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Anticoagulantes, Antiplaquetários e Fibrinolíticos

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 Interrupção do sangramento de vasos 
sanguíneos e é essencial a vida -> ativação 
da cascata de coagulação; 
 Para essa regulação, é preciso 
equilíbrio entre processo de sangramento 
que vai interromper o sangramento de 
forma controlada; 
 Por conta de uma lesão (endotélio 
lesado) -> exposição de fator tecidual 
+colágeno + FVW -> chegada das 
plaquetas (receptores que se ligam ao colágeno e ao FVW) -> liberação dos 
grânulos plaquetários (ADP, endotelinas, tromboxano – vasoconstricção local 
para diminuição do fluxo sanguíneo, evitando perda de sangue em volume maior) 
-> recrutamento de plaquetas (excreção do receptor GPllb-llla) -> formação do 
tampão plaquetário -> ativação plaquetária (ao ser ativada, interagindo com 
esses receptores, as plaquetas começam a apresentar uns pseudópodes, para 
facilitar sua aderência, aumentando sua superfície de contato com outras 
plaquetas, apresentando moléculas em sua superfície) -> cascata da coagulação 
(vias intrínseca e extrínseca que se juntam na via comum – ativação da trombina 
– conversão do fibrinogênio em 
fibrina) -> formação do tampão 
hemostático (plaquetas + trama de 
fibrina); 
 Nosso organismo, ao formar um 
trombo, ativa o processo de 
fibrinólise (balanço entre processo 
de hemorragia e a formação do 
trombo – degradação da fibrina estável). 
 Formação patológica de um tampão “hemostático” dentro da vasculatura na 
ausência de sangramento (“hemostasia no lugar errado”); 
 Três principais fatores que contribuem para o evento trombolítico: 
 Lesão endotelial ou vascular: traumas, cirurgias, punções venosas, cateter 
de permanência, irritação química por fármacos, aterosclerose; 
 
 
 Alteração do fluxo arterial – estase vascular: imobilização, pacientes 
acamados, fibrilação atrial, obstrução 
venosa (baixo retorno venoso); 
 Hipercoagulabilidade: neoplasia maligna, 
gestante ( fatores de coagulação), 
paciente em sepse, ou durante o uso de 
alguns anticoncepcionais orais. 
 Podem resultar: 
 Interromper o fluxo sanguíneo; 
 Isquemia ou morte do tecido; 
 O trombo pode soltar-se e flutuar pela circulação (pulmão e cérebro); 
 Embolia pulmonar, acidente vascular, trombose venosa e até a morte. 
 Eventos tromboembólicos estão associados a alta mortalidade. 
 Ruptura da placa -> lesão, ativação 
e agregação plaquetária -> exposição 
de fosfolipídeos ácidos -> ativação da 
cascata de coagulação -> ativação 
do fator X -> quebra da trombina 
(fator lla) -> quebra do fibrinogênio 
em fibrina -> trombo; 
 Esses eventos ocorrem de forma 
simultânea (um pode induzir o outro); 
 Cascata de coagulação: 
 Fisiologicamente o sistema 
funciona como uma única via; 
 Os fatores da coagulação são 
enzimas ativadas por proteólise, 
e as formas ativas são 
designadas pelo sufixo “a”; 
 Fatores II, VII e X = Reação de 
Carboxilação dependente de 
vitamina K reduzida; 
 Mecanismo de amplificação: a 
ativação de pequenas 
quantidades de cada fator 
catalisa a formação de 
quantidades maiores do 
próximo fator; 
 
 
 Precisa ser controlada por inibidores enzimáticos (Antitrombina III), 
fibrinólise e o endotélio vascular; 
 Fatores antitrombóticos – fatores naturais associados na limitação do 
trombo: 
 Endotélio: Prostaciclina (PGI2) e óxido nítrico (NO) -> vasodilatação 
e inibem a ativação das plaquetas; 
 Endotélio converte o ADP em Adenosina, que inibe a função 
plaquetária; 
 Antitrombina III (Proteína plasmática que inibe alguns fatores 
ativados da coagulação); 
 Endotélio: libera o ativador de plasminogênio tecidual (t-PA) -> gera 
a Plasmina (degrada fibrina); 
 Proteína C e proteína S ativada no endotélio -> degrada os fatores 
da coagulação Va e Vllla = ação anticoagulante; 
 Mutação do fator V de Leiden -> confere resistência a proteína C = 
trombofilias hereditária (estado pró-trombótico). 
 Muitos destes fatores são produzidos a partir das células endoteliais 
saudáveis (intactas) que se encontram próximo ao local de lesão vascular 
e limitam a hemostasia primária e secundária ao local de lesão. 
 Os fármacos afetam a hemostasia de 3 formas distintas: 
 Coagulação sanguínea (anticoagulantes); 
 Função plaquetária (antiplaquetários); 
 Remoção da fibrina (fibrinolíticos). 
 Anticoagulantes parenterais: 
 Heparina não fracionada;
 Heparina de baixo peso molecular (HBPM);
 Inibidores diretos da trombina;
 Possuem ação imediata;
 Utilização em emergências.
 Anticoagulantes orais: 
 Varfarina;
 Inibidores da trombina ativos por via oral;
 Demora vários dias para exercer seu efeito.
 Locais de ação dos fármacos anticoagulantes: 
 Fase de agregação plaquetária: acompanhada no laboratório pelo tempo 
de sangramento;
 
 
 Fase de coagulação:
 Via intrínseca: acompanhada no lab pelo PTT;
 Via extrínseca: acompanhada pelo lab pelo TAP.
 Heparina não fracionada; 
 Heparinas de baixo peso molecular (HBPMs) – gerada por despolimerização: 
 Fragmentos de heparina: enoxaparina, naroparina;
 Pentassacarídeo sintético: fondaparinux.
 Mecanismo de ação: 
 A Heparina se liga à antitrombina III (ATIII), induz mudança na 
conformação da ATIII e acelera a taxa de inibição de vários fatores da 
coagulação; 
 A ATIII a trombina (lla) e os fatores IXa, Xa, Xla e Xlla por ligação ao sítio 
ativo de serina. Atua como um “substrato suicida”. 
 A heparina promove alterações conformacionais no centro reativo da ATIII, 
acelerando 1000 x sua interação com a Trombina e o fator Xa; 
 Heparina não fracionada: 
 Administração e aspectos farmacocinéticos: 
 Não é absorvida no intestino (alto peso molecular); 
 É administrada por via I.V. (Ação imediata) ou subcutânea (início de 
ação em 60 min – variação na sua biodisponibilidade); 
 T1/2 Eliminação 40-90 min (pode alterar dependendo da dose 
utilizada; 
 Eliminada principalmente pelo sistema reticuloendotelial, e uma 
pequena quantidade de heparina intacta aparece na urina. 
 Após a infusão I.V. e no início da terapia SC: 
 Medir o tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa ou PTT): 
avalia a eficiência da via intrínseca (XII, XI, IX e VIII) e da via comum 
(X, V, II e fibrinogênio) e monitora a extensão da Anticoagulação 
com heparina; 
 Em altas doses pode prolongar o tempo de sangramento. 
 Heparina de baixo peso molecular: 
 Administração e aspectos farmacocinéticos: 
 São administradas por via subcutânea (início da ação em 60 min) – 
boa biodisponibilidade; 
 T1/2 Eliminação mais longa (intervalos entre as doses são maiores – 
maior comodidade); 
 
 
 Eliminação renal (atenção aos pacientes com insuficiência renal) – 
preferência usar a HNF; 
 Eficácia terapêutica é semelhante a Heparina não fracionada com 
menor risco de complicações; 
 Efeitos são mais previsíveis; 
 Não prolongam o tempo de sangramento, e não alteram o PTT (não 
afeta o lla – trombina). 
 Efeitos adversos da heparina: 
 Hemorragia (comum): 
 Tratada interrompendo-se o tratamento e, se necessário, 
administrando-se I.V. Sulfato de Protamina – Antagonista da HNF. 
Efeito parcial sobre a atividade das HBPM e ausência de efeito sobre 
a atividade do Fondaparinux; 
 Sangramentos são menos frequentes com o uso da HBPM e do 
Fondaparinux. 
 Efeitos raros: 
 Trombocitopenia induzida pela Heparina (dentro de 5 a 10 dias após 
o início da terapia da Heparina) – produção de anticorpos contra os 
complexos da Heparina (Risco baixo com o fondaparinux e a HBPM): 
Pode gerar tromboembolismo e hemorragias; 
 Osteoporose (6 meses ou mais de uso – risco baixo com a HBPM ou 
o fondaparinux); 
 Aumento de transaminases; 
 Hiperpotassemia (inibe a síntese de aldosterona). 
 Contra indicações: 
 Trombocitopenia por Heparina prévia; 
 Sangramento ativo; 
 Pacientes hemofílicos; 
 Trombocitopenia significativa; 
 Pacientes recentemente 
operados no cérebro, nos 
olhos ou na medula espinal. 
 É um anticoagulantesintético baseado na sequência de pentassacarídeos que 
compõe a região mínima de ligação à antitrombina (AT) da heparina; 
 Administração SC: 1 vez/dia, em dose fixa ou ajustada pelo peso corporal 
do paciente; 
 Perfil farmacocinético previsível: sem monitoração da coagulação; 
 Eliminação renal. 
 Vantagens do pentassacarídeo: 
 
 
 Início de ação: 1h; 
 T1/2 longo (15-20h) comparado com a HBPM; 
 Alta especificidade para o fator Xa; 
 Possuem menor afinidade pelo fator plaquetário 4: Fator liberado pelas 
plaquetas presentes no trombo e tem a capacidade de se ligar à heparina, 
impedindo a interação da Heparina com a antitrombina = Limita o efeito 
anticoagulante da Heparina sobre os trombos ricos em plaquetas. 
 Hirudinas: 
 Inibidores diretos da trombina – lla (não dependem de ativação da ATIII); 
 Presentes na saliva da sanguessuga medicinal (Hirudo medicinalis); 
 Usadas em situações de trombocitopenia induzida por heparina ou 
síndrome coronária aguda. 
 Lepirudina: 
 Administrada I.V. ou subcutânea, e a dose é ajustada conforme o PTT 
(pacientes monitorados diariamente); 
 Excreção renal: atenção aos pacientes com insuficiência renal 
(necessidade de ajuste da dose); 
 Pode causar reações de hipersensibilidade (Rash ou febre). 
 Bivalirudina: 
 Polipeptídeo sintético de 20 aminoácidos que inibe diretamente a 
trombina; 
 Administradas I.V. – Excreção renal – controle laboratorial com a PTT. 
 Desirudina: 
 Administradas S.C. – Excreção renal; 
 Controle laboratorial com a PTT; 
 Indicada para tromboprofilaxia em pacientes submetidos a cirurgia eletiva 
de substituição de quadril. 
 Argatrobana: 
 Composto sintético – controle laboratorial do TTPa e TP; 
 Administrada I.V., é metabolizada no fígado e excretada na bile = pode ser 
usada em pacientes com comprometimento renal – mas com ajuste de 
dose para pacientes com insuficiência hepática. 
 É uma vitamina lipossolúvel. Ocorre naturalmente em vegetais verdes folhosos 
e óleos vegetais; 
 
 
 A flora intestinal sintetiza grandes quantidades de vitamina K; 
 Essencial para formação dos fatores de coagulação II, VII, IX e X (pós-
coagulante); 
 A vitamina K1 (Fitomenadiona) pode ser administrada via oral ou parenteral; 
 Via oral: 
 Início lento; 
 Requer sais biliares para ser absorvida ou pode-se utilizar a preparação: 
fosfato sódico de Menadiol. 
 Uso clínico: 
 Tratamento e/ou prevenção de sangramento; 
 Em casos onde houve tratamento excessivo com anticoagulante oral 
(Varfarina); 
 Em bebês para prevenir a doença hemorrágica 
do recém-nascido; 
 Para deficiências adquiridas de vitamina K em 
adultos que resultam em absorção inadequada 
de vitamina K: 
 Doença hepática; 
 Doença celíaca. 
 Atua como cofator na conversão dos resíduos de 
ácido glutâmico em ácido γ-Carboxiglutâmico dos 
fatores de coagulação; 
 Resíduos essenciais para a interação desses fatores 
com o Ca2+ e os fosfolipídeos ácidos das plaquetas 
ativadas. 
 Foi descoberta após a alimentação do gado pelo Trevo-de-Cheiro estragado, 
seguida de uma epidemia de morte por hemorragia (detectaram a presença de 
uma Cumarina); 
 Síntese de Varfarina: Wisconsin Alumni Research Foundation coumARIN 
(Warfain); 
 Foi usado pela primeira vez como raticida -> utilizada em envenenamentos; 
 Introduzido ao uso clínico após tentativa frustrada de suicídio; 
 Atualmente: anticoagulante oral de escolha para tratamento e prevenção de 
doença tromboembólica (tratamento de longa duração); 
 Ótima relação custo-benefício; 
 
 
 Mecanismo de ação: 
 Inibe a enzima vitamina K redutase (VKORC1) responsável por dar origem 
a forma reduzida da vitamina K, e isso inibe a γ-Carboxilação dos fatores 
da coagulação II, VII, IX e X (necessária para a atividade biológica); 
 Polimorfismo do VKORC1 (variabilidade na resposta da varfarina) – 
mutação (resistência a varfarina); 
 O efeito antitrombótico integral da Varfarina só é alcançado após 3 a 5 
dias em razão do tempo necessário para ocorrer a degradação dos fatores 
de coagulação pré-formados. Se necessário deve associar um 
anticoagulante parenteral de ação rápida; 
 Efeito inicial pós-coagulante (primeiro bloqueio a síntese da proteína S e 
proteína C – efeitos antitrombóticos). 
 Absorção rápida e completamente no intestino após administração oral – uso 
ambulatorial / domicílio; 
 Normalmente a T1/2 pode chegar a 40 horas; 
 Metabolizada pelo CYP2C9 (polimórfico – pacientes com metabolismo lento 
possuem efeito terapêuticos com doses baixas de varfarina); 
 Os metabólitos inativos da varfarina são excretados na urina e nas fezes; 
 Baixo índice terapêutico: 
 Equilíbrio cuidadoso da dose = requer avaliação hematológica frequente 
para individualização da dose (menos convenientes); 
 Tempo de atividade da protrombina (TAP ou TP) – avalia a via extrínseca 
(VIIA) e a via comum (X, V, II e Fibrinogênio); 
 Tempo pode variar entre os kits -> padronização dos resultados = razão 
normalizada internacional (INR). 
 
 Interações com varfarina (atenção durante a prescrição): 
 Fatores que potencializam os efeitos da varfarina; 
 Doença hepática (diminui a síntese dos fatores de coagulação); 
 Redução do metabolismo da varfarina – inibição da CYP2C9 
(Metronidaxol, Cimetidina, Cloropidogrel, Fluoxetina); 
 Inibição da função plaquetária (AAS) -> essa combinação pode ser 
usada com segurança com um monitoramento cuidadoso; 
 
 
 Diminuição da disponibilidade de vitamina K (dieta e uso de 
antibióticos – eliminação de bactérias intestinais produtoras de 
vitamina K). 
 Fatores que diminuem os efeitos de varfarina: 
 Hipotireoidismo (menor degradação dos fatores de coagulação); 
 Gestação (aumento dos fatores de coagulação); 
 Consumo de vitamina K (aumento do consumo de vegetais, 
componente de dietas parenterais e preparações vitamínicas); 
 Aumento do metabolismo da Varfarina – indução da CYP2C9 
(Carbamazepina, Rifampicina, Barbitúricos); 
 Redução da absorção (Colestiramina – sequestradores de ácidos 
biliares). 
 Inibidores dos fatores da coagulação ativos por via oral: 
 Fármacos administrados em dose padrão sem monitoramento rotineiro 
laboratorial com efeitos previsíveis; 
 Inibidor direto da trombina (lla) – bloqueia a conversão do fibrinogênio em 
fibrina e a ativação plaquetária; 
 Inibidores diretos do fator Xa (resulta na diminuição da trombina = 
supressão da agregação plaquetária e da formação de fibrina). 
 Rivaroxabana (deve ser administrada com a refeição para 
aumentar sua absorção, é metabolizada pela CYP3A4); 
 Apixabana (metabolizada pela CYP2A4); 
 Edoxabana. 
OBS: Atenção ao uso destes em pacientes com comprometimento renal ou 
disfunção hepática grave. 
 Atualmente em casos de sangramento potencialmente fatal, existem agentes 
de reversão para estes anticoagulantes orais diretos. Idarucizumabe -> agente de 
reversão para a Dabigatrana; 
 Efeitos adversos: 
 Hemorragia nos compartimentos “fechados” é a mais frequente 
(intracerebral, articulações); 
 Tratamento: suspensão da varfarina, administração de vitamina K1 
(Fitomenadiona) (VO ou IV) e/ou plasma fresco concentrado de 
fatores de coagulação; 
 O uso da dabigatrana reduz o risco de sangramento intracraniano 
em 70% em comparação com a varfarina, mas aumenta no TGI e 
renal. 
 Gestação (varfarina atravessa facilmente a placenta e é teratogênica e 
provoca aborto. Pode causar hemorragia fetal ou neonatal, anormalidades 
 
 
ósseas fetais e morte intrauterina mesmo com o INR dentro da faixa 
terapêutica), mas é segura durante a amamentação; 
 Outras reações raras incluem alopecia, urticária, dermatite, febre, 
náuseas, diarreia, cólicas abdominais e anorexia. 
 Raro: Necrose cutânea – lesões cutâneas de 3 a 10 dias após o início do 
tratamento. 
 Uso clínico dos anticoagulantes: 
 Uso no atendimento imediato: heparinanão fracionada ou HBPM – rápido 
início de ação; 
 Tratamento prolongado: varfarina ou um inibidor direto da trombina, ou 
HBPM – seguimento ambulatorial e domiciliar (utilizados para prevenir a 
progressão ou a recidiva da TVP aguda ou da embolia pulmonar após um 
ciclo inicial de heparina, HBPM ou fondaparinux); 
 Os anticoagulantes podem ser utilizados na Tromboprofilaxia (baixas 
doses) e no tratamento (altas doses): 
 Trombose venosa profunda (TVP); 
 Tromboembolismo pulmonar (TEP); 
 Trombose em próteses valvares; 
 Coagulação em circulação extracorpórea (Ex: durante cirurgias, 
hemodiálise) -> Heparina não fracionada (uso da protamina); 
 Infarto agudo do miocárdio; 
 Angina instável; 
 Angioplastia coronariana por balão com ou sem colocação de STENT 
-> Heparina não fracionada; 
 Tromboprofilaxia em procedimento ortopédicos -> HBPM; 
 Coagulação intravascular disseminada -> Heparina não fracionada 
ou HBPM; 
 Prevenção de acidente vascular encefálico ou embolização 
sistêmica em pacientes com fibrilação atrial, valvas cardíacas 
mecânicas ou dispositivos de assistência ventricular -> varfarina. 
 Diferentemente dos anticoagulantes orais, a heparina HNF, a HBPM e o 
fondaparinux não atravessam a placenta e não foram associados a 
malformações fetais, razão pela qual são os fármacos de escolha para 
Anticoagulação durante a gravidez. 
 Adesão de reações essenciais para a adesão e agregação plaquetária: 
 Sequência de reações essenciais para a adesão e agregação plaquetária: 
 Adesão das plaquetas ao subendotélio de um vaso sanguíneo 
lesionado (Ligação do fator de von Willebrand e do colágeno aos 
receptores de glicoproteína GPlb e GPVI presentes na superfície da 
plaqueta); 
 
 
 Alteração da forma (discos lisos para esferas espinhosas); 
 Liberação de agonistas plaquetários: ADP e TXA2; 
 Ligação do ADP aos receptores P2Y1 e P2Y12; 
 Aumento da expressão de receptores GPllb/IIIA (receptores que 
ligam fibrinogênio); 
 A agregação implica na ligação do fibrinogênio aos receptores 
GPllb/llla em plaquetas adjacentes; 
 Exposição de fosfolipídeos ácidos na superfície plaquetária -
>promove formação da trombina e fibrina (promove + ativação de 
plaquetas). 
 Locais de ação dos fármacos plaquetários: 
 
 Uso clínico dos antiplaquetários: 
 O principal fármaco é o AAS; 
 Clopidogrel pode ter efeito aditivo ou ser utilizado em pacientes com 
intolerância a AAS; 
 Os plaquetários podem ser utilizados: 
 Na profilaxia e na prevenção secundária do infarto agudo do 
miocárdio e do acidente vascular (AVC); 
 Após cirurgia de revascularização do miocárdio; 
 Síndromes coronarianas instáveis (Clopidogrel em associação ao 
AAS); 
 Após angioplastia de artéria e/ou colocação de sent (Clopidogrel em 
associação ao AAS); 
 Angina instável; 
 Episódio isquêmico cerebral transitório. 
 
 
 Efeito plaquetário em baixas doses: o AAS por meio da acetilação irreversível 
da COX-1, inibe a produção de TXA2 (>95%). Essa inibição reduz a ativação, o 
recrutamento e a agregação plaquetária, que reduz o risco de trombose; 
 Administração VO (geralmente 75mg/dia); 
 As plaquetas são anucleadas e não produzem novas proteínas: o uso crônico 
de doses baixas assegura a inibição permanente, persistindo durante toda a vida 
da plaqueta (aproximadamente 10 dias) – efeito cumulativo sobre a função 
plaquetária; 
 Efeitos adversos: 
 Sintomas gastrointestinais; 
 Síndrome de Reye em crianças com quadro viral; 
 Aumento da perda de sangue durante procedimentos cirúrgicos; 
 O Tempo de protrombina (TP) apenas é prolongado em overdose (altas 
doses); 
 Altas doses: acidente hemorrágico. 
 Uso clínico: 
 Tromboprofilaxia (indivíduos com alto risco cardiovascular – sobreviventes 
de infarto do miocárdio). 
 Inibem a agregação plaquetária ao bloquear a ligação de fibrinogênio e do FvW 
ao receptor GPllb/llla; 
 Abciximabe: 
 Anticorpo monoclonal humanizado de camundongo; 
 Baixa especificidade: se liga a outros receptores; 
 T1/2 plasmática: curta (minutos); 
 T1/2 de ligação às plaquetas: longa (dias); 
 Imunogênico (administração única). 
 Eptifibatida: 
 É um peptídeo cíclico inibidor do local de ligação do fibrinogênio; 
 Alta especificidade; 
 T1/2 plasmática: longa (2,5h); 
 T1/2 de ligação às plaquetas: curta (segundos); 
 Depuração renal: contraindicada na insuficiência renal. 
 Tirofibana: 
 
 
 Pequena molécula inibidora não peptídica; 
 Semelhante a eptifibatida; 
 T1/2 plasmática: longa (2h). 
 Administrada I.V. (como coadjuvante de Heparina e Aspirina) – curta duração; 
 Principal efeito colateral: risco de sangramento e trombocitopenia (mais 
frequente com o Abciximabe); 
 Utilizado durante a angioplastia percutânea na síndrome coronariana aguda 
(baixa mortalidade IAM). 
 Inibe a agregação plaquetária: 
 É um inibidor de fosfodiesterase (PDE) =  AMPc plaquetário = promove a 
diminuição da agregação plaquetária; 
 Inibe a captação de adenosina nos eritrócitos, nas plaquetas e nas células 
endoteliais = aumento da concentração de adenosina na superfície celular: 
efeito vasodilatador e  AMPc plaquetário; 
 Inibição da síntese de TXA2. 
 Administração parenteral (I.V.); 
 Eficácia incerta (usado em associação com Varfarina ou AAS); 
 O Dipiridamol foi aprovado para a prevenção secundária do acidente vascular 
encefálico quando associado a baixas doses de AAS; 
 Atualmente tem sido utilizado em testes diagnósticos de esforço (teste 
ergométrico), na avaliação da perfusão miocárdica e na ecocardiografia de 
estresse; 
 Efeitos adversos: 
 Tontura, cefaleia e distúrbios gastrointestinais (mas não aumenta o risco 
de sangramentos). 
 Esses fármacos inibem a agregação plaquetária após a ligação irreversível ao 
receptor purinérgico P2Y12 (Gi) e assim inibe as respostas plaquetárias induzida 
por ADP; 
 A utilização da ticlopidina (via oral – primeiro a ser introduzido – muito tóxico: 
efeitos hematológicos: trombocitopenia e leucopenia) foi substituída pelo 
dopidogrel (mais potente e menos tóxico); 
 Clopidogrel: 
 
 
 Bem absorvido por via oral; 
 Pró-fármaco: início de ação lento: pico 
de efeito entre 8-11 dias (uso da dose de 
ataque); 
 Metabolizado pela CYP2C19 – 
polimorfismos e interação com outros 
fármacos (inibição pelo Omeprazol); 
 Efeitos adversos: náusea, vômito, 
dispepsia, rash, diarreia e 
sangramentos (principalmente quando 
associado ao AAS); 
 Tratamento associado ao AAS 
demonstrou redução da mortalidade e dos eventos vasculares graves 
(prevenção secundária ao AVC isquêmico, infarto do miocárdio, morte 
vascular). 
 Prasurgrel (recém-introduzido $$): 
 Pró-fármaco, com melhores resultados e início de ação mais rápido; 
 Associado a um aumento de sangramentos graves (contraindicado > 75 
anos). 
 O tricagrelor (via oral) e o cangrelor (uso I.V.) são inibidores reversíveis do 
P2Y12. Ambos tem aumento de sangramento. 
 O Ticagrelor tem aumento da inibição e início de ação mais rápido que o 
Clopidogrel. 
 Agonista dos receptores prostanóides: promove vasodilatação e inibe a 
agregação plaquetária; 
 É adicionado ao sangue que ingressa no circuito de diálise para prevenir 
trombose durante a hemodiálise (principalmente em pacientes com 
contraindicação de Heparina); 
 Administrado I.V. (T1/2 de 3 minutos); 
 Efeitos adversos: rubores, cefaleia e hipotensão. 
 Inibidor do receptor de trombina – antagonista competitivo do PAR-1: inibe a 
ativação plaquetária induzida pela trombina; 
 Administrado por via oral em combinação com AAS ou Clopidogrel; 
 Está indicado para redução de eventos cardiovasculares trombóticos em 
pacientes com história de infarto do miocárdio ou doença arterial 
periférica; 
 
 
 Metabolizado no fígado pela CYP3A4 (interações medicamentosas); 
 Efeitos adversos: aumenta o risco de sangramento e é contraindicado parapacientes com história de sangramento intracraniano. 
 O sistema fibrinolítico: 
 Sistema de coagulação é ativado -> ativação do sistema fibrinolítico 
endógeno; 
 Ativadores do plasminogênio sintetizados pelas células endoteliais: 
 Ativador de plasminogênio tecidual (tPA); 
 Ativador de plasminogênio tipo 
uroquinase. 
 O plasminogênio é depositado nos cordões de 
fibrina dentro do trombo, e após a sua clivagem 
pelos seus ativadores liberam Plasmina; 
 A Plasmina atua semelhante a tripsina, 
digerindo a fibrina, fibrinogênio e os fatores da 
coagulação II, V e VIII = lisa o coágulo; 
 O sistema fibrinolítico é regulado de modo que 
os trombos desnecessários de fibrina sejam 
removidos, enquanto a fibrina nas feridas é 
preservada para manter a hemostasia. 
 Eficácia da aspirina e da estreptoquinase no infarto do miocárdio: 
 Redução da mortalidade no IAM; 
 Antiplaquetários + fibrinolíticos. 
 Uso clínico fibrinolíticos: 
 Reduzem a mortalidade se administrados dentro de 6 horas após o início 
sintomático de infarto agudo do miocárdio; 
 Acidente vascular encefálico isquêmico; 
 Tromboembolismo pulmonar e em outras obstruções trombóticas 
vasculares; 
 Quanto mais cedo melhor. 
 Efeitos adversos fibrinolíticos: 
 Sangramentos: 
 Hemorragia gastrointestinal; 
 Acidente vascular cerebral hemorrágico (hipotensão e reações 
alérgicas e febre baixa). 
 Tratamento: 
 Plasma fresco e fatores de coagulação; 
 
 
 Risco de intenso sangramento: ácido aminocapróico ou ácido 
tranexâmico – inibe a ativação do plasminogênio e assim inibem a 
fibrinólise. Administrados via oral ou I.V.; 
 A plasmina apresenta potencial para dissolver a fibrina nos 
tampões hemostáticos (benefícios) e nos trombos patológicos, 
fenômeno que aumenta o risco de sangramento – produção 
sistêmica de Plasmina. 
 Contraindicações fibrinolíticos: 
 Sangramento interno ativo; 
 Acidente cerebrovascular hemorrágico; 
 Gravidez; 
 Neoplasia intracraniana maligna conhecida; 
 Suspeita de dissecação aórtica; 
 Úlcera péptica ativa. 
 Fármacos fibrinolíticos: ativadores de plasminogênio: 
 Estreptoquinase: 
 Proteína extraída de culturas de estreptococos que ativa o 
plasminogênio; 
 Mecanismo de ação: transformação de plasminogênio em plasmina 
livre ou ligado à fibrina, não seletivo para coágulos (fácil de induzir 
fibrinólise sistêmica); 
 Administrada por I.V.; 
 Antigênica: sua ação é bloqueada por anticorpos (4° dia de 
tratamento). 
 Alteplase (r-tPA) e tenecteplase (TNK): 
 São ativadores de plasminogênio tecidual (tPA) recombinantes 
(custo elevado); 
 Administrada por I.V. (T1/2 curta) – paciente monitorado; 
 Mecanismo de ação: transformação de plasminogênio em 
plasmina, mais ativas sobre o plasminogênio ligado à fibrina do que 
sobre o plasminogênio plasmático = “seletivas para o coágulo” 100x 
mais rápido; 
 Não é antigênico (não é bloqueada por anticorpos); 
 Estudo gusto: desfechos clínicos superiores com a utilização do 
Alteplase comparado com a Estreptoquinase. 
 Reteplase: 
 Características semelhantes a Alteplase; 
 Possuem um T1/2 maior de eliminação (permite infusão em bolo).

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