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Propedêutica Pediátrica

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Propedêutica Pediátrica
Anamnese
Tripé: médico, paciente e o informante. O
informante deve ter relação próxima com
o bebê ou a criança para o sucesso da
anamnese.
RECÉM-NASCIDO
Deve conter etapas anteriores ao seu
nascimento.
INTERROGATÓRIO
SINTOMATOLÓGICO
→ Geral: sono (quantas horas o RN
dorme por dia) → com o crescimento as
horas de sono vão diminuindo;
irritabilidade; prostração e dificuldade para
amamentar.
→ Sistema Tegumentar: pápulas;
manchas; placas; descamações e
alterações da cor da pele.
→ Cardiovascular: dispneia ao
amamentar; presença de edema e
cianose.
→ Respiratório: congestão nasal; coriza;
tosse; cianose; esforço respiratório;
roncos e sibilos.
→ Digestório: ritmo intestinal;
características das fezes e se há vômitos.
→ Geniturinário: número de diureses;
características da urina; se o jato urinário
é forte, fraco ou intenso em caso de sexo
masculino.
ANTECEDENTES PESSOAIS E
FAMILIARES
➔ Gestação:
Duração da gestação (se o RN foi
pré-termo, pós-termo), se houve
intercorrências (diabetes gestacional,
infecções do trato urinário poucos dias
antes do parto), via do parto (natural ou
cesariano), exames complementares
realizados pela mãe para toxoplasmose,
hepatites B, C.
➔ RN:
Intercorrência no parto (aspiração de
mecônio, trabalho de parto prolongado),
quais as condições do RN ao nascimento
(índice de Apgar na Caderneta de Saúde
da Criança, se chorou logo após o
nascimento, se houve cianose
prolongada), se foram necessárias
manobras de reanimação neonatal ou de
administração de oxigênio.
➔ Família:
Doenças nos familiares de primeiro e
segundo graus (pais, irmãos, avós, tios,
primos) e doenças raras ou frequentes
entre os familiares.
➔ Vacinação:
Verificar a Caderneta de Saúde da
Criança. Nesta idade, deve ter recebido
BCG e a primeira dose da vacina
anti-hepatite B.
➔ Alimentação:
Aleitamento materno exclusivo ou não.
➔ Desenvolvimento
Neuropsicomotor:
Até a 4ª semana de vida é esperado que
o RN mantenha atitude fletida e gire a
cabeça de um lado para o outro quando
em posição prona.
LACTENTE
Há crescimento rápido e intenso
desenvolvimento.
Avaliar: cotidiano da criança (sono,
alimentação, relações familiares); erupção
de dentes, uso de medicamentos e
vitaminas, reações a imunizações, análise
da visão e audição.
Além disso, nos lactentes mais velhos é
importante analisar se tem ansiedade,
desenvolvimento neuropsicomotor,
história familiar incluindo saúde, hábitos
de vida e questões psicossociais. A
presença do tabagismo no domicílio,
umidade, ventilação também é importante.
PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR
Avaliar: dinâmica familiar, estilo pessoal
da criança e da família. Realizar triagens
sensoriais para verificar as condições
para aprendizagem.
A partir da idade de 3 a 4 anos, deve-se
estabelecer um diálogo com a criança
durante a consulta.
→ Avaliar o cotidiano da criança:
alimentação; participação nas refeições
familiares; padrões de lanches, recusas
alimentares, sono e cuidados dentários.
→ Habilidades motoras e a sociabilidade;
→ Frequência de infecções comuns da
infância e reações alérgicas.
→ Conteúdo Afetivo: negatividade,
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Propedêutica Pediátrica
ansiedade e integração.
→ Conteúdo Cognitivo: complexidade da
linguagem.
Exame Físico
PARTICULARIDADES
➔ Inicia-se com a observação da
criança: atitude, postura, relação
com o cuidador;
➔ Varia de acordo com a idade;
➔ Conversar com a criança antes e
durante o exame;
➔ Sinais vitais inicialmente (choro
pode alterar);
➔ Muitas vezes iniciamos no colo da
mãe;
➔ Oroscopia e otoscopia no final.
PUERICULTURA
Conjunto de meios médico-sociais que
garantem bom desenvolvimento físico e
mental das crianças, desde o período de
gestação até a fase púbere.
Ministério da saúde → frequência das
consultas - 7 no 1° ano (1° semana, 1°
mês, 2° mês, 4° mês, 6° mês, 9° mês e 1°
mês) e 2 no 2° mês (18° mês e 24° mês).
➔ Alimentação; Vacinação; Higiene
mental; DNPM e Crescimento.
PERÍMETRO CEFÁLICO:
Fita métrica maleável.
Pontos de referência: occipício e glabela.
Passar a fita acima das sobrancelhas.
Usado em crianças até 3 anos.
→ Perímetro abdominal e torácico → não
se faz em exame de rotina
ESTATURA:
Até 2 anos: criança deitada e com as
pernas estendidas.
Após 2 anos: criança em pé.
→ A idade óssea pode ser diferente da
idade cronológica. Quando a idade óssea
é menor, há maior potencial da criança
crescer mais. Quando é igual e a criança
tem uma estatura baixa, significa que é
genética.
PESO:
Até 2 anos: deitado ou sentado,
totalmente despido, no centro da balança
pediátrica.
Após 2 anos: em pé, descalço e com o
mínimo de roupa possível, no centro da
balança.
Importância do segmento horizontal na
puericultura:
Acompanhar o crescimento e peso das
crianças e identificar precocemente
doenças para ter uma maior chance de
obter um resultado satisfatório.
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Propedêutica Pediátrica
FASES
O exame físico deve ser completo,
avaliando todos os sistemas, sem ordem
pré-definida e dirigindo-se à criança
delicadamente durante a anamnese, o
que facilita o exame físico.
1. Peso, comprimento e perímetro
cefálico;
2. Desenvolvimento social e
psicoafetivo;
3. Estado geral (vigília, postura e
sinais vitais);
4. Face (assimetria, malformação,
deformidade e aparência
sindrômica);
5. Pele (edema, cianose, palidez,
icterícia e lesões).
ECTOSCOPIA
Observação da relação mãe e filho (ou
cuidador presente na consulta).
ESTADO GERAL:
➔ BEG, REG, MEG
(bom/regular/mau estado geral).
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA:
➔ Vigil, ativo, reativo, agitado,
choroso, hipoativo, sonolento,
torporoso, coma.
PELE E MUCOSAS:
Corado, pálido, cianótico e ictérico (RN
nasce com muita Hb → icterícia fisiológica
- tratamento com banho de luz).
Importante → Brasil tem muita anemia
ferropriva.
HIDRATAÇÃO:
Mucosas, elasticidade e turgor da pele,
diurese, enoftalmia e peso.
Criança possui maior chance de
desidratação → menor superfície corporal,
cursa com doenças que dão diarréia e
vômitos.
Choro sem lágrima pode ser sinal de
desidratação.
CABEÇA:
➔ Crânio (fontanelas):
Fontanelas → encontro das placas
ósseas.
Fontanela anterior 1cm a 4cm, tem forma
losangular, fecha-se do 9º ao 18º mês e
não deve estar fechada no momento do
nascimento;
A fontanela posterior é triangular, mede
cerca de 0,5cm e fecha-se até o segundo
mês.
→ Não devem estar túrgidas, abauladas
ou deprimidas.
➔ Olhos:
Reflexo fotomotor, teste do reflexo
vermelho e estrabismo.
➔ Orelhas:
Forma, lesões e secreções.
➔ Nariz:
Forma, lesões e secreção.
➔ Boca:
Dificuldade do AM (aleitamento materno),
tamanho da língua (macroglossia), palato,
freio lingual e coloração dos lábios.
➔ Pescoço:
Torcicolo congênito (bebê já nasce com
torcicolo).
SINAIS VITAIS
DC (bpm); FR (ipm, mpm), T (ºC), SpO2
(%) e PA (mmHg).
3
Propedêutica Pediátrica
→ Temperatura: a retal é a mais próxima
da temperatura central, porém deve-se
evitar em crianças com menos de 5 anos
por ser desconfortável e invasiva. Evitar
aferição oral. Não utilizar termômetros de
mercúrio pelo risco de quebra e toxicidade
do metal. A aferição timpânica
infravermelho é recomendada em
crianças com mais de 1 mês. A aferição
axilar é recomendada para todas as
idades.
➔ Febre:
T axilar > 37,2-37,3oC
T retal > 38,0 – 38,3oC
T oral > 37,5-37,8oC
T auricular > 37,8-38,0 oC
➔ Hipotermia:
T <35,5ºC
Febre → é um sinal. Não é uma doença.
→ Saturação de oxigênio → indica o nível
de oxigênio carreado pela hemoglobina
em comparação ao máximo da
capacidade, idealmente acima de 92%,
melhor ainda > 95%.
Fatores que influenciam a FC e FR na
criança → dor, agitação, febre e choro.
Tentar acalmar a criança, se lactente -
examinar enquanto amamenta, se dor
ou febre - medicar e reavaliar.
→ Saturação de oxigênio.
→ Pressão arterial → vários tamanhos de
manguito (caso ele seja menor, a pressão
será superestimada e se for maior,
subestimada);
Antes dos 3 anos: criança deitada.
Suspeita de malformações vasculares →
aferir nos quatro membros.
Deve-se medir em todas as crianças
maiores de 3 anos ou menores se
algumas doenças.
APARELHO RESPIRATÓRIO
InspeçãoObservar o padrão respiratório e a
frequência.
Atentar para sinais de desconforto
(tiragem intercostal, subcostal, xifóide ou
de fúrcula esternal).
Ritmo respiratório → movimentos não
regulares (pausas).
Expansibilidade torácica → simétrica e
visível.
Palpação
Também para verificar a expansibilidade e
delimitar deformidades.
Atentar para dor e crepitações (fraturas).
Frêmito toracovocal → transmissão da
voz através da caixa torácica.
● Aumentado - condensação;
● Diminuído - pneumotórax, derrame
pleural.
Obesidade e anasarca → podem
prejudicar.
Percussão
Pouco usada devido ao pequeno diâmetro
do tórax.
● Timpânica - pneumotórax;
● Submacicez - consolidação;
● Macicez - derrame pleural.
Ausculta
Parte mais importante.
Murmúrio Vesicular: mais rude e mais
intenso que no adulto (parede torácica
mais fina).
- Roncos: intensos, grosseiros e
contínuos (secreção espessa e/ou em
grande quantidade) que mudam após
tosse.
- Sibilos: ruído agudo causado por
constrição da musculatura lisa brônquica
ou edema de mucosa brônquica.
- Estertores / Crepitações: ruído
fino e delicado audível ao final da
inspiração que correspondem à líquido
interalveolar.
4
Propedêutica Pediátrica
- Atrito pleural: pleurites
(normalmente ligado à neoplasias).
Teste de Ortolani e Barlow → ideal fazer
no pós parto, ainda na maternidade.
NEUROLÓGICO
Reflexos arcaicos
Sucção (reflexo da natureza)
Preensão palmo-plantar (bebê prende
nosso dedo ao colocar na mãozinha e
estende o hálux e os dedos ao estimular a
planta do pé).
Moro
Postura de flexão generalizada e a
lateralização da cabeça até o final do
primeiro mês.
O tônus normal é de semiflexão
generalizada.
OTOSCOPIA
Examina-se primeiramente a orelha que
não é motivo da queixa (se houver) e a
seguir a orelha afetada.
O exame é constituído pela inspeção
visual, palpação do pavilhão auricular,
mastóide e adjacências e finalmente pela
otoscopia.
Pavilhão é tracionado
póstero-superiormente nas crianças
maiores e inferiormente nos recém
nascidos, retificando o conduto externo,
facilitando a introdução do espéculo e
promovendo boa visualização do conduto
e da MT. 
→ Membrana timpânica normal:
moderadamente translúcida, de superfície
lisa e reflete à luz do otoscópio uma
pequena área triangular no seu quadrante
ântero-inferior.
Todas as estruturas devem ser avaliadas
(lábios, bochechas, dentes, gengivas,
língua, palato, assoalho e glândulas
salivares) com a criança sentada e
iluminação adequada.
OROSCOPIA
Orofaringe: continuidade do exame da
cavidade bucal. Manter a boca aberta, a
língua dentro da cavidade oral e respirar
tranquilamente. Posiciona-se a espátula
no terço médio da língua, evitando reflexo
do vômito. Examina-se a parede faríngea,
os pilares amigdalianos, a úvula, a base
da língua e as tonsilas palatinas em seu
tamanho, implantação e aspecto.
As amígdalas começam a aparecer com 1
ano, mas ficam realmente visíveis aos 2
anos.
RECÉM-NASCIDO
→ Anomalias Genéticas;
→ Boca: conformação do palato;
anatomia da língua e do freio lingual.
→ Sistema Cardiovascular: ausculta de
todo tórax. Denominar a FC (145 bpm/ 90
a 180 bpm) e avaliar o ritmo.
→ Sistema Respiratório: sinais de esforço
respiratório. Avaliar FR (até dois meses:
até 60 irpm; entre 2 meses e 12 meses:
até 50 irpm).
→ Abdome: presença de ruídos
hidroaéreos e cordão umbilical.
→ Genitália: em caso de sexo masculino,
veridicar bolsa escrotal e região inguinal.
Em caso de sexo feminino. verificar se há
sinequia de lábios, hipertrofia de lábios
vulvares e de clitóris.
→ Mamilos: posição.
→ Membros: sinais de Ortolani e Barlow
para identificar luxação congênita de
quadril.
→ Reflexos e sinais neurológicos:
hipertonias, hipotonias, movimentos
anormais e reflexos tendinosos e cutâneo
plantar.
LACTENTE AO ESCOLAR
→ Estado Geral;
→ Grau de prostração;
→ Fácies;
→ Desconforto respiratório;
→ Irritabilidade;
→ Choro fácil;
→ Cianose;
→ Edemas.
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