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Vigor de Sementes - Conceitos e Testes

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Tm re A 
Sua 
E E rrançanisto 
+ — | 
SN 
 
ABRATES 
ASSOCIA ÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
COMITE DE VIGOR DE SEMENTES 
 
Editores: FRANCISCO CARLOS KRZYZANOWSKI 
ROBERVAL DAITON VIEIRA 
JOSÉ DE BARROS FRANÇA NETO 
Londrina, PR, Brasil 
1999
Capa 
Tatiana La Pastina Krzyzanowski 
Designer 
Diagramação 
Neide Makiko Furukawa Scarpelin 
 s 
r Ficha catalográfica preparada pot Ademir Benedito Alves 
de Lima, bibliotecário. 
Vigor de sementes: conceitos e testes / Editores Francisco Carlos Krzyzanowski; 
Roberval Daiton Vieita; José de Barros França Neto; Associação Brasileira 
de Tecnologia de Sementes, Comitê de Vigor de Sementes. Londrina: 
ABRATES, 1999. 218p. 
1. Semente - Vigor. 2. Semente - Testes. |. Krzyzanowski, Francisco C. II, 
Vieira, Roberval, D. ll. França Neto, José de B. Ill Associação Brasileira de 
Tecnológia de Sementes (Londrina, PR). IV. Título. | Tiragem: 1.000 Exemplares CDD 631.521 ) 
 
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 
Agradecimentos 
O Comitê de Vigor da ABRATES, os autores e editores deste compendium 
agradecem a: 
OU BOTA 
ROTA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS LTDA. 
pelo apoio nesta publicação, gesto que caracteriza o interesse desta empresa pela 
alta qualidade na produção e comercialização da semente, quer nos equipamentos 
que produz, quer nas informações que divulga. 
Ao Dr. Léo Pires Ferreira pelo excelente trabalho de revisão de português dos 
textos, nós os autores e editores somos profundamente gratos. 
Os autores e editores.
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 
 
Apresentação 
A produção e edição deste livro sobre conceitos e testes de vigor por 
parte do Comitê de Vigor da ABRATES - Associação Brasileira de Tecnologia de 
Sementes é um marco fundamental para o controle de qualidade na produção de 
sementes, ramo de atividade tão importante para a agricultura nacional. 
O excelente trabalho realizado pelos dezesseis profissionais envolvidos 
na produção deste livro, demonstra o grau de evolução da ciência de sementes no 
Brasil, o que assegura o desenvolvimento da nossa indústria de sementes em bases 
sólidas do conhecimento científico. 
Registro nesta apresentação o reconhecimento da ABRATES a estes 
colegas que se empenharam em produzir um livro altamente informativo e didático, 
para apoiar o desenvolvimento do conhecimento do vigor da semente, quer no 
controle de qualidade fisiológica da indústria sementeira, quer nos estudos de fisiologia 
desenvolvidos nas universidades e instituições de pesquisa. 
A ABRATES orgulha-se de apresentar aos tecnólogos de sementes esta 
excelente publicação que em muito contribuirá para a evolução do conhecimento do 
vigor da semente. 
Scyila Cezar Peixoto Filho 
Presidente da ABRATES
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 
 
Autores 
Alberto Sérgio do Rego Barros (5 - 1; 8.4 - 1) 
Engº. Agrº., MS, Pesquisador da Área de Propagação Vegetal do Instituto Agronômico do 
Paraná. C.P, 481. 86001-970 Londrina, PR, 
End. eletrônico: asbarros O pr.gov.br 
Denise Cunha Fernandes dos Santos Dias (7 - 1; 8.3 - 1) 
Eng'. Agr", MS, Dra., Professora Adjunta do Departamento de Fitotecnia da Universidade 
Federal de Viçosa. Bolsista do CNPq. 36571-000 Viçosa, MG. 
End. eletrônico: dedias O mail ufv.br 
Édila Vilela de Resende Von Pinho (8.1 - 1) 
Eng. Agr", MS,, Dra., Professora Adjunta do Departamento de Agricultura da Universidade 
Federal de Lavras. Bolsista do CNPq. C.P, 37. 37200-000 Lavras, MG. 
End, eletrônico: sementes Qufla.br 
Eveline Mantovani Alvarenga (7 - 1;8.3- 1) 
Eng. Agr'., MS, Professora Adjunta do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal 
de Viçosa. 36571-000 Viçosa, MG, 
End. eletrônico: evelineQ mail.ufv.br 
Francisco Carlos Krzyzanowski (4- 1;5-1;6-1;8.5-1) 
Engº. Agrº., MS, Ph.D., Pesquisador em Tecnologia de Sementes da Empresa Brasileira de 
Pesquisa Agropecuária, Centro Nacional de Pesquisa de Soja. Bolsista do CNPq. CP 231. 
86001-970 Londrina, PR. 
End. eletrônico: fekW cnpso.embrapa.br 
João Nakagawa (2 - 1) 
Engº. Agre., MS., Dr. Livre Docente, Professor Titular do Departamento de Agricultura e 
Melhoramento Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual 
Paulista, Campus de Botucatu. Bolsista do CNPg. C.P. 237, 18603-970 Botucatu, SP, 
End. eletrônico: secdamv O fca unesp.br 
José de Barros França Neto (8 - 1; 8.5 = 1) 
Engº. Agr". M.Sc., Ph.D., Pesquisador em Tecnologia de Sementes da Empresa Brasileira de 
Pesquisa Agropecuária, Centro Nacional de Pesquisa de Soja. Bolsista do CNPg. C.P, 231. 
86001-970 Londrina, PR, 
End. eletrônico: franca QB enpso.embrapa.br 
Júlio Marcos Filho (1 - 1;3-1) 
Engº. Agrº,, Dr, Livre Docente, Professor Titular do Departamento de Agricultura da "Escola 
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Bolsista do CNPq.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
C.P. 9, 13418-900 Piracicaba, SP. 
End.eletrônico: jmarcos Qcarpa.ciagriusp.br 
Maria Carmen Bhering (8.3 - 1) 
Eng". Agr". MS, Pesquisadora em Tecnologia de Sementes do Departamento de Fitotecnia 
da Universidade Federal de Viçosa. 36571-000 Viçosa, MG, 
End eletrônico: mbhering Email ufv.br 
Maria Cristina Leme de Lima Dias (5 - 1; 8.4 - 1) 
Eng'. Agr", Pesquisadora da Área de Propagação Vegetal do Instituto Agronômico do Paraná. 
Caixa Postal 481. 86001-970 Londrina, PR. 
End. eletrônico: mariacri O pr.gov.br 
Maria das Graças Guimarães Carvalho Vieira (8.1 - 1) 
Eng'. Agr'., MS., Dra., Professora Titular do Departamento de Agricultura da Universidade 
Federal de Lavras. Bolsista do CNPq. C.P. 37. 37200-000 Lavras, MG. 
End. eletrônico: sementes Qufla.br 
Nilton Pereira da Costa (8.5 - 1) 
Engº. Agr”. MS., Dr., Pesquisador em Tecnologia de Sementes da Empresa Brasileira de 
Pesquisa Agropecuária, Centro Nacional de Pesquisa de Soja. Bolsista do CNPq. C.P. 231. 
86001-970 Londrina, PR. 
End. eletrônico: nilton CW cnpso.embrapa.br 
Roberto Ferreira da Silva (8.3 - 1) 
Engº. Agrº., M.Sc., Ph.D., Professor Titular da Universidade Estadual do Norte Fluminense, 
Bolsista do CNPg. 28015-620 Campos dos Goytacazes, RJ. 
End. eletrônico: roberto Quenf,br 
Roberval Daiton Vieira (4 - 1;6-1;8.2-1) 
Engº. Agr, MS, Dr, Livre Docente, Professor Titular do Departamento de Fitotecnia da 
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista, Campus 
de Jaboticabal. Bolsista do CNPq. 14870-000 Jaboticabal, SP. 
End. eletrônico: rdvieiraQfcav.unesp.br 
Silvio Moure Cicero (5 « 1) 
Engº. Agr”., MS,, Dr., Livre Docente, Professor Titular do Departamento de Agricultura da 
"Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. C.P.9, 13418- 
900 Piracicaba, SP. 
End. eletrônico: smcicero O carpa.ciagri.usp.br 
Sonia Regina Mudrovitsch de Bittencourt (8.2 - 1) 
Eng'. Agr!., MS., Doutoranda em Produção e Tecnologia de Sementes da Faculdade de 
Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual de São Paulo, Campus de Jaboticabal. 
14870-000, Jaboticabal, SP, 
End. eletrônico: sembittOfcav.unesp.br
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 
 
Sumário 
1 Testes de Vigor: iniportância e Utilização ........secseerseseroessononarenanonnasanaanos 7-1 
TAL INHOCUÇÃO iii icrmerserirerteer ariana aaa Rara RURAL Ra Rea reatores essas 1-1 
1.2, Problemos Decorrentes do Uso do Teste de Germinação e 
de Tetrazólio ... sinceramente career aee Race Lean R ea aerea serasa 1-2 
1.3. Vigor de Sementes - Considerações Gerais .eemementeemenecees niteroi 1-5 
1,4, Avaliação do VIGO «sc ceeminiraaaareneresaier atesta seria ireo euer carne a cares 1-8 
1,41, Objetivos DÓSICOS ....iiseiseeraraeeaaieaieicerarerereressiriraeererer eretas 1-8 
14.2, Dificuldades «iara renaneanessesessa semeia Rise ta nec erre tree 1-10 
1.4,3, Características de um teste de VIGO .iinimieameeatnianiraiao 1-12 
1.5. Métodos Para Avaliação do VIGO «us ememaninia entram easanadoerenataa 1-12 
1.6. Utilizaçãodos Resultados «ss csemnistsesasenrrernat aa eerareerara cereais 1-16 
1.7. Eficiência dos Testes de VIgO! «seara eriatarera narrar aire nararaas 117 
1,8, Conclusão ecc stererrerer eat cansam arara a aaa eee o Lena Rear ecoa reinar 1-20 
1.9, Referências BIDIOgráficaS ..scaeersiasenin easier rena caneta near 1-20 
2 Testes de Vigor Baseados no Desernpennio das Plâníulas .....ccemcensererorea 2-1 
2.1, Generalidades «ces eeaseeniiinninoa einer cana nanRra casa Rana aC RALO Ra Acari nara Gn 2-1 
2.2, Velocidade de Germinação ....seeriasieneeeaiaeroontee rena encarece 2-3 
2.2.1, INHOdUÇÃO ,iccississiesemstreraceareaea care ser amaro eRe an ese Renee eRa ra caraca caes 2-3 
2.2.2, Materiais e equipamentos asse eiareeesia tremer naarans 2-3 
2.2.3, Procedimentos sereia catarata eee n tran ie eternas 2-3 
2.2.4. Interpretação dos resuladoS «semestre 2-6 
2.3. Primeira Contagem de Germinação a esesenameneremansens inatas 2-7 
2.3.1, INHFOUÇÃO «iii eaiaseeaseassieraar en naen rena creia raros tran artera araras tra 2-7 
2.3.2, Materlais e equipamentos... arenas esa 2-7 
23,3, Procedimento «esse erenaeemarroeecea tenta s ea erar arara near ca rar raa a 2-7 
— 234, Interpretação dos resultados... cisterna ceenteienrerrennos 2-8 
2.4, Crescimento das Plântulas ..csssierseseasamamaarceseeerserneicasoeematirestatara 2-8 
241, Comprimento da plântula «eae rear errar 2-9 
2411. INtOJUÇÃO sineira ente ecoa aeea aerea eR areas seres sera crrsarera 2-9 
24,12, Materials e equipamentos ..iineanenenaniaiaeearencsesa 2-10 
241,3, Procedimento «amais enerana tara ataiererareararao 2- 10
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
2.4.2, Peso da matéria seca da plântulas 2-13 
2,4,2,], INHOCUÇÃO Lisiane seria ear area ena een renan ernaa care 2-13 
2.4.2.2, Materiais e equipamentos emite 2-14 
24,2.3, Procedimento eretas eres neci ires ac nceries 2-14 
2.4.2.4, Interpretação dos Resultados cientes 2-15 
2.5, Classificação do Vigor da Plântula rrenan iara 2- 15 
2.5.1. Introdução .... rsrsr errei ese ee aaa Reta e cera eR cessar asa cara 2-15 
25,2, Materials e Equipamentos ,esinnecermeeceercereeresasanaea seia 2-16 
2.5.3, Procedimento ..issteaeeers cena eneeer reter e eres acer sara s sarna 2-6 
2.5,4. Interpretação dos resultados ..esmemeneereseecenieeneroeeresasrerasa 2-2] 
2.6. Referências BIbHOgrÁÍCAS «iii enereieanr ace tee tener iererecsres 2-2] 
3 Teste de Envelhecimento Acelerado .....cccseseoseesenoesorocserosoncsensnacesscessanea 3-7 
3.1. InfrOdUÇÃO Lsesisisssmenereciaseircanereea cena reie aerea ana Cacau ars ra Rea Rate ct sa data 3-1 
3.1.1. Princípio do teste «sas ar cenas ea eae caes ei ses are ce crerresto 3-2 
3.1.2. Objetivos do teste eee ren rrrenea nene aresaie eee rare 3-4 
3.1.3. Usos do teste ..ecsesiemenersecrens errante area ereta ves ee een eternas er aa seara 3-5 
3,2. Material e Equipamentos ..seenaereraceinatanioereaeneranaea reta reeena cases irrena area 3-9 
3.21, Método da cCâMAra Lisiane eras emsceeranaa aaa arrancar 3-9 
3.2.2, Método do gerboX ,.cseensmmeraneenaceni caneca asa eeraanars anais ares siaacaa 3-10 
3.3. Procedimentos «sineira caiaaie ars eres eee rea Crea rar Rara arara nascera 3-10 
3.3.1. Método da Câmara isentas manen acre seas eecece ie rens raia 3-10 
3.3.2. Método do gerboX .semmeenaceseaemanear er mnere casei aaitaiae crer nesereses 3-11 
3.4, Fatores que Afetam o Comportamento das Sementes Durante 
[O [5/5] [o PPPPRDDRODRDRO RPRDERDO PRO RRO DRE DRERDRDO POD ERDRDRDPRDBREDEO NERO DRE PRRDO PERO RRD REDE PORRODPRRDENDRDINRDO 3-13 
3.4.1, Temperatura cesta erinerecene serraria rianaaaareniaonanaaa cane acena anca e eeancãs 3-13 
34.2, Período de exposição das sementes .....mienaemianneseataet 3-13 
34.3, Grau de umidade das sementes «ssa aeee 3-14 
3.4.4, Aberiura da “câmara” durante 0 teste Lisiane mera 3-15 
3.4.5. Tratamento fungicida seeeeeaneeenetea ee rnaareianeniiarasesce secretas 3-16 
3.4.6, Tamanho da amostra sismos craerera rara encaereriea iris 3-l6 
34,7, GENÓTIPO «csencetaeiaserecrearere rara eU EEE LERO CORAL EAR ecos ERR anna r Renee rrenan 3-17 
3.5. Interpretação dos resultados ...semesenesesererrirarmememeeeerareceresrenase carecas 3-17 
3.6. Testes de Aferição .steeateiirnteasaeaanaeros er aa ares tara narra ana saradas aaa 3-18 
3,6, 1, SOJA aiii Mer RARE Rana Rae aceite acess eLtea nã 3-18 
3.6.2, WÍDO ciccererenerienarertaareaa a a aae RETA CEI CRERS LEO RUERA RELA RARE R ES REtR arena a anna a 3-19 
3.6.3, MINO sister nerere ear centena tiara ern ienes araras Reeeeasersereraerisos 3-19 
3,64, FOÃO crente reneeaiesirrena cana a caes teca cenR area Raras snes asia 3 - 20 
3.6.5, Consideração gerals....imiaeenema nen aeean aerea nas errar 3-20 
3,7. Referências BlbllográficaS ,.ssssnercaaiiecerieireneraco ei enaaacere seara rensceçã 3-21
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 
 
4 Teste de Condutividade Elétrica ...c.ecceceeccenceccemerecermerronasosoonrasananssacenano 4-7 
4,1, InttoduUçÇÃO .iceerem seit irenaeaniine nara tas ana Era REaRaR IRA RA RARE RRACCLERA CRER TR Aa S ERR Ca aa Rats 4-1 
AJA, Histórico .icc cc rerereneasiateranasiss Lean Rea RR LER RAID RRLRRRA CLS AA PURA CRRRURA RELER OA 4-1 
41.2. Princípios, cmi orou portaria 4-2 
4.1.3. Uso e objetivo «seitas rare aereas ane rnas aa Cn 4-3 
4.2. Material € EQUIPOMENTOS ... iiiseamen mine nes oasis certas rere cien 4-4 
4.83, Procedimentos .... LIL EESERLER ELLER COR RERLERRRERAREER ERAS QUE RECORRER LASAR ERRa Reage 4-5 
43.1. Obtenção da amostã Learn ietemsieea rea ca dentes aariaverareriverena 4-5 
4.3.2. Peso e embebição das sementes «seara arte casuis 4-5 
4.3.3. Medida da condutividade .ssteiasenamas cena maaisee manter tinaerorttecma 4-6 
4.4, Fatores que Afetam os Resultados da Condutividade «seem 4-6 
44,1, Caracteristicas da semente .senenerasisaronirero nene remseranataneaa 4-6 
4,4,].1. Dano mecânico ou por inseto «simetria 4-7 
441.2. Tarmanho da semente «seceaaceresereecermasemarenconianacecancacimana 4-8 
4,4,1,3, GenÓtipo ,isesecimeserearanseaerenecerarraeremraraat e nereo re ienertm nino 4-8 
4.4.1.4, Teor de água da semente ..csneeeesesaeranecamarereneanerenaeese 4-9 
4,4.1.5. Tratamento químico da semente .eeeneniatnntna 4-11 
442, Características próprias da metodologia... semear 4-12 
4421, Número de semente e de repetição ,.seisameaemmana 4-12 
4422. Temperaturas de embebição e de avaliação ..s 4-13 
4,4,2,3, Tempo de embbebição ..stneaesmenareeaismnieeserasannaa 4-13 
442,4, OUHOS ÍOLOISS irreais ear ereraaatia nantes ceara sarna 4-14 
4.5, Interpretação dos Resultados ...ssseisseteranreraeeeearaena com enreerasrrcecarnerena 4-14 
46. Método Alternativo: Condutividade Individual de Semente «cam 4-7 
4.7, Limitações do Teste «is rerrenneronarearenire neces ear ara ca ten ns s atoa nara naaraa 4-19 
4,8. Referências Bibliográficas ...... ciais irrita raniaaaeseani areia res rastararena 4-20 
5 Testes de FHiO ....sescencereneers pooseeraneas ooo anca venenana sons enerna sans correa ss vence ss onnanons 5-7 
5.1. INOdUÇÃO Lic ssseserenansirentan ora es tree rRea REDES DIRRESREECEIR ACTA CORE ReR Les Eras eRa Tier sei Racta a 5-1 
5.2, Teste de Frio com SOLO «ssseneeaenreseasieneriassraria caia caes cena eracenaa cesar eria sena gerada 5-4 
5.2.1. Equipamentos e materiais... arcar eanreraeesaseaerirseraãa 5-4 
5.2.2, Procedimentos «.ieeiceaeetariascrrca area araeea aan n caia renan a na ane re rasas sn caça 5-5 
5,2.2.1. Mistura areia/solO «.cmecetniener enter eaaerererreasenaasiinarercanaeio 5-5 
5.2.2.2. Semeadura e condução do teste cacete Rea 5-8 
52,8, Avaliação e Interpretação dos resultados ..uceeneamimenseanmasa 5-4 
5,3. Teste de Frlo sem Solo «seems treeseanetaereneere casa msa na ae maisena rias nienr ae 5-N 
5.3.1, Equipamentos e materials «setenta certain 5-1 
5.3.2. Procedimentos «ci renenimserenenneeen ocorrera e taaa a iaaaaror acesas apra carai 5-1 
5.3.3. Avaliação e interpretação dos resultados seminario 5-1 
5.4, Referências Bibliográficas ...ctnterentrreriraaraasenmaarerererasacaneca arara seas ear 5-13
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
 
6 Deterioração Controlada ......ecccceneeenereerencerorenorecoceasenenesoraassoscasonorsenssaseo 6-1 
6,1. INHOJUÇÃO iiiiiireiirensentirnerariiaiara eae cranaar er Cesraeea araras e rt era cicero 6-1 
6.2, Fundamentos Teórico do Teste ais sims eaee aa 6-1 
“6.3, Material e Equipamento, esoterismo 6-4 
6,4, ProcedimentoS ...isseeeeareeraerr areas titia 6-4 
6.5. Interpretação dos Resultados «sementeiras 6-5 
6,6, Referências Bibliográficas essere areia erra enerers areais ras 6-7 
7 Teste de Cerminação a Baixa Temperatura ...ccesersoonovennesoocoscorecacscecrsarers 7-1 
7,1, InttOdUÇÃO ..iiisiaeritareniencarar arara era cee ara eine a create sera 7-1 
7.2, PrinCÍpIO , iii craeaeteriera aerea tranca COs Rear Ceasa serena 7-1 
7.3, Descrição da Metodologia ,.issensenamenesereacasaraanen reiterar tries 7-2 
7.4, Interpretação dos Resultados , ienes iereconeierninan eres ereea ares 7-3 
7,5. Referências Bibliográficas ....areneeericenieraen nice cri rcera canina sena 7-3 
8 Testes de Tetrazólio para Determinação do Vigor de Sementes ........ccse 8:1 
1. Introdução ,iieseceterecarrereneecenicarinanaasaaiiaDa rasa LARASE RIDERS LR Ra LASAR ana Ra Rae Rara Serasa aan D 8-1 
2, HISTÓRICO «iii enaniiteateretarececerte otra na RED RI Ra DAS RR CARR A RR aaa iene roer e arena 8-1 
3. Princípios do Teste ..ceiieieeaccenanaeaentara nie oa rrenan araras nas esco speaaa 8-4 
4, Vantagens e Limitações do Teste de Teirazólio ....enemnsseniisesmiiaris 8-4 
4.1, VONTagenS isentas ensaia rea cea canas raras aerea rear ease aaa 8-4 
4,2, LIMITAÇÕES sis essere aires ercrnaa race arara aerea esa scanners 8-5 
5. Referências BIDIOgrÓfiCOS ...iicsseesinasseeintaieres aeee ceenacecans aire cicero 8-5 
&71 metodologia do Teste de Tetrazólio em Sementes de AlgodÃO ........cs.c. 7 
1. Introdução ..csiserenateraaeneerraereeeeserereaserennoseraceecer cara rara encerrar rata ceia 1 
2, Metodologia ..eseererarticareeraas tran cerees ane aaa raiar ear er era ts certa 2 
2.1. Material necessário .. se eaaerereraraeer treine aereas cana 2 
2.2, Preparo da solução cesariana tiara racer iranianas iniannao 2 
2.3. Preparo das sementes «eee aereas arara aeee rerrera nad 2 
2,31. AMOSIHFAEM Licenca connect nr eeseiae renan trace cares rea 2 
2.3.2. Número de sementes .aemsencaimiiimeieienneniaarerea aresta 3 
23.3, Pré-acondiclonamento «sc csssasaninanerineaaranaenae ce nsceerraatas 3 
2.3.4, Coloração .messseamenesimiseaerareaeees certas aen rear rear 3 
2.3.5. Lavagem e conservação da amostra «cessantes 3 
3. Interpretação cisterna carreta raea nar sea ee RO Ras E ETR ERR Rei ca a aaa rante 3 
3.1. Estrutura da semente «sseenemsesinitae eterna recorra rs araras 3 
3.2. Interpretação «a ceasssimerreenaemi creia ninar eer aires ta cae Renascer arena saia nataa 4
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 
 
3.3, Identificação dos níveis de viabilidade «ias emenareresas 8,1-6 
3.4. Interpretação do nível de vigor «saneamento 8.1-6 
3,5. Anotação dos resultados smart 81-9 
4. Precisão dos Resultados... ienes ereaaiatenaeiira aereas eceetasess 81-9 
5, Vantagens e Limitações... eras eae 81-12 
6, Referências Blbllográficas ...crmneeircnceaeniera cereais ceras essa 81-12 
82 metodologia do Teste de Tetrazólio em Sementes 
de Amendoim ....ccecerenencerconcrnsens escsnopendssosonasoss hesecas seas oasesossomocseos &2-1 
“À Introdução caccsisereranmaesierea ceara ne oram narera serasa ceara tera ear arenas 82-1 
2. Metodologia... seems teares eras RPRPRONEP RO RRPEENONPRDA 82-1 
2.1, Preparo da sOlUÇÃO erica eareireestres testis a rea va seara 82-1 
2.2. Preparo das sementes .sasssmsmiaenaineca criteria eira rseera 82-2 
2.3, Interpretação ..ssemstaaerararerarreneaiereieras irei raca atiçatas 82 -2 
CLASSE 1 (sementes viáveis € VIGOLOSOS) siemens 82-83 
CLASSE 2 (sementes viávels e não VIgOLOSAS) a cnesunmeaaia 82-5 
CLASSE 3 (sementes não viáveis) cientes 82-6 
24, Informação dos resultados «a sasitssenasenininesaaniamin neces 82-7 
3. Referências BIbHOgrÁfiCOS cisternas eremita reneeres ei caris saver 82-8 
&3 Metodologia do Teste de Tetrazólio em Sementes de Feijão .......... 831 
1. InhodUçÇÃO .stesteeeiienera ceneeeranaaaea rara ceara rear nee aterrar 83-1 
2, Metodologla .. ese temeeaereerieeerna ires ara serenata rece ee enee ra rs cenicas nes seec ana 83-1 
21. Material necessário «sister trees 8.3-1 
2.2, Preparo da sOlUÇÃO sementes tiara rereer rentes 83-2 
2.3. Preparo das sementes .ieesianiantereanasts errei necessaria 83-2 
3. Interpretação «sa ORIRT EEE IET ORESTES PIS EETE RES ETERET SEE PETER EPP OPRRRRRRPERPRIORRDE 83-3 
3.1. Caracterização dos níveis de viabilidade «imensas 83-4 
CLASSE 2 (alto VIgOD aussi neranera rasos 83-5 
CLASSE 1 (mais alto VÍgOD Lsisiisemeneneieanar essencia 83-85 
CLASSE 4 (baixo VIGO cce eee srrea 83-6 
CLASSE 3 (Médio VIgOD «asuceaenenaaieeaneaeremearataeaanenerisaiirra 83-6 
CLASSE 5 (muito baixo VIGO .smssermecensenaseraunareseers eras asenstiasaa 83-7 
CLASSE 6 (não VIÁVEI a ciseeereseteeeeeseeraernierareeseeiracarsresesaras 8.3 - 8 
CLASSE 7 (semente Morta) ,siiminenanaaaaan anamaria 83 - 8 
4. Informação dos Resultados «a erensensermesmentarassenarmenerarrarre res ceatices 83-9 
5. Vantagens do Uso do Teste «eee meiiiranen ensine traça 83-92 
6, LIMITAÇÕES .esceiseienenteienceneear eras CRaRE LARS Re DER CRRRRR ERRAR RR SDS UR 83-9 
7, Referências BIbIIOgrÁfICOS ...ccsseremaersiaiaerrieeaaratirerentereaeaenrerreriaeçea 8.3-9
&4 metodologia do Teste de Tetrazólio em Sementes de MIMO .......... E4-7 
1. Introdução ,srrereanteritacenia area aee RR LOREAL Ra rea cena n aaa 84-17 
2. Metodologia «.sesermenmiemenierar ca recaerae race iee roses cena ee eira satesenireresa 84-1 
24. Material necessário «eee renata aerea enero 84-17 
2.2, Preparo da SOlUÇÃO .isscsenanerareniirnesusi ceia eres cerrrerrereia nani 84-2 
2.3, Preparo das sementes .cee enero seara nene 84-2 
2.3.1, AMOSÍTAGEM eira eanaeais aan rear 84-2 
2.3.2. Número de sementes assessment 84-2 
2.3.3, Pré-condicionamento sineira eis 84-2 
2.34, Corte das sementes ,imseneceneertanaereaneereaaearaeerrereesainatras 84-2 
24, Coloração .erecntinasrairenaaarorenreer na ceaRaRiaa coreana sanar a aaa B4-3 
241. Lavagem e conservação da amostra .miecamanam 84-4 
3. Interpretação ..sscasastrasiaseaareaariaren crer acesara carina Retira nina casaria 84-4 
3.1. Identificação das classes ..csstemacerserscerersererasianerers ereta 84-5 
CLASSE 1 (sementes viáveis € VIGOLOSAS) «iene 84-5 
CLASSE 2 (sementes viáveis e Não VÍgOLOSAS) «cremes 84-85 
CLASSE 3 (sementes não viáveis) ..eeect a 84-7 
4. Resultados «ssa teares iartasacaers cera a rata a Roe a CURAR scan aeRRs raras caco nana 84-7 
41. Viabilidade ...eeteinntierereererere raca corar asia nao a ars ana transa canas arena 84-7 
412 VIGO cisma er ersrarcena ce eeaara reina caca ceu ea coa eea insana arenaiis 84-7 
5. Vantagens e Limitações... emisanieresiaceeanarearec ana cerenirees caraio srsansans 84-8 
5.1. Vantagens .eteneecaiien era cemnnacra era nraaseeaa decano as ereea araras tra rrarar 84-68 
5.2. LiIMHAÇÕES .isserrenterarasirereniaacrecaaaeeren ea sra ser CeRRE Ceasa Rena Rereesaaa ataca a 84-9 
6. Referências BIbIOgráficas .... cc srereeriescerreeenera erraram caraca teares 84-9 
&5 metodologia do Teste de Tetrazólio em Sementes de Soja ......x.c... 85-17 
1. Introdução .seis onerosa nareeeato raererriaiense ceara 8.5-1 
2. Metodologia sims eaeiraierrenia enero eeeaneara errar ae aa reareraecee e etes seria 8,5 -2 
2.1, Material necessário ..ssersienirasaraaiaaaareaaeie are taanrarernera 85-2 
2.2. Preparo da SOIUÇÃO «scseecaresementenrenaserenerearorosoaenamesasesaarassensssima 85 -2 
2.3. Preparo das sementes ...ieteenreenneeeiarese ira ceineaerni sereia 85-83 
3. Interpretação ..ssesentmaeearanareea nine criara a aeee caes crase atrasa 85-4 
3.1. Diagnóstico das causas da deterioração da semente 
[O [SETO) [6 DRPRDDRRDIO ERODRPRD OPEN OND PR ONDE ERRO PROERD RIOU PERDIDO UERR ERRNRRE PORRA 85 -6 
3.2. Caracterização dos níveis de viabilidade . sessenta 8.5-9 
CLASSE 1 (mais alto vigor «issues canererentenaarinsaa 85-11 
CLASSE 2 (AO VIGO sicciesermimenearreracrime cana ciiaeni create arenas traria 85-12 
CLASSE 3 (vigor MÉCIO) ,eenaemennerersteeeisaa raca anceeritrea 85-13 
CLASSE 4 (vigor baixo)... sscismseaeiiamaenaciraren rare cenersraeataanernaa 85-14 
CLASSE 5 (vigor muito baixo)... ceeeeerceneseetasaaseareantasiresnssa 8.5- 15 
CLASSE 6 (não VIÁVED sie eeresiseessererrerderens ema nien een aan aa era nerea 85-16
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 
 
CLASSE 7 (não VIÓVED siemens cenisaar ear 85-16 
CLASSE 8 (sernente MOMO) sinais eensimiranercanieiaanr es 85-17 
3,3. Utilização da ficha e Interpretação do resultados . sima 85-18 
3.3.1. Interpretação dos Resultados essere areais 8.5- 19 
- Precisão dos ResUHadOS screens carananereiar areia 8,5 - 20 
5. Vantagens e Limitações do Teste de Tetrazólio para A SOJA «cc 8.5 - 25 
3.1, VOntagens .eessneeearaee iara erre atranea reiterar aero crase sarna 8,5 - 25 
5.2. Limitações . ines ercestmeeaeesaeraerecarrinearereerae carne Cree neaeern raras 8.5 - 25 
- Quando Aplicar o Teste de Tetrazólio ...isssesinessessasnasenteetnra 85-25 
7, Referências BIDIOgrÁfICOS ici etenerariai aerea teens rea canantos 8.5 - 26
Testes de Vigor: 
Importância e Ulilização 
Julio Marcos Filho 
L1. Introdução 
A história da Agricultura demonstra que os primeiros contatos entre o homem e a 
fisiologia de sementes foram estabelecidos a partir do momento em que foi descoberta a 
possibilidade de seu uso para a propagação de plantas, no século LXXX A.C. Nesta situação, 
de acordo com Evenari (1984), além de provocar profundas alterações positivas nos hábitos 
da vida humana, o início do uso de sementes para o estabelecimento de culturas, visando a 
produção de alimentos, também passou a se constituir em fonte de preocupação. 
Assim, novos desafios surgiram diante da necessidade da determinação de épocas 
mais favoráveis para a semeadura, da ocorrência de falhas na germinação, de dificuldades 
inesperadas, como as causadas pela dormência, pela deterioração durante o armazenamento, 
pelas alterações na qualidade fisiológica provocadas por patógenos. Consequentemente, o 
homem passou a resolver novos problemas, muitas vezes de forma empírica mas, em geral, 
as soluções encontradas permitiram a evolução da tecnologia agrícola, 
Teofrasto, no século IV A.C, é citado como o primeiro pesquisador a realizar estudos 
documentados na área de Fisiologia de Sementes, ao desenvolver trabalhos sobre a 
transferência de matéria seca planta/sementes e a fisiologia da germinação. A evolução dos 
conhecimentos pode ser considerada como relativamente lenta, em função de dificuldades 
inerentes à época, como os problemas de comunicação, o descrédito das informações obtidas 
pelos pesquisadores devido a problemas políticos e religiosos, a perda de documentos valiosos 
e o pequeno número de pesquisadores dedicados a estudos sobre sementes. 
De acordo com os historiadores, as pesquisas praticamente estagnaram entre 280 A.C.e o 
ano de 1800. Tomaram impulso no século XIX graças, principalmente, à divulgação, em 1860, 
das pesquisas conduzidas por Sachs, considerado como o "pai da moderna Fisiologia de Sementes" 
ao estudar as temperaturas cardeais para a germinação, e dos trabalhos de Nobbe que resultaram 
na publicação de livro sobre métodos para análise de sementes, em 1876. 
Na verdade, além dos problemas mencionados anteriormente, a evolução das pesquisas 
em Tecnologia de Sementes também era bloqueada pela ausência de metodologia específica 
para análises em laboratórios, A partir da divulgação dos trabalhos de Nobbe, a avaliação da 
qualidade fisiológica das sementes passou a ser efetuada rotineiramente, principalmente através 
do-teste padrão de germinação. Posteriormente, a partir dos anos 40, o teste de tetrazólio foi 
desenvolvido por Lakon, na Alemanha, Ambos os testes passaram a se constituir nos principais 
recursos para a avaliação da qualidade fisiológica das sementes, principalmente após a 
padronização da metodologia e sua inclusão nas Regras para Análise de Sementes,
1-2 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
 
1.2. Problemas Decorrentes do Uso do Teste de Germinação e de 
Tefrazólio 
“O teste de germinação é eficiente em, pelo menos, dois aspectos: fornece informações 
sobre o potencial de uma amostra para germinar sob condições ótimas de ambiente e, além 
disso, é considerado como padronizado, com ampla possibilidade de repetição dos resultados, 
dentro de níveis razoáveis de tolerância, desde que sejam seguidas as instruções estabelecidas 
em Regras para Análise de Sementes, tanto nacionais como internacionais. 
Ainda que os resultados de testes de germinação apresentem alto grau de confiabilidade 
para analistas e para produtores de sementes, sob o aspecto de reprodutibilidade dos resultados 
e possibilidade de utilização como base para a fiscalização do comércio, o mesmo não ocorre 
quando se trata da utilização de lotes para a semeadura em campo onde, com grande fregiiência, 
os resultados de emergência das plântulas podem ser consideravelmente inferiores aos 
observados para a germinação em laboratório, conforme mostram os dados obtidos por 
Delouche (1974) e apresentados na Figura 1.1. Observa-se que todos os lotes avaliados 
apresentavam germinação superior a 80%. No entanto, a emergência das plântulas em campo, 
sob condições moderadamente desfavoráveis de ambiente foi, em geral inferior à germinação; 
dos 94 lotes avaliados, 68 apresentaram emergência de plântulas inferior a 80% e, 
consequentemente, comportamento inferior ao determinado em laboratório. 
Da mesma maneira, podem ocorrer decepções quanto ao desempenho de lotes com 
alto poder germinativo durante o armazenamento, fato tanto verificado na prática como 
documentado pela pesquisa. A Figura 1.2 permite ilustrar essa ocorrência, através de 
informações obtidas por Delouche e Baskin (1973), que detectaram diferenças entre o potencial 
de armazenamento de lotes com poder germinativo semelhante e elevado (superior a 90%). 
“q
 
o
 
q
 
So
 
o
 
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t
i
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ENGERMINAÇÃO 
ESEMERGÊNCIA Ras
 
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10 
PR 
LA
 
 
>90 89-80 79-70 69-60 59-50 49-40 <40 
GERMINAÇÃO (%) 
FIG. 1.1. Germinação e emergência das plântulas em campo de 94 amostras provenientes de lotes 
submetidos a fiscalização do comércio de sementes de soja no estado do Mississippi, USA. 
(Adaptado de Delouche, 1974).
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 1-3 
 
100 + 
90 - 
80 
70 + 
60 - 
50 + 
40 + 
30 +) 
20 +| 
10 
 PERC
E
N
T
A
G
E
M
 
 
 
17, 2 8 16 
LOTES / FEIJÃO 
INICIAL mm 18 MESES 
FIG. 1,2. Germinação inicial e após armazenamento durante 18 meses, de 07 lotes de sementes de feijão, 
em condições normais de ambiente (Adaptado de Delouche e Baskin, 1973). 
, 
Dessa maneira, os problemas mais frequentes citados para enfatizar a possível 
ineficiência do teste de germinação têm sido os seguintes: 
+ 
e
 
As Regras para Análise de Sementes enfatizam que a "germinação de sementes, em teste 
de laboratório, é a emergência das estruturas essenciais do embrião, demonstrando sua 
aptidão para produzir planta normal sob condições favoráveis de campo”. Nessa 
conceituação, baseada na morfologia das plântulas, não é considerada a rapidez do 
crescimento, aspecto fundamental para o estabelecimento do estande em campo, Portanto, 
caso o desenvolvimento das plântulas seja relativamente lento, mas se complete durante o 
período de tempo previsto para o teste em laboratório, os resultados podem não se repetir 
sob condições ambientais menos favoráveis. 
A percentagem de plântulas normais obtida no teste de germinação representa o máximoque a amostra pode oferecer, pois o teste é conduzido sob condições ótimas, artificiais e 
padronizadas para cada espécie avaliada. Esse fato contribui significativamente para a 
ocorrência de discrepâncias em relação à emergência das plântulas em campo. 
A correspondência entre a percentagem de germinação e a de emergência das plântulas em 
campo somente é verificada sob condições extremamente favoráveis de ambiente. A 
experiência teórico-prática daqueles que se dedicam à Tecnologia de Sementes demonstra 
que a manifestação do potencial fisiológico das sementes responde diretamente à influência 
do meio ambiente. Portanto, se essas condições se desviarem das ideais, após a semeadura 
em campo, é previsível que a percentagem de emergência das plântulas seja inferior à de 
germinação determinada em laboratório.
1-4 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
 
+ 
e
 
e
 
e
 
+ 
Os resultados do teste de germinação não permitem detectar o progresso da deterioração 
das sementes, indicando apenas os estádios finais do processo, O envelhecimento da semente 
compreende uma série de eventos a partir da maturidade fisiológica e, conforme Delouche 
e Baskin (1973), o aumento da incidência de plântulas anormais e a perda do poder 
germinativo são, provavelmente, as alterações finais verificadas na qualidade fisiológica 
das sementes. Eventos anteriores, como a redução da velocidade e da intensidade de 
crescimento das plântulas, geralmente não interferem nos resultados finais do teste de 
germinação, mas são componentes muito importantes do desempenho das sementes em 
campo e podem ser afetados pelas condições de armazenamento. 
Considerando-se que lotes de sementes podem apresentar diferentes graus de deterioração, não 
revelados em testes de germinação, há sérias dificuldades para identificar diferenças entre o 
potencial de armazenamento de lotes com poder germinativo semelhante (Figura 1.2). 
Não há diferenciação de lotes segundo a velocidade de germinação. Por exemplo, na(s) 
contagem(ns) intermediária(s) do teste de germinação são computadas e eliminadas do 
teste todas as plântulas que completaram seu desenvolvimento normal em um menor período 
de tempo. São plântulas teoricamente mais "fortes" que aquelas normais determinadas 
apenas na interpretação final do teste e que, portanto, dispuseram de período de tempo 
adicional para o crescimento em condições ótimas. Essas podem ser plântulas mais "fracas" 
e, se sua quantidade for razoável, as discrepâncias entre os resultados do teste de germinação 
e a percentagem de emergência das plântulas em campo podem ser mais acentuadas, 
principalmente sob condições menos favoráveis em campo. 
Os dados obtidos na primeira contagem do teste, que indicariam possíveis diferenças na 
velocidade de germinação, não são apresentados no boletim de análise divulgado aos 
interessados. 
Plântulas com deficiências (por exemplo: leguminosas com lesões superficiais, doenças, 
apenas um cotilédone, problemas na raiz primária), ou seja, com potencial fisiológico 
inferior, são computadas como normais e podem contribuir para "elevar" a percentagem de 
germinação ou acentuar as diferenças com a emergência das plântulas em campo. 
Assim, lotes de sementes com menor potencial para apresentar desempenho adequado em 
campo ou durante o armazenamento podem ser considerados como de alta qualidade, se 
apresentarem percentagem de germinação elevada. 
À presença de sementes intumescidas ou em início de germinação (sintomas da ocorrência 
de dormência) pode determinar o prolongamento do teste, dando oportunidade para que 
essas sementes possam completar a germinação. Nesses casos, pode permanecer a dúvida 
quanto à causa da menor velocidade de germinação: dormência ou potencial fisiológico 
inferior. 
As restrições apresentadas para o teste de germinação também se aplicam (ou se 
acentuam) ao teste de tetrazólio, quando utilizado para avaliar a viabilidade de lotes de 
sementes. Esse teste é realizado sob condições ainda mais favoráveis de ambiente que as 
proporcionadas para o de germinação, além de ser realizado em menor período de tempo, o
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 1-5 
 
que atenua a ação de possíveis fatores adversos. Assim, como as sementes permanecem 
menos expostas às adversidades do ambiente, os resultados também podem apresentar sérias 
discrepâncias em relação aos de emergência das plântulas em campo. 
Em resumo, ambos os testes, da forma como incluídos nas Regras para, Análise de 
Sementes, podem ser considerados incompletos, principalmente pela possível superestimativa 
do potencial fisiológico das sementes, não envolvendo vários aspectos da relação semente x 
ambiente. Portanto, há necessidade da inclusão de testes em programas de controle de qualidade 
que permitam, pelo menos, identificar diferenças na qualidade fisiológica de lotes com alta 
germinação ou viabilidade, além de detectar possíveis diferenças no potencial de desempenho 
entre lotes com germinação ou viabilidade semelhantes. É 
Respostas a esses desafios constituem prioridades para os tecnologistas de sementes. 
Por esse motivo, a pesquisa tem atuado de forma permanente no sentido de desenvolver 
métodos que permitam a avaliação do potencial fisiológico das sementes, considerado 
atualmente como sinônimo de vigor. 
1.3. Vigor de Sementes - Considerações Gerais 
A história dos testes de vigor teve início com o desenvolvimento do teste padrão de 
germinação, conforme relatou Carvalho (1994). Segundo este autor, Nobbe estabeleceu, em 
1869, o primeiro laboratório de análise de sementes em Tharandt/Alemanha; em 1876, ocorreu 
o mesmo em Connecticut/BUA. Durante vários anos, a avaliação da qualidade fisiológica foi 
efetuada apenas através do teste padrão de germinação; apenas nos anos 40 o teste de tetrazólio 
foi desenvolvido por Lakon, na Alemanha, 
De acordo com o relato de vários pesquisadores, a introdução do termo vigor foi, 
primeiramente, atribuída a Nobbe, em 1876, que utilizou a palavra "triebkraft", com significado 
de "força motriz” ou "energia de crescimento”, ao discorrer sobre o processo de germinação, 
no tratado Handbuch der Samenkund (Association of Official Seed Analysts, 1983). 
No entanto, Ader (1972), também conforme Association of Official Seeds Analysts 
(1983), não entendeu que Nobbe tenha mencionado o termo vigor com o significado adotado 
atualmente, Atribuiu a Hiltner e Ihssen, em 1911, a paternidade da idéia atual sobre vigor, ao 
desenvolverem o teste do "tijolo moído” (Hiltner test). 
 
De qualquer maneira, no final do século XIX e início do século XX, as idéias sobre 
testes de "vigor" apresentaram evolução restrita. Nos Estados Unidos da América, podem ser 
destacadas, na primeira metade deste século, as seguintes tentativas, relatadas em Association 
of Official Seed Analysts (1983): | 
+ Fick e Hibbard (1925): teste de condutividade elétrica: 
+ Stahl (1931,1936): velocidade de germinação; e 
+ Reddy: criação do teste de frio entre 1930 e 1935, posteriormente aperfeiçoado por Tatum 
e Zuber entre 1942 e 1943,
1-6 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
 
O ano de 1950 pode ser considerado como o marco de referência para a reviravolta das 
pesquisas sobre a avaliação da qualidade fisiológica das sementes, durante a realização do 
IX Congresso da ISTA, em Washington D.C., EUA, 
Na época, havia discrepâncias entre resultados de testes de "germinação" conduzidos 
na Europa e EUA, criando problemas ao comércio internacional. Na Europa, predominava a 
condução do teste de germinação sob condições artificiais altamente favoráveis, visando 
atender às necessidades da fiscalização do comércio de sementes. 
Por outro lado, nos Estados Unidos, prevalecia o "conceito agrícola" de análise de 
sementes e a obtenção de resultados destinados à orientação de agricultores, através do uso 
de testes de emergência de plântulas. 
Naquele Congresso, W. J.Franck (pesquisador holandês e presidente da ISTA) 
apresentou proposta para que os testes conduzidos em substratos artificiais e condições ótimas 
fossem denominados testes de germinação e que seus resultados fossem oficializados como 
parâmetros balizadores dos padrões de sementes para comercialização. Da mesma forma, os 
testes conduzidos em solo ou relacionados à percentagem de emergência das plântulas em 
solo deveriam ser chamados testes de vigor. Assim, a habilidade de um lote de sementes 
estabelecer plântulas em campo deveria ser denominada vigor (Franck, 1950). 
As proposições de Franck não só foram aceitas, como tiveram forte e imediata 
repercussão. Naquele Congresso já foi estabelecido o primeiro Comitê de Vigor da ISTA, 
com os objetivos principais de apresentar uma definição de vigor e de iniciar o 
desenvolvimento imediato de métodos padronizados para a sua avaliação. Apesar desse 
objetivo poder ser considerado, nos dias de hoje, como uma combinação de aito grau de 
otimismo e certa ingenuidade (McDonald, 1993), as consequências positivas da iniciativa de 
Franck são inquestionáveis. 
Assim, houve grande concentração de esforços no sentido da criação de inúmeros 
métodos para a avaliação do vigor em laboratório, com tentativas de reproduzir situações 
verificadas em campo, após a semeadura, ou de estudar características fisiológicas das 
sementes relacionadas ao seu desempenho em campo e durante o armazenamento. O impulso 
à pesquisa em tecnologia de sementes for marcante, predominando a execução de projetos 
dirigidos aos métodos para avaliação do vigor e de suas relações com o desempenho das 
sementes e para a identificação das causas determinantes desse comportamento, 
A evolução do interesse dos tecnologistas e produtores de sementes, bem como dos 
agricultores, sobre o assunto também merece destaque; a divulgação das idéias sobre as 
relações entre o vigor e os mais variados aspectos do desempenho das sementes tornou-se o 
tema preponderante em reuniões técnico-científicas e acelerou a pressão da demanda por 
conhecimentos sobre o assunto. 
Por outro lado, o entusiasmo gerado por esse impacto inicial também acarretou certo 
grau de precipitação na divulgação dos primeiros resultados. As respostas para as principais 
dúvidas referentes ao desempenho das sementes passaram a ser atribuídas exclusivamente
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 1-7 
 
ao “alto” ou ao "baixo vigor”. Assim; o vigor tornou-se a principal justificativa para o sucesso 
ou o fracasso do estabelecimento do estande em campo. 
Da mesma forma, foi intensamente divulgada a idéia de que os resultados dos testes de 
vigor poderiam ser utilizados para prognosticar ou "predizer", com alto grau de precisão, O 
percentual de emergência das plântulas em campo e/ou o período em que as sementes poderiam 
manter determinado poder germinativo durante o armazenamento. Em resumo, houve 
supervalorização do termo vigor, de suas características e consegiiências, em detrimento de 
outros atributos de importância semelhante como, por exemplo, a sanidade. 
“Essa situação predominou até meados da década de 70, após a conscientização de que 
o vigor não poderia responder a todas as indagações sobre o desempenho das sementes, As 
tentativas de conceituação, iniciadas por Isely (1957), indicando que o vigor seria "o resultado 
da ação conjunta de todos os atributos da semente que permitem a obtenção de estande, sob 
condições favoráveis", evoluiu com o passar do tempo, até que a comunidade científica foi 
sedimentando conhecimentos até concluir, no final dos anos 70, que o vigor compreende um 
conjunto de características que determinam o potencial para a emergência e o rápido 
desenvolvimento de plântulas normais, sob ampla diversidade de condições de ambiente. 
Essa é a idéia central das conceituações de vigor estabelecidas pela ISTA, em 1977, e pela 
AOSA, em 1979, que prevalecem até esta data. 
Ainda que esses conceitos envolvam considerações abstratas como “conjunto de 
características”, permitem estabelecer limites para a compreensão da influência do vigor sobre o 
desempenho das sementes. Consequentemente, entende-se que os lotes considerados vigorosos 
tem maior probabilidade de sucesso, caso o ambiente, na época de semeadura, não seja totalmente 
favorável, o mesmo ocorre durante o armazenamento. No entanto, lotes menos vigorosos poderão 
apresentar desempenho satisfatório sob condições ambientais adequadas. Na verdade, o fato da 
influência do ambiente sobre o comportamento da semente ter sido relegada a plano inferior, 
pode ser considerado como a principal causa determinante das falhas de interpretação sobre o 
significado do vigor das sementes, no início das discussões sobre o assunto. 
A possibilidade de sementes vigorosas apresentarem desempenho deficiente sob condições 
menos favoráveis de ambiente pode ser ilustrada através dos resultados obtidos por Shieh e 
McDonald (1982), com sementes de milho classificadas pelo tamanho (Tabela 1.1). Por outro 
TABELA 1.1. Influência do tamanho sobre a qualidade fisiológica de sementes de dois 
cultivares de milho (Shieh e McDonald, 1982). 
 
 
 
'B 73! 'Mo 17! 
Teste de Classif. Teste de Classif. 
Tamanho Germ. Frio Vig. Pl Emerg” | Germ. Frio Vig.Pl Emerg. 
(%o) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 
Grande 94 73 88 60 98 62 95 29 
Média 96 78 94 61 98 65 93 91 
Pequena 97 79 98 88 95 59 80 33 
 
() Houve deficiência hídrica após a semeadura.
1-8 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
 
lado, o comportamento seme- — TABELA 1.2. Relações entre a qualidade fisiológica de 
, sementes de soja, cultivar Bragg, e o de- 
lhante de lotes com alto poder sempenho em campo (Marcos Filho, 1981). 
germinativo mas diferentes quanto 
Qualidade Fisiológica 
 
ao vigor também ocorre com Parâmetro 
freaiiênci o Lote 1 Lote 2 
reguência, desde que as condições 
de ambiente sejam adequadas Sominação (%) co) 84,0 a 80,0 a 
, . imei tagem (% 57,0 à 40,0 b 
Tab 2). Essas duas posst- imetra con ' ' 
Ce t 2) | nas Pp Envelh. acelerado/48h (%) 85,0 a 64,0 b 
bilidades são amp amente docu- — Envelh. acelerado/60 h (%o) 78,0 a 54,0 b 
mentadas na literatura, Compr. raiz (mm) 83,5 à 51,7 b 
Portanto, deve ser reco- Compr. hipocótilo (mm) 59,8 a 46,0 b 
: : Veloc. emergência (Índice) 42 a 38 b 
nhecido que os testes de vigor S ' ' 
co q . 5 Emergência campo (%) 84,0 a 80,0 a 
representam um importante Altura de plantas/20 d. (cm) 240 à 22,6 b 
parâmetro para a caracterização Nº final de plantas 220 a 28,0 a 
da qualidade fisiológica das Produção (kg/ha) 2.280,0 a 2.355,0 a 
 
sementes. Foram desenvolvidos 
para proporcionar informações 
adicionais ao teste de germinação, não para substituí-lo. O desempenho das sementes, tanto 
no armazenamento como em campo, depende não só do histórico dos lotes como, prínci- 
palmente, das condições do ambiente ao qual a semente permanece exposta. Por esses motivos, 
são indispensáveis a escolha adequada dos métodos para a avaliação do vigor e os cuidados 
na interpretação dos resultados. 
1.4. Avaliação do Vigor 
Os testes de vigor têm se constituído em ferramentas de uso cada vez mais rotineiro pela 
indús-tria de sementes para a determina-ção da qualidade fisiológica, As empresas produtoras e 
as instituições oficiais têm incluído esses testes em programas internos de controle de qualidade 
e/ou para a garantia da qualidade das sementes destinadas à comercialização. 
1.4.1. Objetivos básicos 
a) Avaliar ou detectar diferenças significativas na qualidade fisiológica de lotes com 
germinação semelhante, complementando as informações fornecidas pelo teste de 
germinação 
De acordo com Powell (1986), a queda da viabilidade de uma população de sementes 
segue uma curva sigmóide (Figura 1.3). Assim, durante a Fase 1, relativamente longa, 
poucas sementes morrem. Na Fase IL, ocorre o declínio rápido da germinação e, finalmente, 
na Fase III, poucas sementes permanecem vivas. 
Os lotescomercializáveis atingem, no máximo, o ponto de início do declínio acentuado dz 
curva, embora sementes individuais apresentem-se em diferentes posições da curva
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 1-9 
100 FASE 1 | FasE2 FASE 3 
G
E
R
M
I
N
A
Ç
Ã
O
 
(%
) 
 
 
 
TEMPO 
FIG. 1.3. Curva de perda da viabilidade da semente (Powell, 1986). 
(diferentes graus de deterioração). Portanto, a posição do lote dentro da fase I determina 
seu nível de vigor. 
Diante desses fatos, torna-se coerente a comparação de lotes de sementes com germinação 
semelhante e, preferencialmente, ainda situados na Fase 1 da curva de perda de viabilidade. 
- Na verdade, seria apenas uma preocupação acadêmica a tentativa de diferenciar níveis de 
vigor de lotes com diferenças acentuadas de germinação, pois quando este teste, conduzido 
em condições ótimas de ambiente, consegue detectar diferenças na qualidade fisiológica, 
seria lógico concluir que testes de vigor pouco ou nada acrescentariam a essa informação. 
Da mesma forma, seria pouco interessante, do ponto de vista prático, avaliar o vigor de 
lotes com germinação inferior ao padrão mínimo para a comercialização, pois sua baixa 
qualidade já foi detectada pelo teste de germinação. Por esse motivo recomenda-se a 
comparação do vigor entre lotes que apresentem, no mínimo, 80% de germinação. 
b) Distinguir, com segurança, lotes de alto dos de baixo vigor 
Os pesquisadores dedicados à fisiologia de sementes têm ressaltado as dificuldades que, 
praticamente, impossibilita a identificação de lotes com nível médio de vigor. Dependendo 
do teste utilizado, esses lotes podem apresentar respostas semelhantes aos de vigor mais 
alto ou aos de mais baixa qualidade fisiológica. As empresas produtoras de sementes não 
podem ficar à mercê dessa dúvida, ao tomar decisões quanto à viabilidade do manejo dos 
lotes que produz, processa e comercializa. 
É necessário, portanto, diferenciar os lotes de alto dos de baixo vigor para que estes possam 
ser manejados com os devidos cuidados após a colheita, ou eliminados, para não agravar 
as possibilidades de prejuízos ao produtor e ao consumidor.
1-10 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
c) Separar (ou classificar) lotes em diferentes níveis de vigor, de maneira proporcional 
ao comportamento quanto à emergência das plântulas, resistência ao transporte e 
potencial de armazenamento 
O destino final das sementes é o campo e, portanto, o estabelecimento rápido e uniforme 
do estande constitui-se no principal objetivo do consumidor. A emergência das plântulas 
em campo depende diretamente do histórico dos lotes e das condições de ambiente. Como 
estas condições geralmente não são controláveis, a avaliação da qualidade fisiológica das 
sementes deve ser efetuada com tal eficiência que permita identificar, com precisão, os 
lotes que apresentem maior potencial para se estabelecer em campo. Por esse motivo, a 
emergência das plântulas constitui-se no parâmetro indicador da eficiência dos testes para 
avaliação da qualidade fisiológica dos lotes de sementes, 
1.42. Dificuldades. 
Embora não sejam verificados maiores problemas para compreender os objetivos 
básicos da avaliação do vigor, há dificuldades para que os mesmos sejam atingidos. Há 
necessidade de atenção para alguns aspectos, dentre os quais podem ser destacados: 
a) o vigor reflete de um conjunto de características que determinam o potencial para emergência 
rápida e uniforme de plântulas normais, sob ampla diversidade de condições de ambiente. Por 
esse motivo, torna-se difícil o desenvolvimento de apenas um teste que indique, com razoável 
precisão, o potencial de desempenho das sementes expressando características tão distintas e 
tentando relacioná-las ao que vai ocorrer tanto no campo como durante o armazenamento, 
b) que característica é avaliada por determinado teste? Há testes que avaliam aspectos 
bioquímicos relacionados ao vigor, enquanto outros procuram detectar a resistência da 
semente a estresses; estes podem ser de várias naturezas (resistência a altas ou baixas 
temperaturas, a soluções tóxicas, a camadas de impedimento mecânico, dentre outras). 
Deve ser conhecida a relação entre a resposta da semente a determinado teste com o seu 
comportamento em campo ou armazenamento, para que se possa dimensionar a 
confiabilidade das informações obtidas e aplicá-las corretamente na tomada de decisões. 
Esse aspecto ainda se constitui em desafio para a pesquisa. 
c) a classificação ("ranqueamento") de lotes de acordo com a qualidade fisiológica pode 
variar, conforme o teste utilizado, dependendo da característica avaliada e do genótipo. 
É reconhecida a influência do genótipo sobre o comportamento fisiológico da semente. 
Por exemplo, há cultivares mais resistentes a temperaturas elevadas, outros a temperaturas 
mais baixas e assim sucessivamente, envolvendo também outros fatores como 
disponibilidade de água, patógenos, etc. Os testes de vigor foram desenvolvidos para avaliar 
exclusivamente a qualidade fisiológica das sementes, não se desejando a interferência dor 
genótipo. Consequentemente, esse fato deve ser considerado na escolha do teste, para 
reduzir as possibilidades de interpretação incorreta dos resultados,
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes , 1-11 
Da mesma forma, é necessária atenção para verificar que determinadas características da 
semente e/ou da plântula podem responder de maneira diferente ao nível de vigor e provocar 
enganos na interpretação dos resultados. Como exemplo, são apresentados, ha Tabela 1.3, 
dados obtidos por Carvalho e Toledo (1977) demonstrando que a avaliação do comprimento 
do epicótilo foi mais sensível que a do hipocótilo para detectar diferenças no vigor de 
lotes de sementes de amendoim. 
TABELA 1.3, Emergência e crescimento de plântulas de amendoim, influenciadas pelo vigor 
das sementes (Carvalho e Toledo, 1977). 
 
 
p ; Emergência de Comprimento do Comprimento 
Nível de Vigor Plântulas (%) Hipocótilo (mm) Epicótilo (mm) 
Alto 89 a 33,9 a 1tZ3a 
Baixo 20b — 30,8 a 7,9b 
 
d) Quantificação do vigor 
Os resultados dos testes de vigor são comparativos. Não é possível quantificar o vigor da 
semente, da mesma forma que não se quantifica saúde, nem alegria e muito menos a 
fertilidade do solo, pois todas são características não mensuráveis. 
Na verdade, o resultado de 60% de plântulas normais num teste de envelhecimento 
acelerado, num teste de frio, de primeira contagem de germinação, etc., nada si gnifica, se 
não for comparado com o obtido para outra amostra da mesma espécie e cultivar. Assim, 
expressões como 70% de vigor são incorretas e não devem ser utilizadas, 
A impossibilidade da quantificação do vigor gera dificuldades tanto para a compreensão 
do seu significado quanto para a comparação de informações obtidas em diferentes testes. 
Por exemplo, como seria possível comparar os resultados dos testes de condutividade 
elétrica, expressos em mmho/em'!.g!, com os do envelhecimento acelerado, expressos em 
percentagem de plântulas normais? Diante desse fato, a pesquisa tem procurado "traduzir" 
e estabelecer índices que contribuam para facilitar a interpretação e a utilização dos 
resultados. 
e) Padronização 
Como são muitos os fatores que afetam os resultados de cada teste de vigor, têm sido 
árduas as tentativas de padronização da metodologia, desde o momento em que esses 
testes passaram a ser pesquisados com maior intensidade (cerca de 40 anos atrás). Esse é 
o motivo principal da não inclusão de métodos para avaliação do vigor em Regras para 
Análise de Sementes. 
Até o momento, a ISTA considera como praticamente padronizado apenas o teste de 
condutividade elétrica para sementes de ervilha, enquanto a AOSA tem a mesma postura 
diante do teste de envelhecimento acelerado para sementes de soja (Hampton e TeKrony, 
1995).
1-12 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
 
A exposição da metodologia recomendada para cada um dosprincipais testes, que será 
efetuada nos capítulos seguintes, permite visualizar a diversidade dos fatores envolvidos e 
caracterizar os cuidados necessários para a obtenção de resultados comparáveis. 
14.3. Características de um teste de vigor 
Os testes de vigor devem, primeiramente, apresentar base teórica consistente. Há 
possibilidade do desenvolvimento de inúmeros métodos, mas sua eficiência depende 
basicamente do princípio que norteia a metodologia. Desde que esse aspecto fundamental 
seja atendido, outras características são também importantes: 
a) Simplicidade: para ser executado em diferentes laboratórios, sem exigir equipamentos 
sofisticados, conhecimentos muito aprofundados nem recursos humanos altamente 
especializados. 
b) Rapidez: considerar o volume de análises executadas em determinados períodos do ano 
(épocas de "pico") e a necessidade da obtenção de respostas rápidas, para permitir a tomada 
de prontas decisões, principalmente em programas de controle de qualidade pós-colheita. 
c) Baixo custo: adotar métodos que combinem a máxima eficiência, a menor necessidade de 
investimentos e gastos excessivos com material de consumo. 
d) Objetivo: para maior facilidade de interpretação, a expressão dos resultados em termos 
quantitativos (ou numéricos) deve ser usada preferencialmente às interpretações subjetivas. 
e) Reproduzível: característica desejável em qualquer teste usado em análise de sementes, 
para possibilitar a comparação entre resultados obtidos por diferentes analistas e 
laboratórios. 
f) Resultados relacionados com a emergência das plântulas em campo: as sementes são 
utilizadas para a propagação de plantas de expressão econômica. O estabelecimento das plântulas 
em campo é o reflexo de todos os cuidados dirigidos ao campo, à colheita, ao processamento 
e ao armazenamento das sementes. Os conceitos sobre vigor enfatizam o potencial de emergência 
e inúmeras pesquisas demonstram a existência de relação entre o vigor e a emergência de 
plântulas. Consequentemente, os resultados de testes de vigor devem ser associados aos de 
emergência das plântulas em campo, para monitoramento de sua eficiência. 
1.5. Métodos Para Avaliação do Vigor 
A deterioração tem início imediatamente após a maturidade fisiológica e prossegue enquanto 
as sementes permanecem no campo, durante a colheita, processamento e armazenamento. Tanto 
a intensidade como a velocidade desse processo dependem de fatores genéticos e ambientais e 
estão relacionadas aos cuidados durante o manejo dos lotes de sementes.
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 1-13 
 
O processo de deterioração é progressivo, embora aínda haja dificuldade na 
diferenciação de suas causas e consequências. A sequência proposta por Delouche e Baskin 
(1973) é, ainda, a mais mencionada na literatura (Figura 1,4). 
A queda do vigor precede à da germinação, de modo que lotes com germinação 
semelhante podem diferir quanto ao nível de deterioração e, portanto, ao vigor e ao potencial 
de desempenho em campo e armazenamento, 
Como os testes de vigor fornecem índices mais sensíveis da qualidade fisiológica que 
o teste de germinação, qualquer evento que precede a perda do poder germinativo pode 
servir como base para a avaliação do vigor. Considera-se que, quanto mais próximo da 
Biossíntese incompleta 
Membranas incompletas 
1 
( MATURIDADE FISIOLÓGICA ) 
y 
Degeneração das membranas 
1 
Redução das atividades respiratórias e biossintéticas 
4 
Germinação lenta 
t 
Redução do potencial de conservação 
 
 
Menor taxa de crescimento e de desenvolvimento 
4 
Menor uniformidade de desempenho 
1 
Maior sensibilidade a adversidades 1 
Redução da emergência de plântulas em campo 
b 
Aberrações morfológicas (plântulas anormais) 
Perda do poder germinativo 
y 
MORTE 
 
FIG. 1.4, Segiiência provável de alterações na semente durante a deterioração (Adaptado de Delouche e 
Baskin, 1973),
1-14 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
maturidade fisiológica (ou mais distante da perda do poder germinativo) estiver o parâmetro 
avaliado, mais sensível será o teste. Nesse aspecto, como o primeiro evento do processo de 
deterioração é a degradação das membranas, os testes que avaliam a integridade das membranas 
seriam os mais sensíveis para estimar o vigor. 
À primeira tentativa de classificar os métodos para avaliação do vigor foi efetuada por 
Isely (1957), que separou-os em testes diretos e indiretos. 
Os testes diretos compreendiam os que simulavam condições de campo, em laboratório, 
ou eram conduzidos diretamente no campo. Podiam, também, avaliar característica(s) 
diretamente relacionada(s) com o processo de germinação. Isely considerava como diretos, 
dentre outros, os testes de frio, velocidade de emergência de plântulas, peso da matéria seca 
de plântulas. 
À necessidade da condução desses testes em condições de campo, com variações acentuadas 
do ambiente e consegiientes reflexos nos resultados, além da necessidade do desenvolvimento de 
inúmeros métodos para tentar “imitar” as condições de campo, podem ser responsabilizadas pela 
evolução relativamente lenta do desenvolvimento desses tipos de métodos. 
Ainda de acordo com Isely (1957), os métodos indiretos incluíam os que avaliavam, 
em laboratório, atributos das sementes relacionados ao vigor. Baseavam-se em resistência a 
estresses, em atributos bioquímicos ou fisiológicos e inclufam testes como os de 
envelhecimento acelerado, primeira contagem e velocidade de germinação, tetrazólio, 
crescimento de plântulas. 
A classificação proposta por Isely foi utilizada durante alguns anos, mas se revelou 
inconsistente à medida em que foram desenvolvidos novos métodos. Por exemplo, o teste de 
frio tanto poderia ser considerado tanto um teste direto, como um indireto de resistência a 
estresse, à semelhança do envelhecimento acelerado. Outras classificações foram propostas, 
mas talvez a mais completa possa ser atribuída a McDonald (1975) pois, além de precisa, 
tem permitido a inclusão de novos métodos, sem se tornar desatualizada. Assim, de acordo 
com essa classificação, os testes passaram a ser distribuídos da seguinte maneira: 
a) Testes Físicos: avaliam aspectos morfológicos ou características físicas das sementes 
possivelmente associadas ao vigor. 
Tamanho das sementes 
Peso unitário das sementes 
Densidade das sementes 
Coloração das sementes 
Teste de ratos X 
1 
b) Testes Fisiológicos: procuram determinar atividade fisiológica específica, cuja 
manifestação depende do vigor. 
- Classificação do vigor das plântulas 
- Primeira contagem de germinação 
- Velocidade de germinação ou de emergência de plântulas
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 1-15 
- Transferência de matéria seca 
- Teste de exaustão 
- Crescimento das plântulas 
c) Testes Bioquímicos: avaliam alterações bioquímicas associadas ao vigor das sementes, 
- Teste de respiração 
- Teste ADAG 
- Teste de tetrazólio 
- Teste de condutividade elétrica 
- Teste de lixiviação de potássio 
- Teste dos aldeídos voláteis 
- Teste dos ácidos graxos livres 
d) Testes de Resistência: avaliam o desempenho de sementes expostas a estresses 
- Germinação a baixas temperaturas 
- Imersão em água quente 
- Teste de submersão 
- Imersão em solução osmótica 
- Imersão em soluções tóxicas à semente 
- Teste do tijolo moído (teste de Hiltner) 
- Envelhecimento acelerado 
- Teste de frio 
Dentre os mencionados, atualmente, os comitês de vigor da ISTA e da AOSA 
consideram os seguintes testes como os mais convenientes para a avaliação do vigor: 
a) ISTA: - Taxa de crescimento de plântulas 
- Classificação do vigor de plântulas 
- Envelhecimento acelerado 
- Teste de frio 
- Teste do tijolo moído (teste de Hiltner) 
- Teste de deterioração controlada 
- Teste de tetrazólio 
- Condutividade elétrica 
- Teste de tetrazólio na camada de aleurona 
b) AOSA: -Classificação do vigor de plântulas 
- Taxa de crescimentode plântulas 
- Envelhecimento acelerado 
- Teste de frio 
- Germinação a temperatura subótima 
- Teste de tetrazólio 
- Condutividade elétrica
1-16 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
 
1.6. Utilização dos Resultados 
Os testes de vigor são utilizados com várias finalidades, mas a razão fundamental é a 
determinação do potencial fisiológico de um lote de sementes. Os diferentes métodos não 
foram desenvolvidos para predizer o número exato de sementes que germinará em 
campo, sob variadas condições de ambiente. 
Um resultado de 85% no teste de frio não significa que 85% das plântulas vão sobreviver 
no campo, mas sim que um lote com 85% de germinação, após o teste de frio, tem maior 
probabilidade de sobreviver em campo, sob estresse, que um lote onde o resultado tenha sido 
de 70%. Se as condições de campo se aproximam das ideais, a emergência de plântulas de ambos 
os lotes será, provavelmente, semelhante. No entanto, se as condições de estresse durante a 
germinação, desenvolvimento de plântulas ou durante o armazenamento forem drásticas, 
mesmo o(s) lote(s) mais vigoroso(s) pode(m) fracassar. Assim, mesmo sabendo que um lote 
apresenta alto vigor, não há garantia total de.um desempenho superior ou favorável. Há, 
apenas, maior probabilidade de um melhor desempenho em relação a lotes menos vigorosos. 
Nos EUA, grande parte das companhias produtoras de sementes de grandes culturas 
tem usado os testes de vigor para: . 
a) identificação de lotes que não atingem os padrões internos de qualidade; 
b) classificação ("ranqueamento") de lotes em diferentes níveis de qualidade fisiológica; 
c) avaliação do potencial para formação de estoques reguladores (“carry over”) 
d) tomada de decisões quanto à comercialização, procurando comercializar, em primeiro lu- 
gar, os lotes que atendem aos padrões de germinação, mas apresentam vigor mais baixo; e 
e) fornecimento de informações sobre a qualidade fisiológica dos lotes aos consumidores. 
Há consenso internacional entre os pesquisadores, tecnologistas e produtores de 
sementes sobre a importância do vigor de sementes e a necessidade de avaliá-lo. As 
informações sobre o vigor são ainda mais importantes para sementes de maior valor comercial, 
como as de hortaliças. Estas podem ter sido peletizadas, cobertas por películas e, em outros 
países, pré-condicionadas fisiologicamente; além disso, como apresentam menores 
quantidades de reservas armazenadas, possuem maior propensão à queda do vigor após a 
maturidade fisiológica. O cultivo dessas espécies é efetuado de maneira intensiva e deve ser 
estabelecido com o uso de sementes que germinem rápida e uniformemente e, portanto, de 
qualidade superior. 
Isso permite, em casos específicos, o transplante de mudas com tamanho e qualidade 
uniformes. As falhas na emergência ou a formação de plântulas fracas podem causar sérios. 
prejuízos ou acréscimos no custo de produção. Assim, nos casos específicos de espécies 
onde a condução da cultura comercial envolve o transplante, as sementes devem ser de 
qualidade fisiológica comprovadamente elevada, o que exige o uso rotineiro de testes de 
vigor em programas de controle de qualidade. 
Resumidamente, os testes de vigor têm se mostrado úteis nas seguintes etapas de um 
programa de produção de sementes:
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 1-17 
 
a) avaliação do potencial fisiológico de lotes com germinação semelhante; 
b) seleção de lotes para a semeadura, com base no potencial de emergência das plântulas em 
campo; 
c) avaliação do potencial de armazenamento; 
d) avaliação do grau de deterioração; 
e) controle de qualidade pós-maturidade; 
£) avaliação da qualidade fisiológica e auxílio em métodos de seleção durante o melhoramento 
de plantas; e 
g) avaliação de efeitos de injúrias mecânicas e térmicas, tratamento fungicida e de outros 
fatores adversos pré e pós-colheita. 
De acordo com os resultados de levantamento efetuado pelo Comitê de Vigor da AOSA, 
em 1990, o número de laboratórios que conduzem testes de vigor tem sido crescente. Foi 
revelado que 85% dos laboratórios da AOSA e da SCST (Society of Commercial Seed 
Technologists) que responderam ao questionário distribuído, conduziam testes de vigor 
rotineiramente. Esse acréscimo é substancial em relação aos 51% e 61% verificados nos 
levantamentos de 1976 e 1982, respectivamente. 
Os testes de frio e envelhecimento acelerado continuam sendo os mais populares, 
embora os testes de tetrazólio e de condutividade elétrica sejam muito utilizados. Sementes 
de milho e de'soja são avaliadas com maior fregtiência, seguidas pelas de trigo, sorgo € 
algodão (Spears, 1995). 
1.7. Eficiência dos Testes de Vigor 
A relação entre os resultados de testes de laboratório e a emergência das plântulas em 
campo depende diretamente das condições de ambiente e dos procedimentos adotados para a 
semeadura. A capacidade dos testes de laboratório para estimar o potencial de emergência 
das plântulas diminui à medida em que as condições de ambiente vão se desviando das mais 
adequadas, tornando-se praticamente nula sob condições extremamente desfavoráveis. 
Os testes de vigor são mais eficientes nessa estimativa que o de germinação, mas em 
condições muito desfavoráveis de ambiente não há teste eficiente. Egli & TeKrony (1995) 
demonstraram que lotes com valores superiores a 80%, no teste de envelhecimento acelerado, 
ou a 95%, no teste de germinação de sementes de soja, têm alta probabilidade de apresentar 
emergência adequada de plântulas em campo, sob variações razoáveis nas condições de 
ambiente. Esses autores também consideraram que é completamente fora da realidade esperar 
que haja relação consistente entre os resultados de laboratório e os de campo, porque as 
condições de ambiente são profundamente variáveis e imprevisíveis. 
Várias companhias produtoras de sementes têm adotado procedimentos próprios para 
a avaliação do vigor. Esses testes têm sído utilizados com sucesso há vários anos, pois a
1-18 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
 
metodologia para condução e interpretação dos resultados pode proporcionar informações 
desejadas em programas internos de controle de qualidade. O principal objetivo desses testes 
é a classificação ("ranqueamento") dos lotes de acordo com o nível de vigor, eliminando-se 
aqueles que não satisfazem aos padrões estabelecidos pela empresa, bem como a possível 
indicação de problemas na qualidade fisiológica das sementes e de suas causas. 
Os produtores de sementes e os agricultores estão cada vez melhor informados a respeito 
dos conceitos de vigor e, paralelamente, acentuando suas exigências quanto às informações 
sobre os níveis de vigor das sementes que comercializam ou adquirem, É ocaso, por exemplo, 
do teste de frio para sementes de milho, onde há demanda de informações sobre o real 
significado dos resultados; nessa situação, qualquer tentativa de interpretação deve ser 
fundamentada em testes conduzidos de acordo com a metodologia recomendada pela pesquisa, 
pois mesmo os desvios muito pequenos em relação à metodologia recomendada, podem 
causar variações acentuadas dos resultados obtidos. É o mesmo caso do teste de germinação 
a temperaturas subótimas para sementes de algodão, nos EUA, 
Ainda é uma tarefa difícil avaliar a precisão dos resultados de testes de vigor, porque 
não há um teste considerado como completamente padronizado. No entanto, os testes 
disponíveis e mais recomendados permitem identificar os lotes de alto e os de baixo vigor. 
Os testes de referência, conduzidos por ISTA, AOSA e ABRATES, geralmente indicam 
que um determinado laboratório consegue padronizar e obter resultados comparáveis de um 
mesmo teste, dentro de limites aceitáveis. Porém, essa padronização entre diferentes 
laboratórios ainda não foi completamente verificada, embora os progressos sejam evidentes. 
Variações de temperatura, de disponibilidade de água e em outras condições de ambientesão mais críticas em testes onde são avaliados a taxa de crescimento das plântulas ou um 
determinado processo bioquímico, do que em um teste de germinação. Por exemplo, a variação 
de 1ºC num teste de germinação geral, e provavelmente, resulta em modificação pouco 
acentuada da percentagem de plântulas normais; no entanto, essa mesma variação na 
temperatura pode, por exemplo, afetar significativamente a taxa de crescimento de plântulas 
ou o grau de deterioração provocado durante o envelhecimento acelerado. Por esse motivo, 
atenção redobrada deve ser dirigida aos procedimentos recomendados para a condução dos 
diferentes testes de vigor. 
O teste de frio é um dos mais difíceis de ser padronizado, em função do envolvimento 
de microrganismos e de solo. A inoculação em substrato estéril já foi tentada, mas há 
dificuldade para a manutenção das culturas de microrganismos e de sua patogenicidade, 
além do comportamento desses patógenos se alterar em diferentes tipos de solo. 
No caso de sementes com dormência, tem sido recomendado que, se as mesmas 
normalmente não mais apresentam o problema na época em que forem utilizadas para a 
semeadura em campo, o teste deve ser conduzido após um tratamento específico para superar 
a dormência. Em outras palavras, se determinada espécie geralmente apresenta dormência 
durante, aproximadamente, seis meses após a colheita e a semeadura for efetuada aos sete 
meses, testes de vigor conduzidos durante o período de tempo em que as sementes apresentam
VIGOR DE SEMENTES: Conceitos e Testes 1-19 
 
dormência devem ser precedidos por tratamento específico. Este é um dos fatores que 
provocam sérias dúvidas dos analistas e pode contribuir para a obtenção de resultados pouco 
confiáveis. 
Por outro lado, a eficiência dos testes de vigor depende da escolha adequada do método, 
em função dos objetivos pretendidos. Por exemplo, o uso de apenas um teste pode gerar 
informações incompletas, Assim, a tendência predominante é a combinação de resultados de 
vários testes, tendo sempre em mente a finalidade do uso dos resultados, pois nem sempre o 
teste mais indicado para avaliar o potencial de emergência das plântulas em campo é o mais 
adequado para detectar diferenças entre o potencial de armazenamento dos lotes de sementes 
de determinada espécie. 
Essa observação justifica o fato de que os estudos sobre o assunto têm se concentrado no 
sentido da padronização de um pequeno número de testes, de comprovada eficiência. Assim, as 
diferenças de sensibilidade entre os testes devem ser detectadas em pesquisas, sempre relacionadas 
ao atendimento de objetivos específicos, pois não adianta o teste ser muito sensível, mas indicar 
diferenças de vigor cuja ocorrência seja muito pouco provável na prática, 
Como se verifica, a estimativa do potencial de emergência das plântulas em campo 
não é uma tarefa simples para os tecnologistas de sementes. Sabe-se que os resultados dos 
testes de vigor podem ser expressos em várias unidades, que as informações são apenas 
comparativas e que há dificuldades para identificar os níveis médios de vigor. Portanto, é 
conveniente a tomada de decisões baseada na interpretação conjunta dos resultados de dois 
ou três testes, cujos princípios estejam intimamente relacionados aos objetivos que se deseja 
atingir. . 
Outro fator que pode contribuir para a obtenção de informações pouco consistentes é 
o uso exclusivo de análises de correlação para a avaliação da eficiência comparativa dos 
testes de vigor (Marcos Filho et al., 1984). Esse procedimento, amplamente documentado na 
literatura, tem conduzido a interpretações incorretas ou incompletas, pois os dados podem se 
correlacionar positiva ou negativamente apenas porque apresentam tendências de variação 
comparáveis entre si. A capacidade de separação ("ranqueamento") dos lotes, baseada em 
testes de comparação de médias, tem se mostrado mais eficiente em estudos sobre a eficiência 
dos testes de vigor. 
Nesse sentido, Burris (1976) relatou que, frequentemente, os estudos sobre as relações 
entre o vigor e o desempenho de sementes são conduzidos com a inclusão de lotes com baixa 
qualidade, com germinação significativamente inferior aos padrões mínimos para a 
comercialização. O uso desses lotes contribui para a obtenção de correlação significativa 
entre os resultados de laboratório e os de campo, mas ajuda muito pouco no sentido de 
detectar a real influência do vigor sobre o desempenho das sementes. 
Como ilustração, citou os dados de uma pesquisa em que, com a inclusão de todas as 
entradas de dados, com germinação entre 52% e 98%, a correlação entre vigor e emergência 
foi altamente significativa (1 = 0,78). No entanto, quando foram eliminadas todas as entradas 
com germinação inferior a 80%, o índice de correlação foi baixo (r= 0,52) e não significativo.
1-20 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE TECNOLOGIA DE SEMENTES 
 
Esse é um exemplo que ocorre com muita freqiiência nas pesquisas sobre o assunto é 
constitui um alerta para a necessidade de extrema cautela, no momento da interpretação e na 
identificação do alcance dessas informações. 
1.8. Conelusão 
À medida em que as informações sobre o vigor tornam-se cada vez mais disponíveis, 
é importante que os laboratórios oficiais, privados ou ligados a empresas produtoras adotem 
os mesmos procedimentos para a condução de cada teste. Somente essa decisão poderá fazer 
com que sejam eliminadas variações na metodologia que possam conduzir à obtenção de 
informações conflitantes. Os consumidores, portanto, passariam a adquirir maior confiança 
em resultados emitidos por diferentes laboratórios. 
Essa possibilidade poderia ser máterializada com a inclusão de métodos específicos 
nas Regras para Análise de Sementes, embora essa providência não signifique que todos os 
lotes produzidos ou comercializados devam ser avaliados quanto ao vigor e seus resultados 
exibidos na etiqueta da embalagem. A inclusão apenas da metodologia dos testes 
comprovadamente padronizados deve ser incentivada, para que a pesquisa tenha continuidade 
e outros testes possam ser considerados no futuro. 
Os testes de vigor trazem benefícios a todos os segmentos da produção de grandes 
culturas e de hortaliças. São usados com maior freguência pelas empresas produtoras de 
sementes e há necessidade de serem concentrados esforços no sentido de fazer com que 
passem a se constituir em componentes permanentes das análises de rotina. 
1.9. Referências Bibliográficas 
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handbook. Contrib. no 32 to the Handbook on Seed Testing. 88p, 1983. 
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