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Vict�ria K. L. Card�so Hipercr�mias Melasma Introdução: ● Trata-se de uma dermatose comum que cursa com alterações de cor da pele normal, pela hiperatividade melanocítica focal epidérmica de clones de melanocíticos hiperfuncionantes. ○ Consequência: hiperpigmentação melânica induzida, principalmente, pela radiação ultravioleta. Fisiopatogenia: ● As causas principais ainda não são bem conhecidas. ● Principais correlações: ○ Fatores genéticos. ○ Fatores hormonais. ○ Uso de medicamentos. ○ Cosméticos. ○ Endocrinopatias. ○ Fotoexposição. População mais acometida: mulheres em período fértil e de fototipos intermediários. Quadro clínico: ● Presença de manchas acastanhadas. ● Locais mais acometidos: face, região cervical, torácica anterior e membros superiores. Tratamento: ● De forma geral o melasma não tem cura, mas pode ser controlado. ● Ações: ○ Uso de filtro solar rotineiro - contra UVA e UVB. ○ No caso de uso de ACO ou qualquer medicamento que possa causar alterações hormonais, é importante Vict�ria K. L. Card�so analisar se há algum substituto para o paciente. Ocronose Introdução: ● Geralmente ocorre por efeito colateral ao uso de hidroquinona, mas pode estar associada a fenol, mercúrio, antimaláricos ou outras drogas. ● É uma doença articular incapacitante, que envolve a região axial e as articulações periféricas → artropatia acronótica. ● Alcaptonúria - ocronose endógena: ocorre acúmulo de ácido homogentísico em cartilagens, válvulas cardíacas e pele. ● Locais mais acometidos: face (tipicamente), pescoço, dorso e superfícies extensoras. Fisiopatologia: ● Inibição da enzima oxidase ácido homogentísico, pela hidroquinona, o que resulta no acúmulo do ácido homogentísico que se polimeriza para formar o pigmento acronótico. Quadro clínico: ● O uso de ácido acético e seus produtos oxidados (benzoquinonas) causam um escurecimento da urina, quando deixada exposta ao ar. ● Há coloração azul-acinzentada da esclerótica dos olhos e do hélice da orelha. ● Os sintomas osteoarticulares aparecem por volta dos 30 anos, como artropatia crônica. Tratamento: ● Não se tem um tratamento específico. ● Recomenda-se restringir a ingestão de tirosina e de fenilalanina na @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so alimentação, o que leva à diminuição da excreção do ácido homogentísico na urina. ● Usa-se também analgésicos e antiinflamatórios não hormonais, como tratamento sintomático. Mancha mongólica Introdução: ● A melanocitose dérmica congênita ocorre em 96% dos bebês negros, 46% dos bebês hispânicos e 10% dos bebês brancos. ● Quando ocorre: ○ Ao nascimento. ○ Em caso de lesões extensas e grandes. ○ Associa a erros inatos do metabolismo, como em mucopolissacaridose, gangliosidose, doença de Niemann-Pick, síndrome de Hunter e manosidose. ○ Associada a outras anormalidades pigmentares, como a facomatose pigmentovascular. ● Forma das lesões cutâneas: manchas de marrom-escuras a cinza-ardósias ou preto-azulads, que estão presentes no nascimento. Nevo de Ota e de Ito Nevo de Ota: é um nevo (mancha) muito comum em populações asiáticas, também relatada em asiáticos do sudeste, negros e, raramente, em caucasianos. ● A pigmentação pode ser mais sutil ou grosseira, podendo ser bilateral. ● Pode ter apresentação congênita, mas não hereditária. ● Mais frequentemente se manifesta na primeira infância ou durante a puberdade e persiste por toda a vida (ao contrário da mancha mongólica que pode desaparecer na primeira infância). @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Essa mácula consiste em uma mistura de hiperpigmentação azul e marrom na pele, que quase sempre envolve a pele e as membranas mucosas inervadas pelo primeiro e segundo ramos do nervo trigêmeo. ○ A cor azul ocorre por consequência de melanócitos ectópicos na derme. ● Locais mais comuns: palato duro, conjuntiva, esclera e membrana timpânica. ● Tratamento: utilização de laser pode ser uma alternativa. Nevo de Ito: ● Possui aparência e história natural semelhantes ao nevo de Ota, mas com localização sobre o ombro e sobre a área supraclavicular. ● Mais comum em: ○ Etnia negra e asiática. ○ Geralmente ocorre mais em mulheres. Mancha café com leite Introdução: ● As manchas café com leite ocorrem pelo aumento da produção de pigmento dos mastócitos na pele. ○ É sempre importante orientar sobre aconselhamento genético e psicoterapia. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Essas máculas costumam ser um achado isolado ou pode estar associado à neurofibromatose tipo 1 e a certos tipos de síndromes hereditárias, como síndromes de McCune-Albright, Cowden e Leopard. ● Pode haver distúrbios sistêmicos. ● Sempre verificar por doenças associadas → fatores de risco: ○ > 6 manchas com mais de 0,5 cm no seu maior diâmetro em pré-púberes ou maior que 1,5 cm em pós-púberes. ○ > 2 neurofibromas cutâneas ou mais de 1 neurofibroma plexiforme. ○ > 2 sardas axilares ou inguinais (efélides). ○ Glioma do nervo óptico. ○ > 2 nódulos de lisch (hamartomas pigmentados de íris). ○ Deformidades esqueléticas congênitas → principalmente displasia esfenóide e da tíbia. ○ Parente de primeiro grau com neurofibromatose. ● Tratamento: não há tratamento específico. Neurofibromatose Introdução: ● Trata-se de uma doença genética autossômica dominante e é a síndrome neurocutânea mais comum → possui progressão crônica. ○ Há distribuição idêntica entre os sexos. ● A NF1 é resultado de defeito em um gene localizado no cromossomo 17, que produz neurofibromina. ● A doença pode ter evidência ao nascimento, mas geralmente a manifestação é tardia e ocorre durante a puberdade, na gravidez ou na menopausa. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so Síndrome de Peutz-Jeghers Introdução: ● É uma doença autossômica dominante com pólipos hamartomatosos no trato gastrointestinal e pigmentações mucocutâneas características. ● A maioria dos casos ocorre por uma mutação no gene STK. ● O risco de câncer nesse caso é de 15-18x maior do que na população geral. Nevo de Becker Introdução: ● Se manifesta como uma mácula hipercrômica localizada. ○ É frequentemente associada à hipertricose. ● Locais mais acometidos: tronco anterior ou região escapular. ● Se houver coexistência entre nevo de Becker e anormalidades cutâneas, músculo-esqueléticas ou maxilo-faciais, trata-se da síndrome do nevo de Becker. Doença de Addison Conceito: ● Hiperpigmentação generalizada de início insidioso, mais perceptível em @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so zonas fotoexpostas, aréolas, áreas de dobras, palmas, plantas e mucosas. ○ Isso ocorre pela destruição progressiva das glândulas adrenais. ● As unhas geralmente têm linhas paralelas e uma direção vertical. ● Pode haver uma diminuição dos pêlos axilares e pubianos. Acantose nigricans Características: ● A pele das axilas e da região posterior do pescoço fica hiperpigmentada com coloração marrom. ● Está associado à resistência à insulina. Xantelasma Características: ● Resulta da infiltração perivascular de células espumosas mono e multinucleadas em vacúolos citoplasmáticos carregados de lipídios na derme reticular superficial. ● Pode ser considerada um fator de risco para doenças cardíacas isquêmicas, independente de outros fatores de risco cardiovasculares, como colesterol plasmático e concentrações de triglicerídeos. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so Amiloidose macular Características: ● Forma cutânea primária de amiloidose, caracterizada tipicamente por máculas acastanhadas, acometendo predominantemente a região interescapular. Patogenia: é desconhecida, mas há muitos fatores de risco. ● Fatores de risco: ○ Raios UVB. ○ Infecção por Epstein-Barr vírus. ○ Predisposição genética. ○ Atopia. ○ Uso de toalha de nylon ou de escova na pele. Quadro clínico: ● Tem início geralmente na puberdade, com consequência igual em ambos os sexos. ● Pode estar associada a: ○ Esclerose progressiva sistêmica. ○ Lúpus eritematoso sistêmico. ○ Paquioníquia (desordem de queratinização). @p�sitivamed
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