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Copyright © 2020, Editora Cristã Evangélica Todos os direitos nacionais e internacionais desta edição reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida – em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação, etc. – nem apropriada ou estocada em sistema de banco de dados, sem a expressa autorização da Editora Cristã Evangélica (lei nº 9.610 de 19/02/1998), salvo em breves citações, com indicação da fontes As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Atualizada (ARA), 2ª edição (Sociedade Bíblica do Brasil), exceto indicações de outras versões. Editora filiada à Associação de Editores Cristãos Rua Goiânia, 294 – Parque Industrial 12235-625 São José dos Campos-SP comercial@editoracristaevangelica.com.br www.editoracristaevangelica.com.br Telefax: (12) 3202-1700 diretor Abimael de Souza consultor John D. Barnett editor-chefe André de Souza Lima mailto:comercial@editoracristaevangelica.com.br http://www.editoracristaevangelica.com.br/ assistentes editoriais Isabel Cristina D. Costa Regina Okamura Selma Dias Alves autores Jessé Ferreira Bispo João Arantes Costa John D. Barnett José Humberto de Oliveira revisor es Aydano Barreto Carleial Leheni Lino de Oliveira Ferreira autora do guia Mércia Madeira e Silva projeto gráfico Patrícia Pereira Silva diagramação André de Sousa Júnior capa Henrique Martins Carvalho EDITORIAL Ao receber Cristo como nosso Senhor e Salvador, iniciamos uma nova vida. É necessário deixar as coisas antigas para trás e viver para Deus. A cada dia, precisamos aprender a abandonar nossa velha natureza e deixar o Espírito Santo nos ensinar a viver imitando Jesus. Do ponto de vista de Deus, não existe “meio cristão”: ou somos totalmente de Cristo, ou simplesmente não pertencemos a Ele. Seu amor nos constrange a vivermos inteiramente para o louvor da Sua glória. Por isso, o cristão verdadeiro não receia assumir o compromisso de amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e de toda a força. Como recém-nascidos, há muito o que aprender na nossa nova vida. Aprender que tudo pertence ao Senhor e que somos Seus mordomos; que Deus nos escolheu para participarmos da expansão do Seu reino; que servir a Deus é privilégio e motivo de grande alegria; que podemos servi-Lo com nossos bens, nossos dons e talentos; que o amor é a nossa maior fonte de motivação. Esta série de estudos guiará seus passos no aprendizado de se tornar um cristão fiel e verdadeiro, cem por cento consagrado ao Senhor Jesus. Que todos nós, que recebemos do Senhor a salvação eterna, vivamos inteiramente para amá-Lo, servi-Lo e adorá-Lo! 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 SUMÁRIO A doutrina da mordomia cristã A maior oportunidade da vida Sua participação no reino de Deus Você é importante para Deus Círculo de Comprometimento (parte 1) Círculo de Comprometimento (parte 2) Exemplo bíblico de compromisso com Deus Vida financeira equilibrada A alegria de servir a Deus O sustento da obra de Deus A importância da liberalidade Um culto diferente Motivado por amor Comprometido por amor O desamor na igreja Compromisso de amar as pessoas A DOUTRINA DA MORDOMIA CRISTà ESTUDO 1 PENSAR SENTIR AGIR Definir e compreender mordomia cristã. Sentir-se desafiado a ser mordomo de Deus. Aplicar o conceito de mordomia em uma área específica da vida e compartilhar com outra pessoa. Mostre imagens de mordomos famosos. Se puder, mostre trechos de filmes com mordomos. Incentive os participantes a mencionarem outros mordomos popularmente conhecidos. Converse sobre o tema por alguns minutos, mas lembre-se de que este é só o início do tempo de estudos. Quantas vezes você já ouviu a palavra “mordomia”? Desde pequenos, ouvimos essa palavra, e ela faz parte do nosso vocabulário. Às vezes, não sabemos muito bem o que significa, mas soa familiar aos nossos ouvidos. O objetivo deste estudo é ajudá-lo a compreender bem o significado de “mordomia”, mostrando a grande importância desse tema na Bíblia. Assim, você poderá avaliar-se e verificar se tem sido ou não “mordomo” de Deus. 1. Significado da palavra Incentive os participantes a registrarem o que pensam sobre a palavra-chave do estudo. Se acharem mais interessante, podem trocar ideias com um ou dois colegas ao lado. Depois, ouça o que registraram e formule, com o auxílio da turma e de um dicionário, uma definição para a palavra, que deve ser registrada no campo “significado real”. Palavra-chave: MORDOMIA O que penso a respeito? Significado real: A palavra “mordomo” tem significado profundo para sua vida. Ela vem do grego e significa despenseiro ou ecônomo. A tarefa dos mordomos era administrar a casa. O mordomo era aquele que recebia, por incumbência, tudo quanto o seu senhor possuía, cabendo-lhe a tarefa de cuidar com esmero de todos os bens, que poderiam ser terras, dinheiro, joias e até mesmo o cuidado com a família do seu senhor, quando este se ausentasse. O mordomo era, portanto, uma espécie de mantenedor dos bens de outra pessoa, alguém responsável e digno o bastante para receber cargo de tamanha confiança. A Bíblia nos traz pelo menos dois exemplos claros do que significa o trabalho de um mordomo. • Eliézer, servo de Abraão – “Abraão disse ao mais antigo servo da sua casa, que governava tudo o que possuía...”(Gn 24.2). Nesse exemplo, vemos que o mordomo era responsável por cuidar de tudo quanto seu senhor possuía. Esse cuidado era tão abrangente que Eliézer recebeu uma difícil incumbência: procurar uma esposa para Isaque. Diz a Bíblia que ele desempenhou bem essa tarefa e alegrou o coração de seu senhor (leia o capítulo 24 de Gênesis). Que qualidades de mordomo foram demonstradas por Eliézer? Essa tarefa envolvia o bom senso, a responsabilidade e a habilidade do mordomo. Eliézer foi aprovado em seu trabalho. • José – “E ele (Potifar) pôs José por mordomo de sua casa e lhe passou às mãos tudo o que tinha...” (Gn 39.4). José foi digno de tanta confiança que seu senhor não tinha qualquer tipo de preocupação com o andamento de seus negócios. José administrava tudo e recebia de Potifar autoridade para gerir todos os seus bens. Que qualidades de mordomo José demonstrou? Incentive os participantes a trocarem ideias com um ou dois colegas ao lado e sugerirem qualidades de mordomo evidenciadas na vida de Eliézer e de José. Depois, ouça o que registraram e acrescente ou corrija algo, se necessário. Tanto no exemplo de Eliézer como no de José, algo é claro: o mordomo é responsável por cuidar de todas as coisas pertencentes a seu senhor, até mesmo daquelas mais íntimas e valorosas. 2. Base bíblica da mordomia cristã Tal qual Eliézer e José, nós também somos mordomos. Nosso Senhor não é poderoso como Abraão ou rico como Potifar. Ele é incomparavelmente maior que qualquer homem, do que qualquer estadista ou governante. Nós somos mordomos de Deus. Pode ser até estranho pensar dessa maneira, mas a Bíblia traz inúmeros textos que nos ajudam a entender essa missão que nos foi confiada pelo Senhor. Vejamos os motivos pelos quais somos mordomos de Deus. Oriente os participantes a lerem as referências bíblicas e completarem a tabela. Depois, ouça o que registraram e acrescente ou corrija algo, se necessário. 2.1 O universo onde vivemos pertence a Deus O universo foi criado por Deus: o solo onde pisamos, a água que bebemos, o ar que respiramos, o sol que brilha, as leis que regem. Leia: Gn 1.1; 14.22; 1Cr 29.13-16; Sl 24.1; 50.10-12; Jr 27.5. O UNIVERSO FOI CRIADO POR DEUS Referência O que pertence a Deus Gênesis 1.1; 14.22 Os céus e a terra 1Crônicas 29.13- 16 Tudo Salmo 24.1 Toda a terra, o mundo inteiro e todos os que nele habitam Salmo 50.10-12 Todos os animais, as aves, as plantas, o mundo inteiro Jeremias 27.5 A terra, os seres humanos, os animais Por vezes, desperdiçamos as riquezas da natureza e nos esquecemos de que estamos, na verdade, fazendo mau uso de algo que não nos pertence. Se temos o direito de usufruir de todaa grandeza deste universo, é sinal de que Deus permite que administremos a obra Dele. 2.2 O homem pertence a Deus Analisando de maneira profunda nossa própria vida, percebemos que, apesar de ser dotados de grande autonomia pessoal, ainda assim não somos independentes: não nascemos por vontade própria, não decidimos o dia da nossa morte, não podemos simplesmente evitar uma doença ou tragédia em nossa vida, não podemos optar por vir ao mundo nesta ou naquela família. Enfim, algo se torna claro: não temos completa autonomia ou independência. O motivo é que pertencemos a Deus, que é nosso dono, tem domínio e autoridade sobre nós, e pode agir em nossa vida como nosso Senhor. Por que Deus é meu dono? Há pelo menos três motivos: A cada ponto, dê um tempo para os participantes refletirem sobre o que pensam ou sentem a respeito. Incentive-os a fazerem registros na revista ou a trocarem ideias com um participante ao lado. a. Porque Ele me criou. (Gn 1.27; 2.7; Is 42.5; 43.1-7; Ez 18.4) Deus não criou o universo e posteriormente o abandonou à própria sorte. O interesse de Deus pela obra criada foi maior do que simplesmente “criar”. Deus cuida da obra criada, importa-Se com ela, providencia e sustenta o universo e, consequentemente, cada um de nós. O que penso/sinto a respeito? b. Porque Ele me sustenta. (At 14.15-17; 17.22-28; Cl 1.17; 1Pe 1.5) Deus tem interesse em sustentar a sua vida, afinal você é uma criatura Dele. Por crer assim, a interpretação deísta da vida não faz sentido para você, mas sim a teísta. O que penso/sinto a respeito? c. Porque Ele me comprou. (Êx 19.5; 1Co 6.19-20; Tt 2.14; Ap 5.9) Deus não apenas nos criou e nos sustenta, Ele também nos comprou. Percebendo que não reconhecíamos o fato de ser criaturas Dele e nos afastávamos cada vez mais de Sua companhia, Deus enviou Seu Filho, Jesus, ao mundo a fim de morrer em nosso lugar, pagando alto preço para que não fôssemos apenas criaturas, mas filhos. Deus nos reconquistou por intermédio de Jesus Cristo, nos trouxe à memória a grande verdade de que pertencemos a Ele. Sem que pedíssemos ou sequer esperássemos, Ele nos comprou pelo sacrifício redentor de Jesus Cristo e, dessa forma, pertencemos a Ele duas vezes: primeiro pela criação, segundo pela redenção. O que penso/sinto a respeito? Tal qual Eliézer e José cuidavam dos bens de seu senhor, mas também lhes pertenciam por direito, assim somos nós: vivemos no universo criado por Deus, mas também somos criaturas de Deus e a Ele pertencemos. Veja que tanto Eliézer como José eram servos, ou seja, foram comprados por seus senhores e lhes pertenciam por direito. Confira em Gênesis 24.2; 39.1. Uma antiga ilustração apresenta de forma clara esta verdade: Com muito carinho e esforço, um menino tinha feito um barquinho a motor. Satisfeito, brincava com ele à beira do rio, quando, de repente, o barquinho, impelido pela correnteza, lhe escapou das mãos. Triste, o garoto voltou para casa sem esperança de ver o brinquedo que tanto trabalho lhe custara. Certo dia, qual não foi seu espanto ao ver seu barquinho na vitrine de uma das lojas da cidade. Ele entrou e insistiu que o barco era seu, mas o negociante disse que só lhe daria mediante o pagamento do preço estipulado. O menino voltou triste à sua casa e narrou o incidente ao pai, que prontamente forneceu o valor necessário para a compra. Rapidamente o menino se dirigiu à loja e comprou o barquinho que, na verdade, já lhe pertencia por ter sido feito por ele. Ao sair, segurou firme o brinquedo em suas mãos e exclamou: “Este barquinho é meu duas vezes: porque o fiz, e porque o comprei”. Somos de Deus duas vezes. Ele nos criou e nos comprou, pagando o preço com o sangue precioso do Seu Filho. Lembrando disso, precisamos estar atentos no que diz respeito à nossa vida, que na verdade é dom de Deus para usarmos bem e com responsabilidade. 3. O que a mordomia nos ensina? Reconhecendo que o universo e a própria vida pertencem a Deus, resta-nos agora parar para refletir: será que, antes de fazermos isso ou aquilo, temos nos lembrado de que, na verdade, estamos administrando coisas que pertencem a Deus? Será que nossos bens e nossa vida têm sido administrados com a consciência de que somos apenas mordomos, mantenedores, administradores e servos daquele que é o dono de tudo? Ministre o assunto a seguir, ponto a ponto, dando tempo para os participantes refletirem e completarem o quadro entre um ponto e outro. Refletindo nessa direção, acabamos por concluir que precisamos de três coisas: O que pretendo O que sinto a respeito O que penso a respeito fazer a respeito 1. Ter atitude diferente em relação ao universo e a nós mesmos. 2. Ser responsáveis. 3. Reconhecer nossa dependência de Deus. 1. Ter atitude diferente em relação ao universo e a nós mesmos Ao lembrarmos que Deus nos dá o privilégio de administrar e cuidar da obra Dele, precisamos nos sentir honrados e desejosos de fazer o melhor que pudermos. Precisamos, ainda, olhar para o mundo e para nós mesmos com nova visão. Minha família, meu trabalho, minha casa, meus amigos, enfim, tudo o que está ao meu redor pertence a Deus. Quando tomo qualquer atitude, estou, na verdade, agindo como mordomo de Deus, alguém responsável por cuidar com zelo dos bens de seu Senhor. 2. Ser responsáveis Tal qual os mordomos Eliézer e José, somos responsáveis em administrar os bens de nosso Senhor. Como mordomos que somos, precisamos ter responsabilidade, afinal estamos cuidando das coisas de Deus. Aquilo que está ao seu alcance deve ser administrado com a seguinte visão: isto é de Deus, mas Ele me confiou a tarefa de cuidar bem de Sua criação. Com responsabilidade, seremos capazes de trabalhar bem como administradores das coisas de Deus. 3. Reconhecer nossa dependência de Deus Difícil tarefa é a de ser mordomo. Precisamos, antes de agir, pensar como nosso Senhor quer que realizemos cada uma de nossas tarefas. Antes de tomar qualquer decisão, devemos perguntar a nós mesmos se alegraremos ou não a Deus, se honraremos ou não a responsabilidade que Ele nos confiou. Diante de tal ministério, precisamos pedir a ajuda de Deus e nos sentir completamente dependentes Dele. Qualquer pontinha de orgulho pode destruir nossa função de mordomos. Precisamos pedir, a cada momento, orientação divina para tomarmos as decisões certas e em tudo agradarmos ao nosso Senhor. Muita oração, conhecimento de Deus por meio da Bíblia e comunhão com a igreja de Jesus nos ajudarão a crescer na dependência e, assim, melhorar nossa tarefa de mordomos. Desafie • a memorizarem o conceito de “mordomia”; • a exemplificarem “mordomia” na Bíblia; • a registrarem a aplicação pessoal na Revista de Estudos. Para não esquecer 1. Mordomo significa administrador, mantenedor, aquele que cuida dos bens de seu senhor. 2. Nós somos mordomos de Deus: • o universo onde vivemos pertence a Deus; • pertencemos a Deus porque Ele nos criou; • pertencemos a Deus porque Ele nos redimiu, pagou alto preço para nos salvar e nos trazer de volta para perto de Si. 3. Tudo o que está ao nosso alcance pertence a Deus e, por isso, somos administradores da obra Dele. Reflexão/Aplicação A mordomia me ensina que: • preciso olhar para mim mesmo e para o universo como obras de Deus; • sou responsável por meus atos e decisões, pois, na verdade, estou cuidando das coisas de Deus; • devo depender totalmente de Deus. Que muda na sua vida o fato de enxergar-se como mordomo de Deus? Registre aqui e escreva pelo menos três decisões ou atitudes que você quer tomar em decorrência desse entendimento. Palavras novas no estudo Deísmo: Doutrina que crê no Deus Criador, mas não Sustentador do universo. Para o deísta, Deus criou o mundo e o abandonou à sua própria sorte, de modo que não existe muita esperança para este mundo. Teísmo: Doutrina que crê no Deus Criador e Sustentador do universo. Para o teísta, Deus criou o universo e continua sustentando Sua obra, dando-nos, assim, esperança de um amanhã melhor. Invista seu tempo devocional nas preciosaslições deste estudo! DOM: Gn 24.1-9 Qual o maior exemplo que Eliézer lhe dá? SEG: Sl 24.1-10 Qual o impacto de Deus como Criador em seu conceito de mordomia? TER: Sl 8.1- 9 Escreva uma oração de gratidão ao Senhor, que permite você cuidar e desfrutar da criação. QUA: 1Co 6.12-20 Há limites para o cristão? Quais são? Limites são bons ou ruins? Por quê? QUI: Gn 28.10-22 Como você se sente sendo aquele que cuida do que pertence ao Criador? SEX: 1Co 4.1-5 De que maneira você pode ser considerado “despenseiro fiel”? SÁB: 1Pe 2.18-25 Por que devemos ser submissos ao Senhor? A MAIOR OPORTUNIDADE DA VIDA ESTUDO 2 PENSAR SENTIR AGIR Definir e compreender quem é e o que é ser “senhor” e “servo”. Sentir-se desafiado a ser fiel mordomo de Deus. Aperfeiçoar-se na prática da mordomia cristã, em áreas selecionadas da vida. Com a ajuda dos participantes, liste no quadro diversas “áreas da vida”, como mencionadas na introdução. Em seguida, proponha a questão: “Qual área de sua vida a mordomia abrange?” Dê um tempo para que a turma reflita sobre o assunto e registre o resultado da reflexão. Todos nós temos ocupações diversas na vida: trabalho, família, amigos, vizinhança, igreja. Além dessas, cada um de nós pode ter muitas outras. Pare para pensar em todas as suas ocupações e responda: “Qual área de sua vida a mordomia abrange?” Sua resposta foi “igreja”? Você errou! Sua resposta foi “igreja e família”? Você também errou! Sua resposta foi “todas as áreas”? Então, você acertou. A mordomia abrange todas as áreas de nossa vida. Estamos neste mundo para “viver para Deus” e, por isso, tudo o que fazemos e somos faz parte da nossa mordomia. O objetivo desta lição é demonstrar que somos mordomos de Deus em tudo aquilo que realizamos e em todas as áreas de nossa vida. Que aprendemos no estudo anterior? Aprendemos que todos nós somos mordomos de Deus. Não existe pessoa que não seja mordomo, visto que todos nós somos criaturas de Deus, redimidas por Ele e vivemos no universo criado por Ele. Sendo mordomos, resta-nos uma atitude responsável, humilde e dependente de Deus. 1. Mordomos em tudo O primeiro mordomo narrado na Bíblia foi Adão. O primeiro ser humano criado foi também o primeiro mordomo de Deus. Desafie os participantes a lerem o texto bíblico, identificarem a incumbência dada por Deus a Adão e registrarem na revista. Conforme Gênesis 2.15,19-20, que incumbência de mordomo Deus deu a Adão? Gênesis 2.15,19-20 diz que Adão recebeu a incumbência de lavrar o jardim do Éden, de cuidar dele e de dar nome a todos os animais. Por ordem de Deus, Adão administrou o jardim e seus animais, sendo legítimo mordomo. Abel e Caim também foram mordomos de Deus. Em Gênesis 4.2, lemos que Abel foi pastor de ovelhas, e Caim, agricultor. Tal qual Adão, eles também cuidaram daquilo que não lhes pertencia, mas que lhes fora confiado por Deus, o Dono. Conforme vamos lendo a Bíblia, percebemos que todos os homens e mulheres foram mordomos de Deus. Alguns, como Adão, tiveram a incumbência de administrar a criação. Outros, como Noé, Abraão, Moisés, Davi receberam ordens expressas para cuidar de assuntos relacionados à Casa de Deus ou ao povo de Deus. No Novo Testamento, vemos que João Batista, os discípulos de Jesus, Paulo e tantos outros também receberam incumbências do próprio Senhor, sendo mordomos exemplares que serviram a Deus, desempenhando bem a tarefa de administradores das coisas divinas. Ao enfatizar que a mordomia é para todos, incentive a turma a identificar de que maneira os personagens bíblicos mencionados agiram como mordomos. Se os participantes não se lembrarem da história de algum desses personagens, faça um breve resumo a fim de ajudá-los. Observando esses exemplos, chegamos a uma conclusão importante: a mordomia é para todos. Seja nas questões do cotidiano (como trabalho, estudos) ou nas questões espirituais (como o trabalho cristão), a mordomia sempre está presente. • Adão foi mordomo: lavrando a terra. • João Batista foi mordomo: anunciando a vinda de Jesus. • Abel foi mordomo: cuidando de ovelhas. • O apóstolo Paulo foi mordomo: pregando aos gentios. Seja qual for a área de sua vida, você sempre será mordomo de Deus. No trabalho, em casa, na comunidade ou na igreja, você poderá e deverá exercer bem a administração das coisas que Deus lhe confiou. Por isso, falamos que “vivemos para Deus”. A nossa vida está totalmente ligada a Ele e, onde quer que estivermos, estaremos exercendo nossa missão de mordomos. 2. Servos em tudo Tente memorizar esta frase: Só podemos nos sentir mordomos de Deus em todas as áreas de nossa vida se considerarmos que Deus é Senhor de todas as áreas dela. Repita a frase com a turma diversas vezes e de formas variadas, para ajudar na memorização. É impossível se sentir mordomo se você não se sente servo. É impossível viver para Deus se você não reconhece o senhorio Dele sobre si. Apesar de chamarmos Deus de Senhor, nem sempre agimos como servos, quase sempre nos sentimos “senhores” de nós mesmos, e isso prejudica nossa vida espiritual. Incentive os participantes a registrarem o que pensam sobre as palavras- chave do estudo. Se acharem mais interessante, podem trocar ideias com um ou dois colegas ao lado. Depois, ouça o que registraram e construa, com a turma e com o auxílio de um dicionário, uma definição para a palavra. Os participantes devem registrá-la no campo “significado real”. Palavra-chave: SENHOR O que penso a respeito? Significado real: Deus é nosso Senhor em todas as áreas da vida, desde aquelas que chamamos de “seculares” até às “espirituais”. Na vida do cristão, tudo deve ser espiritual, cada negócio, cada decisão, cada tarefa. Sua mordomia deve envolver tudo. É a sua vida totalmente entregue a Deus. Palavra-chave: SERVO O que penso a respeito? Significado real: A palavra “servo” no grego aparece 124 vezes no Novo Testamento. Várias vezes a palavra “servo” se refere a um mordomo, como no caso de Lucas 12.42-43. Deus não nos chama para ser servos nesta ou naquela área. Ele nos chama simplesmente para ser servos, e isso significa servo integral, em tudo, em qualquer área, em qualquer condição. Somos servos de Deus em várias situações de nossa vida: • no trabalho (Ef 6.5-7); • na vida familiar (Ef 5.22; 6.4; Pv 22.6; Dt 4.9); • no uso de nossas palavras (Tg 3.1-12); • no trato com as pessoas (Rm 12.10); • na administração dos bens pessoais (Lc 12.13-21); • no cuidado do próprio corpo (Sl 139.14-16; Rm 12.2); • nos pensamentos (Sl 19.7-14); • nas finanças (Ml 3.8-10); Lembre-se agora de áreas específicas da sua vida nas quais você também é servo e mordomo de Deus: Devemos lembrar que, se somos servos de Deus em todas as áreas de nossa vida, somos, portanto, mordomos. Sempre estaremos servindo a Deus, administrando a obra e os bens Dele. Você se considera servo de Deus? Então, automaticamente você é mordomo de Deus. E esse trabalho será feito em todos os momentos, pois o mordomo “vive para Deus”. 3. A decisão do mordomo Até aqui trabalhamos com duas ideias básicas: • todos nós somos mordomos; • a mordomia envolve todas as áreas da vida. Só nos falta decidir ser bom e fiel mordomo de Deus. Assumir essa responsabilidade com todo o esforço, agradando a Deus e cumprindo o desafio. Em 1Coríntios 4.1-2, a palavra que aparece traduzida por encarregado vem do grego e significa “mordomo”. Substitua a palavra encarregado pela palavra mordomo nesses versos e observe como vai ficar. Professor, ministre o conteúdo do Expanda a seguir, dando tempo para os participantes refletirem e completarem o quadro. Os homens devem nos considerar como mordomos. As pessoas que convivem com você conseguem perceber sua atitude responsável de administrador das coisas de Deus? Seus colegas de serviço, familiares, amigos e irmãos em Cristo consideram você como mordomo de Deus, alguém que cuida das coisas de Deus? A palavra “homens” é muito abrangente. Pode ser relacionada a pessoas cristãs ou não cristãs, e isso nos leva a crer que a mordomiaé um testemunho tanto dentro como fora da igreja. Quando as pessoas veem que somos mordomos, elas automaticamente nos consideram como ministros de Cristo, visto que, no texto, as palavras “ministro” e “mordomo” são colocadas juntas e em pé de igualdade. O mordomo precisa ser fiel. Você é fiel na mordomia? Deus pode contar com você sempre e em todas as áreas da vida, ou apenas de vez em quando, somente em algumas áreas? O texto diz que “requer-se” dos mordomos que sejam fiéis. A fidelidade é pré-requisito para a vida dele. Se quisermos ser mordomos de Deus, a fidelidade deverá ser nossa companheira. Fiéis sempre e em tudo. Esse texto nos diz que: Os homens devem nos considerar como mordomos O mordomo precisa ser fiel O que PENSO O que SINTO O que pretendo FAZER Qual será a sua decisão? Está disposto a ser mordomo fiel a Deus, que testemunha com sua atitude àqueles que convivem com você? Uma ilustração poderá ajudá-lo nessa decisão. O pastor Waldomiro Motta, missionário na Bolívia por muitos anos, conta que, em um culto doméstico, no momento dos pedidos de oração, compartilhou com a família um grave problema: uma nota promissória venceria a dois dias, e eles não tinham o dinheiro para efetuar o pagamento. Enquanto ele falava, seu filho de 6 anos o olhava com muita atenção. Acabou o culto, e o menino ficou sentado, triste, não queria ir dormir. Deu-se então o seguinte diálogo: – O que você tem, meu filho? Por que não quer se deitar? – Estou preocupado com essa nota promissória, papai. – Ora, não se preocupe! Papai do Céu vai dar um jeito para resolver esse problema. Vá dormir. Foi então que o menino tirou do bolso algumas moedinhas que ganhara de um tio há alguns dias e as entregou ao pai, dizendo: – Esse dinheirinho é tudo o que eu tenho. Eu ia comprar balas com ele, mas quero ajudar você a resolver o nosso problema. Com lágrimas nos olhos, o pastor Waldomiro recebeu as moedinhas e respondeu ao filho: – Para pagar toda a conta não vai dar, mas vai ajudar muito. Ser mordomo é estar preocupado com as coisas do Pai e participar delas como se fossem suas, colocando tudo o que se tem ao dispor de Deus. Lembre-se da preocupação do menino: “resolver o nosso problema”. Desafie • a assimilarem os conceitos de “senhor” e “servo”; • a exemplificarem a relação entre “servo”, “senhor” e “mordomia”, conforme a Bíblia; • a registrarem a aplicação pessoal na Revista de Estudos. Para não esquecer 1. Somos mordomos em tudo. A mordomia abrange todas as áreas de nossa vida. 2. A mordomia em tudo começa quando nos submetemos a Deus em todas as áreas da vida e não apenas em algumas delas. Só podemos nos sentir mordomos de Deus em todas as áreas de nossa vida se considerarmos que Deus é Senhor de todas elas. 3. Precisamos tomar a decisão de ser mordomos fiéis e responsáveis, fazendo tudo o que pudermos para agradar ao nosso Deus. Reflexão/Aplicação • Você já tomou consciência da sua posição de mordomo? • Você é mordomo em tudo ou apenas em algumas áreas da vida? • Deus é Senhor de toda a sua vida ou apenas de parte dela? • As pessoas que convivem com você podem ver em você atitude própria de alguém que administra a obra de Deus? • Você está disposto a ser mordomo fiel e responsável a partir deste momento? Registre aqui pelo menos três áreas de sua vida em que você precisa desenvolver melhor a mordomia cristã. Escreva algumas atitudes ou decisões que você pretende tomar em decorrência desse entendimento. Invista seu tempo devocional nas preciosas lições deste estudo! DOM: Lc 12.35-48 Como age o mordomo fiel e prudente? SEG: Lc 16.1- 13 Quem deve ser o senhor da vida do cristão? TER: Mt 25.14-30 O que você tem feito com os “talentos” que o Senhor lhe confiou? QUA: Mt 24.45-51 Qual a diferença de atitude do bom servo e do mau servo? QUI: Cl 3.1- 25 Por que o mordomo cristão pensa nas coisas do alto, não nas que são aqui da terra? SEX: Fp 1.19-26 De que maneira Paulo demonstra ser bom mordomo de Cristo nesse relato pessoal? SÁB: Mc 12.41-44 De que maneira a viúva pobre demonstrou exercer boa mordomia cristã? SUA PARTICIPAÇÃO NO REINO DE DEUS ESTUDO 3 PENSAR SENTIR AGIR Compreender a importância de participar ativamente do reino de Deus. Sentir o privilégio de participar do reino de Deus. Participar do reino de Deus com tudo o que tem e tudo que é. Proponha aos participantes uma situação como a seguinte: “Uma pessoa voluntariamente decide frequentar aulas numa escola. Para aprender, o professor deixa claro que a parte do aluno é participar ativamente da aula”. Então, pergunte: “Que faz o aluno que participa ativamente da aula para aprender?” Ouça as sugestões da turma, listando-as no quadro. Sempre que ingressamos num grupo social, preocupamo-nos em saber quais são os nossos deveres e os nossos direitos. Essa preocupação é própria de alguém que quer participar ativamente do grupo. Qualquer relacionamento, seja com um grupo ou mesmo com um indivíduo, envolve participação. Quando você demonstra interesse em saber qual é a sua participação num relacionamento, é sinal de que você quer que esse relacionamento dê certo. Você quer participar do reino de Deus? Então, qual é a sua parte? Neste estudo, vamos verificar qual é a nossa participação no reino de Deus, e você perceberá que para ser cristão em tempo integral é fundamental sua participação no reino de Deus. Que aprendemos no estudo anterior? No estudo anterior, vimos que a mordomia abrange todas as áreas de nossa vida. Quando Deus é Senhor de tudo, nós somos mordomos Dele em tudo. Cabe a cada um de nós a decisão: ou assumo minha posição de mordomo e sou bom mordomo, ou não assumo essa posição e continuo falhando na tarefa de administrar os bens do Senhor. 1. O reino de Deus Há várias posições sobre a expressão “reino de Deus”. A posição teológica que propomos é simples e muito objetiva: Reino de Deus é o domínio de Deus sobre todas as coisas. Prepare um cartaz com essa frase e fixe na sala, deixando lá até o final da revista. Leia João 3.3 com a turma e instigue a discussão da questão proposta. Registrem o resultado. Com base nesta posição, partimos do pressuposto de que todos nós estamos inseridos no reino de Deus. A questão é: como temos participado desse reino? Há pessoas que ignoram o domínio de Deus e, portanto, participam desse reino passivamente. A Bíblia nos diz sobre isso em João 3.3, quando Jesus Cristo declara: “se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. Quem pode e quem não pode ver o reino de Deus? Por quê? Há muitas pessoas que realmente não podem ver o domínio de Deus sobre tudo, porque ainda não nasceram de novo. Nós, que somos salvos, porém, participamos do reino de Deus conscientemente. Sabemos que Deus é o criador e o sustentador do universo. Sabemos que Deus domina sobre tudo e é o dono de tudo. Tendo todo esse conhecimento de Deus, resta-nos observar a maneira correta de participarmos desse reino e, assim, desfrutarmos ao máximo do domínio de Deus sobre a nossa vida. 2. Qual é a minha participação no reino de Deus? Você está interessado em saber como Deus quer que você participe do reino Dele? Esse interesse há de caracterizar a sua mordomia. Quando não nos interessamos em participar do reino de Deus, é sinal de que estamos distantes do ideal de mordomia que Ele tem para nós. Nossa participação no reino divino abrange todas as áreas de nossa vida; afinal, Deus é Senhor de toda a nossa vida e não de parte dela. É por isso que temos enfatizado a necessidade de ser cristão em tempo integral. Sua participação no reino de Deus pode se dar de, pelo menos, três maneiras: Palavra-chave: PARTICIPAÇÃO Incentive os participantes a registrarem o que pensam sobre a palavra-chave do estudo. Se acharem mais interessante, podem trocar ideias com um ou dois colegas ao lado. Depois, ouça o que registraram, construindo com eles e com o auxílio de um dicionário uma definição para a palavra. Os participantes devem registrá-la no campo “significado real”. O que penso a respeito?Significado real: 2.1 Posso participar com aquilo que sou Sua participação começa com aquilo que você tem de mais importante: sua vida. Se não colocar sua vida ao dispor de Deus, você nunca poderá participar do reino Dele. O salmista, no Salmo 31.15, diz: “Nas tuas mãos estão os meus dias...”. Essa frase deve ter dois significados para nós: estamos nas mãos de Deus porque Ele domina sobre tudo; mas também estamos nas mãos Dele porque queremos que Ele nos use, que Ele faça de nós instrumentos, queremos participar do reino Dele com a nossa vida. Deus quer que você esteja nas mãos Dele, tal qual o barro nas mãos do oleiro, que pode dar forma a um lindo e útil vaso (leia Jr 18.4). Leia com os participantes as referências do quadro a seguir, completem juntos a coluna “Personagem”, conversando a respeito da maneira que cada um deles se sentia e, no final das contas, ao se permitirem ser usados por Deus, puderam servir e participar do Seu reino. Na Bíblia, encontramos vários exemplos de pessoas que colocaram a vida nas mãos de Deus e participaram ativamente do reino Dele. Personagem Como se sentia Foi usado por Deus para... Êxodo 4.10-13 Moisés incompetente libertar o povo do Egito Josué 1.9 Josué temeroso conquistar a terra prometida Juízes 6.15 Gideão inseguro derrotar os midianitas Essas pessoas não possuíam riquezas ou poderes especiais. Tinham apenas a vida que, colocada nas mãos de Deus, foi usada por Ele com todo o poder. Reflexão/Aplicação • Pare por alguns instantes e pense em sua vida. Olhe para si mesmo e comece a pensar nas formas como Deus pode usá-lo no reino Dele. • Após ter pensado, responda: Você tem participado do reino de Deus com aquilo que você é? Sua primeira forma de participação no reino é pela sua vida. Você não precisa ter alguma coisa para participar – só precisa ser. E como todos nós somos pessoas importantes, todos nós temos condições de participar. 2.2 Posso participar com os bens que Deus colocou à minha disposição Cada um de nós recebeu bens de Deus. Se pensarmos apenas em bens materiais, chegaremos à conclusão de que alguns receberam mais e outros menos. Deus não nos fez saber o motivo dessa diferença, mas nos declara que podemos e devemos participar do reino Dele com aquilo que Ele colocou em nossas mãos. Leia Mateus 25.14-30 com os participantes. Dê a eles alguns minutos para tentarem identificar em quais versículos ficam evidentes as lições listadas no quadro a seguir. Dê liberdade para que troquem ideias com colegas ao lado. No final, converse com toda a turma a respeito, corrigindo o que for necessário. Leia Mateus 25.14-30 e identifique onde aparecem as seguintes lições: Lições Versículos Todos receberam talentos/bens de Deus. v.15 Cada um teve liberdade de administrar esses bens. v.16-18 Cada um participou de acordo com o que recebeu. v.20, 22, 25 A recompensa foi dada de acordo com a fidelidade e não de acordo com a quantidade. v.21, 23, 29 Esse texto é muito claro. Deus quer que você participe no reino Dele inclusive com os bens que Ele mesmo colocou à sua disposição. Essa participação é uma prova de sua mordomia. Se você for bom mordomo, reconhecerá que os bens que você tem pertencem a Deus, e então os colocará ao dispor do Senhor, aplicando tudo o que estiver ao seu alcance para a participação no reino Dele. No texto, um dos servos simplesmente escondeu os bens que recebera de seu senhor. Esse esconder pode ser interpretado de diversas maneiras. Quase sempre nossos bens desaparecem quando se trata de participação no reino de Deus. Felizmente, nosso Deus sabe de tudo e vê exatamente onde “escondemos” o muito ou o pouco que Ele nos tem confiado. Quando participamos do reino com os nossos bens, na verdade estamos devolvendo a Deus aquilo que Ele mesmo nos tem dado. Certa feita, disse Davi: “...tudo vem de ti, e nós só damos o que vem das tuas mãos” (1Cr 29.14). Com essas palavras, ele reconheceu que participar do reino com os nossos bens é, na verdade, reconhecer que esses bens são de Deus e devem ser usados também para o engrandecimento do reino divino. 2.3 Posso participar com aquilo que Deus ainda me dará Quando participamos do reino com aquilo que somos e temos, Deus vai acrescentando à nossa vida mais bens, quer materiais ou espirituais, para que possamos participar ainda mais de Seu reino. No texto de Mateus 25.14-30, percebemos isto claramente: aqueles que foram fiéis receberam mais; aquele que escondeu perdeu até o que tinha. Parece que Deus nos coloca em prova por meio de nossa participação no reino. Quando participamos com aquilo que somos e temos, Deus nos concede mais oportunidades de servi-Lo. Desse modo, a nossa participação atual é um meio de garantirmos a nossa participação futura; Deus sempre permite que o homem tenha meios de participar do reino Dele. 3. O método de Deus: participação Deus poderia ter outros métodos para administrar Sua criação e domínio, porém, resolveu usar o método da participação. E o melhor: resolveu nos dar a chance de interagirmos com Ele nessa tão grande tarefa! No método de Deus, a sua participação é importante. Ministre o conteúdo do Expanda a seguir, ponto a ponto, dando tempo para os participantes refletirem e completarem o quadro entre um ponto e outro. Filhos – João 1.12 e 1João 3.1. Você já viu um filho que não participa da vida do pai? Eu particularmente já vi, porém, esse filho era mau, ingrato e, para mim, não pode ser considerado bom exemplo de filho. Um bom filho terá prazer em participar da vida do pai, ajudando-o, fazendo o que puder para ver o pai feliz. Mesmo que o filho não queira participar da vida do pai, algo é incontestável: ainda assim ele terá laços familiares com o pai e, indiretamente, participará pelo menos dessa maneira da vida do pai. Nós somos filhos de Deus e precisamos participar da vida do nosso Pai, alegrando-O em tudo com nossas atitudes. Herdeiros – Gálatas 4.7. Nesse texto, verificamos que Deus nos colocou como herdeiros também. Somos herdeiros Dele, e isso exige de nós participação ativa no reino que recebemos por herança. Servos – 1Pedro 2.16. Um servo não pode negar participação nas coisas de seu senhor, isso porque ele foi comprado exatamente para atender às exigências que seu senhor fizer. Ele só é servo se obedecer às ordens de seu senhor, participando, assim, daquilo que seu senhor quiser. Somos servos, e essa posição exige de nós participação no reino de Deus do modo como Ele quiser. Amigos – João 15.15. Amigo é alguém que participa intimamente da vida de outro, dando-lhe provas de confiança, amor e respeito; está pronto a participar da vida do outro assim que ele precisar; sempre se colocará à disposição para servir o outro com alegria e com vontade. Somos amigos de Cristo, e isso implica o fato de estarmos prontos para participar do reino Dele, colocando-nos à disposição para servi-Lo alegremente, como Ele bem quiser, e fazendo isso com vontade, por livre decisão. O método da participação pode ser visto por meio das posições que Deus nos deu: Que PENSO a respeito Que SINTO a respeito Que pretendo FAZER a respeito Filhos – João 1.12 e 1João 3.1 Herdeiros – Gálatas 4.7 Servos – 1Pedro 2.16 Amigos – João 15.15 Desafie • a assimilarem o conceito de “participação”; • a exemplificarem a relação entre “participação” e “mordomia”, conforme a Bíblia; • a registrarem a aplicação pessoal na Revista de Estudos. Para não esquecer 1. O reino de Deus é o domínio de Deus sobre todas as coisas. 2. Participo do reino de Deus e, sendo salvo, tenho consciência dessa participação. 3. Participo do reino de Deus pelo menos de três maneiras: com aquilo que sou, com os bens que tenho, e com o que Deus ainda me dará. 4. Participo do reino de Deus porque sou filho, herdeiro, servo e amigo de Deus. Reflexão/Aplicação Pare para refletir sobre esses pontos. Após a reflexão, desafie você mesmo a ser um mordomo cada vez mais participativo no reino de Deus. “E tudo o que fizerem, seja em palavra, seja em ação, façam em nome do Senhor Jesus,dando por ele graças a Deus Pai” (Cl 3.17). Registre aqui como participar do reino de Deus muda a sua vida. Escreva pelo menos três decisões ou atitudes que você quer tomar em decorrência desse entendimento. Invista seu tempo devocional nas preciosas lições deste estudo! DOM: Fp 4.1- 9 Segundo esse texto, de que maneiras você pode participar do reino de Deus? SEG: Jo 4.31- 38 Que participação no reino de Deus Jesus estimula os discípulos a praticarem? TER: Mc 10.17-31 Por que o jovem rico falhou na participação no reino de Deus? QUA: 2Sm 24.18-24 Por que Davi fez questão de pagar pelos animais que sacrificaria ao Senhor? QUI: 1Cr 29.10-19 De que maneira Davi participou do reino de Deus na situação relatada? SEX: Fp 4.10- 23 De que maneira os filipenses participaram do reino de Deus, segundo descreve Paulo? SÁB: Cl 3.23- 25 Como age o cristão que deseja participar integralmente do reino de Deus? VOCÊ É IMPORTANTE PARA DEUS ESTUDO 4 PENSAR SENTIR AGIR Definir e compreender o que é amor e o amor de Deus por nós. Sentir-se imensamente amado por Deus. Buscar conhecer e realizar a missão de Deus para a sua vida. Escreva no quadro as seguintes frases: Eu não valho nada. Não sou ninguém. Ninguém liga para mim. Sou rejeitado. Não tenho rumo na vida. Minha vida não tem graça. Pergunte aos participantes se já pensaram alguma dessas frases ou sentiram algo semelhante. Pergunte-lhes se acham possível ser feliz alguém que passa muito tempo pensando e se sentindo assim – peça que expliquem por quê. Desafie-os a descobrirem o que falta na vida dessa pessoa. O ser humano tem necessidade de se sentir amado. O Dr. Gary Collins, famoso psicólogo cristão, disse que aquele que não se sente amado acaba por adoecer, quer emocionalmente, quer fisicamente. Quando nos sentimos amados, uma inexplicável alegria toma conta de nós e nos sentimos importantes para alguém. Que aprendemos no estudo anterior? Vimos que a mordomia compreende o fato de sermos participantes do reino de Deus, que é o domínio de Deus sobre todas as coisas. Participamos dele pelo menos de três maneiras: com aquilo que somos, com os bens que temos e com aquilo que Deus ainda nos dará. Essa participação está baseada no fato de sermos filhos, herdeiros, servos e amigos de Deus. 1. Deus ama você A Bíblia diz: “Vejam que grande amor o Pai nos tem concedido...” (1Jo 3.1). Seja sincero: você se sente amado por Deus? Há muitos crentes que vivem a vida cristã sem se sentirem amados por Deus. Participam do reino de Deus muito mais por obrigação do que por amor, não conseguem ver o amor do Pai. Enquanto não conseguirmos ver o amor que Deus tem por nós, não teremos condições de ser bons mordomos de Deus. A mordomia está baseada muito mais no amor do que em qualquer outra coisa. Sou mordomo de Deus porque Ele me ama e me considera muitíssimo importante para Sí. Vamos observar como é esse amor de Deus. Palavra-chave: AMOR Incentive os participantes a registrarem o que pensam sobre a palavra-chave do estudo. Se acharem mais interessante, podem trocar ideias com um ou dois colegas ao lado. Depois, ouça o que registraram, construindo, com eles e com o auxílio de um dicionário, uma definição para a palavra. Os participantes devem registrá-la no campo “significado real”. O que penso a respeito? Significado real: Conceituar o amor não é tarefa fácil. Genericamente, amor é uma afeição especial por alguém que nos dá alegria, satisfação, prazer. Quem ama deseja estar perto da pessoa amada, desfrutar da sua companhia, agradar-lhe, fazer-lhe bem, cuidar dela, promover-lhe a felicidade. Mas se recorrermos à Bíblia, especialmente a 1Coríntios 13, poderemos ter uma visão mais completa do que é amor. No amor há bondade, paciência, afeto, gentileza, abnegação, perdão, caridade, amizade, boa vontade, respeito, consideração, honestidade, compaixão, misericórdia, graça. 1.1 O amor de Deus não tem fim Deus diz: “Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí” (Jr 31.3 ARA). Esse verso declara que o amor de Deus é eterno, ou seja, o amor de Deus não tem fim. Deus sempre me ama, sempre amou e sempre amará. Sempre poderei desfrutar desta certeza: o amor de Deus não tem fim. 1.2 O amor de Deus é grande É maior do que minhas eventuais falhas ou erros. A Bíblia diz assim: “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou...” (Ef 2.4). O amor de Deus é tão grande que pode ultrapassar quaisquer barreiras. O amor que Deus tem por mim nunca vai acabar, portanto, posso estar seguro de que sempre serei amado por Deus. 1.3 O amor de Deus é real O amor de Deus não é discurso: é ação. Em Romanos 5.8, lemos que “Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores”. O amor de Deus é uma realidade, Ele prova isso concretamente de várias formas. Posso desfrutar de maneira concreta desse amor. Você é amado por Deus. E isso é sinal de que você tem importância para Ele. Repita essa verdade de maneira bem pessoal: SOU AMADO POR DEUS. SOU IMPORTANTE PARA ELE. Distribua aos participantes cartolinas em branco, cortadas em forma de marca- livro. Peça que cada um elabore seu próprio marca-livro, escrevendo nele as frases: “Sou amado por Deus” e “Sou importante para Deus”. 2. Os efeitos do grande amor de Deus Você é amado por Deus. Em que isso faz diferença? A resposta a essa pergunta é bastante complexa e, ao mesmo tempo, bem simples: EM TUDO. A partir do momento em que nos sentimos amados por Deus, tudo muda em nossa existência. No que diz respeito à nossa vida como mordomos de Deus, duas diferenças práticas do amor de Deus por nós são destacadas. 2.1 O amor de Deus me transforma numa pessoa com uma missão As reclamações mais comuns que me vêm aos ouvidos são as seguintes: Eu não valho nada. Não sou ninguém. Ninguém liga para mim. Sou rejeitado. Não tenho rumo na vida. Minha vida não tem graça. Expressões desse tipo demonstram dois sentimentos básicos: falta de amor e falta de missão. O texto de Oseias 11.4 diz: “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor...”. O amor de Deus nos atrai para Ele. Deus nos traz para perto de Si porque tem uma missão para nós. Alguém que vive sem missão, sem propósito maior na vida, sem rumo definido em sua existência, sem dúvida será uma pessoa infeliz. O homem precisa de uma missão, e o amor de Deus nos transforma em pessoas assim. Quando entendemos o amor de Deus e nos aproximamos Dele (Os 11.4), a nossa vida passa a mudar radicalmente, pois Ele nos dá a missão especial de sermos mordomos. Foi assim com os grandes personagens da Bíblia. Vamos analisar alguns exemplos: Personagem Ocupação Como se sentia(m) Recebeu de Deus a missão de... Referência Moisés Pastor de Derrotado Libertar o Êx 3-4 cabras Incapaz povo do Egito Pedro e André Pescadores Comuns Nada especiais Tornarem-se pescadores de homens Mt 4.18- 20 O que Deus viu em Moisés e em Pedro e André? Possivelmente viu homens comuns. No caso de Moisés, um fracassado, derrotado pelas experiências do passado (leia sobre isso no capítulo 2 de Êxodo). Pedro e André eram simples pescadores e comerciantes. Se Deus considerasse apenas o que Moisés, Pedro e André eram, possivelmente Ele não os teria chamado. O amor de Deus nos atrai e nos dá uma missão. Talvez você esteja com a vida totalmente fracassada, deprimida ou triste, sem rumo e direção. Isso não importa. Ainda assim Deus tem uma missão para você, e essa missão está baseada no grande amor que Ele sente por você. O que Deus sentiu por Moisés, Pedro e André? Um genuíno e profundo amor. Deus amou Moisés e, deixando seu passado de lado, o atraiu para Si, dando-lhe uma grande missão. Deus amou Pedro e André, e ignorou suas condições sociais, dando-lhes uma grande missão. Em que Deus transformou Moisés, Pedro e André? Em pessoas com uma missão. Moisés, Pedro e André receberam de Deus uma missão pessoal e individual. O amor de Deus nos atrai e nos dá uma missão. Que missão Deus tem para mim?A partir do momento que nos sentimos amados por Deus e atraídos para Ele, Deus começa a trabalhar em nossa vida e nos confere uma missão pessoal. Perceba que Moisés cuidava de rebanho, e Deus o mandou cuidar do povo de Israel. Pedro e André eram pescadores, e Deus os mandou pescar homens. Moisés, Pedro e André continuaram a fazer o que sabiam, porém em escala infinitamente maior. Talvez Deus queira lhe dar uma missão dentro de sua família, de seu trabalho ou do ambiente escolar. Talvez sua missão esteja bem pertinho de você, mas ainda lhe é desconhecida. Preocupe-se, primeiramente, em se sentir amado por Deus e atraído por Ele. De maneira natural, Deus falará ao seu coração e lhe dará uma missão especial. Uma ilustração poderá ajudá-lo. Robert era pai de um adolescente de 16 anos. Era um comerciante não muito bem-sucedido e tinha uma pequena barraca de frutas. Certo dia, ouviu falar de Cristo e O recebeu como seu único e suficiente Salvador. A partir daí, começou a pedir a Deus que sua vida fosse transformada e que Deus o usasse poderosamente. O tempo foi passando... E Robert não via nada especial acontecer em sua vida, e continuava a lidar com seu negócio mal sucedido. Robert se sentiu frustrado com Deus e abandonou a igreja. Certo dia, num programa de rádio, ouviu sobre o amor de Deus que nos transforma em pessoas com uma missão. Robert se sentiu amado por Deus, dobrou seus joelhos e pediu ao Senhor que lhe desse essa tão esperada missão. Aos poucos, Robert foi aumentando sua fé no amor de Deus. Certo dia, vendo seu filho, agora jovem, chegar em casa drogado, ele entendeu qual era a sua missão: ser um pai dedicado à recuperação de seu filho. Robert abraçou a sua missão de pai e deu toda a atenção possível ao filho. Por várias vezes, passeou, conversou e chorou com ele. Quando seu filho se recuperou, os dois voltaram para a igreja, e Robert deu o seguinte testemunho: “Quando entendi que a missão que Deus tinha para mim era a de recuperar meu filho, minha vida se transformou radicalmente e hoje sou muito feliz”. Abra o coração para sentir o amor de Deus, e os olhos para ver a missão que Deus tem para você. 2.2 O amor de Deus me assegura o sustento Dele Moisés, Pedro e André abraçaram a missão que Deus lhes deu. Eles se sentiam amados por Deus. Será que tiveram algum tipo de problema ou luta? Sim, vários. Tiveram problemas sérios e grandes. Passaram por momentos difíceis e terríveis. Houve ocasião em que quase abandonaram a fé em Deus. Porém, diante de cada dificuldade, algo era visível para eles: Deus os estava sustentando. Foi esse sustento que lhes garantiu a vitória. Moisés, após um desses momentos, declarou: “O S����� é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Este é o meu Deus; portanto, eu o louvarei...” (Êx 15.2). Essa expressão de Moisés demonstra a segurança que tinha de que era Deus quem lhe sustentava a vida. É importante receber de Deus uma missão. Mais importante, porém, é saber que Deus vai me sustentar e vai me dar condições de lutar, de vencer, de cumprir a minha missão. Talvez você ainda não tenha assumido e se submetido às ordens e à direção de Deus por medo de não conseguir cumprir a sua missão. Creia agora que Deus vai sustentar você, vai capacitá-lo a cumprir a missão que Ele tem lhe dado. Leia com os participantes os dois textos indicados e dê tempo para todos refletirem e completarem o quadro. Leia os textos de Filipenses 2.13 e João 15.16. A verdade central desses versos é: Se Deus nos deu uma missão, Ele nos capacitará e nos sustentará para cumpri-la. O que PENSO a respeito O que SINTO a respeito O que pretendo FAZER a respeito Desafie • a assimilarem o conceito de “amor”; • a exemplificarem a relação entre “amor” e “mordomia”, conforme a Bíblia; • a registrarem a aplicação pessoal na Revista de Estudos. Para não esquecer 1. O amor de Deus é grande, é real e não tem fim. 2. O amor de Deus me transforma numa pessoa com uma missão e me assegura o sustento Dele. Reflexão/Aplicação • Minha mordomia tem como base o amor de Deus. Ele me chama para ser mordomo porque tem uma missão especial para minha vida. • Posso ser bom mordomo porque Deus sustenta a minha vida e me capacita. • Ser chamado para servir a Deus como mordomo é um privilégio, pois demonstra que sou importante para Deus e amado por Ele. Registre aqui o que você acha que pode ser a missão de Deus para a sua vida. Escreva algumas atitudes ou decisões que você pretende tomar em decorrência desse entendimento. Invista seu tempo devocional nas preciosas lições deste estudo! DOM: Sl 146.1-10 De que maneira esse salmo revela o amor de Deus por nós? SEG: Rm 5.6-11 Como Deus provou inquestionavelmente o Seu amor por nós? TER: Ef 2.4-7 O que Deus fez por causa do Seu grande amor por nós? QUA: 1Jo 3.1-2 O que o amor de Deus nos torna? QUI: Is 49.13-15 O amor de Deus é como o de uma mãe pelo filho, ou maior? SEX: Rm 8.35-39 O que pode nos separar do amor de Deus? SÁB: Ef 3.14-19 O que Paulo quer que todo cristão compreenda para que se torne cheio da plenitude de Deus? CÍRCULO DE COMPROMETIMENTO (PARTE 1) ESTUDO 5 PENSAR SENTIR AGIR Definir e compreender o que é “compromisso com Deus”. Sentir necessidade de comprometer-se com o Senhor. Dispor-se a assumir verdadeiro compromisso com Deus. Pergunte aos participantes: “Você é interessado em Deus ou comprometido com Ele?” Escreva no quadro as palavras “interessado” e “comprometido” e pergunte- lhes a diferença entre elas. Após conversarem a respeito, repita a pergunta inicial: “Você é interessado em Deus ou comprometido com Ele?” Ministre a introdução do estudo. Há muitas pessoas que são interessadas em Deus. Gostam de ler a Bíblia, participam de cultos e até fazem orações. Quando estão vivendo alguma dificuldade na vida, lembram-se de Deus e recorrem a Ele. Têm amigos na igreja e querem que seus filhos vivam nesse ambiente que julgam ser muito bom. Mas a vida cristã é muito mais do que isso. Deus exige de nós não apenas interesse, mas também compromisso. Você é interessado em Deus ou comprometido com Ele? Quais as evidências disso? Que aprendemos no estudo anterior? No estudo anterior, aprendemos sobre a importância do ser humano nos planos de Deus. Vimos que Ele nos amou exatamente a fim de mostrar quanto valemos e como somos especiais. Esse amor nos motiva a viver para Deus, a cumprir a missão que Ele tem para a nossa vida, e também nos dá a certeza de que Ele nos proverá todo o necessário para fazê-lo. 1. Significado da palavra As grandes mudanças na vida são realizadas por pessoas comprometidas. O interesse pode até dar início a um processo, mas não terá força para concluí-lo. Deus procura pessoas comprometidas com Ele, pois a obra que está fazendo neste mundo depende de quem de fato tenha assumido o compromisso de amá- Lo e servi-Lo, o que exigirá fidelidade, esforço, perseverança e total dedicação. Palavra-chave: COMPROMISSO Incentive os participantes a registrarem o que pensam sobre a palavra-chave do estudo. Se acharem mais interessante, podem trocar ideias com um ou dois colegas ao lado. Depois, ouça o que registraram, construindo com eles e com o auxílio de um dicionário uma definição para a palavra. Os participantes devem registrá-la no campo “significado real”. O que penso a respeito? Significado real: Compromisso é um vínculo muito mais forte do que o interesse. Comprometer- se é obrigar-se a fazer algo, é respeitar um trato feito, é manter um acordo com todas as suas forças. Compromisso está relacionado também com obediência, fidelidade e total entrega a uma causa ou a alguém. O que Deus requer de nós vai muito além da ideia social de compromisso. Compromisso social é pagar os devidos impostos, votar com consciência, respeitar as leis de trânsito, não enrolar no horário de trabalho, educar bem os filhos, ajudar os necessitados, respeitar a vaga do idoso ao estacionar no supermercado, não furar fila, etc. O compromisso com Deus vai muito além disso, pois se relacionacom uma entrega total a Deus. Qualquer pessoa pode ter compromisso social. Respeitar as leis e as autoridades, ser honesto e generoso, fazer caridade, dedicar-se à boa educação dos filhos, não enganar o patrão, falar a verdade, tratar bem o próximo... não são qualidades exclusivas do cristão. Entretanto, é decepcionante ver que, muitas vezes, o descrente tem comportamento melhor na sociedade que o cristão. Um dos motivos pelos quais isso ocorre é a falta de compromisso com Deus por parte de muitos dos que se chamam cristãos. São pessoas interessadas nas coisas de Deus, que frequentam igrejas evangélicas, mas que nunca assumiram compromisso verdadeiro com o Senhor. Por isso, não estudam a Palavra, não obedecem a Deus, não têm a vida transformada, nem vivem conforme as leis de Deus. Como resultado, carregam o nome de cristãos, mas não seguem o exemplo de Cristo. 2. Interessados, mas não comprometidos Jesus conviveu com muitas pessoas interessadas Nele, em Seus milagres, em Sua mensagem. Os principais interesses das multidões na época de Jesus eram ouvir Seus ensinos e ser curadas ou libertas de espíritos malignos, conforme exemplos extraídos dos evangelhos. Leia os exemplos a seguir e classifique o tipo de interesse das pessoas por Jesus. Leia os textos com os participantes e, juntos, completem o quadro. Referência Texto Tipo de interesse Mt 4.23 “Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do Reino e curando todo tipo de doenças e enfermidades entre o povo.” Interesse por ensino e por cura Mt 4.24 “E a sua fama correu por toda a Síria. Trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoniados, epilépticos e paralíticos. E ele os curou.” Interesse por cura e libertação Mc 3.7-10 “Jesus se retirou com os seus discípulos para o mar. Uma grande multidão o seguia. Eram pessoas que tinham vindo da Galileia, da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do Jordão e dos arredores de Tiro e de Sidom, porque ouviam falar das coisas que Jesus fazia... Pois curava muitas pessoas, de modo que todos os que tinham alguma enfermidade se esforçavam para chegar perto, a fim de poderem tocar nele.” Interesse por cura Mt 7.28-29 “Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, as multidões estavam maravilhadas com a sua doutrina, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas.” Interesse pelo ensino Assim como nos tempos de Jesus, hoje em dia ainda há muita gente procurando igrejas evangélicas interessadas apenas em ouvir mensagens empolgantes, ou em receber curas e libertações. Muitas igrejas acabam cedendo a esse tipo de interesse e, em vez de pregarem o evangelho do compromisso, pregam o “evangelho paz e amor”, o “Cristo dos milagres”, o “Deus da prosperidade”, a “igreja dos eventos”, a “salvação pela caridade”, o “culto aos sentimentos”, o “louvor das emoções”. É fato que isso atrai pessoas e lota igrejas, mas o que serão dessas pessoas se o pregador confrontar pecados e ensinar o evangelho da abnegação? Se os milagres não acontecerem? Se a prosperidade não vier? Se o culto for racional em vez de emocional? Se o louvor falar menos das nossas experiências e focar na pessoa de Deus? Apesar de interessadas em Cristo, aquelas pessoas não buscavam profundidade de relacionamento com o Senhor. Não havia amor nem submissão a Ele. Prova disso é a narrativa de Lucas 23.18-25, que diz: “Toda a multidão, porém, gritava: — Fora com este [Jesus]! Solte-nos Barrabás! Barrabás estava preso por causa de uma revolta na cidade e também por homicídio. Pilatos, querendo soltar Jesus, falou outra vez ao povo. Eles, porém, gritavam mais ainda: — Crucifique! Crucifique-o! Então, pela terceira vez, Pilatos lhes perguntou: — Que mal fez este? De fato, não achei nada contra ele para condená-lo à morte. Portanto, depois de o castigar, mandarei soltá-lo. Mas eles insistiam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E o clamor deles prevaleceu. Então Pilatos decidiu atender-lhes o pedido. Soltou aquele que estava encarcerado por causa da revolta e do homicídio, a quem eles pediam; e, quanto a Jesus, entregou-o à vontade deles”. O mesmo povo que se interessou por Jesus, por Suas curas e por Seus ensinos, agora gritava em alta voz pedindo que fosse crucificado. O interesse deles havia passado. Nunca houve compromisso algum. Por isso, não havia motivo para O defenderem, ou para se arriscarem por amor e fidelidade a Ele. 3. Características do compromisso com Deus Deus espera de nós entrega total, compromisso completo e disposição real de viver para Ele. Estude os textos a seguir e procure entender o que Deus espera de você, como um cristão compromissado com Ele. Combine alguns minutos para os participantes lerem os textos e completarem o quadro. Sugira que façam a atividade em duplas ou trios. Depois, incentive alguns deles a compartilharem com toda a turma o que escreveram. Faça comentários e correções, quando necessário. Referência O que entendo do texto O que preciso fazer a respeito Lc 9.23-24 Quem quer seguir a Jesus precisa negar-se a si mesmo e entregar toda a Preciso entregar toda a minha vida a Deus. vida a Ele. Lc 21.1-4 A viúva deu tudo o que possuía ao Senhor, e Jesus a valorizou por sua abnegação e fé. Preciso estar disposto a sacrificar-me por Deus. Lc 9.59-60 Jesus desafiou um homem a rever suas prioridades, colocando o reino de Deus em primeiro lugar. Preciso ter coragem para colocar Deus em primeiro lugar na minha vida. Mt 6.24 Não é possível servir a dois senhores. É preciso escolher a quem vamos servir fielmente e de todo o coração. Preciso servir a Deus como meu único Senhor, com fidelidade. Podemos perceber nesses versos que o relacionamento que Jesus Cristo espera de nós vai muito além do interesse. Ele exige total compromisso daqueles que O seguem. Infelizmente muitos cristãos ainda não experimentaram uma entrega total ao Senhor. São interessados, mas não comprometidos. E, para eles, temos um grande desafio: começar uma vida de comprometimento com Deus. Muitas pessoas precisam passar por um processo de transição, saindo do interesse e começando uma vida de compromisso. Para ilustrar tal processo, temos os Círculos de Comprometimento, que mostram como uma pessoa pode progredir de uma vida de interesse para uma vida de total entrega a Deus por meio do compromisso. Desafie • a assimilarem o conceito de “compromisso”; • a explicarem a relação entre “compromisso” e “mordomia”, conforme a Bíblia; • a registrarem a aplicação pessoal na Revista de Estudos. Para não esquecer 1. Ter interesse pelas coisas de Deus não é o mesmo que ser comprometido com Ele. 2. Muitas pessoas se interessam por Cristo, mas não estão dispostas a se comprometer com Ele. 3. Quem quer ter compromisso com Deus precisa: • entregar toda a vida ao Senhor; • estar disposto a sacrificar-se por Ele; • ter coragem para colocar Deus em primeiro lugar na vida; • servir a Deus como único Senhor, com fidelidade. Reflexão/Aplicação • Não basta ser interessado pelas coisas de Deus ou por Jesus Cristo. • Deus busca pessoas que estejam dispostas a se comprometerem verdadeiramente com Ele. • Devemos buscar ser comprometidos com Deus e ajudar nossos irmãos a se comprometerem igualmente com Ele. Registre aqui o que você pode fazer para aumentar seu comprometimento com o Senhor. Escreva algumas atitudes ou decisões que você pretende tomar em decorrência desse entendimento. Invista seu tempo devocional nas preciosas lições deste estudo! DOM: Mt 4.23-24 Pelo que as pessoas se interessavam e por que se aproximavam de Jesus? SEG: Mc 3.7- 11 Será que você é semelhante a essas pessoas, que se aproximam de Cristo/da igreja apenas porque estão interessadas em receber alguma coisa? TER: Lc 23.18- 25 Como agiram as pessoas que um dia estiveram interessadas em Cristo, mas que nunca assumiram compromisso com Ele? QUA: Lc 9.23- 24 O que faz o cristão que, de fato, quer assumir compromisso comJesus? QUI: Lc 9.59- 62 Qual deve ser a prioridade daqueles que assumem verdadeiro compromisso com Cristo? SEX: Lc 21.1- 4 Como a viúva demonstrou seu compromisso com o Senhor? O que você pode aprender com a atitude dela? SÁB: Mt 6.24 Você ama a Deus de forma que Ele ocupa o primeiro lugar na sua vida ou há outros “senhores” a quem você segue no dia a dia? CÍRCULO DE COMPROMETIMENTO (PARTE 2) PENSAR SENTIR AGIR Definir e compreender o que é “seguir a Jesus”. Sentir-se motivado a comprometer-se com o Senhor. Assumir verdadeiro compromisso com Deus. Pergunte aos participantes: “A ideia de assumir compromisso lhe traz alguma sensação ruim? Você conhece pessoas que evitam assumir compromissos? O que elas alegam? Por que você acha que elas agem assim?” Ouça alguns participantes e ministre a introdução do estudo. Muitas pessoas se aproximam da igreja, gostam do ambiente, dos membros, dos cultos e são até capazes de manter assiduidade às programações, mas não querem compromisso. Essa postura pode ser explicada pelo pensamento que a sociedade construiu acerca de compromisso. Popularmente, compromisso é tido como obrigação. Em geral, traz consigo uma ideia negativa e dá uma sensação ruim. Pessoas que se sentem assim não estão dispostas a se vincularem com outras para construir algo juntas. Podem ser até membros da igreja, mas não se entregam totalmente, não se dispõem a assumir compromisso a fim de fazerem algo para Deus. Que aprendemos no estudo anterior? No estudo anterior, começamos a refletir sobre COMPROMISSO e vimos a diferença entre ser interessado em Deus e comprometido com Ele e Sua obra. Pessoas comprometidas têm como principais características a entrega total de sua vida, a disposição de sacrificar-se, a coragem para colocar Deus em primeiro lugar e a compreensão de que devemos servir ao Senhor com fidelidade. 1. O compromisso de seguir o Mestre Jesus A palavra “compromisso” tem origem muito interessante. Ela vem do latim e originalmente significa “construir algo juntos ou entre”. Inicialmente, compromisso não trazia ideia de obrigação, mas sim de relacionamento entre pessoas. Essa ideia combina exatamente com o pensamento de Jesus acerca de compromisso. Os evangelistas usaram o verbo “seguir” a fim de evidenciar o compromisso assumido pelos homens que decidiram se tornar discípulos de Jesus: “Caminhando junto ao mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André. Eles lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. Jesus lhes disse: – Venham comigo, e eu os farei pescadores de gente. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. Pouco mais adiante, Jesus viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, o irmão dele. Eles estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; e Jesus os chamou. Então eles, no mesmo instante, deixaram o barco e seu pai eseguiram Jesus” (Mt 4.18-22). Palavra-chave: SEGUIR Incentive os participantes a registrarem o que pensam sobre a palavra-chave do estudo. Se acharem mais interessante, podem trocar ideias com um ou dois colegas ao lado. Depois, ouça o que registraram, construindo com eles e com o auxílio de um dicionário uma definição para a palavra. Os participantes devem registrá-la no campo “significado real”. O que penso a respeito? Significado real: No sentido bíblico, “seguir” vai além de simplesmente andar com Jesus, indo junto na mesma direção. No Novo Testamento, um homem que “seguia” um mestre o tinha como modelo, padrão, exemplo a imitar. Ele deveria estar disposto a aprender os mesmos valores e defender a mesma opinião que seu mestre. Ao aceitarem o convite de Cristo para segui-Lo, os discípulos escolheram não apenas conviver com Ele, mas aprender Seus ensinos, ser influenciados por Seus valores, seguir Suas orientações, obedecer a Ele, pensar, acreditar e agir em conformidade com seu Mestre, sendo-Lhe fiéis em tudo. Para Jesus, o verbo seguir identifica claramente a ideia de compromisso. A história dos primeiros discípulos mudou radicalmente a partir do momento em que eles “seguiram Jesus”. Muitos membros de igreja conhecem a Jesus, mas não O seguem. Nunca abandonaram algo para seguirem Jesus, e também nunca fizeram qualquer esforço para participar de algo significativo relacionado à obra de Deus. Para alguém mudar da posição de interessado para a de comprometido é necessário seguir Cristo. Leia os textos com os participantes e, juntos, completem o quadro. Para seguir Jesus... Referência O que os discípulos deixaram Referência O que preciso deixar Mt 4.18-20 As suas redes (o seu trabalho; a sua renda; a sua estabilidade) Rm 13.12- 14; 1Jo 3.9 As obras das trevas; os desejos da minha carne; meus “pecados de estimação”; a prática do pecado. Mt 4.21-22 O barco e seu pai (seu trabalho; seus bens; sua estabilidade; sua Lc 14.25- 27 O vínculo excessivo com a minha família (acima do meu amor por Cristo); o costume de viver para mim mesmo e para buscar meu família) próprio conforto. Lc 5.27-28 O seu trabalho; o seu status; o seu conforto; os seus bens; tudo! Mt 6.24; 1Jo 2.15- 17 O amor ao dinheiro, aos bens materiais, aos desejos da carne, às coisas deste mundo. Seguir Jesus envolve: • relacionamento pessoal com Ele, tendo-O como Mestre e Senhor da sua vida; • prontidão para iniciar uma nova vida, deixando para trás o amor a este mundo, a si mesmo, à prática do pecado e às paixões da carne; • disposição para colocar Cristo acima de tudo e de todos, o que inclui seu trabalho, seu conforto, seus bens, seustatus, seu sucesso e sua própria família. 2. Deixe as desculpas e entregue-se totalmente Um dos principais impedimentos para alguém se comprometer com Jesus e Sua igreja são as desculpas. Sempre aparece algum motivo que se torna impedimento para o compromisso. Isso é tão natural que Cristo, por meio de uma parábola, já advertiu sobre esse costume. Leia Lucas 14.16-24 e identifique os três motivos mais comuns que as pessoas usam como “desculpas” para não assumirem compromisso com Deus. Combine alguns minutos para os participantes lerem os textos e completarem o quadro. Sugira que façam a atividade em duplas ou trios. Depois, incentive alguns deles a compartilharem o que escreveram com toda a classe. Faça comentários e correções, quando necessário. Exemplo de desculpas comuns nos tempos de Cristo Razão da desculpa Desculpas semelhantes apresentadas hoje em dia “Comprei um campo e Desfrute Comprei um sítio/casa na praia/título preciso ir vê-lo; peço que me desculpe” (v.18) dos bens num clube e preciso aproveitar os fins de semana; não posso assumir compromisso aos domingos. “Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; peço que me desculpe” (v.19) Trabalho Preciso fazer horas extras/viajar a trabalho/abrir o comércio nos fins de semana; não posso assumir compromisso aos domingos. “Casei-me e, por isso, não posso ir” (v.20) Família Preciso dar atenção ao meu marido/esposa e aos meus filhos; não posso assumir compromisso aos domingos. O texto bíblico é claro: “todos eles, um por um, começaram a apresentar desculpas” (Lc 14.18). Você conhece alguém que não se compromete com a igreja por que está envolvido em algum projeto pessoal ou por que está trabalhando muito? Se você colocar em primeiro lugar na sua vida o seu trabalho, a sua família ou a sua realização pessoal, eles se tornarão as desculpas que o impedirão de assumir um verdadeiro compromisso com Deus. 3. O compromisso é um sinal claro de que somos de Jesus Em Lucas 14.25-33, Jesus explica o significado de assumir o compromisso de se tornar um verdadeiro discípulo Dele. Leia o trecho completo, reflita a respeito e preencha o quadro. Leia com os participantes o texto indicado e dê tempo para todos refletirem e completarem o quadro. O que PENSO a respeito O que SINTO a respeito O que pretendo FAZER a respeito Amar a Jesus é ir além do interesse, é comprometer-se com Ele de modo intenso e prático. É colocá-Lo como prioridade e fazer Dele a razão para a nossa vida.Alguém que diz ter compromisso com Jesus, mas é incapaz de realizar algo para Deus, possivelmente é apenas um interessado, e não comprometido. O compromissado não é apenas simpatizante, mas alguém que ama o Senhor de todo o coração e está inteiramente disposto a sacrificar-se por Ele, a abrir mão de seus próprios interesses por amor e devoção a Cristo. Isso envolverá ações bem práticas, como: • participar das atividades da igreja (não apenas frequentar, mas colaborar); • sustentar a igreja por meio dos dízimos, ofertas, orações e voluntariado; • testemunhar continuamente de Jesus a todos; • abandonar os hábitos e práticas que não engrandecem o nome de Jesus; • buscar a santificação, evidenciada na transformação de vida (caráter e conduta). Uma ilustração poderá ajudá-lo. Conta-se que, numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários foi atingido por um bombardeio. Várias crianças tiveram morte instantânea. As demais ficaram muito feridas, entre elas, uma menina de 8 anos, em estado grave. Ela precisava urgentemente de sangue. Com um teste rápido, descobriram seu tipo sanguíneo, mas, infelizmente, ninguém da equipe médica era compatível. Chamaram os moradores da aldeia e, com a ajuda de uma intérprete, lhes explicaram o que estava acontecendo. A maioria não podia doar sangue, devido ao seu estado de saúde. Após testar o tipo sanguíneo dos poucos candidatos que restaram, constataram que somente um menino estava em condições de socorrê-la. Deitaram-no em uma cama ao lado da menina e espetaram-lhe uma agulha na veia. Ele se mantinha quietinho e com o olhar fixo no teto, enquanto seu sangue era coletado. Passados alguns momentos, ele deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a mão que estava livre. O médico pediu que a intérprete lhe perguntasse se estava doendo. Ele respondeu que não. Mas não demorou muito, soluçou de novo e lágrimas correram por seu rostinho. O médico ficou preocupado e pediu que a intérprete lhe perguntasse o que estava acontecendo. A enfermeira conversou suavemente com ele e explicou para o médico por que ele estava chorando: “Ele pensou que iria morrer. Não tinha entendido direito o que você disse e estava achando que ia ter de doar todo o seu sangue para a menina não morrer”. O médico se aproximou dele e, com a ajuda da intérprete, perguntou: “Mas se era assim, por que, então, você se ofereceu para doar seu sangue?” O menino respondeu prontamente: “Porque ela é minha amiga”. Desafie • a assimilarem a ideia de “seguir Jesus”; • a explicarem a relação entre “seguir Jesus” e “compromisso”, conforme a Bíblia; • a registrarem a aplicação pessoal na Revista de Estudos. Para não esquecer O compromisso que Cristo tinha com o Pai e conosco era tão grande que Ele Se dispôs a entregar Sua vida por nós. Paulo disse que podemos imitá-lo, da mesma maneira que ele imitava a Cristo (1Co 11.1). Nosso compromisso com Jesus deve ser tão intenso como o de Cristo, ou o de Paulo – ambos dispostos (cada um à sua maneira) a entregar a vida por amor e compromisso com Deus. Precisamos nos doar, nos entregar, fazer de nossa vida um testemunho público de que somos de Jesus e estamos dispostos a fazer o que for necessário para honrarmos nosso compromisso com Ele. Reflexão/Aplicação • Você é comprometido com Jesus ou interessado por Ele? • Você é comprometido com a igreja ou interessado por ela? • Lembre-se: sua resposta sempre será demonstrada por meio de suas atitudes e de sua forma de encarar a vida! Registre aqui o que você pode fazer para aumentar seu comprometimento com o Senhor. Escreva algumas atitudes ou decisões que você pretende tomar em decorrência desse entendimento. Invista seu tempo devocional nas preciosas lições deste estudo! DOM: Mt 4.18-22 Que verbo indica o compromisso assumido pelos discípulos com Cristo? Que ele quer dizer na prática? SEG: Lc 14.16-24 Que desculpas as pessoas deram para não assumir compromisso? Você já deu desculpas parecidas? TER: Lc 14.25-33 O que Jesus diz ser necessário para quem quer assumir compromisso com Ele? QUA: Lc 13.22-30 Qual a diferença entre os interessados em Deus e os compromissados com Ele? QUI: Fp 1.20-26 De que maneira Paulo deixa evidente seu compromisso com Deus? SEX: Fp 3.12-21 Que evidências o cristão verdadeiro dá de seu compromisso com Deus? SÁB: 1Pe 2.21-25 O que fez Cristo que O tornou merecedor de nossa total fidelidade e compromisso? EXEMPLO BÍBLICO DE COMPROMISSO COM DEUS ESTUDO 7 PENSAR SENTIR AGIR Entender que o comprometimento com Deus inclui o comprometimento com a obra de Deus. Sentir-se desafiado a comprometer-se com a obra do Senhor. Aceitar o desafio de comprometer-se a realizar a obra do Senhor. Pergunte aos participantes: “Quem gosta de desafios?” Peça que todos se manifestem, dividindo a classe em dois grupos: os que gostam de desafios e os que não gostam de desafios. Ao grupo que gosta de desafios, peça que tente elaborar argumentos para convencer os que não gostam a aceitar os seguintes desafios: 1) levantar uma grande quantia para a obra missionária; 2) construir um novo prédio para um projeto da igreja; 3) evangelizar um bairro da cidade. Ao grupo que não gosta de desafios, pergunte que tipo de argumentos poderiam convencê-lo a aceitar os três desafios propostos. Combine um tempo para o trabalho em grupos. Em seguida, escreva os três desafios no quadro e peça que o grupo dos que gostam de desafios apresente os argumentos para tentar convencer os que não gostam. Depois, peça que o grupo dos que não gostam diga se foi ou não convencido, e quais argumentos ajudariam a convencê-lo. Enquanto muitos judeus estavam acomodados à vida na Babilônia, cedendo aos costumes e à cultura babilônica, Neemias foi despertado pelo Senhor para voltar a Jerusalém e dar início a uma obra grande, desafiadora e demasiadamente perigosa. Apesar de Neemias ter muito prestígio como copeiro do rei, em vez de acomodar-se à boa vida que desfrutava no palácio, ele aceitou o desafio de dedicar-se totalmente à obra que o Senhor o chamou para realizar, apesar de parecer humanamente impossível. Neemias foi usado poderosamente por Deus para fazer uma grande obra, e o segredo para a vitória foi exatamente o comprometimento dele e do povo que se dispôs a trabalhar com ele em Jerusalém. Que aprendemos no estudo anterior? 1. Desafio ao compromisso com a obra de Deus Com a invasão dos babilônios, Jerusalém foi totalmente destruída (586 a.C.). Cento e quarenta anos havia se passado, e as imponentes muralhas que um dia a protegeram agora jaziam aos pedaços esparramados pelo chão (446 a.C.). Todos os seus portões tinham sido queimados. Aquela que havia sido a joia de Israel se tornou escombros. Os poucos judeus que habitavam nas redondezas viviam “em grande miséria e humilhação” (Ne 1.3). Foi esse o relatório que Neemias recebeu de seus parentes, quando eles retornaram de uma visita a Judá. Seu coração ficou dilacerado, e em lágrimas ele se colocou diante do Senhor, em jejum e oração (Ne 1.1-11). A cidade de Jerusalém foi destruída pelos babilônios em 586 a.C. Por 170 anos, apesar de diversas tentativas de reconstrução, a muralha que cercava a cidade permanecia em ruínas. Naquela época, uma cidade sem muros estava sem proteção, tornando o local totalmente inseguro para construção, moradia e desenvolvimento. Ladrões e saqueadores entravam e saíam da cidade livremente. Não havia como prosperar ali, nem viver em segurança. Além do mais, uma cidade sem muros era motivo de vergonha para seu povo. Por isso, enquanto não tivessem os muros reconstruídos, Jerusalém estava fadada à humilhação e à miséria. Foi nesse momento que o Senhor chamou Neemias e lhe deu a visão do que deveria fazer. Aos olhos humanos, um trabalho impossível, mas Neemias não questionou. Creu, orou e agiu. Assim que o Senhor lhe deu uma oportunidade diante do rei Artaxerxes, Neemias a aproveitou, e o Senhor lhe concedeu o favor do rei da Pérsia (Ne 2.1-10). As pessoas que serviam o rei deveriam se apresentar diante dele
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