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Alterações cromossômicas

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Alterações cromossômicas 
Genética Humana – UFPE 
 
 
 
Larissa Albuquerque  Aula 6 
Alterações numéricas 
*São alterações no número de cromossomos, são 
provenientes de erros durante a divisão celular e 
podem ser causadas pela não disjunção meiótica ou 
mitótica. 
*Existem dois tipos: 
• Euploidia: altera todo o genoma, podendo ser 
uma triploidia (3n) ou tetraploidia (4n), que 
geram abortos espontâneos. 
• Aneuploidia: é a alteração na quantidade de 
um único cromossomo, podendo ter um 
cromossomo a mais (trissomia), um 
cromossomo a menos (monossomia) ou uma 
combinação dos dois, gerando síndromes. 
Deleções de um braço do cromossomo 
também é considerado aneuploidia. 
*Quando as alterações numéricas ocorrem por não 
disjunção meiótica, existem duas possibilidades: 
• Alteração na meiose 1: ocorre a não disjunção 
de cromossomos homólogos e todos os 
gametas sofrem alterações. 
• Alteração na meiose 2: ocorre a não disjunção 
das cromátides irmãs e 50% dos gametas 
sofrem alterações. 
 
*Mosaicismo: Ocorre quando o indivíduo tem dois ou 
mais materiais genéticos diferentes vindos do mesmo 
zigoto, gerando aneuploidias. São provenientes de 
não disjunção mitótica nas primeiras divisões do 
zigoto e as anormalidades cromossômicas não estão 
presentes em todas as células. 
Aneuploidias dos cromossomos Autossomos 
*Ocorrem nos cromossomos autossômicos, do par 1 
ao 22. 
Síndrome de Down (trissomia do 21) 
*Cariótipo típico: 47, XY, +21 ou 47, XX, + 21. 
*É a aneuploidia mais conhecida em seres humanos. 
Ela pode ser causada pela não disjunção meiótica do 
cromossomo, de origem materna ou paterna, porém 
é mais provável que seja por origem materna. Isso 
ocorre porque a frequência de não disjunção 
aumenta com a idade materna, pois como os óvulos 
são produzidos ainda na fase fetal e permanecem 
parados na prófase I, com o passar do tempo, o 
cromossomo pode perder o seu par. Dessa forma, 
quanto maior foi a duração da prófase, maior será a 
chance de não haver o pareamento e disjunção do 
cromossomo, tornando mulheres mais velhas mais 
propensas a produzirem óvulos aneuploides. 
 
*A síndrome de Down também pode ocorrer por 
translocação robertsoniana, geralmente entre o 
cromossomo 21 e o 14, em que o braço longo do 21 
e o braço curto do 14 trocam de lugar, formando um 
cromossomo com os braços longos e um 
cromossomo pequeno com os braços curtos, que é 
eventualmente perdido nas divisões celulares. 
*Os indivíduos com a síndrome apresentam 
características faciais típicas, com pescoço curto e 
largo, nariz pequeno e achatado. Deficiência 
intelectual, defeitos cardíacos, língua protraída, mãos 
curtas e largas, baixa estatura e menor expectativa 
de vida. A incidência é de 1 em 800 nascidos vivos. 
Síndrome de Edwards (trissomia do 18): 
*Cariótipo típico: 47, XY, +18 ou 47, XX, +18. 
*Tem incidência de 1 em 8.000 nascidos vivos 
aproximadamente. Os indivíduos afetados têm baixa 
sobrevida, com óbito em 90% dos casos antes do 
primeiro ano de vida. Apresentam hipertonicidade 
(músculos rígidos), crânio alongado, micrognatia 
(mandíbula recuada), pés virados para fora, 
Monitoria de Genética Humana - UFPE Larissa Albuquerque  Aula 6 
deficiência mental e malformação congênita de vários 
órgãos. 
Síndrome de Patau (trissomia do 13): 
*Cariótipo típico: 47, XY, +13 ou 47, XX, + 13. 
*Tem incidência de 1 em 15.000 nascidos vivos. Os 
indivíduos afetados têm deficiência intelectual, 
surdez, fenda labiopalatina, problemas cardíacos 
graves, problemas graves faciais (face deformada, 
sem olhos) e polidactilia. Apresenta baixa 
sobrevivência, com morte de metade das crianças do 
primeiro mês de vida. 
Aneuploidias dos cromossomos sexuais 
*Ocorrem no par sexual (23) e tendem a ser menos 
severas, podendo estar presente em todas as células 
ou em forma de mosaico. 
Síndrome de Klinefelter 
*Cariótipo típico: 47, XXY. 
*Os indivíduos afetados apresentam três 
cromossomos sexuais, sendo dois X e um Y, 
apresentando fenótipo masculino, mas com a 
possibilidade de apresentar algumas características 
sexuais secundárias femininas. Geralmente são 
estéreis, podem ter deficiência intelectual leve e têm 
o fenótipo masculino com características sexuais 
femininas, como ginecomastia, silhueta afeminada, 
braços e pernas longas, ausência de pelos pubianos, 
órgãos sexuais em tamanho reduzido. 
Síndrome de Turner (monossomia do X): 
*Cariótipo típico: 45, X. 
*É uma monossomia, ou seja, há a ausência de um 
cromossomo em um indivíduo diploide, que nesse 
caso é a presença apenas de um único cromossomo 
X e cromossomos autossomos diploides. Dessa 
forma, o fenótipo é feminino, já que há ausência do 
cromossomo Y, porém com ovários rudimentares e 
muitas vezes estéreis. 
*O fenótipo é feminino, com baixa estatura, membros 
curtos, pescoço alado, ausência de menstruação, 
mamas separadas e geralmente não há alteração 
intelectual. 
Alterações estruturais 
*São resultantes de alterações estruturais dos 
cromossomos devido à quebra cromossômica 
seguida de reconstituição em uma combinação 
anormal. Podem ser rearranjos balanceados ou não 
balanceados. 
Rearranjos balanceados 
*A informação genética é normal, porém o DNA é 
dividido e localizado incorretamente e pode ter risco 
para a geração seguinte. 
Inversão: 
*O rearranjo cromossômico ocorre pela quebra do 
cromossomo em dois pontos com reorganização em 
posição invertida, ou seja, o segmento gira cerca de 
180º e se fixa novamente ao restante do 
cromossomo. 
 
*Existem dois tipos de inversões, as que incluem o 
centrômero, chamadas de pericêntricas, e as que 
não o incluem, chamadas de paracêntricas. Por 
causa disso, uma inversão pericêntrica consegue 
alterar o comprimento dos dois braços do 
cromossomo, enquanto a paracêntrica não 
consegue. 
 
*As inversões não provocam perda ou ganho de 
material genético, apenas alteram a sequência de 
DNA. Essa alteração pode causar graves efeitos no 
fenótipo, visto que a ruptura e realocação do 
fragmento do cromossomo para um novo local pode 
destruir a função do gene 
Translocação: 
*Ocorre quando há a transferência de segmentos de 
um cromossomo para outro, geralmente não 
homólogos, promovendo a transferência de genes de 
um cromossomo para outro. 
 
• Translocações recíprocas: ocorre quando 
há a troca de segmentos entre cromossomos 
não homólogos sem a perda de material 
genético. Ex: leucemia mieloide crônica: 
ocorre uma translocação entre o gene ABL no 
cromossomo 9 e o gene BCR no cromossomo 
22. 
 
Monitoria de Genética Humana - UFPE Larissa Albuquerque  Aula 6 
*A translocação recíproca promove o 
pareamento cruciforme entre os 
dois cromossomos translocados e 
seus homólogos sem translocação. 
Devido a essa conformação de 
pareamento, cromossomos 
translocados são mais propensos a 
produzir gametas aneuploides a depender de 
como ocorra a disjunção. 
• Translocações Robertsonianas: ocorre 
quando dois cromossomos acrocêntricos não 
homólogos sofrem quebras nos centrômeros 
e se unem. Como o cromossomo menor 
geralmente é perdido por não ter massa 
suficiente para se separar corretamente 
durante a mitose e meiose, é formado um 
cariótipo com 45 cromossomos. 
 
Inserção: 
*Ocorre a inserção de sequências de um 
cromossomo para outro. 
 
Rearranjos não balanceados 
*Ocorre a perda ou ganho de informação genética. 
Geralmente, surgem pelo crossing over desigual. 
Deleção: 
*Ocorre pela quebra e perda subsequente de um 
segmento cromossômico, sendo o seu efeito 
relacionado com a quantidade de material perdido. A 
deleção pode ser intersticial ou terminal. 
• Síndrome de cri-du-chat: 
*Cariótipo típico: 46, XX, del (5p) ou 46, XY, 
del (5p). 
*É causada pela deleção no braço curto do 
cromossomo 5. Tem incidência de 1 para 
50.000 nascidos vivos e os acometidos 
apresentam mal formações oculares, 
hipertelorismoocular, olhos amendoados, 
deficiência intelectual, grave 
comprometimento mental e físico e choro 
semelhante a miado de gato durante a 
infância. 
 
Duplicação: 
*É a mutação em que parte do cromossomo é 
duplicado. Pode ser uma duplicação em tandem (a 
região duplicada está logo ao lado do segmento 
original), deslocada (quando a região duplicada está 
distante do segmento original) ou reversa (quando a 
duplicação está com a orientação invertida). 
 
Cromossomo em anel (r): 
*Ocorre quando há deleções 
terminais no cromossomo, 
provocando a fusão das 
extremidades dos braços e perda 
de fragmentos. 
Isocromossomo (i): 
*Ocorre quando a separação das cromátides irmãs é 
transversal no lugar de ser longitudinal, gerando 
cromossomos com cópias de um mesmo braço.
 
 
 
Referências: 
• Fundamentos de genética / D. Peter Snustad, 
Michael J. Simmons; revisão técnica Cláudia 
Vitória de Moura Gallo. – 7. ed. – Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017. 
• Genética: um enfoque conceitual / Benjamin A. 
Pierce; tradução Beatriz Araujo do Rosário. - 5. 
ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

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