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Imunidade Inata e Adquirida de Pequenos Animais

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IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS
INTRODUÇÃO:
Na luta pela sobrevivência, muitos micróbios descobriram que o organismo animal é uma rica fonte de nutrientes e também um local para se abrigar. Portanto, uma quantidade grande de microrganismos coloniza as superfícies corpóreas, principalmente a pele e o intestino. Um microrganismo capaz de causar doença é chamado de patógeno, as defesas do corpo, coletivamente chamadas de sistema imune são compostas por complexas redes de interações e reações bioquímicas e celulares. 
	O organismo animal utiliza múltiplos e simultâneos sistemas de defesa. Barreira física, imunidade inata e imunidade adquirida, as três principais barreiras que protegem um animal contra a invasão microbiana. Cada barreira forma uma defesa mais eficaz do que a anterior. Desta forma, um microrganismo que consiga ultrapassar a primeira defesa é confrontado por uma segunda barreira, ainda maior, e assim sucessivamente.
	Micróbios podem invadir o corpo através de uma lesão cutânea, entretanto a cicatrização garante que essa barreira seja rapidamente reparada. A primeira e mais óbvia dessas barreiras é a física. Assim, a pele intacta representa uma eficiente barreira contra a infecção microbiana. Em outras superfícies corporais, como nos tratos respiratório e gastrointestinal, simples mecanismos de defesas físicas incluem os processos de “autolimpeza” como: tosse, espirro etc... com o intuito de eliminar invasores em potencial. 
IMUNIDADE INATA
	 Os mecanismos de defesa são constituídos pela imunidade inata, também conhecida como imunidade natural ou nativa. Essa imunidade é fornecida em parte pela mãe através do colostro na amamentação. Formada por um grupo de células fagocíticas, sendo as mais importantes as neutrófilas e macrófagos (também fazem parte às células dendríticas, NK e linfóides). Atua de forma primária contra às infecções causadas por microrganismos. O sistema imune inato dos mamíferos é, portanto, uma coletânea de subsistemas distintos que empregam vários mecanismos. Todos respondem rapidamente com células ou substâncias químicas, que bloqueiam a invasão microbiana e minimizam o dano tecidual.
Colocar imagem centralizada
A imunidade inata é imediatamente ativada quando um patógeno penetra as barreiras epiteliais, tende a perdurar por poucas horas e é direcionada à rápida eliminação do patógeno. De modo geral, os mecanismos da imunidade inata são baseados no fato de que os micróbios, como bactérias e vírus, são estrutural e quimicamente diferentes dos tecidos animais normais. Os animais sintetizam moléculas que podem matar os invasores de forma direta ou promover sua destruição por células de defesa. 
	Outros subsistemas empregam células sentinelas capazes de detectar as moléculas comumente associadas a microrganismos invasores. As células sentinelas recrutam outras células, chamadas leucócitos, que eliminam a maioria dos microrganismos invasores. Entre os demais subsistemas inatos está o sistema complemento, um conjunto de complexas vias enzimáticas que matam invasores. Após a eliminação dos micróbios invasores, algumas das células envolvidas no processo inflamatório também são capazes de auxiliar no reparo dos tecidos danificados. O sistema imune inato é uma rede de subsistemas conectados que não apresenta qualquer tipo de memória e assim, cada episódio de infecção é tratado da mesma forma.
RECONHECIMENTO DE INVASORES:
	Dois tipos de sinal desencadeiam as defesas inatas do corpo. 
· Um sinal, gerado pela presença de microrganismos invasores, é detectado por meio da percepção de suas características moléculas de superfície, ou ácidos nucleicos. Essas moléculas são denominadas padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs).
· As células também detectam moléculas liberadas por tecidos lesionados e células rompidas. Essas moléculas são denominadas padrões moleculares associados a lesões (DAMPs) ou alarminas.
· PAMPs e DAMPs se ligam a receptores de reconhecimento de padrão (PRRs) localizados nas superfícies celulares ou no interior das células.
· Os PRRs são encontrados em diversos tipos celulares. As mais importantes destas células “sentinelas” são os macrófagos, as células dendríticas e os mastócitos.
· Um importante grupo de PRRs é denominado receptor do tipo toll (TLR).
· Os sinais gerados pela ligação de PAMPs a TLRs ativam células sentinelas e estimulam-nas a secretar diversas moléculas. Algumas dessas moléculas são proteínas denominadas citocinas, que “ligam” o processo inflamatório.
· Essas moléculas desencadeiam aumentos locais no fluxo sanguíneo, atraem células de defesa, como os neutrófilos, e aumentam a permeabilidade vascular, permitindo que as moléculas antimicrobianas e as células inundem os tecidos acometidos.
IMUNIDADE ADQUIRIDA
	O sistema imune adquirido, ou adaptativo e formado por linfócitos T auxiliar, T citotóxico que são ativados para destruírem microrganismos e linfócito B que produzir anticorpos que destroem antígenos produzidos pelos agentes infecciosos. Diferente da imunidade inata, a imunidade adquirida tem uma resposta mais demorada, pois se desenvolve a partir da resposta infecciosa com o intuito de se adaptar a ela para combatê-la. Passa a ser eficaz após alguns dias ou semanas.
 (Fig.2). Colocar imagem centralizada
	Embora progrida lentamente, o desenvolvimento da imunidade adquirida contra um determinado patógeno faz que a chance de uma segunda infecção por esse mesmo patógeno seja bem-sucedida e caia de forma vertiginosa, sendo o animal considerado imune. O animal pode, de fato, se tornar completamente imune. A principal diferença entre os sistemas imune inato e adquirido está no uso de receptores de superfície celular para reconhecimento de microrganismos invasores.
 (Fig. 3). Colocar imagem centralizada
	Além de atuar de forma mais complexa aos microrganismos a sistema adquirido é dotado de especificidade com a capacidade de distinguir diferentes substratos e saber se é produzido por antígeno ou pelo próprio corpo. Com essas distinção faz com que as células de ataque, na maioria das vezes ataque apenas os antígenos dos processos infecciosos.
	As células do sistema inato usam um número limitado de receptores pré-formados que se ligam a moléculas comumente expressas pelos diferentes microrganismos. Por outro lado, as células do sistema imune adaptativo produzem grandes quantidades de receptores completamente novos, de estrutura única. Estes receptores são capazes de se ligar a uma enorme gama de moléculas estranhas. Como a especificidade desses receptores é gerada de forma aleatória, não estão predestinados a reconhecer uma molécula estranha específica, mas, coletivamente, reconhecem algumas das moléculas presentes em quase todos os microrganismos invasores.
	O sistema imune adquirido não apenas reconhece um microrganismo invasor, mas também o destrói e guarda a memória desse encontro. Caso o animal encontre o mesmo organismo uma segunda vez, a resposta do sistema imune adaptativo é mais rápida e eficaz. 
RECONHECIMENTO DE INVASORES
· Com a percepção de que a imunidade inata não deu conta de realizar seu papel, uma das formas de imunidade é dirigida principalmente contra invasores bacterianos e é mediada por anticorpos. Os anticorpos são proteínas presentes nos fluidos corporais, principalmente na circulação sanguínea. Estas moléculas se ligam a bactérias e as marcam para destruição.
· Outra forma de imunidade adaptativa é dirigida principalmente contra vírus: é a imunidade mediada por células, que emprega células que destroem células anormais, como aquelas infectadas por vírus.
· A imunidade adquirida pode se lembrar de exposições anteriores a invasores estranhos e montar respostas mais rápidas e eficazes nos eventos posteriores, o que garante a sobrevivência dos animais frente às contínuas exposições microbianas.
Aqui você inclui a sua parte e deixa o artigo pro final junto com a conclusão.
Com base em nossa pesquisa encontramos esse artigo referente a um estudo feito em cães com o intuito de investigar comoa sistema imune deles reagiu a vacinação contra a cinomose realizado em 2001.
Avaliação da resposta imune humoral em cães jovens imunizados contra a cinomose com vacina de vírus atenuado.
Publicação: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia / Universidade de São Paulo.
O estudo foi realizado com o objetivo de se investigar a cinética da resposta imune em cães jovens vacinados contra cinomose, com vírus atenuado, por meio do teste de soroneutralização. Onze cães sadios da raça Beagle, observados do nascimento até 30 meses de idade, isolados de outros cães, receberam vacina monovalente viva atenuada de cinomose canina aos 75, 105 e 135 dias de idade e doze meses após a terceira dose vacinal. 
A infecção dos cães pelo vírus da cinomose canina (VCC) produz severa doença e grande mortalidade em filhotes, especialmente naqueles com menos de 3 meses de idade. Neste período de vida, considerado um estágio crítico, grande número de cães é exposto à infecção6,5,13,18, adoecendo e sucumbindo a ela ou se recuperando e se tornando imune.
MATERIAL E MÉTODO
Foram utilizados 11 cães da raça Beagle, 8 machos e 3 fêmeas, oriundos de cadelas imunizadas. Após o desmame e vermifugação, os cães foram mantidos isolados em canil, longe do contato com outros animais, e alimentados com ração comercial para cães em crescimento. Aos 2 meses e meio de idade, foram submetidos a exame físico geral, tendo sido considerados hígidos e aptos para serem submetidos ao protocolo de vacinação. A seguir, todos os animais receberam, por via subcutânea, volume de vacina monovalente de vírus vivo modificado contra a cinomose canina. Decorrido 1 mês, aos 3 meses e meio de idade, os animais foram novamente submetidos a exame físico geral e receberem a segunda dose da mesma vacina. Este procedimento foi repetido um mês mais tarde, aos 4 meses e meio de idade, quando os cães receberam a terceira dose da vacina. Passados 12 meses da última dose, aos 16 meses e meio de idade, os cães receberam o reforço anual.
A imunidade adquirida após a exposição ao vírus da cinomose é de longa duração, em contraposição à imunidade transferida pela mãe, através do colostro, e em mínima proporção. A duração da imunidade adquirida passivamente é de cerca de nove a doze semanas, havendo baixa significância da sexta à sétima semana de vida, ou duração maior, com níveis de anticorpos detectáveis até a 12ª ou 14ª semana de idade. Quando o nível de anticorpos atinge o limiar mínimo, com título de anticorpos neutralizantes da ordem de 20, os cães se tornam susceptíveis à infecção natural. Após a exposição ao agente infeccioso, desenvolve-se uma imunidade relativamente longa, com os anticorpos neutralizantes persistindo durante muitos anos
RESULTADOS, DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
Nenhum dos 11 cães utilizados neste estudo, que haviam recebido colostro e descendiam de mães adequadamente imunizadas, apresentava níveis de anticorpos contra a cinomose canina, detectados pelo teste de soroneutralização conduzido em cultura de FEG, no momento imediatamente anterior à vacinação. Isto significa que, realmente, os filhotes haviam eliminado aos 2 meses e meio de idade, quase que na totalidade, os anticorpos transferidos pelas respectivas mães e já haviam se tornado suscetíveis à infecção, natural ou vacinal. A ausência de anticorpos maternos em títulos detectáveis possibilitou a imunização desses animais, que responderam com elevada síntese de anticorpos logo após a primeira dose de vacina, ressaltando-se a importância da vacinação no momento adequado. Anticorpos neutralizantes estavam presentes em títulos elevados em todos os participantes do experimento, trinta dias após a aplicação da primeira dose da vacina, demonstrando a eficiência do imunógeno e da resposta do hospedeiro à sua aplicação. 
CONCLUSÃO
Todos os cães apresentaram uma resposta similar, embora com variações, com a produção de anticorpos com títulos maiores do que 2, considerado o título mínimo protetor. Doze meses após a dose anual, a maioria dos cães apresentou alto título de anticorpos, sugerindo que a revacinação anual poderia ser desnecessária.
Conclusões Gerais
Os mecanismos de defesa do hospedeiro são constituídos pela imunidade inata, responsável pela proteção inicial contra as infecções, e pela imunidade adquirida, que se desenvolve mais lentamente e é responsável pela defesa mais tardia e mais eficaz contra as infecções. Desse modo, as respostas imunes, Inata e Adquirida, são componentes de um sistema integrado de defesa, no qual numerosas células e moléculas atuam em cooperação, sendo a imunidade inata estimuladora e influenciadora da resposta imune adquirida.
A imunização passiva pode ocorrer de maneira natural, pela transferência de anticorpos maternos via transplacentária ou pelo colostro na amamentação, mas como visto no estudo, tem um efeito temporário. 
Com o desenvolvimento das vacinas, a incidência de doenças tende a diminuir drasticamente, um exemplo é a erradicação de algumas doenças como a varíola desde 1977. A imunização tem como objetivo a curto prazo a prevenção de doenças e a longo prazo a erradicação das mesmas se for seguida corretamente. Para isso é necessário que se realize o ato da imunização contínua e periódica. Aqui é caso você queira add algo a mais.
BIBLIOGRAFIA
Este material foi produzido baseado nas bibliografias descritas abaixo. Este resumo trata-se de uma organização de várias bibliografias existentes no âmbito da imunologia, tendo como único intuito acesso ao conhecimento para elaboração deste trabalho.
YOUTUBE EMERSON INÁCIO. IMUNIDADE INATA E ADAPTATIVA [RESUMO] ENSINO SUPERIOR. Disponível em: <https://youtu.be/juPSUny_E8c> 
9. ed. Tizard, Ian R.Imunologia veterinária / Ian R. Tizard ; tradução Luciana Medina , Mateus D. Luchese.- Rio de Janeiro : Elsevier, 2014.
Ai vc inclui as tuas

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