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1	
	
Data:	24/08/2020	
Aula	04:	Lesões	Melanocíticas	–	Patologia	Especial	–	Professor	Pepe	
*Introdução:	Hoje	 iremos	 abordar	 um	 conteúdo	 sobre	 os	 distúrbios	 da	 pigmentação	 e	 dos	melanócitos.	 Devemos	
entender	que	essa	perda	da	pigmentação	(dada	pela	falta	dos	melanócitos)	pode	ser	focal	ou	disseminada	–	e	traz	
uma	consequência	 importante	aos	 indivíduos	–	a	maior	vulnerabilidade	aos	prejuízos	da	luz	solar.	Além	disso,	há	a	
possibilidade	de	que	algumas	lesões	dentro	desse	grupo,	podem	determinar	maiores	transformações	malignas.	
	
Exemplo	clássico	de	uma	despigmentação	–	O	albinismo	–	que	ocorre	pela	 falta	da	enzima	 tirosinase	 (essencial	
para	a	síntese	de	melanina).	Já	o	restante	das	pessoas,	temos	um	grau	diferente	da	produção	de	melanina	–	o	que	
dá	as	características	dos	diversos	tons	de	pele.	
_______________________________________________________________________________________________	
*MELANÓCITOS*	
-	São	as	células	produtoras	de	melanina,	os	quais	se	encontram	distribuídos	dentro	das	camadas	do	epitélio	(tanto	a	
epiderme,	como	a	mucosa).	
	
*Histologicamente:	Os	melanócitos	são	células	arredondadas,	de	contorno	liso,	com	citoplasma	normalmente	claro	
(mesmo	 sendo	 a	 célula	 responsável	 pela	 produção	 da	melanina	 –	 este,	 localizado	 na	 camada	 basal	 da	 epiderme,	
apenas	passa	esse	pigmento	para	as	células	vizinhas	–	para	os	queratinócitos).	*As	células	que	estão	ao	redor	dos	
melanócitos	 são	 mais	 coradas,	 pois	 recebem	 todo	 o	 pigmento	 (melanina)	 produzido.	 Além	 disso,	 as	 setinhas	 na	
imagem,	mostram	que	normalmente	os	melanócitos	não	estão	juntos	–	existem	cerca	de	quatro/cinco	queratinócitos	
que	separam	um	melanócito	de	outro.	Isso	é	importante	pois,	em	algum	momento,	veremos	lesões	em	que	há	uma	
intensa	 proliferação	 dos	 melanócitos	 e	 assim,	 acabam	 se	 formando	 ‘’ninhos’’	 de	 células	 melanocíticas	 –	 os	
melanócitos	estarão	muito	próximos	uns	dos	outros*.	
	
2	
	
*Desenho:	 Os	 melanócitos	 contém	 prolongações	 que	 se	 infiltram	 entre	 os	 queratinócitos	 (vistas	 em	 colorações	
específicas	 –	 como	a	 imuno-histoquímica).	 *Estes	melanócitos	 surgem	embriologicamente	 da	 neuroectoderme	 (na	
região	de	‘’crista	neural’’)	e	por	isso,	muitos	marcadores	imuno-histoquímicos	utilizados	para	a	marcação	de	células	
neurais,	acabam	evidenciando	também,	os	melanócitos*.	A	partir	do	momento	em	que	a	melanina	produzida	está	
em	quantidade	suficiente	dentro	dos	‘’melanossomas’’,	este	pigmento	é	repassado	para	os	queratinócitos	–	portanto	
lembrar,	que	os	melanócitos	são	DESCORADOS	e	os	queratinócitos	são	CORADOS.	
	 		
	
Obs.:	Importante	–	O	número	de	melanócitos	em	TODOS	os	indivíduos	é	igual.	O	que	varia	entre	as	pessoas	(de	pele	
mais	clara	X	mais	escura),	é	a	quantidade	de	melanina	produzida	e,	portanto,	dando	características	de	cor	de	pele	
diferentes.	
• SARDAS	(EFÉLIDES)	
	
-	Ocorre	pelo	aumento	de	produção	de	melanina	(sem	aumento	da	densidade	do	número	de	melanócitos).	
-	 São	 máculas	 pequenas	 (geralmente	 1mm	 de	 diâmetro),	 de	 coloração	 vermelha-acastanhada	 ou	 marrom-claro,	
associadas	a	exposição	solar.	
-	As	sardas	desaparecem	e	reaparecem	de	uma	forma	‘’cíclica’’	–	durante	o	inverno	(estão	menos	presente)	e	verão	
(estão	mais	presente).	
Obs.:	Não	existe	uma	relação	entre	a	presença	de	sardas	X	possibilidade	de	transformação	maligna.		
Obs.:	 Lembrar	 dos	 pacientes	 de	pele	 branca,	 cabelos	 ruivos	 e	 olhos	 claros.	 Além	 disso,	 à	medida	 que	 o	 paciente	
envelhece,	menos	propenso	é	o	aparecimento	de	sardas.	
Obs.:	 A	 produção	 e	 quantidade	 suficiente	 de	
melanina	 dentro	 dos	 queratinócitos,	
proporciona	 certa	 proteção	 dos	 raios	
ultravioleta.	 Os	 raios	 ultravioletas	 do	 tipo	 B	
(UVB)	 são	 os	 mais	 relacionados	 com	 o	
aparecimento	de	neoplasias	malignas	 –	agem	
mais	 propriamente	 no	 núcleo	 de	 nossas	
células.	 Os	 raios	 UVC	 são	 os	mais	 agressivos,	
porém,	 estes	 ficam	 restritos	 a	 camada	 de	
ozônio.	
3	
	
		
• LENTIGO	
-	 É	 uma	 hiperplasia	 de	 melanócitos	 de	 forma	 localizada	 –	 ou	 seja	 –	 não	 é	 um	 tumor	 (pois	 é	 um	 processo	
hiperplásico).	
-	É	uma	lesão	benigna	que	pode	ocorrer	em	qualquer	faixa	etária,	sobretudo	em	pacientes	crianças	e	lactantes;	não	
há	predileção	de	gênero	ou	raça;	sua	patogenia	não	é	bem	esclarecida.		
	 	
*Histologicamente:	 Os	 melanócitos	 se	 apresentam	 hiperplásicos	 (com	 aumento	 de	 número),	 porém,	 SEM	
características	 atípicas.	 Além	 disso,	 podemos	 observar	 um	 aumento	 de	 pigmentação	 da	 melanina	 –	 presença	 de	
melanina	 tanto	 nos	 queratinócitos	 (perto	 dos	 melanócitos),	 como	 também,	 pode	 existir	 uma	 ‘’incontinência	
melanocítica’’	 –	 com	 queda	 da	 melanina	 para	 a	 região	 da	 derme	 papilar	 e	 eventualmente,	 alguns	 macrófagos	
fagocitando	todo	o	conteúdo	de	melanina	(os	melanófagos).	
• LENTIGO	SIMPLEX	
Obs.:	O	lentigo	é	uma	lesão	que	pode	se	apresentar	tanto	na	pele,	como	também	em	mucosa	–	são	manchas	de	5mm	
até	1cm	de	diâmetro;	ovais	e	acastanhadas!!!	Essa	 lesão	hiperplásica	não	apresenta	correlação	com	o	aspecto	de	
verão/inverno	como	nas	lesões	de	efélides	(sardas).	
	
	
*Histologicamente:	 Presença	 de	
melanócitos	 com	 citoplasma	 claro	 e	
os	 queratinócitos	 vizinhos	 corados	
(adquirem	 todo	 o	 pigmento	
denominado	‘’melanina’’).	
	
*Histologicamente:	 O	 aspecto	
histológico	 essencial	 e	 exclusivo	 do	
‘’lentigo’’	 é	 a	 hiperplasia	
melanocítica	linear	na	camada	basal.	
Logo,	 os	 queratinócitos	 na	 camada	
basal	 se	 observarão	
hiperpigmentados.	
4	
	
	
*Desenho:	 Epitélio	 com	melanócitos	 localizados	 na	 camada	 basal	 (em	 amarelo).	 No	 Lentigo,	 há	 uma	 hiperplasia	
melanocítica	 linear,	 ou	 seja,	 há	 uma	 proliferação	 de	maneira	 que	 os	melanócitos	 fiquem	 um	 ao	 lado	 do	 outro.	 É	
chamada	de	‘’linear’’,	pois	é	uma	hiperplasia	que	acompanha	a	camada	basal	do	epitélio	(riscos	pretos	em	cima	dos	
melanócitos)	não	ocorrendo,	portanto,	uma	proliferação	de	melanócitos	de	forma	agrupada.	
	
Obs.:	Algumas	vezes,	podemos	observar	os	‘’melanossomos	gigantes’’	ou	‘’macromelanossomos’’	(apontados	pela	
célula)	–	um	acúmulo	de	melanina	dentro	das	células	que	ocorre	de	forma	mais	rara,	não	sendo	patognomônico	do	
Lentigo	Simplex.	
*PADRÃO	LENTIGINOSO*	
Obs.:	 Essa	 proliferação	 linear	 é	 tão	 característica	 do	 lentigo,	 que	 hoje,	 utiliza-se	 o	 termo	 ‘’lentiginoso’’	 –	 para	
descrever	proliferações	de	 células	que	 lembram/são	 semelhantes	ao	 Lentigo	–	ou	 seja	 -	 em	que	 também	há	uma	
proliferação	linear.	
Ex.:	 O	 melanoma	 (tumor	 maligno)	 pode	 se	 apresentar	 com	 essa	 proliferação	 linear.	 Quando	 isso	 ocorre,	 o	
denominaremos	de	 ‘’Melanoma	Lentiginoso’’.	 Já	os	 tumores	benignos	dos	melanomas	 (os	nevos),	quando	adquire	
essa	característica	de	crescimento,	também	poderá	ser	denominado	como	‘’Nevo	Lentiginoso’’.	
	
*Histologicamente:	Padrão	de	melanócitos	com	crescimento	linear,	e	não	agrupado.	
Obs.:	Devemos	lembrar	que	tanto	nas	sardas	como	no	lentigo	simplex	estamos	nos	remetendo	a	lesões	relacionadas	
a	célula	-	melanócitos.	
• NEVO	MELANOCÍTICO	
5	
	
	
Obs.:	Neste	caso,	por	 ser	uma	 lesão	 tumoral,	não	podemos	nos	 remeter	a	célula	 (melanócitos).	Assim	sendo,	nos	
remeteremos	ao	termo	de	‘’células	névicas’’	–	as	quais	constituem	essa	lesão	tumoral.	*É	uma	questão	de	conceito*.	
Obs.:	Na	maioria	das	vezes,	este	tumor	é	calçado	por	mutações	adquiridas	na	via	de	sinalização	do	RAS	(presente	
em	vários	tipos	de	tumores	–	ex.:	tumor	de	pulmão).	Ou	seja,	essa	via	de	sinalização	sofre	diversas	mutações	para	
poder	desencadear	o	início	de	proliferação	descontrolada.		
*Mas	então,	se	começa	a	proliferar	demais,	esta	lesão	inicialmente	benigna	pode	começar	a	desencadear	um	tumor	
maligno	também?	R	=	É	muito	raro	e	difícil,	pois	a	mutação	pontual	dentro	dos	nevos	é	justamente	nos	‘’RAS’’	-	isso	
promove	uma	proliferação	por	período	limitado	–	após	este	período,	há	indução	de	senescência	–	ou	seja	-é	retirado	
todo	o	estímulo	em	certo	momento	e	as	células	acabam	partindo	para	a	morte.	
~Classificação	Microscópica~	
	
*Desenho:	Em	rosa	(porção	superior)	nos	remete	a	porção	da	epiderme.	Já	em	roxo	(porção	 inferior)	nos	remete	a	
derme	papilar.	Em	todos	os	casos,	 temos	proliferação	de	células	névicas	–	em	que	a	 lesão	 inicial,	será	considerada	
como	 ‘’nevo	 juncional’’	 (com	agregados/ninhos	de	células	névicas	SEM	característica	de	atipia	ao	 longo	da	 junção	
dermoepidérmica).	Ao	longo	do	tempo,	esta	proliferação	pode	se	tornar	um	‘’nevo	composto’’	(onde	há	crescimento	
dermoepidérmico	 +	 crescimento	 na	 derme	 subjacente).	 E	 por	 fim,	 nas	 lesões	 mais	 antigas,	 teremos	 o	 ‘’nevo	
intradérmico’’	(onde	todas	as	proliferações/ninhos	estão	restritas	unicamente	na	região	de	derme).	
Obs.:	 Importante	 lembrarmos	a	diferença	entre	as	células	névicas	nos	vários	tipos	de	nevos	X	 lesão	do	 lentigo	–	
pois	 no	 lentigo,	 a	 proliferação	 (hiperplasia)	 dos	 melanócitos	 era	 dada	 de	 forma	 linear.	 Neste	 caso	 de	 nevo,	
teremos	proliferações	de	células	névicas	em	agregados	(ninhos).		
*NEVO	JUNCIONAL*	
	
-	 Lesão	 tumoral	 (mesmo	 que	 benigna),	
caracterizada	 por	 ser	 uma	 mácula	
achatada/pápula	 elevada	 com	 bordas	
arredondadas	 e	 definidas,	 com	 tamanho	
geralmente	 menor	 que	 6mm	 de	 largura,	
uniformemente	 pigmentadas	 (ou	 seja	 –	
com	apenas	 um	 tipo	 de	 coloração	 –	mais	
acastanhada).	
-	 Existem	 vários	 tipos	 de	 nevos	
melanocíticos,	 com	 várias	
características	 diversas	 (tanto	
clínica,	 como	 histológica).	 Os	 três	
principais	 são:	 nevo	 juncional;	
nevo	 composto	 e	 nevo	
intradérmico.	
6	
	
-	Proliferação	das	células	névicas	agrupadas/em	ninhos	–	no	limite	entre	a	epiderme	e	a	derme.	
*Histologicamente:	 Conseguimos	 observar	 claramente	 a	 região	 de	 separação	 entre	 a	 epiderme	 e	 a	 derme.	Nesta	
porção,	temos	a	visualização	dos	ninhos/agregados	de	células	névicas	de	maneira	bem	focal	–	células	arredondadas,	
com	contornos	bem	definidos,	sem	atividade	mitótica,	com	difícil	visualização	de	nucléolo.	
*Macroscopicamente:	São	lesões	pequenas,	relativamente	planas,	com	coloração	única	e	simétrica	(importante	para	
observarmos	a	evolução).	
*NEVO	COMPOSTO*	
	
-	Observação	de	ninhos	celulares	tanto	entre	a	epiderme/derme	+	componente	de	células	em	região	de	derme.	
*Histologicamente:	 Conseguimos	 observar	 um	 ninho	 de	 células	 névicas	 na	 junção	 dermoepidérmica,	 bem	 como	
vários	ninhos	de	células	névicas	também	em	região	de	derme	papilar	–	subjacente	a	epiderme.	
*Macroscopicamente:	 Lesão	 elevada	 em	 formato	 de	 ‘’cúpula’’,	 simétrica	 e	 com	 pigmentos	 uniformemente	
distribuídos.	
*NEVO	INTRADÉRMICO*	
	
-	Observação	de	proliferação	névica	restrita	unicamente	a	camada	da	derme.	
*Histologicamente:	Observar	 a	 junção	 dermoepidérmica	 (a	 qual	 não	 apresenta	 nenhuma	 formação	 de	 ninhos	 de	
células	 neoplásicas).	 Porém,	 já	 em	 região	 de	 derme	 papilar	 (principalmente)	 e	 derme	 reticular,	 conseguimos	
evidenciar	 a	 proliferação	 de	 células	 névicas	 com	 característica	 benigna	 (sem	 atipia;	 sem	 nucléolo	 evidente;	 sem	
hipercromatismo;	sem	pleomorfismo;	sem	mitoses	atípicas).	
*Macroscopicamente:	Clinicamente,	de	uma	forma	geral,	estes	nevos	são	um	pouco	mais	elevados	(principalmente	
quando	 comparados	 com	 os	 nevos	 juncionais).	 *A	 conotação	 clínica	 deste	 nevo	 é	 unicamente	 descartar	 a	
possibilidade	de	malignidade	(pois	é	uma	lesão	totalmente	benigna)*.	
7	
	
	 	
	
	
	
	
	 	
	
*Histologicamente:	Conseguimos	observar	nas	regiões	mais	profundas	da	derme,	que	as	células	névicas	deixam	de	
ser	‘’arredondadas’’	e	passam	a	ser	mais	‘’fusiformes’’	e	menos	coradas	(circuladas	em	amarelo)	–	sofrem	o	chamado	
processo	de	‘’Neurotização’’	–	pois	as	células	deixam	de	receber	estímulos/ficam	em	fase	de	senescência	-	o	qual	não	
ocorrerá	na	lesão	de	melanoma,	por	exemplo.	
Obs.:	 O	 termo	 ‘’neurotização’’	 se	 refere	 ao	 aspecto	 da	 célula	 fusiforme	 –	 acabam	 lembrando	 o	 aspecto	 de	 uma	
célula	nervosa.	
• NEVO	DISPLÁSICO	
*Histologicamente:	Conseguimos	 observar	 o	 revestimento	 epitelial	 e	
por	 baixo	 (em	 região	 de	 derme),	 observamos	 a	 presença	 de	 células	
névicas	(primeira	imagem).	Em	maior	aumento	(segunda	imagem)	este	
fragmento	nos	mostra	o	limite	do	epitélio	e	por	baixo,	todas	as	células	
névicas	(com	citoplasma	mais	eosinofílico;	núcleo	sem	atipia;	presença	
de	pigmento	melânico	dentro	das	células	tumorais)	que	se	estende	até	
a	profundidade	da	derme	reticular.	
8	
	
	
-	 É	 uma	 lesão	 importante,	 pois	 pode	 ser	 uma	 lesão	 precursora	 direta	 dos	 ‘’melanomas’’	 (tumor	 maligno	 dos	
melanócitos).	 *Não	devemos	associar	 que	 necessariamente	 irá	 evoluir	 para	 um	melanoma,	 porém,	 indivíduos	 que	
possuem	grandes	quantidades	de	nevos	displásicos,	já	começa	a	ser	considerado	como	um	fator	de	risco	aumentado	
para	o	melanoma*.	
-	 É	 uma	 lesão	 melanocítica	 com	 células	 apresentando	 características	 atípicas	 (com	 células	 hipercromáticas,	
pleomorfismo).	
		
	
		
Obs.:	 A	 Classificação	 de	 Clark	 descreve	muito	 bem	 toda	 a	 evolução	 de	 uma	 sarda/lentigo/nevo	 displásico	 para	 o	
Melanoma	em	si.	Essas	etapas	potenciais	são	descritas	na	seguinte	imagem:	
Obs.:	Existe	a	 ‘’Síndrome	dos	Nevos	Displásicos’’	
–	onde	o	indivíduo	apresenta	inúmeros/centenas	
de	nevos	displásicos	espalhados	pelo	corpo.	Estes	
nevos,	em	sua	maioria,	são	maiores	que	5mm	de	
diâmetro	 e	 se	apresentam	como	máculas	planas	
ou	 elevadas,	 com	 superfície	 áspera	 e	 em	
‘’formato	de	alvo’’	–	com	sua	parte	central	mais	
elevada	e	mais	escura	quando	compara	a	porção	
periférica	da	lesão.	
*Histologicamente:	 Comparando	 com	 os	
Nevos	 vistos	 anteriormente,	 neste	 caso,	
conseguimos	 observar	 maior	
desorganização	 –	 com	 atipias,	 fibroses	
lamelar	(fibrose	entre	os	cordões	de	células	
névicas),	fibrose	linear.	
	
9	
	
		
	
• MELANOMA	
-	É	a	neoplasia	maligna	de	pele	com	maior	índice	de	mortalidade.	
-	Esta	 lesão	pode	ter	um	caráter	hereditário	 (10-15%)	e	esporádico	 (em	sua	maioria	–	associado	a	danos	celulares	
causados	pela	radiação	ultravioleta).	
		
	
~Progressão	da	Doença:	Importante~	
-	 Inicialmente,	 o	 melanoma	 possui	 crescimento	 ‘’radial’’	 –	 com	 propagação	 horizontal	 dentro	 da	 epiderme	 e	 da	
derme	 superficial	 (não	 existindo	 metástase	 nessa	 fase).	 Após	 certo	 período	 (desconhecido),	 este	 começa	 a	
apresentar	um	crescimento	 ‘’vertical’’	 –	onde	as	 células	 tumorais	 invadem	em	direção	as	 camadas	dérmicas	mais	
profundas	como	uma	massa	expansiva	(determinando	a	visualização	de	um	nódulo).	*Este	crescimento	ocorre,	pois,	
as	 células	 neste	momento,	 conseguiram	 adquirir	 um	 potencial	metastático	 –	 com	 infiltração	 local,	 infiltração	 em	
vasos	sanguíneos,	vasos	linfáticos	e	nervos*.		
	=	Crescimento	Radial	(horizontal)	
Acima,	todos	os	passos	para	se	chegar	a	
um	melanoma.	Na	segunda	imagem,	
todas	as	figuras	ressaltando	as	
características	das	células	em	cada	
etapa.	*Lembrar	que,	para	que	haja	o	
desenvolvimento	de	um	melanoma,	são	
necessárias	intensas	mutações	–	não	só	
da	via	de	sinalização	RAS,	como	também	
em	outros	genes	(ex.:	P16,	CDKN2A).	
Obs.:	Ao	contrário	dos	nevos	benignos,	o	
melanoma	possui	grande	variação	na	cor	
(com	áreas	escuras,	marrons,	cinza,	azul,	
áreas	hipopigmentadas	–	variando	muito);	
bordas	irregulares	(com	‘’chanfraduras’’).	
*Estas	características	são	muito	
importantes	e	chamam	muito	a	atenção	dos	
dermatologistas	para	realizarem	a	biópsia	
da	lesão*.	
10	
	
	=	Crescimento	Vertical	
		
Obs.:	Existe	uma	dificuldade	histológica	muito	grande	em	diferenciar	as	lesões	benignas	das	malignas.	Normalmente,	
iremos	notar	e	identificar	diversas	características	atípicas	para	tentar	diferenciar.	
Obs.:	Uma	das	características	mais	importantes	dentro	do	melanoma	são	os	fatores	prognósticos,	como:		
	
(2)	=	Quanto	maior	o	número	de	mitoses,	mais	agressivo	é	o	tumor.(3)	=	A	evidência	de	regressão	do	tumor	diz	respeito	a	um	pior	prognóstico.	
(4)	=	Existe	um	maior	número	de	linfócitos	em	lesões	mais	planas/finas	(isso	é	bom	–	pois	há	maior	combate).	
(5)	=	As	lesões	no	sexo	masculino	possuem	pior	prognóstico	quando	comparado	ao	feminino.	
(6)	=	As	lesões	acrais	apresentam	um	pior	prognóstico,	quando	comparado	a	outras	localizações	do	corpo.	
-	Entre	os	fatores	prognósticos,	tem-se	a	Classificação	de	Clark	(visualizar	a	extensão	da	lesão)	e	o	Breslow	(com	a	
profundidade	de	invasão	da	lesão	–	ex.:	1,5	de	profundidade	de	lesão	nos	remete	a	um	pior	prognóstico).		
*Histologicamente:	As	células	tumorais	do	
melanoma	são	células	maiores	(quando	
comparada	a	um	melanócito	normal).	O	
núcleo	das	células	é	totalmente	
proeminente,	com	contorno	irregular;	a	
cromatina	do	núcleo	é	mais	densa	na	
periferia	do	que	na	região	central;	nucléolos	
evidentes	com	coloração	mais	eosinofílica.	
11	
	
	
*Relembrando...*	
~Regra	do	ABCD	diferenciando	Lesões	Benignas	X	Lesões	Malignas~	
	
_______________________________________________________________________________________________	
*Aula	Prática*	(Lâminas)	
~Lâmina	01:	Carcinoma	Basocelular	
-	Os	 cortes	microscópicos	 revelam,	 na	 derme,	 ilhotas	 constituídas	 exclusivamente	 por	 células	 tumorais	 de	 núcleo	
oval	e	cromatina	densa	(figura	A),	lembrando	a	camada	basal	do	epitélio	da	epiderme,	e	apresentando	na	periferia,	
células	arranjadas	perpendicularmente	à	superfície,	numa	disposição	em	paliçada	(figura	B).	
-	Algumas	regiões	dos	blocos	celulares	neoplásicos	apresentam-se	separados	do	estroma	adjacente	por	finas	fendas	
(figura	 C).	 Em	 outros	 cortes,	 os	 ninhos	 de	 células	 neoplásicas	 apresentam	 degeneração	 cística	 com	 presença	 de	
macrófagos	carregados	de	melanina	(figura	D).	
-	Suprajacente,	verifica-se	epiderme	constituída	por	epitélio	pavimentoso	estratificado	queratinizado,	com	camada	
granulosa	evidente,	e	áreas	da	camada	basal	que	se	continuam	com	os	ninhos	de	células	tumorais	(figura	E).	
Obs.:	Nos	cortes	analisados,	as	margens	da	lesão	estão	comprometidas.	
*Figura	A:	
		
-	Entre	os	fatores	prognósticos,	tem-se	a	
Classificação	de	Clark	(visualizar	a	
extensão	da	lesão)	e	a	Profundidade	de	
Breslow	(com	a	profundidade	de	invasão	
da	lesão	–	ex.:	1,5	de	profundidade	de	
lesão	nos	remete	a	um	pior	prognóstico).		
	
Presença	de	células	tumorais	que	
lembram	a	camada	basal,	
formando	‘’ninhos’’	em	região	de	
derme.	
12	
	
*Figura	B:	
		
*Figura	C:	
		
*Figura	D:		
	 		
*Figura	E:	
		
Células	tumorais	da	periferia	
demarcadas	em	rosa	–	mostrando	uma	
característica	importante	do	carcinoma	
basocelular	–	as	células	‘’em	paliçada’’;	
com	disposição	perpendicular.	
Presença	das	fendas	de	retração	
(área	esbranquiçada	demarcada	
pela	seta)	-	característica	
importante	e	quase	exclusiva	do	
CBC	–	que	separa	a	região	das	
ilhotas	de	células	neoplásicas	da	
região	do	estroma.	
Presença	de	eventuais	formações	
císticas	no	carcinoma	basocelular.	
Em	seu	interior,	presença	de	
macrófagos	dotados	de	melanina	
em	seu	citoplasma	–	os	
melanófagos.	*Não	é	um	evento	
que	ocorre	sempre,	mas	pode	sim	
ocorrer!!!	
Região	do	Epitélio	Estratificado	
Pavimentoso	Queratinizado	–	com	
camada	granulosa	evidente.	Além	
disso,	algumas	dessas	células	tumorais	
se	continuam	com	a	camada	basal.	
13	
	
		
~Lâmina	02:	Doença	de	Bowen	(Carcinoma	In	Situ	–	aquele	que	respeita	a	membrana	basal/não	invade	o	tecido	
conjuntivo).	
-	 Os	 cortes	 microscópicos	 revelam	 um	 fragmento	 de	 pele	 revestido	 por	 epitélio	 pavimentoso	 estratificado	
queratinizado	 com	 hiperparaqueratose	 (figura	 A),	 apresentando	 áreas	 hiperplásicas	 e	 cristas	 alongadas	 com	
características	 displásicas	 como	 hipercromatismo	 nuclear,	 vacuolização	 citoplasmática,	 aumento	 do	 número	 de	
mitose,	 disqueratose	 e	 discreto	 pleomorfismo;	 a	 displasia	 é	 observada	 em	 todas	 as	 camadas	 do	 revestimento	
epitelial	(figura	B).	
-	 Subjacente,	 na	 derme	 papilar	 observam-se	 focos	 de	 intenso	 infiltrado	 inflamatório	 mononuclear,	 incontinência	
pigmentar	associada	a	melanófagos,	bem	como	elastose	solar	(figura	C).	Mais	profundamente,	na	derme	reticular,	
constituído	por	tecido	conjuntivo	fibroso	densamente	colagenizado,	verificam-se	vasos	sanguíneos	mais	calibrosos,	
áreas	hemorrágicas,	células	adiposas,	feixes	nervosos	e	folículos	pilosos	(figura	D).	
*Figura	A:	
		
*Figura	B:	
	
	
	
	
Margens	da	lesão	comprometida	–	isto	é,	foi	
retirado	um	fragmento	da	pele	do	paciente,	
porém,	conseguimos	visualizar	além	da	margem	
feita	(em	rosa),	que	mesmo	quando	o	fragmento	
em	si	acaba,	ainda	possui	restos	de	células	
tumorais.	
Epitélio	estratificado	pavimentoso	
queratinizado	com	foco	de	
‘’hiperparaqueratose’’	(na	seta).	
Imagens	comparando	uma	área	de	epitélio	normal	(evidenciado	no	círculo	amarelo)	X	área	de	epitélio	
hiperplásico	(evidenciada	pela	seta	amarela)	–	nos	remetendo	a	uma	intensa	proliferação	de	células	com	as	
criptas	epiteliais	alongadas.	
14	
	
	
		
*Figura	C:	
		
		
		
*Figura	D:	
Algumas	características	displásicas	–	como	
hipercromatismo	(células	muito	coradas);	
discreto	pleomorfismo	(percebemos	
diferença	entre	os	tamanhos	de	células);	
presença	de	inúmeras	mitoses	fora	da	
camada	basal.	
Área	de	displasia	sendo	observada	por	
todo	o	epitélio	(em	todas	as	camadas),	
com	perda	de	toda	a	arquitetura.	
Área	com	intenso	infiltrado	
inflamatório	mononuclear	–	
presença	de	linfócitos	na	região	
demarcada.	
Presença	de	Incontinência	
Pigmentar	associada	aos	
melanófagos	–	ou	seja	–	presença	
de	macrófagos	fagocitando	
depósitos	de	melanina	presentes	
na	derme.	
Presença	da	Elastose	Solar	–	áreas	de	
degeneração	de	fibras	elásticas	
(evidenciadas	por	áreas	mais	basofílicas	–	
roxas)	circundadas	pelo	círculo	amarelo.	É	
uma	substância	amorfa;	granular	–	
relacionada	com	a	exposição	crônica	ao	sol.	
15	
	
		
		
		
~Lâmina	03:	Carcinoma	Espinocelular	(CEC	Bem	Diferenciado)	
-	 Os	 cortes	 microscópicos	 revelam,	 na	 região	 da	 derme	 profunda,	 cordões	 de	 células	 epiteliais	 neoplásicas	
hipercromáticas	 com	 contornos	 angulados,	 apresentando	 intensas	 características	 displásicas	 como	 pleomorfismo	
celular	e	nuclear,	disqueratose,	mitose	atípicas,	e	tentativa	de	formação	de	pérolas	córneas	(figura	A).	De	permeio	
aos	ninhos	neoplásicos	observa-se	intenso	infiltrado	inflamatório	mononuclear	e	desmoplasia	(figura	B).	
-	 Suprajacente,	 verifica-se	 epiderme	 constituída	 por	 epitélio	 pavimentoso	 estratificado	 queratinizado	 com	 anexos	
cutâneos	na	derme	subjacente	(figura	C).	
Obs.:	Nos	cortes	analisados,	as	margens	da	lesão	estão	comprometidas.	
*Figura	A:	
		
Em	área	mais	profunda	(derme	
reticular),	evidenciam-se	áreas	de	tecido	
adiposo	(células	esbranquiçadas);	
intensa	área	hemorrágica	(vermelhidão	
ao	redor	das	células	adiposas	–	com	
conjunto	de	hemácias).	
Derme	reticular	evidenciando	áreas	de	
vasos	sanguíneos	e	feixes	musculares	
(evidenciado	pelo	círculo	em	amarelo).	
Presença	dos	folículos	pilosos.	
Em	menor	aumento,	conseguimos	
visualizar	a	lâmina	como	um	todo.	
Na	área	da	setinha,	todo	o	
revestimento	epitelial;	no	círculo,	
toda	a	área	tumoral	–	onde	
focaremos	com	todas	as	estruturas	
existentes	na	derme	profunda.	
16	
	
	
	
		
*Figura	B:	
		
		
*Figura	C:	
Células	tumorais	bem	
atípicas	–	com	
características	de	núcleos	
irregulares	e	com	muito	
hipercromatismo	(células	
fortemente	coradas);	
forte	pleomorfismo.		
Apesar	de	ser	uma	neoplasia	
muito	desorganizada,	é	um	tumor	
bem	diferenciado	–	pois	evidencia-
se	células	(marcadas	pela	seta)	na	
tentativa	de	formação	de	
queratina	(pérola	córnea).	
Área	evidente	de	desmoplasia	–	
capacidade	que	o	tecido	tumoral	
apresenta	de	estimular	células	
produtoras	de	tecido	conjuntivo	
fibroso	densamente	colageinizado	
perto	de	áreas	tumorais.	
Presença	de	intenso	infiltrado	
inflamatório	(vários	pontinhos	
roxos)	entre	os	cordões	de	
células	tumorais.	
17~Lâmina	04:	Queratoacantoma	
	=	Imagem	macroscópica	da	lesão	–	com	tempo	de	evolução	de	dois	meses.	
-	 Os	 cortes	 microscópicos	 revelam,	 um	 fragmento	 de	 pele,	 apresentando	 proliferação	 de	 células	 epiteliais	 com	
maturação	normal,	camada	granulosa	evidente,	disqueratose,	e	crescimento	exofítico	em	‘’formato	de	taça’’	(figura	
A).	Centralmente	observa-se	um	grande	tampão	de	queratina	(compatível	com	a	observação	clínica),	com	presença	
de	células	exibindo	citoplasma	vítreo	eosinofílico	de	coloração	pálida,	mostrando	uma	 tendência	marcante	para	a	
queratinização	(figura	B).	
*Figura	A:	
		
		
Epitélio	pavimentoso	estratificado	
queratinizado	com	presença	de	
anexos	–	neste	caso	(da	seta)	um	
folículo	pilossebáceo.	
Muitas	células	tumorais	presentes	no	limite	
de	margem	da	lesão	–	isto	é	importante,	pois	
muito	provável	que	tenham	ficado	restos	
tumorais	no	paciente	que	necessitam	ser	
retirados	ainda.	
Fragmento	da	pele	em	‘’formato	de	taça	
de	vinho’’	–	muito	característico!!!	
Presença	de	hiperplasia	–	porém,	sem	
nenhuma	característica	atípica.	As	
camadas	possuem	maturação	normal;	
camada	granulosa	muito	evidente.	
18	
	
	
*Figura	B:	
	
		
Obs.:	Outro	diagnóstico	diferencial	que	podemos	pensar	seria	o	carcinoma	espinocelular.	Porém,	podemos	descartar	
essa	 lesão,	 visto	que	para	 ser	CEC	deveria	 conter	algumas	 características	atípicas;	 e	neste	 caso	de	 lesão,	 estamos	
diante	de	uma	manifestação	mais	benigna.	
~Lâmina	05:	Nevo	Composto	
-	O	revestimento	da	epiderme	está	constituído	por	epitélio	pavimentoso	estratificado	queratinizado	(figura	A).	
-	 Os	 cortes	 microscópicos	 revelam,	 apresentando	 na	 camada	 basal	 acúmulos	 de	 células	 névicas	 com	 núcleos	 de	
contornos	uniformes	e	arredondados,	com	discreta	pigmentação	melânica,	bem	como	ninhos	e	cordões	de	células	
neoplásicas	na	região	da	derme	subjacente	(figura	B).	Mais	profundamente,	na	derme	reticular	observam-se	tecido	
conjuntivo	fibroso	densamente	colagenizado	e	anexos	cutâneos.	
*Figura	A:	
		
*Figura	B:	
Epitélio	pavimentoso	estratificado	
queratinizado	fino.	Subjacente	a	ele,	
observamos	a	área	de	derme	papilar	
(frouxa)	e	derme	reticular	(mais	
densa).	
Tampão	de	queratina	ao	centro	da	lesão	
(aspecto	mais	rosado	demarcado).	
Células	com	citoplasma	vítreo	–	
ou	seja	–	citoplasma	‘’em	vidro	
fosco’’;	mais	pálidas	–	bem	
característico	de	
Queratoacantoma!!!	
19	
	
		
		
	
~Lâmina	06:	Melanoma	Maligno	Nodular	
Obs.:	 Existem	 teorias	 que	 não	 dizem	 que	 o	melanoma	maligno	 de	 aspecto	 nodular	 não	 apresenta	 o	 crescimento	
radial	(horizontal)	em	sua	formação,	mas	sim,	já	começa	com	um	aspecto	vertical.	
-	Os	cortes	microscópicos	revelam,	na	derme,	proliferação	de	células	neoplásicas	grandes,	arredondadas,	de	aspecto	
epitelioide	(célula	grande);	citoplasma	eosinofílico	e	pigmentação	esparsa.	Nota-se	intenso	pleomorfismo	nuclear	e	
escassas	 figuras	mitóticas	 (figura	A).	 Suprajacente,	na	epiderme,	 verifica-se	 revestimento	epitelial	 constituído	por	
epitélio	pavimentoso	estratificado	queratinizado	com	presença	de	pérola	córnea	(figura	B).	
-	Não	foi	evidenciada	invasão	angio-linfática	ou	perineural	(figura	C).	
-	Invasão	até	a	derme	reticular	(Nível	IV	de	CLARK)	(figura	D).	
-	Espessura	máxima:	2,2mm	(BRESLOW)	–	vemos	a	partir	da	camada	granulosa,	quantos	milímetros	de	invasão	tem	o	
tumor	(sendo	que	a	partir	de	1,5mm	será	considerado	como	um	pior	prognóstico)	(figura	E).	
Obs.:	As	margens	cirúrgicas,	nos	cortes	histológicos	analisados,	estão	livres	–	ou	seja	–	foi	retirado	todo	o	tumor	(não	
há	células	tumorais	sobrando).	
*Figura	A:	 	
Ao	nível	da	junção	
dermoepidérmica,	temos	a	
formação	de	ninhos	de	células	
névicas	(células	neoplásicas)	de	
contorno	
definido/uniforme/arredondada.	
Além	disso,	discreta	pigmentação	
melânica.	
Presença	de	ninhos	de	células	névicas	na	
camada	subjacente	–	ou	seja	–	na	derme.	
Assim,	cordões	de	células	névicas	na	
junção	dermoepidérmica	+	cordões	de	
células	névicas	em	derme	=	Nevo	
Composto.	
Células	névicas	bem	evidenciadas	–	
são	células	pequenas;	com	núcleo	
regular;	sem	mitoses	evidentes;	sem	
alterações	pleomórficas	=	são	bem	
benignas.	
20	
	
		
		
*Figura	B:	
		
*Figura	C:	
		
		
Células	com	aspecto	epitelioide	–	ou	
seja	–	células	de	epitélio	(são	grandes,	
com	núcleo	proeminente,	
arredondadas).	
Pleomorfismo	bem	evidente	–	algumas	
células	bem	pequenas,	outras	células	muito	
maiores	quando	comparadas;	pigmentação	
pouca	e	esparsa.	
Presença	de	vasos	sanguíneos	livres	de	
células	tumorais	–	ou	seja	–	indicativo	de	
que	não	há	metástase.	
Presença	de	feixe	nervoso	
(circundado)	livre	de	células	
tumorais	também	–	ou	seja	–	sem	
invasão,	indicando	um	melhor	
prognóstico!!!	
Epitélio	pavimentoso	estratificado	
queratinizado	–	presença	da	camada	córnea	
bem	marcada	pela	seta.	
21	
	
*Figura	D:	
		
	
*Figura	E:	
		
~Adriane	Barbosa	
Linha	separando	a	‘’derme	papilar’’	(porção	
superior)	X	‘’derme	reticular’’	(porção	
inferior).	Neste	caso	de	tumor,	há	invasão	
até	a	derme	reticular	(porção	mais	
densamente	colageinizada).	
Invasão	das	células	tumorais	em	região	de	
derme	reticular.	Isso	é	importante	para	a	
definição	do	prognóstico!!!	
Maneira	de	medir	a	profundidade	do	tumor	
(Índice	de	Breslow)	–	neste	caso	de	tumor,	a	
profundidade	é	de	1,96	–	ou	seja	–	maior	
que	1,5	(já	indicativo	de	um	prognóstico	um	
pouco	pior).