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Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos

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ASSISTÊNCIA 
FARMACÊUTICA
Liliana Rockenbach
Estratégias de promoção 
do uso racional de 
medicamentos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir o conceito de uso racional de medicamentos (URM).
  Identificar as estratégias acerca do URM.
  Relacionar o URM com os processos de educação em saúde.
Introdução
Estima-se que, no Brasil, de 6,6 a 54,5% das internações hospitalares sejam 
decorrentes de reações adversas a medicamentos (MASTROIANNI; VARALLO, 
2013). Dos casos de automedicação irracional e medicação irracional, a so-
bredosagem acidental e a hepatotoxicidade medicamentosa estão entre as 
causas de óbitos. Portanto, além de colocar em risco a vida dos cidadãos, o 
uso irracional de medicamentos gera custos de internação, de prolongamento 
de internação, de diagnóstico e de tratamentos para os cofres públicos.
Essa verba drenada por erros evitáveis poderia ser utilizada pelo 
sistema de saúde para a promoção de setores que carecem de investi-
mento, caracterizando, assim, o uso irracional de medicamentos como um 
problema de saúde pública. A fim de mudar essa realidade, o Ministério 
da Saúde lançou, em 2001, a Política Nacional de Medicamentos, que 
busca, por meio de suas diretrizes, prioridades e estratégias estabelecer 
o uso racional de medicamentos no país, também preconizado pela 
organização Mundial da Saúde (BRASIL, 2006; 2004).
Neste capítulo, você vai estudar a respeito do uso racional de medi-
camentos, compreendendo seu conceito, suas estratégias e sua relação 
com os processos de educação em saúde.
Uso racional de medicamentos: o que isso 
significa?
Diferentemente da época dos boticários, quando o acesso aos tratamentos era 
limitado e o conhecimento acerca dos medicamentos era pequeno e restrito, 
atualmente, o arsenal terapêutico disponível nas drogarias é vasto. Os medi-
camentos são uma forma custo-efetiva para a redução da carga de doenças e 
mortalidade que contribui para a efi ciência dos sistemas de saúde e promove 
a melhoria da qualidade de vida individual (ORDEM..., 2018).
“Os medicamentos acrescentam não só anos à vida, mas, também, vida aos anos”.
(ORDEM..., 2018).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50% dos 
medicamentos apresentam erros de prescrição, dispensação ou venda, e mais de 
50% são usados incorretamente pelos pacientes. Mesmo frente a esses altos índices, 
grande parte dos países não possui estratégias de combate ao uso não racional de 
medicamentos e, em alguns, menos de 40% dos pacientes são tratados de acordo 
com diretrizes clínicas preestabelecidas (MARIN et al., 2003; BRASIL, 2012). 
Mundialmente, as fontes que geram o uso incorreto dos medicamentos são 
diversas e vão desde a falta de preparo dos médicos, condições precárias ou 
falhas no diagnóstico, que geram erros de prescrição, a aquisição de medi-
camentos com menor preço e qualidade duvidosa, que levam à inefetividade 
terapêutica, até a incapacidade da população em seguir a posologia correta-
mente, o que gera os erros de uso e armazenamento (BRASIL, 2012; MAS-
TROIANNI; VARALLO, 2013). No Brasil, os fatores que mais contribuem para 
erros medicamentosos são: uso concomitante de mais de três medicamentos 
(polifarmácia), uso indiscriminado de antibióticos, prescrições não baseadas 
em diretrizes ou protocolos validados, automedicação e o grande arsenal 
terapêutico disponível nas drogarias (MARIN et al., 2003; BRASIL, 2012). 
É importante destacar que o uso incorreto dos medicamentos pode gerar 
consequências como a ineficiência terapêutica sem efeitos nocivos à saúde, 
mas, também, consequências que:
Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos2
  requeiram ou prolonguem a hospitalização;
  causem incapacidade persistente ou significativa;
  tragam efeitos clinicamente importantes;
  representem problemas graves, que podem resultar no óbito do paciente 
ou que ameacem a vida do indivíduo (risco de morte no momento da 
reação/evento) (MASTROIANNI; VARALLO, 2013). 
Além de afetarem diretamente a qualidade de vida do paciente, esses efeitos 
também geram custos elevados ao sistema de saúde. 
A definição do uso racional de medicamentos data de 1985 e foi elaborada 
pela OMS: “Patients receive medications appropriate to their clinical needs, 
in doses that meet their own individual requirements, for an adequate period 
of time, and at the lowest cost to them and their community” (WORLD..., 
1985), isto é, o paciente receber o medicamento mais apropriado para suas 
necessidades clínicas, na dose adequada para suas necessidades individuais, 
pelo tempo certo e pelo menor custo para o indivíduo e para a sua comunidade.
Portanto, o sucesso terapêutico, alcançado pelo uso racional dos medica-
mentos, depende:
  da escolha do tratamento correto para o caso, medicamentoso e/ou não 
medicamentoso;
  da seleção (prescrição) do medicamento de forma científica e racional; 
  do medicamento, considerando sua efetividade, segurança, o custo/
acesso para o paciente;
  da dispensação completa e adequada;
  da utilização correta pelo usuário (adesão).
Cabe salientar que, para que todas essas etapas sejam cumpridas, as deci-
sões clínicas e as relações estabelecidas entre os profissionais e usuários são 
determinantes (MARIN et al., 2003; BRASIL, 2012).
O Sistema Único de Saúde (SUS) tem como diretrizes básicas: a univer-
salidade, a integralidade, a descentralização e a participação popular. A fim 
de atender essas diretrizes, uma das estratégias desenvolvidas foi a Política 
Nacional de Medicamentos (BRASIL, 1998; 2001): aprovada pela Comissão 
Intergestores e pelo Conselho Nacional de Saúde, tem como propósito “garantir 
a necessária segurança, eficácia e qualidade desses produtos, a promoção do 
uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais”. Com 
esse intuito, suas principais diretrizes são o estabelecimento da relação de 
3Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos
medicamentos essenciais, a reorientação da Assistência Farmacêutica (AF), 
o estímulo à produção de medicamentos e a sua regulamentação sanitária.
Além de determinar as diretrizes básicas para que seja cumprida, a Política 
Nacional de Medicamentos (BRASIL, 1998; 2001; 2006) também estabelece 
suas prioridades, dentre as quais também está o uso racional de medicamentos. 
Em relação a esse uso, afirma: 
[...] atenção especial será concedida à informação relativa às repercussões 
sociais e econômicas do receituário médico, principalmente no nível ambu-
latorial, no tratamento de doenças prevalentes. Especial ênfase deverá ser 
dada, também, ao processo educativo dos usuários ou consumidores acerca 
dos riscos da automedicação, da interrupção e da troca da medicação prescrita, 
bem como quanto à necessidade da receita médica, no tocante à dispensação 
de medicamentos tarjados. Paralelamente, todas essas questões serão objeto 
de atividades dirigidas aos profissionais prescritores dos produtos e aos dis-
pensadores. Promover-se-á, da mesma forma, a adequação dos currículos dos 
cursos de formação dos profissionais de saúde. Além disso, terá importante 
enfoque a adoção de medicamentos genéricos, envolvendo a produção, a co-
mercialização, a prescrição e o uso, mediante ação intersetorial, vez que esta 
iniciativa ultrapassa os limites do setor saúde, abrangendo outros ministérios e 
esferas de Governo, além da sociedade e das corporações profissionais. Nesse 
particular, é importante ressaltar que a farmácia deve ser considerada estabe-
lecimento comercial diferenciado. A propaganda de produtos farmacêuticos, 
tanto aquela direcionada aos médicos, quanto especialmente a que se destina 
ao comércio farmacêutico e à população leiga, deverá se enquadrar em todos 
os preceitos legais vigentes, nas diretrizes éticas emanadas do Conselho 
Nacional de Saúde, bem como nos padrões éticos aceitos internacionalmente 
(BRASIL, 1998, documento on-line).
Assim, essa política prevêa revisão e a reformulação de todos os âmbitos 
envolvidos, a fim de que se cumpra o uso racional de medicamentos (Figura 1),
englobando desde os currículos universitários de médicos, farmacêuticos e 
outros profissionais, passando pela produção dos medicamentos em geral e, 
em especial, dos genéricos, que devem facilitar o acesso da população ao 
tratamento com preços mais acessíveis, até o cuidado com a orientação da 
população. 
Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos4
Figura 1. Modelo teórico conceitual do uso racional de medicamentos.
Fonte: Marin et al. (2003, p. 288).
Estratégias para o URM
Quando uma prática, um procedimento ou cultura precisam ser altrerados, 
é necessário planejamento e defi nição de estratégias. Como vimos, o uso 
correto dos medicamentos depende do sucesso das várias etapas que envol-
vem o medicamento, abrangendo os processos de produção, armazenamento, 
transporte, prescrição, obtenção e uso adequados. A reformulação dos setores 
responsáveis por essas etapas, prevista na Política Nacional de Medicamentos, 
não pode ocorrer por meio de estratégias baseadas em métodos empíricos e 
nem vetada a uma metodologia que não leve em conta a realidade de cada local. 
Os setores envolvidos correspondem a diferentes esferas de governos (por 
exemplo, prefeituras), a universidades e organizações públicas e privadas. Então, 
se as estratégias a serem seguidas para que ocorra o URM forem empíricas, isso 
significaria cada setor seguir o que seus gestores determinassem de acordo com 
suas experiências, conhecimento e ideais, o que resultaria em ações diversas 
e que poderiam ficar restritas ao setor, sem atingir o objetivo proposto. Além 
disso, essas estratégias estariam atreladas aos seus gestores e vulneráveis ao 
abandono ou à alteração com a mudança da gestão. Por outro lado, se o Ministério 
da Saúde determinar as estratégias a serem seguidas, haverá uma uniformidade 
5Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos
de ação entre os setores, com consequente maior potencial de sucesso, desde que 
as metodologias utilizadas para o emprego das estratégias sejam delineáveis de 
acordo com a realidade local e suas particularidades. 
 “Se você quiser começar amanhã a mudar a prática e implementar a evidência, 
prepare-se bem: envolva o público pertinente; desenvolva uma proposta de mudança 
que seja baseada em evidência, factível e atraente; estude as principais dificuldades 
para o sucesso da mudança e selecione um conjunto de estratégias e medidas em 
diferentes níveis ligados ao problema; sem dúvida, trabalhe dentro de seus recursos 
e possibilidades. Defina indicadores de medida de sucesso e monitorize o progresso 
continu amente ou a intervalos regulares. Finalmente, satisfaça-se com um trabalho 
que leva a cuidado mais eficaz, eficiente, seguro e amistoso para seus pacientes” 
(GROL; GRIMSHAW, 2003).
Com esse intuito, a Política Nacional e Medicamentos também definiu as 
medidas a serem tomadas para a promoção do uso racional de medicamentos:
1. implementação da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais 
(RENAME);
2. campanhas educativas;
3. registro e uso de medicamentos genéricos;
4. elaboração do formulário terapêutico nacional;
5. implementação da farmacoepidemiologia e da farmacovigilância;
6. formação de recursos humanos.
A seguir, veja em detalhe cada uma dessas medidas.
Revisão permanente da RENAME 
A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) foi adotada pela 
OMS há mais de 25 anos, em 1978 (CONSELHO..., 2016). O Brasil utiliza esse 
documento ofi cial para nortear as ações de AF e o uso racional de medica-
mentos — trata-se de uma lista composta pelos medicamentos indispensáveis 
para atender à maioria dos problemas de saúde da população (BRASIL, 2001; 
Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos6
2004; 2017) e serve de parâmetro para os estados e municípios selecionarem 
seus medicamentos (BRASIL, 2006; 2004). 
A RENAME é feita e atualizada a partir da avaliação de dados reais, 
organizada de acordo com as doenças e os agravos de saúde mais relevan-
tes e prevalentes, considerando as diferenças regionais do Brasil (BRASIL, 
1998; 2001). De acordo com o Decreto nº. 7.646, de 21 de dezembro de 2011, 
a atualização da RENAME é responsabilidade da Comissão Nacional de 
Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) a cada dois anos. 
Para entrar nessa lista, além de ser considerado essencial para o atendimento 
da população, o medicamento deve apresentar segurança, eficácia terapêutica 
e qualidade comprovadas e disponibilidade. A disponibilidade considera, 
também, o custo desses produtos frente aos recursos disponíveis (MARIN et 
al., 2003; BRASIL, 2004; 2017). 
Os municípios analisam as prescrições na rede de saúde, o número de 
medicamentos, os gastos efetuados/mês, dados de consumo e demanda, situ-
ações particulares de saúde local e outras informações que sejam relevantes 
para selecionar os medicamentos necessários à sua demanda. Os municípios 
só podem solicitar medicamentos contidos na RENAME, ou seja, a Rela-
ção Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) é feita a partir da 
RENAME (BRASIL, 2006; 2004). O gestor estadual é quem coordena esse 
processo na esfera do estado, com a cooperação técnica do gestor federal, a 
fim de garantir que a aquisição dos medicamentos e recursos atenda à situação 
epidemiológica do município (BRASIL, 2006). 
Dessa forma, a RENAME promove a uniformização de condutas tera-
pêuticas, disciplinando o seu uso; facilita o fluxo de informações; garante o 
acesso da população a medicamentos eficazes e seguros; e racionaliza custos, 
possibilitando maior otimização dos recursos disponíveis e contribuindo, 
assim, para a promoção do uso racional de medicamentos (MARIN et al., 
2003; BRASIL, 2004; 2017).
Campanhas educativas
Esta estratégia visa o desenvolvimento de campanhas educativas que contem 
com a participação das entidades representativas dos profi ssionais de saúde e 
seu objetivo é estimular o uso racional de medicamentos. O desenvolvimento 
e a realização dessas campanhas são de responsabilidade dos gestores do 
SUS junto a entidades da sociedade civil organizada (BRASIL, 1998; 2001).
7Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos
Registro e uso de medicamentos genéricos
A partir da publicação da Política Nacional de Medicamentos, houve a progressiva 
promoção do uso de medicamentos genéricos, o que envolveu a criação de normas 
e leis que regulamentam o registro, os testes de equivalência terapêutica e de 
biodisponibilidade, a produção, a comercialização, a prescrição e a dispensação 
de medicamentos genéricos em todo o território nacional (BRASIL, 1998; 2001).
Em ordem cronológica, temos a Lei nº. 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, 
que altera a Lei nº. 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a vigi-
lância sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre a utilização 
de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras providências; as 
Resoluções nº. 391, de 9 de agosto de 1999; nº. 10, de 2 de janeiro de 2001; nº. 
135, de 29 de maio de 2003 e nº. 16, de 2 de março 2007 — todas elas determi-
nam normas e detalhes do regulamento técnico para medicamentos genéricos. 
A promoção dos medicamentos genéricos no país visa aumentar o acesso 
da população aos medicamentos a partir de alternativas de menor custo.
Formulário Terapêutico Nacional (FTN)
 O Formulário Terapêutico Nacional é um documento que possui informações 
científi cas sobre os medicamentos da RENAME. Essas informações são retiradas 
de fontes seguras e atualizadas (BRASIL, 2006; 2010). O FTN é composto por:
  Informações terapêuticas e farmacológicas: manifestações gerais das 
doenças, descrição do medicamento, características farmacológicas do 
medicamento, indicação, contraindicação, precauções, posologia, via 
de administração, duração do tratamento, interações, efeitos adversos 
(BRASIL, 2006).
  Informações farmacêuticas: nome genérico,grupo terapêutico, forma 
farmacêutica, concentração, apresentação; recomendações gerais quanto a 
prescrição, dispensação e cuidados com os medicamentos (BRASIL, 2006).
O intuito do FTN é dar suporte aos profissionais de saúde na prescrição 
e dispensação dos medicamentos e, assim, uniformizar e racionalizar o uso 
desses produtos (BRASIL, 2001; 2004; 2010). 
Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos8
Farmacoepidemiologia e farmacovigilância 
Após cumprir com sucesso as etapas de desenvolvimento necessárias para apro-
vação de sua comercialização, o medicamento continua sob observação. O estudo 
de suas reações adversas, agudas ou crônicas, induzidas quando o medicamento 
é utilizado no conjunto da população ou em grupos populacionais específi cos 
após sua liberação para comercialização, caracteriza a farmacovigilância. Assim, 
o papel da farmacovigilância é avaliar o risco do uso dos tratamentos farmaco-
lógicos (BRASIL, 2001; MASTROIANNI; VARALLO, 2013). 
As análises e avaliações geradas reorientam os procedimentos relativos a 
registros, formas de comercialização, prescrição e dispensação dos produtos 
a fim de garantir o uso racional dos mesmos.
Você deve estar se perguntando como a ANVISA (Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária) recebe essas informações, não é? Qualquer pessoa pode 
entrar em contato com a ANVISA a fim de fazer reclamações ou informar efeitos 
adversos, mas a ANVISA não pode ficar à mercê dessas informações. Por isso, 
a Agência criou, no início de 2001, a Rede Sentinela, uma rede de hospitais e 
farmácias que servem como observatório ativo do desempenho e da segurança 
de produtos de saúde regularmente usados: medicamentos, kits para exames 
laboratoriais, órteses, próteses, equipamentos e materiais médico-hospitalares, 
saneantes, sangue e seus componentes. Dessa forma, é parte importante do 
Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária – VIGIPOS 
(instituído pela Portaria Ministerial MS n°. 1.660, de 22 de julho de 2009).
 Esse projeto iniciou com hospitais e farmácias do SUS recrutados pela AN-
VISA, mas, a partir de 2011, foi aberto para qualquer instituição que tenha interesse 
— para isso, é necessário seguir o documento de Critérios para Credenciamento 
de Instituições na Rede Sentinela (2011). Hoje, a Rede Sentinela é disciplinada por 
dois instrumentos normativos: a RDC Anvisa n°. 51/2014 (dispõe sobre a Rede 
Sentinela para o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária) e a Instrução Norma-
tiva da Anvisa IN n°. 8/2014 (dispõe sobre os critérios para adesão, participação 
e permanência dos serviços de saúde na Rede Sentinela) (AGÊNCIA..., 2018).
9Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos
No Brasil, todo e qualquer cidadão que seja, ou não, usuário de medicamentos pode 
contribuir para a análise da segurança desses produtos. Quando alguém detectar 
reação adversa, inefetividade terapêutica, desvio da qualidade e erros de administração 
de um medicamento ou produto de saúde, deve informar a vigilância sanitária. Com 
a contribuição dos usuários, pro�ssionais da saúde e da indústria farmacêutica nas 
atividades de farmacovigilância, é possível identificar e classificar mais eficientemente 
os erros relativos à administração de medicamentos, principalmente no que diz respeito 
à frequência de ocorrência. Essa é mais uma forma de a população contribuir para o 
uso racional de medicamentos (MASTROIANNI; VARALDO, 2013). 
Para cadastrar uma notificação, acesse o link a seguir.
https://goo.gl/138Rj5
A farmacoepidemiologia ou epidemiologia do medicamento surgiu da 
convergência entre a farmácia clínica e a epidemiologia (CASTRO, 2000). 
De acordo com a Política Nacional de Medicamentos, caracteriza-se pela 
aplicação do método e do raciocínio epidemiológico no estudo dos efeitos 
(tanto benéficos quanto adversos) e do uso de medicamentos em populações 
humanas (BRASIL, 2001). 
Devido ao grande arsenal terapêutico atualmente disponível, somado 
à intensificação do uso dos medicamentos, começaram a surgir casos de 
morbi-mortalidade provenientes do uso dos mesmos que provocaram a ne-
cessidade de investigar e garantir o perfil de segurança desses produtos. A 
partir da farmacoepidemiologia desses casos, ou seja, a partir da detecção e 
do estudo desses eventos, que ocorreram em um grande número de pessoas, 
surgiram normas a respeito dos testes que devem ser realizados durante o 
desenvolvimento dos medicamentos, a fim de garantir a segurança do seu 
usuário (CASTRO, 2000).
Assim, ao analisar efeitos farmacológicos benéficos ou adversos im-
portantes em um grande número de pessoas, a farmacoepidemiologia 
identifica a necessidade de alteração ou inserção de testes e normas re-
ferentes aos medicamentos, contribuindo para a garantia do uso racional 
dos medicamentos.
Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos10
Em 1937, dezenas de crianças morreram ao usar um xarope de sulfanilamida que 
continha etilenoglicol entre seus excipientes. Na época, uma formulação pediátrica de 
sulfa caracterizava uma grande novidade terapêutica e, somada à falta de legislação 
referente a testes de toxicidade e segurança, culminou nessa epidemia. De forma 
semelhante, no início dos anos 1960, a talidomida utilizada por grávidas causou lesões 
e morte de embriões. Esses eventos causaram o surgimento de alterações nas normas 
de regulamentação existentes na época (CASTRO, 2000).
O colírio Latisse foi inicialmente desenvolvido para o tratamento de glaucoma, 
mas, a partir de seu uso pela população, um novo efeito detectado gerou uma nova 
indicação terapêutica para esse medicamento, o tratamento de hipotricose palpebral 
(crescimento inadequado ou insuficiente de cílios) (BARROS, 2018; ALLERGAN, 2018).
Recursos humanos 
A Política Nacional de Medicamentos (BRASIL, 2001) prevê a interação, a 
formação e o treinamento dos profi ssionais envolvidos nos diversos setores 
estratégicos para o uso racional de medicamentos. Trata-se do acesso do 
profi ssional a conhecimentos e treinamentos para capacitações específi cas, 
como, por exemplo, o gerenciamento de sistemas de saúde e de informação, 
guias terapêuticos padronizados e mecanismos de farmacovigilância.
Essa normativa estabelece, ainda, a educação continuada dos profissionais 
de saúde a respeito de farmacologia, terapêutica aplicada e outras questões 
pertinentes ao uso racional de medicamentos, além da disseminação de in-
formações objetivas e atualizadas.
Reorientação da Assistência Farmacêutica
Todas essas estratégias inicialmente delineadas pela Política Nacional de 
Medicamentos (BRASIL, 1998) foram incorporadas e aprofundadas na reo-
rientação da Assistência Farmacêutica (AF) (BRASIL, 2004). Como previsto, o 
Ministério da Saúde estabelece instruções técnicas (BRASIL, 2006) detalhadas 
para cada uma das atividades do ciclo da AF: seleção (RENAME/REMUME), 
programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação. 
11Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos
Essas normas técnicas detalhadas orientam passo a passo cada uma das 
etapas com o objetivo de promover o acesso da população aos medicamentos e 
garantir o uso racional dos mesmos de forma sincronizada em todo o território 
nacional (BRASIL, 2006; 2004).
URM e educação em saúde
Conforme previsto pelas estratégias de campanhas educativas e formação de 
recursos humanos, dentro da prioridade de estabelecimento do uso racional de 
medicamentos da Política Nacional de Medicamentos e da Política Nacional 
de Assistência Farmacêutica (BRASIL, 1998; 2004), diversas campanhas e 
formas educacionais foram e têm sido desenvolvidas e realizadas para os mais 
diversos grupos envolvidos.
O próprio Ministério da Saúde desenvolveu outras normas e materiais 
educativos para a formação dos profissionais e para a padronização dos pro-
cedimentos, que são periodicamente atualizados.
Uma dessas é a Série A de normas e manuais técnicos, intitulada “Uso Racio-
nal de Medicamentos: temas e selecionados”,documento técnico que apresenta 
uma compilação das condutas baseadas em evidências sobre medicamentos 
utilizados em atenção primária à saúde dentro de temas como (BRASIL, 2012): 
  a importância dos medicamentos essenciais em prescrição e gestão racionais; 
  o uso indiscriminado de antimicrobianos e resistência microbiana; 
  interações medicamentosas; 
  uso racional de anti-inflamatórios não esteróides, antidepressivos, 
contraceptivos hormonais orais, anti-hipertensivos, antidiabéticos; 
  estatinas na prevenção de cardiopatia isquêmica; 
  indicações e seleção de inibidores da bomba de prótons; 
  o papel do cálcio e da vitamina D na prevenção de fraturas ósseas; 
  uso de antiasmáticos em adultos e crianças: uma atualização; 
  uso do ácido acetilsalicílico em prevenção primária e secundária de 
eventos cardio e cerebrovasculares.
Outro documento educativo produzido e disponibilizado pelo Ministério 
da Saúde intitula-se “Assistência Farmacêutica na Atenção básica – Instruções 
técnicas para a sua organização” e traz informações e instruções a respeito de 
todas as etapas do ciclo da Assistência Farmacêutica (seleção, programação, 
Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos12
aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação) para a qualificação 
dos profissionais estatais e municipais envolvidos.
Por meio do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estra-
tégicos (DAF/SCTIE/MS), o Ministério da Saúde promoveu e documentou um 
amplo debate envolvendo diferentes profissionais da AF do país. Após cerca 
de duas décadas da publicação da PNM, o objetivo desse debate foi avaliar a 
atual organização da AF no Brasil e propor alternativas para a promoção da 
melhoria da gestão, dos processos logísticos e assistenciais, assim como da 
ampliação e da sustentabilidade de um modelo mais eficiente de financiamento 
do SUS (BRASIL, 2018).
Além dos documentos e treinamentos voltados aos profissionais de saúde 
envolvidos, diversos órgãos, como os Conselhos Federal e Regionais de 
Farmácia, muitas vezes em conjunto com universidades e graduandos em 
Farmácia, desenvolvem campanhas de conscientização da população sobre 
os perigos da automedicação, do significado e da importância do uso racional 
de medicamentos e de como o cidadão pode contribuir. Uma das formas de 
campanha é a entrega de panfletos explicativos, conforme exemplo a seguir.
Exemplo de campanha de combate a automedicação com foco na população, realizada 
na forma de folders e desenvolvida pelo Conselho Federal de Farmácia. 
Fonte: Conselho Federal de Farmácia (2016, documento on-line).
13Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos
Neste ano, os Conselhos Regionais de Farmácia estão unidos em uma 
campanha nacional para promoção da adesão às terapias medicamentosas 
e ao seu uso seguro e racional dos medicamentos em comemoração ao 
Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, celebrado em 5 de maio 
(CONSELHO..., 2018).
Como comentado no início deste capítulo, os problemas decorrentes do 
uso irracional de medicamentos não são exclusividade do Brasil; a busca 
pelo estabelecimento do uso racional dos medicamentos é uma luta de outros 
países também. Esses países também criam estratégias político-normativas 
e educacionais, como você pode observar no link a seguir, que traz uma 
campanha de conscientização e educação voltada para a população de Por-
tugal em relação ao URM.
No link a seguir, você encontra um exemplo de campanha informativa educativa da 
Ordem dos Farmacêuticos, órgão que regulariza a profissão em Portugal. 
https://goo.gl/x2fzSf,
Também no âmbito internacional, a OMS, parceira e promovedora da luta 
pelo URM, organizou um documento informativo explicativo que compila 
diversas estratégias de sucesso de diferentes países a cerca da promoção do 
URM (WORLD..., 2012). Esse documento traz, por exemplo: a problemática 
acerca do URM; um capítulo sobre a implementação de lista de medicamentos 
essenciais no qual consta a experiência de Oman e o Programa de Farmácia 
Popular do Brasil; outro sobre tratar o paciente certo no momento certo, 
com experiências em lugar como Senegal, Suazilândia, Tailândia, Índia e 
Bangladesh; e, ainda, capítulos sobre adesão ao tratamento, capacidades do 
Sistema de Saúde e a importância de lideranças (WORLD..., 2012). 
Portanto, governos e organizações locais e mundiais têm desenvolvido 
programas de informação e educação para promoção do uso racional de 
medicamentos que passa a ser dever não só dos profissionais de saúde, mas 
de cada cidadão.
Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos14
1. O URM ocorre quando o paciente 
recebe o medicamento mais 
apropriado para suas necessidades 
clínicas, na dose adequada para 
suas necessidades individuais, 
pelo tempo certo e pelo 
menor custo para o indivíduo 
e para a sua comunidade. 
Portanto, o URM depende:
a) do médico, que deve 
fazer diagnóstico e prescrição 
corretamente, e do paciente, 
que deve certificar-se de 
que a indicação médica está 
correta e comprar e usar o 
medicamento corretamente.
b) do Ministério da Saúde, que 
deve prover as condições 
ideais de trabalho para que 
o médico faça a prescrição 
correta, além de fornecer o 
medicamento para o paciente.
c) da produção, que deve ser 
realizada com qualidade pela 
indútria farmacêutica; do 
médico, que deve ser capaz 
de fazer o diagnóstico e 
determinar o tratamento 
correto; do farmacêutico, que 
deve assegurar-se, partir de 
uma dispensação adequada, 
de que o paciente entendeu 
como o medicamento deve ser 
adminsitrado; do paciente, que 
deve seguir as orientações e fazer 
o tratamento completo com 
medicamento de qualidade; e do 
Ministério da Saúde (governos), 
que deve prover aquilo que 
lhe é de responsabilidade 
para que cada uma dessas 
etapas tenha sucesso. 
d) da produção realizada pela 
indútria farmacêutica; do 
médico, que deve determinar 
o tratamento correto; do 
farmacêutico, que deve 
vender a opção mais barata 
de medicamento; do paciente, 
que deve saber como o 
tratamento indicado deve ser 
realizado e fazer o tratamento 
completo; e do Ministério da 
Saúde (governos), que deve 
prover cursos preparatórios e 
treinamentos para cada um deles.
e) nenhuma das alternativas 
anteriores.
2. A Política Nacional de Medicamentos 
(BRASIL, 1998), aprovada pela 
Comissão Intergestores e pelo 
Conselho Nacional de Saúde, 
tem como propósito “garantir a 
necessária segurança, eficácia 
e qualidade destes produtos, a 
promoção do uso racional e o 
acesso da população àqueles 
considerados essenciais”. Para atingir 
seu objetivo, essa política defende:
a) o desuso da farmacovigilância 
e da farmacoepidemiologia, 
que não contribuem para o uso 
racional de medicamentos.
b) a criação da RENAME, que 
promove o URM por meio de: 
uniformização de condutas 
terapêuticas; organização 
do fluxo de informações; 
15Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos
garantia do acesso da população 
a medicamentos eficazes e 
seguros; racionalização dos 
custos, possibilitando maior 
otimização dos recursos 
disponíveis; e revisão 
da RENAME a cada dez anos.
c) o incentivo e a promoção 
do registro e do uso de 
medicamentos genéricos, 
com o único intuito de 
garatir a produção de 
medicamentos de qualidade. 
d) a criação e a distribuição 
do Formulário Terapêutico 
Nacional, cujo obetivo é dar 
suporte aos profissionais 
de saúde na prescrição 
e dispensação dos 
medicamentos e, assim, 
uniformizar e racionalizar 
o uso desses produtos.
e) Não há necessidade de 
formação de recursos humanos, 
esse tipo de atividade 
desperdiça verba pública.
3. A farmacovigilância e a 
farmacoepidemiologia foram 
áreas que surgiram com o 
aumento do arsenal terapêutico 
e a necessidade de que seus 
efeitos tóxicos fossem estudados e 
permanecessem em observação. 
Essa necessidade ocorre porque:
a) muitos medicamentos 
só demonstraram efeitos 
secundários significativos, tanto 
terapêuticos quanto adversos,após 
alguns anos de comercialização, 
uma vez que a população em 
geral apresenta variabilidade maior. 
b) durante os testes de 
desenvolvimento de 
medicamentos, não é 
possível prever seus 
possíveis danos adversos.
c) a farmacoepidemiologia 
estuda somente efeitos 
adversos decorrentes do 
uso do medicamento.
d) essas duas áreas identificam 
a necessidade de alterações 
nas normas já existentes ou 
a criação de novas normas 
para identificação dos 
efeitos tóxicos e adversos.
e) nenhuma das alternativas 
anteriores.
4. Os medicamentos dão suporte 
para o envelhecimento. Muitos 
dos idosos dependem do uso 
de vários medicamentos para o 
controle de doenças crônicas, 
como deslipidemia, hipertensão, 
diabetes, depressão, entre outras. 
Dentre os perigos da polifarmácia 
e os cuidados a serem tomados, 
é correto afirmar que:
a) o maior problema da 
polifarmácia é o custo.
b) o maior problema da 
polifarmácia são as interações 
medicamentosas, com 
certeza presentes quando 
uma pessoa faz uso de mais 
de 3 medicamentos.
c) a maioria dos idosos 
reconhece a importância de 
informar o médico sobre os 
medicamentos dos quais já 
faz uso antes que o médico 
lhes indique um tratamento.
d) como a possibilidade de que 
ocorram interações entre 
os medicamentos de uma 
polifarmácia é rara, não é 
preciso que o farmacêutico se 
preocupe em detectá-las. 
Estratégias de promoção do uso racional de medicamentos16
e) os idosos usuários de 
polifarmácia são os menos 
favorecidos pelo programa 
nacional de farmácia popular.
5. São causas frequentes do uso 
incorreto de medicamentos:
a) não informar o médico a 
respeito do uso de outros 
medicamentos, fazer uso 
de medicametos genéricos.
b) não informar o médico a respeito 
do uso de outros medicamentos 
e dobrar a dose para que o 
efeito ocorra mais rápido.
c) entender e seguir corretamente a 
posologia indicada pelo médico.
d) comprar medicamentos de 
referência, caros e inefetivos.
e) trocar o medicamento indicado 
por um equivalente.
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