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Av2 - Educação e Diversidade
Período da Avaliação: 04/10/2021 00:00 à 29/11/2021
Pergunta Resposta
1 -- a) atua como um dispositivo histórico onde institui a partir de relações de poder,
saberes e verdades que incitam e disciplinam para estabelecer a ordem sobre os corpos
e sujeitos no que concerne a sua sexualidade. Alternativa assinalada
2 - - c)V, V, V, F. Alternativa assinalada
3 -- c)falar de gênero não é falar de mulheres, mas é entender homens e mulheres
dentro de um contexto social, por isso uma abordagem histórica que perceba ambos
para entender diferentes processos em diferentes épocas dessas relações estabelecidas.
Alternativa assinalada
4 -- c)V - V - V. Alternativa assinalada
5 -- a) as duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
Alternativa assinalada
1) Trabalhar com as ideias de Foucault nos faz pensar que não se deve buscar
soluções, mas sim produzir problemas, pois assim ao problematizar as práticas
cotidianas, podemos pensar o que estamos fazendo de nós. Não é a ideia de
que tudo é ruim, mas sim, de que há algumas relações perigosas. E são relações
de poder, sendo o poder não algo que se possui, mas que se exerce a partir de
práticas dadas em toda a extensão da sociedade. Não parte de um lugar
somente ou específico, mas é capilarizado por todas as tramas que se
constroem em nossas relações. Quanto menos visível, mais o poder se torna
poderoso e sua governamentabilidade intermeia por toda a sociedade. Assim
sendo, o poder é uma estratégia, mais que uma propriedade, e não é algo
violento, pois positivamente produz regulações, como em nosso interesse,
sobre a sexualidade.
A partir do olhar de Michel Foucault, filósofo francês, a sexualidade:
Alternativas:
a) atua como um dispositivo histórico onde institui a partir de relações de poder, saberes
e verdades que incitam e disciplinam para estabelecer a ordem sobre os corpos e
sujeitos no que concerne a sua sexualidade. Alternativa assinalada
b) institui-se como parâmetro de correta conduta sexual permitindo organizar a natureza
humana de maneira a controlar por meio da repressão tudo aquilo que não condiz com o
que já está estabelecido há tempos.
c) trabalha com a ideia da "hipótese repressiva", considerando que a sociedade ocidental
teria suprimido a sexualidade desde o século XVII até meados do século XX.
d) no ocidente entre os séculos XVIII e XIX, cada vez mais foi se dissociando da
identidade das pessoas.
e) é entender melhor como deve ser o homem e seu lugar na sociedade e estabelecer
também o lugar da mulher para que a sociedade possa funcionar normalmente.
2) Ao pensarmos com Foucault a questão da sexualidade, podemos questionar
sobre o intenso discurso atual que entende a sexualidade pela ideia da
repressão e do caráter reprodutor onde o casamento heterossexual seria o
único possível para manter essa regra, algo que no século XVIII de fato
ocorreu. Porém, com o advento da burguesia era preciso tornar o corpo e o
sujeito dócil e útil e assim, passou a permitir e controlar ao mesmo tempo
sexualidades diversas, mirando na produção de capital. Hoje percebemos, por
exemplo, a indústria pornográfica, os consultórios de terapeutas sexuais, os
medicamentos e as revistas vendendo o caminho para o prazer sexual. Nesse
sentido, Foucault chama de hipótese repressiva, porque não se proíbe, se fala e
muito sobre sexo para que assim possa controlar e torná-lo positivamente
produtivo. Ao se criar um discurso pretensamente repressivo, produz-se uma
verdade sobre o sexo que não interdita, mas o qual se escreve a história do
sexo, numa técnica de poder e a partir de uma vontade de saber.
Considere as seguintes assertivas sobre essa discussão:
1 - o poder incitou a proliferação de discursos, seja na igreja, na escola, na família ou
no consultório médico, que não visavam proibir ou reduzir a prática sexual, mas sim o
controle do sujeito e seu corpo.
2 - deve-se falar de sexo, não apenas algo a ser tolerado, mas gerido e inserido para o
"bem de todos" com intuito de fazê-lo funcionar, pois não se julga, administra-se o sexo,
visando regulá-lo e aumentar sua potência como regulador da sociedade.
3 - os discursos médicos e de outras áreas da ciência despertaram sua atenção sobre a
sexualidade, a exemplo da pedagogia que elaborou um discurso sobre o sexo da criança,
que aliada a psiquiatria, estabeleceu uma conexão com as ditas perversões sexuais,
assinalando perigos ao se falar constantemente sobre.
4 - a investigação psiquiátrica, o relatório pedagógico e o controle familiar não tem a
função de vigiar e reprimir essas sexualidades, apenas ajudar a tornar a sexualidade
algo melhor para todos.
Considerando a discussão sobre a hipótese repressiva de Foucault e sua atualidade, as
assertivas 1, 2, 3 e 4 são, respectivamente:
Alternativas:
a)V, V, V, V.
b)V, V, F, F.
c)V, V, V, F. Alternativa assinalada
d)F, F, V, F.
e)V, F, V, F.
3)"Penso que deveríamos nos interessar pela história tanto dos homens como
das mulheres, e que não deveríamos tratar somente do sexo sujeitado, assim
como um historiador de classe não pode fixar seu olhar apenas sobre os
camponeses. Nosso objetivo maior é compreender a importância dos sexos, isto
é, dos grupos de gênero no passado histórico. Nosso objetivo é descobrir o
leque de papéis e de simbolismos sexuais nas diferentes sociedades e períodos,
é encontrar qual é seu sentido e como eles funcionavam para manter a ordem
social ou para mudá-la" (DAVIS, 1976, p. 90).
(DAVIS, Natalie Zamon. Women´s history in transition: the European case. Feminist
Studies, n. 1, p. 83-103, 1976)
Segundo a historiadora feminista Natalie Davis (1976), ao se pensar sobre gênero,
devemos considerar:
Alternativas:
a)construir uma história com as mulheres, que seja um campo específico das feministas,
pois é uma área que os homens não dominam.
b)produzir uma história de mulheres apenas segmenta e separa o sentido de produzir
história e em nada afeta a sociedade como está organizada, pois não dá para
simplesmente alterar os fatos só porque algumas estudiosas começaram a "recriar" a
historiografia.
c)falar de gênero não é falar de mulheres, mas é entender homens e mulheres dentro de
um contexto social, por isso uma abordagem histórica que perceba ambos para entender
diferentes processos em diferentes épocas dessas relações estabelecidas. Alternativa
assinalada
d)a história das mulheres é diferente, porque diz respeito ao sexo e à família, por isso
ser separada de uma história política e econômica, que estaria mais próxima da vida
pública reservada aos homens.
e)a história não precisa ser reescrita, basta achar exemplos de mulheres que fizeram
algo de significativo em algum tempo ou mulheres virtuosas e incluir no livro didático,
por exemplo, e assim cuidaremos de ter uma história que fale de homens e mulheres.
4) "O gênero é uma das referências recorrentes pelas quais o poder político
tem sido concebido, legitimado e criticado. Ele não apenas faz referência ao
significado da oposição homem/mulher; ele também o estabelece. Para
proteger o poder político, a referência deve parecer certa e fixa, fora de toda
construção humana, parte da ordem natural ou divina. Desta maneira, a
oposição binária e o processo social das relações de gênero tornam-se parte do
próprio significado de poder; por em questão ou alterar qualquer de seus
aspectos ameaça o sistema inteiro" (SCOTT, 1995, p. 92).
(SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade,
Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995)
Sobre a relação de gênero e poder político proposto pela historiadora feminista Joan
Scott, considere V para Verdadeiro e F para Falsa, nas assertivas abaixo:
( ) nessa relação, por exemplo, pode se pensar na Revolução Francesa, onde as sans
culottes eram vistas como "megeras do inferno", vis e desnaturalizadas em oposição a
"feminilidade" de Maria Antonieta, que escapa à multidão, procurou refúgio na servidão a
um rei, seu marido e cuja beleza inspirou o orgulho nacional,desenhando qual o papel
apropriado ao dito feminino na política.
( ) Louis de Bonald em 1816, quando da discussão sobre o divórcio na legislação da
Revolução Francesa, ponderou que a democracia permite ao povo enquanto parte fraca
da sociedade se voltar contra o poder; enquanto o divórcio, permitira às esposas, como
parte fraca, rebelar-se contra a autoridade do marido, por isso da mesma forma que se
mantinha o Estado longe do povo, deveria se manter a família fora do poder das
esposas.
( ) ainda há que se estudar a conexão entre os regimes autoritários e o controle das
mulheres, como durante a tomada hegemônica dos jacobinos na Revolução Francesa, ou
quando Stalin se apoderou do controle da autoridade na ex. URSS e mesmo na
implementação da política nazista a Alemanha ou no triunfo do Ayatolá Komehini no Irã,
onde todos utilizaram a autoridade e o poder como dominante masculinos, tratando no
feminino os inimigos, forasteiros e subversivos, traduzindo em leis e códigos que
proibiram as mulheres de participar da vida política, abortar, códigos de vestuários e
tantas outras ações de controle.
(Adaptado de Scott (1995))
Assinale a alternativa que elenca corretamente a sequência entre verdadeiro e falso:
Alternativas:
a)V - V - F.
b)F - F- V.
c)V - V - V. Alternativa assinalada
d)V - F - V.
e)V - F - F.
5) Analise as asserções a seguir e suas relações:
"Os usos da diversidade cultural, de seu estudo, sua descrição, sua análise e sua
compreensão, têm menos o sentido de nos separarmos dos outros e separarmos os
outros de nós, a fim de defender a integridade grupal e manter a lealdade do grupo, do
que o sentido de definir o campo que a razão precisa atravessar, para que suas modestas
recompensas sejam alcançadas e se concretizem. O terreno é irregular, cheio de falhas
súbitas e passagens perigosas, onde os acidentes podem acontecer e de fato acontecem,
e atravessá-lo ou tentar atravessá-lo contribui pouco ou nada para transformá-lo numa
planície nivelada, segura e homogênea, apenas tornando visíveis suas fendas e
contornos" ( GEERTZ, 2001, p. 81)
Porque
"[...] a noção de diversidade das culturas humanas não deve ser concebida de uma
maneira estática. Esta diversidade não é a mesma que é dada por um corte de amostras
inerte ou por um catálogo dissecado" (LEVI-STRAUSS, 1975, p. 17).
(GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001 e
LEVI-STRAUSS, Claude. Raça e história. Lisboa: Presença, 1975)
Pensando esse conceito de diversidade na escola, é correto afirmar sobre as asserções
que:
Alternativas:
a) as duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira. Alternativa
assinalada
b)as duas são verdadeiras, mas não estabelecem relação entre si.
c) a primeira é uma afirmativa falsa; e a segunda, verdadeira.
d) a primeira é uma afirmativa verdadeira; e a segunda, falsa.
e) as duas são falsas, e a segunda não complementaria a primeira.