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VITÓRIA DRESCH XAVIER VALVULOPATIAS ESTENOSE AORTICA . INTRODUÇÃO ● Dificuldade da válvula abrir ● 1-2% >65 anos / 12% >75 anos ○ 3.4% tem EAo severa ● Esclerose valvar = espessamento/calcificação folhetos sem estenose ○ Taxa progressão Esclerose -> Estenose = 1.8%.ano ○ ↑risco IAM e morte DCV e de todas as causas ETIOLOGIA: ● Principal causa e o envelhecimento associado a fatores de risco cardiovasculares ● Calcificação da válvula leva a perda de mobilidade ● Pode acontecer por defeitos congênitos - válvula aórtica é bicúspide ● Pode ser causada pela febre reumática, que também causa todas as valvulopatias ○ Quando secundária a febre reumática a estenose aórtica gera fusão dos folhetos valvares, deixando abertura em boca de peixe. CONSEQUÊNCIAS NO CORAÇÃO ● Quando há estenose aórtica, durante a sístole ocorre um aumento de pressão no ventrículo esquerdo (ele precisa vencer a força da estenose para o sangue passar). ○ Isso gera hipertrofia do ventrículo, que inicialmente e excêntrica. ○ Também pode haver dilatação do átrio esquerdo VITÓRIA DRESCH XAVIER ○ Ao longo do tempo acontece um aumento de pressão em todo o sistema - lado direito e esquerdo, vasos e pulmão. ● Estenose aórtica = insuficiência sistólica e diastólica devido ao espessamento das paredes cardíacas e aumento da pós carga do coração. ● SOBRECARGA SINTOMAS ● Tricúspide após 70 anos ● Bicúspide entre 50-70 anos ● ↓ capacidade funcional ● cansaço ● dispnéia esforço ○ ↑ pressão diastólica final -> Congestão Pulmonar ○ Incapacidade de ↑ débito cardíaco no esforço ● Angina (associada a hipertrofia ventricular devido a incapacidade de aumento do fluxo coronariano) ○ Compressão coronária ○ ↑ consumo O2 VE hipertrófico ● Síncope (relacionada ao esforço, devido ao baixo DC, que é compensado pela queda da resistencia vaso periférica, diminuindo a PAS e diminuindo quantidade de sangue oxigenado para o cérebro) ○ ↓ perfusão cerebral no esforço ○ Hipotensão no esforço ○ Síncope no repouso -> Fibrilação Atrial x BAV variável ● Insuficiência cardíaca (causada pela estenose) ○ A esquerda: dispnéia e ortopnéia ○ A direita: estase de jugular e edema de MMI ● Sangramento gastrointestinal (devido ao cisalhamento do fator de von Willendrand que acontece por causa do turbilhonamento do fluxo sanguíneo - enzima - angiodisplasia) ○ Angiodisplasia ou outras malformações vasculares ○ Severidade da EAo ○ Cura com troca valva ● Tríade angina - síncope - insuficiência cardíaca DIAGNOSTICO ● ECG ○ ÍNDICE DE SOKOLOV: aumento da amplitude do QRS, nos casos em que a onda S de V1 somado com a onda R de V5 é maior de 35 mm, o que significa que há sobrecarga ventricular esquerda. ○ SINAL DE STREIN: infra do segmento ST, cuja parte inicial é VITÓRIA DRESCH XAVIER lenta e a parte final é rápida, correspondendo a um padrão de repolarização em V5 e V6 distinto. ECG NORMAL ECG ESTENOSE AÓRTICA ● RX, tomo e ressonância veem calcificação na aorta (hipercoica) ● SOPRO SISTÓLICO EJETIVO (EM DIAMANTE) ○ Mesossistólico - crescente (B1 - SOPRO CRESCENTE- B2) ○ Melhor auscultado em foco aórtico ● Ictus não desviado, mas mais propulsivo (desviado é hipertrofia excêntrica) Ecocardiograma ● Avalia gradiente médio de pressão entre o VE e a aorta, área da aorta e velocidade do jato ● Diagnóstico etiológico ● Anatomia valvar ● Grau de calcificação ● Velocidade do jato transvalvar* ○ Área valvar – equação de continuidade ○ Gradiente transvalvar – equação de Bernoulli ○ Quanto mais rápido o gato maior a estenose ● Disfunção VE -> subestima gradiente ● Graus de hipertrofia do ventrículo esquerdo ○ >15 mm = grave ○ FEVE < 50% = grave ECOCARDIOGRAMA COM DOPPLER: VITÓRIA DRESCH XAVIER TRATAMENTO CIRÚRGICO: - TAVI: Transaortic valve implantation (via trans femoral - mais comum - ou transapical) Válvula mecânica precisa de coagulante Válvula biológica troca de 10 a 15 anos VITÓRIA DRESCH XAVIER INSUFICIÊNCIA AORTICA . ● Fechamento incompleto da válvula, levando a regurgitação do sangue ● Parte do sangue da diástole vira da aorta, gerando sobrecarga de volume do VE, gerando hipertrofia excêntrica (câmera esquerda tem que aumentar para comportar volume de sangue) Causas primarias ● Associado a EAo devido calcificação valvar ● Endocardite ○ Perfuração/Destruição folheto ● Vegetação interfere coaptação folheto ● Trauma ● Válvula Bicúspide ● Febre Reumática ● Lúpus, AR, EA, Crohn, Whipple Causas secundárias ● Doenças da Aorta: Dilatação ○ Degeneração pela Idade ○ Necrose da Cística ○ Válvulas Bicúspides (congênito) ○ Dissecção de Aorta ○ Aorta Sifilítica ○ Arterite Células Gigantes ○ Hipertensão Arterial Sistêmica ○ Drogas Supressoras Apetite ○ Marfan, espondilite anquilosante, aneurisma Sintomas ● Sintomas da cardiomegalia e/ou disfunção miocárdica Dispnéia aos esforços, ortopnéia e DPN ● Angina é um sintoma tardio na doença ● Sensacao de batimento intenso ● Contrações ventriculares prematuras incomodam pela pausa pós que enche mais ainda VE para próximo batimento ● DISPNEIA: ocorre por aumento da pressão diastólica final secundaria a sobrecarga de volume sanguíneo no VE, e consequentemente congestão vendo capilar pulmonar ● ANGINA: ocorre pela redução da reserva miocárdica. Pode ocorrer angina noturna pelo aumento da regurgitação valvar decorrente da bradicardia durante o sono. ● SÍNCOPE: baixo débito cardíaco efetivo. ● SOPRO ASPIRATIVO: ○ Diastólico (prodiastolico ou holodiastolico) ○ Intensidade sustentada ou descrescendo ○ Foco aórtico acessório ○ Aspirativa ○ Paciente sentado e com tronco inclinado para frente ○ Aumenta com handgrip e diminui com manobra de valsalva ○ Pode haver sopro sistólica devido a hiperfluxo da valva aortica ● Insuficiência cardíaca EXAME FÍSICO ● Ictus desviado - hipertrofia excêntrica (de 5º EIC linha heme vai para 7º EIC, linha axilar) VITÓRIA DRESCH XAVIER ● Pressão arterial divergente (sistólica mais elevada e diastólica diminuída) - Pulso em martelo d’água (corrigan) ● Dança das artérias ● Sinal de musse - pulsação na cabeça ● Sinal de muller - pulsação da uvula ● Sinal de landolfi - pulsação das pupilas ● Sinal de quincke - pulsação dos capilares subungueais ● Sinal de e traube - ruídos sistolicos e diastolicos audíveis na artéria femoral ● Sinal de duroziez - ruídos sistolicos e diastolicos audíveis quando a artéria femoral e parcialmente comprimida ● Sinal de gerhard - pulsação do baço ● Sinal de rosenbach - pulsação do fígado DIAGNÓSTICO ● Avaliação da etiologia da doença valvar, diâmetro da aorta ascendente, diâmetros ventriculares, função ventricular ● Quantificação da regurgitação ECOCARDIOGRAMA (avaliar regurgitação aortica (jato amarelo), avalia gravidade da doença) ○ Vena contracta (região mais estreita do sangue regurgitante - quanto maior a largura do jato mais grave) > 0,6 cm ○ largura do jato >0,65 cm ○ area do jato >= 60% ○ fração regurgitante >=50% ○ volume regurgitante >=60 ml/batimento ○ FRO>= 0,30 cm2 ○ Volume do ventrículo ● Avaliação da aorta ● Avaliação da função ventricular em casos limítrofes ● Avaliação da função valvar nos casos de dissociação clinicocardiograficas ● Novos preditores: fração regurgitante e volume diastolico final do ventrículo esquerdo ● RX de tórax pode avaliar dilatação cardíaca quando índice cardiotoracico é maior que 0,5. CLÍNICA E GRAVIDADE ● GRAVIDADE: ○ Diâmetro do VE > 70X50 ○ FEVE < 50% Volume sistolico do VE e FEVE sao maiores preditores de pior prognostico nos pacientes assintomáticos CLÍNICA E TRATAMENTO *RVP diminuída = menos regurgitação* *diureticos diminuem volume sanguíneo = diminui regurgitação* *TRATAR COMORBIDADES E DOENÇAS ASSOCIADAS (HAS/DAC/ARRITMIAS…)* VITÓRIA DRESCH XAVIER TRATAMENTO DILATAÇÃO AORTICA É CIRURGICO!!!! - pacientes graves e/ou sintomáticos - Troca valvar por portese biológica ou mecânica - AORTA ASCENDENTE MUITO DILATADA (>50/55 mm) deve-se trocar a aorta na mesma cirurgia da troca valvar. VITÓRIA DRESCH XAVIER ESTENOSE MITRAL . ● Dificuldade de aberturada válvula ● MITRAL - do AE para VE ● Acontece devido ao espessamento, provocando defeitos nas comissuras que conectam os dois folhetos. CAUSA + endocardite infecciosa + Tumores neuroendócrinos produzem substancias semelhantes a serotonina que acumula na valva e causa estenose. + Doença infiltrativa + FEBRE REUMÁTICA - devido a infecção por S. Pyogenes. Anticorpos tem reação com proteínas cardíacas e se acumulam na valva mitral, causando espessamento, fusão comissuras, fibrose e calcificação ESTENOSE ● Gradiente de pressão persistente entre AE e VE, que não se altera mais durante o enchimento. ● A longo prazo leva a congestão sistêmica. ● Cronicidade leva ao remodelamento dos vasos, com fibrose e aumento da pressão ativo - que antes era passivo. ● Alterações no VE, so acontecem em casos de gravidade ● FEVE reduzida devido a pre carga reduzida. A pos carga é aumentada devido a vasoconstrição reflexa gerada pelo débito cardíaco reduzido. SINTOMAS ● DISPNEIA ○ Esforço, estresse emocional, gravidez ○ Febre, infecção respiratória ○ Fibrilação atrial - reduz 20% débito cardíaco ● Ortopedia ● DPN ● Edema agudo de pulmão ● Taquicardia e palpitações ● Rouquidão (síndrome de Ortner) - átrio comprime nervo laringe recorrente ● Fadiga ● Tosse ● Sibilância ● Disfonia ● Hemoptise - dilatação/ruptura veias brônquicas DIAGNOSTICO ● ECOCARGDIOGRAMA COM ESFORÇO ○ ESCORE DE WILKINS ■ Espessamento (1-4) ■ Mobilidade (1-4) ■ Calcificação (1-4) ■ Envolvimento cordoalha - aparato subvalvar (1-4) ○ CÚSPIDE EM TACO DE HÓQUEI: devido ao espessamento da válvula e do sinal comissural. VITÓRIA DRESCH XAVIER ○ ABERTURA EM BOCA DE PEIXE: área da válvula aparece reduzida (>0,9 cm2) ● Sopro em ruflar - diastolico, entre B1 e B2. ○ B1 pode estar hipofnetica ● Possíveis crepitações pulmonares, turgência jugular, fluxo hepatojugular, edema de MMI, pulso arrítmico e fibrilação atrial. ● ECG - alteração de onda P que fica plus-minus (aumenta e diminui) ○ ÍNDICE DE MORRIS (sobrecarga AE): fase negativa da onda P maior que um quadrado. ○ Aumento d amplitude p maior que 2,5 quadrados = sobrecarga AD ○ Desvio do eixo para frente (V1 positivo) para direita (D1 negativo) = sobracarga VD ● RAIO X: ○ SINAL 4 ARCO: abaula mento da silhueta cardíaca causado pelo aumento da aurícula esquerda ○ SINAL BAILARINA: auemnto AE, desvio do brônquio fonte esquer- do, que horizontaliza, angulo da carina maior que 90. ○ SINAL DO DUPLO CONTORNO: sobrecarga AE - contorno do átrio direito aparece mais no fundo e o contorno do átrio esquerdo aparece aumentado e mais à frente. TRATAMENTO ● Betabloqueadores e bloqueadores canais de cálcio - controle da FC (reduz palpitações e auemnto tempo da diastole, auxilia na diminuição do gradiente de pressão sobre o AE) ● Prevenir recorrência da Febre Reumática ○ Penicilina profilática ● Prevenir e tratar complicações Monitorar agressivamente progressão Tratar anemia e infecções ● Anticoagulação ○ Fibrilação atrial (>50anos 50%) – Trombo ○ Contraste espontâneo ○ AE>55mm COMPLICAÇÕES HEMDINAMICAS: ● Fibrilação atrial ● Hipertensão pulmonar ● Hemodinâmica no esforço SEGUIMENTO ● EMi Leve -> Ecocardio 3-5anos ● EMi moderada -> Ecocardio 1-2 anos ● EMi grave -> Ecocardio 6-12 meses VITÓRIA DRESCH XAVIER TRATAMENTO DE ESCOLHA ● Cirúrgico em todos os pacientes co =m sintomas ou graves ● Sintomas de gravidade: ○ Área muito reduzida ○ Alto gradiente de pressão ○ Hipertensão pulmonar grave ● Primeira indicação: valvuloplastia mitral por cateter balão VMCB, a partir da artéria femoral ○ Contraindicações: Wilkins acima de 8, trombo no AE, insuficiência mitral moderada e grave ○ Segunda opção: comissurectmia e troca valvar mitral com prótese biológica ou mecânica. VITÓRIA DRESCH XAVIER INSUFICIÊNCIA MITRAL . INRODUCAO ● PRIMÁRIA: defeito na válvula ou no aparato subvalvar (cordas tendineas e músculos papilares) ○ Principal causa é o prolapso da valva mitral (PVM).mas também pode ser causada por febre reumática (aguda), endocardite infec- ciosa, doença vascular do colágeno, calcificação anular e infarto. ● SECUNDÁRIA: disfunção do miocárdio do VE, que leva a dilatação do anel valvar devido a deslocação dos músculos papilares e/ou ruptura das cordas tendineas) ○ Causas: dilatação, hipertrofia, cardiomiopatia dilatada; cardiomiopatia hipertrófica; e a isquemia miocárdica, ● Ocorre regurgitamento de sangue para o AE, gerando sobrecarga no AE e no VD. ○ Hipertrofia excêntrica do VE CAUSAS ● Degeneração mixomatosa (1a) tec. conjuntivo ○ Prolapso válvula mitral ○ Ruptura cordoalha ● Reumática ● Endocardite Infecciosa ● Miocardiopatia Hipertrófica ● Miocardiopatia Dilatada (2a) ○ Cardiopatia Isquêmica ○ Medicações: ■ Ergotamina, anorexígenos, MDMA, cabergolina Síndrome Carcinóide PROGRESSÃO DA DOENÇA SINTOMAS DISFUNÇÃO VENTRICULAR ESQUERDA FEVE <60% ● Sincope ● Pre sincope ● Palpitações ● Dispneia e ortopneia ● Arritmias (dilatação do átrio) ● Cansaço aos esforços ● Dor torácica - facada peito ● Sopro holossistolico ○ Aumenta levantar rápido ○ Diminui ao agachar VITÓRIA DRESCH XAVIER DIAGNOSTICO: ● SOPRO HOLOSSISTOLICO MITRAL: regurgitativo, caracterizado pelo platô. ○ Melhor auscultado no apice do coração (foco mitral) ○ B1 hipofonetica ○ B2 seguida de B3 (enchimento rápido do VE) ● RAIO X: o aumento da câmara esquerda gera o sinal do 4o arco, sinal da bailarina, e sinal do duplo contorno, já explicados anteriormente, além do aumento ventricular (índice cardiotorácico acima de 0,5) ● ECOCARDIO: ○ prolapso da valva mitral ○ medidas da quantidade de sangue regurgitada, por meio do volume ou fração regurgitante, bem como pela área do orifício regurgitante e pela vena contracta ○ quanto maior o diâmetro, pior o quadro, pois significa que regurgitou mais sangue. ● GRAVIDADE: ○ diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo (DSVE) acima de 40 mm ○ pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP) maior que 50 mmHg (sinal de hipertensão pulmonar); ○ Fração de ejeção abaixo de 60% TRATAMENTO INSUFICIÊNCIA MITRAL PRIMÁRIA *INDICAÇÕES DE CIRURGIA NA INSUFICIÊNCIA MITRAL PRIMÁRIA SEVERA* VITÓRIA DRESCH XAVIER INSUFICIÊNCIA MITRAL SECUNDÁRIA - TERAPIA DE RESSINCRONIZAÇÃO: MARCA-PASSO
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