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Aula 12

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1 
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MAGISTRATURA E MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAIS 
Alexandre Gialluca 
Direito Empresarial 
Aula 12 
 
 
ROTEIRO DE AULA 
 
 
Letra de Câmbio 
 
 
 
 
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8 – LETRA DE CÂMBIO 
 
8.1. Conceito: Letra de Câmbio é um título de crédito decorrente de relações de créditos, entre duas ou mais 
pessoas, pelo qual a designada “sacador” dá a ordem de pagamento pura e simples, a outrem, denominado 
“sacado”, a seu favor ou de terceira pessoa (tomador ou beneficiário), no valor e nas condições dela constantes. 
 
8.2. Saque 
 
- O saque traduz o ato de emissão da letra de câmbio por meio do qual coloca-se o título em circulação. 
 
• Sacador: dá a ordem 
• Sacado: recebe a ordem (= destinatário) 
• Tomador/beneficiário 
 
- Quando o sacado já tem dívida anterior com o sacador, este último pode emitir a letra de câmbio em seu favor, 
ocupando também a posição de tomador beneficiário. 
 
8.3. Aceite 
 
 
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- É o ato de concordância com uma ordem de pagamento dada. Trata-se de ato privativo do sacado. 
 
- Aquele dá o aceite (aceitante) se torna o devedor principal do título. Neste caso, fica a critério do credor executar 
o devedor principal (aceitante) ou o coobrigado. 
 
8.3.1 - Conceito 
 
Art. 25 - O aceite é escrito na própria letra. Exprime-se pela palavra "aceite" ou qualquer 
outra palavra equivalente; o aceite é assinado pelo sacado. Vale como aceite a simples 
assinatura do sacado aposta na parte anterior da letra. 
 
8.3.2 - Na letra de câmbio o aceite é facultativo 
 
8.3.3 – E se o sacado recusar o aceite? 
 
- Se houver recusa do aceite, opera-se o vencimento antecipado do título, podendo o credor executor apenas o 
devedor originário. 
 
8.3.4. Aceite parcial: 
 
a) aceite limitativo: limita o valor (ex: o sacador afirma que o devedor lhe deve R$ 5.000,00, colocando isso como 
valor do título, mas o devedor reconhece que deve apenas R$ 2.200,00, conferindo o seu aceite dentro dessa 
quantia). 
 
b) aceite modificativo: modifica as condições do título, alterando a sua data, por exemplo. 
 
(TJ-BA/2019 - CESPE - 2019 - Juiz de Direito Substituto) 
 
João era o sacado de uma letra de câmbio no valor de mil reais, com vencimento previsto para 31/12/2018. Em 
1.º/11/2018, ao receber o título para aceite, ele discordou do valor e declarou no anverso que aceitaria pagar 
somente quinhentos reais. Nessa situação hipotética, o aceite foi parcial e 
 
 
 
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a) modificativo, tendo desvinculado João dos termos da letra de câmbio. 
b) limitativo, tendo desvinculado João dos termos da letra de câmbio. 
c) limitativo, com a possibilidade de execução do título após a recusa parcial, com vencimento antecipado do 
título. 
d) modificativo, tendo ficado João vinculado ao pagamento do valor aceito, que não poderia ser executado antes 
do vencimento do título. 
e) limitativo, com a possibilidade de execução do título somente após o seu vencimento original, datado de 
31/12/2018. 
 
8.3.5. Cláusula não aceitável no título de crédito (art. 22 do Dec. 57.663/66) 
 
- Diante da inclusão desta cláusula, o título não poderá ser apresentado para aceite, mas apenas para pagamento. 
 
VANTAGEM: não ter o vencimento antecipado, uma vez que este só ocorre diante da recusa em dar o aceite. 
 
Art. 26 - O aceite é puro e simples, mas o sacado pode limitá-lo a uma parte da 
importância sacada. Qualquer outra modificação introduzida pelo aceite no enunciado 
da letra equivale a uma recusa de aceite. O aceitante fica, todavia, obrigado nos termos 
do seu aceite. 
 
Art. 22 - O sacador pode em qualquer letra, estipular que ela será apresentada ao aceite, 
com ou sem fixação de prazo. Pode proibir na própria letra a sua apresentação ao aceite, 
salvo se se tratar de uma letra pagável em domicílio de terceiro, ou de uma letra pagável 
em localidade diferente da do domicílio do sacado, ou de uma letra sacada a certo termo 
de vista. O sacador pode também estipular que a apresentação ao aceite não poderá 
efetuar se antes de determinada data. Todo endossante pode estipular que a letra deve 
ser apresentada ao aceite, com ou sem fixação de prazo, salvo se ela tiver sido declarada 
não aceitável pelo sacador. 
 
8.4. Espécies de vencimento de uma letra de câmbio 
 
a) À vista: é aquela que é exigível de imediato. 
 
b) Data certa: é aquela em que a data de vencimento é exposta de forma clara no título. 
 
c) A certo termo de data – é o número “x” de dias, contados da data de emissão 
 
 
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d) A certo termo de vista – é o número “x” de dias, contados da data do aceite. 
 
8.5 – Endosso: valem as mesmas regras vistas na aula passada. 
 
8.6 – Aval: valem as mesmas regras vistas na aula passada. 
 
8.7 – É possível pagamento parcial? 
 
Sim. O pagamento parcial da letra de câmbio é perfeitamente possível, nos termos do Art. 39,] 
 
Art. 39 - O sacado que paga uma letra pode exigir que ela lhe seja entregue com a 
respectiva quitação. O portador não pode recusar qualquer pagamento parcial. No caso 
de pagamento parcial, o sacado pode exigir que desse pagamento se faça menção na 
letra e que dele lhe seja dada quitação. 
 
8.8 - Prazo prescricional 
 
- Se a execução for em face do devedor principal ou do avalista: 3 anos, contados do vencimento. 
 
Se a execução for em face do codevedor e seu respetivo avalistas: 1 ano após a data do protesto do título. 
 
8.9 – Título Prescrito 
 
Art. 206. Prescreve: 
 
§ 5º Em cinco anos: 
 
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou 
particular; 
 
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e 
professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da 
cessação dos respectivos contratos ou mandato; 
 
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo. 
 
 
 
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NOTA PROMISSÓRIA 
 
 
 
 
9 – NOTA PROMISSÓRIA 
 
9.1. Conceito: é o título de crédito pelo qual uma pessoa, denominada emitente, faz a outra pessoa, designada 
beneficiário, uma promessa pura e simples de pagamento de quantia determinada, em seu favor ou a outrem à 
sua ordem, nas condições nela constantes. 
 
• Promitente/emitente da nota 
• Tomador/beneficiário (= credor da nota promissória) 
 
Art. 77 - São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias a natureza deste título, as 
disposições relativas as letras e concernentes: 
 
Endosso (artigos 11 a 20); 
Vencimento (artigos 33 a 37); 
Pagamento (artigos 38 a 42); 
Direito de ação por falta de pagamento (artigo 43 a 50 e 52 a 54); 
 
 
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Pagamento por intervenção (artigos 55 e 59 a 63); 
Cópias (artigos 67 e 68); 
Alterações (artigo 69); 
Prescrição (artigos 70 e 71); 
Dias feriados, contagem de prazos e interdição de dias de perdão (artigos 72 a 74); 
 
- São igualmente aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas as letras pagáveis no domicílio de 
terceiros ou numa localidade diversa da do domicílio do sacado (artigos 4 e 27), a estipulação de juros (artigo 5), 
as divergências das indicações da quantia a pagar (artigo 6), as conseqüências da aposição de uma assinatura nas 
condições indicadas no artigo 7, as da assinatura de uma pessoa que age sem poderes ou excedendo os seus 
poderes (artigo 8) e a letra em branco (artigo 10). 
 
- São também aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas ao aval (artigos 30 a 32); no caso previsto 
na ultima alínea do artigo 31, se o aval não indicar a pessoa por quem é dado entender-se-á ser pelo subscritor da 
nota promissória. 
 
9.2. Subscrição 
 
- Quem emite uma nota promissória também é chamado de subscritor, pois é ele quem assina o título, sendo, 
portanto, o devedor principalda nota promissória. 
 
9.3. Aceite 
 
- A nota promissória não admite a figura do aceite, dado que este é ato privativo daquele que recebe a ordem de 
pagamento (sacado), o que sequer existe no caso deste título de crédito. 
 
9.4. Devedor principal 
9.5. Endosso: aplicam-se as mesmas regras relativas à letra de câmbio. 
 
9.6. Aval: aplicam-se as mesmas regras relativas à letra de câmbio. 
 
9.7 Vencimento 
 
 
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a) à vista; 
 
b) data certa; 
 
c) a certo termo de data (conta-se da data da emissão). 
 
d) a certo termo de vista (como não há a figura do aceite na nota promissória, conta-se da data do visto dado 
pelo subscritor. Frise-se que este visto é pouco usual na prática comercial). 
 
Art. 78 - O subscritor de uma nota promissória é responsável da mesma forma que o 
aceitante de uma letra. As notas promissórias pagáveis a certo termo de vista devem ser 
presentes ao visto dos subscritores nos prazos fixados no artigo 23. O termo de vista 
conta-se da data do visto dado pelo subscritor. A recusa do subscritor a dar o seu visto 
é comprovada por um protesto (artigo 25), cuja data serve de início ao termo de vista. 
 
9.8 - Prazo prescricional: 
 
9.9 – Título prescrito 
 
• Devedor principal/avalista: 3 anos, contados do vencimento. 
• Codevedor/avalista: 1 ano, contado da data do protesto. 
• Direito de regresso: 6 meses, contados do pagamento ou de quando demandado. 
 
Súmula n. 504 do STJ: o prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem 
força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 DUPLICATA (Lei 5474/68) 
 
 
 
10. DUPLICATA 
 
10.1. Conceito: é uma ordem de pagamento causal, decorrente de compra e venda mercantil ou prestação de 
serviço, EMITIDA PELO SACADOR, PARA QUE O SACADO LHE PAGUE DETERMINADA QUANTIA À VISTA OU EM DIA 
CERTO”. 
 
- A duplicata é um título causal, pois deve, necessariamente, ter a compra e venda mercantil ou a prestação de 
serviços como uma de suas causas. 
 
• Sacador: vendedor/prestador 
• Sacado: comprador/recebeu a prestação de serviços 
• Tomador/beneficiário: vendedor/prestador 
 
- Quando uma empresa realiza uma compra e venda mercantil, ela emite uma fatura ou uma nota fiscal (eletrônica 
ou não). Todavia, tanto a fatura quanto a nota fiscal não são títulos executivos. Diante disso, a lei brasileira criou 
a duplicata como uma forma de documentar tal relação. A duplicata “duplica” os dados da fatura. Nela o vendedor 
 
 
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dá ao comprador uma ordem de pagamento, cabendo a este último pagar a quantia estipulada na data do 
vencimento ao vendedor. 
 
Art. 23. A perda ou extravio da duplicata obrigará o vendedor a extrair triplicata, que 
terá os mesmos efeitos e requisitos e obedecerá às mesmas formalidades daquela. 
 
10.2. Aceite 
 
Enquanto na letra o aceite é facultativo, na nota promissória não há aceite e no cheque não se admite aceite, na 
duplicata o aceite é obrigatório, e o sacado está obrigado a dar aceite. 
 
10.2.1. Hipóteses legais que permitem a recusa do aceite - Art. 8º c/c 21 da lei 5.474/68: 
 
(i) Em caso de avaria (ex.: o sacado recebeu os 300 pratos de porcelana por ele encomendados todos trincados); 
não recebimento da mercadoria ou não prestação do serviço. 
 
(ii) Vício de qualidade ou quantidade do produto ou do serviço 
 
(iii) Divergências quanto a prazo; preço e condições de pagamento (ex.: as partes combinaram um preço e a 
duplicata foi enviada ao sacado com outro valor; as partes acordaram que o vencimento seria em Dezembro e a 
duplicata foi enviada com data para Setembro). 
 
ATENÇÃO: o rol de hipóteses que autorizam a recusa do aceite é taxativo. 
 
10.2.2. Espécies de Aceite: 
 
a) Aceite Pleno/Ordinário ou Ostensivo: é aquele que se efetiva por meio da assinatura do sacado. 
 
b) Aceite Presumido/Tácito 
 
- Acerca de tal assunto, precisas essas lições de Fábio Ulhoa Coelho: “O aceite por presunção decorre do 
recebimento das mercadorias pelo comprador, quando inexiste recusa formal. Trata-se da forma mais corriqueira 
de se vincular o sacado ao pagamento da duplicata. Caracteriza-se o aceite presumido, mesmo que o comprador 
 
 
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tenha retido ou inutilizado a duplicata, ou a tenha restituído sem assinatura. Desde que recebidas as mercadorias, 
sem a manifestação formal de recusa, é o comprador devedor cambiário, independentemente da atitude que 
adota em relação ao documento que lhe foi enviado” 
 
C) Aceite Comunicado ou Por Comunicação – é aquele que consiste na retenção autorizada da duplicata, pelo 
sacado, que comunica ao credor ou à instituição cobradora tanto a retenção como o aceite. Serve como sucedâneo 
da duplicata tanto no protesto como na execução. 
 
(MP/SP 2019) - Assinale a alternativa correta. 
 
(A) Se o alienante não permanecer com bens suficientes para pagamento dos credores, a eficácia do trespasse 
dependerá do pagamento dos credores ou do consentimento de todos eles de forma expressa. 
(B) O endosso é um ato cambiário que transfere a titularidade do crédito e vincula o endossatário ao pagamento 
do valor contido no título, na qualidade de coobrigado. 
(C) Aquele que pretende renovar seu contrato de locação empresarial deve propor ação renovatória no interregno 
de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data de finalização do prazo do contrato em vigor, 
sob pena de prescrição da ação. 
(D) Pelo contrato de distribuição, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, 
a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona 
determinada, tendo à sua disposição a coisa a ser negociada. 
(E) A duplicata mercantil é título de aceite obrigatório e somente poderá ser recusado em caso de desistência do 
negócio por parte do comprador, no prazo de 15 dias após a entrega das mercadorias. 
 
10.3. Endosso: aplicam-se as mesmas regras relativas à Letra de Câmbio. 
 
Art. 25 da lei 5.474/68 (circulação) Aplicam-se à duplicata as mesmas regras da letra de câmbio. 
 
10.4. Aval 
 
10.5. Tipos de vencimento 
 
- Na duplicata não há vencimento a certo termo de vista ou a certo termo de data. 
 
 
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a) À vista 
 
b) Data certa 
 
10.6. Espécies de Protesto 
 
- Feita a emissão da duplicata, o emitente tem 30 dias para efetuar a remessa do título ao sacado. O sacado, por 
sua vez, tem 10 dias para dar o seu aceite ou para recusá-lo. 
 
(i) Se o sacado devolver a duplicata no prazo de 10 dias, sem explicar o motivo da recusa, é lícito que o 
emitente leve o título a protesto. 
(ii) Da mesma forma, cabível o protesto por falta de devolução quando o sacado deixa de devolver a 
duplicata no referido prazo. 
(iii) Se o sacado devolver a duplicata ao emitente com aceite no prazo de 10 dias, mas, chegado o dia do 
vencimento, não pagar, é possível o protesto também. 
 
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. 
 
§ 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme 
o caso, mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples 
indicações do portador, na falta de devolução do título. 
 
§ 2º O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite 
ou de devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento. 
 
§ 3º O protesto será tirado na praça de pagamento constante do título. 
 
§ 4º O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do 
prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de 
regresso contra os endossantes e respectivos avalistas. 
 
10.7. Execução da Duplicata contra o devedor principal(sacado) 
 
• Com aceite: basta instruir a petição inicial com a duplicata devidamente assinada. 
 
 
 
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• Sem aceite: deve-se instruir a petição inicial com: (i) duplicata; (ii) protesto por ausência de aceite - o 
qual é hábil para demonstrar que o devedor está em mora -; (iii) comprovante e (iv) demonstração de 
que não é o caso de nenhuma das hipóteses legais de recusa. 
 
Art. 15 - A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade 
com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do 
Código de Processo Civil, quando se tratar: 
 
l - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não; 
 
II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente: 
 
a) haja sido protestada; 
 
b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento 
da mercadoria; e 
 
c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e 
pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º desta Lei. 
 
§ 1º - Contra o sacador, os endossantes e respectivos avalistas caberá o processo de 
execução referido neste artigo, quaisquer que sejam a forma e as condições do protesto. 
 
§ 2º - Processar-se-á também da mesma maneira a execução de duplicata ou triplicata 
não aceita e não devolvida, desde que haja sido protestada mediante indicações do 
credor ou do apresentante do título, nos termos do art. 14, preenchidas as condições do 
inciso II deste artigo. 
 
10.8. Prazo prescricional 
 
• Devedor principal/avalista: 03 anos, contados da data do vencimento. 
 
• Codevedor/avalista do codevedor: 01 ano, contado do protesto. 
 
• Direito de regresso: 01 ano, contado do pagamento ou de quando demandado. 
 
10.9. Título Prescrito 
 
- O prazo para ajuizamento de ação monitória com base em duplicata prescrita é de 05 anos. 
 
 
 
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Art. 206. Prescreve: 
 
§ 5o Em cinco anos: 
 
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou 
particular; 
 
10.10 - Lei de Duplicata Escritural (Lei 13.775 de 20 dezembro/2018) – que entrou em vigor em 21/04/2019 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
• NÃO SE TRATA DE UM NOVO TÍTULO 
• MAS DE OUTRO FORMATO -REGISTRADA EM BANCO DE DADOS AO INVÉS DE SER EMITIDA EM PAPEL 
• DESMATERIALIZAÇÃO DA DUPLICATA 
• OS LANÇAMENTOS NO SISTEMA ELETRÔNICO SUBSTITUEM O LIVRO DE REGISTRO DE DUPLICATA 
• O OBJETIVO É REDUZIR E EVITAR A CIRCULAÇÃO DAS DUPLICATAS SIMULADAS 
 
10.10.1 - EMISSÃO 
 
Art. 3º A emissão de duplicata sob a forma escritural far-se-á mediante lançamento em 
sistema eletrônico de escrituração gerido por quaisquer das entidades que exerçam a 
atividade de escrituração de duplicatas escriturais. 
 
§ 1º As entidades de que trata o caput deste artigo deverão ser autorizadas por órgão 
ou entidade da administração federal direta ou indireta a exercer a atividade de 
escrituração de duplicatas. 
 
§ 2º No caso da escrituração de que trata o caput deste artigo, feita por Central Nacional 
de Registro de Títulos e Documentos, após autorizada a exercer a atividade prevista no 
caput deste artigo, nos termos do § 1º deste artigo, a referida escrituração caberá ao 
oficial de registro do domicílio do emissor da duplicata. 
 
10.10.2 – O QUE DEVE SER ESCRITURADO 
 
Art. 4º Deverá ocorrer no sistema eletrônico de que trata o art. 3º desta Lei, 
relativamente à duplicata emitida sob a forma escritural, a escrituração, no mínimo, dos 
seguintes aspectos: 
 
I - apresentação, aceite, devolução e formalização da prova do pagamento; 
 
 
 
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II - controle e transferência da titularidade; 
 
III - prática de atos cambiais sob a forma escritural, tais como endosso e aval; 
 
IV - inclusão de indicações, informações ou de declarações referentes à operação com 
base na qual a duplicata foi emitida ou ao próprio título; e 
 
V - inclusão de informações a respeito de ônus e gravames constituídos sobre as 
duplicatas. 
 
COMPROVAÇÃO DA ENTREGA DA MERCADORIA OU DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO 
 
Art. 4º 
 
1º O gestor do sistema eletrônico de escrituração deverá realizar as comunicações dos 
atos de que trata o caput deste artigo ao devedor e aos demais interessados. 
 
§ 2º O órgão ou entidade da administração federal de que trata o § 1º do art. 3º desta 
Lei poderá definir a forma e os procedimentos que deverão ser observados para a 
realização das comunicações previstas no § 1º deste artigo. 
 
§ 3º O sistema eletrônico de escrituração de que trata o caputd este artigo disporá de 
mecanismos que permitam ao sacador e ao sacado comprovarem, por quaisquer meios 
de prova admitidos em direito, a entrega e o recebimento das mercadorias ou a 
prestação do serviço, devendo a apresentação das provas ser efetuada em meio 
eletrônico. 
 
§ 4º Os endossantes e avalistas indicados pelo apresentante ou credor como 
garantidores do cumprimento da obrigação constarão como tal dos extratos de que trata 
o art. 6º desta Lei 
 
10.10.3 – PAGAMENTO 
 
Art. 5º Constituirá prova de pagamento, total ou parcial, da duplicata emitida sob a 
forma escritural a liquidação do pagamento em favor do legítimo credor, utilizando-se 
qualquer meio de pagamento existente no âmbito do Sistema de Pagamentos Brasileiro. 
 
10.10.4 - EXTRATO 
 
Art. 6º Os gestores dos sistemas eletrônicos de escrituração de que trata o art. 3º desta 
Lei ou os depositários centrais, na hipótese de a duplicata emitida sob a forma escritural 
ter sido depositada de acordo com a Lei nº 12.810, de 15 de maio de 2013, expedirão, a 
pedido de qualquer solicitante, extrato do registro eletrônico da duplicata. 
 
 
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§ 1º Deverão constar do extrato expedido, no mínimo: 
 
I - a data da emissão e as informações referentes ao sistema eletrônico de escrituração 
no âmbito do qual a duplicata foi emitida; 
 
II - os elementos necessários à identificação da duplicata, nos termos do art. 2º da Lei nº 
5.474, de 18 de julho de 1968; 
 
III - a cláusula de inegociabilidade; e 
 
IV - as informações acerca dos ônus e gravames. 
 
ATENÇÃO: será uma forma de identificar créditos a receber de determinada pessoa e solicitar a penhora de 
direitos creditórios. 
 
10.10.5 -Prazos 
 
Art. 12. Às duplicatas escriturais são aplicáveis, de forma subsidiária, as disposições da 
Lei nº 5.474, de 18 de julho de 1968. 
 
§ 1º A apresentação da duplicata escritural será efetuada por meio eletrônico, 
observados os prazos determinados pelo órgão ou entidade da administração federal de 
que trata o § 1º do art. 3º desta Lei ou, na ausência dessa determinação, o prazo de 2 
(dois) dias úteis contados de sua emissão. 
 
§ 2º O devedor poderá, por meio eletrônico, recusar, no prazo, nas condições e pelos 
motivos previstos nos arts. 7º e 8º da Lei nº 5.474, de 18 de julho de 1968, a duplicata 
escritural apresentada ou, no mesmo prazo acrescido de sua metade, aceitá-la. 
 
- A recusa poderá ser feita no prazo de 10 dias e nas mesmas condições anteriormente estudadas. No tocante ao 
aceite, contudo, tem-se prazo de 15 dias, conforme informa o §2º do Art.12. 
 
10.10.6 - PROTESTO 
 
Art. 8º A Lei nº 9.492, de 10 de setembro de 1997, passa a vigorar com as seguintes 
alterações: 
 
"Art. 8º .................................................................................................................... 
 
§ 1º .......................................................................................................................... 
 
 
 
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§ 2º Os títulos e documentos de dívida mantidos sob a forma escritural nos sistemas 
eletrônicos de escrituração ou nos depósitos centralizados de que trata a Lei nº 12.810, 
de 15 de maio de 2013, poderão ser recepcionados para protesto por extrato, desde 
que atestado por seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com 
o que consta na origem." (NR) 
 
10.10.8 ExecutividadeArt. 7º A duplicata emitida sob a forma escritural e o extrato de que trata o art. 6º desta 
Lei são títulos executivos extrajudiciais, devendo-se observar, para sua cobrança judicial, 
o disposto no art. 15 da Lei nº 5.474, de 18 de julho de 1968. 
 
CHEQUE 
 
 
 
 
11. CHEQUE 
 
11.1. Conceito: é o título de crédito pelo qual uma pessoa denominada emitente ou sacador, com base em prévia 
e disponível provisão de fundos em poder de banco ou instituição financeira a ele assemelhada, denominado 
sacado, dá contra o banco uma ordem incondicional de pagamento à vista, em seu próprio benefício ou em favor 
de terceiro, designado tomador beneficiário. O cheque é uma ordem de pagamento, então possui a seguinte 
estrutura: 
 
 
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• Sacador: é o correntista, que dá a ordem para que o Banco efetue o pagamento ao credor indicado no título. 
 
• Sacado: é aquele que cumpre a ordem dada pelo sacador. 
 
• Tomador/beneficiário: é o credor do título, que recebe os valores oriundos da ordem de pagamento. Pode ser 
o próprio sacador ou um terceiro. 
 
Súmula 370 do STJ: caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. 
 
11.2. Aceite 
 
- De acordo com o art. 6º da lei de cheque, o cheque não admite a figura do aceite. 
 
11.3. Endosso (art.17 e ss) 
 
EFEITOS 
 
Art .20 O endosso transmite todos os direitos resultantes do cheque. Se o endosso é em 
branco, pode o portador: 
 
I - completá-lo com o seu nome ou com o de outra pessoa; 
 
II - endossar novamente o cheque, em branco ou a outra pessoa; 
 
III - transferir o cheque a um terceiro, sem completar o endosso e sem endossar. 
 
Art . 21 Salvo estipulação em contrário, o endossante garante o pagamento. 
 
Parágrafo único - Pode o endossante proibir novo endosso; neste caso, não garante o 
pagamento a quem seja o cheque posteriormente endossado. 
 
 
ENDOSSO SACADO E PARCIAL SÃO NULOS 
 
Art. 18 O endosso deve ser puro e simples, reputando-se não-escrita qualquer condição 
a que seja subordinado. 
 
 
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§ 1º São nulos o endosso parcial e o do sacado. 
 
11.4. Aval 
 
- O cheque admite tanto o aval total quanto o aval parcial. 
 
Art. 29 O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval 
prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título. 
 
11.5. Apresentação para pagamento 
 
A) Prazo 
 
• Data da emissão: 
 
(i) 30 dias, se o cheque for da mesma praça; 
(ii) 60 dias, se o cheque for de praça diferente. 
 
Art. 33 O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no 
prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 
(sessenta) dias, quando emitido em outro lugar do País 
 
b) Finalidade do prazo 
 
- Embora o cheque possa ser apresentado para pagamento a qualquer momento dentro do prazo prescricional, o 
prazo legal de apresentação tem algumas finalidades. São elas: 
 
(i) Dar início ao prazo prescricional; 
(ii) Possibilidade de executar o endossante do cheque (Art. 47, II); 
 
Art. 47 Pode o portador promover a execução do cheque: 
 
I - contra o emitente e seu avalista; 
 
 
 
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II - contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em tempo hábil e a 
recusa de pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, escrita 
e datada sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por 
declaração escrita e datada por câmara de compensação. 
 
§ 1º Qualquer das declarações previstas neste artigo dispensa o protesto e produz os 
efeitos deste. 
 
§ 2º Os signatários respondem pelos danos causados por declarações inexatas. 
 
§ 3º O portador que não apresentar o cheque em tempo hábil, ou não comprovar a 
recusa de pagamento pela forma indicada neste artigo, perde o direito de execução 
contra o emitente, se este tinha fundos disponíveis durante o prazo de apresentação e 
os deixou de ter, em razão de fato que não lhe seja imputável. 
 
§ 4º A execução independe do protesto e das declarações previstas neste artigo, se a 
apresentação ou o pagamento do cheque são obstados pelo fato de o sacado ter sido 
submetido a intervenção, liquidação extrajudicial ou falência. 
 
Súmula 600 do STF – Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque 
ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária. 
 
C) Devolução indevida 
 
Súmula 388 do STJ - A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral. 
 
11.6. MODALIDADES DE CHEQUE 
 
A) CHEQUE VISADO – é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou do portador legitimado, coloca 
no verso uma declaração confirmando e reconhecendo a existência de fundos suficientes para o pagamento do 
referido cheque (art. 7). Neste caso, o Banco deve reservar o mencionado valor da conta corrente do emitente, 
efetuado o débito da quantia. No entanto, é importante esclarecer que os efeitos do visamento perduram até o 
fim do prazo de apresentação do cheque. Assim, expirado o prazo de apresentação sem que o cheque não tenha 
sido apresentado, o Banco estorna o valor correspondente da reserva, lançando-o como crédito na conta do 
emitente. 
 
B) CHEQUE ADMINISTRATIVO – É o emitido pelo banco sacado, para liquidação por uma de suas agências. Nele, 
emitente e sacado são a mesma pessoa. 
 
 
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C) CHEQUE CRUZADO - O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços transversais 
e paralelos (Art.44) 
 
• O cruzamento geral (ou em branco) - não identifica nenhum banco no interior dos dois traços. Este 
cheque somente pode ser pago a um banco; 
 
• O cruzamento especial (em preto) - em que certo banco é identificado pelo seu número ou nome no meio 
dos dois traços. Este somente poderá ser pago ao banco mencionado no interior dos dois traços 
cruzamento dos cheques tem por objetivo aumentar a segurança da liquidez do cheque. 
 
- Se o tomador não possui conta corrente no banco mencionado no cruzamento, para receber o valor do cheque, 
deverá abrir uma. 
 
11.7. Sustação de cheque 
 
a) Contraordem ou revogação 
 
Está prevista no art. 35 da Lei de cheque, vejamos: 
 
“Art. 35 O emitente do cheque pagável no Brasil pode revogá-lo, mercê de contra-ordem 
dada por aviso epistolar, ou por via judicial ou extrajudicial, com as razões motivadoras 
do ato. 
 
Parágrafo único - A revogação ou contra-ordem só produz efeito depois de expirado o 
prazo de apresentação e, não sendo promovida, pode o sacado pagar o cheque até que 
decorra o prazo de prescrição, nos termos do art. 59 desta Lei.” 
 
- A contraordem só surtirá efeito após o transcorrer do prazo de apresentação, sendo utilizada na maioria das 
vezes como forma de controle de pagamento do cheque. 
 
b) Oposição ou Sustação 
 
 
 
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Art. 36 Mesmo durante o prazo de apresentação, o emitente e o portador legitimado 
podem fazer sustar o pagamento, manifestando ao sacado, por escrito, oposição 
fundada em relevante razão de direito. 
 
§ 1º A oposição do emitente e a revogação ou contra-ordem se excluem reciprocamente. 
 
§ 2º Não cabe ao sacado julgar da relevância da razão invocada pelo oponente. 
 
11.8. Execução do cheque 
 
11.8.1. Prazo prescricional do cheque 
 
• Emitente/avalista: 06 meses, contado do fim do prazo de apresentação, não importando o dia em que se 
realizou a apresentação efetivamente. Logo, o prazo pode ser de (30 dias + 6 meses) ou de (60 dias + 6 meses). 
 
• Endossante/avalista: 06 meses, contado da data do protesto ou da declaração da câmara de compensação. Daí 
se conclui que não é necessário o protesto para a execução do cheque, visto que a declaração da câmara de 
compensação também conta para fins de contagem do prazo prescricional. 
 
Enunciado 40 da 1ª Jornada de Direito Comercial “O prazo prescricionalde 6 (seis) meses para o exercício da 
pretensão à execução do cheque pelo respectivo portador é contado do encerramento do prazo de apresentação, 
tenha ou não sido apresentado ao sacado dentro do referido prazo. No caso de cheque pós-datado apresentado 
antes da data de emissão ao sacado ou da data pactuada com o emitente, o termo inicial é contado da data da 
primeira apresentação.” 
 
11.9. Cheque prescrito 
 
a) Art. 61 da Lei de Cheque: “A ação de enriquecimento contra o emitente ou outros obrigados, que se 
locupletaram injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia em 
que se consumar a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo desta Lei.” 
 
- Depois de transcorrido o prazo prescricional, há ainda 02 anos para a propositura de ação de enriquecimento 
ilícito. 
 
 
 
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b) Ação monitória: de acordo com a Súmula 299 do STJ “É admissível a ação monitória fundada em cheque 
prescrito. 
 
b) Ação monitória: 
 
• Prazo: 
 
Súmula 503, STJ: “O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força 
executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula.” 
 
- Foi levada em consideração a tese da actio nata, isto é, o termo inicial é contado da data em que se torna possível 
o ajuizamento da ação, portanto, o prazo prescricional da Ação Monitória começa a fluir no dia seguinte ao 
vencimento do título 
 
• “Causa debendi” 
 
- Aquele que deseja executar um cheque ou utilizá-lo como documento verossímil em ação monitória não precisa 
demonstrar qual é a causa debendi, isto é, qual o negócio jurídico subjacente que deu origem ao título. 
 
SÚMULA 531, STJ: Em ação monitória fundada em cheque prescrito, ajuizada contra o emitente, é dispensável a 
menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula.

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