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Construção enxuta x construção tradicional A diferença entre a construção enxuta e a construção tradicional está no conceito de agregar valor. A construção enxuta considera que só agrega valor no produto ou serviço aquilo que o cliente está propenso a pagar. Desse modo, deslocamentos inúteis, tempo de espera, retrabalho, atrasos, defeitos, são questões que nesse pensamento, não agregam valor algum. Significam sim, perdas de lucratividade das empresas. A aplicação da qualidade total de gestão e o just in time na construção enxuta, agregará mais valor ao produto e aos processos, oferece maior controle sobre os custos fixos, desperdícios, processos e variáveis de projetos. Obtendo assim maior lucratividade e alcançando melhores resultados. Na construção enxuta tem como princípio utilizar métodos construtivos modernos, com o objetivo de diminuir os custos de produção sem comprometer a satisfação dos consumidores. Para tanto, é necessário identificar e eliminar os desperdícios existentes no processo, focando nas atividades que realmente proporcionam valor ao produto final. Diante desse cenário, é possível observar algumas diferenças entre o modelo tradicional e o lean construction. Basicamente, o principal contraste entre as duas metodologias é conceitual, pois no método convencional a produção no canteiro de obras se baseia em transformar os insumos de uma construção. Para isso, é preciso realizar diversos subprocessos. Já no modelo de construção enxuta, o processo produtivo é dividido entre ações de fluxo e conversão. Embora as atividades de conversão sejam aquelas que realmente proporcionam valor ao produto final, apenas com o controle e o gerenciamento das ações de fluxo será possível aumentar a eficiência de todo o ciclo. · Fluxos de Conversão: As atividades de conversão agregam valor ao processo produtivo da construção civil, essas ações são classificadas entre quatro fluxos de conversão. · Fluxo de montagem Caracteriza-se pelas atividades que serão necessárias para a construção da edificação. Pelo fato de identificar os produtos intermediários do processo produtivo — como peças estruturais e componentes de alvenaria, entre outros —, esse fluxo demonstra a sequência de ações que agregará valor à construção. · Fluxo de materiais Trata-se das atividades em que ocorrem o transporte, o armazenamento, o processamento e a inspeção dos insumos utilizados em uma obra. Além da matéria-prima, o fluxo de materiais compreende o produto final do processo. · Fluxo de informações Esse fluxo abrange as atividades relacionadas ao planejamento e gerenciamento da obra. O processo gerencial se baseia, assim como ocorre com os materiais de construção, no transporte, no armazenamento, no processamento e na inspeção das informações produzidas durante a empreitada. O planejamento e o controle também estão relacionados a tal fluxo. Assim, trata-se de utilizar as necessidades do cliente e as condições encontradas no terreno como dados de entrada para que, após a execução de diversas tarefas, elas sejam transformadas em um produto denominado projeto — o qual pode ser arquitetônico, estrutural ou de instalações complementares. · Fluxo de trabalho O fluxo de trabalho inclui as atividades que serão executadas por cada equipe durante o processo produtivo. Para que haja uma melhora no desempenho do canteiro de obras, um gerenciamento dessas operações é fundamental. O principal objetivo desse fluxo é conseguir reduzir os desperdícios por meio da adoção de medidas que proporcionem maior produtividade nos processos.