Buscar

sindromes cromo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Síndromes Cromossômicas 
 As anomalias cromossômicas podem ser numéricas ou estruturais , podendo envolver um ou 
mais autossomos, cromossomos sexuais, ou ambos. 
 O tipo mais comum de anomalias é a aneuploidia – um número anormal de cromossomos devido 
a um cromossomo extra ou à falta de um deles -, associado a uma malformação física, mental, 
ou ambas. 
 As translocações recíprocas (uma permuta de segmentos entre cromossomos não homólogos) 
são relativamente comuns, mas geralmente não apresentam efeito fenotípico, mas, podem estar 
associadas a um maior risco de prole anormal. 
 Recém – nascidos: 1/160 nascimentos 
 Trissomia 21 (Down) (nascimento) 
 Trissomia 18 (Edwards) (nascimento) 
 Trissomia 13 (Patau) (nascimento) 
 45, X (Turner) (nascimento) 
 47, XXY (Klinefelter) (puberdade) 
 47, XYY (puberdade) 
 47, XXX (puberdade) 
 Rearranjos balanceados raramente são clinicamente identificados 
 Abortos espontâneos: 40% - 50% - A triploidia e a tetraploidia são responsáveis por uma pequena 
porcentagem nos casos. 
 45 X: 20% dos abortos espontâneos cromossomicamente anormais; 
 Trissomia do 16: 1/3 das trissomias entre os abortos 
 
Imprinting Genômico 
 Em alguns distúrbios a expressão do fenótipo depende de o alelo mutante ou cromossomo 
anormal ter sido herdado do pai ou da mãe. Essa diferença na expressão genética são resultados 
do imprinting genômico. 
 O imprinting é um processo normal derivado das alterações na cromatina que ocorrem na 
linhagem germinativa do pai ou da mãe. Essas alterações incluem a modificação covalente do 
DNA – metilação da citosina para formar 5-metil-citosina-, ou a modificação ou substituição na 
cromatina de tipos histônicos específicos, influenciando a expressão genética dentro de uma 
região cromossômica. 
 O imprinting afeta a expressão do gene mas não a sequência primária do DNA – forma reversível 
de inativação genética, mas não de mutação, sendo portanto um efeito epigenético. 
 O imprinting ocorre durante a gametogênese, antes do processo de fertilização e marca alguns 
genes como provenientes da mãe e do pai. Após o processo de concepção, o imprinting controla 
a expressão genética dentro da região impritada em alguns ou todos os tecidos somáticos. 
 A condição do imprinting persiste no pós-natal até a vida adulta por meio de centenas de divisões 
celulares de modo que somente a cópia materna ou paterna do gene seja expressa. CÓPIA 
IMPRINTADA NÃO É EXPRESSA 
 O imprinting deve ser reversível: um alelo derivado do pai, quando herdado por uma mulher, 
deve ser convertido em sua linhagem germinativa de modo que ela possa, então, passá-la com 
um imprinting materno para a sua prole. Igualmente, um alelo derivado com imprinting materno, 
quando herdado por um homem, deve ser convertido em sua linhagem germinativa de modo 
que ele possa passá-lo como um alelo paternamente “imprintado” para a sua prole. O controle 
sobre esse processo de conversão parece ser governado por elementos do DNA denominados 
centros de imprinting que estão localizados dentro das regiões “imprintadas” por todo o 
genoma; considerando-se que o seu mecanismo de ação preciso não seja conhecido, ele deve 
iniciar a alteração epigênica na cromatina, que, então, se dissemina externamente, ao longo do 
cromossomo sobre a região “imprintada”. 
 A característica distintiva dos genes “imprintados” que os diferencia dos outros loci 
autossômicos é que somente um alelo, tanto materno quanto paterno, é expresso no tecido 
relevante. Ao contrário, os loci não “imprintados” são expressos tanto a partir dos alelos 
maternos quanto dos paternos em cada célula. 
 A expressão do fenótipo da doença depende de o cromossomo anormal ter sido herdado do pai 
ou da mãe. 
 
Síndrome de Prader-Willi: 
Síndrome dismórfica relativamente comum caracterizada por obesidade, hábitos alimentares 
excessivos, mãos e pés pequenos, baixa estatura, hipogonadismo e retardo mental. Na maioria 
dos casos há uma deleção genética envolvendo a porção proximal do braço longo do 
cromossomo 15 (15q11q13), ocorrendo no cromossomo herdado do pai. Assim, esse paciente 
possui a informação genética no 15q11-q13 que deriva somente da mãe. Em alguns casos, não 
há deleção citogeneticamente detectáveis, havendo, então, há a presença de dois cromossomos 
15 citogeneticamente normais, ambos herdados da mãe (dissomia uniparental - definida como 
a presença de uma linhagem celular dissômica contendo dois cromossomos, ou porções destes, 
herdadas de um único genitor). Assim, se o cromossomo idêntico estiver presente em duplicata, 
tem-se a isodissomia; se ambos os homólogos de um dos genitores estiverem presentes, a 
situação é de heterodissomia. 
 
Síndrome de Angelman: 
Caracterizada pelo incomum aspecto facial, baixa estatura, grave retardo mental, espasticidade 
e convulsões. Na maioria dos casos há uma deleção genética envolvendo a porção proximal do 
braço longo do cromossomo 15 (15q11q13), ocorrendo no cromossomo herdado da mãe. Assim, 
esse paciente possui a informação genética no 15q11-q13 que deriva somente do pai. Essa 
síndrome também possui dissomia uniparental. Mutação na cópia materna d gene E6-AP da 
ubiquitinaproteína ligase causam essa síndrome, esse gene está localizado no 15q11-q13 
 Vale ressaltar que uns poucos pacientes com as síndromes de Prader-Willi e de Angelman 
parecem apresentar um defeito no próprio centro de imprinting. Como resultado, a troca do 
imprinting feminino para masculino durante a espermatogênese ou do imprinting masculino 
para o feminino durante a ovocitogênese não ocorre. A fertilização por um espermatozóide 
portador de um imprinting persistentemente feminino produziria uma criança com a síndrome 
de Prader-Willi; a fertilização de um óvulo que porte um imprinting inadequadamente masculino 
resultaria na síndrome de Angelman. 
 Dissomia Uniparental: Presença de uma linhagem célula dissômica contendo dois cromossomos 
herdados de um único genitor. 
 
Síndrome de Bekwith – Wiedemann: 
 A dissomia uniparental de um segmento do cromossomo 11 (11p15) Essa anomalia, demonstra 
características como crianças muito grandes ao nascerem, língua aumentada e uma frequente 
protusão do umbigo. Pode ocorrer hipoglicemia grave podendo ser fatal, bem como as 
neoplasias malignas do rim, adrenal e do fígado. Isso ocorre devido à um excesso de genes 
paternos ou de perda da contribuição dos genes maternos, ou ambos, os cromossomos 11p15 – 
incluindo gene do fator 2 do crescimento tipo insulina. Além disso, se observa pacientes com 
fibrose cística, baixa estatura com duas cópias idênticas da maior parte de todo o cromossomo 
7 materno 
 
Síndrome de Down (Trissomia do 21) 
 A frequência observada na população é de 1/800, sendo causado por um cromossomo 21 
extranumerário. Tem-se uma falha na recombinação corretamente e isso leva a segregação 
errada durante a meiose I e é uma causa frequente dessa anormalidade cromossômica. As 
pessoas com essa patologia possui um período de vida menor que o das outras pessoas, além 
disso, apresentam hipotonia muscular, hiperflexibilidade articular (boca sempre aberta), 
estatura reduzida, braquicefalia com a região occipital achatada, face plana, epicanto, pescoço 
curto, ponte nasal baixa, orelhas de baixa implantação, mancha de Brushfield nos olhos, retardo 
psicomotor, mãos curtas e planas com prega palmar única, quinto dedo encurvado, 
dermatóhlifos (padrão de linhas dermopapilares) característicos, maior separação entre hálux e 
segundo dedos dos pés, cardiopatia congênita, apresenta um retardo mental moderado 
 Além disso, apenas 20 a 25% dos conceptos com trissomia do 21 sobrevivem ao nascimento, 
menor sobrevida entre os portadores de cardiomiopatia congênita, e apresentam 15 vezes mais 
chances de desenvolver leucemia. 
 Existem ao todo 47 cromossomos, entre eles dois cromossomos X além do cromossomo 21 extra. 
Portanto, o cariótipo é 47, XX, +21, podendo ser causada por não disjunção do cromossomoem 
uma das divisões meióticas, sendo que quanto maior a duração da prófase, maior é a chance de 
que não haja pareamento nem disjunção subsequente do cromossomo. 
 Existem três tipos de ocorrência da Síndrome de Down, sendo esses: 
 Trissomia do 21: Possui trissomia do cromossomo 21, resultado da não disjunção meiótica do 
par de cromossomos 21. Geralmente ocorre durante a meiose materna – de forma 
predominante na primeira divisão meiótica-, ou ocorrem em menor proporção na meiose 
paterna – segunda divisão meiótica -. 
 Translocação Robertsoniana: Os pacientes com síndrome de Down têm 46 cromossomos, com 
uma translocação robertsoniana que envolve o cromossomo 21q e o braço longo de um outro 
cromossomo acrocêntrico (geralmente o entre cromossomo 14 ou 22). O cromossomo 
translocado substitui um dos cromossomos acrocêntricos normais e o cariótipo do paciente é, 
portanto, 46,XX ou 46,XY,rob(14;21)(q10;q10),+21, ou, 46,XY, rob(22;21) +21, ou 46, XY, (21,21). 
Especificamente a translocação robertsoniana não está interligada com a idade materna, mas é 
relativamente alta em famílias nas quais um dos pais é portador de translocação. Por isso, o 
cariótipo dos pais e , possivelmente, dos irmãos, é essencial antes de fornecer uma informação 
genética exata. 
 Um portador de translocação robertsoniana envolvendo os cromossomos 14 e 21 tem apenas 45 
cromossomos; um cromossomo 14 e um cromossomo 21 são perdidos e substituídos pelo 
cromossomo translocado. Em teoria a 6 tipos de gametas, sendo, apenas 3 viáveis, sendo um 
normal, um balanceado e um não balanceado – tendo tanto o cromossomo translocado como o 
cromossomo 21 normal, que em combinação com um gameta normal, iria gerar uma criança com 
síndrome de Down por translocação. 
 Translocação 21q21q O cromossomo com translocação 21q21q é um cromossomo composto de 
dois braços longos do cromossomo 21; isto é visto em um pequeno percentual de pacientes com 
síndrome de Down. Acredita-se que sua origem seja um isocromossomo, em vez da translocação 
robertsoniana. Muitos desses casos parecem surgir após a formação do zigoto e, por 
conseguinte, o risco de recorrência é baixo. ACRESCENTAR 
 Síndrome de Down Mosaico: Geralmente com um cariótipo formado por uma população de 
células normais ou com trissomia do 21. Há uma ampla variabilidade de fenótipos entre 
pacientes mosaicos, possivelmente refletindo a proporção variável de células com trissomia do 
21 no embrião durante o início do desenvolvimento. 
 Trissomia do 21 Parcial: Apenas o braço longo do cromossomo 21 está triplicado, ou um 
paciente com anormalidade cromossômica não visível. 152 
 
Síndrome de Patau (Trissomia do 13) 
 Frequência na população 1/15000 a 25000 
 Tem como causa a não disjunção dos cromossomos durante a anáfase 1 da meiose ou meiose II 
 Cerca de 20% dos casos resultam de uma translocação não balanceada. 
 Cariótipo: 47,XX, +13; 47,XY,+13 
 A não-disjunção do cromossomo 13 do gameta feminino forma gametas contendo 2 cromátides, 
que ao se combinarem ao cromossomo 13 do gameta masculino- contendo uma cromátide- dão 
origem a um embrião com três cromátides no 13 
 As causas para essa síndrome são distribuídas entre erros durante a meiose, mosaicismo ou 
translocação e estão relacionadas à idade avançada da mãe. 
 Os cromossomos do par treze são acrocêntricos, com tamanhos médios e com satélites, e 
apresentam dificuldades na hora de se distinguir morfologicamente dos outros. Para diferenciá-
los, usa-se então a subdivisão em grupos, o par 13 está no grupo D juntamente com o quatorze 
e o quinze 
 A trissomia tem origem do óvulo feminino, pelo fato de a fêmea maturar geralmente apenas um 
ovócito 
 Retardo do crescimento e mental grave, malformações no SNC (arrinencefalia, 
holoprosencefalia), malformação de orelhas, mãos fechadas com sobreposição do segundo e 
quinto dedo, fenda labial, ou palatina, polidactilia, proeminências nos calcanhares, anomalias 
cardíacas, anomalias urogenitais. 
 A trissomia do cromossomo 13 por translocação é configurada pela fusão dos cromossomos 
acrocêntricos que são unidos pela região centromérica e, para a concretização dessa fusão, é 
necessário que os dois acrocêntricos percam seus braços curtos. Contudo, a ocorrência de 
translocação não quer dizer que, necessariamente, todos os indivíduos terão fenótipos 
característicos da síndrome, uma vez que pode ser uma translocação equilibrada. Em casos como 
esse, os portadores dos cromossomos translocados correm o risco de transmitirem a próxima 
geração os genes que foram segregados de maneira incorreta 
 O mosaicismo é a causa menos frequente para explicar a síndrome de Patau. Ao contrário da 
trissomia livre, a não-disjunção dos cromossomos homólogos no mosaicismo, ocorre durante o 
processo de mitose após a fertilização das células somáticas. Esse fato propicia duas linhagens 
diferentes, uma linhagem pode apresentar um cromossomo a mais, e outra linhagem, um 
número normal de cromossomos. A síndrome de Patau, quando relacionada ao mosaicismo, tem 
uma tendência a não apresentar todos os fenótipos clássicos dessa doença, sendo possível 
classificar como um menor grau de gravidade 
 
Síndrome de Edwards (Trissomia do 18) 
 Frequência na população 1/7500 – Há abortos espontâneos 
 Retardo mental e no desenvolvimento, malformação cardíaca, cabeça com occipúcio 
proeminente e retrognatia, orelhas mal formadas e implantação baixa, boca e nariz pequenos, 
rim duplo ou em ferradura, esterno curto e dedos sobrepostos, pés de cadeira de balanço, 
dermatóglios característicos e prega palmar única. 
 Translocação em 20% dos casos, que envolve todo ou quase todo o cromossomo 18, que pode 
ser nova ou ter sido herdada de um dos genitores que é portador balanceado 
 A trissomia também pode ser na forma de mosaico, com expressão variável, porém mais brando. 
 2n=47,XX,+18 
 As anormalidades apresentadas pelos pacientes são decorrentes do material genético adicional 
do cromossomo 18 
 A maioria dos casos de trissomia do cromossomo 18 ocorre devido a uma não disjunção 
meiótica de novo na meiose II materna. É interessante notar que, nas outras trissomias, os 
defeitos ocorrem mais comumente na meiose I 
 
 Síndrome de Cri du Chat (deleção) 
 Frequência na população 1/7000 
 1% retardo mental, emite choro agudo semelhante a miado de gato, assimetria facial, 
microcefalia, má formação da laringe, hipertelorismo ocular (distanciamento dos olhos), 
hipotonia , epicanto, orelhas de baixa implantação, retardamento neuromotor acentuado, 
defeitos cardíacos. 
 10 a 15% dos casos translocação. 
 2n=46, XX, 5p- Deleção terminal ou intersticial de parte do braço curto do cromossomo 5 
 Os pontos de quebra e extensão do segmento deletado do cromossomo 5p variam em diferentes 
pacientes, porém a região crítica, ausente em todos os pacientes com o fenótipo, tem sido 
identificada como banda 5p15. 
 Um número de genes foi identificado como deletado do segmento cromossômico del(5p), e a 
base da relação entre monossomia de tais genes e o fenótipo clínico está começando a ser 
elucidada. 
 Muitas das características clínicas parecem ser devido à haploinsuficiência para um gene ou 
genes da banda 5p15.2, e o choro característico semelhante ao miado de gato parece resultar da 
deleção de um gene ou genes de uma pequena região na banda 5p15.3. O grau de retardo mental 
geralmente correlaciona-se com o tamanho da deleção, embora análises por arranjo de CGH 
sugiram que a haploinsuficiência de regiões específicas em 5p14-p15 possam contribuir 
desproporcionalmente para retardo mental severo 
 
 Distúrbios Genômicos: Síndromes de Microdeleção e Duplicação 
 Síndromes com dismorfias severas estão associadas a pequenas, mas, às vezes, 
citogeneticamente visíveis deleções que levam a uma forma de desequilíbrio genético referido 
como aneusomia segmentar 
 O termo síndrome de genes contíguos tem sido aplicado para muitas destas condições, sendo o 
fenótipoatribuível à haploinsuficiência de genes contíguos múltiplos da região deletada. Para 
outros distúrbios, o fenótipo é aparentemente devido à deleção de apenas um único gene, 
apesar da associação típica da deleção cromossômica com a condição. 
 
 
Cromossomo Y 
 Na meiose masculina, os cromossomos X e Y normalmente emparelham-se pelos segmentos 
terminais dos seus braços curtos e sofrem recombinação naquela região. 
 Os segmentos pareados incluem a região pseudoautossômica dos cromossomos X e Y, assim 
chamada porque as cópias desta região ligadas ao X e Y são essencialmente idênticas entre si e 
sofrem recombinação homóloga na meiose I, como pares de autossomos. 
 Relativamente pobre em genes e contém apenas cerca de 50 genes, e suas funções de alta 
proporção destes genes são relacionadas ao desenvolvimento gonadal e genital 
 Pela 6a semana de desenvolvimento em ambos os sexos, as células germinativas primordiais 
migraram de sua localização extra-embrionária inicial para as saliências genitais, onde são 
circundadas pelos cordões sexuais para formar o par de gônadas primitivas. Até nesse momento, 
a gônada em desenvolvimento, seja cromossomicamente XX ou XY, é bipotencial e é 
frequentemente referida como indiferenciada. 
 O desenvolvimento em ovários ou testículos é determinado pela ação coordenada de um serie 
de genes que levam ao desenvolvimento ovariano quando o cromossomo Y está ausente ou ao 
desenvolvimento testicular quando o Y está presente. 
 Se o fato testículo-determinante (TDF)agir como interruptor, desviando o desenvolvimento para 
a rota masculina, a rota ovarina não é seguida. 
 Na presença do cromossomo Y (com o gene TDF), o tecido medular forma testículos típicos com 
túbulos seminíferos e células de Leydig que, sob a estimulação da gonadotrofina coriônica da 
placenta, se tornam capazes de secretar androgênio 
 Se nenhum cromossomo Y está presente, a gônada começa a diferenciar-se para formar um 
ovário, começando logo na oitava semana de gestação e continuando por várias semanas; o 
córtex desenvolve-se, a medula regride, e a ovogônia começa a desenvolver-se em folículos 
 Enquanto os cromossomos X e Y normalmente trocam, durante a meiose I, as regiões 
pseudoautossômica Xp/Yp, trocam em raras ocasiões, dessa forma, a recombinação genética 
ocorre fora da região pseudoautossômica, ocorrendo duas anormalidades, homens XX e 
mulheres XY. 
 Homens XX têm fenótipo masculino com cariótipo 46,XX, que, em geral, possui alguma sequência 
do cromossomo Y translocado para o braço curto do X. E uma proporção de fenótipos femininos 
com um cariótipo 46,XY perdeu a região testículo determinante do cromossomo Y. 
 O gene situa-se próximo à fronteira pseudo-autossômica do cromossomo Y e está presente em 
muitos homens 46,XX, sendo deletado ou mutado em uma proporção de pacientes mulheres 46, 
XY. Assim, implica fortemente SRY na determinação sexual masculina. 
 Gene SRY determinação dos testículos 
 SRY expressa-se apenas brevemente no início do desenvolvimento nas células do cordão 
germinativo imediatamente antes da diferenciação dos testículos e codifica uma proteína ligada 
ao DNA que provavelmente é um fator de transcrição, embora genes específicos que fazem esta 
regulação sejam desconhecidos. 
 No entanto, a presença ou ausência do SRY não explica todos os casos de determinação sexual 
anormal. 
 SRY não está presente em cerca de 10% de homens XX sem ambiguidade e em muitos casos de 
hermafroditas verdadeiros XX ou homens XX com genitália ambígua. Além disso, mutações no 
gene SRY representam apenas cerca de 15% das mulheres 46,XY. 
 Gene AZF espermatogênese – azoospermia não obstrutiva e oligospermia severa 
 Um ou mais genes, chamados de fatores de azoospermia (AZF), são localizados no cromossomo 
Y, e três regiões nãosobrepostas em Yq (AZFa, AZFb e AZFc) foram definidas 
 A deleção da região AZFc contém várias famílias de genes que se expressam nos testículos, 
incluindo o gene DAZ (deletado na azoospermia), que codifica proteínas ligadas ao RNA que se 
expressam apenas nas células germinativas pré-meióticas dos testículos 
 
Cromossomo X 
 Inativação do X: Silenciamento epigenético aleatório de um dos cromossomos X nas células 
somáticas de mulheres –explica a tolerância de anormalidade no cromossomo X; 
 Um dos cromossomos X é inativado em uma fase precoce do desenvolvimento, igualando a 
expressão dos genes ligados ao X nos dois sexos. 
 Mulheres são mosaicos no que diz respeito à expressão de genes ligados ao X; algumas células 
expressam alelos do X herdados do pai, mas não herdados da mãe, enquanto outras células 
fazem o oposto 
 Este padrão de expressão de gene diferencia muitos genes ligados ao X dos genes “imprintados” 
(que também são expressão de apenas um alelo, porém determinados pela origem parental, e 
não aleatoriamente), como também da maioria dos genes autossômicos que são expressos de 
ambos os alelos. 
 Envolve o centro de inativação X em Xq13.2 – o X se torna inativo e forma o corpúsculo de Barr 
no núcleo em interfase. 
 Característica cromossômica da inativação do X: Inativação de muitos genes ligados ao X no X 
inativo 
 Escolha aleatória de um dos dois cromossomos X em células femininas 
 Inativação do X – Replicação tardia na fase S, Heterocromatina (Corpúsculo de Barr), expressão 
RNA DO XIST, associada a modificação de histona macroh2A na cromatina. 
 A região promotora de muitos genes na inativação do cromossomo X é extensivamente 
modificada pela adição de um grupo metila à citosina pela enzima DNA metiltransferase. Tal 
metilação do DNA está restrita a dinucleotídeos CpG e contribui para a formação de um estado 
de uma cromatina inativa. Diferenças adicionais entre cromossomos X ativo e inativo envolvem 
códigos de histona e parecem ser uma parte essencial do mecanismo de inativação do X 
 O centro de inativação do X contém um gene incomum, o XIST, que parece ser a chave para o 
locus regulador principal para inativação do X. 
 XIST, um acrônimo para o X inativado (Xi)-fator específico de transcrição, tem a característica 
recente que é a expressão de apenas um alelo do X inativado; é transcricionalmente silencioso 
no X ativo tanto em células masculinas quanto femininas. 
 O produto do XIST é um RNA não codificado que permanece no núcleo em íntima associação com 
o cromossomo X inativo e o corpúsculo de Barr. 
 
Alterações cromossômicas e síndromes humanas 
 Os fenótipos associados a estes defeitos cromossômicos são, em geral, menos severos que 
aqueles associados a distúrbios autossômicos comparáveis, devido à inativação do cromossomo 
X, como também ao baixo conteúdo de genes de Y, minimizando as consequências clínicas do 
desequilíbrio do cromossomo sexual. 
 
 
Síndrome de Klinefelter (2n=47, XXY) 
 Frequência na população: 1/1000 
 Retardo mental moderado, pacientes altos e magros, membros longos, hipogonadismo, 
infertilidade, infertilidade, ginecomastia, caracteres sexuais pouco desenvolvidos. 
 Cariótipo variante associados a maior gravidade fenotípica ( 48, XXYY; 48 XXXY; 49 XXXXY) - os 
cromossomos X adicionais (ainda que eles estejam inativados) causam um fenótipo 
correspondente mais grave, com um maior grau de dismorfismo, maior comprometimento do 
desenvolvimento sexual e déficit mental de maior gravidade 
 2n=47,XXY 
 Homens que quase sempre são inférteis 
 Um dos dois cromossomos X está inativado – sendo que cerca de metade dos casos de síndrome 
de Klinefelter resulta de erros na meiose I paterna devido à falha na recombinação Xp/Xy na 
região pseudo-autossõmica. 
 Nos casos de origem materna, muitos resultam de erros da meiose I materna e o restante de 
erros na meiose II ou de erros mitóticos pós-zigóticos que levam ao mosaicismo. A idade materna 
está aumentada nos casos associados a erros na meiose I materna. 
 O cariótipo em mosaico mais comum é o 46,XY/47XXY, provavelmente como consequência de 
perda de um cromossomo X emum concepto XXY durante uma divisão pós-zigótica inicial. 
 
Síndrome 47,XYY 
 Frequência na população: 1/1000 
 A constituição cromossômica 47,XYY não está associada a um fenótipo evidentemente anormal, 
e homens com este cariótipo não podem ser distinguidos dos homens 46,XY normais por 
qualquer traço físico ou característica comportamental. 
 A origem do erro que leva ao cariótipo XYY deve ser a não-disjunção paterna durante a meiose 
II, produzindo espermatozóide YY. As variantes menos comuns XXYY e XXXYY, que compartilham 
características da síndrome XYY e da síndrome de Klinefelter, provavelmente também têm 
origem paterna como resultado de não-disjunção sequencial na meiose I e na meiose II 
 Inteligencia normal, não são dismórficos, possui alguns problemas educacionais ou 
comportamentais, fertilidade geralmente normal. Déficit de atenção, hiperatividade, 
impulsividade 
 
 Trissomia do X ( 47,XXX) 
 Incidência 1/1000 mulheres nascidas vivas 
 Estatura acima da média, déficit em testes de QI e alguma dificuldade de aprendizado. 
 Nas células 47,XXX, dois dos cromossomos X são inativados. Quase todos os casos originam se 
de erros na meiose materna, e destes, a maioria se dá durante a meiose I. Existe uma relação 
com idade materna aumentada, restrita àqueles pacientes cujos erros ocorreram durante a 
meiose materna I 
 A síndrome da tetrassomia do X (48,XXXX) está associada a retardo do desenvolvimento mais 
grave tanto físico quanto mental. A síndrome da pentassomia do X (49,XXXXX), apesar da 
presença de quatro cromossomos X inativos, geralmente inclui retardo mental grave e múltiplos 
defeitos físicos. 
 
 Síndrome de Turner (Monossomia do X) 
 Frequência na população 1/4000 
 Disgenesia ovariana, baixa estatura, palato estreito, pescoço curto, tórax largo com mamilos 
afastados, anomalia cardíaca, anomalias renais, anomalia de cotovelo, linfedema fetal. 
 A constituição cromossômica mais frequente na síndrome de Turner é 45,X (às vezes escrita 
erroneamente como 45,XO) sem o segundo cromossomo sexual 
 Aproximadamente um quarto dos casos de síndrome de Turner envolve cariótipos em mosaico, 
nos quais apenas uma proporção de células é 45,X 
 
 Pacientes com i(Xq) são semelhantes aos clássicos pacientes 45,X, enquanto pacientes com uma 
deleção de Xp têm baixa estatura e malformações congênitas, e aqueles com deleção de Xq 
frequentemente têm apenas disfunção gonadal. 
 O erro cromossômico que leva a perda de um cromossomo sexual é geralmente paterno.

Outros materiais