medi-la “in situ” com esta precisão, são definidos alguns parâmetros, de modo a facilitar o uso das tabelas que a fornecem (em função da temperatura, salinidade e pressão).
O primeiro parâmetro é o volume específico (α), que é o inverso da densidade: α = 1/ρ. E, por conveniência, os oceanógrafos definem σ = densidade (em kg/m3) - 1000. Por exemplo, uma densidade ρ = 1025,78 kg/m3 corresponde a σ = 25,78, O que facilita a representação da densidade; dessa forma, σ varia entre 20 e 50. Os símbolos ρ, α e σ normalmente são acompanhados por índices s, t e p, representando a salinidade, temperatura e pressão envolvidos.
(ρs,t,p,αs,t,p,σs,t,p)
σs,t,0 é a densidade da amostra de água quando a pressão que sobre ela actuava é reduzida à atmosférica (i.e., pressão p = 0), mas a salinidade e a temperatura são mantidas como “in situ”. σs,t,0 é normalmente abreviado para σt.
Similarmente, σs,0,0 é a densidade da amostra quando ela é trazida à superfície (p = 0), sua temperatura é trazida a zero (t = 0) e a salinidade é mantida como. σs,0,0 é abreviado para σ0.
2.8. Som no mar
O método mais eficiente normalmente disponível para a transmissão de informações através da água oceânica envolve propagação de ondas sonoras (mecânicas). São utilizadas as faixas de frequências subsónica, audível e super-sónica.
A propagação do som no mar é aplicada na medição de profundidades, detecção de objectos, localização de cardumes, disparo de instrumentos submersos, telemetria de informações, etc.
Na atmosfera, a luz (na parte visível do espectro) é menos atenuada que o som; no mar, ocorre o inverso.
No oceano claro, a luz do sol pode ser detectada por instrumentos a profundidades de até 1000m, mas pelo olho humano esta distância raramente excede 50m, por isso, som é usado para obter informações no oceano (ex: determinação de profundidades).
Mas a turbulência e de homogeneidades no oceano dificultam o uso do som para a obtenção de “fotografias” no oceano.
Frequências de som usadas: unidades a milhares de Hertz (Hz).
Velocidade do som (c), frequência (f) e comprimento de onda (λ) relacionados pela equação de onda c = f × λ.
Maior parte dos instrumentos no oceano opera em frequências de 10 a 100 kHz, λ de 14 a 1,4cm.
Principal aplicação: ecobatímetro determina a profundidade D a partir de pulsos curtos de som direccionados verticalmente para baixo a partir do casco do navio; e que levam tempo t para voltarem refletidos no fundo. Sendo c a velocidade média do som na coluna, D = c t / 2.
O mesmo instrumento (transducer) é usado para transmitir pulsos e detectar os reflectidos.
Ecobatímetro comum, de 12 kHz, usa feixe de som com largura de 30° a 60° (o que pode dificultar a obtenção de detalhes da batimetria do fundo). Para sondagens especiais, são usados feixes mais estreitos.
Pode-se também usar frequências maiores, 100 a 200 kHz, mas a absorção do som varia com o quadrado da frequência (o que limita a profundidade de penetração do som).
Ecobatímetros são também usados para localizar cardumes Sonoras (com pulsos em qualquer direcção): usados para detectar submarinos ou cardumes. Hidrofones são usados para detectar sons ambientes no mar (acção do vento na superfície, ondas, peixes, crustáceos, efeitos sísmicos.
De Homogeneidade no oceano (partículas de sedimento, bolhas, plâncton, peixes, montes submarinos) causam espalhamento das ondas de som e reflexões irregulares: como resultado, pulsos emitidos nítidos são recebidos por hidrofones com formas irregulares e atrasos (reverberações). Velocidade do som c (em m/s) depende de salinidade S, temperatura t (em °C), e profundidade D (em m):
C = 1449 + 4,6 t − 0,055 t2 + 1,4 (S − 35) + 0,017 D
Para a superfície, t = 0°C e S = 35, c aumenta 4 m/s para Δt = +1°C, aumenta 1,4 m/s para ΔS = +1 e aumenta 1,7 m/s para ΔD = +100 m (efeito da pressão).
A velocidade do som na água do mar não depende da frequência. Considerando os perfis verticais típicos de temperatura no mar e as variações da velocidade do som com temperatura, salinidade e profundidade acima descritas, resulta um perfil típico para a velocidade do som no mar como o da figura. A influência dominante na velocidade do som na camada de mistura é a profundidade, depois o declínio da temperatura com a profundidade prevalece (na tirocina) e na camada de fundo o efeito do aumento da profundidade (pressão) predomina. Somente em altas latitudes, onde a temperatura é próxima a zero e varia pouco, a salinidade tem algum efeito significativo.
A composição química da água do mar é, na maior parte, composta por hidrogénio e oxigénio como já era de se esperar. No entanto existem dezenas de sais presentes.
Os elementos desses sais mais comuns são o Cloro, Sódio, Magnésio, Enxofre, Cálcio e Potássio.
A quantidade de sais na água do mar varia de acordo com a região e influi directamente sobre a vida dos peixes. Para ser considerada normal, ela precisa obedecer à proporção de 35 g/L (35 gramas de sal para cada litro de água). Temos exemplos de mares onde a água marítima contém proporções abaixo e acima dessa percentagem normal de sal.
O Mar Báltico possui 30 g/L de sal e o Mar Vermelho 40 g/L. Quais destes ambientes não seria favorável à vida aquática? A enorme quantidade de sais no Mar Vermelho afecta a população de peixes, ocasionando a morte dos mesmos.
O Mar morto, localizado no Oriente Médio, é um exemplo de lago altamente salino onde é praticamente impossível existir vida, a quantidade de sais é de 300 gramas para cada litro de água.
Um aspecto favorável à vida aquática se explica pela presença de Sulfato de Cálcio (CaSO4). Este componente actua como factor de crescimento dos esqueletos dos corais e das algas calcárias, ou seja, sua presença influi sobre a vida presente no fundo dos oceanos.
Circulação superficial e profunda 
As principais formas de geração de correntes no oceano 
Efeitos termohalinos. A circulação termohalina se refere aos movimentos da água produzidos quando a densidade é alterada por variações de temperatura e/ou salinidade em alguma região do oceano. O aumento de densidade pode ser devido ao resfriamento da água, ao excesso de evaporação sobre a precipitação ou ainda à formação de gelo (e consequente aumento da salinidade da água residual). O aumento da densidade na superfície faz com que a água mergulhe e desloque as águas profundas; assim, o início da circulação termohalina e um fluxo vertical mergulhando a uma profundidade intermediária ou mesmo ao fundo; e o prosseguimento é como um fluxo horizontal, com as águas recém afundadas deslocando as antigas residentes no local. A excessiva perda de energia térmica pelos oceanos nas altas latitudes (e o congelamento no inverno) provoca um aumento da densidade das águas na superfície e gera este tipo de circulação. O efeito isolado da salinidade na geração da circulação termohalina ocorre também nas regiões tropicais, por efeitos de evaporação, mas esta é em geral acompanhada por forte aquecimento solar, e a diminuição da densidade pelo aquecimentosobrepuja o aumento devido a evaporação. Os “efeitos termohalinos” aqui descritos podem ser considerados como “gradientes de pressão interna”, ou seja, variações horizontais da pressão interna, e podem ocorrer tanto em grande como em pequena escala (por exemplo, num estuário, onde há o encontro de água doce do rio com água salina do mar. Note-se que a pressão interna no oceano depende da densidade, sendo calculada pela relação hidrostática.
A circulação gerada pelo vento ocorre principalmente na primeira centena de metros de profundidade e é basicamente uma circulação horizontal. A fricção do vento na superfície do mar é a força geradora do movimento, notando-se que a direcção da corrente na superfície do mar não é a do vento; a rotação da Terra origina a força de Coriolis, que reflectem as correntes para a esquerda do vento no Hemisfério Sul e para a direita do vento no Hemisfério Norte.
Gradientes de pressão externa associados a variações de pressão atmosférica geram acelerações, da pressão maior para a menor, em toda a coluna d'água.
Inclinações do nível médio do mar também induzem acelerações no oceano, do nível maior para o menor, desde a superfície até o fundo.
O Sol e a Lua actuam com a força da gravidade, gerando as correntes de maré astronômica, ao longo de toda a coluna d'água.
As correntes oceânicas são pois resultantes do efeito combinado dos movimentos termohalinos (predominam em aguas profundas), dos movimentos gerados pelo vento (predominam na superfície) e dos movimentos devidos a gradientes de pressão atmosférica, inclinações da superfície e devidos a influências astronómicas (em toda a coluna). Todos os movimentos são afectados:
· Pela força de Coriolis, devida a rotação da Terra e por efeitos de continuidade, que são também importantes nos fluxos oceânicos.
Em todos os casos, os movimentos prosseguem e se desenvolvem muito além das regiões de origem, gerando os grandes sistemas de circulação nos oceanos. Além dos efeitos que geram e modificam os sistemas de circulação, há efeitos (de atrito) que atenuam os movimentos:
É importante notar que mesmo o estudo da circulação em áreas limitadas requer o conhecimento dos sistemas de circulação geral dos oceanos, visto que as correntes de uma área específica são sempre influenciadas pelas correntes de regiões vizinhas.
A circulação termohalina ocorre basicamente através do afundamento de águas em altas latitudes; essas águas densas fluem depois horizontalmente e, eventualmente, se tem ressurgência, com movimento para a superfície. Dois mecanismos causam o afundamento de águas: o próximo ao continente (no Atlântico, predomina na Antárctica, no Mar de Weddell) e o de oceano aberto (no Atlântico, predomina na Groenlandia, Escócia e no Mar de Labrador). O padrão completo da circulação termohalina e complexo; ele pode ser estudado, no caso do Oceano Atlântico, a partir das fontes de águas densas nos Oceanos Atlântico Sul e Norte, as quais fluem para Norte e para Sul, respectivamente. Por razões dinâmicas (conservação de vorticidade), esses fluxos são restritos a parte Oeste do oceano. A partir desses fluxos profundos no lado Oeste, os efeitos combinados de rotação da Terra e de distribuição de pressão interna fazem com que os fluxos de contorno Oeste se espalhem para o interior (profundo) dos corpos d'água de cada hemisfério, em giros ciclónicos (anti-horário no Hemisfério Norte e horário no Hemisfério Sul); esses giros mantêm os fluxos longe do Equador. O suprimento de águas frias para o interior das bacias hemisféricas é o responsável pela manutenção da termoclina em uma profundidade relativamente constante (e pelos pequenos fluxos ascendentes na maior parte das baixas e médias latitudes).
Quanto à circulação gerada pelo vento, a partir do movimento horizontal da superfície, a propagação desse movimento para baixo se dá através da fricção entre camadas. O perfil vertical das correntes geradas pelo vento (correntes de deriva) tem como característica correntes horizontais, cuja intensidade decresce exponencialmente com a profundidade e cuja direcção varia linearmente com a profundidade (para a direita no Hemisfério Norte e para a esquerda no Hemisfério Sul). Essa configuração tem a forma de uma espiral e o efeito atinge, no máximo, tipicamente, de 100 a 200 m de profundidade. Em regiões de profundidade progressivamente menor (áreas de plataforma e costeiras) a deflexão da direcção das correntes em relação ao vento (e ao longo da coluna) tende a ser cada vez menor (ou seja, há maior alinhamento das correntes com o vento).
Não existe uma fronteira definida entre águas de superfície e águas profundas. Entretanto, normalmente se considera as águas de superfície até o início da termoclina: e a camada de mistura, com espessura de 200 a 500 m, geralmente bastante homogênea devido a mistura gerada pelo vento e pelas ondas.
As circulações nas superfícies das grandes áreas oceânicas mostram semelhanças notáveis, Para as regiões subtropicais, no Hemisfério Norte as circulações de superfície são horárias e no Hemisfério Sul são anti-horárias: são os giros subtropicais das correntes de superfície; nesses giros, as correntes de superfície são menos espalhadas e mais intensas no lado Oeste do que no lado Leste dos oceanos. Também como parte dos giros, na região equatorial, um pouco ao Norte e um pouco ao Sul do Equador, ocorrem, na superfície, as correntes Norte Equatorial e Sul Equatorial, ambas para Oeste. Os giros subtropicais são separados por uma Corrente Contra Equatorial, fluindo para Leste 
No oceano aberto, a tensão do vento é a principal causa das circulações na forma de giros hemisféricos (subtropicais) que prevalecem na superfície, nos sentidos horário para o Hemisfério Norte e anti-horário para o Hemisfério Sul. Estudos demonstram que essas circulações são geradas principalmente pelos ventos alísios de Nordeste e de Sudeste dos trópicos, que forçam correntes para Oeste, as quais, quando atingem os limites Oeste dos oceanos, se dirigem para os pólos, em estreitas e intensas “correntes de limite Oeste”. A seguir, as correntes são dirigidas para Leste, pelos ventos Oeste de latitudes médias. Os giros são fechados na parte Leste dos oceanos pelas “correntes de limite Leste”, muito mais fracas e difusas, e que ocupam área bem mais larga.
A razão porque as circulações na forma de giros são concentradas na parte Oeste dos oceanos (“intensificação Oeste”), com o fluxo de retorno na direcção do Equador sendo muito mais espalhado pelo restante dos oceanos, vem do fato que a Força de Coriolis aumenta com a latitude.
O sistema de correntes subtropical de superfície, gerado basicamente pelo sistema de ventos alísios, é assimétrico em relação ao Equador; isto se deve às assimetrias na distribuição de continentes e oceanos em relação ao Equador. Além disso, embora o sistema de ventos alísios actuam ao longo de todo o ano, ele apresenta variações sazonais: a convergência dos alísios tropicais, que se dá na “Zona de Convergência Intertropical" (ZCIT) chega a cerca de 5° N em Fevereiro e 10° N em Agosto.
Nas altas latitudes (acima de 50°) prevalecem giros em sentidos opostos aos giros subtropicais, sendo horários no Hemisfério Sul e anti-horários no Hemisfério Norte; esses giros são basicamente devidos a fricção do vento na superfície e cobrem áreas bem menores que os giros subtropicais.
Já para as circulações em águas profundas não ocorrem características globais. Normalmente, para estas águas se considera cada região em particular e, às vezes, é necessária uma divisão dessas águas em camadas. A circulação em águas profundas é fortemente influenciada pela topografia do fundo e esse é um dos factores que a tomam particular para cada região.
Os giros subtropicais de cada hemisfério do Oceano Atlântico sofrem a propulsão dos respectivos ventos alísios, que sopram na região tropical (entre 15°N e 15°S); no Hemisfério Norte eles são de Nordeste, e no Hemisfério Sul eles são de Sudeste. 
No Atlântico Sul, o giro na superfície atinge a profundidade de 200 m juntoao Equador e 800 m no limite Sul, junto a Convergência Subtropical. Os ventos alísios protelem a Corrente Sul Equatorial para Oeste; uma parte desta corrente transpõe o Equador e passa ao Atlântico Norte e o restante se dirige para Sul, ao longo do continente sul-americano, formando a Corrente do Brasil. Esta é sustentada por um mecanismo de circulação termohalino. Posteriormente, a Corrente do Brasil se dirige para Leste e atravessa o Atlântico como parte da Corrente Circumpolar Antárctico (circulação gerada pelos ventos na superfície). Junto à costa africana, a Corrente de Benguela flui para Norte; ela é devida ao empilhamento de água e conservação de massa provocados pelas correntes Sul Equatorial, do Brasil e Circumpolar Antárctica. Outra corrente em grande escala no Atlântico Sul é a Corrente das Malvinas ou Falklands; esta corrente vem a partir da Passagem de Drake, ao longo da costa sul-americana, até convergir com a Corrente do Brasil, em 30° S. A circulação sul atlântica é limitada ao Sul pela Convergência Subtropical. Ao redor do continente antárctico flui a Corrente Circumpolar Antárctica, no sentido para Oeste, impulsionada pelo sistema de ventos (por isso também é conhecida como Corrente de Deriva Vento Oeste).
No Atlântico Norte, a Corrente Norte Equatorial é movida pelos ventos alísios de Nordeste; ela flui para Oeste e se junta a parte da Corrente Sul Equatorial que transpõe o Equador. Esse fluxo combinado vai para Noroeste como Corrente das Antilhas; atravessa o Caribe e (uma parte) penetra no Golfo do México, de onde escapa para o Atlântico Norte com o nome de Corrente da Flórida. A Corrente das Antilhas é devida aos ventos Leste da região e a Corrente da Flórida se deve ao acúmulo de água no golfo do México e a efeitos termohalinos. Essas duas correntes originam a Corrente do Golfo, que corre para Nordeste, rumo aos grandes Bancos da Terra Nova (40°N, 50°W). Daí, a parte que continua para o Norte e para Leste é chamada Corrente Norte Atlântica. Esta se divide: uma parte vai para Nordeste, contribuindo para a circulação do Mar da Noruega, do Mar da Groenlândia e do Oceano Antárctico; e uma parte vai para Sul, margeando a Espanha e África do Norte e completando o giro norte atlântico. O fluxo para Sul cobre a maior parte do Atlântico Norte, incluindo o Mar de Sargaços; mas suas correntes são muito lentas e difusas; assim é formada a Corrente das Canárias, correndo para Sul, ao largo da Costa Norte Africana. A Corrente do Labrador sai do Labrador, entre a península deste nome e o extremo Sul da Groenlândia: é parte de uma circulação termohalina.
O traço mais saliente do giro norte atlântico é o fluxo rápido e concentrado da Corrente da Flórida (sobre a plataforma) e da Corrente do Golfo (no oceano profundo), em contraste com o fluxo amplo e mal definido, para Sul, do resto do Oceano Atlântico Norte. A Corrente do Golfo é a corrente mais intensa do mundo oceânico, chegando a atingir 250 cm/s (9 km/h), e sendo considerada “um rio dentro do oceano” (com largura típica de 115 km).
No Atlântico Equatorial, entre as Correntes Sul Equatorial e Norte Equatorial, existe a Contra Corrente Equatorial, de rumo leste, devido ao sistema de ventos alísios ao Sul e ao Norte do Equador.
Nas altas latitudes, prevalecem os giros polares, sendo horário nas proximidades da Antárctica e anti-horário nas proximidades do Árctico
Desde que massas d'água normalmente ganham suas características de temperatura e salinidade na superfície e então procuram seu próprio nível de densidade por subducção ou convicção termohalina, elas podem ser identificadas por dois factores: a região geográfica na qual se originam e a profundidade na qual atingem o equilíbrio vertical.
Em sequência de profundidades crescentes, as massas d'água são classificadas como:
· De superfície (da superfície até o início da termoclina)
· Central (do topo à base da termoclina)
· aIntermediária (da base da termoclina até cerca de 3000 m)
· Profunda ou de fundo (abaixo dos 3000 m)
Os processos de formação de massas d'água podem portanto ser classificados em:
· Subducção (para Águas Centrais e Águas Intermediárias): e o processo pelo qual as massas de água são injectadas em profundidades maiores seguindo as mesmas isopicnais da região de sua formação.
· Convenção profunda (para Águas Profundas e Águas de Fundo): é resultado da formação em camadas superficiais de uma água bem mais densa que a camada inferior, favorecendo o desenvolvimento de forte circulação vertical.
A relação das principais massas d'água dos oceanos e suas características é dada na Tabela 1. Os diagramas T-S típicos de várias regiões oceânicas são fornecidos na Figura com a indicação das respectivas massas d'água. As águas de superfície não recaem em categorias exatas de massas d'água devido a grande variabilidade de seus parâmetros. Em geral, espera-se que as águas de maior profundidade sejam formadas nas latitudes mais altas, enquanto que as mais próximas à superfície sejam formadas mais próximo ao Equador.
2.8. Massas de água do Oceano Atlântico
Nas vizinhanças do continente antárctico, particularmente no Mar de Weddell e no Mar de Ross, as águas atingem temperaturas extremamente baixas no inverno. Devido a estas baixas temperaturas e alta salinidade advinda da formação de gelo, esta água tem o mais elevado σt do mundo oceânico. Em consequência, tendo ganho estas características, ela afunda e flui ao longo do fundo em direcção ao Equador. De fato, essa água tem sido medida a até 45°N de latitude. Ela é chamada Água Antárctica de Fundo, obviamente devido a sua área de formação e localização vertical. A Água Antárctica de Fundo também flui para Leste, em torno do Continente Antárctico e, devido ao surpreendente efeito de grande alcance em profundidade da corrente de superfície Deriva Vento Oeste, se mistura a esta, formando a Água Circumpolar Antárctica, que é bastante homogénea, A Água Circumpolar Antárctica fornece água de fundo para os Oceanos Índico e Pacífico Sul.
A Água de Fundo Norte Atlântica é formada em áreas relativamente pequenas, na costa da Groenlândia. Sendo menos densa que a Água Antárctica de Fundo, ela se assenta sobre esta e flui para Sul. A Água de Fundo Norte Atlântica é continuamente modificada no seu trânsito pela mistura com outras massas d'água; de qualquer forma, suas características chegam a ser notadas a 60°S, na superfície.
Aproximadamente a 60°S, a Água Intermediária Antárctica mergulha até 1000 m e segue para Norte, até 20°N. A Água Intermediária do Atlântico Norte se forma a 60°N e flui para Sul, também a 1000 m, encontrando-se com a Água intermediária Antárctica.
Nas zonas de Convergência Subtropical, no inverno dos dois hemisférios, são formadas a Água Central do Atlântico Norte e a Água Central do Atlântico Sul. Elas afundam até cerca de 300 m e se dirigem ao Equador, perdendo a sua identidade à medida que se espalham.
Uma significativa incursão de águas ocorre através da água Mediterrânea, a qual encontra o seu nível de equilíbrio a 1500 m de profundidade; ela entra no Atlântico Norte após atravessar o Estreito de Gibraltar. Esta água é continuamente formada na parte Norte do Mediterrâneo Oeste, pelo resfriamento do inverno e pela evaporação através do ar seco que sopra da África do Norte. Estas águas frias e salinas afundam e fluem para Sul e para Oeste. Elas têm uma forte influência na Água de Fundo do Atlântico Norte, sentida a até 3000 km a Oeste e Sul de Gibraltar.
2.9. O acoplamento das circulações de superfície e de fundo e as trocas interoceânicas de massa e calor
O acoplamento das circulações de superfície e de fundo se dá através da “célula de revolvimento meridional” (“meridional overturning cell”, MOC, em inglês), responsável pelas trocas de massa (e de calor) inter-hemisféricas e interoceânicas, ressaltando a importância da Água de Fundo Norte Atlântica e da Água Circumpolar Antárctica neste processo.
2.9.1. Circulação estuarina
Os estuários, ambientes considerados altamente produtivos, são os únicos sistemas aquáticos ondeocorre a interacção dinâmica entre as águas doces, marinhas, sistema terrestre e atmosfera (DAY e. al., 1989). Sofrem influência directa e indirecta de actividades urbanas, recreativas, portuárias, industriais, pesqueiras e desmatamentos (KNOX, 1986). A circulação nesses ambientes é regida basicamente por três factores: a descarga de água doce, as correntes de maré e a tensão do vento. No caso da Baía de Paranaguá, o principal mecanismo de fornecimento de energia para o sistema é constituído pelas correntes de maré com influência sazonal do aporte fluvial (KNOPPERS et al., 1987; MARONE & CAMARGO, 1994), de carácter predominantemente semidiurno.
A descarga de água doce induz a circulação gravitacional que é causada por diferenças de densidade entre o aporte de água doce e da água marinha. Devido a essa diferença, são formados gradientes de densidade, verticais e longitudinais nos corpos de água costeira. O tempo de renovação da água doce (tempo de fluxo ou descarga) é de 3 a 10 dias, com média de 3,5 dias (MARONE et al., 1995), sendo favorecida pelo regime de mesomaré e pela baixa profundidade do sistema. No verão, em condições de elevado e constante aporte de água doce, esse tempo tende a ser menor. As correntes de maré causam a circulação residual estuarina. A batimetria e a geometria dos estuários modificam as fortes correntes de maré através de suas interacções, resultando numa circulação residual que geralmente manifestam-se como pequenas diferenças na força das correntes máxima da enchente e da vazante. Esta circulação é frequentemente mais forte do que a circulação gravitacional e particularmente de estuários rasos e de elevada variação de maré.
2.9.1. Zona de Máxima Turbidez (ZMT) 
Uma das principais feições sedimentares dentro de um estuário é a zona de máxima turbidez (ZMT) que, quando comparada a zonas localizadas a jusante e a montante, se caracteriza pela alta concentração de sedimentos em suspensão, cerca de 100 vezes maior (DAVIS, 1985; GRABEMANN et al., 1989; DYER, 1995). Isso acontece porque existem condições óptimas para a floculação à medida que a descarga fluvial encontra a cunha de intrusão salina, o que aumenta o fluxo de deposição, podendo também ocorrer a ressuspensão dos sedimentos quando a corrente salina se arrasta junto ao fundo, colocando-os novamente na coluna d´água, possivelmente desagregados, repetindo o processo (FERNANDES, 2001)	
Processos da ZMT Para o entendimento da dinâmica estuarina na ZMT, é necessário o conhecimento dos processos que afectam o materiais particulados em suspensão e o sedimento.
2.9.2. Floculação
 Para a ocorrência da agregação das partículas em suspensão em flocos (floculação), três factores são determinantes: a probabilidade de colisão entre elas, a eficiência da colisão (CANCINO & NEVES, 1999) e as taxas de agregação e desagregação dos sedimentos, variável no tempo (TRENTO, 2005). O choque entre as partículas sofre influência directa da salinidade que diminui a espessura da camada eléctrica causada pela carga iónica geralmente negativa das partículas, presentes na água contrabalançada pelos íons positivos à sua volta. Essa diminuição da espessura faz com que ao invés de se repelirem, aproximarem-se o suficiente, tornando as forças de Van Der Waals mais fortes que a repulsão electrostática, ocorrendo a floculação (CANCINO & NEVES, 1999). A floculação e deposição do material particulado em suspensão têm um efeito importante sobre a qualidade da água, pois os sedimentos coesivos são responsáveis pela transparência da água (que incide na penetração de luz e, portanto, sobre a biota), pelas correntes em estuários, pela demanda bioquímica de oxigénio, pelo transporte de metais pesados, bactérias e vírus (TRENTO, 2005).
Transporte de sedimentos ICOLD (1989) conceitua sedimentos como partículas derivadas de materiais rochosos ou biológicos que são transportados por um fluído, material sólido em suspensão ou depositado no leito. Os sedimentos em suspensão são as partículas suportadas por componentes ascendentes de correntes turbulentas e que permanecem em suspensão por apreciável duração de tempo. O destino dos sedimentos é controlado pela dinâmica do estuário, principalmente através da hidrodinâmica forçada pelas marés. É gerada então uma componente advectiva de transporte do material particulado em suspensão, fazendo com que ocorra a erosão dos sedimentos do fundo devido à força de atrito, e por meio da turbulência tornando-se peça fundamental na floculação dos sedimentos (CANCINO & NEVES, 1999). O processo de circulação de sedimentos é cíclico, com erosão do leito na fase da enchente da maré, deposição na fase de estofa da enchente (maré cheia), voltando a erodir na vazante e assim sucessivamente.
Contaminação por elementos metálicos O estudo dos níveis de metais pesados demonstra a importância do controle ambiental na emissão de efluentes industriais. A região do Complexo Estuarino de Paranaguá é conhecida principalmente pela existência dos Portos de Paranaguá e Antonina. Além da actividade portuária, a cidade de Paranaguá abriga indústrias, desenvolve actividades turísticas e pesqueiras, sendo considerada um pólo económico para o Paraná. A preocupação com o meio ambiente na Baía de Paranaguá torna-se imprescindível, pois 27% do volume total das mercadorias exportadas pelo porto correspondem a materiais perigosos que em caso de um acidente de grande magnitude, fatalmente trará danos irreversíveis ao sistema (SANTOS et al., 2006). Considerando as principais empresas que movimentam a cidade, pode-se citar: Fospar – Fertilizantes Fosfatados, Petrobrás – terminal de inflamáveis, Catallini e União – óleos vegetais e produtos químicos, Centro de Distribuição de Veículos (CDV) e o Terminal de Contêineres (KITZMANN, et al., 2002)
O CEP apresenta concentrações elevadas de alguns contaminantes metálicos em sedimentos e organismos. O arsénio e o cádmio, por exemplo, são encontrados em concentrações relativamente elevadas, aproximando-se dos níveis que causam efeitos adversos (SÁ, 2003). A poluição por metais pesados está associada tanto à forma dissolvida como à matéria particulada em suspensão na coluna d água e ao plâncton que acumula metais preferencialmente nos tecidos vicerais (SANTOS et al.,2006). Todos os elementos metálicos tendem a sofrer bioacumulação (absorção e aumento da concentração) e se tornarem tóxicos para a biota (SÁ, 2003). O principal meio de propagação dos metais na água á através do material particulado em suspensão que se depositará nos sedimentos de fundo. Quando presentes na ZMT poderão sofrer a ressuspensão provocando mudanças em algumas condições geoquímicas, ocasionando a liberação dos componentes metálicos para a coluna d’ água e, consequentemente, influenciando directamente a qualidade da água através de sua contaminação. Os agentes que podem ressuspender os sedimentos podem ser tanto naturais, como ondulações, quanto actividades mecânicas, como a passagem de navios.
O ciclo dos poluentes ao entrar no estuário é controlado pela hidrodinâmica resultante do encontro do rio com o oceano, sob influência das marés, distribuindo-se por duas fases de acordo com as condições ambientais: dissolvida e particulada (FERNANDES, 2001). A fase dissolvida circula no estuário podendo receber contribuições das águas intersticiais contaminadas pela concentração de poluentes no leito e dependendo do equilíbrio com o leito, exportada para o oceano. A fase particulada associa-se ao material particulado em suspensão, podendo depositar-se no fundo e sofrer a ressuspensão retornando para a coluna d’ água.
2.9.4. Impacto directo dos oceanos e impacto indirecto dos oceanos no planeta
Sabendo que os oceanos ocupam cerca de 70% da superfície terrestre, era de se esperar que o comportamento de suas águas, bem como as suas características, pudesse realizar uma grande influência nas condições climáticas do planeta.
Os especialistas em meteorologia e climatologia são quase que unânimes em acreditar ao sol a maior das influencias sobre a dinâmica climáticada terra. Dos elementos terrestres, sãos os oceanos que mais absorvem a energia solar, o que justifica o seu peso sobre o clima da terra.
Os mais diversos fenómenos climáticos estão directamente associados as variações de temperatura das águas dos oceanos. Alem disso, são importantes na distribuição do calor, através das correntes marinhas e na circulação atmosférica, que ocorre principalmente, com a humidade gerada pela evaporação da água.
A mior parte da radiação solar absorvida pelos oceanos é libertada para a atmosfera em forma de vapor de água, que se transforma em humidade. Essa humidade, por sua vez, transforma - se em nuvens que se precipitam, dando origem as chuvas. Do mesmo modo, a condensação da humidade e quente gerada pelo mar também esta na origem da formação de furacões ciclones.
	
Um mergulho nas profundezas do oceano. E o que promete a serie planeta azul. Produzida pela BBC de Londres a serie desvenda, em oito capítulos na diversidade do habitat marinho, sua influência na vida terrestre e o equilíbrio sistema biológico existente no mundo oceânico.
Nos sabemos mais sobre superfície da lua do que sobre as profundezas dos oceanos. Esta serie tem como objectivo mostrar, pela primeira vez, a história do surgimento da vida marinha. Nunca se gastou tanto tempo e recursos em uma serie de história natural. Afirma o director da serie, alastair Forthergill.
Dois terceiros do planeta estão cobertos por oceanos e, assim. Eles permanecem amplamente inexplorados e não registados em imagens. A serie, que levou cinco anos para ser produzida, foi viabilizada pelos avanços na fotografia subaquática que possibilitaram a exploração desses territórios. Foram cerca de 3 mil dias de filmagem em mais de 200 locais ao redor do globo para garantir uma vasta cobertura desse novo mundo.
O primeiro episodio mostra a influencia dos oceanos no planeta. Alem de abrigar diversas formas de vida, de imensas baleias a minúsculos plactons, o mar também exerce influência no clima mundial. E todo esse processo é regido por um complexo sistema de forcas físicas e biológicas. O capítulo mostra como essas forcas actuam no oceano e explica o poder e a complexidade do planeta azul.
2.9.5. Fórmula da fotossíntese
A formula da fotossíntese é a transformação do gás carbónico (CO2) e da agua(H2O) em glicose (C6H12O6) e gás oxigénio(O2), por meio dos cloroplastos e da presença de luz. Este processo pode ser resumido em 
6CO2+12H2O+ luz C6H12O6 +6H2O.
29
Capitulo III: Conclusão
3.1. Considerações finais 
Findo trabalho conclui que os oceanos são de extrema importância a nível ecológico, económico, política e sociocultural. 
O oceano emite radiação para a atmosfera, afectando a temperatura na superfície, é um reservatório de calor pI a atmosfera, devido ao elevado calor específico da água, é uma fonte de humidade para a atmosfera, através da evaporação. Constitui um elemento de transporte de calor, das regiões tropicais para as altas latitudes e os pólos, através das correntes marítimas.
A atmosfera o meio da passagem da radiação solar que atinge os mares; o ar acima da superfície dos mares também emite radiação para os oceanos. Isto influencia os oceanos no tocante à temperatura e à salinidade (e densidade), e também quanto à evaporação (e outra vez quanto à densidade). Por sua vez, variações de densidade influem nas circulações termohalinas. O ar acima da superfície recebe radiação de onda longa emitida pelos oceanos, se aquece e emite.A precipitação nos mares influi na salinidade (e densidade) da superfície, também afectando as circulações termohalinas.O congelamento de águas na superfície do mar é outro factor da circulação termohalina, pois aumenta a densidade das águas de superfície.
Os ventos na superfície do mar actuam no oceano através da fricção na superfície, provocando nela distúrbios, sob forma de ondas e correntes.
A penetração da luz solar em profundidades moderadas no oceano torna possível o crescimento das plantas. Que é a base para uma população biológica enormemente diversificada. A absorção da energia solar através de camadas na superfície do oceano proporciona o armazenamento de vastas quantidades de calor. Este calor que é depois devolvido para atmosfera, sob varias formas.
3.1. Referencias Bibliográficas
1. Caminha J.C.G 1980. História marítima. Biblioteca do exercício, Rio de Janeiro. 301p.
2. Pickard, G.L. 17974.Oceanografia física Descritiva−uma introdução. Ed. Carioca/Fund. do Mar, Rio de Janeiro. 180p.
3. Skinner, BRIAN J, Karl K. 1993.O homem e o oceano. Sao Paulo 
4. Lamour, M. R.; Soares, C. R.; Carrilho, J. C. 2004. “Mapas de parâmetros texturais de sedimentos de fundo do Complexo Estuarino de Paranaguá – PR” Ed. UFPR. Boletim Paranaense de Geociências. n. 55, p. 77 – 82
5. Miranda, L. B.; Castro, B. M.; Kjerfve, B. 2002. Principios de Oceanografia física de estuários. São Paulo.
6. Brown, A. C. e McLachan, A. 1990. Ecology of Sandy Shores. Elsevier, 328p. 
7. Jaffe, J. S. 2005. Sensing Plackton. acoustics and optional imaging marine Physical Labroratory, Cripps instituition of oceanography university of California, san Diego, La Jolla.
8. McLellan, H. J. 1965. Elements of Physical Ocenograf. an introduction. 2.ed. The Openuniversidady. 314p.

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