Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estudo dirigido Farmaco Lauriane Gasparello 1-Conceitue agonista e antagonista. R: antagonista: ligam no alvo molecular sem causar ativação e bloqueiam a ação dos agonistas Agonistas: ativam o alvo molecular 2- Quais os principais alvos moleculares proteicos existentes em nosso organismo (cite pelo menos 4) 1. Canais iônicos 2. Receptores (metabotrópicos / nucleares / tirosina-quinase) 3. Enzimas 4. Transportadores 3- O que são receptores ionotrópicos? R: sao receptores ativados por ligantes. 4- Explique o processo envolvido na ativação de um receptor metabotrópico acoplado a proteína G. R: Gs: estimula adenilato ciclase →↑AMPc → ativa PKA Gi: inibe adenilato ciclase →↓AMPc → abre canais K+ e inibe canais Ca2+ voltagem dependentes Gq: ativa fosfolipase C → ↑IP3 e DAG → ↑[Ca2+]i e ativa PKC 5- A epinefrina, um agonista adrenérgico, é capaz de elevar o cálcio intracelular nas células musculares cardíacas, de elevar os níveis de AMPc nas células musculares dos vasos sanguíneos, e de diminuir o AMPc nos neurônios. Explique essa variedade de respostas. (Resposta com base no Murilo) R: Ocorre pelos diferentes receptores presentes para a ligação de agonistas. Enquanto a proteína Gs atua a permitindo elevar os níveis de cálcio intracelular, a proteína Gi atua inibindo a adenilato-ciclase, diminuindo o AMPc, e consequentemente o cálcio. 6- Quais são as duas classes de receptores nucelares, e quais as diferenças entre elas? R: Classe I: mineralocorticoide, estrogênio, progesterona etc. (hormônios esteroides, no citoplasma tem receptor esteroide como um inibidor complexo quando vai ao núcleo tem um homodimero complexo ) Classe II: acido graxos, acido biliar etc. ( tem ligante metabólico que vai para o núcleo e tem um heterodimero receptor nuclear) 7-Defina: eficácia e potência. Eficácia - capacidade do complexo Farmaco-receptor causar a resposta Potencia - relação entre a quantidade de droga e a resposta promovida 8-Considere a curva dose-resposta abaixo, qual(is) da(s) afirmativa(s) a seguir é(são) correta(s): Resposta a) O fármaco A é mais eficaz que o fármaco B b) O fármaco B é mais eficaz que o fármaco C c) O fármaco C é menos potente que o fármaco A d) O fármaco B é mais potente que o fármaco C e) O fármaco A tem a mesma potência que o fármaco C Estudo dirigido Farmaco Lauriane Gasparello 9- Qual a diferença entre antagonista competitivo e antagonista alostérico? Antagonismo competitivo Interação em sítio comum no mesmo receptor Antagonista alosterico As drogas agem em sítios diferentes no mesmo receptor 10- O que é um agonista inverso? Causam mudança conformacional que promove redução do funcionamento de um receptor constitutivamente ativo 11- Considere um fármaco A que possui índice terapêutico (IT) igual a 20, e um fármaco B que tem um IT=5. Qual desses fármacos é o mais seguro? Justifique. R: o item B pq o item A é o dobro da segurança razoável. O fármaco mais seguro é o A. O índice terapêutico é medido de acordo com a dose letal 50 dividida pela dose eletiva 50. Ou seja, quanto maior a dose necessária para matar alguém, e menor a dose necessária para que seja visto um efeito terapêutico, maior a janela terapêutica, e menores são as chances de que ocorra uma intoxicação com determinado fármaco. 12- Quais os “objetivos” da biotransformação dos fármacos pelo organismo? E como que ocorre esses processo (de modo geral)? R: É a modificação química de um fármaco por um organismo vivo, A biotransformação envolve duas reações, convertendo moléculas para que passem a ser metabólitos ativos (ou metabólitos inativos ou tóxicos). Esse processo ocorre através de processos enzimáticos que metabolizam o fármaco, aumentando ou diminuindo a concentração original do fármaco 13- Conceitue inibição e indução enzimática. E explique de que forma os mesmos podem interferir na ação dos fármacos. R: Irão afetar a expressão de CYP, aumentando na indução e reduzindo na inibição. Em fármacos ativos os indutores diminuem a concentração original, provocando menos efeitos. Em pró-fármacos os indutores também diminuem a concentração original, mas aumentam os efeitos. Ocorre o inverso na inibição. 14-O que é o metabolismo de primeira passagem? R: É o processo que ocorre em fármacos administrados via oral ou retal, passando por uma metabolização no fígado, se tornando menos biodisponível 15- Considere um paciente que tenha se automedicado excessivamente com aspirina (um ácido fraco). Qual estratégia farmacológica você pode utilizar para aumentar a excreção desse fármaco pela urina?Justifique. R: Neutralizar o meio com alguma base fraca para aumentar o pH da urina, tornando o meio mais ionizado, diminuindo sua reabsorção e aumentando a eliminação desse fármaco. 16- Descreva as características dos neurônios do sistema nervoso simpático e parassimpático. (Resposta pega no Murilo) Estudo dirigido Farmaco Lauriane Gasparello 17- Descreva a produção da acetilcolina nos neurônicos colinérgicos, desde sua síntese até a degradação pela acetilcolinesterase. R: A síntese de acetilcolina ocorre a colina acetiltransferase, que catalisa, a partir de colina e acetil-CoA. A acetilcolina é captada em vesículas de armazenamento, sendo liberada, e se ligando aos receptores pós-sinápticos. A acetilcolinesterase AChE degrada por hidrolisação a ACh, diminuindo a atuação da acetilcolina, diminuindo os efeitos do parassimpático. 18-Quais são os receptores colinérgicos? Explique a diferença entre eles. R: Muscarínicos e nicotínicos. Muscarínicos são acoplados à proteína Gq (M1, M3 e M5) e à Gi (M2, M4), sendo sensíveis à muscarina. Nicotínicos são canais iônicos controlados por ligantes e seletivos para Na+, divididos em Nneuronais e Nmusculares. 19-Qual o mecanismo de ação da pilocarpina? R: : A pilocarpina é um agonista de ação direta de receptores colinérgicos que atua como um mímico de ACh no parassimpático. Atua especificamente em receptores M, de modo não seletivo. Utilizada em tratamentos do glaucoma e como miótico na oftalmologia, e no tratamento da xerostomia pós radioterapias de cabeça e pescoço. Os efeitos adversos incluem visão turva e cegueira noturna. 20- Explique a diferença entre o Edrofônio e a Fisostigmina. R: Ambos são agonistas indiretos reversíveis, que inibem a AChEm aumentando a concentração de ACh na fenda sináptica. No entanto, o Edrofônio se liga ao sítio aniônico da enzima, sendo facilmente reversível e de ação breve, e a Fisostigmina atua transferindo o grupo carbamil para o grupo hidroxila da serina do sítio esterásico, dificultando e lentificando a recuperação da enzima. 21- Qual o mecanismo de ação dos organofosforados? E porquê eles não são utilizados na clínica? R: Os organofosforados agem fosforilando o grupo hidroxila da AChE, de modo irreversível, onde para recuperação de atividade enzimática é necessária a síntese de uma nova enzima. Não são utilizados na clínica pelo caráter de agonista indireto irreversível, com seus efeitos adversos sendo extremamente fortes para o organismo, por conta do grande acúmulo de ACh na fenda sináptica. 22- Em caso de uma dose excessiva de Atropina, qual intervenção farmacológica pode ser utilizada para tentar reverter o bloqueio dos receptores muscarínicos? R: Talvez buscar algum inibidor da AChE, para que haja maior quantia de ACh na fenda sináptica, durante o tempo de meia vida de 4 horas 23- Quais os principais efeitos (de modo geral) dos agonistas muscarínicos? R: Buscam aumentar os efeitos da ACh, seja através de mimetização da ACh, ou inibição da AChE, podendo ser reversíveis ou não. Estimulam o parassimpático 24-Qual o mecanismo de ação dos antagonistas muscarínicos e quais são os seus principais efeitos (de modo geral)? R: Buscam evitar os efeitos da ACh por meio da inibição de receptores muscarínicos nas juntas parassimpáticas, diminuindo o parassimpático. Estudo dirigidoFarmaco Lauriane Gasparello 25-Os antagonistas muscarínicos possuem baixa seletividade de ligação aos receptores M. Cite ao menos dois antagonistas muscarínicos que são seletivos, e em quais receptores eles agem. R: Pirenzepina M1 e darifenacina M3. 26- De que maneira os antagonistas muscarínicos são eficazes no tratamento da dismenorreia? Cite um exemplo de fármaco dessa classe utilizaod com essa finalidade. R: Os antagonistas muscarínicos atuam bloqueando o efeito parassimpático, permitindo que no útero não grávido, o simpático haja com relaxamento. Atropina. 27-Em caso de uma dose excessiva de Neostigmina, que intervenção farmacológica pode ser feita para reverter esse quadro? R: Como ocorre com outros colinérgicos, a superdosagem com metilsulfato de neostigmina pode provocar crise colinérgica caracterizada por acentuada fraqueza muscular (ou aumento deste sintoma nos miastênicos). Caso esta condição não seja identificada, existe o risco de óbito devido a paralisia dos músculos respiratórios. Bradicardia, ou paradoxalmente, taquicardia, também podem ocorrer. O tratamento consiste em interrupção imediata do metilsulfato de neostigmina ou de outros colinérgicos e a administração de 1 a 2 mg de sulfato de atropina por via intravenosa lenta. Dependendo da pulsação do paciente, esta dose deve ser repetida, caso seja necessário, em intervalos de 2 a 4 horas. 28- Qual o mecanismo de ação dos bloqueadores ganglionares? E porquê eles raramente são utilizados na clínica? R: Ocorre o bloqueio dos receptores nicotínicos dos gânglios autônomos. Impede que a nicotina realize uma despolarização ganglionar, não criando um efeito dose-dependente 29-Qual o mecanismo de ação do Pancurônio? E qual a principal utilidade clínica desse agente? R: O pancurônio age por bloqueio não despolarizante, se ligando a receptores Nm, bloqueando ligação da ACh, inibindo a contração muscular. Pode ser utilizado como um anestésico geral. 30- Com que finalidade administra-se Fisostigmina após uma administração de Atracúrio? R: Para buscar aumentar a [ACh], revertendo os efeitos do bloqueador não despolarizante, estimulando o simpático. 31- Explique o mecanismo de ação da Succinilcolina? R: Se ligam aos receptores da ACh por serem análogos estruturais, causando uma despolarização na junção, não sendo degradados e ali permanecendo por um tempo maior que a ACh, causando relaxamento.
Compartilhar