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MORTE PRESUMIDA E AUSÊNCIA

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AJES – FACULDADE DO VALE DO ARINOS
UNIDADE DE JUARA/MT
BACHARELADO EM DIREITO – 1º TERMO
MORTE PRESUMIDA E AUSÊNCIA
DISCENTE: THAÍSA PEREIRA DA SILVA
ORIENTADOR: EDER MEDEIROS
AJES/2021
A personalidade civil de uma pessoa natural, sua capacidade de direito ou de gozo, a capacidade para ser um sujeito com direitos e obrigações no âmbito civil, primeiramente começa com a vida, onde se inicia com o funcionamento do sistema cardiorrespiratório e a saída do ventre materno, adotando assim a Teoria Natalista, onde a partir do seu nascimento com vida tal pessoa já está propício a adquirir seus direitos e deveres como uma pessoa civil. 
Tal personalidade e existência da pessoa natural, acaba consequentemente com a morte, onde é possível citar a morte natural, que acontece quando ocorre a parada no sistema cardiorrespiratório e a parada de funções vitais para o ser humano, sendo necessário ser comprovado através de atestado médico, ou então na falta do mesmo é possível o acesso a certidão de óbito, se testemunhas estivessem presentes e verificado tal morte.
Todavia, acontece de em determinadas mortes não conseguirem encontrar o corpo para que assim seja diagnosticado uma morte natural e nem existam testemunhas que tenham presenciado. No entanto existe a probabilidade de a pessoa ter vindo a óbito por estar em perigo de vida. Nessas situações, onde não se de a certeza da morte, mas que existam probabilidades de tal acontecimento, as leis autorizam que o Juiz declare a morte presumida.
Essa declaração judicial de uma morte presumida é somente concedida em determinados casos de acordo com o art. 7º do Código Civil, onde diz: “A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.”
Outra situação onde pode se aplicar a morte presumida de acordo com o Código Civil, é quando a pessoa desaparece em campanhas (ações militares) ou feito prisioneiro, e o mesmo não for encontrado no máximo em dois anos após o término da ação militar. Onde segundo o Código Civil, do mesmo modo que o óbito deve ter sua certidão em Registro Público (art. 9º, I, CC), a declaração da morte presumida também será registrada (art. 9º, IV, CC). 
Tudo o que foi citado até o momento se trata da declaração de morte presumida sem a declaração de ausência, entretanto existe outra maneira para declarar a morte presumida, onde consta a declaração de ausência, que fica autorizado, ao final do art. 6º “(...) presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva”.
A ausência se trata do fato em que determinada pessoa desaparece de sua moradia, sem nenhuma explicação ou razão para a mesma. Ou seja, se torna ausente a pessoa que desaparece, sendo inconscientemente ou consciente, voluntário ou não. 
Caso o ausente possua bens, e não for constituído, anteriormente ao desaparecimento, qualquer pessoa interessada, não existe a necessidade de ser familiar, bastando que tenha interesse monetário, ou o Ministério Público poderão requerer ao Juiz que seja declarada a ausência e que nomeie curador para administrar os bens do ausente, é o que diz o art. 22º do Código Civil. Ao escolher um curador para os bens do ausente, a ordem de preferência é que em primeiro lugar seja o cônjuge não separado judicialmente ou de fato a mais de dois anos, na falta do mesmo, os pais do ausente, na sequência os filhos e por último, alguém de livre escolha do juiz, e o mesmo ao declarar a ausência, mandará arrecadar os bens do ausente, que vão ficar sob a responsabilidade do curador nomeado. Feita a arrecadação, o juiz mandará publicar editais ao longo de um ano, e de dois em dois meses, anunciando a arrecadação e chamando o ausente a retomar a posse de seus bens.
Passado um ano da declaração da ausência, e da arrecadação dos bens do ausente e da nomeação de curador para seus bens, sendo publicados seis editais convocando o ausente, e mesmo assim este não apareceu a probabilidade do mesmo retorna se reduz. Então, o Código Civil, autoriza a abertura da sucessão provisória, nos termos do art. 26º: “Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão”. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeitos após 180 dias de publicada pela imprensa. Depois desse prazo, quando passará em julgado, é possível proceder à abertura de testamento, se houver, e ao inventário e à partilha de bens.
O art. 37º do Código Civil estipula o prazo de dez anos após o trânsito em julgado da sentença que abrir a sucessão provisória. Ou seja, vejamos que nesse momento já houve a fase de curadoria dos bens do ausente. Assim, o prazo real para que se declare aberta a sucessão definitiva dos bens do ausente não é menor que onze anos e meio do desaparecimento do ausente.

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