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Interrupção do sangramento de vasos sanguíneos e é essencial a vida -> ativação da cascata de coagulação; Para essa regulação, é preciso equilíbrio entre processo de sangramento que vai interromper o sangramento de forma controlada; Por conta de uma lesão (endotélio lesado) -> exposição de fator tecidual +colágeno + FVW -> chegada das plaquetas (receptores que se ligam ao colágeno e ao FVW) -> liberação dos grânulos plaquetários (ADP, endotelinas, tromboxano – vasoconstricção local para diminuição do fluxo sanguíneo, evitando perda de sangue em volume maior) -> recrutamento de plaquetas (excreção do receptor GPllb-llla) -> formação do tampão plaquetário -> ativação plaquetária (ao ser ativada, interagindo com esses receptores, as plaquetas começam a apresentar uns pseudópodes, para facilitar sua aderência, aumentando sua superfície de contato com outras plaquetas, apresentando moléculas em sua superfície) -> cascata da coagulação (vias intrínseca e extrínseca que se juntam na via comum – ativação da trombina – conversão do fibrinogênio em fibrina) -> formação do tampão hemostático (plaquetas + trama de fibrina); Nosso organismo, ao formar um trombo, ativa o processo de fibrinólise (balanço entre processo de hemorragia e a formação do trombo – degradação da fibrina estável). Formação patológica de um tampão “hemostático” dentro da vasculatura na ausência de sangramento (“hemostasia no lugar errado”); Três principais fatores que contribuem para o evento trombolítico: Lesão endotelial ou vascular: traumas, cirurgias, punções venosas, cateter de permanência, irritação química por fármacos, aterosclerose; Alteração do fluxo arterial – estase vascular: imobilização, pacientes acamados, fibrilação atrial, obstrução venosa (baixo retorno venoso); Hipercoagulabilidade: neoplasia maligna, gestante ( fatores de coagulação), paciente em sepse, ou durante o uso de alguns anticoncepcionais orais. Podem resultar: Interromper o fluxo sanguíneo; Isquemia ou morte do tecido; O trombo pode soltar-se e flutuar pela circulação (pulmão e cérebro); Embolia pulmonar, acidente vascular, trombose venosa e até a morte. Eventos tromboembólicos estão associados a alta mortalidade. Ruptura da placa -> lesão, ativação e agregação plaquetária -> exposição de fosfolipídeos ácidos -> ativação da cascata de coagulação -> ativação do fator X -> quebra da trombina (fator lla) -> quebra do fibrinogênio em fibrina -> trombo; Esses eventos ocorrem de forma simultânea (um pode induzir o outro); Cascata de coagulação: Fisiologicamente o sistema funciona como uma única via; Os fatores da coagulação são enzimas ativadas por proteólise, e as formas ativas são designadas pelo sufixo “a”; Fatores II, VII e X = Reação de Carboxilação dependente de vitamina K reduzida; Mecanismo de amplificação: a ativação de pequenas quantidades de cada fator catalisa a formação de quantidades maiores do próximo fator; Precisa ser controlada por inibidores enzimáticos (Antitrombina III), fibrinólise e o endotélio vascular; Fatores antitrombóticos – fatores naturais associados na limitação do trombo: Endotélio: Prostaciclina (PGI2) e óxido nítrico (NO) -> vasodilatação e inibem a ativação das plaquetas; Endotélio converte o ADP em Adenosina, que inibe a função plaquetária; Antitrombina III (Proteína plasmática que inibe alguns fatores ativados da coagulação); Endotélio: libera o ativador de plasminogênio tecidual (t-PA) -> gera a Plasmina (degrada fibrina); Proteína C e proteína S ativada no endotélio -> degrada os fatores da coagulação Va e Vllla = ação anticoagulante; Mutação do fator V de Leiden -> confere resistência a proteína C = trombofilias hereditária (estado pró-trombótico). Muitos destes fatores são produzidos a partir das células endoteliais saudáveis (intactas) que se encontram próximo ao local de lesão vascular e limitam a hemostasia primária e secundária ao local de lesão. Os fármacos afetam a hemostasia de 3 formas distintas: Coagulação sanguínea (anticoagulantes); Função plaquetária (antiplaquetários); Remoção da fibrina (fibrinolíticos). Anticoagulantes parenterais: Heparina não fracionada; Heparina de baixo peso molecular (HBPM); Inibidores diretos da trombina; Possuem ação imediata; Utilização em emergências. Anticoagulantes orais: Varfarina; Inibidores da trombina ativos por via oral; Demora vários dias para exercer seu efeito. Locais de ação dos fármacos anticoagulantes: Fase de agregação plaquetária: acompanhada no laboratório pelo tempo de sangramento; Fase de coagulação: Via intrínseca: acompanhada no lab pelo PTT; Via extrínseca: acompanhada pelo lab pelo TAP. Heparina não fracionada; Heparinas de baixo peso molecular (HBPMs) – gerada por despolimerização: Fragmentos de heparina: enoxaparina, naroparina; Pentassacarídeo sintético: fondaparinux. Mecanismo de ação: A Heparina se liga à antitrombina III (ATIII), induz mudança na conformação da ATIII e acelera a taxa de inibição de vários fatores da coagulação; A ATIII a trombina (lla) e os fatores IXa, Xa, Xla e Xlla por ligação ao sítio ativo de serina. Atua como um “substrato suicida”. A heparina promove alterações conformacionais no centro reativo da ATIII, acelerando 1000 x sua interação com a Trombina e o fator Xa; Heparina não fracionada: Administração e aspectos farmacocinéticos: Não é absorvida no intestino (alto peso molecular); É administrada por via I.V. (Ação imediata) ou subcutânea (início de ação em 60 min – variação na sua biodisponibilidade); T1/2 Eliminação 40-90 min (pode alterar dependendo da dose utilizada; Eliminada principalmente pelo sistema reticuloendotelial, e uma pequena quantidade de heparina intacta aparece na urina. Após a infusão I.V. e no início da terapia SC: Medir o tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa ou PTT): avalia a eficiência da via intrínseca (XII, XI, IX e VIII) e da via comum (X, V, II e fibrinogênio) e monitora a extensão da Anticoagulação com heparina; Em altas doses pode prolongar o tempo de sangramento. Heparina de baixo peso molecular: Administração e aspectos farmacocinéticos: São administradas por via subcutânea (início da ação em 60 min) – boa biodisponibilidade; T1/2 Eliminação mais longa (intervalos entre as doses são maiores – maior comodidade); Eliminação renal (atenção aos pacientes com insuficiência renal) – preferência usar a HNF; Eficácia terapêutica é semelhante a Heparina não fracionada com menor risco de complicações; Efeitos são mais previsíveis; Não prolongam o tempo de sangramento, e não alteram o PTT (não afeta o lla – trombina). Efeitos adversos da heparina: Hemorragia (comum): Tratada interrompendo-se o tratamento e, se necessário, administrando-se I.V. Sulfato de Protamina – Antagonista da HNF. Efeito parcial sobre a atividade das HBPM e ausência de efeito sobre a atividade do Fondaparinux; Sangramentos são menos frequentes com o uso da HBPM e do Fondaparinux. Efeitos raros: Trombocitopenia induzida pela Heparina (dentro de 5 a 10 dias após o início da terapia da Heparina) – produção de anticorpos contra os complexos da Heparina (Risco baixo com o fondaparinux e a HBPM): Pode gerar tromboembolismo e hemorragias; Osteoporose (6 meses ou mais de uso – risco baixo com a HBPM ou o fondaparinux); Aumento de transaminases; Hiperpotassemia (inibe a síntese de aldosterona). Contra indicações: Trombocitopenia por Heparina prévia; Sangramento ativo; Pacientes hemofílicos; Trombocitopenia significativa; Pacientes recentemente operados no cérebro, nos olhos ou na medula espinal. É um anticoagulantesintético baseado na sequência de pentassacarídeos que compõe a região mínima de ligação à antitrombina (AT) da heparina; Administração SC: 1 vez/dia, em dose fixa ou ajustada pelo peso corporal do paciente; Perfil farmacocinético previsível: sem monitoração da coagulação; Eliminação renal. Vantagens do pentassacarídeo: Início de ação: 1h; T1/2 longo (15-20h) comparado com a HBPM; Alta especificidade para o fator Xa; Possuem menor afinidade pelo fator plaquetário 4: Fator liberado pelas plaquetas presentes no trombo e tem a capacidade de se ligar à heparina, impedindo a interação da Heparina com a antitrombina = Limita o efeito anticoagulante da Heparina sobre os trombos ricos em plaquetas. Hirudinas: Inibidores diretos da trombina – lla (não dependem de ativação da ATIII); Presentes na saliva da sanguessuga medicinal (Hirudo medicinalis); Usadas em situações de trombocitopenia induzida por heparina ou síndrome coronária aguda. Lepirudina: Administrada I.V. ou subcutânea, e a dose é ajustada conforme o PTT (pacientes monitorados diariamente); Excreção renal: atenção aos pacientes com insuficiência renal (necessidade de ajuste da dose); Pode causar reações de hipersensibilidade (Rash ou febre). Bivalirudina: Polipeptídeo sintético de 20 aminoácidos que inibe diretamente a trombina; Administradas I.V. – Excreção renal – controle laboratorial com a PTT. Desirudina: Administradas S.C. – Excreção renal; Controle laboratorial com a PTT; Indicada para tromboprofilaxia em pacientes submetidos a cirurgia eletiva de substituição de quadril. Argatrobana: Composto sintético – controle laboratorial do TTPa e TP; Administrada I.V., é metabolizada no fígado e excretada na bile = pode ser usada em pacientes com comprometimento renal – mas com ajuste de dose para pacientes com insuficiência hepática. É uma vitamina lipossolúvel. Ocorre naturalmente em vegetais verdes folhosos e óleos vegetais; A flora intestinal sintetiza grandes quantidades de vitamina K; Essencial para formação dos fatores de coagulação II, VII, IX e X (pós- coagulante); A vitamina K1 (Fitomenadiona) pode ser administrada via oral ou parenteral; Via oral: Início lento; Requer sais biliares para ser absorvida ou pode-se utilizar a preparação: fosfato sódico de Menadiol. Uso clínico: Tratamento e/ou prevenção de sangramento; Em casos onde houve tratamento excessivo com anticoagulante oral (Varfarina); Em bebês para prevenir a doença hemorrágica do recém-nascido; Para deficiências adquiridas de vitamina K em adultos que resultam em absorção inadequada de vitamina K: Doença hepática; Doença celíaca. Atua como cofator na conversão dos resíduos de ácido glutâmico em ácido γ-Carboxiglutâmico dos fatores de coagulação; Resíduos essenciais para a interação desses fatores com o Ca2+ e os fosfolipídeos ácidos das plaquetas ativadas. Foi descoberta após a alimentação do gado pelo Trevo-de-Cheiro estragado, seguida de uma epidemia de morte por hemorragia (detectaram a presença de uma Cumarina); Síntese de Varfarina: Wisconsin Alumni Research Foundation coumARIN (Warfain); Foi usado pela primeira vez como raticida -> utilizada em envenenamentos; Introduzido ao uso clínico após tentativa frustrada de suicídio; Atualmente: anticoagulante oral de escolha para tratamento e prevenção de doença tromboembólica (tratamento de longa duração); Ótima relação custo-benefício; Mecanismo de ação: Inibe a enzima vitamina K redutase (VKORC1) responsável por dar origem a forma reduzida da vitamina K, e isso inibe a γ-Carboxilação dos fatores da coagulação II, VII, IX e X (necessária para a atividade biológica); Polimorfismo do VKORC1 (variabilidade na resposta da varfarina) – mutação (resistência a varfarina); O efeito antitrombótico integral da Varfarina só é alcançado após 3 a 5 dias em razão do tempo necessário para ocorrer a degradação dos fatores de coagulação pré-formados. Se necessário deve associar um anticoagulante parenteral de ação rápida; Efeito inicial pós-coagulante (primeiro bloqueio a síntese da proteína S e proteína C – efeitos antitrombóticos). Absorção rápida e completamente no intestino após administração oral – uso ambulatorial / domicílio; Normalmente a T1/2 pode chegar a 40 horas; Metabolizada pelo CYP2C9 (polimórfico – pacientes com metabolismo lento possuem efeito terapêuticos com doses baixas de varfarina); Os metabólitos inativos da varfarina são excretados na urina e nas fezes; Baixo índice terapêutico: Equilíbrio cuidadoso da dose = requer avaliação hematológica frequente para individualização da dose (menos convenientes); Tempo de atividade da protrombina (TAP ou TP) – avalia a via extrínseca (VIIA) e a via comum (X, V, II e Fibrinogênio); Tempo pode variar entre os kits -> padronização dos resultados = razão normalizada internacional (INR). Interações com varfarina (atenção durante a prescrição): Fatores que potencializam os efeitos da varfarina; Doença hepática (diminui a síntese dos fatores de coagulação); Redução do metabolismo da varfarina – inibição da CYP2C9 (Metronidaxol, Cimetidina, Cloropidogrel, Fluoxetina); Inibição da função plaquetária (AAS) -> essa combinação pode ser usada com segurança com um monitoramento cuidadoso; Diminuição da disponibilidade de vitamina K (dieta e uso de antibióticos – eliminação de bactérias intestinais produtoras de vitamina K). Fatores que diminuem os efeitos de varfarina: Hipotireoidismo (menor degradação dos fatores de coagulação); Gestação (aumento dos fatores de coagulação); Consumo de vitamina K (aumento do consumo de vegetais, componente de dietas parenterais e preparações vitamínicas); Aumento do metabolismo da Varfarina – indução da CYP2C9 (Carbamazepina, Rifampicina, Barbitúricos); Redução da absorção (Colestiramina – sequestradores de ácidos biliares). Inibidores dos fatores da coagulação ativos por via oral: Fármacos administrados em dose padrão sem monitoramento rotineiro laboratorial com efeitos previsíveis; Inibidor direto da trombina (lla) – bloqueia a conversão do fibrinogênio em fibrina e a ativação plaquetária; Inibidores diretos do fator Xa (resulta na diminuição da trombina = supressão da agregação plaquetária e da formação de fibrina). Rivaroxabana (deve ser administrada com a refeição para aumentar sua absorção, é metabolizada pela CYP3A4); Apixabana (metabolizada pela CYP2A4); Edoxabana. OBS: Atenção ao uso destes em pacientes com comprometimento renal ou disfunção hepática grave. Atualmente em casos de sangramento potencialmente fatal, existem agentes de reversão para estes anticoagulantes orais diretos. Idarucizumabe -> agente de reversão para a Dabigatrana; Efeitos adversos: Hemorragia nos compartimentos “fechados” é a mais frequente (intracerebral, articulações); Tratamento: suspensão da varfarina, administração de vitamina K1 (Fitomenadiona) (VO ou IV) e/ou plasma fresco concentrado de fatores de coagulação; O uso da dabigatrana reduz o risco de sangramento intracraniano em 70% em comparação com a varfarina, mas aumenta no TGI e renal. Gestação (varfarina atravessa facilmente a placenta e é teratogênica e provoca aborto. Pode causar hemorragia fetal ou neonatal, anormalidades ósseas fetais e morte intrauterina mesmo com o INR dentro da faixa terapêutica), mas é segura durante a amamentação; Outras reações raras incluem alopecia, urticária, dermatite, febre, náuseas, diarreia, cólicas abdominais e anorexia. Raro: Necrose cutânea – lesões cutâneas de 3 a 10 dias após o início do tratamento. Uso clínico dos anticoagulantes: Uso no atendimento imediato: heparinanão fracionada ou HBPM – rápido início de ação; Tratamento prolongado: varfarina ou um inibidor direto da trombina, ou HBPM – seguimento ambulatorial e domiciliar (utilizados para prevenir a progressão ou a recidiva da TVP aguda ou da embolia pulmonar após um ciclo inicial de heparina, HBPM ou fondaparinux); Os anticoagulantes podem ser utilizados na Tromboprofilaxia (baixas doses) e no tratamento (altas doses): Trombose venosa profunda (TVP); Tromboembolismo pulmonar (TEP); Trombose em próteses valvares; Coagulação em circulação extracorpórea (Ex: durante cirurgias, hemodiálise) -> Heparina não fracionada (uso da protamina); Infarto agudo do miocárdio; Angina instável; Angioplastia coronariana por balão com ou sem colocação de STENT -> Heparina não fracionada; Tromboprofilaxia em procedimento ortopédicos -> HBPM; Coagulação intravascular disseminada -> Heparina não fracionada ou HBPM; Prevenção de acidente vascular encefálico ou embolização sistêmica em pacientes com fibrilação atrial, valvas cardíacas mecânicas ou dispositivos de assistência ventricular -> varfarina. Diferentemente dos anticoagulantes orais, a heparina HNF, a HBPM e o fondaparinux não atravessam a placenta e não foram associados a malformações fetais, razão pela qual são os fármacos de escolha para Anticoagulação durante a gravidez. Adesão de reações essenciais para a adesão e agregação plaquetária: Sequência de reações essenciais para a adesão e agregação plaquetária: Adesão das plaquetas ao subendotélio de um vaso sanguíneo lesionado (Ligação do fator de von Willebrand e do colágeno aos receptores de glicoproteína GPlb e GPVI presentes na superfície da plaqueta); Alteração da forma (discos lisos para esferas espinhosas); Liberação de agonistas plaquetários: ADP e TXA2; Ligação do ADP aos receptores P2Y1 e P2Y12; Aumento da expressão de receptores GPllb/IIIA (receptores que ligam fibrinogênio); A agregação implica na ligação do fibrinogênio aos receptores GPllb/llla em plaquetas adjacentes; Exposição de fosfolipídeos ácidos na superfície plaquetária - >promove formação da trombina e fibrina (promove + ativação de plaquetas). Locais de ação dos fármacos plaquetários: Uso clínico dos antiplaquetários: O principal fármaco é o AAS; Clopidogrel pode ter efeito aditivo ou ser utilizado em pacientes com intolerância a AAS; Os plaquetários podem ser utilizados: Na profilaxia e na prevenção secundária do infarto agudo do miocárdio e do acidente vascular (AVC); Após cirurgia de revascularização do miocárdio; Síndromes coronarianas instáveis (Clopidogrel em associação ao AAS); Após angioplastia de artéria e/ou colocação de sent (Clopidogrel em associação ao AAS); Angina instável; Episódio isquêmico cerebral transitório. Efeito plaquetário em baixas doses: o AAS por meio da acetilação irreversível da COX-1, inibe a produção de TXA2 (>95%). Essa inibição reduz a ativação, o recrutamento e a agregação plaquetária, que reduz o risco de trombose; Administração VO (geralmente 75mg/dia); As plaquetas são anucleadas e não produzem novas proteínas: o uso crônico de doses baixas assegura a inibição permanente, persistindo durante toda a vida da plaqueta (aproximadamente 10 dias) – efeito cumulativo sobre a função plaquetária; Efeitos adversos: Sintomas gastrointestinais; Síndrome de Reye em crianças com quadro viral; Aumento da perda de sangue durante procedimentos cirúrgicos; O Tempo de protrombina (TP) apenas é prolongado em overdose (altas doses); Altas doses: acidente hemorrágico. Uso clínico: Tromboprofilaxia (indivíduos com alto risco cardiovascular – sobreviventes de infarto do miocárdio). Inibem a agregação plaquetária ao bloquear a ligação de fibrinogênio e do FvW ao receptor GPllb/llla; Abciximabe: Anticorpo monoclonal humanizado de camundongo; Baixa especificidade: se liga a outros receptores; T1/2 plasmática: curta (minutos); T1/2 de ligação às plaquetas: longa (dias); Imunogênico (administração única). Eptifibatida: É um peptídeo cíclico inibidor do local de ligação do fibrinogênio; Alta especificidade; T1/2 plasmática: longa (2,5h); T1/2 de ligação às plaquetas: curta (segundos); Depuração renal: contraindicada na insuficiência renal. Tirofibana: Pequena molécula inibidora não peptídica; Semelhante a eptifibatida; T1/2 plasmática: longa (2h). Administrada I.V. (como coadjuvante de Heparina e Aspirina) – curta duração; Principal efeito colateral: risco de sangramento e trombocitopenia (mais frequente com o Abciximabe); Utilizado durante a angioplastia percutânea na síndrome coronariana aguda (baixa mortalidade IAM). Inibe a agregação plaquetária: É um inibidor de fosfodiesterase (PDE) = AMPc plaquetário = promove a diminuição da agregação plaquetária; Inibe a captação de adenosina nos eritrócitos, nas plaquetas e nas células endoteliais = aumento da concentração de adenosina na superfície celular: efeito vasodilatador e AMPc plaquetário; Inibição da síntese de TXA2. Administração parenteral (I.V.); Eficácia incerta (usado em associação com Varfarina ou AAS); O Dipiridamol foi aprovado para a prevenção secundária do acidente vascular encefálico quando associado a baixas doses de AAS; Atualmente tem sido utilizado em testes diagnósticos de esforço (teste ergométrico), na avaliação da perfusão miocárdica e na ecocardiografia de estresse; Efeitos adversos: Tontura, cefaleia e distúrbios gastrointestinais (mas não aumenta o risco de sangramentos). Esses fármacos inibem a agregação plaquetária após a ligação irreversível ao receptor purinérgico P2Y12 (Gi) e assim inibe as respostas plaquetárias induzida por ADP; A utilização da ticlopidina (via oral – primeiro a ser introduzido – muito tóxico: efeitos hematológicos: trombocitopenia e leucopenia) foi substituída pelo dopidogrel (mais potente e menos tóxico); Clopidogrel: Bem absorvido por via oral; Pró-fármaco: início de ação lento: pico de efeito entre 8-11 dias (uso da dose de ataque); Metabolizado pela CYP2C19 – polimorfismos e interação com outros fármacos (inibição pelo Omeprazol); Efeitos adversos: náusea, vômito, dispepsia, rash, diarreia e sangramentos (principalmente quando associado ao AAS); Tratamento associado ao AAS demonstrou redução da mortalidade e dos eventos vasculares graves (prevenção secundária ao AVC isquêmico, infarto do miocárdio, morte vascular). Prasurgrel (recém-introduzido $$): Pró-fármaco, com melhores resultados e início de ação mais rápido; Associado a um aumento de sangramentos graves (contraindicado > 75 anos). O tricagrelor (via oral) e o cangrelor (uso I.V.) são inibidores reversíveis do P2Y12. Ambos tem aumento de sangramento. O Ticagrelor tem aumento da inibição e início de ação mais rápido que o Clopidogrel. Agonista dos receptores prostanóides: promove vasodilatação e inibe a agregação plaquetária; É adicionado ao sangue que ingressa no circuito de diálise para prevenir trombose durante a hemodiálise (principalmente em pacientes com contraindicação de Heparina); Administrado I.V. (T1/2 de 3 minutos); Efeitos adversos: rubores, cefaleia e hipotensão. Inibidor do receptor de trombina – antagonista competitivo do PAR-1: inibe a ativação plaquetária induzida pela trombina; Administrado por via oral em combinação com AAS ou Clopidogrel; Está indicado para redução de eventos cardiovasculares trombóticos em pacientes com história de infarto do miocárdio ou doença arterial periférica; Metabolizado no fígado pela CYP3A4 (interações medicamentosas); Efeitos adversos: aumenta o risco de sangramento e é contraindicado parapacientes com história de sangramento intracraniano. O sistema fibrinolítico: Sistema de coagulação é ativado -> ativação do sistema fibrinolítico endógeno; Ativadores do plasminogênio sintetizados pelas células endoteliais: Ativador de plasminogênio tecidual (tPA); Ativador de plasminogênio tipo uroquinase. O plasminogênio é depositado nos cordões de fibrina dentro do trombo, e após a sua clivagem pelos seus ativadores liberam Plasmina; A Plasmina atua semelhante a tripsina, digerindo a fibrina, fibrinogênio e os fatores da coagulação II, V e VIII = lisa o coágulo; O sistema fibrinolítico é regulado de modo que os trombos desnecessários de fibrina sejam removidos, enquanto a fibrina nas feridas é preservada para manter a hemostasia. Eficácia da aspirina e da estreptoquinase no infarto do miocárdio: Redução da mortalidade no IAM; Antiplaquetários + fibrinolíticos. Uso clínico fibrinolíticos: Reduzem a mortalidade se administrados dentro de 6 horas após o início sintomático de infarto agudo do miocárdio; Acidente vascular encefálico isquêmico; Tromboembolismo pulmonar e em outras obstruções trombóticas vasculares; Quanto mais cedo melhor. Efeitos adversos fibrinolíticos: Sangramentos: Hemorragia gastrointestinal; Acidente vascular cerebral hemorrágico (hipotensão e reações alérgicas e febre baixa). Tratamento: Plasma fresco e fatores de coagulação; Risco de intenso sangramento: ácido aminocapróico ou ácido tranexâmico – inibe a ativação do plasminogênio e assim inibem a fibrinólise. Administrados via oral ou I.V.; A plasmina apresenta potencial para dissolver a fibrina nos tampões hemostáticos (benefícios) e nos trombos patológicos, fenômeno que aumenta o risco de sangramento – produção sistêmica de Plasmina. Contraindicações fibrinolíticos: Sangramento interno ativo; Acidente cerebrovascular hemorrágico; Gravidez; Neoplasia intracraniana maligna conhecida; Suspeita de dissecação aórtica; Úlcera péptica ativa. Fármacos fibrinolíticos: ativadores de plasminogênio: Estreptoquinase: Proteína extraída de culturas de estreptococos que ativa o plasminogênio; Mecanismo de ação: transformação de plasminogênio em plasmina livre ou ligado à fibrina, não seletivo para coágulos (fácil de induzir fibrinólise sistêmica); Administrada por I.V.; Antigênica: sua ação é bloqueada por anticorpos (4° dia de tratamento). Alteplase (r-tPA) e tenecteplase (TNK): São ativadores de plasminogênio tecidual (tPA) recombinantes (custo elevado); Administrada por I.V. (T1/2 curta) – paciente monitorado; Mecanismo de ação: transformação de plasminogênio em plasmina, mais ativas sobre o plasminogênio ligado à fibrina do que sobre o plasminogênio plasmático = “seletivas para o coágulo” 100x mais rápido; Não é antigênico (não é bloqueada por anticorpos); Estudo gusto: desfechos clínicos superiores com a utilização do Alteplase comparado com a Estreptoquinase. Reteplase: Características semelhantes a Alteplase; Possuem um T1/2 maior de eliminação (permite infusão em bolo).
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