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Copyright © 2008, Editora Cristã Evangélica Todos os direitos nacionais e internacionais desta edição reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida – em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação, etc. – nem apropriada ou estocada em sistema de banco de dados, sem a expressa autorização da Editora Cristã Evangélica (lei nº 9.610 de 19/02/1998), salvo em breves citações, com indicação da fontes As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Atualizada (ARA), 2ª edição (Sociedade Bíblica do Brasil), exceto indicações de outras versões. Editora filiada à Associação de Editores Cristãos Rua Goiânia, 294 – Parque Industrial 12235-625 São José dos Campos-SP comercial@editoracristaevangelica.com.br www.editoracristaevangelica.com.br Telefax: (12) 3202-1700 mailto:comercial@editoracristaevangelica.com.br http://www.editoracristaevangelica.com.br/ A vida cristã verdadeira é um compromisso sem reserva com o Senhor Jesus. O nosso Salvador não está procurando pessoas que Lhe deem o tempo que lhes sobra. Procura, porém, aqueles que O colocam em primeiro lugar na vida. Nada menos que uma rendição incondicional deve ser a resposta adequada ao Seu sacrifício na cruz do Calvário. Podemos afirmar que tal amor tão sublime nunca poderia satisfazer-se com menos do que nossa vida – de fato, com tudo que temos. “Quando Cristo chama um homem, Ele o chama para vir e morrer”, disse Dietrich Bonhoeffer. Nessa afirmação surpreendente e radical, temos a essência da natureza do verdadeiro discipulado que Jesus espera de nós como crentes. Não há dúvida de que há formas diferentes de morrer. Poucos crentes são chamados para um martírio literal, como o próprio Bonhoeffer, no campo de concentração nazista, em 1945. Mas cada crente é chamado para uma entrega total da sua vida ao serviço do Mestre. A tragédia da igreja evangélica do século XXI é que ela tem negligenciado a pregação de renúncia, de sacrifício, do verdadeiro discipulado. Com muita frequência, consideramos a fé cristã como um escape do inferno e uma garantia para alcançar o céu, sem reconhecer que o Senhor Jesus exige nossa renúncia a tudo quanto temos (Lc 14.33). Por meio destas lições, aprenderemos que Tudo entregarei quer dizer tudo mesmo – minha vida, meu tempo, minhas mãos, meus pés, minha voz, meu dinheiro, minha inteligência, minha vontade, meu coração, meu amor e meu corpo – sim, tudo! Foi o missionário para os índios aucas, Jim Elliot, que disse: “Não é nenhum insensato aquele que dá o que não pode guardar para ganhar o que não pode perder”. Ser um cristão indiferente e passivo pode apenas garantir uma existência miserável. Entregar tudo a Cristo – ser completamente dedicado a Ele – é a maneira mais certa de desfrutar o melhor. Que por meio destas lições a nossa vida seja transformada, porque começamos, de fato, a entregar tudo ao Senhor! John D. Barnett 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 – Sumário – Equilíbrio ou dedicação? Prioridade ou urgência? Descanso ou serviço? Realidade ou rotina? Obrigação ou ministério? Qualidade ou quantidade? Observador, envolvido ou participante? Conversa ou fofoca? Conversa ou comunicação? Riqueza ou pobreza? Generosidade ou avareza? Imposto ou ato de culto? Inteligência ou sabedoria? Liberdade ou escravidão? Amor ou paixão? Útil ou fútil? Tudo ou nada? 1 Equilíbrio ou dedicação? texto básico Lucas 14.33 versículo-chave Salmo 116.14 “Cumprirei os meus votos ao Senhor, na presença de todo o seu povo” alvo da lição Ao estudar esta lição, você terá condições de estabelecer compromisso absoluto com Deus. leia a Bíblia diariamente seg Jo 17.1-5 ter Jo 15.1-11 qua Jo 15.12-16 qui Rm 12.1,2 sex Fp 2.5-11 sáb Hb 11.1-22 dom Hb 11.23-40 O aluno será capaz de saber estar ciente da importância do estabelecimento de compromisso com Deus; sentir querer que toda a vida esteja nas mãos do Senhor; agir cumprir os compromissos com Deus. Sugestão Inicial Sugestão Inicial Como foi sugerido nas orientações gerais, prepare um grande painel em papel tamanho A3 (ou outro de sua conveniência) e, a cada domingo, escreva ou cole a estrofe do hino a ser estudado. Comece as aulas desta revista cantando o trecho a ser estudado no dia. A seguir, pergunte a idade de alguns e há quanto tempo foram salvos por Cristo. Sugerimos: Foi bom conhecer a Jesus desde criança? O que mudou em sua vida, desde que você encontrou a Jesus? Adéque as perguntas à classe. Ao final, pergunte aos entrevistados: e sua vida de consagração ao Senhor é total ou falta alguma coisa para ser entregue? A pergunta não é para ser respondida – é reflexiva. Em seguida, escreva no quadro: CONSAGRAÇÃO Explique aos alunos o que significa consagração: ato de consagrar; fazer sagrado; oferecer a Deus por culto ou voto; dedicar a Deus. Diga que, durante o estudo das lições, eles terão oportunidade de refletir sobre essa questão. Precisamos entender de maneira consciente o que as palavras “compromisso” e “profundidade” representam para nós, principalmente quando aplicadas à vida espiritual. Não podemos começar a estudar esta série de lições tão significativas à vida cristã sem entender que precisamos seguir o Senhor sem olhar para trás (compromisso), e também conhecê-Lo, envolvendo-nos com Ele mediante o estudo da Bíblia e uma vida de oração em dependência do Espírito Santo (profundidade). O equilíbrio tem o seu valor na vida do crente, entretanto, nossa proposta neste estudo é verificar que, no relacionamento com Deus, devemos converter o equilíbrio em dedicação completa a Ele. Propomos analisar os aspectos a seguir com o objetivo de encontrar uma posição bíblica para esse comportamento da nossa fé. Orientação Didática Professor: diga que consagração significa vida de compromisso e de profundidade. Coloque no quadro dois pequenos cartazes, assim: COMPROMISSO (sem olhar para trás) PROFUNDIDADE (dependência do Espírito Santo) Diga que Jesus é o grande exemplo de comprometimento e de vida espiritual profunda. Pergunte: Quais são os aspectos da vida de Jesus que podem nos inspirar como exemplo de dedicação e consagração? Vá anotando as respostas no quadro e comente- as. Jesus como modelo para nosso compromisso com Deus: 1. Jesus cumpriu a missão que Deus Lhe entregou, integralmente. Induza a classe a refletir sobre o cumprimento da missão recebida. Pergunte se cada um sabe qual é a própria missão e o que tem feito para cumpri-la. 2. Jesus Se identificou com a raça humana, fazendo-Se homem para melhor conhecer o ser humano. Pergunte a alguns alunos: O que você tem feito para conhecer as pessoas que estão ao seu redor? Tem procurado entendê-las melhor? 3. Jesus veio para servir. Reflita com a classe sobre o fato de que as pessoas estão mais interessadas em ser servidas. Tomando o exemplo de Jesus, os salvos devem estar prontos a servir. I. Inspiração no grande modelo de Jesus Pensemos em tudo a que o Senhor Se dedicou vivendo como homem aqui na terra. Não existe modelo, para nós que cremos no evangelho, mais atraente do que este: o Filho de Deus abandonar por mais de 30 anos a Sua glória divina (Fp 2.6-8) para cumprir uma missão programada antes da criação do mundo (Jo 17.3-5). Ao ler os evangelhos, compreendemos a completa identidade que Ele teve com a raça humana. O momento em que Se entregou ao Espírito Santo para ser concebido no ventre de Maria (Lc 1.35) foi muito mais do que um estado da alma, foi um ato de profunda entrega ao Pai em favor do ser humano. Ele não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida por nós; não veio para desfrutar os confortos do mundo; não viveu entre pessoas com as quais era fácil Se relacionar; não teve um cotidiano tranquilo. O exercício espiritual, testemunho- chave do relacionamento com o Pai, foi o segredo para a riqueza da Sua pregação e ministério. Em Hebreus 12.2, temos a informação de que a dedicação de Jesus tinha como fim uma “alegria”, e por causa dela Ele suportou a cruz. aplicaçãoTenho buscado conhecimento de Jesus objetivando desenvolver, como Ele, obediência completa ao Pai? Essa dedicação me leva a servir aos homens? II. Compreensão do caráter de Deus Pergunte por que as pessoas não se dedicam a Deus como deveriam. Ouça as opiniões. Depois, escreva no quadro a afirmação que segue, enquanto faz comentários. PORQUE AS PESSOAS NÃO TÊM COMPREENSÃO DO CARÁTER DE DEUS Não conhecem o caráter de Deus porque estudam a Bíblia superficialmente. Pergunte reflexivamente, como eles têm estudado a palavra de Deus. Procuram a Deus de modo interesseiro. Pergunte até que ponto eles buscam a Deus para se dedicar a Ele plenamente ou apenas para ter seus interesses atendidos. Não compartilham a Deus com ninguém. Mostre que o crente que realmente conhece o caráter de Deus é impulsionado a compartilhá-Lo com outros. É possível que muitos crentes não se dediquem devidamente a Deus por conhecê-Lo pouco, por estudar de maneira superficial a Bíblia ou por querer conhecê-Lo apenas para suprir suas necessidades. O fato é que muitos têm Deus como um meio para alcançar seus próprios interesses, em vez de ser Ele o fim de todas as suas realizações. E isso os leva a ter uma visão limitada de quem Deus é. Jonas, sem dúvida, é um bom exemplo de alguém que teve um conhecimento rico do caráter de Deus. O problema dele foi não querer compartilhar o amor de Deus com aqueles que julgava não merecedores da graça do Senhor. Foi por isso que, quando Deus concedeu perdão aos ninivitas, Jonas se revoltou contra o caráter amoroso de Deus a favor daquele povo inimigo (Jn 4.2). Quando Jesus nos ensina a permanecer no Seu amor (Jo 15.8-10), Ele está propondo que quanto mais conhecemos Seu caráter, mais temos que mostrar a prática desse amor. aplicação Quero conhecer a Deus a fim de realizar-me Nele, independente do que Ele pedir que eu faça e seja? Quero compartilhar com outros o mesmo amor que teve por mim, independente de quem sejam? III. Sobriedade no relacionamento com Deus Pergunte à classe como deve ser o relacionamento do crente com Deus. Proceda como no item anterior, deixando que os alunos opinem, depois escreva no quadro: Deve ser um relacionamento de sobriedade A fé em Deus deve ser racional, como ensina Paulo aos Romanos, o que conduz a um envolvimento da pessoa com Deus. Reflita com os alunos como tem sido o envolvimento deles com o Senhor. A fé em Deus aponta para uma recompensa na eternidade. Somente um relacionamento de fé com o Senhor pode proporcionar bênçãos na vida futura. O relacionamento com Deus implica consciência de quem Ele é. Ressalte que o cristão deve, a cada dia, procurar conhecer mais a Deus para estabelecer com Ele um relacionamento pleno. Devemos retomar aqui a ideia de uma fé lúcida, como nos ensina Romanos 12.2 sobre o culto racional. Paulo enfatiza à igreja que a fé não é um “passo no escuro”, mas um envolvimento pessoal com o Senhor. É dentro dessa perspectiva que devemos ler o capítulo 11 de Hebreus. Foi pelo conhecimento do Deus a quem eles serviam (e de todo o poder que Ele tem) que muitos viram muralhas cair, foram salvos de cidades condenadas, tiveram filhos fora das condições estabelecidas pela natureza humana, etc. Outros morreram por causa desse Deus; outros desprezaram a glória do poder deste mundo para verem uma recompensa vindoura muito melhor. Não existe verdadeira dedicação a Deus sem que tenhamos uma clara consciência de quem Ele é. aplicação Por que a igreja, de modo geral, canaliza mais energia para experiências emocionais do que racionais com Deus? Philip Yancey, ao analisar a vida de Jó, conclui que Deus está muito mais interessado “na minha fé do que no meu prazer.” aplicação Como posso medir a minha dedicação ao Senhor? Ajo mais por conveniência ou por consciência de que Ele é digno? Sugestão Final Faça quatro perguntas, uma para cada tópico, para avaliar o desempenho de seus alunos, enquanto promove a revisão do estudo. 1. Por que o cristão deve procurar o exemplo de Jesus como equilíbrio de vida cristã num processo de dedicação de vida? 2. Como o cristão pode chegar à compreensão do caráter de Deus? 3. Por que é importante que a fé em Deus seja clara, definida e racional? 4. Por que não pode haver relacionamento com Deus se a pessoa não demonstrar interesse? O autor do texto do aluno colocou, ao final de cada item, algumas questões para reflexão. Você poderá usá-las neste momento de aplicação. Proceda da seguinte maneira. Peça aos alunos que formem duplas. Diga-lhes que você vai apresentar algumas perguntas para as quais devem estar bem atentos e que cada um deve compartilhar com o companheiro a própria resposta. Quando tiverem respondido a última pergunta, a dupla deverá orar. Perguntas: O que tenho feito para servir as pessoas, como resultado de minha dedicação ao Senhor? O que tenho feito a fim de compartilhar com as pessoas o amor de Deus para comigo? Por que as igrejas, hoje, procuram conduzir as pessoas mais para uma experiência emocional do que racional com Deus? Procuro dedicar-me a Deus mais por conveniência ou por consciência? Atente que, pelo teor das perguntas e consequentes respostas, as duplas devem ser formadas por pessoas que se conhecem, que têm certa confiança mútua. Relembre que essa atividade deve ser encerrada com oração. Conclusão Concluímos este estudo verificando que o contato de Jesus com Seus discípulos sempre exigiu uma resposta clara e urgente. Seus ouvintes devem demonstrar interesse em segui-Lo, disposição em obedecer-Lhe em tudo, renúncia a tudo quanto têm, prontidão para dar a vida por Ele. Ser um discípulo de Jesus ainda continua a exigir uma clara definição do envolvimento que queremos com Sua doutrina e permissão para que o Espírito Santo produza em nós o fruto que glorifica o Pai e nos identifica como Seus discípulos (Jo 15.8). 2 Prioridade ou urgência? texto básico Mateus 24.45-51 versículo-chave Efésios 5.15-16 “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus” alvo da lição “Portanto, tenham cuidado com a maneira como vocês vivem, e vivam não como tolos, mas como sábios, aproveitando bem o tempo, porque os dias são maus” leia a Bíblia diariamente seg Ef 5.15-21 ter Cl 4.1-6 qua Tg 4.7-17 qui Sl 54.1-7 sex Mt 24.45-51 sáb Mt 6.25-34 dom Rm 11.33-36 O aluno será capaz de saber ter consciência do próprio dever com relação à administração do tempo; sentir avaliar como está lidando com o tempo de que dispõe; que toda a vida esteja nasmãos do Senhor; agir buscar dar prioridade às obras relativas ao reino de Deus. Sugestão Inicial Sugestão Inicial No painel que você preparou para as aulas do quadrimestre, escreva ou cole o trecho do hino que será estudado hoje. Meus momentos e meus dias sejam só em Teu louvor Com seus alunos, cante a estrofe da aula anterior e a de hoje. Após o cântico, apresente um relógio de parede (gravura ou o próprio objeto). Ressalte: Vocês cantaram que dedicariam ao Senhor todos os momentos e dias! Diga- lhes que é sobre o tempo de louvor ao Senhor que vão estudar nesta lição. Faça perguntas Quem é o dono de todas as coisas? (Deus) Quem é o dono do tempo? (Deus) Sendo Deus o dono do tempo, qual deve ser a nossa responsabilidade com o tempo que Ele nos dá? (Cuidar do tempo) O que é necessário o crente fazer para cuidar bem do tempo de Deus? (É necessário dedicar-se, completamente, ao Senhor.) Peça que um aluno leia as palavras de Paulo em Filipenses 1.21 e pergunte: O que Paulo quis dizer quando se expressou assim? Deixe que os alunos emitam opiniões. Após breves comentários, escreva no quadro: MORDOMIA Pergunte: Vocês sabem o que é mordomia? Ouça algumas opiniões. Defina, então, de acordo com a introdução na lição do aluno. Destaque a dificuldade que se tem hoje em entender esse conceito, uma vez que se tornou comum interpretar mordomia como aproveitamento dos recursos públicos, por parte dos governantes. Nós somos despenseiros de Deus. Despenseiro é aquele que administra os negóciosde outros. Nada do que o despenseiro cuida é dele. Ele cuida das coisas do seu senhor. Tudo o que nós temos pertence ao Senhor e é Dele que recebemos todas as coisas: vida, dons, talentos, bens, tempo. Nem mesmo nosso corpo nos pertence (1Co 6.19-20). E os nossos filhos? São herança do Senhor (Sl 127.3). Nós somos administradores de Deus, e tudo precisa ser administrado da maneira mais sábia, de acordo com Sua vontade e prioridades (Rm 11.36). Tudo deve ser feito para a glorificação Dele. A administração infiel traz resultados desastrosos (Mt 25.30). O sábio investimento de nossos bens, talentos, tempo, traz bênçãos incontáveis (Mt 25.21). Somente quando o despenseiro entrega toda a sua vida ao Senhor, sem restrições, é que consegue ser bem-sucedido na administração dos recursos materiais, intelectuais, sociais e espirituais que lhe foram confiados. O apóstolo Paulo entregou-se inteiramente nas mãos do Senhor. Diz ele em Filipenses 1.21. “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”. Essa é a mordomia pessoal: a rendição total da vida a Deus. Sem dúvida, essa é a melhor mordomia. aplicação Que tipo de mordomo é você? Que relatório dará a Deus quando tiver que Lhe prestar contas? Nesta lição, até a de número seis, estudaremos a mordomia do tempo, em seus diferentes aspectos. Queremos refletir com você sobre: não desperdiçar tempo; aproveitar as oportunidades; administrar seus dias com sabedoria; preparar-se para a volta de Cristo; ter as coisas de Deus como prioridade na vida. Orientação Didática 1. Divida a classe em quatro grupos. Cada grupo vai discutir um item. 2. Escolha um líder e oriente sobre: a. respeitar o tempo estabelecido por você; b. discutir somente o que está sendo proposto; c. respeitar a opinião alheia; d. não monopolizar as discussões. 3. Prepare o roteiro a ser seguido pelos grupos (estão dispostos nos tópicos). Oriente os alunos a que consultem a própria lição para auxiliá-los na atividade. 4. Ao final, junte os quatro grupos e peça que cada líder compartilhe com a classe as conclusões a que chegaram. Não se esqueça de controlar o tempo. I. Meus momentos sejam só em Teu louvor Grupo 1 Meus momentos sejam só em Teu louvor. Cada momento da vida é extremamente valioso por ter sido dado por Deus. Remir o tempo é aproveitar bem todos os minutos da vida. 1. Fazer uma relação de atitudes e ações que demonstram o bom aproveitamento do tempo que nos é dado por Deus (aproveitar bem o tempo demonstra sabedoria). 2. Fazer uma lista de coisas que nos impedem de um bom aproveitamento do tempo. 3. Fazer uma lista de coisas que demonstram o mau aproveitamento do tempo. Usar bem o tempo é uma oportunidade para testemunhar de Jesus. Cada momento de nossa vida é sumamente valioso e, por isso, temos o dever de ser cuidadosos no uso do tempo que Deus nos dá (Ef 5.15-16). 1. Remir o tempo (Ef 5.15-16) “Remir o tempo” significa aproveitar, com sabedoria, cada momento da vida. Horace Mann, nos Estados Unidos, publicou um interessante anúncio: “Perderam-se duas horas cravejadas de sessenta brilhantes cada uma. Não se dá recompensa a quem as entregar, porque essas joias não se tornam a encontrar jamais”. Um minuto que se perde está perdido para sempre. Não há como recuperá- lo. Talvez seja esta – a mordomia do tempo – a mais difícil de ser praticada. A todo instante, o tempo está nos escapando “pelos vãos dos dedos”. Paulo recomenda o uso disciplinado do tempo – pede aos crentes de Éfeso que tirem o maior proveito do tempo, pois é assim que fazem as pessoas sábias. Os ignorantes, diz Paulo, desperdiçam seu tempo, aplicando-o sem nenhum retorno proveitoso, e quase sempre em prejuízo próprio. Os néscios aplicam seu tempo nas coisas do mundo, satisfazendo aos desejos da carne (Ef 2.1- 3). Quantos gastam seu tempo embriagando-se, jogando, em frente à televisão, assistindo programas sem nenhum proveito. Há aqueles que ficam nos telefones, nas portas e calçadas, criticando a vida alheia. Que perda de tempo! Nós somos cidadãos da pátria celestial (Fp 3.20). Pesa sobre nós a grande responsabilidade quanto à aplicação que fazemos das coisas boas que nosso Pai, o Criador, nos dá. O tempo que recebemos Dele é muito precioso. Precisamos ser fiéis na administração de cada momento de nossa existência. 2. Aproveitar as oportunidades (Cl 4.5-6) Paulo recomenda aos colossenses que não percam nenhuma oportunidade de dar bom testemunho, a fim de ganhar os incrédulos. Todos os momentos, todas as conversas, deveriam ser usados da maneira mais proveitosa possível. aplicação Você tem sido sensível às oportunidades que Deus lhe dá para falar de Jesus a quem não O conhece? Certas oportunidades podem ser únicas. II. Meus dias sejam só em Teu louvor Grupo 2 Meus dias sejam só em Teu louvor. O tempo deve ser usado, considerando-se que a morte é um fato inevitável. A morte tira a oportunidade que nos foi dada para o louvor do Senhor, em vida. 1. Fazer uma lista de atitudes e ações que podem ser entendidas como ações de louvor ao Senhor. 2. Explicar a expressão de Moisés, no Salmo 90.10 – “Tudo passa rapidamente, e nós voamos”. O louvor constante e diário deve ser expressão de gratidão a Deus pela vida que nos dá. O tempo deve ser usado considerando-se a certeza da volta de Cristo. Lembre que o Senhor só levará com Ele os que estiverem ativos no Seu serviço. 1. A incerteza da vida (Tg 4.14-15; Sl 90; Sl 54.4) A vida nos oferece muitas oportunidades, mas alguns fatos tornam-se inevitáveis. A morte é um fato inevitável. Na Bíblia há diversas passagens que tratam da transitoriedade da vida. a. Tiago comparou a vida à neblina que se levanta pela manhã, mas com o aparecimento do sol, logo se dissipa (Tg 4.14). b. Moisés, escrevendo o salmo 90, diz que a vida é como o dia de ontem que se foi; alguns vivem até setenta anos, outros até oitenta, mas “tudo passa rapidamente, e nós voamos” (Sl 90.4-6, 9-10). O que fazer ante essa realidade? Tiago nos recomenda que a incerteza da vida deve nos lembrar quanto dependemos de Deus (Tg 4.15). Moisés nos aconselha que, diante da brevidade da vida, devemos pedir a Deus que nos ensine a administrar os nossos dias de tal forma que alcancemos coração sábio (Sl 90.12). Davi, no salmo 54, afirma: “… o Senhor é quem me sustenta a vida”. Diante disso, diz o salmista: “louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom” (Sl 54.4 e 6). 2. A certeza da volta de Jesus (Mt 24.45-51) Outro fato inevitável, que aguardamos a qualquer momento, com ansiedade, é a volta do Senhor Jesus. No Seu discurso de despedida, Ele conforta os apóstolos e anuncia a Sua volta: “E quando eu for e preparar um lugar, voltarei…” (Jo 14.3). Jesus, que prometeu voltar, é fiel para cumprir Sua Palavra (Hb 10.23). Esta é a bendita esperança da igreja. É a sua esperança também? Você deseja a volta de Cristo? a. No sermão apocalíptico, pronunciado por Jesus (Mt. 24-25) – Ele prediz a Sua volta, menciona alguns fatos que precederão esse acontecimento e exorta à vigilância, pois ela será repentina e inesperada. Ninguém sabe o dia, nem a hora, em que Cristo voltará. Grupo 3 Parábolas que ensinam sobre o bom uso do tempo. Jesus usa a parábola do servo fiel e dos iníquos para falar da má administração dos dons dados por Deus. 1. Dar três exemplos do mau uso dos dons. Os líderes são responsáveis por cumprir, adequadamente, a tarefa dada por Deus. 2. Dar três exemplos do bom uso dos dons. O tempo limite para o bom uso do tempo é a morte ou a volta de Jesus. A atitude de louvor contínuo conduz a pessoa à condição de bem-aventurada. b. Na parábola do servo fiel e dos servos iníquos (Mt 24.45-51), Jesus desejava repreender os líderes religiosos e toda a nação judaica, pela má administração dos dons da graça de Deus, mas também alertar cada crente a ser fiel no cumprimento de seus deveres, usando corretamente os dons recebidos, porque cada um terá que prestar contas a Deus de seu serviço. c. Na parábola das dez minas (Lc 19.11-27), Jesus recomenda: “Negociem até que eu volte” (v.13). O evangelista João nosexorta a fazer a obra enquanto é dia (Jo 9.4). Não podemos perder tempo! Temos que aproveitar cada momento, que o Pai nos dá, para testemunhar de Jesus: saudando um vizinho, confortando um aflito, visitando um doente, alimentando um faminto, vestindo um descamisado, apresentando o plano de salvação a um descrente. Essa é a forma de passarmos os nossos dias louvando ao Senhor: “Bem- aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim” (Mt 24.46). aplicação Você é bem-aventurado? Está pronto para encontrar-se com o Mestre? Tudo nos leva a crer, cada dia mais, que a Sua volta está muito próxima. Estas duas verdades: a incerteza da vida e a volta de Cristo devem inspirar e motivar o crente a levar uma vida de prontidão santa e produtiva na seara do Mestre. III. Prioridade ou urgência? Grupo 4 Prioridade ou urgência? A vida de louvor contínuo deve representar prioridade para o crente (o que há de mais importante) e urgência (deve ser feito com rapidez). De acordo com Mateus 6.33, servir ao Senhor é uma questão de prioridade. As questões do dia a dia não podem ser priorizadas em razão da urgência que temos em atender nossos interesses pessoais. O tempo, que nos é dado por Deus, deve ser priorizado para o louvor de Sua glória. 1. Fazer uma lista de coisas que nos parecem urgentes e que colocamos como prioridade de nossa vida, deixando para depois o louvor ao Senhor. 2. Relacionar atitudes que demonstram priorização do reino de Deus. Diante da incerteza da vida e da volta iminente de Jesus, a prudência nos adverte: Prioridade e urgência. Prioridade é aquilo que é mais importante; aquilo que ocupa o primeiro lugar. Urgência é aquilo que urge; aquilo que é iminente. aplicação Qual a prioridade máxima de sua vida? O que é urgente para você? No nosso dia a dia, temos a tendência de colocar a urgência antes da prioridade. Atribui-se a Eisenhower a frase: “O que é urgente raras vezes é importante, e o que é importante raras vezes é urgente”. A nossa vida é controlada pela urgência dos nossos interesses. Deixamos de lado as prioridades para atendermos o urgente. Jesus, no Sermão do Monte, recomenda: “busquem em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas” (Mt 6.33). Temos aqui a teologia das prioridades: o reino de Deus, a justiça de Deus, o tempo de Deus. aplicação Você está pronto? É prioridade! É urgente! Sugestão Final Chame à frente um representante de cada grupo (que não tenha sido o líder durante a discussão). Dirija a cada aluno uma pergunta. Se não acertar a resposta, você pode repassar a pergunta para outra pessoa do grupo. Ao aluno do grupo 1, pergunte: Por que a pessoa que louva, continuamente, ao Senhor se torna bem-aventurada? Ao aluno do grupo 2, pergunte: Que atitude você pode ter, em seu trabalho, que demonstre louvor contínuo ao Senhor? Ao aluno do grupo 3, pergunte: O que deve vir antes, em nossa relação com o Senhor: a prioridade ou a urgência? Ao aluno do grupo 4, pergunte: Qual o limite de tempo para o nosso louvor? Entregue a cada aluno uma pequena agenda semanal, para que escreva o que é mais importante para ele, a cada dia. Dê alguns minutos para que os alunos respondam. Depois, pergunte-lhes: Durante esta semana, que tempo vocês terão para dedicar ao Senhor? O que é prioritário para vocês? O que é urgente? Encerre este momento com oração, pedindo ao Senhor que dê sabedoria a todos em relação ao uso do tempo. Conclusão Vamos dar primazia às coisas de Deus. Vamos investir o tempo, que Ele nos dá, nas coisas mais importantes, que, muitas vezes, temos negligenciado em favor da urgência dos nossos interesses. Mas o tempo urge! “Cristo mui breve do céu virá, pois prometeu e jamais faltará”, diz o hino. Vamos priorizar a obra de Cristo, pois ela é urgente, “a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”. Que os momentos de nossa vida, os dias que Deus nos dá aqui na Terra sejam, todos eles, oferecidos para louvor do Senhor. 3 Descanso ou serviço? texto básico Êxodo 20.8-11 versículo-chave Êxodo 20.8 “Lembre-se do dia de sábado, para o santificar” alvo da lição Ao estudar esta lição, você terá condições de identificar o que a Bíblia diz a respeito do sábado e de guardar corretamente o dia do Senhor. leia a Bíblia diariamente seg Ne 10.28-31 ter Ne 13.15-22 qua Mc 2.23-28 qui Mc 3.1-6 sex Lc 4.16-21 sáb Lc 6.6-11 dom Jo 5.10-18 O aluno será capaz de saber identificar o que a Bíblia diz sobre o sábado; sentir propor-se a servir ao Senhor adequadamente; agir guardar corretamente o dia do Senhor. Sugestão Inicial Sugestão Inicial Para esta lição, não é preciso escrever o texto do hino a ser estudado, por ser o mesmo da semana passada. Convide os alunos para que cantem, com você, a letra que já está no painel. Peça que um deles leia Êxodo 20.8-11, e faça algumas perguntas: a. Quantos dias foram dados ao homem para trabalhar? (Seis dias) b. De quem é o sétimo dia? (Do Senhor) c. Segundo o texto, qual o trabalho que pode ser feito no sétimo dia? (Nenhum trabalho) d. Qual a razão dada por Deus para que não trabalhemos no sétimo dia? (Assim como Deus descansou, o homem também deve descansar) A seguir, pergunte a cinco ou seis alunos: você tem levado a sério essa questão? Você tem guardado o sétimo dia, assim como o Senhor recomendou? Conclua esse momento dizendo que guardar o sétimo dia é também uma questão de mordomia. Relembre o conceito de mordomia do tempo, que já foi estudado. Que grande presente Deus deu ao Seu povo! Levantemos as nossas vozes num cântico de louvor ao nosso Deus por nos ter dado o dia do Senhor. Que esse dia seja mantido, para a igreja de Jesus Cristo, até que Ele venha! Leia Êxodo 20.8-11. É interessante notarmos que o sétimo dia é chamado “o sábado do Senhor”. Esse dia não é nosso, mas é do Senhor. Também não é “um sétimo dia” qualquer, mas é “o sétimo dia”. Guardar o dia do Senhor é, portanto, uma questão de mordomia. É a mordomia do tempo, segundo a qual devemos reservar um dia da semana para o Senhor. aplicação Como você administra o domingo? O que você faz no dia do Senhor? Orientação Didática Desenvolva esta lição com a participação da classe. Prepare as perguntas sugeridas em tiras de papel, observando que as respostas estão entre parênteses. Entregue uma pergunta a cada aluno, sem a resposta. Durante a explanação, faça a pergunta. Deixe o aluno livre para se expressar, pois, logo a seguir, você vai ministrar o assunto. Acrescente outras que entender relevantes para a sua turma. I. O dia do Senhor no Antigo Testamento (Êx 20.8-11) Façamos algumas considerações sobre o quarto mandamento, que estabelece a santificação do dia do Senhor. Que quer dizer a palavra sábado? (Quer dizer descanso, folga, parada.) 1. O significado da palavra “sábado” “Sábado” é uma palavra que não foi traduzida, mas transliterada. Em hebraico, é shabbat; em grego, ésabbaton; em português, é sábado. Seu significado é: descanso, cessamento do labor, repouso, folga, parada. A palavra “sábado” não significa “sétimo dia”, mas “descanso”. Quem criou o sábado? Quando? (Foi o próprio Deus, quando acabou o trabalho de criação do mundo.) 2. A instituição do descanso A santificação do dia do Senhor não se originou com a igreja, tampouco na imaginação de um homem, mas se originou na mente de Deus, o Criador. Vem desde a criação e tem como exemplo o próprio Deus (Êx 20.11). Como está em Êxodo 16.23, os judeus aprenderam a guardar o “dia do descanso” antes mesmo da instituição da lei. Quando Deus diz que o homem trabalhará seis dias e no sétimo descansará, quantos deveres há aí definidos para o homem? (O dever de trabalhar e o dever de descansar.) 3. Deveres contidos no quarto mandamento (Êx 20.9-10) Há dois deveres expressos nesse mandamento: o dever de trabalhar e o dever de descansar. Por que o homem deve trabalhar? (Porque o trabalho é um mandamento estabelecido por Deus; a preguiça não agrada ao Senhor.) a. O dever do trabalho – O quarto mandamento não ordena apenas o descanso, masexige o trabalho. O ocioso, o preguiçoso está quebrando esse mandamento. Antes do descanso, vem o trabalho. b. Por que o cristão não pode maldizer o trabalho? (Porque ele é uma bênção dada por Deus.) Que acontece com a pessoa preguiçosa? (Ela não trabalha, não planeja para o futuro, não resolve seus problemas e desperdiça o tempo que Deus lhe dá.) O que o trabalho digno produz? (O progresso do país, o sustento da família e o sustento da obra do Senhor.) O trabalho é uma bênção e foi estabelecido por Deus nos Dez Mandamentos. O trabalho, digno e honesto, seja ele qual for, contribui para o progresso do país, para o sustento próprio e da família, para o sustento da obra do Senhor. Em várias passagens de Provérbios, Salomão adverte sobre o perigo de ficar ocioso. O preguiçoso não trabalha (Pv 13.4); não planeja para o futuro (Pv 6.6-9; 20.4); não resolve seus problemas (Pv 15.19; 26.13) e desperdiça seu tempo (Pv 18.9). Diante do mandamento que Deus deu de trabalhar e de descansar, qual a importância atribuída por Ele ao trabalho? (Primeiro, Ele ordenou o trabalho para depois ordenar o descanso.) Depois que o aluno responder, leia Êxodo 20.10 e comente sobre a ordem em que Deus colocou esses mandamentos. c. O dever do descanso – Deus instituiu o dia do descanso para o bem da sociedade humana. Dos sete dias da semana, Deus nos deu um para o descanso (Êx 16.29-30). Por que é necessário que o homem observe o dia do descanso? (Porque o corpo e a mente necessitam de repouso após algum tempo de atividade intensa.) Fale de como os médicos recomendam o descanso para as pessoas e como, numa empresa, os funcionários que não descansam adequadamente não conseguem produzir o que poderiam. O sábado é um presente divino, visando o descanso e o benefício do homem. O descanso é uma recompensa dada ao homem pelo trabalho executado. É uma necessidade humana. O dever do descanso é um dever de mordomia. aplicação Você tem considerado essa grande bênção recebida do Pai? II. O dia do Senhor no Novo Testamento (Mc 2.23-28) Como os judeus encaravam o sábado? (Eles guardavam o sábado com tanta rigidez que o dia de descanso passou a ser um peso na vida deles.) Diga à classe que os judeus, no sábado, não podiam abrir uma porta, carregar um grampo no cabelo, pois isso era considerado trabalho. 1. Jesus e o sábado Os judeus, com suas tradições orais, haviam colocado uma sobrecarga aos mandamentos de Deus. Em relação ao sábado, criaram uma série de proibições mais rigorosas do que Deus havia ordenado. Guardar o sábado, na época do Novo Testamento, havia se tornado um peso e uma maldição. O fanatismo era tal que uma boa ação não poderia ser praticada no sábado. O que aconteceu entre os fariseus e Jesus, por causa do sábado? (Eles discutiram sobre o assunto, porque os fariseus não admitiam nem a prática de boas obras no sábado. Eles censuraram Jesus, porque Este curou no sábado.) Qual foi a reação de Jesus quando foi censurado pelos fariseus, em razão da cura que praticou? (Jesus falou do verdadeiro significado e objetivo do sábado.) Depois da resposta dos alunos, leia e comente Mateus 12.8 e Marcos 2.27. Muitas vezes, nos evangelhos, vamos encontrar Jesus discutindo com os fariseus (Mt 12.1-8). Várias vezes, Jesus chamou a atenção dos judeus por interpretarem mal os mandamentos, tornando a obediência ao sábado mais rigorosa do que Deus ordenara. Assim, Jesus reconduziu o sábado ao seu verdadeiro significado e propósito. Ele mostrou que: a. Ele (Jesus) é maior que o sábado (Mt 12.8); b. o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado (Mc 2.27); c. o sábado não foi criado para escravizar o homem, mas para beneficiá- lo (Lc 4.31-37; 6.6-11; 14.1-6; Jo 5.1-17; 9.1-14). Por que os cristãos descansam no domingo e não no sábado, como faziam os judeus, até o tempo de Jesus? (Em comemoração à ressurreição de Jesus, que aconteceu no domingo.) Se o aluno não citar os outros motivos, você poderá acrescentar: Jesus apareceu aos discípulos no primeiro dia da semana. Também foi no primeiro dia da semana que Jesus outorgou a grande comissão. Além disso, foi no domingo que o Espírito Santo desceu, e que as ofertas eram recolhidas. 2. O primeiro dia da semana O nosso “dia do descanso” é o domingo. Dentre outros, citaremos alguns fatos que levaram o crente a guardar o domingo. a. Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana (Jo 20.1-10). b. Jesus apareceu aos discípulos, no primeiro dia da semana (Jo 20.19). c. Jesus outorgou a grande comissão no primeiro dia da semana (Lc 24.1,13,36,49-50). d. A descida do Espírito Santo aconteceu no primeiro dia da semana, visto que o Pentecostes era comemorado 50 dias depois do sábado da Páscoa. e. Os primeiros crentes se reuniam no primeiro dia da semana (At 2.1; 20.7). f. Havia recolhimento de ofertas no primeiro dia da semana(1Co 16.1- 2). g. O primeiro dia da semana ficou sendo chamado o “dia do Senhor” (Ap 1.10). III. O uso do dia do Senhor Segundo Gênesis 2.2-3, quais os princípios que fundamentam o dia do Senhor? (Deus descansou, Deus abençoou e Deus santificou.) 1. O princípio do dia do Senhor (Gn 2.2-3) Pelo menos, três coisas se tornam claras em Gênesis 2.2-3. a. Deus descansou no sétimo dia; b. Deus abençoou o sétimo dia; c. Deus santificou o sétimo dia. O dia sétimo da criação passou a ser o “dia do Senhor”, um dia abençoado e santo, sobre autoridade direta de Deus. Ninguém poderia reconhecer como um dever a observância do “dia do descanso”, se não fosse uma determinação de Deus. Como pode o cristão demonstrar sua mordomia em relação ao dia do Senhor? (Administrando bem, de maneira responsável, o dia do Senhor.) Que significa administrar bem o dia do Senhor? (Significa servir ao Senhor, louvar o Seu nome e adorá-Lo, nesse dia.) 2. O valor do dia do Senhor Na criação, Deus separou o dia sétimo para descanso, abençoando-o e santificando-o acima dos demais. Esse dia é de Deus, chamado “o sábado do Senhor” (Êx 20.10). Jesus disse ser o Senhor do sábado (Mc 2.28). aplicação Não podemos roubar de Deus o Seu dia. O dia do descanso é uma dádiva, e toda dádiva torna-se uma responsabilidade. Isso também é uma questão de mordomia. Além do valor do descanso para restauração das energias físicas, o valor maior desse dia está nos deveres espirituais. Nesse dia, a igreja, em todos os lugares do mundo, reúne-se para cultuar o nome do Senhor, para adorá-Lo e para estar em comunhão com os irmãos. Com muita propriedade, um teólogo apelidou-o de “dia de descanso e alegria”. aplicação O que você tem feito para tornar o domingo um dia de descanso e alegria para sua vida pessoal e familiar? Com o crescimento do comércio e das atividades materiais, inclusive aos domingos, o que tem acontecido com muitos servos do Senhor? (Muitos têm usado o domingo como um dia qualquer, tornando-o igual aos demais.) 3. A seriedade de desprezar o dia do Senhor Infelizmente, nos últimos tempos, a tendência é considerar o domingo um dia qualquer, igual aos demais dias da semana: fazem-se compras e tarefas escolares, passeia-se. Há também aqueles que, no domingo, dormem até tarde e passam o dia de bermuda e chinelo, assistindo televisão. É muito triste pensar que muitos crentes praticam essas coisas no dia do Senhor. O que Jesus costumava fazer no dia do descanso? (Ele ia às sinagogas, ensinava os discípulos, curava os enfermos.) Respeitar o dia do Senhor traz deleite para a nossa alma (Is 58.13-14). Aprendemos com Jesus o verdadeiro significado do dia do Senhor. Como gastava Ele o sábado? Os evangelistas nos contam que Jesus, no sábado, ia à sinagoga, ensinava Seus discípulos e curava enfermos. O domingo é dia de descanso ou de serviço? (É dia de descanso que se expressa por meio do serviço ao Senhor.) Precisamos seguir o exemplo do Mestre. Devemos usar o dia do Senhor para o estudo da Palavra, em escola bíblica, e para adorá-Lo, no culto congregacional. Devemos visitar enfermos, idosos, viúvas, órfãos, solitários, inválidos, encarcerados. É oportunoconvidar uma pessoa que esteja só, um estudante distante da família, um seminarista, um missionário, para almoçar conosco ou passar o dia em nossa casa. Agindo assim, estaremos usando apropriadamente o dia do Senhor. Estaremos, ainda, ensinando e dando exemplo aos nossos filhos. Estaremos, também, cumprindo a lei do amor e praticando a verdadeira religião (Tg 1.27). aplicação Que diferença isso fará na sua vida e na vida da sua família? aplicação Descanso ou serviço? Descanso físico e serviço na obra do Mestre! É um refrigério para a alma! Sugestão Final Use algumas questões que foram feitas na revista do aluno para a revisão. Faça a pergunta e deixe que, voluntariamente, os alunos respondam. 1. O que o cristão deve fazer no dia do Senhor? 2. Como você encara o domingo? Uma bênção do Senhor ou um dia de descanso para reposição de energias? Por quê? 3. Por que os cristãos guardam, para o descanso, o domingo e não o sábado? 4. Por que quando o cristão não usa o dia do Senhor, conforme a palavra de Deus recomenda, ele é considerado um mau mordomo? 5. Que diferença faz em sua vida o bom uso do domingo? Aproveite este momento para refletir com os alunos a respeito da conduta que têm em relação ao domingo. Entregue a cada um uma papeleta com algumas questões (quadro a seguir). Incentive-os a que leiam as questões, reflitam nelas, procurando respondê-las com sinceridade. QUAL A IMPORTÂNCIA DO DIA DO SENHOR PARA MIM 1. Por que vou à igreja no domingo? ( ) Porque me acostumei desde criança. ( ) Porque não tenho outra coisa para fazer. ( ) Porque, quando não vou à igreja no domingo, tudo durante a semana dá errado em minha vida. ( ) Porque tenho consciência de que este é o dia do Senhor. 2. Sempre que aparece alguma coisa para ser feita no domingo... ( ) ... lembro-me que é o dia do Senhor e deixo para outro dia. ( ) ... penso que não tem problema, uma vez, fazer outra coisa. ( ) ... consulto minha família e juntos decidimos o que fazer. ( ) ... aproveito e faço a tal coisa. 3. Que costumo fazer aos domingos? ( ) Só vou à igreja. ( ) Vou à praia ou ao clube, quando o tempo está quente. ( ) Aproveito para visitar meus familiares. ( ) Vou às compras, com toda a minha família. Decisão: perante o meu Deus, tomo uma decisão, a partir de hoje, em relação ao dia do Senhor: _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ Oriente os alunos para orarem, entregando nas mãos do Senhor cada decisão tomada. Encerre orando para que Deus os fortaleça. Conclusão Reservamos este espaço para transcrever o testemunho de um juiz inglês, chamado Dr. Hale, que escreveu para seu neto: “Durante quase 50 anos, ocupei-me de questões de grande vulto, e tirei a seguinte conclusão: 1. quanto mais escrupulosamente eu observava a santificação do domingo, tanto mais sucesso alcançava em meu trabalho durante a semana; e 2. apesar de me encontrar sempre sobrecarregado de serviços, nunca me faltou tempo para cumprir todas as minhas obrigações, embora nunca jamais tivesse tirado um minuto sequer do domingo para os meus trabalhos materiais”. 4 Realidade ou rotina? texto básico Salmo 42.1-11 versículo-chave 2Timóteo 3.14-15 “Quanto a você, permaneça naquilo que aprendeu e em que acredita firmemente, sabendo de quem você o aprendeu e que, desde a infância, você conhece as sagradas letras, que podem torná-lo sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” alvo da lição Ao estudar esta lição, você terá condições de refletir a respeito do estudo das Escrituras; estabelecer sua hora tranquila; resgatar a prática do culto doméstico. leia a Bíblia diariamente seg 2Tm 1.3-14 ter 2Tm 3.10-17 qua Hb 5.11-14 qui Tg 1.19-25 sex Jó 1.1-5 sáb Gn 8.15-9.1 dom Dt 6.1-9 O aluno será capaz de saber compreender a importância do momento a sós com Deus; sentir refletir a respeito do estudo das Escrituras; agir praticar o momento a sós com Deus e o culto doméstico diariamente Sugestão Inicial Sugestão Inicial Cante, com a classe, o hino até a parte que já está escrita no quadro. Faça o formulário sugerido e entregue uma cópia a cada aluno, o qual deverá ser preenchido antes do início da lição (reproduza-o em tamanho que dê para o aluno escrever). COMO VOCÊ USA O SEU TEMPO? Seja sincero (a) Manhã Tarde Noite DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB Dê um tempo para que a classe responda. Depois, pergunte a três ou quatro alunos. Quanto tempo você tem gasto com sua família? Quanto tempo você tem gasto com você mesmo? Quanto tempo você tem gasto com o trabalho de Deus? Quanto tempo você usa para o seu momento a sós com Deus? Fale que o estudo tratará principalmente deste último ponto, chamando a atenção da turma para o fato de que, em nossos dias, esse é um grande desafio. “Ao iniciarmos o caminhar da vida cristã, temos que aprender a vivê-la”. Antes da nossa conversão, vivíamos no mundo e para o mundo e, por isso, os valores eram diferentes. Com a nossa conversão, nascemos de novo, temos uma nova vida (2Co 5.17). Ainda todas as coisas nos são lícitas, mas, agora, nem todas nos convêm (1Co 6.12). Sentimos que devemos mudar e queremos mudar, mas não sabemos como. Não temos condições de purificar a nossa alma pela nossa própria vontade. A notícia maravilhosa do cristianismo é que Deus dá o poder que precisamos para que essa mudança aconteça em nossa vida. A mudança dentro de nós – e ela tem que ser de dentro para fora – é obra de Deus, através da Sua Palavra, pela ação do Espírito. Existem algumas coisas que cabe a nós fazer. É uma maravilhosa parceria! O lavrador não consegue fazer germinar o grão lançado na terra, mas cabe a ele prover determinadas condições necessárias para a germinação, crescimento e frutificação da semente. O mesmo acontece conosco, com a semente do evangelho. A transformação interior é o melhor alvo que podemos estabelecer para a nossa vida, mas isso só nos será possível pela prática da comunhão com Deus, do estar a sós com o Senhor (Rm 12.1-2).É a chamada hora tranquila, ou hora silenciosa, ou hora devocional. Nesta lição, vamos chamá-la de hora tranquila. Esse tempo a sós com Deus visa o bem-estar da alma e tem por finalidade o nosso crescimento espiritual. Davi escreveu: “A minha alma tem sede de Deus” (Sl 42.2). Essa é a exigência fundamental da hora tranquila: ter alma sedenta, que deseja estar em comunhão com Deus. E sua alma? Ela tem sede de Deus? Orientação Didática Fale que, por meio deste estudo, eles vão aprender o que significa hora tranquila e como praticá-la. Diga-lhes que a prática da hora tranquila deve ter dois momentos: estudo da Bíblia e oração. Faça uma pesquisa para saber como seus alunos leem a Bíblia. Sugerimos. Você lê a Bíblia, diariamente? Gosta de ler por assuntos ou lê aleatoriamente? Você costuma ler textos indicados por alguma revista devocional ou faz a leitura seguindo a ordem dos livros? Escolhe um grupo de livros ou costuma alternar entre Antigo e Novo Testamento? Acrescente outras perguntas, de acordo com sua realidade. I. Tempo a sós com Deus 1. Estudando a Palavra Se desejamos ser crentes frutíferos, temos que fazer a nossa parte. Precisamos começar cultivando raízes profundas, investindo um tempo diário no estudo da Palavra. A Bíblia não pode ser lida como obrigação ou rotina. Ela precisa ser lida como fonte de vida, fonte de alimento para o crescimento espiritual. Com a leitura da Bíblia, descobriremos como viver e aprenderemos a depender do Espírito Santo nas nossas ações. aplicação Como você lê a Bíblia? Como rotina? Como obrigação? Ou você a lê como fonte de alimento espiritual? Assim como leva tempo para um fruto crescer e amadurecer, leva tempo para chegarmos à maturidade cristã. Precisamos também de disciplina e constância, aproveitando bem o nosso tempo com Deus. Essa também é uma questão de mordomia. aplicação Você tem como hábito passar umtempo do seu dia a sós com Deus? Precisamos dinamizar o tempo de leitura e interpretação da Palavra. Vejamos o que fazer para ter hora tranquila bem proveitosa. Esclareça que há várias versões da Bíblia. O aluno deverá escolher aquela que julgar mais adequada. Há versões mais tradicionais e mais modernas; outras com anotações e com textos explicativos, com comentários esclarecedores; o tamanho da letra é importante para que a leitura seja confortável. a. Escolher uma Bíblia – A primeira coisa que precisamos fazer é providenciar uma Bíblia de estudo. Será melhor se ela for de fácil leitura (letras grandes), tiver espaço para anotações, trouxer referências, chave bíblica ou concordância (para auxiliar em consultas) e mapas (localizar os locais citados no texto ajuda-nos na compreensão). b. Oriente o aluno para procurar uma hora conveniente, calma e sem interferências. c. Escolher uma hora – É preciso que tenhamos um horário certo para a nossa hora tranquila. A escolha do horário varia de acordo com as circunstâncias de cada pessoa, entretanto, o tempo escolhido deve ser prioritário (Sl 119.72), conveniente (Sl 5.3; 141.2; Lc 6.12) e fielmente observado (Sl 119.16). d. Lembre seus alunos que a hora chama-se tranquila justamente porque requer local silencioso de modo a promover a tranquilidade necessária para esse momento com Deus. e. Escolher um lugar – Existe uma razão para essa prática ser chamada de hora tranquila. É necessário que tenhamos um lugar silencioso, bem iluminado, confortável e tranquilo para estar a sós com o Senhor. O silêncio nos permite ouvir a voz de Deus. Quanto mais solitários estivermos, mais nos achegaremos ao Pai. É melhor que tenhamos um lugar reservado para esse fim do que variá-lo a cada dia. f. Procure entender o que lê. Algumas perguntas precisam ser respondidas, como: o que este texto fala para mim? Por que Deus está me falando isto? Como devo aplicar isto em minha vida? Com que finalidade Deus está falando assim? Fale que é necessário observar, interpretar e aplicar o que se lê. Enfatize que a leitura e o estudo da Bíblia só produzem frutos quando aplicados à vida de quem leu. Coloque no quadro um pequeno cartaz assim: Conteúdo O que está sendo lido Contexto O que vem antes e depois do texto. Comparação Um versículo explicando outro. Cultura Os costumes da época do texto. Consulta Buscar a ajuda de estudos e comentários. Diga que, ao seguir esses passos, o estudante conseguirá obter do texto tudo o que ele tem a lhe dizer. Ressalte que outro ponto da hora tranquila é a oração. Alguns motivos de oração para este momento: orar pela igreja e por sua liderança; orar pelo crescimento espiritual das famílias da igreja; pelos doentes, viúvas, enfermos e desempregados; orar pelos familiares que não são crentes; pelos filhos rebeldes e afastados, etc. g. Escolher um método de estudo – Às vezes, lemos a Bíblia sem tirar nenhum proveito da leitura. Muitas passagens não fazem sentido para nós. Lemos e nos esquecemos em seguida. Por que acontece isso com a leitura bíblica? Naturalmente é porque falta um método de estudo. É claro que a graça de Deus nos permite a leitura e o entendimento das Escrituras, mas há instrumentos eficazes que podem nos ajudar muito. Há vários métodos de estudo bíblico. Qualquer um deles, havendo disciplina, boa vontade e disposição para aprender, é válido. O resultado esperado é a mudança de vida. Howard G. Hendricks e William D. Hendricks, no livro Vivendo na Palavra, propõem um interessante método. Trata-se de uma abordagem de três passos, que seguem uma ordem específica. 1º passo: Observação Neste passo nós perguntamos e respondemos a questão: “O que vejo neste texto? O que ele me conta?” É procurar ver o texto em todos os seus detalhes. Devemos, ainda, dar atenção ao cenário onde ocorrem os fatos. Como seria esse lugar? Como seria estar no lugar do autor? Precisamos transportar nossos sentimentos para a passagem: sofrer com quem sofre, alegrar-nos com quem se alegra. 2º passo: Interpretação A observação leva-nos à interpretação. Lemos no salmo 119.34. “Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei; de todo o coração a cumprirei”. Para entendermos um texto, devemos procurar a resposta para as perguntas: “Quem?”, “O quê?”, “Para quê?”, “Onde?”, “Como?”, “Por quê?”, “Quando?”. Há cinco princípios básicos de interpretação. Para ajudar na memorização, todos começam com a letra “c”. Conteúdo – O conteúdo é o texto que estamos estudando, que passou pela “observação”, como ficou registrado no 1º passo. Contexto – O contexto é o que vem antes e depois do texto em estudo. Geralmente, as seitas surgem quando não se dá atenção ao contexto. O texto não pode ser interpretado fora do seu contexto. Comparação – Nesta fase comparamos Escrituras com Escrituras, por meio das referências. É a Bíblia explicando a própria Bíblia. Um versículo nos leva a outro versículo relacionado. Dessa forma vamos juntando as partes até chegarmos a um entendimento completo do assunto. Cultura – Ao estudar um texto bíblico, é importante conhecer o ambiente cultural e histórico para facilitar a sua compreensão: quando e onde aconteceu o fato; quais os costumes daquele lugar, daquele povo e daquele tempo. Consulta – A consulta envolve o uso de outros materiais que vão ajudar- nos na compreensão do texto. São as fontes secundárias: concordância ou chave bíblica, dicionário bíblico, manual bíblico, atlas bíblico, comentários bíblicos. Há muitos outros recursos, mas uma Bíblia de estudo e a concordância bíblica são as ferramentas principais. Há enciclopédias bíblicas que reúnem, em um só volume, todos esses recursos. Há também a internet. Se necessitar, peça ajuda a alguém mais experiente. aplicação Nada substitui o estudo pessoal da Bíblia. Em primeiro lugar, está a palavra de Deus (Sl 119.11). Priorize o estudo da Palavra em seu dia a dia. 3º passo: Aplicação A aplicação é um estágio também importante e necessário, quando estamos estudando a Palavra. Nesta fase, perguntamos e respondemos: “O que isso tem a ver comigo? Como aplicar essa verdade à minha vida?” A observação e a interpretação são meios que nos levam a um fim: a prática do ensinamento bíblico na nossa vida diária. 2. Orando A oração faz parte do programa da hora tranquila. Orar é desenvolver um relacionamento profundo com Deus. Precisamos buscar, ardentemente, essa comunhão com o Pai. A percepção da presença de Deus vem como resultado do tempo que empregamos na oração. 3. Tendo uma atitude correta de alma A atitude mais correta de nossa parte, nesse tempo a sós com Deus, é a de um coração sensível, um temor piedoso, uma alma obediente; uma atitude de inteira gratidão, submissão e adoração ao Senhor. No caminho de Emaús, quando Jesus ressurreto, caminhando com os discípulos, expunha-lhes as Escrituras, o coração daqueles homens ardia (Lc 24.32). Esse “queimar” do coração, sentido pelos discípulos, deve ser a nossa experiência quando nos aproximamos do Pai para um tempo de comunhão mais íntima com Ele. aplicação O que você sente e pensa quando lê a palavra de Deus? II. Tempo da família com Deus Aproveite este momento e desafie os alunos para que se esforcem a fim de realizar o culto doméstico. Aponte alguns benefícios ou vantagens para a família que se reúne a fim de realizar o culto doméstico: os pais têm oportunidade de acompanhar o crescimento espiritual dos filhos; os filhos têm oportunidade de aprender a manusear a Bíblia; pais e filhos, juntos, podem memorizar textos bíblicos; os filhos aprendem a verbalizar suas dificuldades e ansiedades, por meio dos pedidos de oração; os filhos aprendem a orar não somente por si mesmos, mas pelos outros; filhos e pais passarão menos tempo diante da televisão. Realidade ou rotina? Há práticas que evitarão que o culto doméstico caia na rotina: escolha um versículo para ser memorizado por semana, por todos; cada um deverá escolher um versículo para memorizar e, em determinado dia da semana, apresentar o versículo memorizado; cada dia, uma pessoa dafamília (incentive a participação das crianças!) escolherá o cântico a ser entoado; escolha um livro da Bíblia, dividindo-o em trechos para que todos tenham oportunidade de ler; leia um texto, e cada um fale algo que entendeu dele, inclusive as crianças. Explore outras ideias que tornem o culto doméstico ainda mais interessante e atrativo. Culto doméstico é um tempo, no dia, em que a família reunida estuda a Bíblia, ora e louva ao Senhor. É um tempo de grande valor! É um tempo precioso! O culto doméstico tem como objetivos a edificação espiritual dos seus participantes e o fortalecimento dos laços familiares. Existe um chavão que diz: “Família que ora unida permanece unida”. É, também, a oportunidade que os pais têm para fornecer instrução religiosa aos filhos e de edificarem- se mutuamente. Assim acontecia com o antigo povo de Israel, o povo de Deus. Várias vezes, encontramos Moisés chamando a atenção do povo para a importância de ensinar a palavra de Deus aos filhos, em casa: “Ponham estas minhas palavras no seu coração e na sua alma. Amarrem-nas como sinal na mão, para que sejam por frontal entre os olhos. 19Ensinem essas palavras aos seus filhos, falando delas quando estiverem sentados em casa, andando pelo caminho, quando se deitarem e quando se levantarem.” (Dt 11.18 e 19. Ver também Dt 11.18-19; Dt 6.4-9). Moisés insistia em que a palavra de Deus estivesse no coração do israelita e fosse passada para seus filhos, em uma amorosa instrução e em conversação no seio da família. Todos que chegassem à casa de um israelita deveriam ver que as Escrituras eram a norma de vida naquele lar. Moisés não estava impondo ao homem israelita um jugo pesado, mas o privilégio de entesourar, em seu coração e no coração dos seus familiares, os preciosos mandamentos do Senhor. Os recursos que temos para a edificação de nosso lar são a oração e o estudo da Palavra, em família. Instituamos, pois, o culto doméstico em nosso lar! Em muitos lares, o culto doméstico fracassa porque se trata apenas de um ritual e se torna uma rotina, não uma realidade na vida da família. A prática de um ritual sem significado não faz nenhum sentido. É perda de tempo! aplicação Nada mais simples, mais maravilhoso, do que cultuar o Senhor em família. Os seus filhos estão sendo assim ensinados? Tem sido seu propósito constante estar à mesa, estudando a Palavra com seus queridos? Sugestão Final Pergunte. 1. Por que o crente deve praticar a hora tranquila? 2. Quais as partes que devem constituir a hora tranquila? 3. Quais os cinco Cs importantes para entendimento e interpretação da Bíblia? 4. Que benefícios o culto doméstico poderá trazer para a família? Entregue a cada aluno uma ficha de avaliação e compromisso (lembre-se de fazê-la em tamanho adequado para que escrevam). Desafie-os a que assumam o compromisso de colocar em prática o que foi aprendido neste estudo. AVALIAÇÃO 1. Qual o horário de meu momento a sós com Deus? 2. Como não tenho feito este momento, assumo o compromisso com meu Deus de tudo fazer para praticar minha hora tranquila, diariamente às.... 3. Vou procurar fazer todo o possível para reunir minha família em culto doméstico. Ass.: ______________________________________ Encerre este momento com uma oração pedindo a Deus que ajude seus alunos a cumprirem o compromisso assumido. Conclusão Realidade ou rotina? Temos que tornar as práticas estudadas nesta lição uma realidade em nossa vida. Nada, senão isso, nos convém: um tempo para Deus em nossa vida pessoal e familiar. Que assim seja! 5 Obrigação ou ministério? texto básico Atos 2.42-47 versículo-chave Salmo 122.1 “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor” alvo da lição Ao estudar esta lição, você terá condições de reconhecer o valor da reunião de oração, do culto e serviço cristão; e de participar de ambos. leia a Bíblia diariamente seg Sl 122.1-8 ter Sl 133.1-3 qua Jo 4.19-29 qui At 2.41-47 sex Cl 3.12-17 sáb Hb 10.19-25 dom Sl 84.1-12 O aluno será capaz de saber entender a relevância de estar presente no culto congregacional; sentir propor-se a valorizar o culto congregacional; agir participar assiduamente do culto congregacional. Sugestão Inicial Sugestão Inicial Com seus alunos, cante o trecho do hino que está no painel preparado desde a primeira aula. Lembre-os de que este é o quarto estudo, neste quadrimestre, que trata do bom uso do tempo. Recorde as lições anteriores. Chame a atenção da classe para o fato de que em todos esses aspectos há o destaque para o bom uso do tempo, o que quer dizer – mordomia do tempo. Após esse comentário, faça algumas perguntas, como: Você participa, assiduamente, dos cultos congregacionais de sua igreja? O que mais lhe agrada nos cultos? Você procura se comunicar com as pessoas antes e/ou depois dos cultos? Como você avalia o nível de comunhão da sua igreja? Essas e outras questões que você fizer servirão para conduzir os alunos a um momento de reflexão em relação ao culto congregacional e ao serviço cristão. Desde a segunda lição, estamos tratando do assunto “mordomia do tempo”. Vimos como é importante cultuar a Deus pessoalmente e com a família. A lição de hoje trata da importância de separarmos tempo para cultuar a Deus com nossos irmãos em Cristo, nos vários ministérios desenvolvidos pela igreja. Orientação Didática Este estudo proporcionará a oportunidade de sua classe compartilhar entre si as experiências na convivência como povo de Deus. Peça a um aluno que leia Atos 2.42-47; 20.7 e 1Coríntios 16.2. Pergunte Que tipos de cultos os crentes da igreja primitiva praticavam? (O público e o familiar) Quais as partes que compunham esse culto? (Ensino, comunhão, orações e a ceia do Senhor) Qual o tipo de culto mais praticado pela igreja moderna? (O público) Peça que um aluno leia Hebreus 10.25, depois, pergunte: Você, (fale o nome do aluno), por que sente necessidade de vir ao culto? Deixe que o aluno fale de suas necessidades e como são atendidas quando ele vem ao culto. A outro aluno, pergunte: Quando você vem ao culto, o que pretende encontrar? Depois das respostas, diga que o culto atende a necessidade que o crente tem de se alimentar espiritualmente. Peça que um aluno fale das bênçãos do culto na vida dele. Lembre sempre que, ao dar oportunidade para que eles falem, você deverá controlar o tempo. Peça que um aluno leia salmo 84.10 e pergunte-lhe: O que significa a expressão: “pois um dia em teus átrios vale mais que mil”? A outro aluno, pergunte: o que você aprende nos cultos congregacionais, que faz com que um dia venha a valer mais que mil? Peça que um aluno leia Atos 2.42. Pergunte-lhe: para você, como uma igreja expressa a comunhão cristã? A outros alunos, pergunte: Você gosta de participar dos momentos de oração coletiva? O que mais lhe agrada nesses momentos? Por que a prática da oração coletiva é importante para a comunhão cristã? O que você pode compartilhar com seus irmãos nesse momento de oração coletiva? O que você acha que aconteceria com o Brasil se todo o povo de Deus se entregasse à prática da oração? I. Tempo para o culto congregacional 1. A igreja primitiva e o culto (At 2.42-47; 20.7; 1Co 16.2) Diariamente, os crentes primitivos estavam no templo, compartilhavam suas refeições com alegria e simplicidade de coração, louvavam a Deus e eram simpáticos a todos. Todos os dias havia conversões, e a igreja ia crescendo. a. O culto ocupava lugar central na vida dos cristãos. Nesse culto havia ensino, comunhão, ceia do Senhor e orações. Foi por meio desse culto que a igreja se edificou e se fortaleceu. b. A igreja primitiva praticava o culto coletivo e familiar. Os crentes iam ao templo, mas também se reuniam nas casas. Nos cultos da igreja primitiva havia ensino, reverência, fraternidade e beneficência. Além dos cultos normais, havia reuniões diárias nas casas dos crentes, assim como atividades na igreja com a participação de todos. aplicação Comparemos a nossa igreja com a igreja primitiva. Não estamos precisando de um retorno? Não seria bom adotarmos o programada igreja primitiva? 2. A igreja moderna e o culto a. O culto público (Hb 10.25) - O autor da Carta aos Hebreus exorta o crente quanto à necessidade de reservar um tempo para o culto congregacional. Há muitos motivos para o crente anelar pelo tempo em que passa no templo, cultuando o Senhor, com seus irmãos. Vejamos alguns deles. • A necessidade do culto - O culto é uma necessidade tão grande para a alma como o alimento é para o corpo. No salmo 84, o salmista expressa seu amor pela casa de Deus e declara a felicidade dos que vão ao templo, cheios de fé, para adorar, louvar e orar ao Senhor (Sl 84.2-4,10). Infelizmente, hoje, pela influência do mundo moderno, o crente está perdendo a noção da importância do culto. Quem deixa de ir ao culto, por qualquer motivo, quem troca a escola bíblica por outro programa qualquer, demonstra não reconhecer a importância do culto congregacional. Está exercendo má administração do tempo. • A bênção do culto -A igreja local constitui o centro do ensino da Bíblia. A cada culto o crente tem suas energias renovadas. Ele se reabastece para enfrentar a luta diária. Gozam bênçãos especiais aqueles que têm no coração o desejo ardente de cultuar o Senhor nos cultos congregacionais. • O valor do culto -“Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil…” (Sl 84.10). Os crentes fiéis e verdadeiros preferem estar na igreja a estar em qualquer outro lugar. Para estes, o culto tem grande valor. É no culto que adoramos e louvamos ao Senhor. É ali que aprendemos os princípios cristãos. É no culto que aprendemos mais da graça e da misericórdia do Pai, da Sua bondade e severidade, das Suas promessas, dos nossos deveres, do Seu amor e do Seu juízo. As melhores relações de vida estão no culto. • A comunhão cristã -A comunhão entre os irmãos da igreja primitiva era exercida no culto conjunto (At 2.42). Todos nós conhecemos bem a ilustração da brasa na lareira. Quando ela está no fogo, arde com as demais. Quando ela é afastada, rapidamente se apaga e se esfria. O crente que frequenta o templo e cultua a Deus com os demais irmãos sente o calor da fraternidade cristã. aplicação Existirá investimento melhor de tempo que estar na igreja, com os irmãos, adorando e louvando a Deus? b. A reunião de oração coletiva (Mt 18.19-20) - Jesus está falando sobre o valor da oração coletiva. Ela é valiosa porque tem a promessa de Jesus estar ali, no meio do Seu povo. É a garantia da presença de Jesus. É o valor pleno da oração. Lucas registra que os crentes da igreja primitiva “perseveravam nas orações”, no estudo da doutrina e no aprendizado da Palavra. Lemos em Atos 3.1 que “Pedro e João subiam ao templo para a oração das três horas da tarde”. A oração coletiva integra o crente no corpo de Cristo. Ela é um elemento essencial na vida do crente. Igreja que ora unida é igreja unida, sem divisões e contendas. Todo crente precisa desenvolver o hábito de frequentar as reuniões de oração de sua igreja, geralmente realizadas durante a semana. É a oportunidade de compartilharmos nossa gratidão e necessidades e de orarmos uns pelos outros. Não é sem razão que, na Bíblia, o templo é chamado de “Casa de Oração” (Is 56.7). É o lugar onde as bênçãos e os benefícios, vindos de Deus, podem ser buscados e encontrados. aplicação Você tem reservado um tempo, durante a semana, para estar na igreja orando com seus irmãos? Deus ouve a oração de Seus filhos, não importa de onde Lhe seja dirigida. Entretanto, o crente deve participar das reuniões onde a igreja, como um todo, comparece diante do Senhor em oração (1Tm 2.3). Paulo orienta Timóteo a respeito do culto público - orações, intercessões ... para que vivessem vida tranquila (1Tm 2.1,20). aplicação Tem sido essa a prática em nossa igreja? Não será a desatenção a essa recomendação a causa de estarmos vivendo dias tão intranquilos, violentos, com tanta maldade e desrespeito? A nossa terra está muito doente e precisa ser curada! Lance aos alunos algumas perguntas como: Você gosta de trabalhar na igreja? O que você gosta de fazer? Por que você gosta de trabalhar na igreja? Que bênçãos você recebe em sua vida, como resultado de servir a Deus? Diga-lhes que Deus deu dons a Seus servos para que possam servir ao Senhor, por meio dos dons. Faça uma rápida enquete com a classe: Quem aqui já descobriu o seu dom? Espere pela manifestação dos alunos e diga-lhes: Todos nós temos um. Alguns poderão ter vários dons, mas jamais ocorrerá que alguém não tenha nenhum. As Escrituras afirmam que Deus a todos deu dons. Fale aos alunos que no trabalho de Deus há muitos setores nos quais podemos servir. Escreva no quadro: ensino, evangelismo, música, visitação, aconselhamento. Peça que digam outras áreas. No quadro, escreva, em letras destacadas, AMOR. Ressalte que esse é o elemento motivador para o trabalho de Deus, explicando que o amor de Deus por nós leva-nos a amar os outros, o que nos impulsiona ao trabalho. II. Tempo para o serviço cristão O crente que reserva um tempo para se ocupar na causa do Mestre é um servo produtivo, abençoado e feliz. O crente que fica parado, inerte, estagnado, assemelha-se a uma poça d’água. A água estagnada representa perigo! Da mesma forma, o crente desocupado corre perigo. Ele não se interessa pelo programa da igreja, tem a fé enfraquecida e se torna presa fácil de Satanás. O nosso dever de cristão se completa no serviço. 1. Por que devemos servir Por meio do serviço cristão, estamos glorificando a Deus e edificando outros. 2. Como devemos servir Devemos servir a Deus por meio dos nossos dons. Ele dá dons a todos os crentes para desempenho do Seu serviço (Ef 4.12). Os dons nos capacitam a servir melhor a Deus e ao próximo. Os dons são diferentes, os serviços são diferentes, mas o Senhor é o mesmo. Ele é Quem opera tudo em todos (1Co 12.4-6). Para servi-Lo de forma mais produtiva e eficaz, precisamos procurar descobrir e aplicar o dom que Ele nos deu. 3. Onde devemos servir O crente precisa administrar seu tempo de tal forma que encontre uma maneira de servir ao Senhor, por meio dos diversos ministérios da igreja. Jesus instituiu a igreja para que o crente aplique seus dons ali. Deus quer que O sirvamos como corpo: muitos membros, cada um exercendo a sua função em conjunto e em benefício do outro. Onde servir, na igreja, não falta. Há vários ministérios – ensino, trabalho com os homens, trabalho feminino, missões (evangelismo urbano e transcultural), música (que engloba o cântico congregacional, corais, conjuntos, instrumentos musicais). Na área social, há o ministério de assistência social, capelania, família, grupo de casais, visitação. Na área espiritual, temos o discipulado cristão, oração, cultivo espiritual. Nenhum crente pode reclamar que falta serviço na igreja. Como disse Jesus: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Mt 9.37). É necessário que as igrejas se organizem de forma a aproveitar seus membros, nos mais variados dons, colocando as pessoas certas nos lugares certos. 4. Motivação para servir A motivação para o serviço cristão é o amor: amor a Deus e amor ao próximo. Servir com amor é ministério. Servir sem amor é trabalho, ocupação. E o amor é o maior dos dons (1Co 13.13). aplicação De que maneira Deus vocacionou você para servi-Lo na igreja? Que tal seu desempenho? Qual tem sido a sua experiência? Você conhece seu dom? Em que área de ministério da sua igreja você trabalha ou gostaria de trabalhar? Apresente-se para o serviço! A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos! Sugestão Final Chame à frente cinco alunos e pergunte-lhes: Aluno 1 Qual a diferença entre a igreja primitiva e a moderna, em relação à dedicação dos crentes aos cultos congregacionais e aos familiares? Aluno 2 Que necessidades o crente tem e que são atendidas com a participação dele nos cultos? Aluno 3 Como podem a participação nos cultos e o serviço cristão proporcionar comunhão entre os crentes? Aluno 4 Como você analisa a comunhão em sua igreja? Aluno 5 Em sua opinião, por que Deus deu dons às pessoas? Entreguea cada aluno uma papeleta e dê tempo para que todos respondam. COMO POSSO MELHORAR? 1. Minha participação nos cultos coletivos? 2. Minha participação nos cultos familiares? 3. Minha participação nos cultos de oração? 4. Minha comunhão com os irmãos da igreja? 5. Meu trabalho na igreja? Enfatize que o que está aí escrito é um desafio para eles. Conclusão Obrigação ou ministério? O serviço motivado pela obrigação é fardo, canseira. Entretanto, no momento em que o crente se dispõe a servir ao Senhor, por meio dos ministérios da sua igreja local, assume um compromisso com Deus e com a igreja, e tem a obrigação de desempenhá-lo da forma mais responsável possível. Jeremias adverte: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente!” (Jr 48.10). 6 Qualidade ou quantidade? texto básico Salmo 128 versículo-chave Romanos 12.10 “Amem uns aos outros com amor fraternal. Quanto à honra, deem sempre preferência aos outros” alvo da lição Ao estudar esta lição você terá condições de reconhecer a importância de reservar tempo para relacionamentos interpessoais; e de exercitar o amor cristão. leia a Bíblia diariamente seg Rm 12.9-21 ter Rm 13.8-10 qua Ef 4.25-32 qui 1Pe 4.7-11 sex Tg 2.1-10 sáb 1Jo 4.7-21 dom Sl 133.1-3 O aluno será capaz de saber entender o significado de “tempo de dedicação à família”; sentir refletir sobre o quanto se dedica aos relacionamentos interpessoais; agir colocar em prática efetivamente o amor cristão pelo próximo. Sugestão Inicial Sugestão Inicial Com a classe, cante a parte do hino que já está no painel. Lembre que há alguns domingos o estudo tem cuidado da mordomia do tempo e, com isso, mostre aos alunos como esse tema é importante. Depois dessas palavras, entregue a cada aluno uma pequena avaliação, assim: EU, MEU TEMPO E MINHA FAMÍLIA 1. A última vez que visitei meus pais 2. A última vez que me encontrei com meus irmãos 3. A última vez que saí, sozinho/a, com meu cônjuge 4. A última vez que passeei com meus filhos 5. A última vez que fizemos um programa de lazer, em família 6. Quando visitei um irmão de minha igreja 7. Quando visitei um amigo não crente Você pode acrescentar outras questões, conforme ache interessante. Peça que seus alunos respondam as questões e meditem um pouco sobre o assunto. Fale que o ser humano não pode viver isolado, sem algum tipo de relacionamento, de modo que, quanto mais harmoniosa a convivência, melhor. Qual foi o fato, na sua vida, que lhe trouxe maior satisfação? Não posso saber qual foi, mas estou certa de que ele está ligado a pessoas: cônjuge, filhos, netos, parentes, amigos, colegas. As maiores alegrias que temos são proporcionadas pelos nossos relacionamentos. O ser humano é um ser social e tem necessidade profunda de estar perto de alguém, ter parentes, ter amigos, de conhecer e ser conhecido por outros. Por isso, cultivamos amizades, nutrimos relacionamentos. Precisamos ter com quem compartilhar alegrias, tristezas, problemas. O salmo 133 reflete a alegria dessa comunhão. Para o salmista, a felicidade está na harmonia com o próximo. Nesta lição, incentivamos você a reservar um tempo na sua agenda para manter um relacionamento autêntico com seus familiares, com seus irmãos em Cristo, com seus amigos e com quantos necessitarem de você. Isso também é uma questão de mordomia. Orientação Didática Peça ajuda da classe para completar o quadro que segue. O que dificulta o encontro da família Consequências 1. Falta de tempo Distanciamento entre seus membros 2. 3. A partir do primeiro ponto, colocado como exemplo, proponha que seus alunos complementem. No item 1 do texto do aluno, há bastante conteúdo para isto, como: a transformação radical da sociedade; a moradia distante do local de trabalho impede que as pessoas almocem em casa; a busca pelo status social faz com que as pessoas trabalhem cada vez mais para se apresentarem como merecedoras de destaque; a dedicação total dos cônjuges a seus afazeres peculiares, sem que reservem tempo um para o outro; o horário de trabalho dos pais provoca desencontro com os horários dos filhos; a preocupação dos filhos com o próprio sustento, afastando-os da comunhão com os pais, principalmente os idosos. Estas são algumas sugestões que oferecemos a você. Possivelmente, seus alunos poderão apresentar outras. Se você achar conveniente, anote num quadro o que for falado. Colocadas essas questões, pergunte quais as possíveis consequências desses fatos. Pouco diálogo entre pais e filhos, por falta de tempo. Luta sem fim pelo dinheiro, para satisfação do consumo. Marido e mulher se distanciam de tal modo que tornam-se apenas amigos e não íntimos. Os filhos procuram amigos, porque não encontram os pais com os quais possam conversar. Pais, filhos e cônjuges deixam de se conhecer e de saber as preferências, as necessidades e os interesses uns dos outros. Os pais idosos se sentem abandonados pelos filhos (muitos realmente são). Logo após essas considerações, que são a complementação do quadro apresentado inicialmente, pergunte: Qual o resultado de tudo isso? Aguarde o pronunciamento dos alunos e, depois, escreva: Desestruturação da família e da sociedade I. Tempo para a família (Sl 128) Se você tivesse que programar sua semana (168 horas), colocando em primeiro lugar suas atividades mais importantes, a quem você daria prioridade e quanto tempo você reservaria para cada atividade a seguir? HORAS HORAS Trabalho Higiene Sono Lazer Família Estudos Amigos Refeições TV Devoção Parentes Compras Outros Outros Vejamos! Quanto tempo você reservou para sua família? O tempo passado em família é de suma importância e de grande benefício para seus membros, pois enriquece e fortalece a relação entre cônjuges, pais e filhos, irmãos. Deus, quando instituiu a família, tinha um plano para seus membros. Os textos de Deuteronômio 6.7; 11.19; Salmo 128.3 recomendam que na família haja tempo para o diálogo, que pais e filhos caminhem juntos, que todos estejam reunidos para as refeições, que em todas as oportunidades haja instrução bíblica. A sociedade moderna tem passado rapidamente por transformações radicais e profundas: • do isolamento à globalização; • do artesanato à indústria; • do humanismo à prática; • do conservadorismo ao consumo exacerbado. A sociedade tradicional se tornou desenraizada. Essas transformações perturbaram o funcionamento da família, exigindo que todos os seus membros saiam em busca de salários, de diplomas, de status. O lar se tornou hospedaria, dormitório. É comum numa família os membros não se encontrarem nos dias normais de trabalho. Cada um tem sua própria rotina: antes que um chegue, o outro já saiu. Sem dúvida, essa situação trouxe um prejuízo muito grande para a família, que é a “célula-mãe” da sociedade. A desestruturação da família é a desestruturação da sociedade. Com toda certeza, essa é uma das causas dos grandes problemas sociais que estamos enfrentando, hoje, no nosso país e no mundo. 1. Tempo para o cônjuge Quanto tempo você destinou na sua agenda semanal para o seu cônjuge? Gênesis 2.24 registra o princípio da prioridade: “Por isso, o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. O cônjuge deve ser prioridade. É essencial que marido e mulher invistam tempo um com o outro. Enquanto namorados e noivos, almejam estar juntos. Depois que se casam, cada um fica absorto em seus afazeres, no seu hobby, com seus amigos, não sobrando tempo para o cônjuge. Até mesmo se as atividades relacionadas com a igreja e o serviço cristão os levam a negligenciar um ao outro, estarão errando. Certamente, Deus não aprova tal comportamento. É necessário programar períodos com a família, mas é preciso, também, reservar tempo para que o casal tenha oportunidade de estar só. aplicação Você tem dedicado tempo para seu cônjuge? O tempo em que vocês estão juntos é um tempo prazeroso? Você não está precisando revisar suas prioridades? 2. Tempo para os filhos Na programação da semana, quanto tempo você dedicou aos seus filhos? Os pais precisam
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