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RESUMO NP1 - TEORIAS FENOMENOLÓGICAS EXISTENCIAIS II

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RESUMO NP1 - TEORIAS FENOMENOLÓGICAS EXISTENCIAIS II
Sannara Alcântara - https://www.passeidireto.com/perfil/sannara-alcantara/
Para Tatossian, situar o sintoma apenas no
campo anatomofisiológico é problemático por
configurar-se como algo que não é produzido
pelo sujeito, impondo-se de modo
heteronômico.
A pessoa é vista como simples portador e vítima.
Tal perspectiva também acaba orientando
para o tratamento de um sujeito puramente
receptor e passivo.
A doença se anuncia no sintoma, sem se
mostrar; sinaliza apenas que algo está presente,
obrigando a inferências diagnósticas.
“Se a doença realmente se mostrasse, não
haveria necessidade de inferências” (Tatossian,
1986, 1993/1997d; 1979/2006).
Tatossian questiona esse modelo pois critica sua
utilização única, pautada sempre em
parâmetros probabilísticos e puramente
sintomáticos.
Neste modelo, infere-se por comparação com
configurações presentes na memória e em
manuais.
O diagnóstico psiquiátrico se faz a partir dos
sintomas – isso pode criar uma problema de se
apreender no sintoma mais do que o próprio
sintoma ou do que o paciente poderia
verbalizar, funcionando muitas vezes por ensaio
e erro (Tatossian, 1993/1997d, 1979/2006).
O modelo inferencial repousa sob a ideia de
que “a atividade clínica tem por única
finalidade aquela de permitir a passagem entre
semiologia e nosologia, tais quais elas são
sedimentadas nos tratados e nos manuais”
(Tatossian, 1989, p. 1)
Há uma transposição de um modelo que rege o
diagnóstico somático sobre o diagnóstico
psicopatológico (Tatossian, 1994).
Os sintomas são uma parte minoritária da massa
de informações percebidas pelo clínico no
contato com o paciente
O modelo inferencial gera limitações à prática
clínica por realizar muitas vezes uma filtração
drástica daquilo apresentado pelo paciente,
sendo o sintoma apenas um índice deste
problema
Tatossian prefere utilizar a palavra ASSISTÊNCIA,
por excluir uma possível ressonância afetiva que
seria pouco adequada.
Palavra chave para Tatossian: modelo
inferencial
HUSSERL entendia a fenomenologia como o
estudo da consciência e da experiência.
NOESIS – atos intencionais da consciência
NOEMA – essência
REDUÇÃO FENOMENOLÓGICA - Epoché
REDUÇÃO EIDETICA - análise do noema para
encontrar sua essência.
Isto porque não podemos nos livrar da
subjetividade e ver as coisas em si mesmas, pois
em toda experiência de consciência estão
envolvidos o que é informado pelos sentidos e o
modo como a mente enfoca aquilo que é
informado
Quando se faz a epoché se atinge a essência
do fenômeno, na clínica de Tatossian, realizar
esse processo favoreceu ter uma nova visão
sobre a psicopatologia.
A ÉPOCHÉ – visa a maior aproximação possível
da essência do fenômeno.
Investiga-se o fenômeno a partir da experiência
vivida pelo paciente
Perceber também as *IDIOSSINCRASIAS
* Predisposição particular de um organismo para
reagir de maneira individual a um estímulo ou
agente externo. Característica peculiar do
temperamento ou do comportamento de uma
pessoa ou de um grupo.
Para a clínica fenomenologica de Tatossina
Em seu principal livro, Ser e tempo (1927/1997),
Heidegger conceitua inicialmente fenômeno
sugerindo que se mantenha o significado de
fenômeno como “o que se revela, o que se
mostra em si mesmo” (p. 58).
Sendo assim, a fenomenologia se definiria
como:
“deixar e fazer ver por si mesmo aquilo que se
mostra, tal como se mostra a partir de si mesmo”
Heidegger em o Ser e tempo -1927/1997 (p. 65).
Nesta perspectiva, Heidegger se refere ao
modo como a fenomenologia compreende,
prioriza e lida com aquilo que emerge em um
contexto científico.
Modelo perceptivo
ONTOLOGIA – ESTUDO DO SER
Ente – serviu para questionamento do sentido do
Ser
Dasein é o ente
A essência do ente é o SER
É através da temporalidade, na existência, que
o Dasein adquire sua essência.
É na existência que o Ser se realiza
Dasein é nossa existência cotidiana, é o
indivíduo, é o homem.
Dasein é um Ser-no-mundo
Implica a relação do seu Dasein com outro
Dasein, que coe-exista com eles. Os torna um ...
SER-COM - um ser em relação
SER – NO MUNDO: faz parte da essência do
Dasein. Está sempre aberto ao novo, vive em
movimento e não está preso à sua situação em
que se encontra.
Dasein existe no tempo
ser-aí, aquilo que está no ser
O TERMO CUIDADO heideggeriano pode ser
traduzido como solicitude ou mesmo
mutualidade
Na psiquiatria do fenômeno
Busca comportar uma espécie de autocura
A base da Assistência é ANTECIPANTE-LIBERANTE
O manejo da clínica é pela Autonomia do
paciente
O paciente é o principal agente e parte
integrante do processo de tratamento e da
compreensão do que considera como cura.
O indivíduo em sofrimento psíquico é visto de
forma contextualizada
É a partir de um prisma biopsicossocial, onde se
prioriza uma visão compreensiva e multifatorial
da sua doença,
Esta vista enquanto processo e construção.
Não existe doença em si.
Doença é um fenômeno como processo; como
dado, existe em alguém, e não como realidade
em si mesma.
Cada indivíduo possui seu próprio modo de
estar-no-mundo, e consequentemente seu
modo particular de adoecer.
A doença é um estado do ser humano
indicativo de que a sua consciência não está
mais em ordem.
Quando a consciência registrou que não há
harmonia, essa perda de equilíbrio interior se
manifesta no corpo ou na mente com um
sintoma.
Sendo assim o sintoma é um sinal e um
transmissor de informações.
Com o aparecimento do Sintoma há uma
interrupção do fluxo da vida obriga a pessoa a
prestar-lhe atenção.
O sintoma nos informa que está faltando
alguma coisa.
Antigamente perguntava-se o que está lhe
faltando? Hoje pergunta-se logo no início “o
que o Sr. sente?”
A consciência sempre capta a falha de alguma
coisa.
Saúde e doença são um processo dialético.
A influência da fenomenologia:
Dimensão saudável: compreendê-lo como um
todo – o “ser” de devir.
Dimensão da doença: aspectos conflitantes
com o equilíbrio ou “adoecidos” - o “ser-não”
acontece.
Objetivo do Dasein é a possibilidade de Ser no
mundo, ser autônomo, ser-si-mesmo – isso dará
saúde
O fenômeno de ser lançado no mundo,
provoca no sujeito angústias em relação a
como lidar com uma justaposição do mundo
que se apresenta para si.
Quando o indivíduo dá abertura do seu existir
isso irá preservar o seu psiquismo, auxiliando o
seu ser em relação com os outros e no mundo –
isso dá saúde.
O que provoca a doença é a não possibilidade
dessa abertura
NO ADOECIMENTO O “SER-NÃO” ACONTECE =
NÃO SE ABRE PARA O EXISTIR

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