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CONTROLADORIA AULA 2 Profª Edenise Aparecida dos Anjos CONVERSA INICIAL Nesta aula, vamos estudar sobre o tipo de informação necessária para a elaboração do planejamento estratégico de uma empresa e a importância da controladoria na estratégia. Para conhecer e aprender um pouco mais sobre o assunto, nesta aula serão estudados os seguintes temas: Aspectos conceituais de controladoria estratégica; Utilização do sistema de informação gerencial para a criação de estratégias; Definição de estratégia empresarial; Criação de vantagem competitiva; Metodologia de elaboração do planejamento estratégico. CONTEXTUALIZANDO Um dos maiores desafios das organizações da era pós-moderna consiste no gerenciamento e na determinação de um fluxo de informação que suporte a gestão administrativa. Ou seja, informações estratégicas que permitam aos gestores e controllers inferir, analisar e tomar decisões. Nesse contexto, Oliveira, Perez e Silva (2015) descrevem que o sistema de informação deve suprir a empresa com informações precisas sobre seu ambiente operacional e ser capaz de apoiar a elaboração das estratégias, além de criar valor para os clientes e de ser vantajosas em novos mercados e indústrias, em um tempo futuro. Em suma, o sistema de informação da controladoria estratégica “é o meio pelo qual o contador geral, gerencial ou controller utiliza para efetivar a informação contábil dentro de uma organização para que a contabilidade seja utilizada em sua plenitude” Padoveze (2016). TEMA 1 – ASPECTOS CONCEITUAIS DE CONTROLADORIA ESTRATÉGICA 1.1 Controladoria estratégica Pensar em uma controladoria estratégica significa planejar estrategicamente, o que exige do controller, além das suas competências, habilidades, um feeling acurado para a correta identificação das ameaças e das 2 3 oportunidades que surgem a todo o momento no ambiente empresarial (Oliveira; Perez; Silva, 2015). De acordo com essa visão, a controladoria tradicional com funções de planejamento e controle evoluiu gradativamente para a controladoria estratégica, assumindo a função e a capacidade de captação de informações provenientes do ambiente externo, para as quais será́ considerada em paralelo a análise dos pontos fortes e fracos da corporação, resultando em diretrizes estratégicas a serem traçadas. Nesse contexto, Padoveze (2016, p. 92) define a controladoria estratégica como: a atividade que, por meio do sistema de informação contábil, abastece os responsáveis pelo planejamento estratégico da companhia com informações tanto financeiras quanto não financeiras para apoiar o processo de análise, planejamento, implementação e controle da estratégia organizacional. Entende-se, assim, que a Controladoria estratégica tem como missão apoiar a gestão, desenvolver e incorporar instrumentos e técnicas de projeção e exploração futura das variáveis ambientais, tais como a técnica dos cenários. Nas palavras de Ansoff (1984), “a função das estratégias é a de preparar no presente a empresa, para que ela possa estar viva e rentável no futuro". Desse modo, a controladoria tem um papel importante na estratégia de uma empresa. Entretanto não é responsável pela criação das estratégias e elaboração do planejamento estratégico, que são funções da alta administração da organização. Nesse contexto, evidencia-se a importância do papel do controller, sendo imperativo que este participe das estratégias administrativas, uma vez que o seu sistema de informação deverá estar alinhado com as estratégias organizacionais e de negócios (Padoveze, 2016). Em síntese, a controladoria, por meio do uso estratégico dos sistemas de informações, assume um papel importante no processo decisório de uma organização, assumindo diversas funções como a implementação e a manutenção dos controles internos, planejamento tributário, a elaboração e a execução orçamentária e as medidas de desempenho para implementação de estratégias e o cumprimento da missão. 1.2 Informação estratégica Um dos grandes desafios da controladoria estratégica consiste na elaboração de um clima organizacional, alinhado com as metas e objetivos 4 gerais, com vistas à criação de valor para a empresa. Nesse sentido, Oliveira, Perez e Silva (2015) discorrem que, para a obtenção de êxito nessa missão, torna-se imprescindível reconhecer o papel estratégico da informação, como instrumento para a transformação empresarial e para o redesenho dos processos administrativos. Desse modo, a informação estratégica pode ser definida como: As informações necessárias que a empresa precisa obter sobre seu ambiente operacional para poder mudar e desenvolver estratégias adequadas capazes de criar valor para os clientes e de ser vantajosas em novos mercados e indústrias, em um tempo futuro (Oliveira, Perez; Silva, 2015 p. 46). No que tange às vantagens da utilização da informação estratégica, Oliveira, Perez e Silva (2015) apresentam as etapas pelas quais as informações devem passar a ser consideradas no plano estratégico: Etapa 1 – Aperfeiçoamento das capacidades dos administradores e dos trabalhadores de uma empresa para captar e entender as mudanças no ambiente da empresa ou do setor industrial. Etapa 2 – Difusão das informações estratégicas: partilhamento das novas informações e conhecimentos aprofundados para qualquer setor da empresa em que a informação seja necessária. Para Oliveira, Perez e Silva (2015 p. 46), o desafio da informação estratégica consiste em aumentar o “coeficiente de informação de todos os administradores e empregados em vez de assumir que, no futuro, o monopólio da informação sobre a concorrência pertence a funções específicas ou executivos da alta direção”. Nesse entendimento, as empresas reconhecem a informação estratégica como um processo de aprendizagem sistemática, no qual ela se torna parte da cultura e do comportamento dos administradores. Observa-se, no entanto, que, se o sistema de Informação estratégica é um processo e não função, questiona-se, então, como os controllers e gestores podem utilizá-la na prática para desenvolver estratégias e melhorar o desempenho organizacional? Buscando responder a essa questão, Oliveira, Perez e Silva (2015) argumentam que o processo de transformar dados em informações, com o uso de tecnologias de informações e rede de dados, permitem aos gestores e controllers o uso inteligente das informações. Logo, as organizações empresariais, dentro de uma visão sistêmica, possuem muitos centros de 5 informações compartilhados e interligados, denominados como departamentos funcionais. Para melhor entender a utilização das informações estratégicas pelos departamentos funcionais, vamos aos exemplos propostos por Oliveira, Perez e Silva (2015 p. 48) no quadro a seguir: Quadro 1 – Uso das informações estratégicas em departamento funcionais Departamentos Atividades funcionais Vendas recolhe informações sobre contatos de clientes, transações e serviços; Marketing avalia as tendências de mercado e a satisfação dos clientes; Pesquisa e Desenvolvimento analisa os avanços tecnológicos e as ideias de novos produtos; Produção concentra-se na inovação de processos e na engenharia de produtos; Tecnologia da Informação controla as tendências e os avanços da indústria Recursos Humanos supervisiona as mudanças e o recrutamento da mão de obra. Fonte: Oliveira; Perez; Silva, 2015, p. 48. Em síntese, a controladoria, para atuar no nível da estratégia, deve considerar, além dos modelos de gestão, as atividades e os processos de obtenção e difusão das informações, a cultura de aprendizagem e do comportamento dos administradores da empresa, independentemente de seu nível hierárquico. TEMA 2 – UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA A CRIAÇÃODE ESTRATÉGIAS Neste tema, vamos estudar a importância e a estrutura dos sistemas de informação gerencial na geração de informações para a Controladoria no nível da estratégia. 2.1 Sistema de informações gerenciais O sistema de informações gerenciais (SIG) é definido como o processo de transformação de dados em informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa, proporcionando, ainda, a sustentação administrativa para otimizar os resultados esperados (Oliveira, 2014). Nesse contexto, o SIG é um sistema projetado para oferecer informações seguras para a tomada de 6 decisões sólidas que resultem na concretização dos objetivos e metas empresariais previamente estabelecidos. Os sistemas de informações gerenciais são desenhados e implementados nas organizações com vistas a fornecer um sistema de apoio aos processos de gestão, nos níveis operacionais, táticos e estratégicos. São estruturados e diferenciados por Oliveira, Perez e Silva (2015, p. 25) em diferentes níveis informacionais, conforme o Quadro 2. Quadro 2 – Sistema de informação gerencial Nível Objetivo Estratégico: Vem a ser o processo de decidir sobre os objetivos da organização. Alterações desses objetivos. Os recursos necessários para alcançá-los. Políticas que governam sua aquisição e utilização. As decisões estratégicas são tomadas e formuladas para um período usualmente longo e não têm características repetitivas. Tático Tem funções de controle gerencial, que seria “o processo pelo qual os gerentes se asseguram de que os recursos são obtidos e utilizados eficazmente para o cumprimento dos objetivos da organização”. Operacional Nota-se o controle operacional, ou seja, “o processo que visa assegurar que tarefas específicas sejam executadas eficiente e eficazmente”. Fonte: Oliveira; Perez; Silva, 2015. Nesse contexto, os objetivos do nível estratégico são atingidos direta e indiretamente por meio do cumprimento das metas dos níveis de base (ver Figura 1). Desse modo, os sistemas de informações devem ser estruturados de forma que venham a contemplar todos os níveis organizacionais, suprindo as necessidades informações necessárias para a tomada de decisão (Padoveze, 2016). 7 Figura 1 – Sistema de informação gerencial por níveis Fonte: Oliveira; Perez; Silva, 2015. Para tanto, os sistemas de informações gerenciais devem atender os diferentes tipos de estratégias adotados pela empresa. De acordo com Padoveze (2016), a controladoria estratégica parte da necessidade de adicionar aos sistemas empresariais, informações estritamente estratégicas, centradas na visão da organização com um sistema aberto, conforme apresentado no Quadro 3. Quadro 3 – Tipos de estratégias sob a perspectivas das informações contábeis Tipos Sistemas de informações contábeis Função da Estratégia Atuação da controladoria Contabilidade para Estratégia Competitiva Manter uma vantagem competitiva entre as diversas áreas da empresa Contabilizar a rentabilidade por unidade de negócio, clientes, produtos, além de acompanhar a situação dos concorrentes Contabilidade para a estrutura organizacional Decidir de quais negócios a empresa irá participar e como eles serão estruturados e administrados Controlar os centros de custos, de lucros, de contribuição e de investimentos, acompanhar as estratégias de diversificação, os negócios integrados verticalmente, a formação de conglomerados e as subsidiárias de companhias multinacionais e globais Contabilidade para desenvolvimento dos negócios Desenvolver uma estratégia individual para cada área, mas planejar e administrar de forma coordenada permitindo que as estratégias competitivas sejam implementadas de forma coletiva Acompanhar o ciclo de vidas e as estratégias de lançamentos dos produtos e o crescimento da empresa e fazer a análise de risco dos negócios Fonte: adaptado de Padoveze (2016). Nível estratégico Nível Tático Nível Operacional 8 Em suma, os sistemas de informação contábil-gerencial devem prover a controladoria com informações de natureza contábil, patrimonial, econômica, financeira e não financeira ao processo de gestão, para que os gestores possam estar devidamente subsidiados para a tomada de decisão estratégicas. 2.2 Sistemas de informação da controladoria estratégica A estruturação dos sistemas de informações gerenciais para a controladoria estratégica deve contemplar informações atuais de nível estritamente estratégico. De acordo com Padoveze (2016), deve centrar-se na visão da organização, analisar o ambiente, para identificar os pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades com vistas a fortalecer seu posicionamento estratégico. Nesse contexto, para cumprir os objetivos estratégicos, a Controladoria deve observar e se estruturar nos subsistemas que, em conjunto com os sistemas integrados de gestão empresarial e de inteligências de negócios (ERP – Enterprise Resources Planning, BI – Business Intelligence e DW – Data Warehouse), formam o sistema de informação da controladoria estratégica. De acordo com Padoveze (2016), esses subsistemas são compostos por. a. Informações para acompanhamento do negócio: têm por objetivo disponibilizar elementos aderentes ao planejamento estratégico. b. Leitura do ambiente e cenários empresariais: tem por objetivo fazer a análise das variáveis e entidades que podem afetar os negócios da empresa, e é base para a estruturação do planejamento estratégico. c. Simulação no planejamento econômico: tem por foco simular as diversas alternativas possíveis para o desempenho econômico futuro da organização. d. Indicadores de desempenho: têm por finalidade monitorar os objetivos e as metas estratégicas. e. Gestão de riscos: tem por objetivo avaliar e mensurar os riscos corporativos identificados para acompanhamento. Nesse contexto, a estruturação do sistema de informação da controladoria estratégica parte da premissa de um modelo em que a organização assume a necessidade de um sistema integrado de gestão (ERP) 9 com informações de nível operacional e de sistemas de inteligências de negócios (BI e DW) contemplando informações de níveis operacionais, tático e estratégicos, conforme apresentado na Figura 2. Figura 2 – Estrutura do sistema de informação da controladoria estratégica Fonte: Padoveze, 2016. Os subsistemas são estruturados de acordo com o nível informacional, os subsistemas de informações para o acompanhamento do negócio, leitura do ambiente e cenários empresariais e simulação no planejamento econômico enquadram-se na etapa do planejamento, e os subsistemas de indicadores de desempenho e gestão de riscos enquadram-se, basicamente, na etapa de monitoramento. Logo, o sistema de informação para criar estratégias deve ser estruturado com base nos subsistemas organizacionais, nos sistemas de informações empresariais integrados (ERP, DW e BI) geradas nos processos de gestão, considerando as variáveis ambientais. Por fim, a determinação das estratégias deve levar em conta o ambiente externo, refletir as ameaças e oportunidades, incluir vantagem competitiva, ser coerente com a visão e com os objetivos da empresa e ser passível de execução. A estratégia organizacional deve ainda estar declarada formalmente no planejamento estratégico da empresa. TEMA 3 – DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIA EMPRESARIAL Nos tópicos anteriores, abordamos por diversas vezes o termo estratégia e planejamento estratégico. Neste tópico, vamos aprender sobre o que é a 10 estratégia e como são definidas, para entender a diferença entre estratégia e planejamento estratégico. 3.1 Definição de estratégia A estratégia é conceituada por Mintzberg (1990) como um conjunto de diretrizes conscientemente deliberadas, que orientam as decisões organizacionais. Já para Ansoff (1984),a estratégia é um processo controlado, consciente e formal de interação entre uma empresa e seu ambiente, acompanhado pela alteração dos aspectos dinâmicos internos da empresa. A estratégia é definida ainda por Anthony e Govindarajan (2008) como planos que indicam a direção geral na qual uma organização planeja se mover para obter suas metas, que são elaboradas pela alta administração e estabelecem as diretrizes a serem formalizadas pelo planejamento estratégico. De acordo com Gamble e Thompson (2013, p. 2), A estratégia de uma empresa consiste nas iniciativas e abordagens desenvolvidas pela administração para atrair clientes e agradá-lós, conduzir as operações, promover o crescimento dos negócios e atingir os objetivos de desempenho. Por outro lado, o planejamento estratégico é definido como uma técnica administrativa que, por meio da análise do ambiente de uma organização, cria a consciência das oportunidades e ameaças e dos seus pontos fortes e fracos para o cumprimento da sua missão e, com essa consciência, estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar os riscos (Fischmann; Almeida, 1995). Logo, a formulação de estratégia é o processo de decidir sobre as novas estratégias, ao passo que o planejamento estratégico é o processo de decidir como executar essas estratégias. Na visão de Porter (1981), a estratégia organizacional pode ser entendida também como estratégia de posição baseada em estratégias competitivas industriais de mercados e produtos. São elaboradas com base na escolha da firma, de variáveis de decisão-chave, como preço, promoção, quantidade e qualidade. Sob este aspecto, Porter (1981) desenvolve as cinco forças competitivas genéricas: ameaça de novos entrantes; poder de barganha dos fornecedores; ameaça de produtos e serviços substitutos; poder de barganhados clientes; e rivalidade entre os competidores. As forças 11 competitivas de Porter (1981) são identificadas e analisadas sob a perspectiva das seguintes estratégias: Liderança em custos: é uma estratégia na qual uma companhia obtém sucesso produzindo produtos ou prestando serviços pelo menor custo. Diferenciação: é uma estratégia competitiva na qual o sucesso de uma empresa está no desenvolvimento e na manutenção da percepção dos clientes de que seu produto tem um valor único. Para Miles e Snow (1978), a estratégia é baseada na estrutura e nas dinâmicas dos processos organizacionais, ou seja ao mesmo tempo que busca novos mercados, procura manter o equilíbrio com ênfase na eficiência organizacional. Nesse entendimento a estratégia global de uma organização deve estar alinhada com os ajustes do ambiente externo e a estrutura e processos internos, além de ser flexível para manter a dinâmica das atividades ao longo do tempo (Miles; Snow, 1978). As estratégias propostas por Miles e Snow (1978) são classificadas em: Prospectoras: caracterizada por elevada busca de mercados e inovação de produtos e processos Defensivas: caracterizada por estreitos domínios de produtos/mercados e por ênfase muito grande em eficiência Analíticas: pode ser vista como um híbrido das estratégias prospectora e defensiva, possuindo área de negócios central mais estável, e componente de negócios mais dinâmico, tratado de forma prospectora Reativas: caracteriza-se por empresas que parecem não apresentar nenhuma relação coerente entre estratégia e estrutura, e têm uma não- estratégia, com reações impulsivas diante de eventos do ambiente. Já para Mintzberger (1978), a estratégia é definida como uma linha de ação coerente que conduz a resultados importantes e desejáveis pela organização, tenha ela sido planejada e formalizada com antecedência ou não, classificadas em: Deliberada: ocorre quando as estratégias pretendidas e planejadas são realizadas. A estratégia deliberada partirá do alto controle e há uma finalidade organizacional. 12 Emergente: trata de uma “estratégia não planejada”, ou seja, a linha de ação só é percebida como estratégia à medida que ela vai se desenrolando ou que vai acontecendo. Face ao exposto, as estratégias de Mintzberger são conceituadas e entendidas como um fluxo padrão de tomada de decisão, a qual se adapta ao contexto organizacional em um processo contínuo de evolução e ajustes. A Figura 3 sintetiza os conceitos das estratégias de Mintzberger. Figura 3 – Estratégias de Mintzberger Fonte: Gamble; Thompson, 2013. De acordo com Gamble e Thompson (2013, p. 10), Uma estratégia de sucesso combina as circunstâncias de uma situação externa da empresa com seus recursos internos e competências competitivas, desenvolve vantagem competitiva e impulsiona o desempenho da empresa. Em síntese: A estratégia de uma empresa é o plano da ação da empresa para estabelecer uma posição de mercado, conduzir suas operações, atrair e agradar aos clientes, competir com sucesso e atingir os objetivos organizacionais; O foco da estratégia de uma empresa está nos planos de ações para construir e fortalecer sua posição competitiva e seu desempenho financeiro em longo prazo; Novas Iniciativas previamente planejadas e estratégias já em andamentos, implementadas em períodos anteriores Respostas reativas não planejadas a mudanças nas circunstâncias, pelos dirigentes Elementos estratégicos abandonados Elementos estratégicos Deliberados Elementos estratégicos emergentes Estratégia de Negócio realizada 13 O modelo de gestão de uma empresa está intimamente relacionado com a estratégia, com vistas a estabelecer e adequar as competências organizacionais e a condição de oferecer boa lucratividade. 3.2 Elaboração da estratégia De acordo com Anthony e Govindarajan (2008), “uma empresa desenvolve suas estratégias ao conciliar suas competências centrais com as oportunidades de mercado”. Assim, a elaboração das estratégias pode ser melhor representada na Figura 4. Figura 4 – Formulação da estratégia Fonte: Anthony; Govindarajan, 2008 p. 70. Em síntese, a elaboração das estratégias empresariais considera em sua análise as variáveis ambientais, tais como: clientes, fornecedores, concorrentes, aspectos normativos, sociais e políticos; as variáveis ambientais internas, como know-how de tecnologias, manufatura, marketing, logística e distribuição; e a avaliação dos pontos fortes e limitações para identificação das oportunidades s e ameaças presentes neste ambiente. Nesse contexto, as estratégias são planos elaborados, criados para alcançar as metas da organização em níveis dois níveis: 1. Estratégias para a organização toda e; 2. Estratégias para unidades de negócio dentro de uma organização. Nesse contexto, Anthony e Govindarajan (2008) discorrem que, embora “as opções estratégicas sejam diferentes entre os níveis hierárquicos, existe 14 uma nítida necessidade de consistência nas estratégias nas unidades de negócio e nos níveis corporativos (p. 70)”, a fim de explorar as variáveis ambientais internas e externas da organização, ou seja, deve haver a congruência de objetivos e metas por níveis organizacionais e estratégicas, conforme apresentado no Quadro 4. Quadro 4 – Níveis estratégicos Nível da estratégia Questões estratégicas críticas Opções estratégicas genéricas Principais níveis organizacionais envolvidos Nível corporativo Estamos na combinação adequada de indústrias? Empresa atuante em uma única indústria Escritório corporativo Em quais indústrias ou setores dessas indústrias deveríamos estar? Diversificação relacionada Diversificação não-relacionada. Nível da unidade de negócio. Qual deveria ser a missão da unidade de negócio? Criar Manter Colher Desinvestir Escritório corporativo e gerência geral da unidade de negócio Como asunidades de negócio deveriam competir para realizar essa missão? Baixo custo Diferenciação Gerência geral da unidade de negócio Fonte: Anthony; Govindarajan, 2008. Portanto, a estratégia corporativa está envolvida principalmente com a questão que define mais onde do que como competir. Nesse nível, as questões são: 1. A definição dos negócios nos quais a empresa participará; e 2. O desenvolvimento de recursos entre esses negócios. Já as estratégias das unidades de negócio administram a situação de como criar e manter uma vantagem competitiva em cada uma das unidades, nas quais uma empresa tenha optado participar (Anthony; Govindarajan, 2008). Dependem de dois aspectos: 1. Sua missão; e 2. Vantagem competitiva Portanto, as melhores estratégias são aquelas que se adequam às situações interna e externa de uma empresa, que ajudam a construir uma vantagem competitiva sobre os concorrentes e geram um bom desempenho financeiro. 15 Saiba mais Exemplo de estratégia empresarial A estratégia do Mcdonalds no setor de restaurantes de atendimento rápido Em 2009, o McDonald’s estava atingindo novos recordes de vendas, apesar de uma recessão econômica global e da queda de confiança do consumidor nos Estados Unidos. Por dia, mais de 58 milhões de clientes foram atendidos nos 32 mil restaurantes McDonald’s distribuídos por 118 países, o que permitiu à empresa um recorde na receita de vendas em 2008 e lucros superiores a US$ 23,5 bilhões e US$ 4,3 bilhões, respectivamente. O desempenho do McDonald’s no mercado tornou-o uma das duas empresas listadas na bolsa de valores, a encerrar 2008 com um aumento no valor de suas ações ordinárias. As vendas da empresa estavam se mantendo bem em meio à instabilidade econômica no início de 2009, e se verificou um crescimento das vendas em todo o sistema superior a 6% durante janeiro e fevereiro. O sucesso da empresa resultou da boa concepção e execução de sua estratégia de negócio, chamada “Plano para vencer”, na qual o foco era “ser melhor, e não apenas maior”. As principais iniciativas da estratégia “Plano para vencer” incluíam: Aprimoramento das operações do restaurante O processo de aprimoramento das operações globais do McDonald’s envolveu programas de treinamento de colaboradores, capacitando e formando líderes. treinou seus gerentes de loja a acompanharem de perto a mão de obra, os alimentos e os custos com água e luz. preço acessível. Além de focar nos custos operacionais em cada um de seus restaurantes, o McDonald’s manteve os preços baixos examinando de perto os custos administrativos e outras despesas corporativas. A empresa viu a baixa da economia nos Estados Unidos como oportunidade para renegociar seus contratos de publicidade com jornais e redes de televisão no início de 2009. 16 E, quando os preços da gasolina subiram acentuadamente nos Estados Unidos durante 2008, começou também a substituir sua frota de veículos por modelos que economizavam combustível. O McDonald’s, no entanto, não escolheu sacrificar a qualidade do produto a fim de oferecer preços mais baixos: implementou programas intensivos de inspeção para assegurar que seus fornecedores não alterassem as especificações de produto para abaixar custos. A ampla abordagem da empresa visando minimizar as despesas que não agregavam valor permitiu-lhe oferecer mais opções de pratos a preços populares. Cardápio variado e amplas opções de bebida O McDonald’s expandiu seu cardápio para além do Big Mac e do Quarteirão, as opções preferidas e mais vendidas, e incluiu novas opções, mais saudáveis, como saladas e frango grelhado, wrap de frango e sanduíches de frango Premium. Acrescentou uma extensa linha de cafés especiais, incluindo expressos, cappuccinos e bebidas com leite. Conveniência e ampliação de oportunidades para jantar A inclusão de McCafes ajudou o McDonald’s a aumentar as vendas de uma mesma loja, ampliando o horário tradicional de refeições. Os clientes que desejavam tomar um café́ no meio da manhã̃ ou comer um salgado à tarde ajudaram a manter o alto movimento do estabelecimento depois de o McDonald’s ter vendido seu último Egg Muffin no café́ da manhã̃ e antes de ficar lotado na hora do almoço, com pedidos de Big Macs, Quarteirão, sanduíches de frango ou saladas. A empresa também estendeu seu horário de atendimento drive-thru para 24 horas em mais de 25 mil locais espalhados por cidades em todo o mundo, onde os consumidores eram propensos a comer a qualquer hora do dia. Reinvestimento continuo no restaurante O foco da expansão de unidades do McDonald’s se deu em mercados emergentes de rápido crescimento, como a Rússia e a China e Brasil. A empresa também reformou cerca de 10 mil restaurantes nos Estados Unidos, entre 2004 e 2008, para introduzir seu McCafe e tornar seus estabelecimentos locais mais agradáveis tanto para os clientes jantarem quanto para os colaboradores trabalharem. Fonte: Gamble e Thompson, 2013. 17 Nesse exemplo, apresentamos um case de sucesso. O McDonalds se tornou líder isolado em alimentação rápida em níveis globais de 2008 até 2013. Podemos observar que, embora as estratégias tenham sido deliberadas, ou seja, formalizadas no “Plano para vencer”, na qual o foco era “ser melhor, e não apenas maior”, a empresa optou por estratégias embasadas nas teorias de Porter. Liderança em custos ao “não escolher sacrificar a qualidade do produto a fim de oferecer preços mais baixos”, e diferenciação ao variar os cardápios e conveniências, oportunizando aos clientes variedades do café ao jantar, ampliando também os horários de atendimento 24 horas. Isso permitiu que a empresa reforçasse seu posicionamento estratégico de mercado, obtendo vantagem competitiva. TEMA 4 – CRIAÇÃO DE VANTAGEM COMPETITIVA Neste tópico, vamos estudar como as ações estratégicas podem criar vantagem competitiva sustentável para as empresas. 4.1 Estratégia e a busca por vantagem competitiva Para melhor entendermos a vantagem competitiva, vamos conhecer a definição de competitividade organizacional, apresentada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): a competitividade de uma empresa é definida pela sua capacidade de desenvolver e sustentar vantagens competitivas que lhe permitam enfrentam a concorrência. Resultante de decisões estratégicas, definidas nas políticas de investimento, marketing, tecnologia, gestão da produção, financeira, de recursos humanos etc. Face ao exposto, o aspecto mais importante da estratégia de negócio de uma organização empresarial consiste no seu posicionamento estratégico. Assim, é de fundamental importância que a estratégia competitiva desenvolva ações que fortaleçam a posição competitiva em longo prazo e permitam que ela obtenha uma vantagem competitiva durável sobre os concorrentes, (Gamble; Thompson, 2013). Veja exemplos na Figura. De acordo com Gamble e Thompson (2013, p. 10), Uma estratégia de sucesso combina as circunstâncias de uma situação externa da empresa com seus recursos internos e competências competitivas, desenvolve vantagem competitiva e impulsiona o desempenho da empresa. 18 Segundo essa visão, a estratégia competitiva pode ser definida como cursos de ações específicos que são desenvolvidos para criar vantagens competitivas sustentáveis em produtos particulares ou mercados identificados na persecução de objetivos determinados (Padoveze, 2016). Para Gamble e Thompson (2013), uma empresa obtém vantagem competitiva sustentável quando um atraente número de compradores tem preferência permanente sobre seus bens e serviços em relação àqueles oferecidos por seus concorrentes. Portanto a vantagem competitiva é mais que do que uma ideia de estratégia competitiva, que pode ou não ser distintamente comprovada. Figura 5 – Componentes daestratégia competitiva Fonte: Gamble e Thompson, 2013. Para manter uma vantagem competitiva sustentável, Gamble e Thompson (2013) destacam quatro abordagens consideradas como confiáveis e usadas com frequência pelas empresas para se destacar de seus concorrentes e obter vantagem competitiva. O Quadro 5 apresenta as abordagens para vantagem competitiva. AÇÕES E MÉTODOS EMPRESARIAIS QUE DEFINEM A ESTRATÉGIA DE UMA EMPRESA Ações para reagir a mudanças nas condições de mercado e a outros fatores externos Ações para entrar em novos mercados geográficos ou de produtos ou para sair dos mercados existentes Ações para captar oportunidades em mercados emergentes e defender-se contra ameaças externas às perspectivas de negócios da empresa Ações para fortalecer a posição e a competitividade de mercado, por meio da aquisição ou fusão com outras empresas Ações para fortalecer a competitividade por meio de alianças estratégicas e parcerias Ações e métodos usados em P&D, produção, vendas e marketing, finanças e outras atividades básicas Ações para fortalecer a competência competitiva e corrigir as fraquezas competitivas 19 Quadro 5 – Abordagens estratégicas para criar vantagem competitiva Abordagens Descrição 1. Desenvolver vantagem baseada no custo. Conseguir uma vantagem baseada em custo pode levar a uma vantagem competitiva duradoura quando a concorrente tem dificuldade de manter custos tão baixos quanto os oferecidos pela empresa líder, visto que essa prática as tiraria do mercado. Exemplo de empresas: Rede Walmart, Cias aéreas. 2. Criar uma vantagem baseada no diferencial. Uma empresa pode desenvolver vantagem acrescentando características diferenciadoras a bens ou serviços, oferecendo aos clientes mais benefícios tangíveis ou intangíveis que aqueles ofertados pelos bens ou serviços de concorrentes vendidos a preços mais baixos. Exemplo de empresas: Johnson & Johnson (confiabilidade do produto), a Harley-Davidson (imagem transgressora e som característico), a Chanel e Rolex (luxo e prestígio), a Porsche e a BMW (design de engenharia e desempenho) e também a Amazon.com (ampla seleção e conveniência). 3. Concentrar-se em um nicho de mercado do setor. Muitas empresas desenvolveram uma vantagem competitiva não só por meio de estratégia vinculada à diferenciação ou a custos baixos, mas também por atenderem as necessidades e preferencias especiais de um pequeno segmento dos compradores de um setor, em vez de tentarem apelar para todos os compradores de um determinado setor. Exemplo de empresas: Google, na publicidade baseada no mecanismo de busca pela internet; e-Bay, em leilões on- line; Best Buy, em eletroeletrônicos. 4. Desenvolver recursos e competência competitiva valiosos que não possam ser alcançados, imitados ou superados pelos concorrentes. Estratégias baseadas em recursos podem ser usadas com qualquer uma das três abordagens estratégicas já descritas, e são adaptadas para oferecer valor ao cliente de uma forma que as concorrentes sejam incapazes de fazer. Exemplo de empresas: Ao longo dos anos, a Toyota desenvolveu um sistema de produção sofisticado que lhe permite produzir veículos confiáveis, praticamente sem defeitos, a baixo custo. Fonte: Gamble e Thompson, 2013, p. 4. Entende-se que a estratégia para criar vantagem competitiva, deve ter potencial para oferecer uma posição vantajosa duradoura sobre os concorrentes. Nesse contexto, os gestores da organização devem estar dispostos e pronto para modificar a estratégia frente, ações inesperadas dos concorrentes, mudanças de mercados, preferência dos consumidores, novas oportunidades ou evidências de que as estratégias adotadas não correspondem a situação atual da empresa (Gamble; Thompson, 2013). 20 TEMA 5 – METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Neste tópico, vamos aprender sobre as metodologias para elaboração do planejamento estratégico, na construção dos cenários, premissas e diretrizes organizacionais. Para Atkinson et al. (2015), o planejamento estratégico envolve escolher uma estratégia que forneça o melhor ajustamento entre o ambiente de uma organização e os recursos internos para atingir seus objetivos 5.1 Planejamento O planejamento é a função administrativa mais básica da gestão organizacional, e o modo como é desempenhada determina o sucesso de todas as operações. Vamos ver algumas definições de planejamento. Para Frezatti et al. (2011, p. 54), “planejar significa decidir antecipadamente, independentemente do horizonte temporal e do nível de formalização e participação em que isso se verifique”. De acordo com esse entendimento, planejamento é o processo que precede a ação e está direcionado para que se tomem decisões no momento presente com o futuro em vista. Mosimann e Fisch (1999, p. 42) conceituam o planejamento em seu sentido mais amplo, como a “determinação dos objetivos a serem atingidos e dos meios pelos quais esses objetivos devem ser alcançados. É o elo entre o estágio, onde estamos e o estágio para onde vamos”. Nesse sentido, deve estar sempre em perfeita integração para que a missão da empresa seja cumprida e a continuidade assegurada. Esta definição pode ser representada na Figura 6. 21 Figura 6 – Planejamento de uma empresa como um todo ou de uma única área da empresa Fonte: Mosimann; Fisch,1999, p. 43. De acordo com esse entendimento, o planejamento é o processo de avaliação e tomada de decisão em cenários prováveis, visando definir um plano de ação para atingir uma situação futura desejável, com base nas informações sobre as variáveis ambientais, crenças, valores, missão, modelo de gestão, e estrutura organizacional. Isso posto, Mosimann e Fisch (1999, p. 45) definem as características desejadas: a. O planejamento antecede as operações. Assim a execução operacional deve ser compatível com o que foi estabelecido no planejamento; b. O planejamento sempre existe em uma empresa, embora muitas vezes não esteja expresso ou difundido. Quando informal, estará contido, no mínimo, no cérebro do dirigente; c. O planejamento deve ser um processo dinâmico, associado ao controle permanente, para poder se adaptar às mudanças ambientais. Quando não há planejamento, não pode haver controle. d. O planejamento tende a reduzir as incertezas e, consequentemente, os riscos envolvidos no processo decisório, aumentando a probabilidade de alcance dos objetivos estabelecidos para a empresa. e. O planejamento deve interagir permanentemente com o controle, para que possa saber se está sendo eficaz, isto é, alcançando seus objetivos, pois planejamento sem controle não tem eficácia. 22 f. Associado ao controle, o planejamento serve para a avaliação de desempenho da empresa e das diversas áreas. Nesse entendimento, a função do planejamento consiste em assegurar a eficácia empresarial por meio da consideração cuidadosa de todos os as variáveis ambientais e organizacionais. Desse modo, planejar pode ser visto como uma atividade que consiste em quatro grandes estágios. Planejamento estratégico: fase em que as diretrizes estratégicas, políticas e os macro-objetivos organizacionais são determinados. Considera-se, ainda, a análise das variáveis ambientais: i. Oportunidade; ii. Ameaças; iii. Pontos fortes; iv. Pontos fracos; Planejamento operacional: i. Pré-planejamento, ii. planejamento de longo-prazo, programa e ajuste do plano (simulações); Execução: fase em que o plano é implementado. Os recursos são consumidos e os produtos gerados; Controle: fase em que os desvios do plano são identificados e as ações corretivas são empreendidas. Observa-se que, em todas as fases ou estágio do planejamento, são tomadas decisões de vários tipos e amplitudes,desde as decisões estratégicas, sobre quais caminhos devem ser trilhados, passando por decisões operacionais sobre o que deve ser feito, quando e como fazê-lo, até as decisões de controle (Oliveira, 2014). Estudamos neste tópico sobre a importância do planejamento, as características e as etapas do plano. Face ao exposto, podemos concluir que o planejamento é a primeira etapa do processo decisório. Para ampliarmos um pouco mais nosso nível de conhecimento sobre planejamento, na sequência estaremos estudamos um pouco mais sobre a metodologia e a elaboração do planejamento estratégico. 5.2 Metodologia para elaboração do planejamento estratégico O planejamento estratégico é conceituado por Mosimann e Fisch (1999) como aquele planejamento que, centrado na interação da empresa com seu ambiente externo, focalizando as ameaças e oportunidades ambientais e seus reflexos na própria empresa, evidenciando seus pontos fortes e fracos, define as diretrizes estratégicas. 23 Na visão de Anthony e Govindarajan (2008), o planejamento estratégico é o processo pelo qual a empresa toma decisão, por meio de programas que cumprirão as estratégias, para alcançar de modo eficiente e eficazmente as metas. De modo complementar, Oliveira, Perez e Silva (2015, p. 29) conceituam o planejamento estratégico “como o conjunto de objetivos, finalidades, metas, diretrizes fundamentais e planos para atingir esses objetivos, coordenado de forma a definir em que atividade se encontra a empresa, que tipo de empresa ela é ou deseja ser”. Apresentados os conceitos, vamos agora estudar sobre os critérios necessários para elaboração do Planejamento Estratégico. Nesse sentido, Catelli (2001) lista como requisitos necessários para elaboração do planejamento estratégico: a definição clara da missão, envolvimento e participação dos gestores, apoio de sistema de informações sobre variáveis ambientais, que gerem informações sobre os desempenhos passados e atualizem sobre variáveis dos ambientes interno e externo. O Planejamento Estratégico é a etapa inicial do processo de gestão, no qual a empresa formula ou reformula suas estratégias empresariais, dentro de uma visão específica do futuro. É a fase de definição de políticas, diretrizes e objetivos estratégicos, que têm como objetivo manter o equilíbrio das interações da empresa com as variáveis ambientais (Padoveze, 2016). A fundamentação para o desenvolvimento do planejamento estratégico, são: i. a definição do negócio em que a empresa atuará; ii. Como preparar a organização para isso (Padoveze, 2016). No que tange à metodologia para elaboração do planejamento estratégico, Oliveira, Perez e Silva (2015, p. 31) esclarecem que alguns questionamentos iniciais devem ser apresentados: Quais são as áreas e funções envolvidas? Quais são as hierarquias envolvidas? Quais são os responsáveis pela operacionalização? Quais e quantos são os dados internos a serem considerados? Quais e quantos são os dados externos a serem considerados? 24 Os componentes do processo de planejamento estratégico que identificam o perfil das empresas são: visão, missão, objetivos de longo prazo, cenários e planos operacionais. De acordo com esse entendimento, o processo sistemático da elaboração básica do planejamento está representado na Figura 7, no qual deve conter: Figura 7 – Processo de elaboração de planejamento estratégico Fonte: Santos, 2005. A sequência básica para a elaboração de um plano estratégico compreende: a. a determinação da missão da empresa; b. a análise ambiental, que inclui: a identificação dos fatores-chave de sucesso e a análise das variáveis ambientais críticas internas e externas; c. o estabelecimento de diretrizes e objetivos estratégicos; d. a determinação de estratégias; e. a avaliação dessas estratégias. 5.2.1 Determinação da missão da empresa A etapa da missão é a primeira etapa, considerada como a mais crítica, uma vez que atua como referência na orientação de todo o processo de planejamento. Uma vez escrita, a missão escrita deve proporcionar uma visão explícita da natureza do negócio da empresa e de seu âmbito e forma de atuação (Oliveira; Perez; Silva, 2015) Assim, os seguintes aspectos devem ser considerados e avaliados na definição da missão da empresa: a. a relação pretendida entre mercado e produto; b. a natureza das operações e sua forma de comercialização e distribuição: agricultura, pecuária, beneficiamento, industrialização, comercialização; vendas a indústrias, consumidor final, atacado, varejo; Variáveis ambientais: •Sistemas de informaçoes sobre estas variáveis Análise Ambiental: •Projetar cenários futuro Indentificar oportunidades e ameaças Estabelecer as diretrizes estratégias 25 c. os benefícios esperados pelo mercado e pelos clientes da empresa e os benefícios reais (vantagens diferenciais) oferecidos pela entidade; d. a capacidade e a competência técnica, operacional e administrativa que a empresa possui e a disponibilidade de recursos para o reforço dessa capacidade e a segurança quanto ao suprimento de bens, serviços, mão de obra e tecnologias necessários; e. as limitações ambientais internas e externas; f. a imagem da empresa diante de seus fornecedores e clientes, funcionários e comunidade; g. a estrutura física e organizacional da entidade, bem como seus pontos fortes e fracos; h. as políticas empresariais existentes, as crenças e valores dos dirigentes e funcionários, o histórico da empresa, sua cultura e filosofia de atuação. 5.2.2 Análise ambiental Objetiva avaliar a situação da empresa relativamente aos ambientes interno e externo, consiste na: Identificação dos fatores-chave de sucesso: representa um atributo do qual a entidade deve dispor para ser bem-sucedida em seu ramo de negócios. Análise das variáveis ambientais críticas: uma variável ambiental crítica representa um fator interno ou externo à entidade, cujo comportamento impacta de forma positiva ou negativa um ou mais fatores-chaves, conforme apresentado no Quadro 6. 26 Quadro 6 – Análise das variáveis ambientais críticas Variáveis ambientais críticas externas: Variáveis ambientais críticas internas: Ameaças: definida como uma situação desfavorável oriunda do ambiente externo existente, que poderá prejudicar de forma quantitativa ou qualitativa o desempenho da entidade em relação a um ou mais fatores-chave. Oportunidade: consiste numa situação favorável decorrente do ambiente externo que a entidade poderá aproveitar de forma eficaz para melhorar quantitativa ou qualitativamente seu desempenho relativamente a um ou mais fatores- chave. Pontos fortes: definidos como características intrínsecas à empresa que a colocam em posição estrategicamente favorável para um desempenho eficaz relativamente a um ou mais fatores-chave. Pontos fracos: consistem em características existentes na organização que a colocam em posição estrategicamente desfavorável para um desempenho eficaz em relação a um ou mais fatores-chave. Fonte: Oliveira; Perez; Silva, 2015. 5.2.3 Estabelecimento de diretrizes e objetivos estratégicos As diretrizes e objetivos estratégicos constituem benefícios tangíveis e mais duradouros da análise da situação. Ambos são formulados com base no quadro referencial resultante da avaliação dos ambientes interno e externo da empresa: Quadro 7 – Diretrizes e objetivos estratégicos Diretrizes estratégicas: Objetivos estratégicos desenvolver produtos que permitam a racionalização dos procedimentos e a desburocratização da administração, visando à redução da mão de obra envolvida; racionalizar o processo de gestão interna, com ênfase na redução de gastos e no aumento da produtividade, melhorando a relação “custo-benefício”; descentralizar asatividades da empresa, enfatizando o replanejamento do ativo fixo e a adoção de tecnologias adequadas às necessidades do mercado; desenvolver uma sistemática de planejamento empresarial a fim de permitir melhor visão do futuro, maior flexibilidade de ações e rapidez nas decisões. São estabelecidos com o intuito de alcançar ou conservar níveis de desempenho pelo menos satisfatórios em relação a cada fator-chave de sucesso identificado na empresa (Oliveira et al., 2015). Devem: representar uma necessidade real, coerente com a missão da entidade; representar uma prioridade dentro do conjunto de necessidades; ser claro, definido, concreto e viável técnica e economicamente; ser desafiador. Fonte: Oliveira; Perez; Silva, 2015. 27 5.2.4 Determinação de estratégias São determinadas de acordo com a característica ambiental e mercadológica de cada produto ou serviço, alinhada as metas e objetivos estabelecidos. Considerando as abordagens estratégicas já estudadas, Oliveira, Perez e Silva (2015) citam exemplos: Estratégia de penetração de mercado: diz respeito à busca de maiores volumes de vendas para os atuais produtos da empresa, nos mesmos mercados em que ela vem atuando. Estratégia de desenvolvimento de produto: voltada à exploração de novos canais de distribuição dos produtos da empresa, ou seja, à descoberta de novas utilizações para os produtos e entrada em novos segmentos de mercado. Estratégia de desenvolvimento de mercado (segmentação): Este método de expansão de empresas é secular, sendo o exemplo mais típico de sua adoção a expansão geográfica dos mercados interno e externo. 5.2.5 Avaliação da estratégia Compreende a fase do controle, avaliação, acompanhamento e aprimoramento da estratégia empresarial. Corresponde à fase na qual os gestores e controllers verificam se a estratégia, tal como foi implementada, está proporcionando o alcance dos objetivos, desafios e metas da empresa. É uma fase de controle, revisão e ajustes do planejamento estratégico (Oliveira, 2014). Nesse contexto, o planejamento estratégico deve ser uma atividade contínua na organização. Ao implementar uma estratégia, todos as suas fases devem ser acompanhadas por seus executivos, sendo de fundamental importância para atingir as metas e objetivos traçados. Desse modo, o processo de planejamento estratégico não deve tornar-se um fim em si mesmo, tão burocrático e desinteressante que os participantes somente se envolvam por obrigação funcional. 5.3 A Controladoria no processo de planejamento estratégico A participação da Controladoria no planejamento estratégico das organizações é de fundamental importância. Sua atuação no apoio ao processo 28 de gestão subsidia e influencia os gestores no processo decisórios. Portanto, a informação estratégica valida-se como a máxima da controladoria estratégica, visto que tem como função produzir informações assertivas e tempestivas para a análise dos dados e a formulação de diagnósticos precisos e atuais, subsidiando a criação de estratégias (Oliveira; Perez e Silva, 2015). A controladoria tem todas as condições de participar de todas as etapas do processo de gestão. De acordo com Padoveze (2016), para cada etapa do processo de gestão, a ciência da controladoria desenvolveu e continua desenvolvendo os instrumentos de gestão necessários para apoiar todos os responsáveis pelo processo decisório da empresa, conforme ilustrado na Figura 8: Figura 8 – Controladoria no planejamento estratégico Fonte: Padoveze, 2016. Os instrumentos de gestão de controladoria consagram-se por meio de sistemas ou subsistemas de informação, que devem conter todos os atributos das teorias contábeis da decisão, mensuração e informação para, com isso, permitir a otimização dos resultados empresariais, alcançando a eficácia empresarial (Padoveze, 2016). Nesse contexto, torna-se imperativa a participação dos controllers nos processos de elaboração do planejamento estratégico, uma vez que o sistema de informação da controladoria estratégica deverá estar alinhado com as estratégias organizacionais e de negócios. 5.4 Exemplo de planejamento estratégico Estudamos os aspectos conceituais da controladoria estratégica, sob os enfoques dos sistemas de informação gerencial, criação das estratégicas e vantagem competitiva, sendo esses elementos essenciais para que uma empresa elabore o planejamento estratégico e as diretrizes norteadoras da gestão para o cumprimento dos objetivos e missão da empresa. Mas como as 29 empresas traduzem as estratégias no planejamento estratégico? Veja o exemplo a seguir: Saiba mais Exemplo de plano estratégico A Empresa PlanEstrategic Ltda estabeleceu as diretrizes para o planejamento estratégico, para lançamentos de novos produtos, apontando para um crescimento de vendas, apoiadas nas atuais conjunturas do cenário nacional, que indica crescimento no setor. Análise do cenário A empresa apostará num crescimento das vendas, decorrente das possibilidades de crescimento do país, tanto das possibilidades dos países compradores, como para aproveitar as atuais debilidades dos concorrentes nacionais. Mercado externo: buscará um distribuidor na Europa, onde há possibilidades maiores de crescimento das exportações, com os produtos de menor conteúdo tecnológico, pois os concorrentes europeus os estão abandonando em troca de produtos mais complexos. É um nicho de mercado a ser aproveitado. O objetivo é conseguir uma participação de 2% no mercado europeu. Para os demais países, os atuais produtos, sempre com atualização tecnologia, são suficientes para manter o volume de exportação, podendo a empresa crescer até 3% ao ano, em razão do crescimento normal da economia mundial. Mercado interno: desenvolverá uma linha de produtos, com custos competitivos, para fazer face aos produtos similares importados, buscando suprir pelo menos 10% das importações medias atuais. Se lançará no mercado dos produtos substitutos: Para competir com esses produtos, serão criados centros tecnológicos específicos, com o intuito de absorver sua tecnologia, bem como os processos e meios de produção, já́ que são produtos substancialmente diferentes dos atuais, em conjunto com a universidade com que já tem trabalhado atualmente. Para uma rápida absorção de tecnologia, buscará parceiros nos principais centros desses produtos no exterior, preferencialmente com 30 licença de tecnologia e fabricação, de forma que nos antecipemos aos concorrentes nacionais em dois anos e comecemos a competir com os importados. Diretrizes estratégicas e operacionais De início, se propõe em fazer acordos de revenda desses produtos substitutos para o processo de aprendizagem dos mercados e de sua força de comercialização. Investirá US$ 25 milhões para aumentar sua capacidade para 6.000 unidades, bem como para atualizar seus meios de produção, hoje em situação apenas razoável, dentro da melhor tecnologia de fabricação. Não haverá́ necessidade de novas plantas fabris; será́ buscado um ganho de produtividade de 2% ao ano. Investirá US$ 10 milhões para aumentar sua capacidade de vendas, distribuição e logística, com a abertura de três novas filiais nas regiões em que está havendo um maior crescimento das vendas. Os canais de distribuição e o atual sistema de vendas poderão ser mantidos. As promoções deixarão de ser feitas pelo pessoal interno e será́ terceirizada para especialistas, para alavancar vendas. Promoverá uma revisão da sua cadeia de fornecedores, orientando-se para aquisição de materiais com maior conteúdo de submontagens, ao mesmo tempo em que deverá haver uma reclassificação qualitativa, objetivando redução do número de fornecedores. Buscará um acordo com o Banco Nacional do País, paracriar uma linha de financiamento das vendas, principalmente para pequenas e médias empresas. Com essas medidas, ela objetiva um crescimento de mais 7% de participação no mercado interno. A atualização do parque fabril e o aumento pretendido do volume deverão melhorar a margem de lucro em 2,5% e a rentabilidade dos acionistas em 4,5% ao ano. Para fazer face aos investimentos e preparar a empresa para um menor endividamento, ela buscará financiamentos de longo prazo, de forma que renove os atuais financiamentos com alongamento da dívida. Ao mesmo tempo, 50% dos resultados auferidos serão retidos para reinvestimento como capital próprio. Fonte: Padoveze, 2012. 31 Da leitura do exemplo do plano estratégico da Empresa PlanEstrategic Ltda, podem-se observar as claras intenções da empresa e as orientações de como proceder em cada uma das diretrizes propostas, traduzindo e formalizando as estratégias da organização. Após essa etapa, a empresa poderá dar prosseguimento à elaboração do plano operacionais (por exemplo, o orçamento empresarial) e posteriormente à análise de desempenho. TROCANDO IDEIAS Tomando como base empresas que você conhece, verifique como trabalham e administram as questões estratégicas. Procure, de acordo com a literatura estudada, identificar qual é a estratégia que melhor se enquadra com a empresa. Debata com seus colegas sobre as razões e as vantagens da escolha identificada. Saiba mais Veja o exemplo do grupo MM de 2012: LOJAS MM. Projeto Engrenagem 2012. Grupo Mercado Móveis, 2012. Disponível em: <http://www.grupomercadomoveis.com.br/public/arquivos/projeto_engrenage m_old.pdf>. Acesso em: 9 fev. 2019. NA PRÁTICA 1. A estratégia de uma empresa consiste nas iniciativas e abordagens desenvolvidas pela administração para atrair clientes e agradá-lós, conduzir as operações, promover o crescimento dos negócios e atingir os objetivos de desempenho. De acordo com os pressupostos teórico, existem pelo menos três fontes teóricas para orientar a elaboração das estratégias de uma empresa, são elas: I. Estratégias de Porter; II. Estratégias de Miles e Snow; III. Estratégias de Mintzberger. De acordo a teoria, relacione as teorias para as seguintes sentenças: ( ) Estratégia elaborada das variáveis ambientais internas e externas da organização, promovendo o alinhamento com as dinâmicas dos processos 32 organizacionais, ou seja, ao mesmo tempo que busca novos mercados, procura manter o equilíbrio com ênfase na eficiência organizacional. ( ) Estratégia elaborada como uma linha de ação coerente que conduz a resultados importantes e desejáveis pela organização, tenha ela sido planejada e formalizada com antecedência ou não. ( ) Estratégia elaborada com base na escolha de variáveis de decisão- chave, como preço, promoção, quantidade e qualidade, objetivando reforçar o posicionamento estratégico e a vantagem competitiva da empresa no mercado. Assinale a resposta correta: a. I, II e III b. II, III e I c. III, I e II d. III, II e I FINALIZANDO Nesta aula aprendemos sobre a importância das estratégias e como estas podem criar vantagem competitiva e melhorar o desempenho das organizações. Por fim, verificamos os delineamentos e a participação da Controladoria estratégica para elaboração planejamento estratégico de uma empresa. Tema 1 – Aspectos conceituais de controladoria estratégica. Abordamos a controladoria sob o aspecto da sua função mais básica: apoiar a gestão, desenvolver e incorporar instrumentos e técnicas de projeção e exploração futura das variáveis ambientais, tais como a técnica dos cenários. Tema 2 – Utilização do sistema de informação gerencial para a criação de estratégias. Estudamos a importância dos sistemas de informações contábeis e gerenciais na geração de informações para a Controladoria no nível da estratégia. Tema 3 – Definição de estratégia empresarial. Aprendemos sobre o que é a estratégia e como são definidas, entendemos a diferença entre estratégia e planejamento estratégico. 33 Tema 4 – Criação de vantagem competitiva. Estudamos como as ações estratégicas podem criar vantagem competitiva sustentável para as empresas. Tema 5 – Metodologia de elaboração do planejamento estratégico. Aprendemos sobre as metodologias para elaboração do planejamento estratégico, na construção dos cenários, premissas e diretrizes organizacionais. 34 REFERÊNCIAS ANSOFF, I. Implanting strategic management. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall International, 1984. ANTHONY, R. N.; GOVINDARAJAN, V. Sistemas de controle gerencial. São Paulo: McGraw-Hill, 2008. ATKINSON, A. A. et al. Contabilidade gerencial: informação para tomada de decisão e execução da estratégia, 4. ed. São Paulo: Atlas, 2015. CATELLI, A. (Coord.). Controladoria: uma abordagem da gestão econômica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. GAMBLE, J. E.; THOMPSON JR., A. A. 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Estratégias de Porter
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