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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO
BACHAREADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
HENRIQUE SORIANO FERRARI
RA: d202111025
PLANEJAMENTO DE UM PROJETO PARA O AMBIENTE URBANO.
SÃO CARLOS-SP
2021
HENRIQUE SORIANO FERRARI
	
PLANEJAMENTO DE UM PROJETO PARA O AMBIENTE URBANO.
Trabalho da disciplina de Sociedade e Meio Ambiente apresentado à Universidade Federal do Triangulo Mineiro, com objetivo de propor soluções para amenizar e melhorar reflexos negativos causados no ambiente urbano.
Carla Eloisa Diniz Dos Santos
São Carlos -SP
2021
Sumário
1.	RESUMO	1
2.	INTRODUÇÃO	2
3.	POLUIÇÃO	2
4.	DENSIDADE POPULACIONAL, E CONSUMO DE RECURSOS	3
5.	INFRAESTRUTURA	4
6.	CONCLUSÃO	4
6.1.	POLUIÇÃO	4
6.2.	CONSUMO DE ÁGUA	5
6.3.	ENERGIA ELÉTRICA	5
6.4.	RESIDUOS	5
6.5.	INFRAESTRUTURA E SANEAMENTO	6
7.	REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS	7
RESUMO
O crescimento populacional nas áreas urbanas vem fazendo com que cresça o número de residências, aumentando também a quantidade de construção e edificações, seja em lotes vazios ou na demolição de casas. Este crescimento na construção de novas moradias vem causando impactos no meio ambiente, sejam por meio da retirada de recursos não renováveis ou pelo modo incorreto em que é despejado na natureza. Sendo assim, esse trabalho terá como pauta os benefícios e malefícios das demolições e construções e seus impactos ambientais e sociais.
Palavras-chaves: Densidade demográfica, geração de resíduos, descarte de resíduos, reciclagem, sustentabilidade.
INTRODUÇÃO
O trabalho proposto levará como exemplo um projeto de uma construção civil em uma cidade chamada “Engenheilândia”, na qual uma certa área era ocupada por 6 casas de tamanho considerável e as mesmas foram demolidas para a construção de um condomínio. Diante disso, vamos analisar todos os contextos ambientais e sociais por traz desse projeto. Estudando, assim, soluções para possíveis ocorrências negativas nesse senário urbano e consolidar, também, pontos positivos que essas mudanças trouxeram para a sociedade. 
Levando em consideração o número de casas, e elas ocupavam certo espaço, a demolição das mesmas gerou grandes quantidades de resíduos em “troca de um espaço livre” na qual será construída o condomínio. Esses resíduos podem gerar grandes impactos ambientais se não for aplicada a gestão certa para eles. 
A expressão impacto ambiental, segundo a Resolução n° 001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 23 de setembro de 1986 (CONAMA) é definida como: Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem estar da população, as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais. (CONAMA, 1986). 
POLUIÇÃO
Como supracitado no tópico acima, uma das desvantagens para a qualidade de vida dos cidadãos dessa cidade seria o descarte incorreto dos resíduos que a demolição das casas trouxera. O acúmulo de resíduos de construção civil em local inadequado e desprotegido atrai vários tipos de resíduos (como restos de podas de arvore, sacos de lixos, procriação de animais peçonhentos, como (escorpiões, cobras e lacraias)). Nesse viés, tal ação pode impactar diretamente no meio ambiente e na saúde pública. 
Todas as etapas do processo construtivo, tais como: extração da matéria-prima, produção de materiais, construção e demolição geram RCD que causam impactos ambientais que afetam, direta ou indiretamente, os seguintes aspectos: 
· A saúde, a segurança e o bem-estar da população;
· As atividades sociais e econômicas;
· A biota;
· As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; 
· A qualidade dos recursos ambientais. (PIOVEZAN JÚNIOR, 2007)Figura 1– Descarte de rejeito de construção civil
Fonte: https://www.fourt.com.br/decreto-regulamenta-descarte-de-lixo-da-construcao-civil/
DENSIDADE POPULACIONAL, E CONSUMO DE RECURSOS
Além dos pontos discutidos, devemos olhar também a superioridade no número de locações de um condomínio, comparado aos das casas. A princípio, tínhamos 6 casas que acomodavam 5 pessoas em cada uma delas, já no projeto do condomínio, será dois prédios de 15 andares e cada andar contendo 3 apartamentos, que acomodam até 4 pessoas, ou seja, o aumento populacional na cidade de Engenheilândia será exorbitante, acarretando diretamente na densidade demográfica.
Apesar do parágrafo acima se tratar de apenas um bairro, esse crescimento populacional, por mais que seja insignificante, à primeira vista, têm grande peso na sociedade, pois é aos poucos que a população aumenta. 
Sendo um assunto de grande importância, de modo que o os males provocados pelo crescimento demográfico acelerado são revertidos de danos que podem ser verificados tanto contra a natureza, quanto ao próprio homem. O crescimento demográfico descontrolado é questão ineludível sob o enfoque da sustentabilidade (LEFF, 2001, p. 207).
Nesse caso o aumento da população, refletiria em um aumento excessivo no consumo de água, energia elétrica, produção de resíduos e no trânsito da cidade. Sendo assim, para esse projeto, a cidade teria que estar preparada para atender essas causas. 
INFRAESTRUTURA 
Em relação infraestrutura, como as casas foram somente demolidas e um novo conjunto habitacional foi construído no local, toda a parte de dimensionamento de rede de esgoto e saneamento deveria ser pensada e refeita, devido ao aumento crescimento no número de habitantes. Se tais dimensionamentos não foram executados, diversos problemas podem surgir para a saúde dos moradores e do ambiente. Oliveira (2003) diz que, o esgoto é formado por excretas humanas (urina e fezes), por águas servidas oriundas do uso doméstico, industrial, comercial e por águas pluviais. O esgoto doméstico normalmente representa a maior parte do esgoto sanitário, sendo composto por dejetos fecais e águas servidas vindas de cozinhas, banheiros, prédios comerciais, outras instalações hidro sanitárias de residências, instalações públicas, e também contribuições de hospitais e demais locais de serviços de saúde. 
Como citado por Oliveira, fica claro a necessidade de um dimensionamento de esgoto adequado, para a saúde e qualidade de vida da cidade.
RESOLUÇÃO
De acordo com os fatos mencionados, fica evidente a importância do planejamento e da gestão correta para executar um projeto civil no ambiente urbano, caso o contrário já sabemos as consequências ambientais e socias que isso pode impactar. 
POLUIÇÃO
A princípio, vamos discutir a respeito da poluição. Diante de uma construção civil e demolições de casas, observamos a seriedade de tal ato e o comprometimento com o meio ambiente. Para que um projeto desse porte seja bem sucedido, é necessário o apoio de equipe engenheiros, arquitetos e especialista da área ambiental para que o rejeito das demolições seja destinado aos locais adequados. A maioria dos materiais de uma construção podem ser reciclados, e é esse destino que eles devem ter para que o projeto seja benevolente e esteja de acordo com a lei. Cada tipo de resíduo pode ser classificado em classes de acordo com suas possibilidades de reutilização e natureza.
 A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) institui normas para o manejo adequado de resíduos e prevê penas para quem descumpre as normas. (CONAMA, 2002.).
CONSUMO DE ÁGUA
Como observamos, também, o processo de demolição de casas, para construção de um condomínio, acarretaria em um grande número de pessoas e consequentemente o maior gasto de energia, água e maior geração de resíduos orgânicos e inorgânicos. Para que tal problemática seja resolvida, uma das alternativas seriam o projeto de um condomínio sustentável. Esse tipo de moradia é pensado de forma a respeitar a natureza e gerar o menor impacto possível. 
Nessa construção o Engenheiro responsável deverá projetar tubulações e captadores de água da chuva, para que essa água sejalevada até um reservatório especifico e possa ser utilizada para atividades diárias, como lavagens de carros e higiene do condomínio. Dessa forma o consumo de água desse compropriedade seria bem mais reduzido com essa projeção. 
ENERGIA ELÉTRICA
Já para a redução do consumo de energia, o arquiteto responsável, deverá analisar a posição dos apartamentos em relação a luminosidade do sol, sendo assim deixando janelas e espaços em lugares específicos para entrada de iluminação natural, dessa forma, durante o dia não será necessário o uso de energia elétrica para a iluminação. Outrossim, jardins verticais nos apartamentos é uma ótima alternativa para que as pessoas dispensem o ar condicionado, como dito por Catuzzo, “os jardins verticais reduzem o calor sensível, o escoamento superficial, a poluição, além de contribuir para o aumento da qualidade de vida urbana” (CATUZZO, 2013).
RESIDUOS
Sabemos que um condomínio agrega bastante pessoas, e nesse caso os resíduos aumentam consequentemente, nesse caso, para garantir um projeto com certa sustentabilidade, é necessário a distribuição de lixeiras para o descarte de diferentes tipos de lixos, e também a reserva de um local adequado para a pratica de compostagem. Dessa maneira os resíduos orgânicos virariam adubos e não iram para aterros sanitários. 
INFRAESTRUTURA E SANEAMENTO 
Levando em consideração que o condomínio foi construído sem um projeto de saneamento adequado, uma das soluções para esse problema ser solucionado, será necessário aplicar o tratamento de esgoto dentro do condômino. Os denominados ETEs (Estação de Tratamento de Esgoto Sanitários). Os tratamentos são diversificados e variam de acordo com cada necessidade, sendo assim, ficaria a critério do responsável da obra determinar a melhor opção. 
Com a construção do conjunto habitacional, as vias e ruas que dão acesso aos mesmos, ficariam, de modo interditadas por conta do aumento no número de pessoas. Uma das alternativas, com baixo custo, comparada a refazer toda a reconstrução das ruas, seria a prefeitura da cidade de Engenheilândia, acionar uma equipe especializada com engenheiros de trânsitos e transporte, a fim de reorganizar os pontos semafóricos e criar atalhos de eficiência. Nesse caso as vias teriam uma frequência melhor, diminuindo o trânsito e aumentando a segurança dos pedestres desse condomínio. Segundo o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN, 2014). “A sinalização semafórica é um subsistema da sinalização viária que através de indicações luminosas que são acionadas de forma alternada ou intermitente, com a finalidade de transmitir mensagens aos usuários da via quanto ao direito de passagem em interseções e/ou seções da via. Normalmente são empregados onde o espaço viário possui movimentos conflitantes, ou então para advertir os usuários sobre situações que podem comprometer a sua segurança.”
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n° 307, de 05 de julho de 2002. Ministério das Cidades, Secretaria Nacional da Habitação. Publicada no Diário Oficial da União em 17/07/02. 
https://www.ecycle.com.br/destinacao-entulho/
CATUZZO, H. Telhado Verde: impacto positivo na temperatura e umidade do ar. O Caso da Cidade de São Paulo. 2013. 207 f. Tese (Doutorado em Geografia Física) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-18122013-123812/en.php
CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO. Volume V: Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Brasília: 2014. __________________. MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE
 TRÂNSITO: Sinalização Horizontal - Volume IV. 1 ed. Brasília, 2007. 128 p. 
__________________. MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO: Sinalização vertical de regulamentação - Volume I. 1 ed. Brasília, 2006. 214 p.
LEFF, Enrique. Epistemologia Ambiental; tradução de Sandra Valenzuela – São Paulo: Cortez, 2010. ______. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder; tradução de Lúcia Mathilde Endlich Orth - Petrópolis: Vozes, 2001.
PIOVEZAN JÚNIOR, G.T.A. Avaliação dos resíduos de construção civil (RCC) gerados no município de Santa Rosa. Dissertação (Mestrado). 2007, 76p. Universidade Federal de Santa Maria/RS. Santa Maria, 2007.
Decreto regulamenta descarte de lixo da construção civil; Fourt, 2017. Disponível em: https://www.fourt.com.br/decreto-regulamenta-descarte-de-lixo-da-construcao-civil/ 1-fotografia.

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