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O fim da Personalidade da Pessoa Natural dá-se com a morte. FIM DA VIDA: A TANÁSIA - Nenhuma é legalizada no Brasil; Eutanásia: é o ato de abreviar a vida de uma pessoa, ou seja, tem como princípio acabar com o sofrimento da pessoa que possui uma doença grave e incurável, quando não existem mais tratamentos que possam ser realizados para melhorar o quadro clínico da pessoa; Ortotanásia: é um termo médico utilizado para descrever uma abordagem médica relacionada com o óbito do paciente e que corresponde ao prolongamento desnecessário da vida por meio do uso de remédios que pode trazer sofrimento para a pessoa; Distanásia: é uma pratica médica em que há promoção de uma morte natural, sem que sejam realizados tratamentos pouco úteis, invasivos ou artificiais para manter a pessoa viva e prolongar a morte, como a respiração por aparelhos, por exemplo. TIPOS DE EUTANÁSIA: - Quanto ao tipo de Ação: Eutanásia Ativa: o ato deliberado de provocar a morte sem sofrimento do paciente, por fins misericordiosos; Eutanásia Passiva ou Indireta: a morte do paciente ocorre, dentro de uma situação de terminalidade, ou porque não se inicia uma ação médica ou pela interrupção de uma medida extraordinária, com o objetivo de minorar o sofrimento. Eutanásia de Duplo Efeito: quando a morte é acelerada como uma consequência indireta das ações médicas que são executadas visando o alívio do sofrimento de um paciente terminal. Quanto ao consentimento do paciente: - Eutanásia Voluntária: quando a morte é provocada atendendo a uma vontade do paciente. - Eutanásia Involuntária: quando a morte é provocada contra a vontade do paciente – homicídio. - Eutanásia Não voluntária: quando a morte é provocada sem que o paciente tivesse manifestado sua posição em relação a ela. SUICÍDIO ASSISTIDO - Não é legalizada no Brasil; É o suicídio perpetrado com a ajuda de outra pessoa. O termo é muitas vezes usado como sinônimo de suicídio medicamente assistido, que é o suicídio praticado com a ajuda de um médico que, de forma intencional, disponibiliza à pessoa as informações ou os meios necessários para cometer suicídio, incluindo aconselhamento sobre desses letais de fármacos e prescrição ou fornecimento desses fármacos. TESTAMENTO BIOLÓGICO (TESTAMENTO VITAL) O instrumento por meio do qual a pessoa manifesta, antecipadamente, sua vontade de se submeter ou não a certos tratamentos médicos em situações nas quais fique impedida de manifestar pessoalmente sua vontade, com o propósito de escapar ao drama terminal vivido por Direito Civil pacientes que sofrem lesão cerebral ou ingressam em estado vegetativo, por exemplo. - Temos isso no Brasil. FIM DA PERSONALIDADE Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. - O fim da personalidade se dá com a morte da pessoa natural, segundo o disposto no art. 6o do Código Civil. Precisar o momento da morte não é, contudo, tarefa simples. A doutrina mais recente se inclina pelo momento da morte cerebral, também chamada morte encefálica COMORIÊNCIA: É a presunção de morte simultânea de pessoas reciprocamente herdeiras. - Se dois ou mais indivíduos falecem na mesma ocasião, não se podendo determinar qual a ordem em que faleceram, o Código Civil presume, de modo relativo, que morreram simultaneamente. ART. 8º - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos; MORTE CIVIL X MORTE PRESUMIDA O Direito brasileiro não admite a chamada morte civil, que consiste na privação da personalidade de pessoa ainda viva, a título de punição. Há pratica aceita entre os romanos. Por meio do instituto da capitis deminutio máxima, e que encontra, ainda hoje, paralelo em algumas culturas. MORTE PRESUMIDA: Muito diversa é a morte presumida, que o Código Civil brasileiro se admite: Art. 7 o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Morreu, abre-se o Inventário: - Primeiro procura-se os Herdeiros; A presunção de morte é também admitida nos casos de ausência. Ausência é o estado, declarado por decisão judicial, da pessoa natural que se encontra em lugar incerto e da qual não se tem nenhuma notícia por prolongado período de tempo. “NÃO PRESENÇA + FALTA DE NOTÍCIAS + DECISÃO JUDICIAL = AUSÊNCIA” Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes. PONTOS RELEVANTES 1) Superior Tribunal de Justiça, adotando orientação de viés personalista, que “a comprovação da propriedade não é condição sine qua non para a declaração de ausência”. 2) Toda a minuciosa disciplina da ausência é dirigida à transferência da administração e, em seguida, da propriedade dos bens do ausente, com o escopo de evitar que seu patrimônio permaneça à deriva, suscitando conflitos sociais 3) De longa tradição no direito civil, o instituto da ausência tem forte conotação patrimonial. FASES DA AUSÊNCIA 1) CURADORIA DOS BENS AUSENTE - Na primeira fase, nomeia-se um curador para administrar os bens do ausente. Note-se que, ao contrário da declaração de ausência, a nomeação de curador só tem lugar no caso da existência de bens em abandono, uma vez que o propósito da curadoria é a gestão dos bens (cura rei), e não da pessoa do ausente 2) SUCESSÃO PROVISÓRIA DO AUSENTE - Passado um ano da arrecadação dos bens (ou três anos, se o ausente tiver deixado representante), os interessados podem requerer a abertura provisória da sucessão. Nessa segunda fase, os herdeiros interessados em se imitir na posse dos bens terão que prestar garantias suficientes para assegurar a restituição dos bens caso o ausente reapareça. - Vale dizer: os bens do ausente passam ao patrimônio dos herdeiros, mas não ainda de modo definitivo. 3) SUCESSÃO DEFINITIVA DO AUSENTE - Passados dez anos do trânsito em julgado da sentença que concede a abertura da sucessão provisória, podem os interessados requerer a chamada sucessão definitiva, com o levantamento das garantias prestadas e a consolidação dos bens em seu patrimônio. EFEITOS EXISTENCIAIS DA AUSÊNCIA Sem embargo da forte conotação patrimonial do instituto, o Código Civil reconhece que a decretação de ausência produz alguns efeitos que transcendem os bens do ausente. Art. 1.728. Os filhos menores são postos em tutela: I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes; Problema dramático dizia respeito ao casamento, tendo a doutrina discutido, porém o código civil de 2002 determinando em seu art. 1.571, § 1º, que a sociedade conjugal se extingue não apenas pela morte efetiva do cônjuge, mas também pela presunção de morte decorrente da ausência. Art. 1.571. A sociedade conjugal termina: § 1º o casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste código quanto ao ausente. RETORNO DO AUSENTE OU DESAPARECIDO - A sucessão definitiva do ausente não é todo irreversível.Retornando nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, o ausente tem direito a receber seus bens no estado em que se encontrem ou o equivalente ao que foi recebido com a sua venda. Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo. Se o retorno do ausente ocorre após o prazo de dez anos, o entendimento doutrinário, baseado na interpretação a contrário sensu do art. 39, é de que o ausente “nada recebe” Passados dez anos da sucessão definitiva, “perdem o ausente e seus ascendentes ou descendentes, que não apareceram, o direito aos bens que foram entregues aos herdeiros e interessados” Embora não lhe restitua o patrimônio, o retorno do ausente afasta a presunção de morte, restaurando todos os direitos da pessoa natural. O mesmo raciocínio se aplica às hipóteses do art. 7o, já que a morte presumida não consiste em punição ou estado inexorável, mas mero artifício técnico- jurídico voltado a facilitar a vida civil dos familiares e a gestão do patrimônio do desaparecido. Seu retorno afasta imediatamente a presunção de morte. Daí parte da doutrina afirmar que a morte presumida não extingue a personalidade, apenas a mantém em suspenso. Necessita fazer Concurso de Provas e Títulos. - Não é funcionário público e nem privado. Recebe através de Emolumentos – Lei Estadual 6.149/70. DO NASCIMENTO À MORTE - Certidão de Nascimento; - Casamento; - Compra de Bens Móveis; - Usucapião; - União Estável; - Testamento; - Inventário; - Certidão de Óbito; ESPÉCIES DE CARTÓRIOS 1) Registro Civil de Pessoas Naturais; 2) Registro de Títulos e Documentos; 3) Registro de Imóveis; 4) Tabelionato de Notas; 5) Tabelionato de Protesto de Títulos; CONTRATOS E CARTÓRIO 1) Contrato Solene – é o contrato que deve ser feito em Cartório – Instrumento Público. - Casamento; - Pacto Nupcial; - Inventário; - Testamento; - Compra e Venda de Imóveis; - União Estável; 2) Contrato Não Solene – é o contrato que pode ser feito através de Instrumento Privado.
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