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Responsabilidade civil Dano • O dano é requisito essencial da responsabilidade civil. • Não existe o dever de reparação se não houver dano, mesmo que mínimo. • O dano deve ser concreto, ou seja, deve existir. • Nunca poderá ser hipotético ou especulativo. Diversidades de ocasiões que podem ocasionar certo tipo de dano. • Deverá o dano ser ressarcido de tal forma que o lesado deveria ser restituído ao seu estado anterior ao acidente (status quo ante). • Também se relembra aqui o princípio da restitutio in integrum. • A classificação do dano é dividida em dois grandes grupos que se denominam de patrimoniais e extrapatrimoniais. • Dano patrimonial – lesão a interesse juridicamente protegido componente do patrimônio da vítima (suscetível de avaliação pecuniária). • Dano extrapatrimonial – lesão a interesse juridicamente protegido que não integrante do patrimônio (art. 92, NCC). • O dano patrimonial, também denominado de dano econômico, se subdivide em: • A) DANO EMERGENTE – o que a vítima perdeu, ou seja, seu efetivo prejuízo (sua diminuição patrimonial). B) LUCROS CESSANTES – o que razoavelmente deixou de ganhar de acordo com curso normal e expectativa; não é lucro imaginário, hipotético. • C) PERDA DE UMA CHANCE – A teoria da perda da chance considera que aquele que perde a oportunidade de proporcionar algum benefício ou evitar algum prejuízo a alguém, responde por isso . ESPECIAL Perda da chance: uma forma de indenizar uma provável vantagem frustrada Surgida na França e comum em países como Estados Unidos e Itália, a teoria da perda da chance (perte d’une chance), adotada em matéria de responsabilidade civil, vem despertando interesse no direito brasileiro – embora não seja aplicada com frequência nos tribunais do país. A teoria enuncia que o autor do dano é responsabilizado quando priva alguém de obter uma vantagem ou impede a pessoa de evitar prejuízo. • Já o dano extrapatrimonial ou denominado na praxe forense de dano moral não tem divisões. • Nele, se envolve violações a direitos fundamentais (liberdade, igualdade), direitos de personalidade (imagem, honra, nome) e violações à integridade física ou psicológica da vítima (dor, humilhação) – não são meros aborrecimentos. • A súmula 37 do Superior Tribunal de Justiça admite a cumulação de danos patrimoniais e extrapatrimoniais. • Também admite o Superior Tribunal de Justiça a cumulação de dano moral e dano estético, bastando à leitura do Recurso Especial 65393. • Os critérios de fixação que poderiam ser levados em conta são: gravidade da conduta do agente, condição econômica do ofensor, condição do ofendido, tratando-se, por óbvio, de arbitramento judicial. A responsabilidade objetiva tem como requisitos a conduta, o dano e o nexo causal. Ou seja, nesses casos o causador do dano deverá indenizar a vítima mesmo que não seja comprovada a culpa. Por outro lado, na responsabilidade subjetiva é necessário comprovar a conduta, o dano, o nexo causal e culpa do agente. João Cosme Damião, narra que logo após haver postado o formulário de inscrição, começou a torcer juntamente com seus familiares, na esperança da tão desejada mudança de vida. Só que, passados três meses, João recebeu em casa um aviso para retirar de volta, na agência dos Correios, a ficha que não chegou a ser entregue ao destinatário, por um lapso do serviço. Com isso, afirmou, teria ficado desesperado, pois toda sua esperança havia acabado.
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