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Dom Casmurro INTRODUÇÃO (SLIDE 1) O grupo é formado por: Akylla Ribeiro, Ingrid Martins, Manuella Silva, Millena Braga, Rafael Rabello e Thaís Barcelos. (SLIDE 2) O apelido “Dom Casmurro” foi dado por um rapaz que citou versos para Bentinho, que cochilou no meio deles. O rapaz achou esse um ato grosseiro. Então, o apelidou. “Dom” veio por ironia, atribuindo-lhe um título de nobreza; Casmurro veio no sentido de homem calado. O apelido logo pegou. A obra Dom Casmurro conta a história do amor e das desventuras que Bentinho viveu com Capitu, uma das personagens mais misteriosa e intrigante. Nesse romance encontra-se a versão de um homem perturbado pelo ciúme, que aos poucos revela sua psicologia complexa, acerca do adultério ou não da mulher. Ao narrar a relação de Bento, Escobar e Capitu, Machado se Assis cria uma das maiores polemicas da literatura brasileira. (SLIDE 3) A seguir temos a representação dessa polemica literária em uma charge, que representa muito bem o tema abordado pela obra. CONTEXTUALIZAÇÃO (SLIDE 4) A obra aconteceu no século XIX, na época do segundo reinado, em que os grandes fazendeiros influenciavam a política, como o pai de Bentinho que havia se elegido como deputado. Nessa época, era comum terem escravos, sendo retratado em todo livro. • Oposição aos ideais românticos – o livro retrata a sociedade de maneira real; • Linguagem culta, descritiva e detalhada – linguagem marcadamente acadêmica; • Preocupação com o presente – preocupação de ir ao seminário; • Personagens comuns e não idealizados – os personagens não são idealizados, como heróis; • Temas urbanos, sociais e cotidianos – possível traição, paixão; • Investigação do comportamento humano – Bentinho observando a comoção de Capitu no velório de seu amigo. MACHADO DE ASSIS (SLIDE 5) Machado de Assis foi um escritor que nasceu no Rio de Janeiro. Foi fundador da cadeira n° 23 da Academia Brasileira de Letras. Escreveu obras importantes como “Dom Casmurro” e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. PERSONAGENS (SLIDE 6) Bentinho (Bento Santiago): É o narrador- personagem, membro da elite carioca do século XIX. Bentinho passa por diferentes fases da sua personalidade ao longo do tempo, simbolizadas pelo modo que é chamado pelos outros: • Na adolescência é chamado de Bentinho, um garoto inocente que se descobre apaixonado. • Já depois quando ele sai do seminário e se casa com Capitu, começa a ser chamado de Santiago, um homem dedicado a família e apaixonado/obcecado por Capitu. • Por fim, após se separar da mulher e do filho, tornando-se um homem amargo e solitário, é chamado de Dom Casmurro Capitu (Capitolina): Amiga de Bentinho desde a infância. Ela é descrita como uma mulher inteligente, alegre, apaixonada e determinada. Mas muitas das vezes, também é encarada como uma mulher manipuladora e perigosa, acusação que José Dias fez, “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”. Essa expressão é repetida várias vezes pelo narrador, que também os descreve como “olhos de ressaca”. Escobar: Ezequiel Escobar conheceu Santiago no seminário e ali se tornaram melhores amigos. Ele é descrito como um bom amigo, mas o narrador aponta que ele tinha “olhos claros, um pouco fugitivos, como as mãos, como os pés, como a fala, como tudo” e que “não fitava de rosto, não falava claro”. Dona Sancha: Amiga de Capitu na época da escola, ela é a mulher de Escobar, com quem teve uma filha chamada Capitolina em homenagem a Capitu. Dona Glória: Mãe de Bentinho, uma jovem viúva. O seu primeiro filho nasceu morto e durante a sua segunda gravidez (gravidez de Bentinho) fez uma promessa que se o seu filho fosse menino e nascesse com saúde, ele se tornaria padre. Só que quando Bentinho é jovem, essa promessa se torna angustiante, pois ela fica dividida entre a vontade de ter o filho por perto e a promessa que tinha feito durante a gravidez. Padre Cabral: Personagem que encontra a solução para o caso de Bentinho; se Dona Glória sustentasse no seminário um outro menino que quisesse ser padre, estaria cumprida a promessa. (SLIDE 7) José Dias: Referido pelo narrador-protagonista como “o agregado”, ele é um suposto médico e amigo da família que se mudou para casa de Bentinho, na época que o marido de Dona Glória estava vivo. Ele sempre tenta agradar os proprietários da casa com superlativos, ou seja, expressando qualidades em grau muito elevado. É o primeiro a cogitar o namoro entre Capitu e Bentinho e o primeiro a levantar suspeitas acerca do caráter da menina. Inicialmente para agradar Dona Glória, José Dias incentiva a ida de Bentinho para o seminário, mas depois que Bentinho se abre com ele, José Dias se revela um verdadeiro amigo ajudando-o a se livrar do sacerdócio. Tio Cosme: Irmão de Glória, é advogado e ele é descrito como um homem de grandes paixões que, com os anos, foi se tornando cada vez mais indiferente e cansado. Ele sempre mantém uma postura neutra. Prima Justina: prima de Glória e Cosme, é apresentada como uma mulher do “contra” e que não tinha papas na língua. É a única que parece não mudar de ideias sobre o caráter de Capitu, ficando incomodada com a sua presença cada vez mais frequente na casa da família, é também a única em Matacavalos que não gosta de Escobar. Pedro de Albuquerque Santiago: Pai de Bentinho, morreu quando o filho ainda era pequeno, Bentinho não lembrava nada da figura paterna “a não ser vagamente que era alto e usava cabeleira grande”. Senhor Pádua e Dona Fortunata: Pais de Capitu. Senhor Pádua era empregado em repartição dependente do Ministério da Guerra e Dona Fortunata era alta, cheia, como a filha, os mesmos olhos claros, viam no possível casamento da filha com Bentinho, a possibilidade de elevação social. Ezequiel: Filho de Capitu e supostamente de Santiago, depois de Santiago negar a paternidade da criança, devido a sua semelhança física com Escobar, se separaram. NARRADOR O romance é narrado na primeira pessoa do singular, por Bentinho, o Dom Casmurro. O seu narrador não é confiável. Ele mente, distorce, confunde o leitor, com quem conversa ao longo da narração, anunciando a metalinguagem da literatura do século XX. Bento Santiago de Albuquerque escreve sobre o seu passado de acordo com o seu ponto de vista, então, os fatos narrados são a opinião dele pessoal sobre os acontecimentos, ou seja, a narrativa passa a ser parcial. Mesmo assim, Machado de Assis conseguiu criar um personagem tão sublime, que facilmente somos influenciados pela sua narrativa e muitos podem cegar de fato a acreditar que o ponto de vista de Bentinho seja realmente a verdade. Esse ardil do narrador que fizera surgir a famosa discussão sobre se Capitu traiu ou não Bentinho. ESPAÇO (SLIDE 9) O romance se passa na cidade do Rio de Janeiro. O espaço restringe-se a Rua de Matacavalos, Engenho Novo, bairro de Glória, Flamengo, casa de Bentinho, casa e quintal de Capitu. TEMPO (SLIDE 10) Em Dom Casmurro, o tempo da narrativa em geral é psicológico, tanto que à memória do narrador-protagonista, suas ações são contadas em flashback. Mas a partir do momento que ele começa a contar sua história, em 1857, o tempo passa a ser cronológico, já que ele começa a contar cronologicamente alguns acontecimentos marcantes: • 1858 - Partida para o seminário. • 1865 - Casamento de Santiago e Capitu. • 1871 - Morte de Escobar, melhor amigo de Santigo. Começam as suspeitas de traição. • 1872 - Santiago diz a Ezequiel que ele não é seu filho. Conflito entre o casal, que decide partir para a Europa, para o protagonista não causar escândalo. O protagonista regressa ao Brasil sozinho e a família se separa para sempre. ENREDO (SLIDE 11) Exposição O livro começa com o bentinho contando o porquê de dar o nome do livro de Dom Casmurro. Ele começa falando que um dia desses estavaele voltando da cidade para o novo engenho e encontra um conhecido do bairro e cumprimenta ele e o rapaz começa a recitar versos para ele, porem bentinho estava muito cansado e acabara fechando os olhos umas 3 ou 4 vezes e nisso o rapaz ficou mal humorado e no outro dia entrou falando mal de bentinho e apelidando-o de Dom casmurro. Casmurro significa homem calado e metido consigo e o Dom veio por ironia apenas para lhe dar um ar de nobreza para bentinho Complicação Após isso ele começa a contar a história de sua vida enquanto escreve o próprio livro. A história começa com bentinho chegando em casa e escutando uma voz proferindo o nome dele na sala de visitas, e então ele se esconde atrás da porta e continua escutando, e nisso ele escuta José dias (o agregado) falando com sua mãe que se ele continuasse de namorico com a vizinha deles (Capitu) poderia gerar grandes problemas, pois sua mãe havia feito uma promessa quando teve o primeiro filho e ele logo morreu, ela havia prometido que o próximo seria padre. E após escutar isso o bentinho começou a pensar mais sobre e acabou percebendo que havia grande possibilidade de Capitu realmente gostar dele pois ela sempre elogiava ele porem ele nunca havia olhado isso com más intenções, e então ele acabou percebendo que também estava apaixonado por Capitu. A história vai passando e a cada dia mais Capitu e Bentinho vão se apaixonando mais e eles buscando uma solução para o seminário de padre que se ele fosse fazer acabaria separando os dois. Foi aí então que o Padre Cabral acha uma solução e diz para Dona Glória que se ela pegasse outra pessoa para sustentar e que quisesse ser padre, no seminário, estaria cumprida a promessa, e bentinho acaba indo estudar letras em São Paulo. (SLIDE 12) Clímax Após anos, os dois acabam ficando juntos e casam-se, e bentinho acaba fazendo um melhor amigo enquanto estava em São Paulo, Ezequiel Escobar, e Capitu tinha também uma melhor amiga, Sancha, que acaba se casando com Escobar. Escobar e Sancha tiveram uma filha e colocaram o nome de Capitu e após alguns anos Bentinho e Capitu também tivera um filho e colocaram o nome dele de Ezequiel. Depois de alguns anos Bentinho estava e casa trabalhando quando um escravo de Escobar chega aflito pedindo ajuda dizendo que Escobar precisava de ajuda e que estava morrendo, então Bentinho vai correndo para a Praia do Flamengo e nada pode fazer a não ser constatar a morte do amigo que se afogou. O enterro foi marcado para o mesmo dia e no enterro todos estavam tristes, mas bentinho percebe algo estranho no olhar de Capitu. Após um ano Bentinho veio a perceber mais intensamente semelhanças entre Ezequiel e Escobar e começa a suspeitar da traição da esposa com o melhor amigo, ele estava tão intrigado que tentou até cometer suicídio preparando café com alguma substancia que preferiu não citar no nome no livro mas acabou por desistir dessa ideia, e logo recuou a outra ideia impulsiva, que faria dele não um suicida, mas sim um assassino, a de oferecer um pouco de café ao filho, porém, acaba desistindo desta também. Desfecho No fim de tudo, Capitu quis uma separação porem estava esperando a decisão de Bentinho também. Ela por fim acaba indo para a Europa com o filho e Bentinho continua no Brasil. Ele faz viagens regularmente para a Europa a fim de visitar a esposa, mas acaba nem procurando-a, faz isso apenas para enganar a relação que tinha com Capitu para amigos e familiares. De pouco e pouco todos começam a ficar doentes ou apenas morrendo de velhice, até a própria Capitu acaba morrendo na Suíça e o filho volta para o Brasil para a casa do pai. Quando Ezequiel chega na casa de seu pai, Bentinho não faz questão de descer logo em seguida, ao invés disso, espera de 10 a 15 minutos para ir velo. Assim que desce a escadas e olha o rosto do filho já grande ele vê que era exatamente o rosto de seu amigo Escobar, e não fala muito com o menino, prefere apenas escutá-lo. Sem ter mais o que fazer, ele decide virar realmente um pai, pagando-lhe estudos e o resto. E um certo dia, Ezequiel chega em casa falando de uma viagem escolar que faria, e Bentinho sem hesitar afirma que pagaria até o dobro daquilo que fosse necessário para que o menino viajasse e pegasse alguma doença. E assim como dito, o menino acaba morrendo na Ásia de febre tifoide perto de Jerusalém. E Bentinho finaliza seu livro dizendo: “É bem, qualquer que seja a solução, uma coisa fica, e é a suma das sumas, ou o resto dos restos, a saber, que a minha primeira amiga e o meu maior amigo, tão extremosos ambos e tão queridos também, quis o destino que acabassem juntando-se e enganando- me... A terra lhes seja leve! Vamos à História dos Subúrbios.” (pág.139) GÊNERO E LINGUAGEM (SLIDE 13) O gênero empregado é o romance. A linguagem utilizada por Machado de Assis é marcadamente acadêmica e bem cuidada, sendo clássica e regida pelas normas de correção gramatical estabelecidas. Entretanto, há o registro em alguns pontos de aspectos típicos da língua utilizada pela personagem e registros mais informais da língua portuguesa. MINISSÉRIE X OBRA LITERÁRIA (SLIDE 14) Capitu, minissérie inspirada no livro Dom Casmurro, foi produzida pela Rede Globo e contém 5 capítulos. Em Capitu, a figuração é voltada para a época na qual se passa o romance, século XIX, misturando assim adereços bem modernos, como: um aparelho de MP3, a tatuagem à mostra da protagonista, com vestidos balão, luvas, cabelos modelados e espartilhados. Segundo o autor da minissérie, Luiz Fernando Carvalho, o objetivo era atrair o público jovem para a obra. Mas quanto a linguagem, esta é fiel ao livro Dom Casmurro. CONCLUSÃO (SLIDE 15) E aí? Capitu traiu Bentinho ou não?
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