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Campos vetoriais conservativos, independência do caminho Joana Mohr IME-UFRGS Joana Mohr (IME-UFRGS) 1 / 10 Seja F um campo de vetores e C uma curva parametrizada, vimos que o trabalho realizado pelo campo em uma part́ıcula que se move ao longo de C de um ponto inicia P até um ponto final Q é dado pela integral de linha ∫ C F · dr = ∫ C f(x, y)dx+ g(x, y)dy ou ∫ C F · dr = ∫ C f(x, y, z)dx+ g(x, y, z)dy + h(x, y, z)dz, onde f, g, h são as funções componentes de F. Joana Mohr (IME-UFRGS) 2 / 10 Pergunta: Como o caminho de integração afeta o trabalho realizado por um campo vetorial, numa part́ıcula que se move de um ponto P a um ponto Q? Joana Mohr (IME-UFRGS) 3 / 10 Exemplo: Seja F(x, y) = x2 i + y 3 j, calcule a integral de trabalho ao longo dos seguintes caminhos ligando os pontos P (4, 1) e Q(0, 1): a) O segmento de reta de P até Q. b) O semi-ćırculo unindo P e Q no sentido anti-horário. a) O segmento de reta pode ser parametrizado por r1(t) = 〈4− 4t, 1〉, 0 ≤ t ≤ 1, como r′1(t) = 〈−4, 0〉 e F(r1(t)) = 〈2− 2t, 13〉, temos que∫ C F · dr = ∫ 1 0 F(r1(t)) · r′1(t)dt = ∫ 1 0 ( − 8 + 8t ) dt = −8t+ 4t2 ∣∣∣1 0 = −4 Joana Mohr (IME-UFRGS) 4 / 10 b) O semi-ćırculo pode ser parametrizado por r2(t) = 〈2 cos(t) + 2, 2 sen(t) + 1〉 0 ≤ t ≤ π, como r′2(t) = 〈−2 sen(t), 2 cos(t)〉 e F(r2(t)) = 〈cos(t) + 1, 23 sen(t) + 1 3〉 temos que ∫ C F · dr = ∫ π 0 F(r2(t)) · r′2(t)dt =∫ π 0 ( − 2 sen(t)− 2 3 sen(t) cos(t) + 2 3 cos(t) ) dt = = 2 cos(t)− 1 3 sen2(t) + 2 3 sen(t) ∣∣∣π 0 = −4. Joana Mohr (IME-UFRGS) 5 / 10 Lembre que F é conservativo, se existe φ : D → R tal que F(x, y) = ∇φ(x, y), (x, y) ∈ D. Note que F(x, y) = x2 i + y 3 j é conservativo , já que φ(x, y) = 1 4 x2 + 1 6 y2 =⇒ ∇φ(x, y) = x 2 i + y 3 j = F(x, y). Note também que φ(0, 1)− φ(4, 1) = 1 6 − (4 + 1 6 ) = −4, veremos no próximo teorema que não é por acaso que o valor é o mesmo. Ou seja, independente da curva C que liga P a Q,∫ C F · dr = φ(0, 1)− φ(4, 1) Joana Mohr (IME-UFRGS) 6 / 10 Teorema Fundamental das Integrais de Linha (TFIL) Suponha que F(x, y) = f(x, y)i + g(x, y)j seja um campo vetorial conservativo em alguma região aberta D ⊂ R2 contendo os pontos (x0, y0) e (x1, y1) e que f(x, y) e g(x, y) sejam cont́ınuas nessa região. Como F é conservativo, existe φ : D → R tal que F(x, y) = ∇φ(x, y), (x, y) ∈ D e se C for uma curva paramétrica lisa por partes qualquer, começando em (x0, y0), terminando em (x1, y1), e que está totalmente contida em D então ∫ C F(x, y) · dr = φ(x1, y1)− φ(x0, y0). Joana Mohr (IME-UFRGS) 7 / 10 Com as hipóteses do TFIL, podemos usar a seguinte notação:∫ C F(x, y) · dr = ∫ (x1,y1) (x0,y0) F(x, y) · dr = = ∫ (x1,y1) (x0,y0) ∇φ(x, y) · dr = φ(x1, y1)− φ(x0, y0). Obs: Repare na semelhança com o Teorema Fundamental do Cálculo, se G′(x) = g(x) vale que∫ b a g(x)dx = ∫ b a G′(x)dx = G(b)−G(a). Joana Mohr (IME-UFRGS) 8 / 10 Pergunta: O que acontece com uma integral de linha de um campo conservativo ao longo de uma curva fechada, ou seja, uma curva parametrizada r(t) tal que r(a) = r(b)? ∫ C F(x, y) · dr = φ(x1, y1)− φ(x0, y0) = 0 Joana Mohr (IME-UFRGS) 9 / 10 Exemplo: Seja F(x, y) = −y i + x j e C a curva parametrizada por r(t) = 2 cos(t) i + 2 sen(t) j, 0 ≤ t ≤ 2π. Calcule ∫ C F(x, y) · dr. ∫ C F(x, y) · dr = ∫ 2π 0 〈−2sen(t), 2 cos(t)〉 · 〈−2sen(t), 2 cos(t)〉dt = 8π, logo F não é conservativo. Joana Mohr (IME-UFRGS) 10 / 10
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