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Laboratório na Pratica Clinica

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, , 
NA PRATICA , 
CLINICA 
, 
CONSULTA RAPIDA 
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• 
, 
, 
NA PRÁTICA 
CLÍNICA 
CONSULTA RAPIDA 
L 123 Laboratório na prática clínica [recurso eletrônico] / Ricardo M. 
Xavier . . . [et ai.]. - 2. ed. - Dados eletrônicos. - Porto 
Alegre : Artmed, 201 1 . 
(Consulta rápida) 
Editado também como livro impresso em 201 O. 
ISBN 978-85-363-241 4-2 
1 . Medicina - Laboratório. 2. Clínica médica. 3. Semiologia. 
1 . Xavier, Ricardo M. 
CDU 61 6-07 
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus - CRB-1 0/Prov-009/1 0 
RICARDO M. XAVIER 
, JOSE MIGUEL DORA 
CAROLINA FISCHINGER MOURA DE SOUZA 
ELVINO BARROS E COLABORADORES 
, , 
NA PRATICA 
, 
CLINICA 
, 
CONSULTA RAPIDA 
,..,, 
2ª EDIÇAO 
201 0 
© Artmed Editora S.A. , 2010 
Capa: Tatiana Sperhacke 
Preparação de originais: Márcia Rolim Serafini, Márcio Christian Friedl 
Leitura final: Sandra da Câmara Godoy 
Editora Sênior - Biociências: Letícia Bispo de Lima 
Editora responsável por esta obra: Laura Ávila de Souza 
Projeto gráfico e editoração eletrônica: T I POS design editorial 
Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à 
ART MED® EDIT ORA S.A. 
Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana 
90040-340 Porto Alegre RS 
Fone (51 ) 3027-7000 Fax (51) 3027-7070 
, 
E proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, 
sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, 
fotocópia, distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da Editora. 
-
SAO PAULO 
Av. Embaixador Macedo Soares, 1 0.735 - Pavilhão 5 - Cond. Espace Center 
Vila Anastácio 05095-035 São Paulo SP 
Fone (1 1 ) 3665-1 1 00 Fax (1 1 ) 3667-1 333 
SAC 0800 703-3444 
IMPRESSO NO BRAS IL 
PRINTED IN BRAZIL 
Ricardo M. Xavier. Professor Associado do Departamento de Medicina I nterna da 
Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 
Chefe do Serviço de Reumatologia do Hospital de Clín icas de Porto Alegre (HCPA). 
Doutor em lm unologia pela Universidade de Shimane, Japão. 
Jose Miguel Dora. Médico l ntern ista e Endocrino logista. Médico do Serviço de 
Patologia Clín ica e da Com issão de Medicina Laboratorial (COMLAB) do HCPA. 
Doutorando em Endocrinologia pela UFRGS. 
Carolina Fischinger Moura de Souza. Médica do Serviço de Genética Médica do 
HCPA. Especial ista em Genética Médica e Bioq uím ica e Pato logia Clínica pela 
Associação Médica Brasileira (AMB). Doutora em Biologia Molecular pela UFRGS. 
Elvino Barros. Professor Associado do Departamento de Medicina I nterna da 
Faculdade de Medicina da UFRGS . Médico do Serviço de Nefrologia do HCPA. 
Doutor em Nefrologia pela Un iversidade Federal de São Paulo/Escola Paulista 
de Medicina (UNIFESP /EPM). 
Afonso Luís Barth. Professor Adjunto da UFRGS. Pesquisador de Prod utividade 
em Pesqu isa 1 B do CNPq. Chefe do Serviço de Pato logia Clínica do HCPA. Doutor 
em Microbio logia Clínica pela Un iversidade de Londres. 
Airton Tetelbom Stein. Professor Titular de Saúde Coletiva da Universidade Federal 
de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Professor Adjunto de Saúde 
Coletiva da Universidade Luterana do Brasi l (ULBRA). Coordenador de Protocolos 
Assistenciais do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). 
Alex Pospich Cioffi. Médico l nternista. Médico Residente do Serviço de Endocri­
nologia do HCPA. 
Alexandre de Araujo. Médico da Eq uipe de Transplante Hepático do Serviço de 
Gastroenterologia do HCPA. Doutor em Gastroenterologia pela UFRGS. 
Alexandre Luis Klamt. Médico Residente do Serviço de Gastroenterologia do HCPA. 
Alice de Medeiros Zelmanowicz. Médica Oncologista. Coordenadora do Centro 
de Prevenção de Câncer da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. 
Doutora em Epidem iologia pela UFRGS . 
Ana Luiza Maia. Professora Associada da Faculdade de Medicina da U FRGS. Chefe 
do Setor de Tireoide do Serviço de Endocrinologia do HCPA. 
Ana Paula Alegretti. Farmacêutica-Bioquím ica do Serviço de Patologia Clín ica do 
HCPA. Mestre em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da UFRGS. 
Ana Paula Webber Rossini. Médica l nternista. Médica Residente do Serviço de 
Card io logia do HCPA. 
André Wajner. Médico lnternista e Emergencista. Vice-Presidente da Sociedade 
Brasileira de Medicina Hospitalar. Preceptor da Residência de Clínica Médica do 
Hospital Nossa Senhora da Conceição. Coordenador do Serviço de Medicina 
Hospitalar do Hospital Municipal Getúlio Vargas (Sapucaia do Sul). 
Andréia Biolo. Médica Card io logista. Professora do Curso de Pós-Graduação em 
Card iologia e Ciências Card iovasculares da UFRGS Médica do Serviço de Car­
d iologia do HCPA. Doutora em Card io logia e Ciências Vasculares pela UFRGS e 
pela Boston University. 
A 
Angela Beatriz John. Médica Contratada do Serviço de Pneumo logia do HCPA. 
Especial ista em Pneumologia pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia 
(SBPT). Especial ista em Endoscopia Respiratória pela Sociedade Brasileira de En­
doscopia Peroral (SBEP) . Especial ista em Terapia I ntensiva pela Associação de 
Medicina I ntensiva Brasileira(AMIB) . Mestre em Ciências Pneumológicas pela 
UFRGS. 
Angélica Dai Pizzol. Médica Residente do Serviço de Neurologia do HCPA. 
Antônio de Barros Lopes. Médico Contratado do Serviço de Emergência do HCPA. 
Mestre em Gastroenterologia pela UFRGS. 
Artur Francisco Schumacher Schuh. Médico Residente do Serviço de Neurologia 
do HCPA. 
Beatriz D'Agord Schaan. Professora Adjunta do Departamento de Medicina I nterna 
da Faculdade de Medicina da UFRGS. Professora do Programa de Pós-Graduação 
em Endocrinologia da UFRGS. Doutora em Ciências Médicas pela UFRGS. 
Brasil Silva Neto. Médico Uro logista. Membro Titular da Sociedade Brasi leira de 
Urologia. Research Fellow, U ro logy, Department, Lahey Clinic Medical Center, 
Boston/EUA. Doutor em Ciências Cirúrgicas pela UFRGS . 
• 
VI 
Briele Keiserman. Médica Reumatologista do HCPA. 
Camila Matzenbacher Bittar. Médica Residente do Serviço de Genética Médica 
do HCPA. 
Candice Franke Krumel. Médica Gastroenterologista. 
Carlos Alberto Prompt. Professor Assistente do Departamento de Medicina I nterna 
da Faculdade de Medicina da UFRGS. 
Carlos Fernando Francesconi. Professor do Departamento de Medicina I nterna 
da U FRGS. Chefe do Serviço de Gastroenterologia do HCPA. Doutor em Gastroen­
terologia pela U FRGS. 
Carolina da Fonte Pithan. Médica Hematologista e Hemoterapeuta do Hospital 
Nossa Senhora da Conceição. Coordenadora do Programa de Residência Médica 
em Hemato logia e Hemoterapia do Hospital Nossa Senhora da Conceição. 
Caroline Kaercher Kramer. Médica Endocrino logista. Doutoranda em Endocrino­
logia pela U FRGS. 
Christina Matzenbacher Bittar. Méd ica Hemato logista do HCPA, do Hospital Mãe 
de Deus e do Hospital Materno I nfantil Presidente Vargas. Doutora em Ciências 
Médicas pela UFRGS. 
Clarissa Troller Habekost. Médica Neuro logista do HCPA. 
Cristiane Seganfredo Weber. Médica Hematologista e l nternista. Médica Hema­
tologista do Serviço Hemato logia e Transplante de Medu la Óssea do HCPA. Mé­
d ica do Laboratório do Hospital Mãe de Deus, Porto Alegre. 
Cristina Antonini Arruda. Médica Gastroenterologista do HCPA. 
Cristina Flores. Méd ica Gastroenterologista. Médica Contratada do Serviço de 
Gastroenterologia do HCPA. Especial ista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade 
Brasi leira de Endoscopia Digestiva (SOBED). Mestre em Gastroenterologia pela 
UFRGS. 
Denise Rossato Silva. Médica l nternista e Pneumologista. Médica do Serviço de 
Pneumo logia do HCPA. Mestre em Ciências Pneumológicas pela UFRGS. 
Diego Rodrigues Falei. Médico l nfecto logista do Serviço de Controle de I nfecção 
Hospitalar do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre. Mestre em 
Ciências Médicas pela UFRGS. 
• • 
VII 
Diego Santana Chaves Geraldo Miguel. Médico Residente do Serviço de Genética 
Médica do HCPA. 
Eduardo Gehling Bertoldi. Médico Residente do Serviço de Card iologia do HCPA.Erlon Oliveira de Abreu Silva. Méd ico l nternista. Médico Residente de Card iologia 
do Instituto de Card iologia do Rio Grande do Su l . Mestrando em Card io logia e 
Ciências Card iovasculares pela UFRGS. 
Fábio Munhoz Svartman. Médico l nternista e Pneumo logista. Médico Contratado 
do Serviço de Pneumologia do HCPA. Título de Especial ista pela Sociedade Bra­
sileira de Pneumo logia e Tisiologia (SBPn. Mestrando em Ciências Médicas pela 
UFRGS. 
Fabíola Satler. Médica l nternista e Endocrinologista. Mestranda em Endocrinologia 
pela UFRGS. 
Fernando Saldanha Thomé. Professor Adjunto do Departamento de Med icina 
I nterna da UFRGS. Médico do Serviço de Nefro logia do HCPA. Douto r em Nefro­
logia pela U FRGS. 
Filippo P. Vairo. Médico Residente do Serviço de Genética Médica do HCPA. 
Flavo Beno Fernandes. Médico Hematologista e Pato logista Clínico. Médico do 
Serviço de Patologia Clínica do HCPA. Assessor Médico do Laboratório Weinmann. 
Francisco Veronese. Professor Adjunto do Departamento de Med icina Interna 
da Faculdade de Medicina da UFRGS. Médico do Serviço de Nefrologia do HCPA. 
Guilherme Geib. Médico lntern ista e Oncologista. Médico do Serviço de Medicina 
I nterna do HCPA. 
Guilherme Heiden Teló. Médico lnternista, Card iologista e Ecocard iografista. Mé­
d ico Contratado do Serviço de Medicina Interna do Grupo Hospitalar Conceição. 
Mestrando em Card io logia e Ciências Card iovasculares pela UFRGS. 
Gustavo Adolpho Moreira Faulhaber. Médico l nternista e Hematologista. Médico 
Contratado do Serviço Medicina I nterna do HCPA. Médico Pato logista Clínico 
do Laboratório Weinmann. Especialista em Patologia Clín ica pela AMB. Mestre 
em Ciências Médicas pela UFRGS. 
Gustavo Peretti Rodini. Médico G inecologista e Obstetra. Especial ista em Video­
laparoscopia e H isteroscopia pela Federação Brasileira das Associações de G ine­
cologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Mestrando em Ciências Méd icas pela UFRGS . 
. . . 
VIII 
Gustavo Schroeder. Médico Cirurgião Geral. Médico Residente do Serviço de Uro­
logia do HCPA. 
Haley Calcagnotto. Médico Ginecologista e Obstetra. Preceptor do Programa de 
Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Geral de Caxias do 
Sul . Mestrando em Ciências Médicas pela UFRGS. 
Helena von Eye Corleta. Professora Associada da Faculdade de Medicina da UFRGS. 
Coordenadora do Gerar - N úcleo de Reprodução Humana do Hospital Mo inhos 
de Vento. Doutora em Medicina pela Universidade Ludwig- Maxim i lian, Munique, 
Alemanha. 
Helenice Pankowsky Breyer. Médica Gastroentero logista do HCPA. Mestre em 
Gastroenterologia pela UFRGS. 
Ismael Maguilnik. Professor Adjunto de Medicina I nterna da UFRGS. Chefe da 
Un idade de Endoscopia Digestiva do HCPA. 
Jamile Abud. Bióloga dos Laboratórios Mãe de Deus/Diagnóstico das Américas 
S.A. (DASA). Mestre em Gastroenterologia pela U FRGS. 
Jean Carlos de Matos. Médico Ginecologista e Obstetra. Médico Contratado do 
HCPA e do Hospital Matemo Infantil Presidente Vargas. Mestre em Ciências Méd icas 
pela UFRGS. Especial ista em Patologia Cervical e Colposcopia pela Associação 
Brasi leira de Genitoscopia (ABG). 
Joana Marcela Cagnini Ciocari. Médica Hematologista e Hemoterapeuta. Médica 
Residente em Transplante de Medula Óssea do Serviço de Hematologia do HCPA. 
Joíza Lins Camargo. Farmacêutica-Bioquím ica. Chefe da Unidade de Bioquím ica 
e lm unoensaios do Serviço de Patologia Clínica do HCPA. Doutora em Endocri­
nologia pela UFRGS. 
Jordana de Fraga Guimarães. Médica Residente do Serviço de Medicina I nterna 
do HCPA. 
José Antônio de Azevedo Magalhães. Professor Associado do Departamento de 
Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFRGS. Coordenador do 
Grupo de Medicina Fetal do HCPA e do Hospital Mãe de Deus. 
José Augusto Sisson de Castro. Méd ico E ndocr ino logista. Professo r do 
Departamento de Medicina I nterna da Faculdade de Medicina da UFRGS. Doutor 
em Ciências Méd icas pela UFRGS. 
• 
IX 
José Geraldo Lopes Ramos. Professor Associado do Departamento de G inecolo­
gia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFRGS. Professor do Programa 
de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da UFRGS. 
Vice-Diretor da Faculdade de Medicina da U FRGS. Gestor do Serviço de G ineco­
logia e Obstetrícia do Hospital Mãe de Deus. 
José Vanildo Morales. Professor Associado da Faculdade de Medicina da UFRGS. 
Doutor em Nefrologia pela UFRGS. 
Juliana Gil Thomé. Méd ica Card iologista. 
Júlio César Corrêa Martins. Médico l nternista. Preceptor do Am bu latório de Hi­
pertensão do HCPA. Diretor Técnico do Hospital U nimed Vale do Caí. 
Leandro Bizarro M üller. Médico Gastroentero logista. Professor do Curso de Me­
d icina da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). 
Lenise Valler. Médica Residente do Serviço de Neurologia do HCPA. 
Leo Sekine. Médico Hematologista e Hemoterapeuta. Médico Contratado do 
Serviço de Hemoterapia do HCPA. 
Letícia Schwerz Weinert. Médica l ntern ista e Endocrino logista. Doutoranda em 
Endocrinologia pela U FRGS. 
Liana Farias Leiria. Méd ica l ntern ista e Endocrinologista. 
Lisandra Della Costa. Médica Hematologista e Hemoterapeuta. Médica Residente 
do Serviço de Transplante de Medu la Óssea do HCPA. 
Livia Adams Goldraich. Médica l nternista e Card iologista. Médica Contratada do 
Serviço de Emergência do HCPA. Mestranda em Card io logia e Ciências Card io­
vasculares pela UFRGS. 
Lucas Scotta Cabral. Médico Neurologista. Mestrando em Ciências Médicas pela 
UFRGS. 
Luciano Zubaran Goldani. Chefe do Serviço de lnfectologia do HCPA. 
Luciano Serpa Hammes. Médico G ineco logista e Obstetra. Coordenador da 
Unidade de Pesquisa em Saúde do I nstituto de Ed ucação e Pesq uisa do Hospital 
Moinhos de Vento. Pós-Doutorem Ciências Méd icas pela Universidade do Texas, 
EUA. Certificado pela Society of Cl inica! Research Associates. 
Luciano Werle Lunardi. Médico Residente em lnfectologia do HCPA. 
X 
Luís Beckda Silva Neto. Professor do Programa de Pós-Graduação em Card iologia 
e Ciências Card iovascu lares da UFRGS. Doutor em Card io logia e Ciências Car­
d iovasculares pela UFRGS. Fel/owship em Insuficiência Cardíaca pela Un iversity 
of Ottawa, Canadá. 
Luis Henrique Canani. Professor Adjunto do Departamento de Medicina I nterna 
da Faculdade de Medicina da UFRGS. 
Luiz Carlos Paul. Médico lnternista. Médico Residente do Serviço de Card iologia 
do HCPA. 
Luiz Felipe Santos Gonçalves. Professor Adjunto da Faculdade de Medicina da 
UFRGS. Médico Nefro logista do HCPA. 
Marcelle Duarte Alves. Médica l nfecto logista e lnternista. 
Marcelo lasso Gazzana. Médico Pneumologista do Serviço de Pneumo logia do 
HCPA. Médico l ntensivista do CTI Adu lto do Hospital Moinhos de Vento . Mestre 
em Ciências Pneumológicas pela UFRGS. 
Maria Cristina Gomes Matos. Médica Endocrinologista. Doutora em Clínica Médica 
pela UFRGS. 
Maria Lúcia Rocha Oppermann. Professora Adjunta do Departamento de G ine­
cologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFRGS. Conselheira do Con­
selho Regional de Med icina do Rio Grande do Sul (CREMERS). Doutora em Epide­
m iologia pela UFRGS. 
Maria Luiza Leão Brisolara. Farmacêutica-Bioquím ica. Coordenadora do Com itê 
da Garantia da Qualidade do Serviço de Patologia Clínica do HCPA. MBA em 
Gestão em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). 
Mariana Vargas Furtado. Médica Emergencista. Pesquisadora do Grupo de Car­
d iopatia lsquêm ica do HCPA. Mestre em Card iologia e Ciências Card iovasculares 
pela UFRGS. 
Marilei Wolfart. Farmacêutica-Bioquím ica do Serviço de Patologia Clínica do HCPA. 
, 
Mário Reis Alvares-da-Silva. Médico Hepatologista do HCPA. Professor Adjunto 
do Departamento de Medicina I nterna da UFRGS. Douto r em Gastroentero logia 
pela UFRGS. 
Marli Maria Knorst. Professora Associada do Departamento de Medicina I nterna 
da Faculdade de Medicina da UFRGS. Médica Assistente do Serviço de Pneumo­
logia do HCPA. 
• 
XI 
Marlon Roberto Fiorentini. Médico CirurgiãoGeral. Médico Residente do Serviço 
de Urologia o HCPA. 
Mateus Dornelles Severo. Médico Residente do Serviço de Endocrinologia do 
HCPA. 
Matheus Truccolo Michalczuk. Médico Gastroentero logista do HCPA. 
Maurício Pimentel. Médico do Serviço de Card iologia do HCPA e do Hospital São 
Francisco, Porto Alegre. Especial ista em Eletrofisiologia Cardíaca pela Sociedade 
Brasi leira de Arritm ias Cardíacas (SOBRAC) . Mestre em Card io logia e Ciências 
Card iovasculares pela UFRGS. 
Mauro Antônio Czepielewski. Professsor Associado do Departamento de Medicina 
I nterna da Faculdade de Medicina da UFRGS. Diretor da Faculdade de Medicina 
da UFRGS. Médico do Serviço de Endocrinologia HCPA. 
Milton Berger. Professor Adjunto de U rologia da U FRGS . Doutor em Ciências 
Cirúrgicas pela UFRGS. 
Patricia Ashton Prolla. Médica Geneticista. Professora do Departamento de Ge­
nética da UFRGS. Médica do Serviço de Genética Médica do HCPA. 
Paulo de Tarso Roth Dalcin. Méd ico Pneumo logista. Professor Associado da 
Faculdade de Medicina da UFRGS. Méd ico do Serviço de Pneumo logia do HCPA. 
Paulo Naud. Professor Adjunto do Departamento de G inecologia e Obstetrícia 
da UFRGS. Coordenador do Projeto de Prevenção e Controle do Câncer da Cérvix 
(Projeto Vacina HPV) do HCPA. Membro da l nternational Federation of Cervical 
Pathology and Colposcopy (I FCPC-ln. 
Rafael Selbach Scheffel. Médico l ntern ista e Endocrino logista. Doutorando em 
Endocrinologia pela U FRGS. 
Raquel Scherer de Fraga. Médica Gastroenterologista. Coordenadora do Programa 
de Residência Médica em Gastroentero logia do Hospital da Cidade de Passo 
Fundo. Doutora em Gastroentero logia pela U FRGS. 
Renato Borges Fagundes. Professor de Gastroenterologia do Departamento de 
Clínica Méd ica da Un iversidade Federal de Santa Maria (UFSM). Doutorem Gas­
troenterologia pela UFRGS. 
Roberto Ceratti Manfro. Professor Associado da Faculdade de Medicina da UFRGS. 
Chefe do Serviço de Nefrologia do HCPA . 
• • 
XII 
Roberto Rossato. Médico Neurologista do HCPA. Médico Neuro logista e Neurofi­
siologista do Hospital São José da Santa Casa de Misericórd ia de Porto Alegre. 
Sabrina Bollmann Garcia. Médica Pneumologista. 
Sérgio Gabriel Silva de Barros. Professor Associado do Departamento de Medicina 
I nterna da Faculdade de Medicina da UFRGS. Médico do Serviço de Gastroentero­
logia do HCPA. Doutor em Ciências Méd icas pela U FRGS. 
Sérgio H. Martins-Costa. Professor Associado do Departamento de G inecologia e 
Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFRGS. Chefe do Serviço de G inecologia 
e Obstetrícia do HCPA. Gestor do Serviço de G inecologia e Obstetrícia do Hospital 
Mãe de Deus, Porto Alegre. 
Sérgio Saldanha Menna Barreto. Professor Titu lar do Departamento de Medicina 
I nterna da Faculdade de Medicina da UFRGS. Pós-Doutor pela Un iversidade de 
Toronto, Canadá. 
Stela Scaglioni Marini. Médica l ntern ista e Gastroentero logista. Médica Contra­
tada do Hospital Geral de Caxias do Sul . Mestranda em Gastroentero logia da 
UFRGS. 
Tânia Weber Furlanetto. Professora Associada do Departamento de Medicina 
I nterna da Faculdade de Medicina da UFRGS. Doutora em Endocrinologia pela 
U N 1 FESP /E PM. Pós-Doutora em Endocrinologia pela Northwestern U niversity, 
Chicago, 1 l l ino is, EUA. 
Walter Escouto Machado . Acadêm ico da Faculdade de Medicina da UFRGS. 
Yaser M. G. M. EI Badad. Médico Reumato logista. 
. . . 
XIII 
a 
, 
E com mu ita satisfação que lançamos a segunda ed ição do livro Laboratório na 
prática clínica: consulta rápida. Devido ao rápido avanço tecnológico na área de 
med icina laboratorial, tornou-se necessária a atual ização das informações méd icas 
e a incorporação de novos exames na área de análises clín icas e d iagnóstico 
laboratorial. 
Esta nova ed ição inclui , na maioria dos capítulos, fluxogramas de d iagnóstico 
laboratorial para as principais patologias d istribuídas nas d iferentes especialidades 
méd icas. O objetivo é sugerir aos profiss ionais da área da saúde fluxogramas 
racionais e baseados em evidências para utilizar os recursos d iagnósticos da área 
de med icina laboratorial. Uma das novidades desta ed ição é a apresentação de 
casos clínicos relacionados ao tema de cada capítulo, além da descrição de como 
o laboratório pode auxil iar em sua resolução d iagnóstica. No final dos capítulos 
há ainda uma descrição do desfecho clínico de cada caso com base na orientação 
da investigação laboratorial. Esses casos são i lustrativos e representam situações 
reais da prática méd ica, enfatizando a im portância da racionalização da investi­
gação laboratorial. 
Este l ivro continua sendo com posto por três partes: na primeira são apresen­
tadas as informações gerais sobre med icina laboratorial que consideramos úteis 
para o profissional da saúde, incluindo uma visão sobre o laboratório moderno 
de análises clín icas e seu relacionamento com o méd ico, além de noções sobre as 
principais técnicas laboratoriais e sobre a interpretação dos resultados dos testes. 
Segue-se o corpo principal do texto, no qual cada capítu lo aborda o uso dos 
testes laboratoriais na investigação das principais situações clín icas das d iversas 
especialidades. Ao final, incluímos os exames específicos com valores de referência 
e as principais ind icações de seu uso em ordem alfabética, para perm itir uma 
rápida consulta. 
Por fim , esta nova ed ição inclui tam bém uma cartela com os principais exames 
laboratoriais util izados na rotina méd ica d iária. Essa cartela poderá ser consultada 
tanto para obter valores de referência dos exames como para guiar a solicitação 
dos exames mais frequentes conforme a s ituação clínica. 
Gostaríamos de fazer um agradecimento especial ao Dr. Fi l ippo P. Vairo, pelo 
auxílio na revisão da Parte I l i , bem como pela sugestão de sites para a boa parte 
dos capítulos apresentados na Parte l i . 
Os organizadores 
, 
a 
O laboratório clínico é certamente o setor da assistência em saúde que sofre em 
primeiro lugar o im pacto dos avanços da pesquisa bioméd ica. Como esses avanços 
estão ocorrendo em grande velocidade, é facilmente com preensível o enorme 
progresso que esse setor tem apresentado nas ú ltimas décadas, em especial na 
variedade e qualidade dos testes laboratoriais q ue são oferecidos aos méd icos e 
demais profiss ionais da saúde. 
O méd ico utiliza os resultados dos exames laboratoriais como informações 
q ue devem ser interpretadas - juntamente com os demais dados obtidos durante 
, 
a consulta - e util izadas na tomada de decisões clínicas. E evidente que esses 
profissionais, nos últimos anos, estão se tornando cada vez mais dependentes 
das i nformações oriundas do laboratório. No entanto, a prática moderna da me­
d icina determ ina que esse processo de tomada de decisões deve ser sem pre 
baseado nas melhores evidências d isponíveis na literatura méd ica, inclu indo tam­
bém considerações relacionadas à custo-efetividade e ao im pacto nos desfechos 
clínicos. E isso vale não somente para as decisões terapêuticas, mas tam bém para 
as d iagnósticas, incluindo a seleção e interpretação dos testes laboratoriais. 
Levando em consideração os dois aspectos recém -citados, ou seja, o rápido 
progresso no setor de anál ises clín icas e as exigências da prática moderna da 
med icina, fica bastante claro o desafio que os méd icos enfrentam para em prega­
rem de maneira racional e eficiente o laboratório na prática clínica d iária. 
O presente trabalho objetiva auxil iar nesta tarefa. Acred itamos que a melhor 
maneira de fazê- lo é expondo, de maneira sucinta e esquemática, as melhores 
evidências de como investigar os problemas mais com u ns no consultório nas 
d iversas especialidades clínicas. 
A formatação deste livro com preende três partes: na primeira são apresentadas 
informações gerais sobre medicina laboratorial que consideramos úteis para o 
profissional da saúde, incluindo uma visão sobre o laboratório moderno de análi­
ses clínicas e seu relacionamento com o médico, além de noções sobre as principais 
técnicas laboratoriais e sobre a interpretação objetiva dos resultados dos testes. 
Segue-se o corpo principal do texto , onde cada capítulo aborda o uso dos testes 
laboratoriais na investigação das principais situações clín icas das d iversas especiali­
dades. Ao final incluímos os exames específicos com valores de referência e as 
principais ind icações de seu uso em ordem alfabética para faci l itar uma consulta 
rápida. 
Queremos lem brar que existe uma grande variedade de métodos, equipamen­
tos e processamento dos d iferentes materiais biológicos a serem exam inados. 
Por isso , devem ser sem pre consu ltados os valores de referência do laboratório 
específico que realizou o exame. Os valores de referência aqu i apresentados 
poderão ser d iferentes dos valores de outros laboratórios, assim como a meto­
dologia util izada. Além d isso, é im portante lem brar que esses valores podem ser 
alterados a qualquer momento em função dos novos conhecimentos adqu iridos. 
Os organizadores 
• • • 
XVIII 
AAH 
AAS 
aCL 
ACTH 
ADA 
ADH 
ADP 
aFL 
AFP 
AGA 
AIJ 
AINEs 
AL 
ANCA 
AR 
ASLO 
AS CUS 
AT- 1 1 1 
ATR 
AVC 
BAAR 
BNP 
BT 
Ca 
e-ANCA 
CAT-SP 
Anticorpo anti-h istona 
, 
Acido acetilsalicílico 
Anticorpos anticard io 1 i pi na 
Hormôn io 
ade noco rtico trófico 
Adenosina deam inase 
Hormônio antid iurético 
Adenosina d ifosfato 
Anticorpos fosfol ipídeos 
a-feto proteína 
Associação Americana de 
Gastroentero logia 
Artrite id iopática juveni l 
Anti-inflamatório não 
esteroidais 
Anticoagulante Lúpico 
Anticorpo anticitoplasma 
de neutrófilos 
Artrite reumato ide 
Antiestreptol is ina O 
Células escamosas atípicas 
com sign ificância 
indeterm inada 
Antitrom bina I l i 
Acidose tubular renal 
Acidente vascu lar cerebral 
Bacilo álcool-ácido 
resistente 
Peptídeo natriu rético tipo B 
Bi l irrubina total 
Cálcio 
Anticorpo anticitoplasma 
de neutrófilo pad rão 
eito plasmático 
Cateterismo venoso dos 
seios petrosos i nfe rio res 
CBAVD Ausência bi lateral 
congên ita dos duetos 
deferentes 
CCL Contagem de corpos 
lamelares 
CCP Peptídeo cíclico citru l inado 
CD Citológico d iferencial 
CEA Antígeno 
carcinoem brionário 
CFTR Regulador de condutância 
transmem brana da fibrose 
cística 
CIVD Coagulação intravascular 
d isseminada 
CK 
CK-MB 
CLCa 
CLCr 
CLIA 
CMV 
CP 
CPER 
Cr 
CREST 
CRH 
CT 
CTx 
CYA 
Creatinoquinase 
Creatinoq uinase fração MB 
Clearance de cálcio 
Clearance de Creatin ina 
l m u noensaio 
quim iolum inescente 
Citomegalovírus 
Cito patológico 
(Papanicolaou) 
Colangiopancreatografia 
endoscópica retógrada 
Creatin ina 
Esclerose sistêm ica forma 
lim itada (calcinose, 
Raynaud, esôfago , 
esc le rod acti 1 ia, 
telangiectasia) 
Hormônio l iberador da 
corticotrofina 
Colesterol total 
C-teleopeptídeo sérico 
Ciclosporina 
DAC 
DAEM 
DCCT 
DDAVP 
DDPC 
DE 
DHEA 
DI 1 
DM 
DMG 
DMO 
DMTC 
DRC 
DTPA 
DvW 
EBV 
ECG 
ECLIA 
ELISA 
EMIT 
Enterotc 
EPF 
EQU 
ES 
FA 
FAN 
FG 
FID 
FLIPI 
FPIA 
FR 
FSH 
XX 
Doença aterosclerótica 
• 
coro na ria na 
Distúrbio androgênico do 
envelhecimento mascul ino 
Diabetes Contro/ and 
Comp/ications Triai 
Desmopressina 
Doença de depósito de 
pirofosfato de cálcio 
Disfunção erétil 
De id roe pia nd roste ro na 
Doença inflamatória 
intestinal 
Diabete mel ito 
Diabete mel ito gestacional 
De nsitometria óssea 
Doença m ista do tecido 
conjuntivo 
Doença renal crônica 
acido 
Dietilenotriam inopentacético 
Doença de von Willebrand 
Vírus Epstein-Barr 
E letroca rd iogram a 
l m u noensaio 
e letroquim iolum inescente 
Ensaio imunoenzimático 
lm unoensaio enzimático 
m ultipl icado 
Enterotomografia 
com putadorizada 
Exame parasitológico 
de fezes 
Exame qualitativo de urina 
Esclerose s istêm ica 
Fosfatase Alcalina 
Fator antinuclear 
Filtração glomerular 
Fossa ilíaca d ireta 
, 
lnd ice prognóstico 
internacional para l infoma 
folicular 
Fluorescência polarizada 
Fator reumatoide 
Hormônio folículo 
estim ulante 
FTA-ABS 
FvW 
GASA 
GBM 
GGT 
GH 
GIG 
GN 
GNPE 
GnRH 
HAC 
Absorção fluorescente do 
anticorpo antitreponema 
Fator de von Wilebrand 
Gradiente de album ina 
so ro-ascite 
Mem brana basal glomerular 
Gama G lutam i l Transferase 
Hormônio do crescimento 
Grande para a idade 
gestacional 
G lom e ru lo nefrite 
G lo me ru lo nefrite 
pós-estre ptocóc ica 
Hormônio l iberador de 
gonadotrofina 
H iperplasia adrenal 
congênita 
HAC-C H iperplasia adrenal 
congênita clássica 
HAC-NC Hiperplasia adrenal 
HAS 
HAV 
HbA1c 
HbsAg 
HBV 
hCG 
congênita não clássica 
H ipertensão arterial 
sistêm ica 
Vírus da Hepatite A 
Hemoglobina gl icada 
Antígeno de superfície da 
hepatite B (antígeno 
Austrália) 
Vítus da Hepatite B 
Gonodotrofina coriônica 
homana 
HCV Vírus da Hepatite C 
H DL lipoproteína de alta 
densidade 
HDV Vírus da Hepatite D 
HELLP Hemolytic anemia e/evated 
/iverenzymes and /ow 
plateled count 
HHF H ipercalcem ia 
hipocalciúrica fam iliar 
HIV Vírus da imunodeficiência 
humana 
H LA Antígeno leucocitário 
humano 
HMWK Cininogênio de alto peso 
molecular 
H P 
H PV 
HSV 
Ht 
HU 
IA 
IAM 
IC 
ICA-51 2 
ICC 
IDL 
I ECAs 
1 FI 
lgA 
IGF1 
IGFBP3 
lgE 
lgG 
lgM 
1 L-6 
IMC 
I PC 
I RA 
I RC 
1 S I 
ITR 
IV 
K 
LA 
LCS 
LDH 
LDL 
LES 
LH 
H ipertensão portal 
Papilomavírus humano 
Herpes vírus sim pies 
Hematócrito 
Un idade Hounsfield 
1 nsuficiência ad renal 
1 nfarto agudo do m iocárd io 
I nsuficiência cardíaca 
Anticorpo anti- i lhota 
pancreática 
1 n s uf ic iê nc ia cardíaca 
congestiva 
Lipoproteína de densidade 
intermed iária 
I n ibidores da enzima 
conversora de 
a ngioste ns i na 
1 m u nofl uo rescê ncia indireta 
l m u noglobul ina A 
fator de crescimento 
semelhante à insul ina 1 
Proteína ligadora tipo 3 
do fator de crescimento 
semelhante à insul ina 
l m u noglobul ina E 
lm unoglobul ina G 
l m u noglobul ina M 
lnterleucina 6 
, 
l nd ice de massa corporal 
Índ ice de proteinúria/ 
creatinúria 
I nsuficiência renal aguda 
Insuficiência renal crôn ica 
Índ ice de sensibi l idade 
i nte rnac io na 1 
Tripsina im unorreativa 
1 ntra venoso 
potássio 
Líquido am niótico 
Líquido cerebrospinal 
Lactato desidrogenase 
Lipoproteína de baixa 
densidade 
Lúpus eritematoso 
sistêm ico 
Hormônio lute in izante 
LPa 
LPA 
MAO 
MCAD 
MDRD 
NEM2 
MHC 
MMG 
MPO 
MTD 
ND 
NTA 
NTx 
OMS 
p 
PA 
p-ANCA 
PAPP-A 
PBE 
PBS 
PCR 
PE 
PIG 
pH 
PKU 
PL 
PM 
PMN 
PNTN 
Po lim icr 
Lipoproteína A 
Ácido 1 iso fosfa tíd ico 
Mo noam inox idas e 
Desid rogenase da Acil-CoA 
de cadeia média 
Modification of diet in 
renal disease 
Neoplasia endócrina 
mú ltipla tipo 2 
Com plexo principal de 
histocom patibi l idade 
Mamografia 
Mieloperoxidase 
Monitoração terapêutica 
de drogas 
Não d isponível 
Necrose tubular aguda 
N-te leo pe ptíd eo uriná rio 
Organização Mund ial da 
Saúde 
Progeste ro na 
Pancretatite aguda 
Anticorpo anticitoplasma 
de neutrófilo padrão 
perinuclear 
Proteína A plasmática 
assoe iad a à gestação 
Peritonite bacteriana 
espontânea 
Peritonite bacteriana 
secundária 
Reação em cadeia da 
pol imerase 
Pré-eclâm psia 
Pequeno para a idade 
gestacional 
potencial hidrogeniôn ico 
Fe n i Ice to nú ria 
Punção lom bar 
Poliomiel ite 
Po l imorfon ucleares 
Programa Nacional de 
Triagem Neonatal 
Cultura com crescimento 
de mais de uma espécie 
de bactéria 
• 
XXI 
PR3 
PRL 
PSA 
PT 
PTH 
PTHi 
PTT 
RI 
RN 
RNA 
RNI 
RNP 
RPR 
SAAF 
se 
SCA 
S-DHEA 
SHBG 
SHU 
SIADH 
S l l -D 
SNA 
SN 
SNC 
SOP 
ss 
SUA 
TB 
TBG 
• • 
XXII 
Anticorpo antiproteinase 3 
Prolactina 
Antígeno prostático 
específico 
Proteínas totais 
Paratormônio 
Paratormônio intacto 
Púrpura trom bocitopên ica 
trom bótica 
Resistência insulínica 
Recém-nascido 
, 
Acido ribonucleico 
Razão de normal ização 
i nte rnac io na 1 
Ribo nucleo proteína 
Rapid plasma regain 
Sí nd rom e anticorpo 
a ntif o sf o lí p ide 
Sínd rome de CushingSíndrome coronariana 
aguda 
Sulfato de 
deid roepiand rostero na 
G lobul ina ligadora de 
hormônios sexuais 
Síndrome hemolítico-
,.. . 
urem 1ca 
Síndrome da secreção 
inapropriada do hormônio 
a ntid i u rético 
Sínd rome do intestino 
irretratável com 
predomínio de d iarréia 
Síndrome nefrítica aguda 
Síndrome nefrótica 
S istema nervoso central 
Síndrome dos ovários 
po 1 icísticos 
Sínd rome de Sjõgren 
Sangramento uterino 
anormal 
Tuberculose 
G lobul ina ligadora da 
tiroxina 
TC 
Tg 
TG 
TGI 
TGO 
TG P 
TK 
TL 
TLC 
Tnl 
TnT 
TP 
TPO 
TRAB 
TRH 
TS 
TSH 
TT 
TTG 
TTPA 
TVP 
VCM 
VDRL 
VI P 
VLCFA 
VLDL 
VPM 
VSG 
�-hCG 
Tomografia 
com putadorizada 
Ti reoglo bu 1 i na 
Trig 1 ice ríd eos 
Trato gastrintestinal 
Transam inase glutâm ico 
oxalacética (Asn 
Transam inase glutâm ico 
pirúvica (ALT) 
Tacrol imus 
Testosterona livre 
Cá leu lo da testos terona 
livre 
Troponina 1 
Troponina T 
Tem po de protrom bina 
Anticorpo antitiperoxidase 
Anticorpo anti rreceptor de 
TSH 
Hormônio l iberador da 
ti reotrofi na 
Tem po de sangramento 
hormônio estimu lador da 
tireóide 
Testosterona total 
Teste de tolerância à 
glicose 
Tem po de trom boplastina 
parcial ativada 
Trom bose venosa profunda 
Volume corpuscular méd io 
Venereal diseases research 
labora tory test 
Peptídeo intestinal 
vasoativo 
, 
Acidos graxos de cadeia 
m u ito longa 
Lipoproteína de m u ito 
baixa densidade 
Volume plaquetário méd io 
Velocidade de 
sed imentação globu lar 
Gonadotrofina coriônica 
humana fração beta 
PARTE 1 CONCEITOS GERAIS EM MEDICINA LABORATORIAL 
, , 
1 O MEDICO E O LABORATORIO / 33 
Ricardo M . Xavier, Elvino Barros 
, , , 
2 COLETA DE MATERIAL BIOLOGICO: PRINCIPIOS E TECNICAS / 45 
M arilei Wolfart 
, , 
3 CONTROLE DE QUALIDADE EM ANALISES CLINICAS / 65 
Maria Luiza Leão Brisolara 
, 
4 PRINCIPAIS M ETODOS APLICADOS NO 
, , , 
LABORATORIO DE ANALISES CLINICAS / 79 
Ana Paula Alegretti, Joíza Lins Camargo, Afonso Luís Barth 
,., 
5 INTERPRETAÇAO DE EXAMES LABORATORIAIS / 1 0 1 
Airton Tetelbom Stein, André Wajner, Alice de Medeiros Zelmanowicz 
N A , 
6 MONITORAÇAO TERAPEUTICA DE FARMACOS / 1 1 8 
Joíza Lins Camargo, Elvino Barros 
, , 7 FATORES INTERFERENTES EM ANALISES CLINICAS / 1 25 
Jamile Abud, José M iguel Dora 
, 
8 BIOSSEGURANÇA E RISCOS BIOLOGICOS / 1 32 
M arilei Wolfart 
PARTE li AVALIAÇÃO LABORATORIAL ORIENTADA CONFORME 
A CONDIÇÃO CLÍN ICA 
CARDIOLOGIA 
Coordenadora: Livia Adams Goldraich 
9 ARRITMIAS / 1 43 
Maurício Pimentel, Luiz Carlos Paul 
A 
1 O CARDIOPATIA ISQUEM ICA I 146 
Guilherme Heiden Teló, Mariana Vargas Furtado 
1 1 DISLIPIDEM IAS I 1 52 
Juliana Gil Thomé, Livia Adams Goldraich 
12 ENDOCARDITE INFECCIOSA / 1 60 
Livia Adams Goldraich, Marcelle Duarte Alves 
# A 
1 3 HIPERTENSAO ARTERIAL SISTEMICA I 1 67 
Erlon Oliveira de Abreu Silva, Júlio César Corrêa Martins 
A , 
1 4 INSUFICIENCIA CARDIACA / 1 73 
Livia Adams Goldraich, Andréia Bialo 
1 5 MIOCARDITE I 1 79 
Eduardo Gehling Bertoldi, Luís Beck da Silva Neto 
, 
1 6 PERICARDITES E DERRAME PERICARDICO / 185 
Ana Paula Webber Rossini, Mariana Vargas Furtado 
ENDOCRINOLOGIA 
Coordenador: José M iguel Dora 
1 7 AM ENORREIA / 1 90 
Liana Farias Leiria, Maria Cristina Gomes Matos 
1 8 BAIXA ESTATURA / 1 95 
Letícia Schwerz Weinert, Mauro Antônio Czepielewski 
1 9 DIABETE M ELITO / 200 
Rafael Selbach Scheffel, Luis Henrique Canani 
20 FEOCROMOCITOMA I 207 
Caroline Kaercher Kramer, Beatriz D'Agord Schaan 
, 
21 HIPERALDOSTERONISMO PRIMARIO / 2 1 2 
Alex Pospich Cioffi, Beatriz D'Agord Schaan 
22 HIPERCALCEM IA / 220 
Letícia Schwerz Weinert, José Augusto Sisson de Castro 
23 HIPERTIREOIDISMO / 225 
José M iguel Dora, Walter Escouto Machado, Ana Luiza Maia 
24 
24 HIPOCALCEM IA / 230 
Rafael Selbach Scheffel , Tânia Weber Furlanetto 
25 HIPOTIREOIDISM O I 235 
José M iguel Dora, Ana Luiza Maia 
26 HIRSUTISMO I 239 
Fabíola Satler, Maria Cristina Gomes Matos 
A 
27 INSUFICIENCIA ADRENAL / 245 
Liana Farias Leiria, Mauro Antônio Czepielewski 
28 OSTEOPOROSE / 251 
José M iguel Dora, José Augusto Sisson de Castro 
, 
29 SINDROM E DE CUSH ING / 256 
Mateus Dornelles Severo, Mauro Antônio Czepielewski 
GASTRENTEROLOGIA 
Coordenador: Antônio de Barros Lopes 
"" 
30 ALTERAÇAO DE TRANSAM INASES, 
FOSFATASE ALCALINA E y-GLUTAMIL TRANSFERASE / 261 
Matheus Truccolo M ichalczuk, Cristina Antonini Arruda 
31 ASCITE / 269 
,, 
Alexandre de Araujo, Mário Reis Alvares-da-Silva 
"" 
32 CIRROSE E COMPLICAÇOES / 276 
Raquel Scherer de Fraga 
33 DIARREIA AGUDA I 282 
Antônio de Barros Lopes, Cristina Flores 
A 
34 DIARREIA CRONICA / 293 
Antônio de Barros Lopes, Carlos Fernando Francesconi 
, 
35 DOENÇA ULCEROSA PEPTICA / 301 
Leandro Bizarro Müller, Renato Borges Fagundes 
36 HEPATITES VIRAIS / 306 
Antônio de Barros Lopes, Alexandre de Araujo 
,, 
37 ICTERICIA / 31 6 
Alexandre Luis Klamt, Sérgio Gabriel Silva de Barros 
25 
38 PANCREATITE AGUDA / 320 
Candice Franke Krumel, Helenice Pankowsky Breyer, Ismael Maguilnik 
A 
39 PANCREATITE CRONICA / 328 
Stela Scaglioni Marini, Helenice Pankowski Breyer, Ismael Maguilnik 
, 
GENETICA 
Coordenadora: Carolina Fischinger Moura de Souza 
, , 
40 DIAGNOSTICO PRE-NATAL I 333 
Filippo P. Vairo, Camila Matzenbacher Bittar, Carolina Fischinger Moura de Souza 
41 ERROS INATOS DO METABOLISM O / 339 
Filippo P. Vairo, Carolina Fischinger Moura de Souza, 
Diego Santana Chaves Geraldo M iguel 
42 TRIAGEM NEONATAUTESTE DO PEZINHO / 35 1 
Camila Matzenbacher Bittar, Carolina Fischinger Moura de Souza, Filippo P. Vairo 
, 
GINECOLOGIA E OBSTETRICIA 
Coordenador: Haley Calcagnotto 
A # 
43 ASSISTENCIA PRE-NATAL / 359 
Haley Calcagnotto, Helena von Eye Corleta 
"" 
44 AVALIAÇAO DA MATURIDADE PULMONAR / 364 
Haley Calcagnotto, José Antônio de Azevedo Magalhães 
45 DIABETE GESTACIONAL / 368 
Haley Calcagnotto, Maria Lúcia Rocha Oppermann 
, 
46 DIAGNOSTICO DE SANGRAM ENTO UTERINO ANORMAL / 37 4 
Gustavo Peretti Rodini, Helena von Eye Corleta 
47 DOENÇA HIPERTENSIVA NA GRAVIDEZ / 379 
Sérgio H . Martins-Costa, José Geraldo Lopes Ramos 
48 INFERTILIDADE FEM ININA / 385 
Gustavo Peretti Rodini, Helena von Eye Corleta 
49 PATOLOGIA CERVICAL E HPV / 389 
Paulo Naud, Jean Carlos de Matos , Luciano Serpa Hammes, Haley Calcagnotto 
26 
HEMATOLOGIA 
Coordenadora: Cristiane Seganfredo Weber 
50 ANEMIAS I 395 
Joana Marcela Cagnini Ciocari, Cristiane Seganfredo Weber, 
Gustavo Adolpho Moreira Faulhaber 
51 COAGULOPATIAS / 400 
Carolina da Fonte Pithan, Flavo Beno Fernandes 
, 
52 DISCRASIAS PLASMOCITARIAS / 406 
Lisandra Della Costa, Cristiane Seganfredo Weber 
53 DOENÇAS MIELOPROLIFERATIVAS / 41 1 
Leo Sekine, Christina Matzenbacher Bittar 
54 LEUCEM IAS I 420 
Leo Sekine, Christina Matzenbacher Bittar 
55 LEUCOPENIAS / 427 
Cristiane Seganfredo Weber, Gustavo Adolpho Moreira Faulhaber 
56 TROMBOCITOPENIAS / 432 
Cristiane Seganfredo Weber, Gustavo Adolpho Moreira Faulhaber 
57 TROMBOFILIAS / 436 
Carolina da Fonte Pithan, Flavo Beno Fernandes 
INFECTOLOGIA 
Coordenador: Luciano Zubaran Goldani 
, 
58 DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS / 442 
Luciano Werle Lunardi , Luciano Zubaran Goldani 
... 
59 INFECÇAO PELO H IV / 449 
Diego Rodrigues Falei, Luciano Zubaran Goldani 
60 PRINCIPAIS DOENÇAS OPORTUNISTAS / 455 
Luciano Zubaran Goldani 
27 
NEFROLOGIA 
Coordenador: Elvino Barros 
, , 
61 DISTURBIOS HIDRELETROLITICOS ! 459 
Fernando Saldanha Thomé, Jordana de Fraga Guimarães, Elvino Barros 
, , 
62 DISTURBIOS ACIDOBASICOS I 467 
Fernando Saldanha Thomé, Jordana de Fraga Guimarães, Elvino Barros 
"" , 
63 INFECÇAO URINARIA / 481 
Elvino Barros, Francisco Veronese 
A 
64 INSUFICIENCIA RENAL AGUDA / 487 
Fernando Saldanha Thomé, Jordana de Fraga Guimarães, Elvino Barros 
A 
65 DOENÇA RENAL CRONICA / 497 
Carlos Alberto Prompt, Fernando Saldanha Thomé, Elvino Barros 
, 
66 NEFROLITIASE / 502 
Elvino Barros, Jordana de Fraga Guimarães, Francisco Veronese"" 
67 REJEIÇAO NO TRANSPLANTE RENAL / 5 1 2 
Luiz Felipe Santos Gonçalves , Roberto Ceratti M anfro 
68 DISNATREMIAS / 5 1 7 
Fernando Saldanha Thomé, Jordana de Fraga Guimarães, Elvino Barros 
, , 
69 SINDROME NEFRITICA / 528 
José Vanildo Morales, Francisco Veronese, Elvino Barros 
, , 
70 SINDROM E NEFROTICA I 533 
Elvino Barros, José Vanildo Morales, Francisco Veronese 
NEUROLOGIA 
Coordenadora: Lenise Valler 
"" 
71 CONVULSOES ! 539 
Lenise Valler 
A 
72 DEMENCIA I 544 
Lenise Valler 
, 
73 DISTURBIOS DO MOVIMENTO / 548 
Artur Francisco Schumacher Schuh, Roberto Rossato 
28 
74 DOENÇAS CEREBROVASCULARES / 552 
Lucas Scotta Cabral 
.. 
75 DOENÇAS DA TRANSM ISSAO NEUROMUSCULAR / 559 
Lucas Scotta Cabral, Roberto Rossato 
, 
76 DOENÇAS DESM IELINIZANTES/ESCLEROSE MULTIPLA I 564 
Clarissa Troller Habekost, Roberto Rossato 
.. 
77 INFECÇOES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL I 570 
Angélica Dai Pizzol, Roberto Rossato 
, 
78 NEUROPATIAS PERIFERICAS / 578 
Angélica Dai Pizzol, Lucas Scotta Cabral, Roberto Rossato 
, , 
79 SINDROMES PARANEOPLASICAS DO SISTEMA NERVOSO / 586 
Lucas Scotta Cabral, Roberto Rossato 
ONCOLOGIA 
Coordenador: Guilherme Geib 
.. , " 
80 AVALIAÇAO DO RISCO HEREDITARIO DE CANCER / 592 
Guilherme Geib, Patricia Ashton Prolla, Ana Luiza Maia 
81 MARCADORES TUM ORAIS / 599 
Guilherme Geib 
PNEUMOLOGIA 
Coordenadora: Carolina Fischinger Moura de Souza 
, 
82 BRONQUIECTASIAS E FIBROSE CISTICA NO ADULTO / 61 6 
Denise Rossato Silva, Marcelo Basso Gazzana, Paulo de Tarso Roth Dalcin 
83 DERRAME PLEURAL I 628 
" 
Fábio Munhoz Svartman, Angela Beatriz John 
" 
84 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRONICA / 636 
" 
Marli Maria Knorst, Angela Beatriz John 
85 DOENÇAS PULMONARES PARENQUIMATOSAS DIFUSAS / 643 
Marcelo Basso Gazzana, Denise Rossato Silva 
.. 
86 HIPERTENSAO PULM ONAR / 654 
" 
Angela Beatriz John, Marcelo Basso Gazzana, Sérgio Saldanha Menna Barreto 
29 
, 
87 PNEUMONIA COMUNITARIA E HOSPITALAR I 663 
Sabrina Bollmann Garcia, Fábio Munhoz Svartman, Marcelo Basso Gazzana 
88 TROMBOEMBOLIA PULMONAR I 67 4 
A 
Marcelo Basso Gazzana, Angela Beatriz John, Sergio Saldanha Menna Barreto 
89 TUBERCULOSE I 686 
Denise Rossato Silva, Marcelo Basso Gazzana, Paulo de Tarso Roth Dalcin 
REUMATOLOGIA 
Coordenador: Ricardo M . Xavier 
90 ARTROPATIAS / 696 
Briele Keiserman, Yaser M . G. M . E I Badad, Ricardo M . Xavier 
91 DOENÇAS DIFUSAS DO TECIDO CONJUNTIVO I 705 
Briele Keiserman, Yaser M . G. M . EI Badad, Ricardo M . Xavier 
, , 
92 SINDROM E DOS ANTICORPOS ANTIFOSFOLIPIDEOS / 7 1 O 
Briele Keiserman, Yaser M . G. M . EI Badad, Ricardo M . Xavier 
93 VASCULITES / 7 13 
Briele Keiserman, Yaser M . G. M . EI Badad, Ricardo M . Xavier 
UROLOGIA 
Coordenador: Gustavo Schroeder 
., , 
94 DISFUNÇAO ERETIL / 7 1 7 
Gustavo Schroeder, Brasil Silva Neto 
95 INFERTILIDADE MASCULINA / 722 
Marlon Roberto Fiorentini, Mi lton Berger 
PARTE Ili EXAMES LABORATORIAIS MAIS COMUNS 
96 EXAMES LABORATORIAIS MAIS COMUNS / 733 
, 
Filippo P. Vairo, Carolina Fischinger Moura de Souza, José M iguel Dora, 
Elvino Barros 
INDICE / 91 1 
30 
PARTE 1 
, 
CAPITULO 1 
RICARDO M . XAVIER 
ELVI NO BARROS 
Os testes laboratoriais são parte importante na prática méd ica. Apesar do consa­
grado adágio de que "a clínica é soberana " , a participação das informações oriun­
das do laboratório clínico na tomada de decisões nunca fo i tão importante como 
nesse momento . Certamente continuará a crescer de maneira acentuada, em um 
futuro próximo, com a incorporação de novos testes, especialmente na área da 
biologia celular e molecular. 
No entanto, tem -se observado um aumento exagerado na sol icitação de exa­
mes laboratoriais, que são pedidos, com freq uência, sem uma justificativa razoá­
vel , m uitas vezes pela falta de tem po do méd ico para realizar uma boa anam ne­
se e um exame físico de seus pacientes. Portanto, um número elevado de exames 
é realizado d iariamente para suprir as im perfeições do atendimento médico, decor­
rentes das incapacidades técnicas de q uem o efetua ou do modo apressado e 
d ispl icente como é realizado. A falta de informações clín icas adequadas e de um 
raciocínio d iagnóstico bem estruturado - dois instrumentos fundamentais para o 
d iagnóstico e para a tomada de decisão - subvertem a ordem hierárquica natural 
das relações q ue regem a atividade d iagnóstica, ou seja, os exames transformam­
se em um meio para o méd ico form ular - em vez de verificar - suas hipóteses 
d iagnósticas. O ato méd ico fica, dessa forma, refém da tecnologia, e sua participa­
ção no d iagnóstico de condições mais com plexas se resume a selecionar exames 
, 
com plementares para rastrear doenças. E relativamente com um , após uma inves-
tigação exaustiva, encontrarmos exames com resultados normais, atribuindo-se 
os sintomas, nesses casos, a uma causa mental ou psicossomática. Quando esses 
mesmos exames apresentam algum " resultado anormal " , o que é tanto mais 
provável quanto maior for o número de testes so l icitados, independentemente 
da presença ou não de doença, seguem-se intervenções d iagnósticas mais inva­
sivas e onerosas. Assim , é importante que o méd ico tenha tempo suficiente e 
tranqui l idade para a real ização de uma boa anam nese e de um exame físico para 
e laborar as suas hipóteses d iagnósticas e solicitar exames de forma racional para 
cada caso. 
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INDICAÇÕES DE EXAMES LABORATORIAIS 
Para gerar informação útil, um teste laboratorial precisa ser sol icitado com objetivo 
clín ico específico (Quadro 1 . 1 ). O clín ico relaciona cada um desses objetivos 
buscando informações por meio do conhecimento fisiopatológico da doença ou 
das doenças em consideração (Quadro 1 .2). 
Além dos motivos espúrios de solicitação de exames, quando não há preocupa­
ção com os interesses do paciente (p. ex. , motivação econôm ica, investigação 
científica sem consentimento, hábito, faci l idade de solicitação, frustração de não 
saber mais o que fazer ou para i lud ir o paciente de que estaria recebendo uma 
atenção méd ica melhor) , as principais ind icações de exames com plementares 
são as seguintes: 
34 
Quadro 1 .1 
, 
OBJETIVOS DO ATENDIMENTO MEDICO 
Detectar e quantificar risco futuro de doença 
Detectar doença subclínica 
Estabelecer e exclu ir d iagnósticos 
Avaliar a gravidade da doença e defin i r prognósticos 
Selecionar terapia adequada 
Monitorar a evolução da doença e a resposta terapêutica 
Quadro 1 .2 
NECESSIDADES CLÍNICAS DE INFORMAÇÃO 
Avaliar a função de um órgão 
Avaliar a atividade metabólica 
Avaliar o estado nutricional 
Detectar e mon itorar neoplasias 
Detectar e quantificar dano tissular 
Detectar e identificar doenças genéticas 
Detectar e identificar doenças imunológicas 
Detectar e identificar agentes infecciosos 
Detectar e identificar intoxicantes e venenos 
Monitorar agentes terapêuticos 
Diagnóstico : testar as h ipóteses e as questões específicas levantadas após a 
anam nese e o exame fís ico. O exame ajuda a detectar, confirmar, documentar 
ou excluir uma determ inada doença. 
Mon itoração : medir a progressão/regressão de uma doença, a resposta ao 
tratamento ou os níveis de um fármaco. 
Prognóstico : defin ido pela presença de um determ inado marcador ou pelo 
seu maior ou menor grau de anormal idade. 
Rastreamento: a util ização dos exames como med ida de d iagnóstico precoce 
ou preventiva é cada vez mais frequente e deverá ser ainda mais im portante 
com os testes baseados em ácidos nucleicos (biologia molecular, medicina ge­
nôm ica). Tendo em vista o risco elevado de falso-positivos (devido à baixa proba­
bilidade pré-teste), o potencial im pacto emocional (diagnóstico precoce de doen­
ça sem tratamento efetivo) e o alto custo, há necessidade de critérios bastante 
rigorosos para definir a utilidade de um determ inado teste para rastreamento. 
Defin ição de cond ições basais para futuras com parações (apósperíodo de 
tem po ou intervenção terapêutica). 
Tranq ui l ização do paciente: até o momento, não há com provação de que 
ocorra um efeito favorável nesse sentido. Deve-se pesar o risco do aumento 
da ansiedade d iante de um resultado falso-positivo. 
Solicitação do paciente : atualmente, o paciente tem à sua disposição um número 
enorme de informações científicas, por meio de livros, da im prensa e, principal­
mente, dos meios eletrônicos em constante expansão. Será possível , em um 
futuro próximo, o paciente sol icitar m uitos dos seus exames e, com eles em 
mãos, consultar o seu médico. Este deverá analisar tais exames e definir o d iag­
nóstico e o tratamento mais adequados ou solicitar novos exames com essa 
finalidade, pois cabe ao méd ico a decisão final. O princípio ético de autonom ia 
confere ao paciente o direito de requerer um exame ou uma terapia, mas esse 
d ireito deve ser considerado pelo méd ico d iante de outros princípios éticos, 
como o da beneficência e não maleficência. Nos Estados Unidos, sistemas de 
autossolicitação de exames pelos pacientes estão tornando-se bastante populares. 
SEQUÊNCIA DE SOLICITAÇÃO DE EXAMES 
A ordem em que os exames devem ser so l icitados depende da situação clínica. 
Os casos de urgência exigem que o teste de maior capacidade de defin ição seja 
util izado primeiro , mesmo que seja de maior risco ou custo. Quando não houver 
urgência, procedimentos com menor alcance e menor risco podem ser sol icitados 
primeiramente. Muitas vezes, fatores logísticos, como tem po de realização do 
exame, comodidade, necessidade de velocidade para defin ir alta hospitalar mais 
precoce ou listas de espera, tam bém participam da decisão. A ordem mais com u­
m ente seguida é : 
t do menor para o de maior custo ; 
t do menor para o de maior risco ; e 
t do mais sim ples para o mais com plexo. 
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Deve-se sem pre tentar realizar o exame mais eficiente, ou seja, de maior 
sensibi lidade, especificidade, valor preditivo e rapidez no resu ltado. 
MEDICINA LABORATORIAL BASEADA EM 
EVIDÊNCIAS E EFETIVIDADE CLÍNICA 
Na busca de evidências na literatura sobre o desem penho dos testes d iagnósticos 
para defin ir sua utilidade clínica, devemos reconhecer a existência de d iversos 
elementos, todos eles importantes para a tomada de decisão nos d iversos níveis 
de atenção à saúde (ver tam bém Cap. 5 , I nterpretação de exames laboratoriais). 
Desempenho técnico. A base de qualquer evidência é o desempenho técnico do 
teste. Além de precisão, acurácia (exatidão), l inearidade (faixa de valores men­
suráveis e interferentes), os fatores de variabil idade pré-analíticos (coleta, variabi­
lidade biológica e estabil idade da amostra) tam bém são im portantes, pois podem 
lim itar o benefício do teste na rotina (p. ex., variabilidade biológica dos marcadores 
do metabolismo ósseo). 
Desempenho diagnóstico (ver Cap. 5, Interpretação de exames laboratoriais). Sen­
sibi l idade e especificidade são características próprias do teste e, portanto, de 
maior interesse para o profissional de laboratório. O valor preditivo positivo e 
negativo e a taxa de verossim i lhança (/ike/ihood ratio) são características de desem­
penho d iagnóstico que levam em consideração a prevalência da doença na popu­
lação em estudo (probabi l idade pré-teste) e, portanto , de maior interesse para o 
clínico. Alguns ind icadores, como o número necessário para d iagnosticar (NND) 
e a curva ROC, permitem uma com paração de desempenho entre os testes e 
ajudam a inclu ir impl icações financeiras no processo de decisão. 
Benefício clínico. O im pacto ou benefício clínico do teste é a evidência mais d ifícil 
de encontrar na literatura, que está concentrada nos desempenhos técnico e d iag­
nóstico. O im pacto clínico pode ser d ividido no efeito que o uso do teste terá: 
t na estratégia d iagnóstica (melhora do desem penho d iagnóstico) ; 
t na estratégia terapêutica (uso e otim ização de terapia, evitar com pl icações) ; 
t no desfecho clínico (consequência dos itens anteriores). 
Benefício operacional. O uso de um teste d iagnóstico pode, além do im pacto 
clínico, ter um im pacto operacional. O benefício operacional pode ser a d iminuição 
no tem po de internação, a necessidade de recursos humanos e , ainda, a redução 
na util ização de outros recursos de saúde. 
Benefício econômico. A avaliação de efetividade econôm ica ainda é um instru­
mento não bem estabelecido na área de assistência à saúde. No entanto, trata-se 
de uma necessidade premente ao decid ir-se sobre um novo teste que é mais caro 
do que o já em uso e nos processos de decisão em termos de alocação de recursos. 
36 
A avaliação da efetividade do laboratório clínico e de sua contribu ição para 
os desfechos clínicos tem sido matéria de crescentes d iscussões na l iteratura. A 
solicitação e a interpretação correta dos testes laboratoriais, dentro de uma visão 
centrada no paciente, melhora os desfechos clín icos e, por isso, tam bém tem 
im pacto positivo nos custos globais da assistência à saúde. Ainda necessitamos 
de uma melhor defin ição de ind icadores para quantificar a eficiência desses testes, 
ou seja, da relação custo/efetividade favorável . É importante que o clínico tenha 
ciência do questionamento sobre o im pacto q ue a informação oriunda da sol icita­
ção de um determ inado teste terá no desfecho clínico do seu paciente, maximi­
zando, dessa forma, o aprove itamento dos recursos de saúde. 
FONTES DE VARIABILIDADE NOS RESULTADOS 
A interpretação correta da informação, ou seja, o ato de d iscernir o sign ificado e 
a im portância do resultado de um determ inado teste laboratorial no contexto da 
q uestão méd ica ou hipótese que desencadeou o pedido é a etapa final e mais 
crítica de uma série de eventos com plexos que pode ser conhecida como o 11 ciclo 
do exame " (Fig. 1 . 1 ) . Além do conhecimento sobre interpretação de cada exame, 
reconhecer as etapas mais críticas do ciclo do exame e averiguar como os labora­
tórios têm tomado med idas para dim inuir a variabil idade desses d iversos processos 
perm item uma correta aval iação da q ualidade da informação obtida. Portanto, 
não há dúvida de q ue uma relação estreita clínico- laboratório é o ponto-chave. 
No momento em que so l icita um teste laboratorial para aval iação com ple­
mentar de seu paciente, o méd ico espera que todos esses eventos ocorram de 
maneira correta, ou seja, sem erros. Assim , a interação entre clínico e laboratório 
estaria l ivre de fatores de confusão ou desentendimento em relação ao resu ltado 
do teste. Contudo, na prática, todas as etapas desse ciclo de eventos podem 
sofrer a influência de fatores de variabilidade, com potencial im pacto na validade 
da informação gerada, e q ue devem ser bem conhecidos pelo clínico. 
Ao contrário do que m u itos méd icos pensam (e m u itos pacientes tam bém), 
com m uita frequência esses fatores de erro não dizem respeito ao laboratório clínico, 
mas remetem a fatores próprios do paciente, como a variabil idade biológica de um 
determ inado anal ito (Quadro 1 .3). A variabil idade biológica não pode ser contro­
lada por nenhuma med ida do laboratório, que, no máximo, fornece valores de 
referência próprios para cada situação (p. ex., sexo, faixa etária) , em que a variabili­
dade possa modificar de maneira significativa a interpretação do resultado do exame. 
Outros fatores de variabil idade são derivados do próprio méd ico, como prepa­
ração imprópria do paciente antes do exame (p. ex. , anticoagu lação antes da 
dosagem de proteínas C e S, dosagem de triglicerídeos sem jejum adequado) , ou 
por seleção equivocada dos testes laboratoriais relativos à questão clínica (au­
mentando a chance de falso-negativos e falso-positivos - ver Cap. 5, Interpretação 
de exames laboratoriais). Na realidade, não é possível conhecermos a totalidade 
dos possíve is fatores interferentesnos resultados dos m u itos testes q ue são, com 
freq uência, so l icitados, sendo im portante consultar o pessoal do laboratório para 
d iscussão em casos de dúvida. 
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H ipóteses 
Paciente 
História/exame físico 
sobre presença, .,....______,. ----------------­
natureza e 
gravidade 
de doença 
- Solicita o exame 
- Prepara o paciente 
-... - Interpreta o resultado 
- Reavalia hipóteses 
• • • 
or1g1na1s 
- Estabelece 
diagnóstico 
ou prognóstico 
- Recomenda 
tratamento e 
acompanhamento 
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 
L 
A 
Coleta da amostra 
B 
o 
R - Processa o material 
A 
T 
- Arquiva o material 
, 
o 
R 
1 
o 
Define valores 
de referência 
Analisa a amostra 
Figura 1 .1 
Ciclo do exame. 
Emite o laudo 
Verifica 
o resultado 
Do ponto de vista do laboratório, as fontes possíveis de variabi l idade podem 
ser d ivididas entre as etapas pré-analíticas, analíticas e pós-analíticas. 
Variabilidade pré-analítica. Pode ser derivada do preparo inadequado do paciente 
(hora da coleta, jejum , certos al imentos, exercício físico e med icações) ou da 
coleta e manipulação da amostra, que são responsabil idades d iretas dos laborató­
rios (ver Cap. 2 , Coleta de material biológico: princípios e técn icas) . É im portante 
que o clínico considere os cu idados que um determ inado laboratório toma para 
evitar alguns dos problemas mais sérios, como troca de amostras (proced imentos 
de identificação da amostra, principalmente por etiq ueta com cód igo de barras, 
durante todas as etapas analíticas ; treinamento rigoroso e periódico dos coleta­
dores para q ue sigam sistematicamente proced imentos padronizados) e demora 
ou conservação inadequada do material entre a coleta e a anál ise (com um nos 
laboratórios atuais, tendo em vista a tendência de os postos de coleta estarem 
cada vez mais d istantes da área técnica). 
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Quadro 1 .3 
, , 
VARIAVEIS BIOLOGICAS QUE AFETAM OS RESULTADOS 
DOS TESTES LABORATORIAIS 
Ritmos biológicos 
- Circadianos: ciclos de variação de aproximadamente 24 h 
(p. ex. , cortisol sérico) 
- Ultradianos: ciclos < 24 h (p. ex . , hormônios l i berados em 
pulsos, como a testosterona) 
- 1 nfradianos : ciclos > 24 h (p. ex. , ciclo menstrual) 
Fatores constitucionais 
- Sexo 
- Idade 
- Genótipo 
Fatores extrínsecos 
- Postura 
- Exercício 
- Dieta (p. ex . , cafeína) 
- Drogas 
- Uso de álcool 
- Gestação 
- Doença intercorrente 
Variabilidade analítica. Engloba o método analítico (reagentes, equipamento , 
proced imentos e recursos humanos). Essa fase da real ização do exame recebeu 
atenção especial nas ú ltimas duas décadas, e , atualmente, a maioria dos especia­
listas (mas não dos méd icos) reconhece que tal fase contribui com uma fração 
pequena da variabi l idade total dos testes. Isso ocorreu devido à melhoria na 
acurácia e na precisão das metodologias modernas, em especial a automação 
crescente dos processos, bem como devido à adoção por parte dos laboratórios 
de programas de garantia de qualidade e testes de proficiência externos. A So­
ciedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC) e a Sociedade Brasileira de Anál ises 
Clín icas (SBAC) oferecem testes de proficiência, além de programas de credibi l ida­
de, nos quais a qualidade dos processos do laboratório é m inuciosamente verifi­
cada por aud itores externos. 
Variabilidade pós-analítica. Ocorre entre o térm ino do método analítico e a assim i­
lação do resultado pelo clínico. A fonte mais trad icional de erro pós-analítico é a 
transcrição dos resultados. Entretanto , os f amos os "erros de d igitação " estão se 
tornando cada vez menos frequentes, devido ao processo de i nterfaceamento 
entre os equ ipamentos de automação e o sistema de informática do laboratório, 
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com a tendência de d isponibi l ização da informação on-line para o clínico e o 
paciente. Cabe salientar aqui a im portância da qualidade do laudo im presso forne­
cido pelos laboratórios, visto que, m uitas vezes, esses laudos são pouco claros 
com desenho gráfico inadequado, o que prejud ica o processo de interpretação 
do resu ltado. 
ERROS LABORATORIAIS 
Qualquer desconform idade, desde a requ isição dos testes até o relatório dos 
resultados e sua adequada interpretação, podem ser considerados erros. Apesar 
dos esforços dos laboratórios em e l iminá-los, inevitavelmente nos deparamos 
com resultados de testes com erros. A frequência de erros laboratoriais, na l iteratu­
ra, é m u ito variável (1/ 1 00 a 1 /1 .000), em parte devido a d iferenças na forma 
de categorização de erro. Assim mesmo, boa parte desses erros não altera o 
resultado de mane ira cl in icamente sign ificativa (p. ex. , variação dentro da faixa 
considerada normal). Uma revisão recente encontrou considerável concordância 
na atribu ição da maior parte dos erros na fase pré-analítica, sendo a troca de 
amostras um dos erros mais com u ns q ue ocorrem na coleta. 
A possibi l idade de um resultado equivocado deve ser levantada quando: 
t O resultado é estapafúrdio, não fisiológico ou im possível . 
t O resu ltado é inconsistente com resu ltados prévios do mesmo paciente ou 
incom patível com os resultados de outros testes real izados na mesma amostra. 
O resultado d ifere do que é esperado pelos achados clínicos. Neste ú ltimo 
caso , a consideração da possibi l idade de erro laboratorial é razoável , mas a 
reavaliação da im pressão clínica é igualmente necessária, ou até mesmo a 
verificação se o resultado realmente é incom patível com a im pressão. 
Os resultados anormais inesperados, na sua maioria, encontram -se leve ou 
moderadamente fora da faixa de valores de referência. A probabil idade de q ue 
tais testes indiq uem a presença de uma doença não suspe itada é m uito menor 
d iante de pacientes ambu latoriais do que de pacientes hospitalizados, devido à 
menor prevalência de doença nos primeiros. Outro fator a ser considerado é o 
acaso . Como os intervalos dos valores de referência são l im itados a 95% dos 
ind ivíd uos considerados hígidos, para cada teste real izado espera-se q ue 1 em 
20 pacientes sem doença tenha um resultado acima ou abaixo desse intervalo. 
Essa probabi l idade aumenta ainda mais em proporção ao número de testes rea­
lizados. 
Quando um erro laboratorial é suspeitado, o clínico deve agir para confirmar 
ou refutar essa suspeita. Não é suficiente somente desconsiderar o resultado. O 
clínico deve avaliar as fontes possíveis de variabi l idade bio lógica ou pré-analítica 
d iscutidas, com especial atenção ao uso concom itante de med icamento. Se a 
possibi l idade de erro ainda não tiver sido descartada, o clínico pode solicitar ao 
laboratório que repita a análise na amostra original e , de preferência, solicitar 
uma nova amostra, obviamente sem custos para o paciente. 
40 
Se um erro realmente estiver presente, o laboratório deve ser informado para 
q ue med idas de prevenção de novos eventos sejam tomadas. O ideal é que o 
responsável pela realização do exame seja contatado para que tente identificar a 
causa do erro. No entanto , se o resultado for válido, o clínico deve confrontar-se 
com o desagradável fato de que a sua im pressão clínica ou a sua interpretação 
do resultado fo i errônea. 
Tendo em vista a crescente crim inal ização do erro , é freq uente que o contato 
com o pessoal de laboratório para d iscutir um resultado suspeito desperte atitudes 
defensivas, d iminuindo a qual idade do d iálogo. O clínico deve estar ciente desse 
fato e deixar bem clara a necessidade de esclarecimento da situação e de ressaltar 
q ue o paciente é o ún ico foco de interesse. 
TRANSFORMAÇÕES NOS LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS 
Alémde ser importante que o clínico reconheça e avalie os d iversos aspectos do 
desempenho dos testes de laboratório e identifique os processos mais suscetíveis 
de variabil idade na sua execução, também é interessante que se tenha uma noção 
das transformações q ue estão ocorrendo e das tendências para o futuro no setor 
de anál ises clínicas. 
Existem duas verdadeiras revo luções em andamento no laboratório clínico : a 
primeira é a necessidade de organizar, inovar e im plementar novas tecno logias 
para tornar o processo de real ização de testes laboratoriais menos d ispend ioso 
para o sistema de saúde, a despeito do aumento no número e na sofisticação 
desses testes ; a segunda d iz respeito ao desenvolvimento de maneiras de introduzir 
na prática clínica pelo menos parte da informação obtida a partir dos testes de 
biologia molecu lar, cuja tendência é de crescimento exponencial. 
O grande progresso observado na ciência e na tecnologia méd icas teve um 
im pacto sign ificativo na maneira como os laboratórios real izam os exames, pro­
movendo não somente um aumento quantitativo e q ual itativo de produtividade, 
como tam bém na velocidade e precisão em que os resultados são d isponibil izados. 
Novas metodologias oriundas da pesquisa básica, como a reação em cadeia da 
polimerase para am pl ificação de sequências de ácidos nucle icos, a citometria de 
fluxo e a espectrometria de massa in tandem, foram rapidamente adaptadas 
para o laboratório clínico, proporcionando uma q uantidade crescente de novos e 
com plexos exames. Técnicas já trad icionais tam bém vêm sofrendo sucessivos 
aprimoramentos, como os imunoensaios, q ue, com a util ização de anticorpos 
monoclonais, evoluíram do rad ioim unoensaio para o ELISA, a nefelometria e a 
qu im ioluminescência, perm itindo que um número crescente de anal itos seja testa­
do de maneira totalmente automatizada, com ganhos em termos de precisão e 
reprod utibilidade dos resultados. 
Os processos de automação, por sua vez, ao aumentarem fortemente a produ­
tividade, tam bém acabaram provocando um "excesso de oferta " de testes no 
mercado, q ue pressiona a d im inuição do preço dos serviços pelo aumento da 
com petição . Uma das principais consequências desses fenômenos tem sido os 
processos de fusão e aq uisição entre os laboratórios clínicos, com a tendência de 
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formação de poucos laboratórios centrais (core /aboratories) com alta capacida­
de de produção e de realização de testes sofisticados. Alguns estados americanos, 
por exem pio, têm toda a sua demanda de exames de laboratório atend ida por 
somente uma ou d uas dessas un idades. No nosso mercado, esse fenômeno já 
está ocorrendo de maneira bastante acentuada, com a formação de verdadeiras 
" redes " de laboratórios que atendem uma cliente la m u ito mais am pla do q ue o 
mercado local trad icional. Dessa maneira, ao avaliar um exame real izado em um 
determ inado laboratório, o méd ico deve estar ciente das cond ições técnicas do 
local onde o exame fo i efetivamente realizado, bem como das condições de 
transporte das amostras até o local de processamento . 
Em relação ao campo do d iagnóstico molecular (testes genéticos, testes basea­
dos em ácidos nucleicos), nos últimos 1 O anos houve um crescimento espetacular 
e, atualmente, movimenta uma indústria de 1 ,2 bilhão de dólares. Um dos aspectos 
que inspiraram os idealizadores do Projeto Genoma H um ano fo i o da invenção 
de novas tecnologias q ue tornassem o processo de estudo genético mais rápido 
e menos caro. A partir do sucesso desse projeto, floresceu a indústria da m iniaturi­
zação do d iagnóstico molecular, conhecida como revo lução dos biochips. Já exis­
tem mais de 1 00 grandes empresas ded icadas à produção e à comercialização de 
instrumentos m iniaturizados, como termocicladores, DNA microarrays, eletrofo­
rese m icrocapilar e outras formas de biossensores. Eles serão a matriz da realização 
de dezenas, centenas e até m i lhares de testes/tipagens ao mesmo tempo em 
uma amostra, perm itindo a detecção de maneira rápida e de baixo custo de uma 
am pla gama de doenças genéticas e da suscetibi l idade a vários tipos de doenças, 
como câncer e doenças autoim unes. A farmacogenética, ciência q ue procura 
defin ir determ inantes genéticos para os efeitos terapêuticos e adversos dos fár­
macos, e que já tem décadas de existência sem atingir uma incorporação significa­
tiva na prática clínica, tam bém será uma das áreas de maior desenvolvimento. 
A interpretação desses testes genotípicos m ultiparamétricos exigirá ainda mais 
dos méd icos, que mal estão se acostumando a raciocinar sobre os exames labora­
toriais em termos quantitativos por meio de métodos estatísticos re lativamente 
sim pies. Na verdade, toda uma nova e com plexa ciência, a bioinformática, desen­
volveu-se a partir da necessidade de obter-se algum sentido da enorme massa 
de informação gerada pelas novas tecnologias de biologia molecular. A atuação 
do patologista clín ico e de outros profiss ionais de laboratório, l iberados da rotina 
repetitiva do trabalho de bancada pelos processos automatizados, como consulto­
res e orientadores, será fundamental para a efetiva incorporação dos testes genéti­
cos na prática clínica. No entanto, os méd icos deverão exigir e explorar cada vez 
mais esse apoio técnico. 
A Tabela 1 . 1 apresenta algumas das tendências previstas na evolução do setor 
de análises clínicas. 
ESCOLHA DO LABORATÓRIO 
São apresentados, no Quadro 1 .4, alguns dos fatores q ue deverão ser levados 
em consideração no momento em que o méd ico i nd icar um laboratório para o 
42 
Tabela 1 .1 
- , , 
EVOLUÇAO DOS SERVIÇOS DE ANALISES CLINICAS 
Enfoque atual 
r 
Exames realizados no laboratório 
Automação 
I nformação impressa 
Testes fenotípicos 
Testes ind ividuais 
Estatística 11 simples" 
Quadro 1 .4 
Evoluindo para 
Exames realizados j unto ao paciente 
(point-of-care) 
Robotização 
I nformação eletrônica 
Testes genotípicos 
Testes multiparamétricos 
Estatística complexa (bioinformática) 
- , , , 
SELEÇAO DO LABORATORIO DE ANALISES CLINICAS 
Acessi bi l idade ao paciente, tanto geográfica quanto econômica (custo, leque 
de convênios oferecidos) 
Agi lidade na execução dos testes 
Existência de programa de garantia de qualidade e melhoria contínua abran­
gendo todas as etapas do 11 ciclo do exame " , de preferência com aval iação 
externa por entidades especializadas no setor de análises clínicas; e 
Faci l idade de comunicação do médico com a equipe técnica, com objetivo de: 
- auxiliar na ind icação de exames; 
- informar os resultados críticos; e 
- assessorar os clínicos na interpretação dos resultados. 
paciente. Mesmo reconhecendo os desafios atuais, inclu indo d ificuldades finan­
ceiras, enfrentados pelos laboratórios, a exigência de atenção a esses fatores é 
uma forma im portante de atuação do méd ico na melhoria da qualidade da saúde 
do seu paciente e da população. 
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LEITURAS SUGERIDAS 
Bon i n i P, Plebani M, Ceriotti F, Rubbol i F. Errors in laboratory medici ne . C l in Chem. 2002 
May;48(5) :691 -8. 
Cutler P. Como solucionar problemas em clínica médica. 3 . ed. Rio de Janeiro : Guanabara 
Koogan ; 1 999. p . 62-70. 
Holmes EW. The interpretation of laboratory tests. l n : McClatchey KD. Cl in ica! laboratory 
medicine. 2nd ed. Philadelphia: Lippincott Wil l iam & Wilk ins ; 2002. p . 97-121 . 
Kurec AS, Lifshitz MS. General concepts and admin istrative issues. l n : Mcpherson RA, Pincus 
MR. Henry' s cl i n i ca! diagnosis and management by laboratory methods. 21st ed. Saunders 
Elsevier; 2007. p.3- 1 1 . 
Plebani M . The cl in ica! importance of laboratory reasoning. Clin Chim Acta. 1 999 Feb ;280(1 -
2) :35-45. 
SITE SUGERIDO 
Sociedade Bras i le i ra de Patol ogia [ I nternet] . São Pau l o : SBP; 201 0. Disponível em : 
www.sbp.org.br / 
44 
, 
CAPITULO 2 
MARILE I WOLFART 
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• 
Um laudo laboratorial rápido e confiável é o objeto de negócio dos laboratórios 
clín icos e o objeto de interesse dos méd icos e dos pacientes no curso de um 
, 
d iagnóstico e/ou de um tratamento. E na coleta do material biológico que começa 
o processo de real ização do exame dentro do laboratório, e essa coleta está 
i nserida em um conjunto de proced imentos, chamados de pré-analíticos. A fase 
pré-analítica, segundo as defin ições das sociedades científicas e dos com itês de 
normatizações, é a fase do exame laboratorial que inclui a ind icação do exame, a 
redação da solicitação, a transm issão de eventuais instruções de preparo do pacien­
te, a avaliação do atendimento às condições prévias, os procedimentos de coleta, 
o acond icionamento e a preservação e o transporte da amostra bio lógica até o 
momento em que o exame seja efetivamente realizado. Atualmente, estudos 
têm demonstrado que essa fase é responsável por cerca de 70% do total de 
erros ocorridos nos laboratórios. A constatação de que a maioria dos erros no 
laboratório está relacionada à perda de exatidão na fase pré-analítica também 
significa que a grande maioria desses erros pode ser evitada por meio da padroni­
zação, mon itoração e contro le dos processos. Os proced imentos de co leta de­
vem garantir a qualidade analítica da amostra biológica. 
A expectativa deste capítulo é apresentar critérios im prescindíveis para ob­
tenção de uma amostra biológica representativa da cond ição clínica do paciente 
no momento da coleta. 
PRINCÍPIOS E TÉCNICAS DE COLETA DE MATERIAL BIOLÓGICO 
O início da co leta passa pela com preensão das informações repassadas ao labo­
ratório por meio da requis ição méd ica. Quais testes, em q ue momento e em 
quais cond ições do paciente eles deverão ser realizados. Cabe à equipe responsável 
pela coleta garantir as cond ições pré-analíticas relevantes. 
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Cond ições cronobiológicas do paciente , bem como sexo, idade, posição do 
corpo, atividade física, jejum , d ieta e uso de drogas para fins terapêuticos, taba­
gismo e eti l ismo, devem ser questionadas e planejadas para o momento da coleta 
e, sem pre que possível , controladas e relatadas no laudo, pois poderão com pro­
meter a exatidão dos resultados e influenciar a interpretação do clínico. 
O jejum solicitado no exame laboratorial significa a não ingestão de alimentos 
de qualquer tipo pelo número de horas determ inado de cada exame. O período 
de jejum varia entre 4, 8 e 1 2 horas. É permitida a ingestão de água e de medi­
camentos de uso contínuo q uando não suspenso pelo méd ico. Em pacientes 
pediátricos e idosos, o tem po de jejum deve ser planejado com fam i l iares ou 
responsáveis de forma a resguardar os intervalos de al imentação. 
A coleta é realizada, em geral , pela manhã, com o paciente em 1 5 m inutos de 
repouso. Repouso de 30 m inutos está recomendado na dosagem de prolactina, 
catecolam inas plasmáticas e testes funcionais. Para a dosagem de ferro e cortisol , 
deve ser evitada a coleta de amostra no período da tarde por fornecer resultados 
significativamente mais baixos. A data/hora da coleta, quando informada no lau­
do, perm ite a melhor interpretação dos resultados quanto às variações circad ianas. 
A identificação do paciente deve ser real izada med iante a com paração dos 
dados fornecidos pelo paciente ou responsável com os contemplados na docu­
mentação ou na requis ição do exame. Devem-se utilizar no mínimo d uas infor­
mações do paciente para assegurar a correta identificação da amostra (número 
do leito não é válido). 
Posição para a coleta. O paciente deve estar acomodado em uma cadeira própria 
de coleta ou no leito. O braço deve estar firmemente apoiado, o cotovelo não 
deve estar dobrado. 
Escolha do local da venopunção. A coleta de sangue venoso é realizada frequen­
temente na fossa antecubital , localizada na área anterior do braço, em frente e 
abaixo do cotovelo. As veias de primeira escolha são a cubital med iana e a cefá­
lica. As veias do dorso da mão tam bém podem ser util izadas como uma segunda 
esco lha; nesse caso, o arco venoso dorsal é o mais recomendado por ter veias de 
maior cal ibre. As demais veias do mem bro superior, q uando util izadas para a 
venopunção , podem promover maior desconforto ao paciente, como dor e forma­
ção de hematomas. Devem ser evitados mem bros em que estiverem instaladas 
terapias intravenosas, presença de hematomas extensos, cicatrizes de queima­
dura ou membro com possível l infoestase decorrente de uma mastectomia. A 
venopunção nas extrem idades inferiores ou a coleta arterial como alternativa na 
obtenção da amostra q uando as veias dos mem bros superiores forem inacessíveis 
devem ser real izadas com a permissão do méd ico assistente. 
Visualização da veia e o uso do torniquete. Recursos técnicos, como palpação da 
veia e massagem suave na d ireção do punho para o cotovelo, são util izadas 
como auxílio à localização de veias. Embora sistemas de i luminação transdérm ica 
despontem como nova tecnologia para a visual ização da veia, o uso de torniquetes 
com ou sem látex ainda é o recurso de maior escolha para facil itar tanto a palpação 
46 
da veia como o preenchimento dos tubos de coleta ou da seringa. No entanto , o 
uso i nadequado pode levar à situação de erro d iagnóstico. O uso adequado do 
torniq uete ou garrote deve observar: o posicionamento do torniquete de 7 ,5 a 
1 O cm acima do local de punção; não usá-lo continuamente por mais de 1 m inu­
to (ideal 30 segundos) ; esperar 2 m inutos para usá-lo novamente no mesmo 
local; não utilizá-lo na coleta para dosagem de lactato e cálcio. 
A técnica de coleta de sangue venoso pode ser a vácuo ou com seringa e 
agulha. A técnica de coleta a vácuo tem sido mais recomendada por ser um 
sistema fechado e possibi l itar melhores cond ições de padron ização e redução de 
riscos de acidentes com materiais perfurantes. A qual idade da amostra coletada 
pelo sistema a vácuo é considerada mais elevada e representativa do que a amostra 
obtida pelo sistema seringa/agulha. O principal fator é a adequada proporção 
sangue/aditivo. O sistema oferece a garantia de aspiração de um volume de 
sangue proporcional à quantidade de aditivo presente no tubo de co leta e, con­
sequentemente, a red ução de causas de erro , como hemodiluição, volumes insu­
ficientes, hemól ise e formação de m icrocoágulos. 
PASSO A PASSO PARA O PROCEDIMENTO DE COLETA 
t Conferir a identificação do paciente. 
t Conferir o material a ser usado no paciente. 
t I nformar ao paciente sobre o procedimento. 
t Higien izar as mãos em lavatórios com água e sabão ou por meio de fricção 
com soluções alcoól icas a 70% e posteriormente calçar luvas de proced imento. 
t Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo, na altura do om bro . 
t Se o torniquete for usado para seleção prel im inar da veia, ped ir para q ue o 
paciente abra e feche a mão ; afrouxar o torniq uete e esperar 2 m inutos para 
usá-lo novamente. 
Fazer a antissepsia com álcool etílico a 70% em movimento circular do centro 
para a periferia. Soluções não alcoól icas são recomendadas quando houver 
solicitação de dosagem de álcool no sangue. 
t Garrotear o braço do paciente. 
t Retirar em balagens, rosq uear a agulha no adaptador (coleta a vácuo) ou aco­
plar seringa/agulha. 
Fazer a punção com o bisei da agulha vo ltado para cima; se necessário, para 
melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão (sem tocar o local 
onde foi feita a antissepsia). 
I nserir tubo a tubo na sequência recomendada (sistema a vácuo) ou aspirar 
lentamente o sangue para o interior da seringa. 
t Desgarrotear o braço do paciente. 
t Transferir o sangue tubo a tubo na sequência

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