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CIRROSE HEPÁTICA P R O F. G I O R D A N N E F R E I TA S M A I O D E 2 0 2 1 Estratégia MED Prof. Giordanne Freitas | Cirrose HepáticaHEPATOLOGIA 2 PROF. GIORDANNE FREITAS APRESENTAÇÃO: @estrategiamed /estrategiamedEstratégia MED t.me/estrategiamed @giordanne Prezado aluno, meu nome é Giordanne Guimarães Freitas. É um imenso prazer estar aqui com você. Cursei a faculdade de medicina no Rio de Janeiro, na Universidade Gama Filho. Posteriormente fiz residência médica em clínica médica no Hospital do Mandaqui-SP e residência médica em Endocrinologia e Metabologia na Universidade Federal da Bahia. Após finalizar as residências médicas fiz mestrado na Universidade Católica de Brasília. Por aproximadamente 3 anos fui professor da Universidade Federal de Goiás e atualmente sou docente efetivo da faculdade de medicina da Universidade de Rio Verde-GO e doutorando em saúde coletiva. https://www.instagram.com/estrategiamed/?hl=pt https://www.facebook.com/estrategiamed1 https://www.youtube.com/channel/UCyNuIBnEwzsgA05XK1P6Dmw https://t.me/estrategiamed https://www.instagram.com/giordanne/ Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 3 SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO 4 2.0 FISIOPATOLOGIA 5 2.1 DISTÚRBIO HEMODINÂMICO 5 3.0 ETIOLOGIA DA CIRROSE 6 3.1 DEFICIÊNCIA DE ALFA-1 ANTITRIPSINA 7 3.2 CIRROSE CRIPTOGÊNICA 7 3.3 CIRROSE DE ORIGEM CARDÍACA 7 3.4 TIROSINEMIA 8 3.5 GALACTOSEMIA 8 3.6 FIBROSE CÍSTICA 8 3.7 ATRESIA DA VIA BILIAR 8 3.8 SÍNDROME DE BUDD-CHIARI 9 3.9 DOENÇA DE CAROLI 10 4.0 CLASSIFICAÇÃO 11 5.0 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 15 6.0 DIAGNÓSTICO 19 6.1 LABORATÓRIO 19 7.0 EXAMES DE IMAGEM 21 8.0 BIÓPSIA HEPÁTICA 22 9.0 TRATAMENTO DA CIRROSE 22 9.1 NUTRIÇÃO 22 10.0 COMPLICAÇÕES DA CIRROSE 23 11.0 RASTREAMENTO DO HEPATOCARCINOMA 23 12.0 AVALIAÇÃO DAS VARIZES DE ESÔFAGO 24 13.0 LISTA DE QUESTÕES 26 14.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 27 15.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 28 Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 4 1.0 INTRODUÇÃO Prezado aluno, a cirrose hepática é um tema que com frequência é cobrado nas provas de Residência Médica. Ao analisar 1740 questões de Hepatologia, dos principais concursos do país, verificamos que 7% dessas questões pediam conhecimentos que apresentaremos neste capítulo. A maioria das questões de cirrose cobra conhecimentos relacionados às manifestações clínicas e diagnóstico. Neste resumo, vamos conversar sobre esses temas e mais um pouco para que você gabarite as questões. Um grande abraço e bons estudos. Fique atento, a cirrose representa o estágio final das doenças que causam lesão hepática crônica. Independentemente da etiologia, na cirrose encontramos fibrose hepática, desorganização do parênquima hepático e nódulos de hepatócitos em regeneração envoltos por septos fibrosos. Trata-se de uma condição irreversível nas fases avançadas, tendo como única forma de tratamento o transplante hepático. Em algumas condições, como na hemocromatose e na doença de Wilson, a retirada do fator agressor pode reverter uma cirrose em fase inicial de desenvolvimento. CAPÍTULO Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 5 CAPÍTULO 2.0 FISIOPATOLOGIA Na cirrose hepática temos deposição progressiva de matriz extracelular (tecido conjuntivo) no parênquima hepático. Após injúria hepática, a produção de matriz extracelular aumenta em 3 a 10 vezes. A agressão hepática crônica ativa as células estreladas (células que armazenam vitamina A), que são as principais produtoras de matriz extracelular. Outras células, como os fibroblastos portais, as células da medula óssea e os fibrócitos circulantes, também participam do processo de fibrogênese. A célula estrelada ativada passa a ter função de miofibroblasto, tendo função contrátil. Esse aumento da contratilidade contrai o parênquima hepático e comprime os sinusoides hepáticos, reduzindo o diâmetro do seu lúmen, contribuindo para o aumento da resistência vascular intra-hepática, aumentando assim a pressão porta. Com a progressão da fibrose hepática, há a formação dos nódulos de regeneração (tecido hepático lesado circundado por tecido fibrótico) e perda progressiva da função hepática. 2.1 DISTÚRBIO HEMODINÂMICO Na cirrose temos vasodilatação dos vasos esplâncnicos. Com essa dilatação, há grande sequestro de volume nesses vasos, com consequente redução do volume circulante efetivo e hipoperfusão periférica. Essa hipovolemia relativa ativa o sistema renina- angiotensina-aldosterona (SRAA) e o sistema nervoso simpático, além de estimular a liberação do hormônio antidiurético. Como consequência teremos aumento da retenção hidrossalina na tentativa de restaurar a volemia. O sequestro de volume no leito esplâncnico dilatado também contribui para o aparecimento da hipertensão porta, pois grande parte desse volume é drenado para o sistema porta, aumentando a pressão hidrostática nesse leito vascular. A desorganização do parênquima hepático, por deposição de tecido fibroso comprime os sinusoides hepáticos, aumentando a resistência vascular nesse leito vascular, aumentando a pressão porta. A hipertensão porta, causada por todos esses mecanismos, justifica o aparecimento da ascite, das varizes de esôfago, da esplenomegalia e do hiperesplenismo. A hipoalbuminemia, causada pela insuficiência hepática, também contribui para o aparecimento da ascite e do edema. Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 6 3.0 ETIOLOGIA DA CIRROSE CAPÍTULO A cirrose hepática pode ser causada por várias condições. As principais causas de cirrose são: hepatite C, doença hepática alcoólica e doença hepática gordurosa não alcoólica. Essas três condições respondem por 80% dos casos. As principais causas de cirrose estão listadas na ilustração abaixo. METABÓLICAS INFÂNCIA BILIARES CARDÍACA CRIPTOGÊNICA VIRAIS ÁLCOOL MEDICAMENTOS VASCULARES HEPATITE AUTOIMUNE • Galactosemia • Hemocromatose • Doença de Wilson • Tirosinemia • Deficiência de alfa -1 antitripsina • Tirosinemia • Fibrose Cística • Atresia Biliar • Custo de Colédoco • Rarefação de ductos biliares • Hepatite B • Hepatite C • Hepatite B + D • Hepatite E • Obstrução da via biliar • Colangite biliar primária • Colangite esclerosante primária • Pericardite constritiva • Insuficiência cardíaca • Metotrexato • Isoniazida • Alfametildopa • Amiodarona • Outros • Síndrome de Budd-Chiari • Doença veno-oclusiva ETIOLOGIA DA CIRROSE Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 7 Querido aluno, neste capítulo vamos estudar algumas causas mais raras de cirrose. Outras causas de cirrose, como a doença hepática alcoólica, a doença hepática gordurosa não alcoólica, a hepatite autoimune, a colangite biliar primária, a doença de Wilson, a colangite esclerosante primária, a hepatite medicamentosa e a hemocromatose, serão abordadas em outros capítulos. 3.1 DEFICIÊNCIA DE ALFA-1 ANTITRIPSINA Trata-se de uma doença genética que pode causar doença hepática e pulmonar. Na deficiência de alfa-1 antitripsina temos destruição dos septos alveolares e deposição de alfa-1 antitripsina mutante no fígado, justificando o aparecimento de enfisema e cirrose hepática. Os pacientes com deficiência de AAT geralmente apresentam-se com doença pulmonar e/ou hepática. 3.2 CIRROSE CRIPTOGÊNICA A cirrose criptogênica ocorre quando não se identifica a etiologia da cirrose. O diagnóstico de cirrose criptogênica é feito quando se exclui as principais causas de hepatopatia crônica. 3.3 CIRROSE DE ORIGEM CARDÍACA Doenças cardíacas, como a insuficiência cardíaca, a pericardite constritiva, as valvulopatias, a cardiomiopatia e o cor pulmonale,podem causar congestão hepática e cirrose. Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 8 3.4 TIROSINEMIA As tirosinemias tipos I, II e III ocorrem quando temos defeitos no metabolismo da tirosina e aumento dos níveis séricos de tirosina. A tirosinemia tipo 1 ocorre por deficiência da enzima fumarilacetoacetato hidrolase. A falta dessa enzima leva a um acúmulo de metabólitos tóxicos nos rins e no fígado, causando lesão tubular proximal (síndrome de Fanconi) e lesão hepatocelular, que progride para cirrose. Os pacientes também podem apresentar neuropatia periférica, vômitos, íleo paralítico, fraqueza muscular e cardiopatia, sendo a hipertrofia do septo interventricular a alteração mais encontrada. 3.5 GALACTOSEMIA Na galactosemia (aumento dos níveis séricos de galactose) temos alterações no metabolismo da galactose. A galactosemia clássica é a mais comum e a mais grave. É causada pela deficiência da enzima galactose-1- fosfato uridiltransferase. Os pacientes podem apresentar-se com hepatopatia, aumento do risco de infecções, catarata, comprometimento no desenvolvimento, vômitos, icterícia, hepatomegalia, letargia e manifestações neuropsiquiátricas progressivas. 3.6 FIBROSE CÍSTICA Os pacientes com essa doença produzem secreções espessas em vários órgãos. No pulmão, o acúmulo dessa secreção espessa e aderente causa obstrução da via aérea, perda da função pulmonar e infecções de repetição. No pâncreas, as secreções exócrinas espessas causam destruição do tecido pancreático e insuficiência pancreática endócrina e exócrina. No fígado, pode-se observar obstrução da via biliar intra-hepática e fibrose do parênquima hepático. 3.7 ATRESIA DA VIA BILIAR A atresia das vias biliares é uma doença fibrosante e obliterante, progressiva e idiopática, que se manifesta com obstrução da via biliar no período neonatal. Na maioria das vezes há atresia de todas as estruturas da via biliar extra-hepática. Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 9 Trata-se da principal indicação de transplante hepático em crianças. Apresenta-se com icterícia (que aparece ao nascimento ou em até 8 semanas do parto), acolia fecal, colúria e hepatomegalia. 3.8 SÍNDROME DE BUDD-CHIARI A síndrome de Budd-Chiari (SBC) caracteriza-se por obstrução da via de saída do sistema venoso hepático. A SBC pode ser classificada em primária e secundária. A primária é mais comum e ocorre quando há trombose ou flebite das veias hepáticas e/ou da veia cava inferior. Já na SBC secundária temos compressão extrínseca desses vasos. Na síndrome de Budd-Chiari secundária a compressão pode ser causada, por exemplo, por um tumor. Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 10 Na SBC primária temos, então, obstrução das veias supra-hepáticas, geralmente por um trombo, associado ou não a comprometimento da veia cava inferior. Essa condição comumente está associada a uma coagulopatia, como: policitemia vera, hemoglobinúria paroxística noturna, leucemia, deficiência de proteína C ou antitrombina III, neoplasias, mutação do fator V de Leiden, doenças linfoproliferativas e uso de contraceptivo oral. 3.9 DOENÇA DE CAROLI A doença de Caroli é cobrada em provas de Residência Médica. Trata-se de uma condição congênita que causa dilatações saculares multifocais dos ductos biliares grandes e que se associa a fibrose hepática congênita. É transmitida de forma autossômica recessiva e associa-se à doença renal policística e ao colangiocarcinoma. Os pacientes geralmente apresentam-se com ascite, hemorragia por varizes de esôfago, hepatomegalia e prurido. Também possuem risco aumentado de colangite. Os exames radiológicos mostram lesões hepáticas císticas de vários tamanhos. Os exames mais utilizados para o diagnóstico são: ultrassonografia, colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (exame padrão-ouro para o diagnóstico) e colangiorressonância. Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 11 4.0 CLASSIFICAÇÃO CAPÍTULO Classicamente, a cirrose é classificada em micronodular (nódulos < 3 cm), macronodular (nódulos > 3 cm) ou mista. Essa classificação tem sido abandonada, pois é inespecífica com relação à etiologia. Além disso, observa-se que a morfologia do fígado pode mudar com a evolução da doença, independentemente da etiologia, e comumente a cirrose micronodular evolui para macronodular. Outra classificação proposta por alguns autores classifica a cirrose em compensada ou descompensada. Nesse sentido, podemos usar a classificação de Child-Pugh e o escore MELD (Model End-Stage Liver Disease). Esses escores também avaliam o prognóstico e sobrevida dos pacientes. A classificação de Child-Pugh é um escore que varia de 5 a 15 pontos e classifica o paciente em 3 classes, Child-Pugh A (5 a 6 pontos, cirrose compensada), Child-Pugh B (7 a 9 pontos, comprometimento funcional significativo) e Child-Pugh C (10 a 15 pontos, cirrose descompensada). Essa classificação também avalia a sobrevida dos pacientes em 1 ano, que é de 100% (Child-Pugh A), 80% (Child-Pugh B) e 45% (Child-Pugh C). Para seu cálculo, usamos as seguintes variáveis: presença de ascite e encefalopatia, valores de albumina, tempo de protrombina ou INR e bilirrubina total. Questões sobre a classificação de Child-Pugh comumente são pedidas em concursos de Residência Médica. Para você não se esquecer das variáveis utilizadas para seu cálculo, utilize a sequência mnomônica BEATA. • EncefalopatiaE • BilirrubinaB • AsciteA • Tempo de protombina/RNIT • BilirrubinaA Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 12 Segue abaixo a classificação de Child-Pugh e seu sistema de pontuação. Classificação de Child-Pugh Parâmetro Pontuação Pontuação Pontuação 1 2 3 Bilirrubina. <2 mg/dl 2 a 3 mg/dl >3 mg/dl Encefalopatia. Ausente. Mínima (grau I e II) ou ausente com medicação. Avançada (graus III e IV) ou recorrente. Ascite. Ausente. Leve ou controlada com diuréticos. Moderada a grave ou refratária ao uso de diuréticos. Tempo de protrombina/RNI. Segundos prolongados. < 4 4 a 6 6 RNI. < 1,7 1,7 a 2,3 >2,3 Albumina. >3,5 g/dl 2,8 a 3,5 g/dl (algumas referências usam 3 a 23,5). <2,8 g/dl (algumas referências usam < 3). Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 13 Segue abaixo a classificação e a estimativa de sobrevida, de acordo com a pontuação atingida. Pontuação Gravidade Sobrevida em 1 a 2 anos 5 a 6 pontos. Grau A: cirrose compensada. 100% a 85% 7 a 9 pontos. Grau B: dano funcional significativo. 80% a 60% 10 a 15 pontos. Grau C: cirrose descompensada. 45% a 35% Exemplo: imagine um paciente com bilirrubina de 5 mg/dl, albumina de 3 g/dl, RNI de 2, ausência de encefalopatia e ascite leve. Observe a pontuação: Bilirrubina total de 5: 3 pontos. Albumina de 3: 2 pontos. INR de 2: 2 pontos. Ausência de encefalopatia: 1 ponto. Ascite pequena: 2 pontos. Total: 10 pontos. O paciente é classificado como ChilD C e tem sobrevida de 35% a 45% em 1 ano. O escore MELD (Model for End-Stage Liver Disease) é calculado com o uso de uma calculadora eletrônica e usando os valores de bilirrubina, creatinina e RNI. Os valores do escore MELD variam de 6 a 40 (quanto maior o valor, pior o prognóstico). Atualmente, ele é usado para alocação do paciente na lista de espera do transplante. Quanto maior a pontuação, maior a prioridade. O valor mínimo de MELD para inscrição na lista de transplante é 11 (para indivíduos com mais de 12 anos). Para menores de 12 anos calcula-se o escore PELD (Pediatric End-Stage Liver Disease), que usa os valores de bilirrubina,albumina e RNI para seu cálculo. Não há valor mínimo do PELD para inscrição na lista de espera do transplante. Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 14 O escore MELD é, com frequência, cobrado nos concursos de Residência Médica. Você precisa lembrar-se de que é o critério usado para alocação do paciente na lista de espera do transplante hepático e que para seu cálculo usamos os valores de bilirrubina, INR e creatinina. Para facilitar a memorização, use a sequência mnemônica BIC. • INRI • BilirrubinaB • CreatininaC Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 15 5.0 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CAPÍTULO No diagnóstico, os pacientes com cirrose hepática podem apresentar-se com sintomas inespecíficos, como: anorexia, náuseas, fadiga e perda ponderal. Na cirrose temos alterações no metabolismo dos hormônios sexuais. Nessa condição temos hiperestrogenismo e redução dos níveis de androgênios. O hiperestrogenismo causa vasodilatação e proliferação dos vasos sanguíneos superficiais justificando o aparecimento das telangiectasias (figura a seguir) e do eritema palmar (figura a seguir). As telangiectasias geralmente estão localizadas na face, tronco e membros superiores e são do tipo aranha vascular, com uma arteríola central dilatada, que se ramifica de forma radial, através de pequenos vasos. Nas telangiectasias, ao comprimir a lesão, o enchimento ocorre do centro para a periferia. Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 16 Telangiectasias Eritema palmar Essas alterações hormonais também justificam o aparecimento de: disfunção erétil, infertilidade, redução dos pelos corporais, ginecomastia (aumento do tecido mamário em homens – figura a seguir), diminuição de libido e atrofia dos testículos e da próstata. Nas mulheres podemos encontrar amenorreia, infertilidade e irregularidade menstrual. Ginecomastia Os pacientes podem apresentar aumento da deposição de tecido subcutâneo nas extremidades dos dedos, com aumento do volume dessas regiões. As unhas tornam-se abauladas, dando o aspecto de uma baqueta de bateria e, por isso, essa condição é denominada de baqueteamento digital (figura a seguir). Baqueteamento digital Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 17 Na cirrose comumente temos hipoalbuminemia e coagulopatia, que justifica o aparecimento de ascite, hematomas e hemorragia. Na cirrose, o fígado perde a capacidade de metabolizar substâncias tóxicas, como a amônia. O acúmulo dessa substância no organismo causa a encefalopatia hepática. A hipertensão porta, que ocorre na cirrose, justifica o aparecimento da ascite, das varizes de esôfago, da esplenomegalia, do hiperesplenismo, da encefalopatia hepática e da circulação colateral com aspecto de cabeça de medusa (figura a seguir). Circulação colateral em aspecto de cabeça de medusa. Outros achados clínicos da cirrose são: • Sopro de Cruveilhier-Baumgarten: ocorre quando há conexões entre o sistema porta e o remanescente da veia umbilical e geralmente é auscultado na região epigástrica; • Hipotensão; • Hipertrofia das parótidas: ocorre na cirrose de etiologia alcoólica; • Contratura de Dupuytren: ocorre na cirrose de etiologia alcoólica; • Fígado aumentado ou diminuído de tamanho. O fígado pode ter consistência firme e superfície nodular; • Unhas Muehrcke: caracaterizam-se pelo achado de faixas brancas horizontais, intercaladas por faixas de coloração normal (causada pela hipoalbuminemia); • Hastes de Terry: ocorrem quando os dois terços proximais das unhas adquirem uma coloração branca, enquanto o Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 18 terço restante apresenta coloração avermelhada (secundária à hipoalbuminemia); • Redução do débito cardíaco e baixa resposta ventricular ao estímulo; • Úlcera péptica: presente em 11% dos pacientes com cirrose; • Colelitíase: encontrada em 20% a 30% dos pacientes; • Sarcopenia: presente em 40% a 70% dos pacientes com cirrose; • Cãibras. A imagem a seguir ilustra a contratura de Dupuytren. Segue abaixo ilustração com os principais sinais e sintomas da cirrose hepática. HIPERESTROGENISMO/ HIPOANDROGENISMO HIPERTENSÃO PORTAL SARCOPENIA SÍNDROME HEPATORRENAL PERDA DA FUNÇÃO HEPÁTICA CONTRATURA DE DUPUYTREN COLELITÍASE CARDIOMIOPATIA DA CIRROSE ÚLCERA PÉPTICA BAQUETEAMENTO DIGITAL • Eritema palmar • Telangiectasia • Ginecomasta • Redução de libido • Infertilidade • Redução dos pelos corporais • Atrofia dos testículos • Circulação colateral • Varizes de esôfago • Varizes retais • Ascite • Hemorragia por ruptura de varizes de esôfago • Encafalopatia hepática • Icterícia • Coagulopatia (equimoses) • Edema • Desnutrição MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA CIRROSE Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 19 6.0 DIAGNÓSTICO CAPÍTULO A avaliação histopatológica é o padrão-ouro para o diagnóstico da cirrose hepática, entretanto, essa avaliação nem sempre é necessária, já que na maioria das vezes os achados clínicos e laboratoriais são suficientes para o diagnóstico. Dentre os achados clínicos e laboratoriais, os que possuem maior capacidade de prever a presença de cirrose em pacientes com hepatopatia são: ascite, plaquetas < 160.000/mm³, aranhas vasculares e escore de Bonacini > 7 . 6.1 LABORATÓRIO As principais alterações laboratoriais da cirrose hepática estão listadas na tabela abaixo. Alterações laboratoriais na cirrose Transaminases TGO/TGP > 1 (o aumento das transaminases indica atividade inflamatória). Fosfatase alcalina Níveis mais altos nas síndromes colestáticas, <3 vezes o limite superior da normalidade nas doenças hepatocelulares. Albumina Hipoalbuminemia (indica insuficiência hepática). Tempo de protrombina Alargado (indica insuficiência hepática). Bilirrubina Normal ou aumentada (sinal de pior prognóstico). Globulina Hipergamaglobulinemia. Hemograma Anemia, leucopenia e plaquetopenia. Sódio A hiponatremia associa-se a pior prognóstico. Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 20 Ainda com relação aos exames laboratoriais da cirrose hepática, é importante saber: A albumina é produzida exclusivamente no fígado e possui uma meia-vida longa, de 18 a 20 dias. Trata-se de um importante marcador de função hepática. Como tem meia-vida longa, não é um bom marcador de insuficiência hepática aguda e sua redução indica que a doença é mais crônica. Os valores de albumina relacionam-se ao prognóstico do paciente com cirrose hepática. Quanto menor o valor, pior o prognóstico. Fique atento: avaliamos a função hepática com a dosagem de albumina, tempo de protrombina ou RNI e bilirrubina. Pacientes com comprometimento da função sintética do fígado terão hipoalbuminemia e prolongamento do tempo de protrombina/RNI. Os fatores de coagulação são produzidos exclusivamente no fígado, com exceção do fator VIII, que é produzido no endotélio vascular. Possuem meia-vida curta, tendo o fator VII, por exemplo, meia-vida de aproximadamente 6 horas (fator de coagulação com meia-vida mais curta). Sendo assim, são bons marcadores de insuficiência hepática aguda. Na insuficiência hepática temos alargamento do tempo de protrombina (> 5 segundos acima do tempo controle), RNI > 1,7 e atividade de protrombina < 50%. Com a evolução da cirrose, também há alteração do tempo de tromboplastina parcial. Fique atento e não se esqueça: o achado de hipoalbuminemia, alargamento do tempo de protrombina e RNI > 1,7 em pacientes com achados clínicos típicos confirma a insuficiência hepática/cirrose hepática. Não podemos deixar de comentar queé essencial a investigação etiológica da cirrose hepática. Para isso, vários exames podem ser solicitados. Como exemplo, podemos citar as sorologias para as hepatites virais, a dosagem de ferro e ferritina para investigação da hemocromatose e a dosagem de anticorpos na suspeita de hepatite autoimune. Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 21 7.0 EXAMES DE IMAGEM CAPÍTULO Os exames de imagem (ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância nuclear megnética) podem mostrar fígado atrofiado, com parênquima irregular, nódulos ou massas hepáticas, ascite, esplenomegalia. Na cirrose também podemos encontrar atrofia do lobo direito com hipertrofia do lobo caudado e/ou lobo esquerdo. A presença de veia porta com diâmetro aumentado, veias colaterais e fluxo sanguíneo lentificado indicam hipertensão portal. Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 22 8.0 BIÓPSIA HEPÁTICA CAPÍTULO O padrão-ouro para o diagnóstico da cirrose é a análise histopatológica do tecido hepático. Na análise histopatológica da cirrose, encontramos total desorganização do parênquima hepático, com nódulos de hepatócitos em regeneração envoltos por septos fibrosos. A biópsia deve ser evitada em indivíduos com atividade de protrombina < 50% e/ou contagem de plaquetas < 80.000 e/ou RNI > 1,3. 9.0 TRATAMENTO DA CIRROSE CAPÍTULO Na maioria das vezes a cirrose é irreversível. A meta inicial do tratamento consiste em erradicar o fator causal da cirrose. Há relatos de reversão da cirrose após o tratamento da doença de base, principalmente quando a cirrose está em fase inicial e é causada por vírus, hepatite autoimune, hemocromatose ou doença de Wilson. Muitas das vezes, o tratamento dos pacientes com cirrose consiste no tratamento das complicações, como veremos em outros capítulos. É importante lembrar-se de que o transplante hepático pode ser indicado nos pacientes com cirrose descompensada. 9.1 NUTRIÇÃO Em indivíduos com cirrose é comum o achado de desnutrição e deficiências nutricionais (deficiência de vitaminas e minerais). A terapia nutricional melhora a qualidade de vida e reduz a mortalidade. Esses pacientes devem receber 30 a 40 kcal/kg de peso ideal/dia (não peso real), sendo 1,2 a 1,5 g/kg de proteínas, dando preferência para as proteínas vegetais e dos leites e derivados. As deficiências de vitaminas e minerais devem ser avaliadas e tratadas. Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 23 10.0 COMPLICAÇÕES DA CIRROSE CAPÍTULO CAPÍTULO As complicações da cirrose, como a hipertensão portal, a ascite, a peritonite bacteriana espontânea, a hemorragia digestiva por ruptura de varizes de esôfago, a síndrome hepatorrenal, a síndrome hepatopulmonar, o hepatocarcinoma e a encefalopatia hepática serão estudadas com mais detalhes em outros capítulos, até porque são muito cobradas em concursos de Residência Médica. 11.0 RASTREAMENTO DO HEPATOCARCINOMA A cirrose é o principal fator de risco para o hepatocarcinoma. Por isso, todo paciente com cirrose deve ser submetido a uma ultrassonografia de abdome e dosagem de alfafetoproteína, a cada 6 meses, para rastreamento do hepatocarcinoma. Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 24 12.0 AVALIAÇÃO DAS VARIZES DE ESÔFAGO Todos os pacientes com cirrose hepática devem ser submetidos a uma endoscopia digestiva alta (EDA) para diagnóstico e avaliação das varizes de esôfago. Para os pacientes que nunca tiveram hemorragia por ruptura de varizes de esôfago, a profilaxia primária com betabloqueador não seletivo (propranolol ou nadolol) OU ligadura elástica está indicada nas seguintes situações: • Varizes de pequeno calibre com manchas avermelhadas (red spots) na parede. • Varizes de médio e grosso calibre. • Pacientes com varizes de esôfago e cirrose Child B ou C. Para os indivíduos que já tiveram hemorragia por ruptura de varizes de esôfago, indica-se a profilaxia secundária, que é feita com betabloqueador não seletivo (propranolol ou nadolol) E ligadura elástica das varizes. Dependendo da gravidade da cirrose (classificação de Child-Pugh), da presença das varizes e do tratamento da doença de base, a EDA deve ser repetida com a seguinte frequência: • Child A, sem varizes e sem tratamento da doença de base: EDA em 2 anos. • Child A, com varizes de pequeno calibre e sem tratamento da doença de base: EDA anual. • Child A, sem varizes e com tratamento da doença de base: EDA em 3 anos. • Child A, com varizes de pequeno calibre e com tratamento da doença de base: EDA em 2 anos. • Child B ou C: EDA anual. CAPÍTULO Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 25 A ilustração abaixo resume temas importantes da cirrose hepática. • Bilirrubina direta • Hipergamaglobulinemia • Fosfatase alcalina • GGT • Hiponatremia • Glicose • RNI > 1.7• Plaquetopenia • Relação TGO | TGP > 1 • Leucopenia | Anemia • Hipoalbuminemia • Alargamento do tempo de protrombina • Padrão ouro para o diagnóstico • Fígado nodular • Hiperecogenicidade • Fígado Heterogêneo • Atrofia do lobo direito • Hipertrofia do lobo caudado • Hipertrofia do lobo esquerdo ETIOLOGIA BIÓPSIA IMAGEM MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS LABORATÓRIO • Álcool • Hepatites virais • Autoimune • Doença de Wilson • Hemocromatose • Medicamentos • Colangite biliar primária • Colangite esclerosante primária • Criptogênica • Cardíaca • Ascite • Edema • Icterícia • Eritema palmar • Telangiectasias • Equimoses • Circulação colateral • Baqueteamento digital • Redução de libido • B • C • B + C • E CIRROSE HEPÁTICA HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 26 Estratégia MED Baixe na Google Play Baixe na App Store Aponte a câmera do seu celular para o QR Code ou busque na sua loja de apps. Baixe o app Estratégia MED Preparei uma lista exclusiva de questões com os temas dessa aula! Acesse nosso banco de questões e resolva uma lista elaborada por mim, pensada para a sua aprovação. Lembrando que você pode estudar online ou imprimir as listas sempre que quiser. Resolva questões pelo computador Copie o link abaixo e cole no seu navegador para acessar o site Resolva questões pelo app Aponte a câmera do seu celular para o QR Code abaixo e acesse o app https://estr.at/vo2m https://estr.at/vo2m Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 27 14.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPÍTULO 1. Albers I, Hartmann H, Bircher J, Creutzfeldt W. Superiority of the Child-Pugh classification to quantitative liver function tests for assessing prognosis of liver cirrhosis. Scand J Gastroenterol 1989; 24:269. 2. Barbero-Villares A, Mendoza Jiménez-Ridruejo J, Taxonera C, et al. Evaluation of liver fibrosis by transient elastography (Fibroscan®) in patients with inflammatory bowel disease treated with methotrexate: a multicentric trial. Scand J Gastroenterol 2012; 47:575. 3. Bittencourt, PL.; Zollinger, CC.; Coelho, HSM. Manual de Cuidados Intensivos em Hepatologia. Barueri-SP: Manole, 2014. 4. Bonis PA, Friedman SL, Kaplan MM. Is liver fibrosis reversible? N Engl J Med 2001; 344:452. 5. Chou R, Wasson N. Blood tests to diagnose fibrosis or cirrhosis in patients with chronic hepatitis C virus infection: a systematic review. Ann Intern Med 2013; 158:807. 6. Dooley, J.S. et al. Sherlock's diseases of the liver and biliary system. Hoboken: John Wiley & sons, 2018. 7. Faria, R; Santos, J; Almeida, P, Banza, MJ. Cirrose hepática revisitada – a propósito de um caso clínico. Jornal Português de Gastroenterologia 2012; 19(4): 209-214. 8. Fauerholdt L, Schlichting P, Christensen E, et al. Conversion of micronodularcirrhosis into macronodular cirrhosis. Hepatology 1983; 3:928. 9. Ge PS, Runyon BA. The changing role of beta-blocker therapy in patients with cirrhosis. J Hepatol 2014; 60:643. 10. Golfman, L.; Shafer, A. Cecil Medicina. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 11. Heidelbaugh JJ, Bruderly M. Cirrhosis and chronic liver failure: part I. Diagnosis and evaluation. Am Fam Physician 2006; 74:756. 12. Lee YA, Wallace MC, Friedman SL. Pathobiology of liver fibrosis: a translational success story. Gut 2015; 64:830. 13. Kasper, DL. et al. Medicina Interna de Harrison. Porto Alegre: AMGH, 2017. 14. Papadakis MA, Fraser CL, Arieff AI. Hyponatraemia in patients with cirrhosis. Q J Med 1990; 76:675. 15. Parkes J, Guha IN, Roderick P, Rosenberg W. Performance of serum marker panels for liver fibrosis in chronic hepatitis C. J Hepatol 2006; 44:462. 16. Zaterka, S.; Eisig, N. Tratado de gastroenterologia: da graduação a pós-graduação. São Paulo: Editora Atheneu, 2016. Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 28 CAPÍTULO 15.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS Prezado aluno, Lembre-se de que, havendo qualquer dificuldade na compreensão da teoria ou na resolução dos exercícios, você pode contar comigo por meio do Fórum de Dúvidas! Estarei à disposição para superar qualquer dificuldade no aprendizado da disciplina. Repito: conte comigo como um parceiro nessa sua caminhada! Além disso, para ficar por dentro das notícias do mundo da Residência Médica, recomendo que você siga o perfil do Estratégia Concursos nas mídias sociais! Você também poderá seguir meu perfil no Instagram (@giordanne) e meu canal no Youtube (Giordanne Freitas). Por meio deles, busco não só transmitir notícias de eventos do Estratégia e de fatos relativos aos concursos em geral, mas também compartilhar questões comentadas de concursos específicos que o ajudarão em sua preparação! Tudo isso para que você esteja cada dia mais próximo de vencer esse desafio e ver seu nome na lista de aprovados! Que DEUS o abençoe e o ilumine nos estudos! Cordial abraço, Giordanne Freitas Estratégia MED HEPATOLOGIA Cirrose Hepática Prof. Giordanne Freitas | Resumo Estratégico | Maio 2021 29 https://med.estrategiaeducacional.com.br/ https://med.estrategiaeducacional.com.br/ 1.0 INTRODUÇÃO 2.0 FISIOPATOLOGIA 2.1 DISTÚRBIO HEMODINÂMICO 3.0 ETIOLOGIA DA CIRROSE 3.1 DEFICIÊNCIA DE ALFA-1 ANTITRIPSINA 3.2 CIRROSE CRIPTOGÊNICA 3.3 CIRROSE DE ORIGEM CARDÍACA 3.4 TIROSINEMIA 3.5 GALACTOSEMIA 3.6 FIBROSE CÍSTICA 3.7 ATRESIA DA VIA BILIAR 3.8 SÍNDROME DE BUDD-CHIARI 3.9 DOENÇA DE CAROLI 4.0 CLASSIFICAÇÃO 5.0 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 6.0 DIAGNÓSTICO 6.1 LABORATÓRIO 7.0 EXAMES DE IMAGEM 8.0 BIÓPSIA HEPÁTICA 9.0 TRATAMENTO DA CIRROSE 9.1 NUTRIÇÃO 10.0 COMPLICAÇÕES DA CIRROSE 11.0 RASTREAMENTO DO HEPATOCARCINOMA 12.0 AVALIAÇÃO DAS VARIZES DE ESÔFAGO 13.0 LISTA DE QUESTÕES 14.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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