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Aula 01 - Anamnese e Exame Físico Obstétrico

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Semiologia em Ginecologia I 
Gabriela Monari t6 
Aula 01 
Anamnese e Exame Físico Obstétrico 
Anamnese 
 Identificação: nome, idade, cor, naturalidade, procedência e endereço atual 
 Gestação atual: DUM (Data da Última Menstruação), peso prévio e altura, medicamentos usados 
na gestação, internação durante essa gestação, hábitos – fumo (número de cigarro/dia), álcool e 
drogas ilícitas, aceitação ou não da gravidez pela mulher, pelo parceiro e pela familiar – 
principalmente se for adolescente 
 Queixa principal e história da moléstia atual: Porque procurou o médico de pré-natal hoje?? 
 Mamas: 
✓ Aumento do volume à partir 5-6 semanas – hiperplasia 
das glândulas 
✓ Se estão dolorosas e túrgidas 
✓ Rede de Haller: surgimento de delicadas veias abaixo da 
pele, é um sinal clínico que surge com a gravidez e 
refere-se ao aumento da circulação venosa formando 
uma rede visível sob a pele transparente das mamas, 
constituindo um sinal de presunção da 
gravidez 
✓ Sinal de Hunter: é um sinal clínico que 
surge com a gravidez, corresponde ao 
aumento da pigmentação dos mamilos, 
que torna seus limites imprecisos. 
Aumento da pigmentação dos mamilos e aréolas 
✓ Tubérculo de Montgomery: como uma forma de lubrificar os seios, os tubérculos de 
Montgomery produzem uma espécie de sebo que forma uma camada protetora nas aréolas, 
dessa maneira pode impedir o contato com bactérias além de impedir a desidratação que 
causa fissuras no mamilo 
 Postura e Marcha: 
✓ Deslocamento anterior do centro gravitacional do corpo(peso adicional útero, feto, anexos e 
mamas) 
✓ Alteração de postura de forma compensatória: 
 Lordose lombar 
 Marcha Anserina: ampliação da base de sustentação, andar oscilante, passos curtos 
e lentos 
 Pele 
✓ Hiperpigmentação: 
 Linha alba abdome: Linha Nigra - Essa mancha é causada pelo aumento de 
estrogênio no corpo, que causa um excesso de pigmentação na pele, formando uma 
linha divisória no meio da barriga, na vertical 
Semiologia em Ginecologia I 
Gabriela Monari t6 
 Sinal de Jacquemier: distensão venosa da vulva, pelo aumento do fluxo sanguíneo 
 Sinal de Kluge: vagina de coloração arroxeada 
 Face e pescoço: cloasma gravídico - corresponde a manchas escuras que surgem na 
pele durante a gravidez, principalmente na testa, no lábio superior e no nariz, e está 
relacionado com as alterações hormonais típicas da gestação ou Melasma 
 Estrias: principalmente no abdome, mamas e coxas – alteração do colágeno e 
distensão da pele 
 Alterações gastrointestinais: 
✓ 1º trimestre: náuseas e vômitos 
✓ Gengivas hiperemiadas e friáveis 
✓ Aumento do apetite e sede 
✓ Diminuição do peristaltismo: esvaziamento gástrico lento e constipação 
✓ Hipotonia e hipoatividade da vesícula biliar: predisposição a litíase 
✓ Pirose: aumento da pressão intra-abdominal e relaxamento do EEI 
 Antecedentes pessoais: Hipertensão arterial crônica, cardiopatias – inclusive Chagas, DM e ou 
gestacional, doenças renais crônicas, anemias e deficiências de nutrientes específicos, desvios 
nutricionais (baixo peso, desnutrição, sobrepeso e obesidade), epilepsia, doenças da tireoide e 
outras endocrinopatias e cirurgias prévias 
 Antecedentes familiares: HA, DM, doenças congênitas, gemelaridade, CA de mama e/ou colo 
uterino, hanseníase, tuberculose e outros contatos domiciliares (anotar a doença e o grau de 
parentesco), Chagas, parceiro sexual portador de HIV 
 Antecedentes ginecológicos: 
✓ Ciclos menstruais: duração, intervalo e regularidade 
✓ Uso de métodos anticoncepcionais prévios: quais, por quanto tempo e motivo do abandono 
✓ Infertilidade e esterilidade: tratamento 
✓ IST´s: tratamentos realizados, anotar inclusive do parceiro 
✓ Doença inflamatória pélvica 
✓ Cirurgias ginecológicas: idade e motivo 
✓ Mamas: alteração e tratamento 
✓ Última colpocitologia oncótica: preventivo, data e resultado 
 Antecedentes obstétricos: 
✓ Número de gestações: incluindo abortos, gravidez ectópica e mola hidatiforme ( um 
distúrbio da gravidez em que a placenta e o feto não se desenvolvem adequadamente. As 
células do embrião formam sacos de líquidos. Também pode ser chamado de tumor 
trofoblástico gestacional) 
✓ Número de partos: domiciliares, hospitalares, vaginais espontâneos, fórceps, cesáreas – 
indicações 
✓ Número de abortos: espontâneos, provocados – causados por DST, complicado por 
infecções, curetagem pós-abortamento 
✓ Número de filhos vivos 
✓ Idade na primeira gestação 
✓ Intervalo entre as gestações: em meses 
✓ Isoimunização Rh e tipagem sanguínea 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidez
https://pt.wikipedia.org/wiki/Placenta
Semiologia em Ginecologia I 
Gabriela Monari t6 
 Antecedentes obstétricos do RN: 
✓ Número do recém-nascido: Pré-termo (< 37ª semana de gestação) ou pos-termo ( > 40 
semanas de gestação) 
✓ Número de RN de baixo peso: baixo peso (< 2500G) e alto peso (> 4 KG) 
✓ Mortes neonatais precoces: até sete dias de vida – número e motivo do óbito 
✓ Mortes neonatais tardias: entre 7 e 28 dias de vida – número e motivo do óbito 
✓ Natimorto: morte fetal intrauterina e idade gestacional em que ocorreu 
✓ RN com icterícia, transfusão e hipoglicemia 
✓ Intercorrências ou complicações em gestações anteriores – especificar 
✓ Complicações no puerpério – descrever 
✓ História de aleitamentos anteriores – duração e motivo do desmame 
 Classificação de gestação: 
✓ 1ª Gestação = primigesta 
✓ 2ª Gestação = secundigesta 
✓ 3ª Gestação = tercigesta 
✓ 4ª Gestação = quartigesta 
✓ 5ª Gestação = quintigesta 
✓ 6ª Gestação = sextigesta 
✓ 7ª Gestação = septigesta 
✓ 8ª Gestação = octagesta 
✓ 9ª Gestação = nonagesta 
✓ 10ª Gestação = decigesta... 
✓ Como anotar : 
 G = Gesta 
 P = Parto (C = Cesárea/ N= normal) 
 A= Aborto 
 Como Calcular a idade gestacional ? 
1) Descobrir a DUM (Data da última Menstruação) 
2) Somar os dias: mês a mês 
3) Dividir por 7 
4) Resultado = x semanas e y dias 
✓ Exemplo: Hoje: 30/09/2020 
DUM 01/01/2020 → Idade Gestacional (IG): 39 semanas e 1 dia 
 Como calcular a Data Provável de Parto ? (DPP) 
✓ Regra de Naegele: 
 Considerando a gestação com 280 dias ou 40 semanas desde o primeiro dia da 
última menstruação 
 DUM = DIA/ MÊS / ANO 
 DPP = DIA + 7/ MÊS – 3 /ANO +1 ( ABRIL A DEZEMBRO) 
 Exemplo: DUM: 07/10/2018 → DPP : 14/07/2019 
 DPP = DIA +7/ MÊS +9/ ANO MANTEM (JANEIRO A MARÇO) 
 Exemplo: DUM: 07/03/2021 → 14/12/2021 
 
 
 
Semiologia em Ginecologia I 
Gabriela Monari t6 
EXAME FÍSICO OBSTÉTRICO 
 Geral: 
✓ Peso e altura (IMC) 
✓ PA 
✓ Inspeção da pele e das mucosas 
✓ Palpação da tireoide, pescoço, região cervical e axilar (procurar nódulos ou outras 
anormalidades) 
✓ Ausculta cardiopulmonar 
✓ Exame de abdômen 
✓ Exame dos membros inferiores 
✓ Pesquisa de edema – face, tronco e membros 
 Exame físico das mamas: 
✓ Mamas aumentadas de volume 
✓ Surgimento de colostro a partir de 16 semanas 
✓ Sinal de Hunter: aréola pigmentada + secundária 
✓ Rede de Haller: aumento da circulação 
✓ Tubérculos de Montgomery: glândulas sebáceas 
✓ Observar malformações de mamilo como inversão 
 Altura uterina (AU): 
Semanas Tamanho Uterino 
Até a 6ª semana Não ocorre alteração do tamanho uterino 
Até a 8ª semana O útero corresponde ao dobro do tamanho normal 
Na 10ª semana Corresponde a três vezes o tamanho habitual 
Na 12ª semana Ocupa toda a pelve sendo palpável na sínfise púbica 
Na 16ª semana Encontra-se na sínfise púbica e na cicatriz umbilical 
Na 20ª semana Encontra-se na cicatriz umbilical 
A partir da 20ª semana Existe uma relação aproximada entre as semanas de gestação e a medida da AU, 
quanto mais próximo do término da gestação menos fiel é a correspondência 
 
 Palpação Obstétrica: Manobra de Leopold – Zweifel 
1) Situação Fetal: tem como objetivo, palpar o fundo do 
útero, que é a partemais superior, e avaliar qual parte 
fetal ocupa aquele espaço. Se for a cabeça palparemos 
algo mais dura e arredondada), se for o polo pélvico, a 
sensação é de uma massa nodular, diagnosticamos 
a situação fetal. Já é possível, então, inferir que a 
apresentação é a oposta, se palpamos polo cefálico no 
fundo uterino, possível a apresentação é pélvica. Se palparmos a pelve, a apresentação deve ser 
cefálica. Situação fetal – longitudinal, transversa ou oblíqua 
2) Posição fetal: Na segunda manobra, as mãos do examinador vão 
para as laterais do abdome materno, e exercem pressão de cada 
lado. A pressão é suave, mas profunda. De um lado, deveremos 
sentir algo firme e resistente, esse será o dorso (e é provável que 
seja lá o melhor foco de ausculta dos batimentos cardíacos 
fetais), do outro lado deveremos palpar várias partes pequenas, 
Semiologia em Ginecologia I 
Gabriela Monari t6 
irregulares e móveis, são os membros fetais. Assim, daremos o diagnóstico de orientação 
fetal (dorso à direita, esquerda, anterior ou posterior). Relação do dorso fetal com o lado direito 
ou esquerdo Materno 
3) Apresentação: Polo fetal cefálico ou pélvico no 
estreito superior da bacia. Utiliza-se o polegar e os 
dedos de uma das mãos a parte inferior do 
abdome materno exatamente acima da sínfise 
pubiana. O objetivo é procurar o polo fetal que se 
insinua em direção a pelve. Serve para o 
diagnóstico da apresentação fetal. Também 
podemos avaliar a sua mobilidade. A região fetal 
que ocupa a área do estreito superior e nele vai se insinuar – cefálica, pélvica ou córnica 
4) Insinuação Fetal na Escava: examinador coloca-se de frente para os pés da mãe e, com as 
extremidades de seus três primeiros dedos de cada mão, exerce pressão profunda na direção 
do eixo da entrada da pelve. É muito comum, quando por exemplo essa manobra é feita no 
trabalho de parto, podemos perceber a insinuação fetal – se a apresentação é cefálica, e, na 
manobra anterior, perceber nitidamente o ombro fetal. Essas manobras podem ser feitas 
mesmo durante entre as contrações. A quarta manobra, então, procura determinar o grau de 
penetração da apresentação na pelve e seu grau de flexão 
✓ Cefálicas: passagem do diâmetro biparietal (DBP – mede a distância entre os ossos 
laterais da cabeça, ossos parietais) 
✓ Pélvicas: passagem do diâmetro bitrocanterico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ausculta dos batimentos cardíacos fetais: 
✓ 5ª a 6ª semanas: ultrassonografia 
✓ 11ª a 12ª semanas: sonar doppler 
✓ 20ª semana: estetoscópio de pinard 
✓ Observar a frequência cardíaca fetal por 1 minuto 
✓ Variação: 110 a 160 BPM 
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✓ Boa vitalidade: acelerações transitórias, elevações da frequência de pelo menos 15 
batimentos por no mínimo 15 segundos 
✓ Onde auscultar os batimentos cardíacos fetais ? DORSO FETAL 
 Dinâmica uterina: 
✓ Contrações de Braxton-Hicks: a partir de 30-32 semanas de gestação, são normalmente 
indolores e curtas, durando apenas um minuto ou dois. Elas podem ocorrer em toda a sua 
gravidez, mas geralmente aumentam no último trimestre. Elas tendem a ocorrer de maneira 
irregular e, embora desconfortável, elas não devem incomodá-la muito. Apesar de não 
serem verdadeiras dores do parto, as contrações Braxton Hicks existem para ajudar você a 
se preparar para o parto. Muitas vezes chamadas de “contrações de prática”, as contrações 
de Braxton Hicks ajudam seu útero no futuro trabalho de parto. Elas ajudam a amolecer o 
seu colo uterino e exercitar todos os músculos para empurrar o bebê para fora 
✓ Deitar a paciente em decúbito dorsal ou lateral esquerdo, colocar a mão no fundo uterino e 
observar por 10 minutos o número de contrações identificando a frequência intensidade e 
intervalo entre elas 
✓ Trabalho de parto: 2-3 contrações em 10 minutos 
 Toque vaginal: 
✓ Esvaecimento/apagamento do colo uterino: grosso, médio, fino ou apagado 
✓ Posição do colo uterino: anterior, medianizado ou posterior 
✓ Dilatação do colo uterino: 0 – 10 cm 
✓ Consistência do colo uterino: firme, média ou amolecida 
✓ Altura da apresentação fetal: 
 Planos de LEE : relação entre o maior diâmetro da apresentação fetal com o plano 
delimitado pelas espinhas ciáticas sendo zero = espinha isquiática 
✓ Variedade de posição fetal: relação entre os pontos de referência fetais e os pontos de 
referência da pelve materna – Anterior (pube) ou posterior (sacro) 
 OP: occipício púbica 
 OEA : occipício esquerda anterior 
 ODA: occipício direita anterior 
 OET: occipício esquerda transversa 
 ODT: occipício direita transversa 
 OEP: occipício esquerda posterior 
 ODP :occipício direita posterior 
 OS: occipício sacra 
✓ Bolsa amniótica integra/rota 
 Consulta obstétrica no OS: 
✓ QP: RESUMIDA – perda de líquido, dor embaixo do ventre, controle da vitalidade fetal 
✓ G, P (N/C), A e ID (Idade Gestacional) 
✓ Exame Físico 
✓ AU = altura uterina 
✓ MF = movimentos fetais 
✓ DU = dinâmica fetal 
✓ BCF = batimentos cardiofetais 
✓ PA = pressão arterial 
✓ Ao Toque = dilatação, apagamento, posição, apresentação e bolsa integra ou não 
✓ HD = hipótese diagnóstica 
https://www.fetalmed.net/como-saber-que-estou-em-trabalho-de-parto/
Semiologia em Ginecologia I 
Gabriela Monari t6 
✓ CD = conduta

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