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HIPOTIREOIDISMO João Bezerra da Silva Neto Orientadora: Jamilly Veríssimo Meira Teixeira ROTEIRO ● DEFINIÇÃO ● ETIOLOGIAS ● SINAIS E SINTOMAS ● DIAGNÓSTICO E CARACTERÍSTICAS LABORATORIAIS ● ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS X HIPOTIREOIDISMO ● TRATAMENTO ● T4 É SUFICIENTE PARA TODOS? ● QUESTÕES TEEM ● CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. American Thyroid Association. Guidelines for the Treatment of Hypothyroidism. V24, N12, 2014 Ono, Y. et al.Clinical characteristics and outcomes of myxedema coma: Analysis of a national inpatient database in Japan. Journal of Epidemiology.v27, i 3, 2017. p.117-122 MEZZOMO, T.R.,NADAL, J. Efeito dos nutrientes e substâncias alimentares na função tireoidiana e no hipotireoidismo. Demetra; 2016; 11(2); 427-443 Jonklaas J, Bianco AC, Cappola AR, Celi FS, Fliers E, Heuer H, McAninch EA, Moeller LC, Nygaard B, Sawka AM, Watt T, Dayan CM. Evidence-Based Use of Levothyroxine/Liothyronine Combinations in Treating Hypothyroidism: A Consensus Document. Thyroid. 2021 Feb;31(2):156-182. https://www.sciencedirect.com/science/journal/09175040 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ETTLESON, M.D., BIANDO, A.C.,Individualized Therapy for Hypothyroidism: Is T4 Enough for Everyone?, The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, v105, i9, Sept 2020, p.e3090–e3104 DEFINIÇÃO “O hipotireoidismo é uma síndrome clínica resultante da produção deficiente ou ação inadequada dos hormônios tireoidianos (HT), com consequente lentificação generalizada dos processos metabólicos” Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. ETIOLOGIAS Pode ser classificado como: Primário (por mau funcionamento da própria tireoide) Secundário (de causa hipofisária, por deficiência de TSH) Terciário (por deficiência hipotalâmica do hormônio [TRH]) Periférico ( resistência à ação periférica dos HT ou de sua metabolização aumentada) Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021 ADULTOS TIREOIDITE DE HASHIMOTO ➔ Doença autoimune ➔ Elevado (anti TPO). ➔ Elevação de outros auto anticorpos: ◆ anti Tireoglobulina ◆ Anti trab Bloq menos comuns Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. ADULTOS DOENÇA DE GRAVES ➔ Pode ter o hipotireoidismo como estágio final. ➔ hipertireoidismo autoimune --> hipotireoidismo e vice versa ◆ Mudanças no tipo predominante de anticorpos contra o receptor do TSH (de estimuladores para bloqueadores) Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. ADULTOS ➔ Hemocromatose ➔ Sarcoidose ➔ Esclerose sistêmica progressiva OUTRAS ETIOLOGIAS ➔ Radioterapia externa de cabeça e pescoço e de corpo inteiro ➔ Agenesia e ectopia tireoidianas ➔ Disormonogênese congênita ➔ Deficiência de iodo grave ➔ Fármacos {DOENÇAS INFILTRATIVAS antitireoidianos de síntese iodo lítio amiodarona inibidores de tirosinoquinase interferon α interleucina Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. Etiologias do HTC ADQUIRIDO CONGÊNITO{ ADQUIRIDO Qualquer processo neoplásico, inflamatório, infiltrativo, isquêmico ou traumático na hipófise ou hipotálamo Tratamento cirúrgico ou Radioterápico Síndrome de Sheehan Hipofisite linfocítica Apoplexia hipofisária TCE CAUSAS Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. CONGÊNITO ● Hipotireoidismo hereditário + deficiência de GH e prolactina ● Mutações dos genes: POU1F1PROP1 Subunidade beta do TSH (Mutação nonsense) ● Supressão dos tireotrofos fetais por hipertireoidismo materno: ○ HCC transitório Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. Etiologias do HTP CONSULTIVO RESISTÊNCIA HORMONAL{ HIPOTIREOIDISMO CONSULTIVO ➔ Raro ➔ Excessiva inativação dos hormônios tireoidianos pela enzima D3 ➔ Produzida por tumores ➔ Selenodeiodinase ➔ Realiza inativação fisiológica: ◆ T3 (conversão em T2) ◆ T4 (conversão em T3 reverso) D3 Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. RESISTÊNCIA AOS HORMÔNIOS TIREOIDEANOS ➔ Mutações nos genes dos receptores 𝛃 ou Ⲁ (raro) dos HT ➔ Podem coexistir características de: ◆ excesso e deficiência de hormônios tireoidianos (dependendo do tipo de receptor tireoidiano nos tecidos) Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. ENCEFALOPATIA DE HASHIMOTO (HE) ➔ Idade média: 51 anos ➔ Mulheres(4:1) ➔ Mecanismo fisiopatológico é desconhecido ◆ Maioria dos pacientes relatados são eutireóideos ➔ HT clínico → Três anos após a apresentação com HE ➔ Vasculite autoimune ◆ Talvez associado à deposição complexos imunológicos, que possivelmente interrompem a microvasculatura cerebral ➔ Pode ser autolimitado, recidivante ou progressivo Ono, Y. et al.Clinical characteristics and outcomes of myxedema coma: Analysis of a national inpatient database in Japan. Journal of Epidemiology.v27, i 3, 2017. p.117-122 https://www.sciencedirect.com/science/journal/09175040 ENCEFALOPATIA DE HASHIMOTO (HE) CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ➔ Convulsões tônico clônicas generalizadas (47%) ➔ Myoclonus ou tremor focal ou multifocal (38%) ➔ Hiperreflexia difusa (87%) ➔ Psicose, alucinações visuais(25 a 36%) ➔ Apresentação mais fulminante (coma - 15%) ➔ Disfunção cognitiva e alteração da consciência ➔ Demência, confusão mental, ou sonolência Ono, Y. et al.Clinical characteristics and outcomes of myxedema coma: Analysis of a national inpatient database in Japan. Journal of Epidemiology.v27, i 3, 2017. p.117-122 https://www.sciencedirect.com/science/journal/09175040 COMA MIXEDEMATOSO ➔ Hipotireoidismo grave levando à desaceleração da função em múltiplos órgãos ➔ Mortalidade: 40 - 50% ➔ Tríade Clássica: ➔ > Comum em mulheres idosas nos meses frios Alteração do nível de consciência Hipotermia Evento precipitante Ono, Y. et al.Clinical characteristics and outcomes of myxedema coma: Analysis of a national inpatient database in Japan. Journal of Epidemiology.v27, i 3, 2017. p.117-122 https://www.sciencedirect.com/science/journal/09175040 SINAIS E SINTOMAS Possíveis alterações bioquímicas e hormonais no hipotireoidismo. Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. SINAIS E SINTOMAS Fácies mixedematosa, em duas pacientes, com inchação, palidez, edema periorbital e rarefação do terço distal das sobrancelhas (madarose). Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. SINAIS E SINTOMAS Cardiomegalia por derrame pericárdico, antes (A) e depois (B) da reposição de levotiroxina. Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. SINAIS E SINTOMAS Ascite mixedematosa. Derrames pericárdico e pleural podem também estar presentes. Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. SINAIS E SINTOMAS BÓCIO Adultos: Quase sempre tireoidite de Hashimoto Hipotireóidismo Central cursa SEMPRE com bócio Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS ➔ Comprometimento cognitivo: ● Desaceleração ● Baixa concentração ● Diminuição da memória de curto prazo ● Retirada social, retardo psicomotor ● Humor deprimido ● Apatia ➔ Características corticais (afasia, apraxia) são geralmente ausentes ➔ Psicose, confusão e desorientação: ● Síndrome de "loucura do myxedema" (menos comum) Ono, Y. et al.Clinical characteristics and outcomes of myxedema coma: Analysis of a national inpatient database in Japan. Journal of Epidemiology.v27, i 3, 2017. p.117-122 https://www.sciencedirect.com/science/journal/09175040 SINAIS E SINTOMAS DO COMA MIXEDEMATOSO ➔ Marcas: diminuição do estado mental e hipotermia Hipotensão, bradicardia, hiponatremia, hipoglicemia e hipoventilação ➔ Edema:Mãos,rosto, nariz e lábios ➔ Manifestam graus menores de consciência alterada (letargia e confusão mental) ➔ Convulsões focais ou generalizadas (hiponatremia concomitante) ➔ Fluido cefalorraquidiano: Hiperproteinorraquia modesta (<100 mg/dl) ➔ Hiponatremia: ½ dos pacientes (prejuízo de água livre - injúria renal e excesso de inadequado de vasopressina) Ono, Y. et al.Clinical characteristics and outcomes of myxedema coma: Analysis of a national inpatient database in Japan. Journal of Epidemiology.v27, i 3, 2017. p.117-122 https://www.sciencedirect.com/science/journal/09175040 SINAIS E SINTOMAS DO COMA MIXEDEMATOSO ➔ Hipotermia : Diminuição da termogênese que acompanha a lentificação do metabolismo ➔ Hipoventilação: Depressão do centro respiratório com diminuição da resposta à hipóxia e hipercapnia ➔ Hipoglicemia: Diminuição da gliconeogênese ➔ Alterações cardiovasculares: Bradicardia, diminuição da contratilidade miocárdica, hipotensão ,hipertensão diastólica Ono, Y. et al.Clinical characteristics and outcomes of myxedema coma: Analysis of a national inpatient database in Japan. Journal of Epidemiology.v27, i 3, 2017. p.117-122 https://www.sciencedirect.com/science/journal/09175040 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DIAGNÓSTICO LABORATORIAL HTP ➔ TSH elevado e níveis baixos de FT4 e T3 INÍCIO: elevação apenas de TSH (HIPO SUBCLÍNICO) Reduz o T4 Reduz o T3 HTC ➔ Níveis séricos de FT4 baixos e TSH (geral < 10 mU/ ℓ) ○ Trata-se de TSH com reduzida bioatividade intrínseca PACIENTE SÓ DEVE TOMAR DOSE DIÁRIA APÓS A COLETA Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. CARACTERÍSTICAS LABORATORIAIS (HE) ➔ Autoanticorpos: ↑ Anti TPO e anti TGL ➔ Hormônio tireoideano: ◆ 23 a 35% têm hipotireoidismo subclínico ◆ 17 a 25% têm hipotireoidismo franco ◆ 7% têm hipertireoidismo ◆ Restante é eutireóide ➔ Fluido cefalorraquidiano: ◆ Anormal 80% dos pacientes (hiperproteinorraquia e normoglicorraquia) ➔ EEG: Desaceleração inespecífica da atividade de fundo ➔ RNM: ½ Atrofia cerebral ou anormalidades de sinal T2 não específicas na matéria branca subcortical Ono, Y. et al.Clinical characteristics and outcomes of myxedema coma: Analysis of a national inpatient database in Japan. Journal of Epidemiology.v27, i 3, 2017. p.117-122 https://www.sciencedirect.com/science/journal/09175040 CARACTERÍSTICAS LABORATORIAIS (HE) DIAGNÓSTICO ➔ Auto anticorpos elevados + clínica compatível ➔ Esses achados + resposta ao tratamento com glicocorticóides sugerem EH ➔ Testes essenciais para excluir outros diagnósticos: ● Punção lombar para incluir culturas ● EEG ● RNM com Gadolínio ● Testes laboratoriais para causas habituais de delírio Ono, Y. et al.Clinical characteristics and outcomes of myxedema coma: Analysis of a national inpatient database in Japan. Journal of Epidemiology.v27, i 3, 2017. p.117-122 https://www.sciencedirect.com/science/journal/09175040 TRATAMENTO TRATAMENTO POSOLOGIA Levotiroxina (L T4) > 65 anos coronariopatas hipotireoidismo grave de longa duração L T4 com 12,5 a 25 μg/dia Reajuste: 12,5 a 25 μg Doses maioresCrianças e adolescentes: 16-65 anos: L T4 em sua dose plena > 65 anos hígidos e sem doença cardiovascular OBS: iniciar 25 μg e fazer aumentos graduais (risco de arritmias). Menor necessidade em idosos: menor massa muscular e peso corporal 1,6 a 1,8 μg/kg de peso ideal } } Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. American Thyroid Association. Guidelines for the Treatment of Hypothyroidism. V24, N12, 2014 TRATAMENTO Doses de reposição da levotiroxina Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO DA EH ➔ Glicocorticoides (prednisona 50 a 150 mg/dia) ➔ Sintomas normalmente melhoram ou se resolvem ao longo de alguns meses ➔ Anticonvulsivantes podem ser necessários como medida temporária ➔ Episódios convulsivos podem não responder a medicamentos anticonvulsivantes Ono, Y. et al.Clinical characteristics and outcomes of myxedema coma: Analysis of a national inpatient database in Japan. Journal of Epidemiology.v27, i 3, 2017. p.117-122 https://www.sciencedirect.com/science/journal/09175040 TRATAMENTO DO COMA MIXEDEMATOSO Ono, Y. et al.Clinical characteristics and outcomes of myxedema coma: Analysis of a national inpatient database in Japan. Journal of Epidemiology.v27, i 3, 2017. p.117-122 https://www.sciencedirect.com/science/journal/09175040 AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA ➔ Dosagem do TSH após 6 semanas ◆ Se TSH ↑ : ● ↑ LT4 em 12,5 a 25 μg/dia ◆ Se TSH ↓: ● ↓ LT4 HTP HTC ➔ FT4 no terço superior da faixa de normalidade Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. American Thyroid Association. Guidelines for the Treatment of Hypothyroidism. V24, N12, 2014 AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA ➔ Função tireoidiana anormal apesar de doses de L T4 > 1,9 μg/kg/dia REFRATÁRIO Teste: Paciente internado L T4 (1.000 μg) VO Dosar FT4 Antes da medicação 2 e 4 horas após. MÁ ADESÃO (Pseudomá absorção) ↑ FT4 (após 2 horas): Absorção adequada de LT4 CONFIRMADO { L T4 em dose única semanalvalor da dose usual média diária X 7 Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA METAS Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. MONITORAMENTO COMA MIXEDEMATOSO ➔ Dosagens dos hormônios tireoidianos a cada 1 ou 2 dias ➔ Melhora clínica e bioquímica (1 semana) ➔ TSH: ↓50% / semana {Se dose de T3 e T4 estiverem adequadas PARÂMETROS DE MELHORA ➔ Consciência recuperada ➔ Melhora da função pulmonar e cardíaca Ono, Y. et al.Clinical characteristics and outcomes of myxedema coma: Analysis of a national inpatient database in Japan. Journal of Epidemiology.v27, i 3, 2017. p.117-122 https://www.sciencedirect.com/science/journal/09175040 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS X HIPOTIROIDISMO INCLUIR Fontes de selênio: carnes Frutos do mar e Castanha do Brasil Fontes de zinco: Nozes Pescados Carnes MODERAR Sal iodado Fibras alimentares Café expresso Toranja Suplementos de proteína de soja Glicosinolatos (Crus em alta frequência):➔ Comprometem a síntese dos hormônio tireoidianos e induzem o surgimento do bócio e do hipotireoidismo em pacientes com baixa ingestão de iodo. Brócolis Couve-flor Couve-de-bruxelas Couve-manteiga Nabo Rabanete Repolho Alho Cebola MEZZOMO, T.R.,NADAL, J. Efeito dos nutrientes e substâncias alimentares na função tireoidiana e no hipotireoidismo. Demetra; 2016; 11(2); 427-443 SITUAÇÕES DETERMINANTES PARA AJUSTE DA DOSE DE LT4 Medicamentos: Sais de cálcio, os sais de ferro e os IBP´s Hidróxido de alumínio e, sequestradores de ácido biliar (colestiramina e colesevelam) Devem ser oferecidos 4 horas após Lt4 Gravidez: Aumento progressivo da dose de L T4 na maioria das pacientes (50 a 80%) Incremento de 20 a 50% (ou mais) Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. American Thyroid Association. Guidelines for the Treatment of Hypothyroidism. V24, N12, 2014 MONITORAMENTO RESPOSTA AO TRATAMENTO Ausência de resposta adequada à L T4 (apesar de doses crescentes): ● Má adesão (+ comum) ● Fatores que reduzem a absorção e a metabolização da L T4 ● Doenças crônicas - Síndrome Nefrótica ● Doenças do TGI - Doença celíaca DURAÇÃO DO TRATAMENTO ➔ Até 5%: função tireoidiana normal após meses ou anos de tratamento ➔ Doença tireoidiana autoimune: ◆ hipotireoidismo ⇄ hipertireoideos Ablação com radioiodo Vilar, L. Endocrinologia clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,2021. American Thyroid Association. Guidelines for the Treatment of Hypothyroidism. V24, N12, 2014 MONOTERAPIA DE LT4 É SUFICIENTE PARA TODOS? MONOTERAPIA DE LT4 É SUFICIENTE PARA TODOS? Uma pequena porcentagemde pacientes tratados com LT4, mesmo apresentando níveis séricos de TSH normais, pode apresentar sintomas persistentes de hipotireoidismo ETTLESON, M.D., BIANDO, A.C.,Individualized Therapy for Hypothyroidism: Is T4 Enough for Everyone?, The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, v105, i9, Sept 2020, p.e3090–e3104 COMO EXPLICAR TAL CONDIÇÃO? COMO EXPLICAR TAL CONDIÇÃO? ➔ Condição combinada > “segundo golpe” ↑ sintomas ➔ > 80% do T3 circulante é derivado da via D2 ➔ L T4 sem a administração concomitante de L T3 não pode garantir um estado eutireóideo no sangue e em todos os tecidos simultaneamente ➔ Níveis séricos normais de TSH nos pacientes que recebem monoterapia com LT4 refletem apenas o eutireoidismo hipofisário ETTLESON, M.D., BIANDO, A.C.,Individualized Therapy for Hypothyroidism: Is T4 Enough for Everyone?, The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, v105, i9, Sept 2020, p.e3090–e3104 JUSTIFICATIVA GENÉTICA ➔ Polimorfismos nos gene da deiodinase tipo 2 ◆ Conversão intracerebral de T4 - T3 ◆ Reduz sua atividade enzimática em até 20% ○ Estado de hipotireoidismo cerebral Fato que justificaria a persistência dos sintomas de hipotireoidismo apesar de níveis séricos normais de TSH ETTLESON, M.D., BIANDO, A.C.,Individualized Therapy for Hypothyroidism: Is T4 Enough for Everyone?, The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, v105, i9, Sept 2020, p.e3090–e3104 JUSTIFICATIVA IMUNOLÓGICA ➔ A disfunção cognitiva é um sintoma primário ➔ Rara associação entre encefalopatia associada à tireoidite autoimune: Papel subjacente da autoimunidade tireoidiana ➔ Títulos mais elevados de autoanticorpos contra estruturas do SNC: Podem resultar em consequências funcionais ➔ A normalização dos níveis séricos de TSH resulta na diminuição da razão T3 / T4 sérica, com níveis séricos de T3 relativamente mais baixos ETTLESON, M.D., BIANDO, A.C.,Individualized Therapy for Hypothyroidism: Is T4 Enough for Everyone?, The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, v105, i9, Sept 2020, p.e3090–e3104 PORQUE ISSO ACONTECE? PORQUE ISSO ACONTECE? ➔ A base mecanística: ◆ Deiodinase 2 (D2) exibe “comportamento suicida” : degradada após interação de desiodação com T4 ◆ Níveis mais baixos de T4 no soro aceleram atividade da via D2, prolongando sua meia-vida ◆ ↑ da produção extratireoidiana de T3 ➔ D2 no hipotálamo é mais estável ◆ converte T4 em T3 sem sofrer muita degradação ➔ No eixo hipotálamo - hipófise, D2 converte T4 em T3 localmente, suprimindo secreção de TRH/TSH ➔ Perda progressiva da atividade de D2 é maior na periferia quando comparada com o eixo HTP ➔ Produção de T3 maior no HPT quando comparada à periferia ETTLESON, M.D., BIANDO, A.C.,Individualized Therapy for Hypothyroidism: Is T4 Enough for Everyone?, The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, v105, i9, Sept 2020, p.e3090–e3104 COMO ABORDAR ESSES PACIENTES? COMO ABORDAR ESSES PACIENTES? ➔ O consenso geral entre as sociedades profissionais é que não há evidências suficientes de que a terapia combinada seja superior à monoterapia com LT4 ➔ British Thyroid Association e a European Thyroid Association: terapia combinada pode ser considerada como "terapia experimental" se o paciente for persistentemente sintomático ➔ Maioria das diretrizes apóiam abordagem individualizada (terapia combinada em pacientes com sintomas persistentes em HT) ➔ Alerta: uso de LT3(maior risco de reações adversas): população pediátrica, mulheres grávidas, adultos mais velhos (efeitos da rápida flutuação sérica de T3 não foram estudados) ETTLESON, M.D., BIANDO, A.C.,Individualized Therapy for Hypothyroidism: Is T4 Enough for Everyone?, The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, v105, i9, Sept 2020, p.e3090–e3104 QUESTÕES TEEM QUESTÕES TEEM QUESTÕES TEEM 2019 QUESTÕES TEEM 2019 QUESTÕES TEEM 2019 OBRIGADO
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