Buscar

aula-08-direito-empresarial-regular-titulos-de-credito-parte-ii

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 95 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 95 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 95 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 08 - Títulos em espécie: Letra de Câmbio, Nota 
Promissória, Cheque, Duplicata, Cédula de Crédito Bancário, 
Letra e Cédula de Crédito Imobiliário. Conhecimento de 
Depósito. Warrant. Conhecimento de Transporte. Ações 
cambiais. Protesto. 
Curso Regular de Direito Empresarial p/ ICMS-RO 
Professor: Wangney Ilco 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 2 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
1- Letra de Câmbio .......................................................................... 4 
1.1- Definição e Requisitos essenciais ................................................... 4 
1.2- Saque ........................................................................................ 6 
1.3- Aceite ........................................................................................ 6 
1.4- Vencimento e Modalidades ............................................................ 8 
1.4.1- Cláusulas de Juros ................................................................. 9 
1.5- Pagamento da Letra de Câmbio ..................................................... 9 
1.6- Protesto ................................................................................... 11 
1.7- Ação cambial ............................................................................ 14 
2- Nota Promissória ....................................................................... 16 
2.1- Definição e Requisitos essenciais ................................................. 16 
2.2- Regime jurídico e características .................................................. 18 
3- Cheque ...................................................................................... 18 
3.1- Definição e Requisitos essenciais ................................................. 18 
3.2- Características .......................................................................... 20 
3.3- Espécies de cheque .................................................................... 20 
3.4- Apresentação e pagamento do cheque ......................................... 22 
3.5- Revogação e Sustação do cheque ................................................ 24 
3.6- Cheque sem fundos e ação cambial.............................................. 24 
4- Duplicata ................................................................................... 26 
4.1- Definição e Requisitos essenciais ................................................. 26 
4.2- Aceite ...................................................................................... 28 
4.3- Pagamento e aval ...................................................................... 30 
4.4- Protesto e ação cambial .............................................................. 31 
4.5- Duplicata de prestação de serviços .............................................. 33 
5- Resumo dos títulos e Prazos prescricionais da ação cambial ..... 34 
6- Cédula de Crédito Bancário ....................................................... 36 
7- Letra de Crédito Imobiliário (LCI) ............................................. 38 
8- Cédula de Crédito Imobiliário (CCI) .......................................... 40 
AULA 08 – Títulos em espécie: Letra de Câmbio, Nota Promissória, 
Cheque, Duplicata, Cédula de Crédito Bancário, Letra e Cédula de 
Crédito Imobiliário. Conhecimento de Depósito. Warrant. 
Conhecimento de Transporte. Ações cambiais. Protesto. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 3 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
9- Conhecimento de depósito e warrant ........................................ 41 
10- Conhecimento de transporte ..................................................... 42 
11- Questões Comentadas ............................................................... 44 
12- Lista de Questões ...................................................................... 79 
13- Gabarito .................................................................................... 95 
 
Olá pessoal! Tudo beleza? 
Na aula de hoje estudaremos os títulos de crédito em espécie, ou seja, os 
principais títulos de crédito de forma individualizada, ok? É preciso atenção 
neste estudo, pois há muitos detalhes em cada título que os distinguem dos 
demais. Sugiro estudar com bastante calma, fazendo as devidas anotações em 
seus resumos. Lembrem-se que a técnica de resumos é importantíssima para a 
assimilação dos assuntos e, obviamente, para a aprovação. 
Um bom resumo não é elaborado às pressas, sem organização. Pelo contrário, 
um bom resumo é resultado de um trabalho de formiguinha feito ao longo de 
um período longo. Num primeiro momento, o resumo deve ser elaborado 
quando estudamos a teoria. Nesta fase, é um resumo ainda grosseiro, muitas 
vezes não abarca as questões de prova. Então, num segundo momento, 
fazemos os ajustes no resumo com os pontos cobrados nas questões. Aí sim, 
teremos um resumo com os ajustes finos, voltado para as questões de prova. 
A partir daí, frequentemente devemos percorrer esse resumo para assimilar os 
assuntos. Nesta fase de estudos, devemos conjugar a resolução de questões 
com o estudo dos resumos. Se houver a necessidade, como um determinado 
ponto cobrado na questão de que não se recorda, basta se socorrer da teoria 
(PDF ou Livros ou Aula em vídeo). Esta é a melhor fase dos estudos, onde 
fazemos os ajustes finos, beleza? 
 
Então vamos lá!! 
Abraços e bons estudos. 
Wangney Ilco 
 
 
 
 
 
 
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se 
chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o 
dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver. 
(Dalai Lama) 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 4 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
1- Letra de Câmbio 
 
1.1- Definição e Requisitos essenciais 
 Bem, a Letra de Câmbio (LC) está prevista na LUG, tratado incorporado 
ao ordenamento jurídico nacional pelo Decreto nº 57.663/66. A LC serve como 
base para o estudo dos atos cambiários, mesmo sendo um título de crédito 
muito pouco utilizado no Brasil. 
Assim, a letra de câmbio pode ser definida como uma ORDEM DE 
PAGAMENTO, à vista ou a prazo, dirigida por uma pessoa a outra em 
benefício de uma terceira pessoa. Então, temos 3 figuras principais 
relacionadas: sacador (emitente ou subscritor), sacado e tomador 
(beneficiário), onde o sacador emite uma ordem de pagamento ao sacado, em 
favor do tomador. 
 
 Esta é uma esquematização ainda simples que iremos “incrementar” ao 
longo da aula com outras informações, beleza? Pois bem, além da assinatura 
do sacador (emitente), a letra de câmbio deve conter alguns requisitos 
formais essenciais para produzir os efeitos de título de crédito, conforme o 
art. 1º da LUG: 
 
Requisitos
daletra de 
câmbio
A palavra "letra de câmbio"
Mandato puro e simples de pagar quantia 
determinada
O nome do sacado e do tomador
A época do pagamento. Se omissa, é pagável 
à vista.
O lugar do pagamento. Se omisso, é o local ao 
lado do nome do sacado e domicílio do sacado
Data e local de emissão. Se omisso, é o local 
ao lado do nome do sacador.
Sacador 
(emitente
) 
Tomador 
(beneficiário
) 
 
Sacado 
Ordem de pagamento 
Entrega a letra 
de câmbio 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 5 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 Portanto, notemos que dos requisitos formais acima listados, temos as 
exceções destacadas que podem ser omitidas. Porém a própria LUG cuida de 
preencher estas omissões caso ocorram. Também, é vedada a emissão da 
letra de câmbio ao portador, conforme a LUG; contudo, pode circular através 
de endosso em branco, ou seja, sem identificar o endossatário. 
 Ainda sobre o formalismo da letra, o CC no art. 889 traz regras 
semelhantes a essas; inclusive, mencionamos algumas delas, como a regra 
geral pela qual os títulos de crédito podem ser emitidos a partir de caracteres 
criados em computador ou outro meio técnico equivalente e que conste da 
escrituração do emitente. Vejamos que esta regra tem o seu sentido frente o 
atual desenvolvimento da informática, certo? 
 No entanto, devemos ficar atentos ao §2º do art. 889 do CC que traz 
regra geral para os títulos de crédito, mas que a LUG dispõe de forma diferente 
quando o local do pagamento é omitido na letra de câmbio, como vimos em 
nossa esquematização acima. Vejamos: 
 
 
 Logo, se numa questão mencionar o formalismo em relação à letra de 
câmbio aplicamos a LUG, caso fale em títulos de crédito de forma geral, 
observamos o Código Civil, beleza? Agora só mais uma observação: 
Obs.: SÚMULA 387 do STF: “A cambial emitida ou aceita com omissões, 
ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da 
cobrança ou do protesto”. Ressalta-se que esta jurisprudência já foi tema de 
prova!!! 
1. (CESPE / Juiz do Trabalho-TRT-23ª /2009) Sobre a 
letra de cambio é correto afirmar que: 
e) Se for emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada 
pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. 
Comentários 
Correta, conforme o conteúdo da súmula 387 do STF que acabamos de ver. 
Logo, a letra de câmbio não necessita estar totalmente completa no momento 
de sua emissão, sendo permitido o seu preenchimento posterior. O mesmo vale 
para os demais títulos de crédito, ok? O art. 891 do CC também reforça este 
entendimento. Assim, os títulos de crédito podem circular ao portador (ou em 
branco) desde a sua emissão, mas devem estar completos no momento do seu 
pagamento. Por exemplo, alguém pode assinar um cheque e entregar a pessoa 
Omissão do lugar do pagamento 
LUG (letra de câmbio) C. Civil (regras gerais) 
Domicílio do SACADO Domicílio do EMITENTE 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 6 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
de sua confiança para que o complete, conforme ajustado entre eles. Essa 
pessoa deve agir de boa-fé ao completar o título. 
 
1.2- Saque 
 Quando ocorre a emissão de um título de crédito, diz-se que o título foi 
sacado. Assim, a letra de câmbio pode ser sacada de três formas: 
 
 
 
1.3- Aceite 
 O aceite é um ato cambiário por meio do qual o sacado reconhece a 
validade da ordem de pagamento (letra de câmbio) quando o tomador lhe 
apresenta a mesma. Assim, é uma declaração unilateral e facultativa do 
sacado, o qual assume a obrigação de pagar a soma indicada no título nos 
prazos ali especificados, passando a ser chamado de aceitante e obrigado 
principal. 
Na prática, o aceite é apenas a assinatura do sacado na frente (anverso) 
da LC ou de expressão “aceito” ou qualquer outra palavra equivalente, sendo 
que o aceitante fica obrigado nos termos de seu aceite. Diz-se, assim, que 
o aceite é irretratável. 
A apresentação para aceite da LC pode ser feita pelo tomador, portador 
ou até por um simples detentor no domicílio do sacado até a data do seu 
vencimento. 
SAQUE 
Letra de Câmbio
À ordem do próprio 
sacador
O sacador emite a 
letra a seu favor (é 
o tomador).
Sobre o próprio 
sacador
O sacador emite a 
letra contra ele 
próprio (é o sacado).
Por ordem e conta de 
terceiros
Situação normal, 
com sacador, 
sacado e tomador 
distintos.
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 7 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
Vejamos algumas características e regras sobre o aceite: 
 
 
 No caso de aceite parcial, o sacador (emitente) é o responsável pela 
quantia que não foi aceita pelo sacado. Assim, aquele que efetuar o pagamento 
do saldo poderá exercer direito de ação (art. 51, LUG). 
Obs.: Cancelamento do aceite: presume-se que o risco dado sobre o aceite 
é dado antes da restituição da letra, configurando a recusa ao aceite. Assim, 
o portador da letra deve provar que o cancelamento se deu após a sua 
restituição por ato fraudulento para que o aceite seja restaurado. Porém, no 
caso específico do sacado declarar por escrito ao portador, ou outro 
signatário, que aceita a LC, o sacado fica obrigado para com eles nos termos 
do aceite declarado, mesmo que se recuse posteriormente a dar o aceite ou 
tente cancelá-lo; afinal, o aceite é ato cambiário irretratável. 
 
ACEITE
É puro e 
simples
O sacado pode limitar a quantia 
(ACEITE PARCIAL).
Outra modificação na LC equivale 
como recusa de aceite.
Localidade
Normalmente é o domicílio do 
sacado (art. 27, LUG)
Outro local pode ser indicado para o 
pagamento.
Cancelamento
Se o sacado risca o aceite dado, 
considera-se recusado(art.29,LUG)
Se o sacado declara por escrito 
que aceita, então fica obrigado
Sacador 
(emitente
) 
Tomador 
(portador da 
LC) 
 
Sacado 
(aceitante) 
Ordem de pagamento 
Entrega a letra 
de câmbio 
Apresentação da LC p/ aceite 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 8 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
1.4- Vencimento e Modalidades 
As modalidades de letra de câmbio referem-se à data de vencimento 
definida no momento de sua emissão, o que irá influenciar o seu aceite. 
Notemos que esta classificação é quanto ao prazo, que vimos anteriormente. 
Beleza? 
 
 Observemos que na letra emitida à vista NÃO HÁ apresentaçãopara 
aceite, mas sim para o seu pagamento direto. Recordando que a data de 
vencimento se omitida, presume-se que a LC é à vista! Então, concluímos que 
somente a LC emitida a certo prazo da vista é obrigatória a apresentação para 
aceite, já que o prazo para vencimento começa a correr a partir de sua 
apresentação. 
Portanto, observa-se por essas modalidades que o sacador pode 
livremente estipular que a letra será apresentada ao aceite, com ou sem prazo 
(art. 22, LUG). O mesmo ocorre para o endossante (pessoa que passa o título), 
exceto se a letra tiver sido declarada não aceitável pelo sacador (emitente). 
Mas o que seria uma letra de câmbio não aceitável? 
 
 
Modalidades 
de Letra de Câmbio
À vista
O vencimento 
se dá no 
momento da 
apresentação, 
quando deverá 
ser pago.
A certo prazo 
da vista
O título deve 
ser apresentado 
para aceite e a 
partir daí 
correrá o prazo 
de vencimento.
A certo prazo 
de data
O vencimento 
ocorre em 
determinado 
prazo de sua 
emissão. A 
apresentação 
para aceite é 
facultativa.
A dia certo
A data de 
vencimento vem 
expressamente 
no título. A 
apresentação 
para aceite é 
facultativa.
Letra de Câmbio 
NÃO-aceitável
Proibição de apresentação para aceite com o uso da expressão "sem 
aceite" ou "não aceitável". Evita vencimento antecipado.
Não aplica-se à LC emitida a certo prazo da vista e à LC pagável em 
domicílio diferente do sacado ou em domicílio de terceiro. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 9 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
No mais, o portador da letra de câmbio poderá cobrar o seu direito em 
ação cambial quando a letra não for aceita ou se aceita não for paga, inclusive 
com juros quando estipulado e outras despesas (art. 28, LUG). 
Sobre a previsão de juros na Letra de Câmbio e nos principais títulos de 
crédito, vejamos: 
 
 
1.4.1- Cláusulas de Juros 
 Bem, com a finalidade de condensar os estudos dos principais títulos de 
crédito e assim facilitar o aprendizado e aumentar as chances de acertar as 
questões de prova, fiz um apanhado sobre a cláusula de juros para os principais 
títulos de crédito. Então, segue um quadro-resumo acerca da estipulação de 
juros conforme a legislação e o título de crédito. 
 
Lei Cláusula de 
Juros 
Observação 
Código Civil (art. 890) Não escrita 
Lei do cheque (art. 10) Não escrita 
LUG (art. 5º) 
LC e NP 
Escrita LC à vista ou a certo 
termo de vista. 
 
 A respeito da duplicata, não há previsão para estipular juros no próprio 
documento. 
 
 
 
 
1.5- Pagamento da Letra de Câmbio 
Antes de tratarmos especificamente do pagamento, devemos entender 
que a letra de câmbio pode ter seu vencimento antecipado, conforme os 
casos abaixo e a LUG (art. 43): 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 10 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Assim, com o vencimento da LC, esta dever ser apresentada para 
o devido pagamento no dia do vencimento ou, se feriado, no 
próximo dia útil (art. 20 do Decreto nº 2.044/1908). Ressalta-
se, porém, que a LC à vista é pagável no momento de sua 
apresentação, que ocorre no prazo de UM ANO da data do seu 
saque. 
 Agora vejamos algumas regras e procedimentos acerca do ato de pagar 
uma letra de câmbio: 
 
 Como os sacadores, aceitantes, endossantes ou avalistas (coobrigados) 
de uma letra são todos solidariamente responsáveis para com o portador 
(art. 47, LUG), o pagamento os desobriga de responsabilidade cambial. 
Quem paga desonera os coobrigados posteriores e tem o direito à ação de 
regresso contra os coobrigados anteriores. 
 No mais, vale destacar que tanto o prazo de apresentação para 
pagamento quanto para aceite pode ser prorrogado em razão de caso 
fortuito ou força maior, devendo referir-se a motivo insuperável (art. 54, 
LUG). Neste caso, o portador deverá informar imediatamente o endossante 
desta situação, ok? 
Vencimento 
Antecipado
Por falta ou recusa 
de ACEITE
Deve ser 
comprovado por ato 
formal (protesto) 
nos prazos fixados 
para a apresentação 
ao aceite.
FALÊNCIA do sacado
Aceitante ou não. A 
sentença de 
declaração da 
falência é suficiente 
para exercer o direito 
de ação cambial. 
FALÊNCIA do sacador 
(LC não aceitável)
A sentença de 
declaração da 
falência é suficiente 
para exercer o direito 
de ação cambial. 
Pagamento
A quitação regular deve ser na própria LC -
princípio da literalidade.
O devedor (sacado) que paga pode exigir a entrega 
da LC com a devida quitação (retira de circulação).
Desonera-se o devedor que paga a LC no 
vencimento, exceto se agiu de má-fé. 
O portador não poderá recusar o pagamento 
parcial - deve constar esse pagamento na LC.
O portador não é obrigado a aceitar o pagamento 
antecipado, mas aquele que paga fica responsável.
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 11 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
Obs.: A não apresentação para pagamento no prazo determinado torna a letra 
de câmbio sem força executória, ou seja, o portador perde o direito de ação 
de regresso contra os endossantes, contra o sacador e contra os outros 
coobrigados, à exceção do aceitante (art. 53, LUG). 
 
1.6- Protesto 
 Pessoal, para o estudo do protesto em relação à LC e demais títulos de 
crédito é necessário o conhecimento da Lei nº 9.492/97, que trata do protesto 
dos títulos de crédito e de outros documentos de dívida, ok? 
 Desse modo, podemos definir protesto como sendo “o ato formal e 
solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de 
obrigação” cambiária, e demonstra-se a falta de pagamento, a falta de 
aceite ou a não-devolução do título de crédito. 
 As MODALIDADES de protesto são as seguintes (art. 21, Lei 
9.492/97): 
 
Portanto, verifica-se que o protesto é obrigatório e necessário para o 
exercício do direito de regresso contra os coobrigados, constituindo o 
devedor em mora. Mas qual seria o prazo para o credor protestar a letra de 
câmbio? 
Bem, para o protesto por falta ou recusa de aceite, conforme 
esquema acima, o prazo é aquele fixado para a apresentação ao aceite 
(art.44, 2ª alínea, LUG), ou seja, pode ser feito antes do vencimento ou, no 
máximo, até o primeiro dia útil após o vencimento da LC. Vale relembrar que a 
recusa ou falta de aceite antecipa o vencimento da LC, ok? Então, 
esclarecendo melhor o protesto por falta de aceite, conforme as modalidades 
de letra de câmbio, temos que: 
• LC à vista – Protesto: até o 1º dia útil seguinte ao da falta de aceite; 
➢ LC a certo termo de vista – Protesto: até o 1º dia útil seguinte ao da 
falta de aceite, visto que a apresentação para o aceite é obrigatória para 
correr o prazo de pagamento; 
Por falta ou recusa de 
ACEITE
•Somente antes do 
vencimento da 
obrigação e após odecurso do prazo 
para o aceite ou a 
devolução.
•Impõe o vencimento 
antecipado.
Por falta de 
PAGAMENTO
•Após o 
vencimento.
•Contra o sacado, 
somente se ele for 
aceitante da LC. 
Por falta de 
DEVOLUÇÃO
•Quando o sacado 
não devolve no 
prazo legal a letra 
de câmbio e 
duplicata.
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 12 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
✓ LC a certo termo de data e em dia fixo – Protesto: até o 1º dia útil após 
o vencimento, pois a apresentação ao aceite é facultativa; caso a LC seja 
apresentada e o aceite seja recusado, já poderá ser protestada desde então, 
já que o vencimento se antecipou. 
Obs.: Por mais estranho que possa parecer, nada impede que uma Letra de 
Câmbio sacada à vista seja apresentada ao aceite do sacado. Assim, entende-
se que não há qualquer vedação para que ela seja apresentada antes ao 
aceite do sacado, ok? Ressaltando que se o sacado se nega a aceitar a LC, é 
porque ele não pretende pagá-la, não é mesmo? E, de forma geral, a 
apresentação para aceite é sempre facultativa na LC, exceto na LC a certo prazo 
da vista, pois é a partir da data de apresentação que começa a correr o prazo 
do vencimento. 
Assim, pessoal, acredito que fica mais fácil de visualizar os prazos para 
protesto da LC por falta ou recusa de aceite, beleza? 
Agora, com relação ao prazo para protesto por falta de pagamento temos 
um pequeno “probleminha”. Vejamos a seguinte observação: 
Obs.: Prazo do protesto por falta de pagamento-Divergência 
doutrinária: 
 
RESUMINDO: Caso tenhamos uma questão abordando este tema, devemos 
considerar que o protesto da letra de câmbio por falta de pagamento ou de 
aceite deve ser até o primeiro dia útil que se seguir ao vencimento ou ao 
da recusa do aceite. Beleza? Entendido? 
 Então, pergunto: quais os efeitos no caso do portador/credor da LC 
perder o prazo ou não protestar por falta de pagamento? Como podemos 
perceber, ele perderá os direitos contra o sacador (emitente) e demais 
coobrigados (endossantes e avalistas), exceto contra o aceitante (e seus 
avalistas). Então, concluímos: 
Lei Interna
(Decreto nº 
2.044/1908)
•Art. 28 - A LC deve ser 
protestada no 
PRIMEIRO dia útil que 
se seguir ao do 
vencimento.
LUG
(Decreto nº 57.663/66)
•Art. 44, 3ª alínea - LC pagável 
em dia fixo ou a certo termo 
de data ou de vista deve ser 
protestada num dos DOIS 
DIAS úteis seguintes àquele 
em que a letra é pagável.
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 13 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 Por fim, em relação ao protesto, vejamos as seguintes regras: 
 
Obs.: O registro ou lavratura do protesto ocorre em 3 dias contados da 
protocolização do título. Nesse período está prevista a possibilidade de sustação 
do protesto (arts. 12 e 16, Lei 9.492/97). 
 A cláusula “sem protesto” ou “sem despesas” não é presumida, ou seja, 
ela deverá vir expressamente escrita no título de crédito, pois possui a "força" 
de alterar procedimentos obrigatórios em relação aos coobrigados. Estes 
procedimentos alterados são o protesto e as despesas dele decorrentes. Assim, 
o protesto passa a ser dispensado (facultativo) para acionar os coobrigados e, 
caso seja realizado o protesto, as despesas decorrentes ficam ao em cargo de 
quem fez o protesto, já que o fez sem ser obrigado. Ou seja, apesar do nome 
da cláusula, o protesto não fica proibido, mas torna-se facultativo. 
 De outra forma: o credor poderá acionar tanto o devedor principal quanto 
os coobrigados. Mas como saber quem inseriu a referida cláusula? Como saber 
qual coobrigado ela abrangerá? Ou atinge todos os coobrigados? 
 Como vimos, a cláusula "sem protesto" não é presumida, logo quem a 
inseriu no título de crédito deve estar claramente identificado. Pode ser o 
sacador (emitente) ou um dos endossantes ou avalistas. Dependendo quem a 
inseriu, teremos consequências distintas. Vejamos: 
• Se o sacador inserir tão cláusula, os seus efeitos atingirão todos os 
devedores, que poderão ser demandados independente de protesto, ok? 
•Contra os coobrigados - sacador, 
endossantes e seus avalistas.
Protesto 
necessário
•Contra o devedor principal 
(aceitante) e seu avalista.
Protesto 
facultativo
P
R
O
T
E
S
T
O
Cláusula "sem 
despesas" ou 
"sem protesto"
Dispensa o portador de efetuar o protesto. 
Dada pelo sacador, endossante ou avalista. 
SE dada pelo sacador, beneficia todos os 
signatários da LC. Mas não dispensa o 
portador da apresentação no prazo.
SUSTAÇÃO Retirada do título antes da lavratura do 
protesto. Paga-se despesas e emolumentos. 
Cancelamento
Pelo pagamento. Se por outro motivo, 
deve ser pela via judicial.
Qualquer interessado, mediante 
apresentação do documento protestado.
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 14 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
• Se um endossante ou um avalista inserir a cláusula "sem protesto", ela 
tem efeito somente em relação a ele, não valendo para os demais 
coobrigados. Isso significa que o protesto não é necessário para demandar 
o endossante ou avalista que inseriu a cláusula. Perfeito? 
 Mais uma vez: sendo facultativo o protesto, aquele que o fizer, não 
poderá cobrar as despesas do protesto daqueles que não sofrem os efeitos da 
cláusula "sem protesto" ou "sem despesas". 
 
2. (FCC / Juiz Substituto-TJ-RN / 2002) A recusa do 
sacado em aceitar a letra de câmbio sacada a termo de data tem como 
consequência: 
a) a possibilidade do beneficiário exigir do sacador o pagamento imediatamente 
após o protesto por falta de aceite. 
b) sua imediata substituição, como devedor principal, pelo sacador, que deverá 
pagar o título na data do vencimento. 
c) a faculdade do beneficiário de protestar o título por falta de aceite caso a 
recusa seja imotivada. 
d) a responsabilização dos co-obrigados pelo pagamento do título na data do 
vencimento. 
e) a responsabilização do sacado pelo pagamento do título no vencimento, 
desde que tempestivamente protestado por falta de aceite. 
Comentários 
Letra “a”. Como vimos, a letra de câmbio emitida a certo termo de data tem o 
seu vencimento em dado prazo após a sua emissão. Por exemplo, o sacador 
pode determinar que a LC vencerá em 3 meses de sua emissão, ok? Também 
estudamos que nesta modalidade de LC a apresentação para aceite é 
facultativa. Porém, conforme o enunciado da questão, o portador apresentou a 
LC e a mesma foi recusada pelo sacado. Neste caso, o vencimento é antecipado 
e o beneficiário poderá protestar a LC, e desta forma exigir em ação executiva 
o pagamento pelo sacador (emitente). Logo, a alternativa correta é a letra A 
conforme o art. 43 da LUG. Para que a LC não fosse apresentada ao aceitee 
tivesse seu vencimento antecipado, o sacador poderia ter colocado a expressão 
“sem aceite”. 
 
 
 
1.7- Ação cambial 
 Bem, a ação cambial nada mais é que a simples ação executiva 
extrajudicial para cobrança do título de crédito. O art. 585, I do Código de 
Processo Civil trata também esta ação como título executivo extrajudicial. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 15 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 Desse modo, a ação cambial pode ser de dois tipos: direta ou 
regressiva. Destaca-se ainda abaixo os prazos de prescrição da ação cambial 
conforme o obrigado acionado (art. 70 da LUG): 
 
 No caso de cláusula “sem despesa” ou “sem protesto”, a prescrição da 
ação do portador contra os coobrigados é de um ano a contar da data do 
vencimento, já que o protesto é dispensado. 
 Por fim, como regra geral, a interrupção do prazo prescricional só produz 
efeito em relação à pessoa para quem a interrupção foi direcionada, ou seja, 
não beneficia os demais obrigados na relação cambiária. 
 Bem, meus amigos e amigas, para solidificarmos esses conhecimentos, 
vejam o seguinte exemplo de relações cambiárias numa letra de câmbio: 
EX.: Ao emitir e entregar uma letra de câmbio ao seu credor (tomador), o 
sacador dá uma ordem de pagamento ao sacado de certa quantia. O tomador 
(endossante) endossa a LC a outro indivíduo com o qual tem uma obrigação 
pendente. Este novo portador (endossatário) apresenta a letra ao sacado para 
aceite; ao aceitá-la, o sacado torna-se aceitante e obrigado principal. Ainda 
temos a figura de um avalista que não identifica o seu avalizado (aval em 
branco); presume-se, então, que foi dado em favor do sacador (art. 31, LUG), 
beleza? Porém, o aceitante não efetua o pagamento no vencimento. Assim, o 
portador da LC poderá acionar diretamente o aceitante, com ou sem protesto, 
já que ele é o obrigado principal. Ou, ainda, poderá acionar o endossante, o 
sacador ou seu avalista; aí precisa de protesto. Importante destacar que todos 
são solidariamente responsáveis para com o portador (art. 47 da LUG). Então, 
o prazo para acionar o aceitante é de 3 anos contados do vencimento da LC. 
Caso o portador acione os coobrigados (sacador, endossante e avalistas), o 
prazo será de 1 ano a partir do protesto; aí, aquele coobrigado que efetuou o 
pagamento poderá OU acionar o aceitante no prazo de 3 anos também do 
vencimento da LC OU acionar um outro coobrigado no prazo de 6 meses 
Ação Cambial
Direta: todos 
contra o aceitante
Prescrição: 3 anos 
do vencimento.
Regressiva: do portador 
contra coobrigados ou 
coobrigados entre si
Prescrição contra 
coobrigados: 1 ano 
da data do protesto
Prescrição c/ coobrigados 
entre si: 6 meses 
contados do dia em que 
pagou ou foi acionado
Protesto 
facultativo 
Protesto 
Necessário 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 16 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
contados do dia que pagou ou foi acionado. Ok? Entendido? Então é isso e 
qualquer dúvida é só me “acionar”...rsrsr! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2- Nota Promissória 
 
2.1- Definição e Requisitos essenciais 
Bem, já vimos a classificação dos títulos de crédito quanto à estrutura: 
ordem de pagamento e promessa de pagamento. Lembram-se? Então, a nota 
promissória é definida como: 
Sacador 
(emitente) 
Tomador 
(endossante) 
 
Sacado 
(aceitante) 
Ordem de pagamento 
Entrega a letra 
de câmbio 
Apresentação da LC p/ aceite 
Portador 
(endossatário) 
 
X 
Avalista (em branco) 
3 anos-ação cambial 
LC 
3 anos-ação cambial 
3 anos-ação cambial 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 17 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
 
Portanto, podemos perceber que a nota promissória (NP) é mais simples 
que a letra de câmbio (LC), tendo em vista que relaciona apenas dois sujeitos 
essenciais: o emitente e o beneficiário. 
 
 Assim, para representar a sua dívida, o subscritor emite documento com 
efeitos cambiários (circulação, endossantes, endossatários, avalistas, etc.) 
em favor do seu credor, ok? 
Obs.: A nota promissória está prevista nos arts. 75 a 78 da LUG. 
 Vejamos o formalismo ou rigor cambiário para as notas promissórias, 
de tal forma que os requisitos formais abaixo devem ser observados no 
documento para que este produza os efeitos de título de crédito (art. 75, da 
LUG): 
 
 
 Portanto, à semelhança da letra de câmbio, notemos que dos requisitos 
formais acima listados, temos as exceções destacadas que podem ser omitidas 
e a própria LUG cuida de preencher estas omissões. No mais, a assinatura do 
subscritor é requisito essencial e, assim como na letra de câmbio, a lei 
Requisitos
da NP
A palavra "nota promissória"
Promessa pura e simples de pagar quantia 
determinada
O nome do tomador (beneficiário)
A época do pagamento. Se omissa, é pagável 
à vista.
O lugar do pagamento. Se omisso, é o lugar onde 
foi passada e domicílio do subscritor.
Data e local de emissão. Se omisso, é o local 
ao lado do nome do subscritor.
Uma PROMESSA de pagamento direta e escrita, à vista ou 
a prazo, feita por uma pessoa (emitente ou subscritor) em 
benefício de outra (tomador ou beneficiário). 
Emitente 
(subscritor) 
Tomador 
(beneficiário) 
 Nota promissória 
Devedor e obrigado 
principal 
Promete o pagamento 
da dívida 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 18 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
veda a emissão de nota promissória ao portador, justamente por ser o 
nome do tomador requisito essencial. 
 
2.2- Regime jurídico e características 
 Por força do art. 77 da LUG, o regime jurídico aplicável à nota promissória 
é o mesmo da letra de câmbio: endosso, vencimento, pagamento e outros mais. 
Obviamente que devemos fazer os ajustes necessários já que a NP é uma 
promessa de pagamento. E é isso que veremos a seguir. 
 
 Desta forma, precisamos realizar os quatro ajustes acima, beleza? 
3- Cheque 
 
3.1- Definição e Requisitos essenciais 
O cheque é uma ordem de pagamento à vista, escrita e em dinheiro, 
emitida pelo sacador contra uma instituição financeira (banco, sacado), onde 
possui provisão de fundos, em benefício de terceiro (tomador ou beneficiário). 
Assim, como na letra de câmbio, o cheque possui três figuras intervenientes 
principais: sacador, sacado (banco ou instituição financeira)e tomador. 
Ajustes
Aceitante da LC 
= subscritor da 
NP (art. 78,LUG)
Prescrição é de 
3 anos, como é 
para o aceitante; 
protesto 
facultativo c/ 
subscritor; 
falência do 
subscritor antecipa 
o vencimento.
As disposições 
incompatíveis a 
promessa de 
pagamento
Aceite, cláusula 
"não aceitável", 
prazo para 
apresentação ao 
aceite, vencimento 
antecipado por 
falta de aceite, 
recusa parcial, ...
Modalidade "a certo 
termo da vista"
Apresenta a NP para 
visto do subscritor 
no prazo de até um 
ano. A partir do visto 
corre o prazo de 
vencimento. Cabe 
protesto no caso de 
recusar dar o visto.
Aval em 
branco
O avalizado é o 
subscritor no 
caso do avalista 
não identificar o 
seu beneficiário 
(art. 77, LUG)
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 19 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
No entanto, o sacado não possui responsabilidade cambiária (aceite, 
endosso ou aval). A sua relação é tão-somente contratual com o emitente do 
cheque. Inclusive, o banco sacado não é obrigado ao aceite, visto que o cheque 
não admite aceite considerando-se não escrita qualquer disposição em 
contrário. No mais, as outras figuras estão presentes no cheque: endossantes, 
endossatários e seus avalistas. 
Obs.: O cheque está previsto na Lei nº 7.357/85 (adotaremos a sigla LCh). 
 O formalismo ou rigor cambiário para o cheque está previsto nos arts. 
1º e 2º da LCh. Tais requisitos formais se assemelham e muito aos já vistos 
para a LC e NP. 
 
 Se diversos locais junto ao sacado forem indicados para pagamento, o 
cheque é pago no primeiro deles, mas se nenhum local for indicado, deve ser 
pago no local de emissão. Agora em relação à quantia determinada, caso haja 
divergência de valores, prevalece o expresso por extenso e o menor valor. 
Além disso, a estipulação de juros no cheque considera-se como não 
escrita. Por fim, a assinatura do emitente ou seu procurador é essencial, 
podendo ser mecânica ou processo equivalente. 
 
Obs.: Relembra-se que na letra de câmbio também pode haver previsão de 
juros. 
Requisitos do 
Cheque
A palavra "cheque"
Ordem incondicional de pagar 
quantia determinada
O nome do sacado
O lugar do pagamento. Se omisso, é 
o lugar junto ao nome do sacado
Data e lugar de emissão. Se 
omisso, é o local junto ao nome do 
emitente.
Sacador 
(emitente
) 
Tomador 
(beneficiário
) 
 
Sacado 
(banco) 
Ordem de 
pagamento 
Entrega o 
cheque 
Obrigado 
principal 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 20 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
3.2- Características 
 Vejamos algumas características importantes do cheque. 
 
 
 
Ressalta-se, ainda, que nos cheques com valor acima de R$ 100,00 é 
necessário identificar o tomador, ou seja, DEVE ser nominal (art. 69, lei nº 
9.069/95). 
Eis uma questão da banca ESAF sobre o tema cheque: 
3. (ESAF / Analista–SEFAZ-CE / 2006) Em matéria de 
títulos de crédito: 
d) o cheque não é um título de crédito, porque foi proibido por lei que seja 
endossado mais de uma vez. 
Comentários 
Incorreta. O cheque é considerado sim título de crédito e, além disso, pode ser 
endossado mais de uma vez, conforme a teoria geral dos títulos de crédito e 
autorização expressa da LCh em seu art. 17, §2º: “O endosso pode ser feito ao 
emitente, ou a outro obrigado, que podem novamente endossar o cheque”. 
 
3.3- Espécies de cheque 
CHEQUE
Formas de 
Emissão
(art. 9º)
À ordem do próprio sacador
Por conta de terceiros
Na forma de cheque administrativo
Formas de 
circulação -
endosso
(art. 8º)
Nominal "à ordem" (com ou sem 
a expressão) - tem o nome do 
beneficiário e permite o endosso
Nominal "não à ordem" - tem o 
nome do beneficiário e proíbe o 
endosso
Ao portador - sem o nome do 
beneficiário. Pagável a quem 
apresentar o cheque
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 21 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 Então pessoal, acima temos as principais modalidades ou espécies de 
cheque. O que precisamos saber para a nossa prova está acima de forma bem 
objetiva, ok? Porém, ainda temos mais alguns tipos de cheque que já foram 
cobrados em prova: 
 
 
Outros 
cheques
Cheque 
marcado
O banco poderia 
marcar outro 
dia para 
pagamento, 
tornando-se 
codevedor. 
"Bom para o 
dia...". Não 
mais admitido.
Cheque 
especial
O banco 
disponibiliza 
crédito ao cliente 
sem que este 
tenha 
necessariamente 
fundos disponível 
no banco. Via 
contrato.
Cheque de 
viagem
Disponibilizado 
pelo banco ao 
cliente talonários 
com valores fixos -
moeda estrangeira. 
Confere maior 
segurança aos 
viajantes. 
Traveller's check.
Cheque fiscal
Emitido pelas 
autoridades 
fazendárias 
para devolução 
de excesso de 
arrecadação.
E
S
P
É
C
IE
S
 D
E
 C
H
E
Q
U
E
 
• Visado (art. 7º, LCh) =>o banco sacado visa o cheque (verso) e garante 
a reserva de fundos na conta do emitente (sacador) durante o prazo 
de apresentação, a pedido do tomador ou do próprio emitente. Não 
significa o aceite e o cheque deve ser sempre nominal. Somente o 
cheque nominativo e ainda não endossado pode receber o visto; 
 
• Cruzado (art. 44, LCh) => o valor deve ser pago a banco ou cliente do 
sacado mediante crédito em conta, não podendo ser pago na “boca do 
caixa”. Emitente ou portador podem cruzar o cheque – dois traços 
paralelos no anverso. Cruzamento geral (sem indicar o banco p/ 
depósito do cheque) e especial (indica o nome do banco); 
 
• Para ser creditado em conta (art. 46, LCh) => tem a mesma função 
do cheque cruzado; não pode ser pago em dinheiro, o banco faz o 
lançamento contábil (crédito em conta, transferência ou 
compensação). É feita a inscrição transversal no anverso do cheque da 
expressão “para ser creditado em conta’’. Não se admite a cláusula “à 
ordem” e, consequentemente, o endosso. 
 
• Administrativo (art. 9º, III, LCh) =>emitido contra o banco sacador, 
desde que não ao portador, ou seja, é emitido pelo banco em benefício 
de terceiro e pagamento por uma das filiais do emitente. O emitente e 
sacado são os mesmos (banco). Também chamado de cheque bancário 
ou de tesouraria. Usado para dar segurança quando envolver grandes 
valores. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 22 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
3.4- Apresentação e pagamento do cheque 
 Como já foi visto na sua definição,o cheque é uma ordem de pagamento 
pagável à vista, e como consequência dessa definição, qualquer disposição 
em contrário é considerada como não escrita. Em razão disso e pelo fato 
também de que o cheque não admite o aceite do banco sacado (art. 6º, LCh), 
o emitente garante o pagamento do cheque por determinação legal (art. 15, 
LCh), e qualquer declaração tendente a afastar a sua garantia ao pagamento é 
considerada como não escrita. Vamos ver este ponto em termos de questão da 
banca FCC: 
4. (FCC / Juiz do Trabalho-TRT-11ª / 2013) Em relação 
aos títulos de crédito, é correto afirmar que: 
e) Emitente do cheque garante seu pagamento, salvo se declarar-se isento 
dessa garantia no próprio título. 
Comentários 
Incorreta. Portanto, esta afirmativa está incorreta em razão do disposto no art. 
15 da LCh, já que obrigatoriamente o emitente (sacador) garante o pagamento 
do cheque e qualquer disposição em contrário é considerada como não escrita. 
 
 Portanto, o cheque apresentado ao banco sacado mesmo antes do dia 
nele indicado (“pré-datado”) é válido e deve ser pago se houver fundos. O termo 
cheque “pré-datado” não é muito aceito, visto que o cheque é um título de 
crédito à vista e a data indicada é no futuro, logo dizem que é “pós-datado”! 
Então, levemos para a nossa prova essas duas nomenclaturas, beleza? 
 Mas qual o prazo que o portador do cheque tem para ir até o banco sacado 
e receber o seu “dindin”? Aí, vai depender do local de emissão e pagamento: 
prazo é de 30 dias, contados da data da emissão (saque), se o cheque tiver de 
ser pago na mesma “praça” (município) em que foi emitido e de 60 dias, se 
em outra “praça”. 
 
 E no caso de apresentação tardia? Ou seja, quando o portador 
apresenta o cheque ao banco sacado além do prazo de apresentação, o que 
Data de emissão- 
indicada no cheque 
“mesma praça” 
Lugar de pagamento = lugar de emissão. 
30 dias 
60 dias 
PRAZO de apresentação do cheque para pagamento 
“praças diferentes” 
Lugar de pagamento ≠ lugar de emissão. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 23 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
acontece? Bem, a regra é que o banco poderá pagar o cheque mesmo após os 
prazos acima, mas até o prazo prescricional (seis meses do final do prazo de 
apresentação), conforme entendimento do §único do art. 35, LCh. Porém, o 
portador perderá o direito a ação de execução contra os endossantes e 
avalistas (art. 47, II, LCh), já que para acionar os coobrigados é preciso 
comprovar a recusa ao pagamento por protesto ou declaração do sacado. 
 Assim, em relação ao emitente (e seus avalistas), mesmo não 
apresentando o cheque no prazo, o portador ainda tem o direito à ação 
executiva, segundo o STF: 
Súmula 600 do STF – “Cabe ação executiva contra o emitente e seus 
avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, 
desde que não prescrita a ação cambiária”. 
 No mais, vale dizer que o falecimento do emitente ou sua incapacidade 
não tira os efeitos do cheque, ou seja, continua válido e deverá ser pago. O 
sacado, por sua vez, poderá exigir a entrega do cheque quitado pelo portador. 
Por fim, o portador não poderá recusar o pagamento parcial do cheque. 
 Vamos treinar? Mais uma questão da banca FCC: 
5. (FCC / Analista-PGE-BA / 2013) No que se refere à 
apresentação e ao pagamento do cheque, considere: 
I. O cheque apresentado para pagamento antes do dia indicado como data de 
emissão é pagável no dia da apresentação. 
II. O sacado pode exigir, ao pagar o cheque, que este lhe seja entregue quitado 
pelo portador. 
III. A morte do emitente ou sua incapacidade superveniente à emissão 
invalidam os efeitos do cheque. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) II. 
e) III. 
Comentários 
Letra “a”. 
I. Correta, conforme o §único do art. 32 da LCh. 
II. Correta, conforme o art. 38 da LCh. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 24 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
III. Incorreta, pois o a morte do emitente ou sua incapacidade superveniente à 
emissão NÃO INVALIDAM os efeitos do cheque (art. 37, LCh). 
 
 
3.5- Revogação e Sustação do cheque 
 O ato de evitar o pagamento do cheque pelo sacado ao portador pode 
ocorrer de duas maneiras que se excluem reciprocamente: 
 
 
 
Obs.: Segundo determinada doutrina, a revogação não exige a existência de 
saldo disponível na conta bancária; na sustação, há a necessidade de existir 
saldo disponível. 
 Ressalta-se que ao sacado não cabe apreciar as razões do emitente ou 
portador para a oposição do cheque (art. 36, §2º); a competência é do juiz 
em ação própria decidir se a sustação é justa ou não. No entanto, a infundada 
oposição (sustação) do cheque é caracterizada como crime de estelionado 
(art. 171,§2º, VI do Código Penal). Assim, o emitente ou portador devem estar 
fundamentados em relevante razão de direito. 
 Por fim, pressupõe-se que o cheque regularmente processado e pago não 
pode ser objeto de revogação ou sustação, obviamente! 
 
 
3.6- Cheque sem fundos e ação cambial 
 Bem, o portador pode apresentar o cheque para pagamento até duas 
vezes. O banco sacado ao verificar que o emitente não possui fundos suficientes 
Revogação 
(contraordem) 
Art. 35
•Ato exclusivo do emitente.
•Produz efeito definitivo. 
•Somente produz efeitos após 
expirado o prazo de 
apresentação - não é imediato. 
•Revoga-se a ordem de 
pagamento dada. 
•Dado por via judicial ou 
extrajudicial
Sustação 
(oposição)
Art.36
•Ato do emitente e portador
legítimo - por escrito.
•Efeitos imediatos
•Mesmo durante o prazo de 
apresentação. 
•Deve haver relevante razão de 
direito (furto, roubo, extravio, 
etc.)
•IMPEDE o pagamento
X 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 25 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
para quitar o cheque restituirá o mesmo ao portador com a respectiva 
declaração de não pagamento. Então, o portador poderá apresentar o cheque 
novamente ou já entrar com a ação de cobrança. 
 No caso de apresentação simultânea de dois ou mais cheques e na falta 
de fundos, o banco deverá dar prioridade para o cheque com data mais antiga; 
se estas forem também coincidentes, o cheque com a numeração inferior terá 
prioridade (art. 40, LCh). 
 Assim, como título de crédito, cabe ação cambial por falta de 
pagamento contra os obrigados cambiários (emitente, endossantes e 
avalistas) para cobrar o cheque não pago. Relembra-se que o banco sacado 
possui apenas responsabilidade contratual e não é executado. 
 
 
 
 No entanto, se o emitente possuía fundos disponíveis durante o prazo de 
apresentação e os deixou de ter em razão de fato que não lhe seja imputável, 
o portadorque não apresentou o cheque ou não comprovou a recusa de 
pagamento perderá o direito de execução contra o emitente (art. 47, §3º). 
Agora, com relação ao prazo prescricional que o portador ou coobrigado que 
efetuou o pagamento dispõem para promover a ação de execução ou regresso 
temos a seguinte esquematização, conforme a lei do cheque: 
Ação de 
execução
Contra os 
endossantes e 
seus avalistas
Cheque apresentado em 
tempo hábil
Prova da recusa por 
protesto ou declaração 
do sacado
Contra o 
emitente e seu 
avalista
Protesto facultativo
O protesto deve ser feito no prazo de 
apresentação (30 ou 60 dias) ou no 1º dia útil 
seguinte (art. 48).
Declaração do banco equivale ao protesto para 
demandar os codevedores
Objetos: valor do cheque , os juros desde o dia 
da apresentação, as despesas que fez e perda do 
poder aquisitivo da moeda
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 26 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 Bem, após o prazo prescricional de 6 meses para a ação executiva, o 
portador ainda pode se valer da chamada ação cambial de enriquecimento 
indevido (art. 61) contra o emitente ou outros obrigados pelo prazo de dois 
anos contados do término do prazo prescricional da ação de execução. 
Portanto, temos duas espécies de ações cambiais por falta de pagamento do 
cheque: ação de execução que prescreve em 6 meses do prazo de 
apresentação e ação de enriquecimento indevido que prescreve em 2 anos 
do final do prazo para a ação de execução. 
 Essa ação de enriquecimento indevido tem caráter não-executivo, onde 
o portador judicialmente demandará o emitente ou coobrigados que se 
locupletaram injustamente com o não-pagamento do cheque. 
 Por fim, o art. 62 da LCh prevê que além das duas ações cambiais o 
portador do cheque ainda poderá tentar promover ação causal para verificar 
a relação originária do cheque provando-se o seu não-pagamento. 
 
 
4- Duplicata 
 
4.1- Definição e Requisitos essenciais 
 Recordando a classificação dos títulos de crédito que vimos 
anteriormente, a duplicata é uma ORDEM DE PAGAMENTO à vista ou a prazo 
certo. É um título de crédito causal de emissão facultativa, sacado pelo 
vendedor ou prestador de serviços. Seu objetivo é documentar, para efeitos 
cambiários, o crédito resultante de uma compra e venda mercantil ou de uma 
prestação de serviços e que pode circular por endosso. 
Prazo prescricional 
ação cambial
Do término do prazo de 
apresentação (30 ou 60 dias)
Do portador contra 
qualquer acionado
Do dia em que o obrigado 
pagou ou foi demandado
Do coobrigado que 
pagou contra os demais -
ação de regresso
6 meses
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 27 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 Assim, as duplicatas têm origem no contrato de compra e venda ou 
de prestação de serviços. Desta forma, por determinação legal, o único título 
possível de ser emitido tendo como origem um contrato de compra e venda 
mercantil ou de prestação de serviços é a duplicata, beleza? Por isso que a 
duplicata é um título de crédito causal; assim, de forma contrária a duplicata 
não pode ser considerada um título não causal ou abstrato, pois esta espécie se 
caracteriza por ser emitida em qualquer situação, independente da causa 
debendi, podendo representar obrigação de qualquer natureza (cheque emitido 
para pagar aluguel, dívida, mercadoria, serviço, etc.). 
 
 Portanto, podemos notar que na duplicata há apenas duas figuras 
intervenientes principais: sacador (credor) e sacado (devedor). Em comparação 
à definição geral de ordem de pagamento, com 3 (três) figuras intervenientes 
principais, na duplicata, o sacador figura também no papel de 
tomador/beneficiário. 
Obs.: A duplicata é regulamentada pela Lei nº 5.474/68 (Lei das duplicatas – 
LD). 
Art. 2º. No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída 
uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo 
admitida qualquer outra espécie de título de crédito para 
documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao 
comprador. 
6. (FCC / Juiz do Trabalho-TRT-11ª / 2013) Em relação 
aos títulos de crédito, é correto afirmar que: 
a) a duplicata é título autônomo e abstrato, sendo irrelevante perquirir-se o 
negócio subjacente que lhe deu origem. 
Comentários 
Incorreta. Pessoal, o título de crédito não causal também é chamado de 
abstrato, conforme a classificação dos títulos de crédito quanto á natureza. 
Então, gostaria que fosse feito este pequeno ajuste, ok? Isso não influencia 
muito em nossa questão acima, pois poderíamos “matá-la” em sua parte final 
considerando a definição de duplicata. Assim, por ser um título de crédito causal, 
a duplicata deve se referir ao negócio jurídico subjacente (anterior) que lhe deu 
origem por meio da fatura emitida para acobertar o contrato de compra e venda 
Emitente 
ou sacador 
(vendedor) 
Sacado 
(comprador) 
 
Duplicata 
Devedor e obrigado 
principal 
Ordem de pagamento 
Credor originário 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 28 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
mercantil ou de prestação de serviços, conforme disciplina a LD. Portanto, a 
duplicata não é título abstrato ou não causal, ok? 
 
 Já quanto ao formalismo ou rigor cambiário para a duplicata, previsto 
no art. 2º, §1º da LD, temos que: 
 
 Outra formalidade diz respeito à obrigação do vendedor de manter e 
escriturar o Livro Registro de Duplicatas (art. 19, LD). Em caso de perda ou 
extravio, o vendedor é obrigado a emitir a chamada triplicata, que terá a 
mesma formalidade e requisitos da duplicata (art. 23, LD). 
 Ressalta-se ainda que por ser um título de crédito causal, a duplicata 
vincula-se somente a uma fatura (art. 2º, §2º). Porém, a fatura pode indicar 
mais de uma duplicata. No mais, a duplicata deve mencionar sempre o valor 
total da fatura, mesmo que haja desconto, informando o valor líquido a ser 
pago ao comprado. 
 
4.2- Aceite 
 Como já sabemos, o instituto do aceite no direito cambiário significa o 
reconhecimento da dívida pelo sacado, tornando-se aceitante. No caso da 
duplicata, esta é enviada ao sacado (comprador) para aceite. Em seguida, o 
sacado deverá devolver a duplicata. A remessa da duplicata para aceite do 
sacado pode ser feita diretamente pelo vendedor ou representante ou instituição 
financeira. Os intermediários poderão devolver a duplicata após assinada ou 
manter em seu poder até o momento do resgate. O sacado ou comprador deverá 
proceder ao aceite da duplicata, pois o aceite é obrigatório. Porém, esta regra 
possui as seguintes hipóteses de exceção (Art. 8º, LD): 
Requisitos da 
Duplicata
A palavra "duplicata" e nº da fatura
Data de emissão e nº de ordem
O nome e domicílio do vendedore comprador
Data vencimento ou declaração à vista
Valor a pagar (sempre o total da fatura), local de 
pagamento e cláusula à ordem.
Aceite do comprador e assinatura do vendedor
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 29 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 Logo, nos casos acima o comprador poderá deixar de aceitar a duplicata, 
beleza? Por fim, considera-se que há 3 tipos de aceite na duplicata: 
 
 
 
 É importante notar que o aceite por presunção decorre da ideia de que 
não existe a recusa formal quando o comprador recebe a mercadoria 
normalmente e sem problemas, ou seja, o aceite é obrigatório quando não 
ocorrer uma das três exceções previstas no art. 8º, LD. Então, desta forma o 
sacado fica vinculado ao pagamento da duplicata por presunção, mesmo que 
tenha retido ou inutilizado a duplicata, ou a tenha restituído sem assinatura. 
 Quantos aos prazos, a remessa da duplicata deverá ocorrer no prazo de 
30 (trinta) dias contados de sua emissão. No caso da remessa ser via 
intermediários, estes deverão apresentar o título, ao comprador dentro de 10 
(dez) dias, contados da data de seu recebimento na praça de pagamento. 
 Bem, após o aceite, o sacado deverá promover a devolução da 
duplicata dentro de 10 (dez) dias, contados da data de sua apresentação 
para aceite; quando for à vista não precisa ser devolvida, já que deverá 
ser paga nesse momento. Porém, o sacado ainda poderá reter a duplicata até o 
seu vencimento, caso expressamente a instituição financeira cobradora 
concorde e desde que comunique o aceite e retenção. Caso não haja o aceite, 
o comprador deverá anexar declaração, por escrito, contendo as razões da falta 
do aceite (art. 7º, LD). 
ACEITE é obrigatório, exceto:
•Avaria ou não recebimento das mercadorias, 
quando não expedidas ou não entregues.
•Vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou 
na quantidade das mercadorias, devidamente 
comprovados;
•Divergência nos prazos ou nos preços
ajustados.
Tipos de 
aceite
Ordinário - assinatura do devedor no campo 
próprio
Por presunção - o aceite fica caracterizado mesmo 
em caso de retenção ou inutilização ou restituição 
sem assinatura da duplicata
Por comunicação - retenção da duplicata e envio 
de comunicação escrita ao credor.
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 30 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
Obs.: A duplicata é um título de crédito com essência de causalidade, por conta 
de ser originária de contrato de compra e venda mercantil ou de prestação de 
serviços. No entanto, considera-se que poderá haver abstração quando ocorrer 
o endosso e o aceite na duplicata. Ou seja, ao circular por meio de endosso, 
a duplicata, que teve a validade e a existência do negócio originário atestados 
pelo aceite do sacado, se desvincula de sua causa debendi. Presume-se que o 
endossatário, credor de boa-fé, encontra-se alheio à relação original e, portanto, 
as exceções fundadas ao negócio subjacente não seriam oponíveis a ele. Logo, 
havendo endosso e aceite da duplicata, podemos considerar que o novo credor 
tenha entrado na relação cambial de boa-fé. 
 
 
4.3- Pagamento e aval 
 Bem, vamos verificar algumas regras previstas na lei das duplicatas 
relacionadas ao seu pagamento: 
 
 
 
 No mais, assim como ocorre nos demais títulos que vimos até o momento, 
o pagamento da duplicata poderá ser garantido por aval. O aval na duplicata 
poderá ser dado tanto antes quanto após o vencimento da mesma, 
produzindo os mesmos efeitos (art. 12, LD). Aliás, nos demais títulos de crédito 
também o aval pode ser dado posterior ao vencimento produzindo os mesmos 
Pagamento
O comprador poderá 
resgatar a duplicata 
antes do aceite ou 
vencimento - prova-
se pelo recibo no 
verso da duplicata ou 
em documento em 
separado
Desde que autorizados, 
quaisquer créditos 
podem ser deduzidos 
no pagamento, como 
os surgidos de 
devolução de 
mercadorias, diferença 
de preços, enganos 
verificados, etc. 
Pode haver reforma ou 
prorrogação do 
vencimento mediante 
assinatura do vendedor 
ou endossatário ou 
procuradores, bem 
como da anuência dos 
intervenientes por 
endosso ou aval.
Emissão da 
duplicata 
30 dias 
Remessa 
para aceite 
10 dias 
Devolução 
pelo sacado 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 31 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
efeitos, nos termos do art. 900 do CC. O avalista, deste modo, equipara-se a 
quem indicar ou àquele indicado abaixo da sua firma; na falta de qualquer 
indicação equipara-se ao sacado (comprador). 
 
AVAL ANTECIPADO: O aval dado antes do título ser aceito pelo sacado 
responsabiliza o avalista no caso da posterior recusa ao aceite? Há 
divergência doutrinária. A corrente majoritária defende que o que se 
está avalizando é o título e não a pessoa. Além disso, o aval é ato cambial 
autônomo, existindo mesmo quando o sacado não aceita o título. Assim, 
o avalista assume a obrigação de pagar o título de crédito no 
vencimento, mesmo sem o aceite do avalizado. No mesmo sentido, a 
Lei Interna-LI (Dec. 2.044/08) dispõe em seu art. 14: “O pagamento de 
uma letra de câmbio, independente do aceite e do endosso, pode ser 
garantido por aval. Para a validade do aval, é suficiente a simples 
assinatura do próprio punho do avalista ou do mandatário especial, no 
verso ou no anverso da letra”. 
 
7. (ESAF / Analista–SEFAZ-CE / 2006) Em matéria de 
títulos de crédito: 
a) o aval em uma duplicata pode ser dado antes mesmo do seu aceite pelo 
sacado. 
Comentários 
Correta. Pessoal, vejam que a banca ESAF abordou o tema que acabamos de 
estudar, apesar da divergência doutrinária: aval antecipado. Assim, face o que 
dispõe o art. 14 do Dec. nº 2.044/1908, bem como a corrente majoritária, esta 
alternativa foi dada como correta, ok? Assim, caso a nossa banca aborde tal 
tema na prova, já temos tais conhecimentos para analisarmos a alternativa, 
beleza? Verifica-se também esta disposição para o aval antecipado ao 
endosso, no entanto o avalista não ficará obrigado caso o avalizado 
(endossante) não endosse o título, ou seja, a obrigação do avalista depende 
da existência do endosso! 
 
4.4- Protesto e ação cambial 
 O protesto da duplicata ocorre por 3 (três) razões (art. 13, LD): 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 32 de 95 
www.exponencialconcursos.com.brO protesto deverá ser tirado em forma regular e dentro do prazo de 30 
(trinta) dias da data de seu vencimento. Caso, contrário perderá esse 
direito de regresso. O protesto será tirado com a apresentação da duplicata ou 
por simples indicação do portador na falta de devolução. O local do protesto 
será na praça de pagamento da duplicata. 
 A ação executiva para cobrança de duplicata se dá nos seguintes termos: 
 
 Notemos que a comprovação de que o sacador (vendedor) cumpriu a sua 
parte do contrato refere-se a documento hábil comprobatório da entrega e 
recebimento da mercadoria. 
 Bem, no caso de impossibilidade de ajuizar a ação de execução acima, a 
duplicata ou triplicata não aceita poderá ser cobrada através de ação 
Protesto 
da 
duplicata
Por falta ou 
recusa ao 
aceite
Por falta de 
devolução
Garante o direito 
de regresso contra 
endossantes e 
avalistas
Por falta de 
pagamento
Ação 
cambial
Duplicata
Contra o 
aceitante
Não depende de protesto; basta a 
duplicata 
(art. 15, I, LD)
Contra o 
endossante e 
avalistas
Precisa do protesto 
(arts. 15, II e 13, §4º, LD)
Contra o 
sacado
Não foi aceita. Depende dos 
requisitos acumulados:
1.Sacador deve comprovar que cumpriu a 
sua parte do contrato; 
2. Protesto da duplicata; 
3.Não houve legítima recusa ao aceite. 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 33 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
ordinária prevista no Código de Processo Civil, nos seguintes casos (art. 16, 
LD): 
a) protestada, mas sem o documento hábil de comprovação da 
entrega da mercadoria; 
 b) sem protesto e com documento hábil; 
 c) sem protesto e sem documento hábil; 
 Também a ação ordinária é usada pelo devedor no caso da recusa por 
escrito ao aceite pelos motivos previstos no art. 8º da LD. 
 Por fim, a ação de execução da duplicata prescreve (art. 18, LD): 
 
 
 Destacando-se que os coobrigados da duplicata respondem 
solidariamente pelo aceite e pelo pagamento. 
 
4.5- Duplicata de prestação de serviços 
 A duplicata de prestação de serviços está prevista nos arts. 20 – 22 da 
LD. Vejamos: 
❖ Emitente: as empresas individuais ou coletivas (sociedades 
empresárias), fundações e sociedades civis que se destinam à prestação 
de serviços, bem como profissionais liberais que prestem serviços, ainda 
que de natureza eventual; 
❖ Documento hábil para comprovação da prestação do serviço: para 
fins de protesto, qualquer escrito que comprove a efetiva prestação e 
vínculo contratual (art. 20, §3º). 
 A duplicata de prestação de serviços também poderá não ser aceita pelo 
devedor, conforme os seguintes motivos: 
 I. Não correspondência com os serviços efetivamente contratados; 
Prescrição ação cambial 
(duplicata)
Contra obrigado 
direto (aceitante e 
avalista) e sacado
Em 3 (três) anos 
da data do 
vencimento 
Contra coobrigado
Em 1 (um) ano da 
data do protesto
Dos coobrigados 
entre si
Em 1 (um) ano da 
data do pagamento 
pelo coobrigado
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 34 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
II. Vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente 
comprovados; 
 III. Divergência nos prazos ou nos preços ajustados. 
 
 
 
 
 
5- Resumo dos títulos e Prazos prescricionais da ação cambial 
 
 Para consolidarmos o que estudamos hoje, segue um “apanhado” das 
definições dos títulos de crédito e prazos das ações cambiais, ok? 
 
 
 
Sacador 
(emitente) 
Tomador 
(endossante) 
 
Sacado 
(aceitante) 
Ordem de pagamento 
Entrega a letra 
de câmbio 
Apresentação da LC p/ aceite 
Portador 
(endossatário) 
 
X 
Avalista (em branco) 
LC 
Letra de câmbio 
3 anos-ação cambial 
3 anos-ação cambial 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 35 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
PRAZOS PRESCRICIONAIS 
TÍTULO PRAZO TERMO INICIAL SUJEITO (contra) 
LETRA DE 
CÂMBIO 
3 anos Do vencimento Aceitante 
1 ano Do protesto Endossante/sacador 
6 meses Do pagamento ou do 
acionamento 
Coobrigados entre si 
NOTA 
PROMISSÓRIA 
3 anos Do vencimento Emitente/subscritor 
1 ano Do protesto Endossante 
6 meses Do pagamento ou do 
acionamento 
Coobrigados entre si 
CHEQUE 
6 meses Do término do prazo de 
apresentação (30 ou 60 
dias) 
Independente do 
acionado 
6 meses Do pagamento ou do 
acionamento 
Coobrigados entre si 
DUPLICATA 
MERCANTIL 
3 anos Do vencimento Aceitante/avalista/saca
do-Aceite presumido 
1 ano Do protesto Coobrigado 
1 ano Do pagamento Coobrigado entre si 
 
Emitente 
ou sacador 
(vendedor) 
Sacado 
(comprador) 
 
Duplicata 
Devedor e obrigado 
principal 
Ordem de pagamento 
Credor originário 
Sacador 
(emitente
) 
Tomador 
(beneficiário) 
 
Sacado 
(banco) 
Ordem de 
pagamento 
Entrega o 
cheque 
Obrigado 
principal 
Duplicata 
Cheque 
C
óp
ia
 r
eg
is
tr
ad
a 
pa
ra
 g
us
th
av
o 
fig
ue
ira
 b
ar
bo
sa
 (
C
P
F
: 1
24
.1
54
.6
87
-8
9)
D
ire
ito
s 
au
to
ra
is
 r
es
er
va
do
s 
(L
ei
 9
61
0/
98
).
 P
ro
ib
id
a 
a 
re
pr
od
uç
ão
, v
en
da
 o
u 
co
m
pa
rt
ilh
am
en
to
 d
es
te
 a
rq
ui
vo
. U
so
 in
di
vi
du
al
.
Curso Regular de Direito Empresarial 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco – Aula 08 
Prof.º Wangney Ilco 36 de 95 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
6- Cédula de Crédito Bancário 
 A cédula de crédito bancário (CCB) possui natureza de título de 
crédito (título executivo extrajudicial), líquido, certo e exigível, e representa 
uma PROMESSA de pagamento em dinheiro, decorrente de contrato de 
crédito, de qualquer modalidade. É emitida por pessoa física ou jurídica em 
favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, credora original 
da CCB. Ainda, a CCB pode ser emitida em favor de instituição domiciliada no 
exterior, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei e ao foro 
brasileiro. Atualmente, é a Lei nº 10.931/2004 que regula este título de crédito 
nos arts. 26 a 45. 
 
 Na prática, a CCB vem substituindo a nota promissória, só que numa 
operação bancária onde o credor é a instituição financeira. A CCB só pode ser 
emitida na forma cartular (em papel, como os demais títulos de crédito). Não 
há previsão legal para a sua emissão na forma escritural (não cartular – sem a 
necessidade da emissão em papel, apenas o registro contábil, como é feito para 
as ações de sociedades por ações). No entanto, temos um título representativo 
das CCB chamado de Certificado de Cédulas de Crédito Bancário emitido 
pela instituição financeira depositária das CCB, o qual poderá ser emitido na 
forma escritural tal como ocorre nas ações escriturais regidas pela Lei das SA 
(art. 43, §3º da Lei 10.931/04).

Continue navegando