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-Fisiologia-Do-ICC-Insuficiencia-Cardiaca-Congestiva

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ICC- Insuficiência cardíaca Congestiva
Introdução
A insuficiência cardíaca, ou insuficiência cardíaca congestiva (ICC), é uma 
doença muito comum, que atinge aproximadamente 4,8 milhões de 
americanos. Enquanto outras doenças cardíacas se tornaram menos 
comuns nos últimos anos, a incidência de ICC está cada dia maior. A causa 
disso pode ser o fato de que pessoas com outras doenças cardíacas 
sobrevivem por mais tempo, mas seus corações ficam prejudicados e isso 
causa a ICC. Além disso, com o crescimento da população idosa, há mais 
pessoas com risco de desenvolver ICC. Aproximadamente 400 mil novos 
casos de ICC ocorrem a cada ano e essa doença é o diagnóstico mais 
comum em pacientes hospitalizados com mais de 65 anos. A função do 
coração é bombear o sangue, que contém oxigênio e nutrientes, para todo o 
corpo. A ICC é simplesmente a falha do coração em desempenhar essa 
função corretamente. É claro que uma escassez do sangue bombeado para 
o corpo só será considerada ICC se o coração estiver recebendo o volume 
adequado de sangue dos vasos (ou seja, se a pressão arterial estiver 
normal). Quando não há sangue suficiente para o coração bombear, o 
problema não é ICC. 
A ICC ocorre quando o fluxo do sangue saindo do coração (sístole cardíaca) 
reduz, ou então quando os fluidos se acumulam atrás do ventrículo que 
falha, ou ambos. Os médicos têm formas diferentes de classificar a 
insuficiência cardíaca. 
O que é
É o estado fisiopatológico em que o coração é incapaz de bombear sangue a 
uma taxa satisfatória às necessidades dos tecidos metabolizadores, ou pode 
fazê-lo apenas a partir de uma pressão de enchimento elevada.
Fisiopatologia
A fisiopatologia da ICC é decorrente da ativação de mecanismos 
compensatórios que visam a manutenção do débito cardíaco e subseqüente 
perfusão tecidual adequada. Esses mecanismos são representados 
principalmente pela ativação neurormonal e remodelamento ventricular. As 
alterações neurormonais mais importantes consistem em aumento do tônus 
simpático, atenuação do tônus vagal, ativação do sistema renina-angiotensina-
aldosterona e liberação de hormônios antidiuréticos. O remodelamento 
ventricular consiste principalmente de hipertrofia e dilatação. Esses 
mecanismos em curto prazo são benéficos, porém posteriormente acabam se 
tornando deletérios ao organismo, pois sobrecarregam o coração e 
consequentemente proporcionam o aparecimento dos sinais clínicos.
http://saude.hsw.uol.com.br/sangue.htm
http://saude.hsw.uol.com.br/coracao.htm
 Classificação 
De acordo com o ventrículo acometido: como o coração é formado por 
basicamente duas bombas (esquerda e direita) em uma, um lado pode falhar 
independentemente do outro. 
• Insuficiência cardíaca ventricular esquerda: quando o ventrículo 
esquerdo não consegue bombear sangue suficiente, o sangue reflui para 
os pulmões (atrás do ventrículo esquerdo), causando edema pulmonar, 
uma acumulação de fluidos nos pulmões. Entre outras coisas, o edema 
faz com que a pessoa fique sem fôlego, isto é, sinta falta de ar. A falha 
cardíaca ventricular esquerda geralmente leva à falha cardíaca 
ventricular direita. 
• Insuficiência cardíaca ventricular direita: o ventrículo direito não pode 
bombear sangue suficiente para o pulmão. Sendo assim, os fluidos 
recuam para as veias e capilares (a montante do ventrículo direito). Por 
causa desse acúmulo, o fluido vaza dos capilares e acumula-se nos 
tecidos. Essa condição é conhecida como edema sistêmico. O edema 
pode ser percebido principalmente nas pernas, por causa da força da 
gravidade. No paciente deitado, pode se acumular nas costas e outras 
partes do corpo em contato com a cama.
 De acordo com a localização
• Insuficiência cardíaca anterógrada: a falha ocorre na contração do 
coração com dificuldades para ejeção do sangue e baixo débito. 
• Insuficiência cardíaca retrógrada: a falha ocorre no retorno venoso do 
sangue ao coração com edema pulmonar ou sistêmico.
De acordo com a o tempo de evolução 
• Insuficiência cardíaca aguda: essa é a falha cardíaca que ocorre de 
repente. Um infarto pode causar falha cardíaca aguda se grande parte 
do músculo cardíaco morrer. Quando isso acontece, o coração não 
consegue bombear sangue suficiente, causando edema pulmonar. Isso 
torna a respiração muito difícil e pode levar à morte. A falha cardíaca 
aguda também pode ocorrer quando uma válvula cardíaca pára de 
funcionar repentinamente ou quando a corda tendínea (o músculo e o 
tendão que ajudam a válvula mitral a funcionar corretamente) de repente 
se rompe. 
• Insuficiência cardíaca crônica: essa é a falha cardíaca que se 
desenvolve gradualmente. Os sintomas são sutis no começo, mas se 
tornam mais graves com o passar do tempo. 
 De acordo com a fase do ciclo cardíaco: o coração pode falhar em qualquer 
fase do ciclo cardíaco - contração (sístole) ou distensão (diástole). 
• Insuficiência cardíaca sistólica: o coração tem dificuldade para 
contrair e bombear sangue suficiente. Essa condição causa fraqueza, 
fadiga e diminui a capacidade de realizar exercícios físicos. 
http://saude.hsw.uol.com.br/doencas-cardiacas.htm
• Insuficiência cardíaca diastólica: o sangue não consegue retornar ao 
coração durante a diástole, geralmente devido à pressão elevada por 
uma dificuldade de relaxamento do coração durante a diástole. Essa 
condição causa edema sistêmico, pulmonar ou ambos. 
 De acordo com a relação oferta/demanda
• Falha cardíaca por excesso de bombeamento: o bombeamento 
cardíaco está normal ou um pouco superior, mas a demanda pelo fluxo 
sangüíneo é alta demais (hipertireoidismo, anemia, infecções graves). O 
coração não é capaz de distribuir o sangue necessário e falha. 
• Falha cardíaca por redução de bombeamento: o bombeamento está 
baixo, mas a demanda de sangue está normal. O coração não é capaz 
de suprir essa demanda e falha. A falha por redução é mais comum 
que a por excesso. 
Causas da ICC – Etiologia
 A ICC não é um diagnóstico específico, mas sim o resultado de outras 
doenças ou fatores de risco. Descobrir essa condição é importante, pois o 
tratamento geralmente depende dela. Muitas condições podem causar a ICC, 
entre elas: 
• pressão arterial elevada (hipertensão) aumenta o trabalho do coração. 
O órgão tem que bombear sangue contra uma resistência maior e, 
conseqüentemente, deve fazer mais força. O esforço excessivo do 
músculo cardíaco pode causar falha. Essa é uma das causas de ICC 
mais comum nos Estados Unidos e no Brasil; 
• doença coronariana causa isquemia, ou seja, o músculo cardíaco 
recebe quantidade inadequada de oxigênio, o que pode prejudicar ou 
destruir o tecido cardíaco, levando à falha. A doença arterial coronariana 
é outra importante causa de ICC nos Estados Unidos e no Brasil; 
• doença valvular cardíaca causa um fluxo inadequado de sangue 
através do coração, o que aumenta o trabalho do órgão. Há três tipos 
principais de válvulas cardíacas problemáticas: 
o válvulas estreitas (estenóticas) restringem o fluxo do sangue. 
Para gerar pressão suficiente para bombear o sangue através de 
uma válvula estreita, o coração tem que fazer muito mais força; 
o válvulas expulsoras (regurgitantes) permitem que o sangue 
reflua para o coração depois de ter sido expelido. O coração tem 
que bombear mais sangue a cada batida (o sangue que entra 
normalmente é aquele que refluiu), aumentando muito seu 
trabalho; 
o endocardite é uma infecção das válvulas cardíacas que pode 
danificá-las. 
• ritmos cardíacos alterados (arritmias) interrompem o ciclo normal 
de retorno venoso (enchimento) e bombeamento. Se o coração bate 
muito lentamente (bradicardia), então não é bombeado sangue 
suficiente. Se o coração bate muito rápido (taquicardia), então não há 
tempo suficiente para que o sangueretorne ao coração. É causa de ICC 
de alto débito. Em ambos os casos o bombeamento cardíaco é reduzido, 
o que causa a insuficiência cardíaca; 
• atividade excessiva da glândula tireóide (hipertireoidismo) aumenta 
de modo geral as taxas do metabolismo do corpo. O coração deve 
circular sangue com mais rapidez para que os tecidos recebam 
quantidade adequada de oxigênio. Esse trabalho excessivo pode causar 
uma insuficiência cardíaca. É causa rara de IC chamada de alto débito; 
• redução grave no número de células vermelhas do sangue (anemia) 
reduz o suprimento de oxigênio que circula no sangue (são as células 
sanguíneas que carregam o oxigênio). Para fornecer a quantidade 
necessária de oxigênio para os tecidos, o coração deve circular o 
sangue com mais freqüência. Esse trabalho excessivo pode causar a 
falha cardíaca; 
• doenças que afetam o músculo cardíaco (cardiomiopatias) resultam 
na contração inadequada do coração. Isso reduz o bombeamento 
cardíaco, o que leva à ICC. Tecnicamente, a palavra cardiomiopatia 
representa somente as doenças que se originam e afetam o miocárdio. 
Contudo, muitos médicos também usam o termo para se referir à 
"cardiomiopatia isquêmica", uma condição que resulta das cicatrizes 
causadas pela doença arterial coronariana. Fatores que causam a 
cardiomiopatia incluem: 
o infecções (virais, bacterianas, Aids, doença de Lyme, febre 
reumática, etc.) 
o toxinas (álcool, cocaína, radiação, quimioterapia, etc.) 
o deficiências nutricionais 
o problemas nos tecidos conjuntivos (lúpus, artrite reumatóide, etc.) 
o doenças neuromusculares (distrofia muscular) 
o infiltrações (amiloidose, sarcoidose, câncer) 
o causas idiopáticas (desconhecidas) 
o cardiomiopatia pré-natal 
o causas familiares 
• doenças que afetam o pericárdio (membrana que protege o 
coração) restringem a capacidade do coração de se estirar, permitindo 
que o sangue retorne ao coração. O enchimento é reduzido, o que 
diminui também o bombeamento cardíaco. Uma membrana mais fina ou 
com cicatrizes (pericardite constritiva) ou a presença de fluidos entre 
as duas partes da membrana (tamponamento cardíaco) podem reduzir 
a capacidade de enchimento do coração; 
• defeitos na formação do coração (doença cardíaca congênita) 
fazem com que o coração tenha que trabalhar mais. Esses defeitos 
envolvem alterações anatômicas das paredes que ficam entre as 
câmaras cardíacas (comunicação intracardíaca), alterações das válvulas 
cardíacas, ou posições alteradas das veias e artérias que levam e 
trazem o sangue do coração. 
Uma série de outros fatores, chamados fatores precipitantes, sobrecarregam 
o coração já danificado. Identificar o fator precipitante e a causa inicial da ICC é 
importante para descobrir qual é o melhor tratamento. Fatores precipitantes 
incluem: 
• abandono de tratamento com medicação prescrita 
• ingestão excessiva de sal e líquidos 
• hipertensão descontrolada 
• infecções 
• infarto 
• isquemia (falta de sangue no músculo cardíaco) 
• arritmia cardíaca (ritmo cardíaco anormal) 
• anemia 
• embolia pulmonar (coágulo dentro dos vasos do pulmão) 
• hipertireoidismo (tireóide hiperativa) 
• hipóxia (baixo nível de oxigênio no sangue, geralmente causada por 
doenças pulmonares) 
• mal funcionamento de válvula cardíaca 
A ICC, em geral, se desenvolve lentamente com o passar dos anos. À medida 
que o coração começa a falhar, o corpo procura se adaptar para manter o 
bombeamento cardíaco e o fluxo sangüíneo para os órgãos. Apesar de esses 
mecanismos serem úteis, eles acabam causando ainda mais estragos no 
coração e piorando a ICC. Essa tentativa de adaptação agrava o quadro, 
gerando sintomas. 
Quando o coração começa a falhar, a primeira coisa que o sangue faz é liberar 
adrenalina. O estímulo aos nervos simpáticos aumenta o ritmo cardíaco e a 
força das contrações e constringe os vasos. Esses fatores atuam juntos para 
aumentar o bombeamento do sangue. Contudo, o estímulo dos nervos 
simpáticos também constringe as artérias, o que aumenta a pressão arterial. 
O aumento da pressão força o coração a trabalhar mais e usar mais oxigênio. 
Os especialistas imaginam que isso cause danos ao coração com o passar do 
tempo. 
O corpo, pela constrição dos vasos, reduz o fluxo do sangue para os rins. Isso 
ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona. O fluxo sangüíneo 
reduzido faz com que o rim produza uma enzima chamada renina. A renina 
converte uma proteína plasmática inativa, o angiotensinogênio, em um 
hormônio ativo chamado angiotensina II. A angiotensina II é um poderoso 
constritor de veias e artérias e estimula a glândula adrenal a secretar um 
hormônio chamado aldosterona. A aldosterona faz com que os rins retenham 
sal e água, o que gera aumento no volume sangüíneo. O volume sangüíneo 
aumentado ajuda a manter o bombeamento cardíaco, pois aumenta o retorno 
venoso do coração. Contudo, o maior volume sangüíneo, em conjunto com a 
vasoconstrição, também aumenta a pressão arterial. Essa pressão 
aumentada causa edema e um excesso de trabalho, o que pode, futuramente, 
enfraquecer o coração. 
O corpo também aumenta a secreção de um hormônio da hipófise, chamado 
hormônio anti-diurético (ADH). Ele faz com que o rim retenha mais líquidos, o 
que aumenta o volume sangüíneo e ajuda no bombeamento cardíaco, mas 
também aumenta a pressão arterial. Isso faz com que o coração enfraquecido 
tenha que trabalhar ainda mais. 
•
http://www.hsw.com.br/celulas.htm
Também há mudanças no músculo cardíaco. A espessura da camada muscular 
aumenta (hipertrofia), permitindo que o coração se contraia com mais força 
para manter o bombeamento cardíaco. Isso, porém, aumenta a necessidade de 
oxigênio e, eventualmente, leva a mais deterioração. O coração também pode 
aumentar por dilatar suas paredes (dilatação). Inicialmente isso pode ajudar a 
aumentar o bombeamento, por aumentar a quantidade de sangue que o 
coração consegue receber, mas a dilatação acaba levando a uma piora da 
doença. 
Sintomas da ICC
• Falta de fôlego ou dificuldade para respirar (dispnéia) - sintoma mais 
comum da ICC e é causado pelo edema pulmonar. Podem ser 
encontrados diferentes tipos de dispnéia: 
o falta de fôlego em esforços (dispnéia de esforço) - à medida que 
a doença progride, a quantidade de esforço necessária para 
causar dispnéia fica menor; 
o falta de fôlego em repouso; 
o falta de fôlego quando deitado (ortopnéia) - na posição deitada, o 
sangue das pernas elevadas volta para o coração e causa edema 
pulmonar. O ato de sentar geralmente alivia esse sintoma. Muitas 
pessoas dormem apoiadas em almofadas para evitar esse efeito. 
Com a progressão da doença, algumas pessoas chegam a dormir 
sentadas; 
o falta de fôlego intermitente noturna (dispnéia noturna 
paroxística) - é causada pelo edema pulmonar e pela redução da 
respiração durante o sono.
• Tosse 
• Edema - ocorre com mais freqüência nas pernas. O edema nas pernas 
geralmente piora durante o dia. Isso acontece porque a gravidade 
aumenta a quantidade e a pressão do sangue nas veias da perna, o que 
elimina mais fluidos. Há uma melhora à noite, quando as pernas estão 
elevadas. O edema geralmente é tratado com diuréticos para eliminar o 
excesso de fluidos. Edemas podem ocorrer em vários outros lugares, 
incluindo a cavidade abdominal, o espaço entre os pulmões e a 
cavidade torácica, o pericárdio e o estômago e os intestinos (causando 
náusea e perda de apetite). 
• Aumento de peso - a retenção de líquidos geralmente causa aumento 
de peso em portadores da ICC. 
• Fadiga - é um sintoma comum e pode estar relacionado à redução do 
fluxo sangüíneo dos órgãos e músculos. Ocasionalmente, a ICC pode 
reduzir o fluxo sangüíneo no cérebro e causar confusão mental, 
principalmenteem idosos. 
• Dor no peito - é um sintoma de angina e infarto, as principais causas da 
ICC. 
• Edema pulmonar agudo - é uma dispnéia grave. Junto com a 
hipertensão, leva a um nível perigosamente baixo de oxigênio no 
sangue, o que pode causar risco de morte. Sintomas do edema 
pulmonar agudo incluem intensa falta de fôlego, uma tosse que pode vir 
http://www.hsw.com.br/doencas-cardiacas.htm
acompanhada de secreção rósea, suor intenso e ansiedade. O edema 
pulmonar agudo deve ser tratado imediatamente. 
Quando um médico examina alguém com ICC, pode acabar descobrindo o 
seguinte: 
• aumento no tamanho do coração (cardiomegalia); 
• um terceiro som cardíaco (S3) - normalmente o coração faz dois sons 
(S1 e S2), geralmente descritos como "tum-ta, tum-ta". Na ICC há um 
terceiro som, que é chamado de galope S3, já que lembra o galope de 
um cavalo ("tum-tum-tum"); 
• som de fluidos nos pulmões durante a inspiração (estertores); 
• distenção da vaia jugular do pescoço (distensão jugular) - isso 
acontece porque a ICC causa um represamento na entrada de sangue 
no coração; 
• aumento do fígado (hepatomegalia) - é causado pelo refluxo do 
sangue do coração; 
• reflexo hepatojugular - quando o fígado está comprimido, mais sangue 
flui para as veias jugulares, fazendo com que fiquem ainda mais 
dilatadas; 
• edema - geralmente localizado nas pernas, calcanhares e pés. A 
expressão "edema depressível" costuma ser utilizada porque, ao 
pressionar o local com a ponta do dedo, se forma uma depressão 
temporária que se recupera rapidamente; 
• ritmo cardíaco acelerado (taquicardia); 
• ritmo respiratório aumentado (taquipnéia); 
• aumento na pressão arterial (hipertensão); 
• redução na pressão arterial (hipotensão) - quando o bombeamento 
cardíaco está seriamente reduzido, acontece uma redução na pressão 
arterial. Esse é um sinal bastante grave, conhecido também como 
choque cardiogênico; 
• fluido na cavidade abdominal (ascite); 
• fluido no espaço entre os pulmões e as costelas (efusão pleural). 
Os testes a seguir são úteis no diagnóstico da ICC: 
• radiografia de tórax é um teste bastante útil na ICC. Pode detectar 
edema pulmonar, aumento do coração e efusão pleural; 
• o eletrocardiograma (ECG) também pode ser útil, pois pode detectar 
infartos antigos, isquemia cardíaca, anormalidades no ritmo cardíaco ou 
aumento do coração; 
• o ecocardiograma pode determinar a quantidade de sangue bombeada 
do coração em cada batida (fração de ejeção). A fração de ejeção é 
uma maneira de quantificar a eficiência dos batimentos cardíacos e 
determinar a gravidade da ICC. Normalmente, a fração de ejeção fica 
entre 55 e 75%. Além disso, o ecocardiograma pode ajudar a determinar 
a causa da ICC, por detectar anormalidades nas válvulas cardíacas, 
anormalidades pericárdicas, doenças cardíacas congênitas ou um 
coração aumentado. Esse exame pode mostrar se o coração está se 
http://www.hsw.com.br/heart6.htm
contraindo de maneira anormal (anormalidades na movimentação das 
paredes), o que é um sinal de doença coronariana.
Sintomas da ICC e associação com atividades físicas
• Nível 1: não há limitação para atividades físicas. Os sintomas são 
nulos ou leves. 
• Nível 2: há uma pequena limitação às atividades físicas. Os 
sintomas são de leve a moderados com a atividade, mas atingem 
níveis confortáveis quando em repouso. 
• Nível 3: atividades físicas são limitadas. Os sintomas são 
moderados a severos. 
• Nível 4: qualquer atividade física causa desconforto. Os sintomas 
são severos e podem se apresentar mesmo quando em 
descanso. 
Fonte: New York Heart Association 
Tratamento da ICC 
O objetivo do tratamento da ICC é controlar os sintomas e tratar a condição-
base e a causa que levou à precipitação. Antes de prescrever medicamentos, 
seu médico pode pedir que você perca peso e pare de fumar. Essas medidas 
podem reduzir o trabalho do coração e também controlar algumas causas da 
ICC (pressão alta, doença arterial coronária). Além disso, diminuir o consumo 
de sal e líquidos pode aliviar os sintomas e reduzir a necessidade de 
medicação. Exercícios também podem ser úteis para aumentar a forma física 
em geral. Contudo, quando a ICC é severa, a recomendação pode ser de 
repouso. 
Medicamentos
• Diuréticos - são medicamentos usados para aumentar a quantidade de 
sódio (Na+) e água excretada pelos rins. Isso reduz o volume sangüíneo 
e a quantidade de sangue a ser bombeada pelo coração, reduzindo, 
conseqüentemente, o esforço. O objetivo é manter o peso ideal, 
eliminando edemas. Diuréticos incluem: 
o hidroclorotiazida 
o clortalidona 
o furosemida 
o bumetanida 
o trianterene 
o espironolactona 
Um efeito colateral muito importante é a queda no nível de potássio 
(K+), que pode causar cãibras e anormalidade no ritmo cardíaco. 
Suplementos de potássio ou diuréticos poupadores de potássio podem 
ser usados sozinhos ou em conjunto com outros diuréticos. 
• Vasodilatadores - são grupos de medicamentos que aumentam ou 
dilatam os vasos sangüíneos. Durante a ICC, os vasos ficam geralmente 
constritos devido à ativação do sistema nervoso simpático e do sistema 
renina-angiotensina-aldosterona. Quando os vasodilatadores são 
usados, eles reduzem a resistência e a pressão arterial contra a qual o 
coração deve bater, aumentando, assim, o bombeamento cardíaco. 
Inibidores da enzima conversora da angiotensina (inibidores da ECA) 
são vasodilatadores bastante eficazes. Esse é um dos medicamentos 
que realmente se mostraram eficazes em aumentar a expectativa de 
vida de pacientes com ICC. Os inibidores da ECA reduzem a 
pressão arterial e a retenção de líquidos por prevenir a ação do sistema 
renina-angiotensina-aldosterona. Esses inibidores incluem: 
o captopril 
o enalapril 
o lisinopril 
o fosinopril 
o quinapril 
Efeitos colaterais incluem tosse e ocasionalmente erupções cutâneas. 
• Bloqueadores dos receptores do angiotensinogênio - bloqueiam os 
efeitos da angiotensina ao invés de bloquear sua produção. 
Bloqueadores dos receptores do angiotensinogênio incluem: 
o losartan 
o irbesartan 
o valsartan 
Esses medicamentos não apresentam a tosse como efeito colateral, 
como os inibidores da ECA. 
• Hidralazina - é um vasodilatador que age nas artérias. É usada com 
menor freqüência, já que os inibidores de ECA são considerados mais 
efetivos. 
• Medicamentos derivados da Digitalis lanata, como a digoxina, 
- aumentam a força da contração do músculo cardíaco e também 
controlam anormalidades nos ritmos cardíacos, especialmente a 
fibrilação atrial e a taquicardia atrial. Sendo assim, a digitalis têm 
mais utilidade quando uma pessoa com fibrilação ou taquicardia atrial 
tem ICC (um diagnóstico bastante comum). Ela melhora as funções 
cardíacas mas aumenta a mortalidade. Há vários efeitos colaterais, 
incluindo náusea, vômitos, muitos tipos de disritmias cardíacas, 
confusão e interações negativas com outros medicamentos. Só devem 
ser prescritos nos pacientes muito sintomáticos. 
• Bloqueadores beta - são considerados úteis para pacientes com ICC. 
Ao bloquear os receptores beta-adrenérgicos do sistema nervoso 
simpático, eles reduzem o ritmo cardíaco e a força das contrações. 
Evidentemente, isso deve ser feito com muito cuidado, pois essa 
redução pode piorar a ICC. Bloqueadores beta incluem: 
o metoprolol 
o atenolol 
o carvedilol
Atualmente, junto com os inibidores da ECA, são fundamentais no 
tratamento da ICC moderada a grave.
• Simpatomiméticos - são medicamentos que agem como o sistema 
nervoso simpático e são usados quando a ICC é grave, como no 
choque cardiogênico. Eles tratam a ICC aumentando a força das 
contrações cardíacas. Drogassimpatomiméticas incluem a dopamina e 
dobutamina. Como sua administração é intravenosa e são 
extremamente fortes, esses medicamentos são usados principalmente 
quando a ICC se tornou um risco de morte. Elas podem causar 
disritmias cardíacas e isquemia. 
Ocasionalmente, há circunstâncias em que procedimentos cirúrgicos podem 
tratar a ICC. Os mais comuns são: 
• implante de válvula cardíaca - quando uma válvula cardíaca não 
funciona bem, pode ser substituída para reduzir os sintomas. Em alguns 
casos, esse procedimento pode salvar a vida do paciente; 
• correção de defeito cardíaco congênito - a correção cirúrgica de 
problemas cardíacos congênitos é usada freqüentemente para restaurar 
o máximo possível as funções normais; 
• ponte de safena - se a causa da ICC é doença arterial coronariana 
(DC), corrigir a DC com uma ponte de safena pode ser útil; 
• transplante de coração - quando a ICC persiste e piora, apesar dos 
tratamentos, um transplante de coração pode ser uma alternativa. 
Pacientes aptos para transplantes geralmente sofrem de 
sintomas graves (Classe funcional 4 da escala da New York Heart 
Association), têm frações de ejeção de 15 a 20% e chances de 
sobrevivência de 50%. O aperfeiçoamento das drogas anti-rejeição 
(especialmente ciclosporina) aumentaram a sobrevivência para quem 
passa por esse procedimento. Também há outras técnicas que podem 
ser usadas para ajudar um coração danificado, como o uso de balão 
intra-aórtico e de um equipamento de assistência ao ventrículo 
esquerdo. Essas técnicas são utilizadas para manter o paciente vivo até 
que um doador compatível apareça. 
Prevenção
 A prevenção da insuficiência cardíaca congestiva consiste em bons hábitos de 
saúde que ajudam a prevenir doenças do coração em geral como seguir uma 
dieta balanceada com consumo, baixo ou moderado, de gorduras; estar no 
peso adequado; fazer exercícios, descansar e dormir bem; evitar o consumo de 
cigarros e o de álcool em excesso; e fazer check-ups periodicamente para 
detectar problemas, como a pressão alta, que possam sobrecarregar ou lesar 
http://www.hsw.com.br/transplantes-de-orgaos.htm
ainda mais o coração. A restrição de sal para aqueles que sofrem de 
insuficiência cardíaca congestiva moderada também é bastante importante.
	ICC- Insuficiência cardíaca Congestiva
	Introdução
	Sintomas da ICC

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