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Semiologia cardiaca

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Semiologi� cardíac� .
- Coração:
● Lado direito: recebe sangue sistêmico
● Lado esquerdo: recebe sangue
pulmonar
● 3 camadas: pericárdio, miocárdio e
endocárdio
- Espessura da parede (miocárdio) é
proporcional ao trabalho da câmara
● Ventrículos mais espessos que átrios
● Ventrículo esquerdo o dobro do
ventrículo direito
- Anatomia externa do coração:
● Base: formada pelos átrios, que estão
atrás e a acima dos ventrículos
● Átrio esquerdo é o mais posterior
● Ápice: ventrículo esquerdo -> contato
direito com gradil costal no 5 EIC
- Tamanho, formato e posição do coração
podem variar
● Longilíneos: vertical
● Brevilíneos: horizontalizado
- Valvas:
● Lado esquerdo: mitral (AV) e aórtica
● Lado direito: tricúspide (AV) e
pulmonar
- Irrigação: coronárias
● Direita, esquerda, anterior e ramo
circunflexo
- Condução de estímulo:
● Nó sinusal -> nó AV -> feixe de Hiss
-> fibras de Purkinje
● Valva mitral se fecha antes da
tricúspide: mais fibras de Purkinje no
ventrículo esquerdo que no direito ->
sístole começa antes
- Níveis de pressão no lado direito são
menores que no lado esquerdo
- Desdobramento da 2a bulha: diminuição da
pressão torácica aumenta o afluxo de sangue
para o ventrículo direito -> retarda o fim da
sístole e do fechamento da valva pulmonar
Anamnes�
- Idade:
● Crianças e jovens: predominam
anomalias congênitas e início de
doença reumática
● Chagas e HAS entre 20 e 50 anos
● Doença arterial coronariana: mais
comum acima dos 50 anos
- Sexo:
● Lesões mitrais (estenose e prolapso):
mais em mulheres jovens
● Aterosclerose coronariana: mais em
homens até 45 anos
- Cor da pele: raça negra -> anemia
falciforme e HAS
- Profissão:
● Esforço físico intenso: insuficiência
cardíaca
● Estresse emocional: HAS e cardiopatia
isquêmica
- Naturalidade e residência: doenças
endêmicas
- Antecedentes pessoais e familiares
- Hábitos de vida: tabagismo, etilismo e
sedentarismo
Vitória Camargo 
Sinai� � sintoma�
- Dor precordial: pleura, esôfago, aorta,
mediastino, estômago e parede torácica
- Dor na isquemia miocárdica: origem na
hipóxia celular
● Causa mais comum: aterosclerose
coronariana -> angina de peito e IAM
● Localização: retroesternal
● Irradiação: pavilhões auriculares,
maxilar, nuca, cervical, MMSS,
ombros, região epigástrica e
interescapulovertebral
● Caráter da dor: constritiva -> paciente
leva a mão fechada ao peito
● Duração: angina de peito (2-3 min),
angina instável (20 min) e IAM (>20
min)
● Intensidade: leve,moderada ou intensa
● Fatores desencadeantes: esforço físico
e condições que aumentam o trabalho
cardíaco
● Fatores atenuantes: repouso e
vasodilatadores (nitrato)
- Dor de origem pericárdica:
● Localização: retroesternal
● Irradiação: pescoço e costas
● Fator de piora: respiração, decúbito
dorsal e deglutição
● Fator de melhora:posição genupeitoral
- Dor de origem aórtica: aneurismas de
aorta geralmente não provocam dor
● Dissecção aguda determina quadro
doloroso: início súbito, tipo lancinante
● Localização: retroesternal
● Irradiação: pescoço, interescapular e
ombros
- Dor de origem psicogênica:
● Localização: ponta do coração
● Duração: horas ou semanas
● Fator de piora: contrariedades ou
emoções desagradáveis
● Sintomas associados: palpitações,
dispneia suspirosa, dormência,
astenia, instabilidade emocional e
depressão
- Palpitações: percepção incômoda dos
batimentos cardíacos
● Deve ser analisado se tem início e
término súbitos
● Associadas ao uso de chá, café,
refrigerantes, tabaco e drogas
● De esforço: melhora com repouso
● Decorrente de alterações no ritmo
cardíaco: extrassístoles (falhas,
arrancos, tremor), taquicardia
paroxística (início e fim súbitos), taqui
sinusal ou ansiedade (início súbito e
fim gradual) e fibrilação atrial (taqui
com batimentos irregulares)
● Emocionais: desencadeadas por
agressões emocionais e acompanham
sudorese, desmaio e dormências
- Dispneia: sensação consciente e
desagradável do ato de respirar
● Subjetiva ou objetiva
● Em paciente com cardiopatia:
congestão pulmonar
● De esforço: mais comum na
insuficiência cardíaca
● Aos grandes esforços: dificuldade
respiratória em atividades que antes
não tinha desconforto
● Aos médios esforços: andar em local
plano, subir degraus devagar
● Aos pequenos esforços: tomar banho,
trocar de roupa, falar
Vitória Camargo 
● Insuficiência ventricular esquerda:
dispneia pode ser de rápida
progressão
● De decúbito: para melhorar, paciente
tem que fazer ortopnéia
● Paroxística noturna: paciente açoda
com intensa dispnéia, sufocação, tosse
seca e opressão torácica -> pode estar
associada a sibilos (asma cardíaca)
● Casos mais graves podem estar
associados com expectoração
espumosa, cianose e respiração
ruidosa -> edema agudo de pulmão
● Periódica/Cheyne-Stokes: em afecções
do SNC e em pacientes com
enfermidades cardiovasculares
- Tosse e expectoração:
● Insuficiência cardíaca esquerda: tosse
seca e mais comum a noite -> a causa
é congestão pulmonar
● Em edema agudo
● Aneurisma da aorta, pericardite ou
grandes dilatações do átrio esquerdo:
acessos de tosse -> compressão
brônquica ou irritação do nervo vago
● Expectoração mucopurulenta:
congestão pulmonar é propícia para
infecções bacterianas -> bronquite e
broncopneumonia
- Sibilância ou chiado:
● Asma cardíaca: aparece na posição
deitada e melhora quando em pé ->
acompanhada por taquicardia e
estertores finos nas bases pulmonares
(RX tórax dá congestão pulmonar)
● Asma brônquica: não tem melhora
com mudança de posição e os sibilos
predominam sobre os estertores (RX
tórax mostra hiperinsuflação)
- Síncope e lipotimia:
● Origem: psicogênica ou por redução
aguda e transitória do fluxo sanguíneo
cerebral
● Podem ser de causa cardíaca ou não
● Causas cardíacas: bradicardia <30 a
40 bpm, taquicardia maior que 150
bpm e baixa saturação de oxigênio
- Cianose: coloração azul de pele e mucosas
● Tipo central é a mais frequente
● Causas:
- Diminuição da tensão de oxigênio:
grandes altitudes
- Transtorno da ventilação pulmonar
(neoplasia ou corpo estranho),
- Transtorno de difusão: aumento da
espessura da membrana alveolar ->
pneumonia, fibrose e congestão
pulmonar
- Transtorno de perfusão: cardiopatias
congênitas, embolias pulmonares
- Mistura (shunt) de sangue da direita
para esquerda: Fallot
● Tipo periférica: áreas distais associado
a pele fria -> causa mais comum é o
frio, insuficiência cardíaca congestiva e
transtornos vasomotores (doença de
Raynaud)
- Edema:
● Causa: insuficiência cardíaca direita
por aumento da pressão hidrostática
● Primeiro em torno dos maléolos,
depois passa para pernas e coxas
● É bilateral, podendo ser assimétrico
(varizes ou trombose venosa)
● Fica mais intenso com o passar do dia,
com máxima no período vespertino
● Pode acometer o corpo todo com o
agravamento da função cardíaca
● Outros sintomas da insuficiência
cardíaca direita: turgência jugular,
reflexo hepatojugular e
hepatomegalia
Vitória Camargo 
- Astenia: sensação de fraqueza
generalizada
● Causa: insuficiência cardíaca e IAM
● Diminuição do débito cardíaco,
levando a oxigenação insuficiente dos
músculos esqueléticos
- Posição de cócoras: adotada por
portadores de cardiopatia congênita cianótica
● Eleva pressão arterial sistêmica:
compressão das artérias femorais e
ilíacas -> diminuição do shunt direita
para esquerda
● Diminui retorno venoso: congestão
venosa nos MMII
Exam� físic� cardiológic� .
- Inspeção e palpação simultaneamente
- Abaulamentos, ictus cordis, batimentos ou
movimentos e frêmitos
- Abaulamento: observação tangencial e
frontal
● Paciente deitado e médico em pé
● Aneurisma da aorta, cardiomegalia,
derrame pericárdico, alterações da
caixa torácica
● Em crianças: mais comum alteração de
ventrículo direito
- Ictus cordis: cruzamento da linha
hemiclavicular esquerda com 5o EIC
● Invisível e impalpável: enfisema
pulmonar, obesos, musculatura muito
desenvolvida e grandes mamas
● Deslocamento: indica dilatação ou
hipertrofia do ventrículo esquerdo
● Extensão normal: 1,2 polpas digitais
● Hipertrofia ventricular: 3 polpas ou
mais
● Hipertrofia ventricular esquerda:
choques de ponta mais vigorosos
● Ictus difuso: 3 ou mais polpas
● Ictus propulso: quando a mão que o
palpa é levantada a cada contração
- Batimentos ou movimentos:
● Bulhas cardíacas hiperfonéticas:
sentidas pela mão como um choque
de curta duração
● Pulsações epigástricas (normal):
podem denunciar hipertrofia
ventricular direita
● Pulsação supraesternal: normais,
quando muito intensas podem indicar
HAS ou aneurisma
- Frêmito cardiovascular: sensação tátil
determinada por vibrações do coração
● Localização: focos de ausculta
● Situação no ciclo cardíaco: sistólicos,
diastólicos ou sistodiastólicos
● Intensidade: em cruzes
● Normalmente correspondem aos
sopros
Auscult�
- Foco mitral: 5o EICE na linha hemiclavicular
● Corresponde ao ictus cordis
● Em cardiomegalia extensa o foco se
desloca lateralmente na direção da
linha axilar anterior
- Foco pulmonar: 2o EICE, justo ao esterno
● Desdobramento da 2a bulha pulmonar
- Foco aórtico: 2o EICD, justaesternal
● Foco aórtico acessório: 3o e 4o EICE
- Foco tricúspide: base do apêndice xifóide,
ligeiramente à esquerda
● Em inspiração profunda, se tem
intensificação do sopro se ele for de
origem tricúspide
Vitória Camargo 
- Semiotécnica:
● Posição padrão: decúbito dorsal
● Em pé e com o tórax ligeiramente para
frente: fenômenos da base do coração
● Decúbito lateral esquerdo: fenômenos
da área mitral
● Hipofonese das bulhas ou
exacerbação dos sons: em pé,
debruçando-se sobre a mesa
- Primeira bulha: B1 - fechamento das
valvas mitral e tricúspide (AV)
● TUM
● Timbre mais grave e duração um
pouco maior que B2
● Maior intensidade no foco mitral
● Coincide com o ictus e pulso carotídeo
● Se o desdobramento for amplo:
suspeita de bloqueio de ramo direito
(atrasa fechamento da tricúspide) -
TLUM-TA
● Hiperfonese: taquicardia, contrações
prematuras, hipertireoidismo, febre,
pós exercício físico, estenose mitral
● Hipofonese: miocardite, insuficiência
cardíaca, miocardiopatia, IAM, mamas
volumosas, obesidade, enfisema
pulmonar e derrame pericárdico
- Segunda bulha: B2 - fechamento das
valvas aórtica e pulmonar (SL)
● TÁ
● Vem depois de um pequeno silêncio,
timbre mais agudo e mais seco
● Inspiração: desdobramento fisiológico
● Expiração: ambas as valvas se fecham
juntas, produzindo ruído único
● TLÁ: Quando a bulha está desdobrada
● Desdobramento constante e variável:
bloqueio de ramo direito (retardo do
fechamento da valva pulmonar)
● Desdobramento invertido: bloqueio do
ramo esquerdo (na expiração,
diminuição do retorno venoso e valva
pulmonar se adianta - desdobramento
paradoxal)
- Terceira bulha: B3 - ruído protodiastólico
● Vibrações da parede ventricular
subitamente distendida pelo sangue
no enchimento ventricular rápido
● Mais audível no foco mitral, em
decúbito lateral esquerdo
● Ruído de baixa frequência
● Comum em crianças e adultos jovens
● Patológico: insuficiência mitral,
miocardiopatia e defeitos congênitos
(shunt esquerda direita, CIA/CIV)
- Quarta bulha: B4 - fim da diástole ou pré-
sístole
● Brusca aceleração do fluxo sanguíneo
mobilizado pela contração atrial de
encontro à massa sanguínea existente
no interior do ventrículo, no final da
diástole
● Pode ser normal em crianças e adultos
jovens
● Patológico: lesões estenóticas das
valvas SL, HAS, doença arterial
coronariana e miocardiopatias
hipertróficas
- Ritmo cardíaco: 2 tempos (binários)
● Quando tem 3o ruído: 3 tempos
- Frequência cardíaca: 60-100 bpm
Vitória Camargo 
Clique� � estalid��
- Estalidos diastólicos: estenoses das valvas
mitral e tricúspide
- Estalidos de abertura mitral: abertura da
valva mitral ocorre após o período de
relaxamento isovolumétrico, no início da
diástole -> não determina ruído se a valva
estiver normal
● Estenose mitral, modificações
anatômicas ou alterações pressóricas:
ruído seco, agudo e de curta duração
● Mais audível em decúbito lateral
esquerdo, foco mitral e borda esternal
esquerda (3o e 4o EIC)
● Se tiver extensa calcificação: estalido
de abertura mitral deixa de existir
- Estalido de abertura tricúspide:
● Mais audível em borda esternal
esquerda
● Em estenose tricúspide reumática:
associada a estenose mitral ->
dificulta reconhecimento do estalido
- Estalidos protossistólicos: pulmonar e
aórtico
● Ruídos de ejeção: súbita ejeção de
sangue nos vasos da base
- Estalido pulmonar: foco pulmonar e borda
esternal esquerda
● Estenose pulmonar moderada,
dilatação idiopática da artéria
pulmonar, comunicação interatrial,
hipertensão pulmonar grave
- Estalido aórtico: 4o EICE, junto a borda
esternal (foco aórtico acessório)
● Lesões valvares aórticas, coarcção da
aorta, aneurisma da aorta
Sopr��
- Vibrações recorrentes de alterações do
fluxo sanguíneo
- Em adultos é sempre patológico
- Aparecem em razão de alterações: sangue,
parede do vaso, câmaras cardíacas,
aparelhos valvares (principalmente)
- Aumento da velocidade da corrente
sanguínea: após exercício físico, anemia,
hipertireoidismo e síndrome febril
- Passagem do sangue por zona estreitada:
defeitos valvares (estenose e insuficiência) e
anormalidade congênita (CIV/PCA)
- Passagem de sangue por zona dilatada:
defeitos valvares, aneurismas
- Características dos sopros:
● Orientação prática: durante ausculta
palpar o pulso carotídeo, para
determinar sístole e diástole
● Sopro diastólicos: sopros de ejeção
(estenose da valva) e sopros de
regurgitação (insuficiência da valva)
- Sístole:
● Valva pulmonar: estenose
● Valva aórtica: estenose
● Valva tricúspide: insuficiência
● Valva mitral: insuficiência
- Diástole:
● Valva pulmonar: insuficiência
● Valva aórtica: insuficiência
● Valva tricúspide: estenose
● Valva mitral: estenose
- Sopro de ejeção: estenose da valva aórtica
ou pulmonar
● Inicia um pouco depois de B1
● Sopro em crescendo-decrescendo
- Sopro de regurgitação: insuficiência mitral e
tricúspide
● Audível desde o início da sístole
● Termina imediatamente antes de B2
Vitória Camargo 
- Sopros diastólicos tem 2 grupos de
afecções: estenose AV e insuficiência das
valvas aórtica e pulmonar
● Estenose AV: baixa frequência e
tonalidade grave -> caráter de ruflar
- Intensidade dos sopros: em cruzes (até 4)
- Relação com a respiração:
● Manobra de Rivero-Carvallo:
diferencia sopro da insuficiência
tricúspide do da mitral
● Paciente em decúbito dorsal, esteto no
foco tricúspide e inspiração profunda:
● Se não tiver alteração ou sopro
diminuir: manobra negativa -> sopro
de origem em valva mitral
● Se tiver aumento da intensidade:
manobra positiva -> sopro de origem
na valva tricúspide
- na inspiração profunda: aumento da
negatividade intratorácica, maior
afluxo de sangue ao coração direito ->
intensificação do sopro
- Sopros da base do coração: insuficiência
aórtica -> mais nítidos em posição sentada
com tórax fletido para adiante
- Ruflar diastólico da estenose mitral: mais
intenso no decúbito lateral esquerdo
- Sopros inocentes: realização de exames
complementares
● Sopro não traduz alteração estrutural
no coração
● Características: sistólicos, baixa
intensidade, suaves, mais audíveis no
foco pulmonar, mais frequentes em
crianças
- Atrito pericárdico: roçar de folhetos
pericárdicos
● Ouvido tanto na sístole quanto
diástole -> “fricção de couro”
● Entre a ponta do coração e borda
esternal esquerda
Exame� complementare� .
Radiografi� d� tóra�
- Área cardíaca: índice cardiotorácico (ICT)
● Divide-se o diâmetro transverso do
coração (DTC) pelo maior diâmetro
transverso do tórax (DTT), RX em PA
● ICT = DTC/DTT
● Normal: ICT até 0,45
- Silhueta cardíaca:
- Sobrecarga de átrio direito e ventrículo
esquerdo:
- Congestão pulmonar: por insuficiência
ventricular esquerda e valvopatia mitral
● Barramento perivascular, hilar e
peribrônquico, aparecimento das
linhas de Kerley
● Congestão intensa: padrão reticular
difuso -> líquido intersticial nas
regiões peri-hilares e base pulmonar
● Manobra de Laurel: decúbito lateral do
lado dolíquido -> derrame pleural
Vitória Camargo 
Eletrocardiogram�
- Sobrecargas atriais e ventriculares, IAM e
arritmias
- Sobrecarga ventricular direita:
- IAM com supra de ST:
- Fibrilação atrial: não tem onda P, e quando
tem é serrilhada
Test� ergométric�
- Avalia o trabalho cardíaco durante um
esforço físico, programado e progressivo
- Parâmetros: sintomas, frequência cardíaca,
PA e ECG
- Utilizado para: estudo de coronariopatias,
HAS, miocardiopatias e arritmias
Doença� d� coraçã� .
Insuficiênci� cardíac�
- Distúrbio do desempenho miocárdico:
insuficiência circulatória e congestão
- Terminologia:
● IC sistólica: distúrbio de contratilidade
de VE
● IC congestiva: sinais e sintomas de
congestão -> alteração no lado
esquerdo prejudica artéria pulmonar
● IC direita: sinais e sintomas periféricos
de IC, sem sinais de congestão
pulmonar -> edema de membros
inferiores, turgência jugular e sinal
reflexo hepato-jugular
● IC descompensada: episódios de
agravamento agudo dos sinais e
sintomas de IC -> exagero alimentar
(sal), interrupção medicamentosa,
arritmia (FA)
- Classificação (ACC/AHA):
● A: alto risco -> sem cardiopatia
● B: cardiopatia estrutural -> sem
sintomas
● C: sintomas de IC
● D: IC em estágio final
- Classificação NYHA: funcional
- Sinais e sintomas:
● Dispnéia aos grandes esforços
● Ortopnéia
● Dispnéia paroxística noturna
● Respiração Cheyne-Stokes
● Fadiga, astenia e intolerância a esforço
● Tonturas
- Exame físico: acúmulo de líquido,
principalmente na IC direita e
descompensada
● Estertores pulmonares: altas pressões
atriais esquerdas
● Macicez à percussão
● Distensão venosa jugular
● Edema, ascite e hepatomegalia
(problema em câmara direita)
● Sopro sistólico de regurgitação mitral
● 3a bulha: ritmo de galope
Vitória Camargo 
- Exames de sangue:
● Peptídeo natriurético tipo B (BNP):
baixa sensibilidade, útil em pacientes
sintomáticos com dispneia, fadiga ou
edema -> alto valor preditivo negativo
(útil para afastar causas cardíacas)
- ECG: procurar sinais de infarto agudo do
miocárdio prévio, aumento e hipertrofia de
cavidades, bloqueio cardíaco e arritmias
- RX tórax: tamanho do coração e condições
do parênquima pulmonar
● Aumento da silhueta cardíaca: IC de
VE ou biventricular
● Ingurgitamento suave dos vasos
peri-hilares até derrames pleurais
- Ecocardiograma:
● Identificação de possíveis causas:
fração de ejeção, disfunção de bomba,
anormalidades estruturais, graus de
hipertrofia e dilatação
Insuficiênci� aó�tic�
- Incapacidade de fechamento: refluxo de
sangue para o VE, durante a diástole
(aumenta o trabalho para tentar compensar)
- Principais causas: doença reumática, lúpus,
aterosclerose, endocardite infecciosa e
origem congênita (rara)
- Grau de insuficiência: diretamente
proporcional ao volume de sangue refluído
● Se pequeno: sem alteração da função
ventricular -> assintomático
● IA grave: falência ventricular esquerda
-> dispnéia e angina de peito por
roubo do fluxo coronariano
- Ictus cordis: deslocado para baixo e
esquerda, amplo -> indicativo da dilatação e
da hipertrofia do ventrículo esquerdo
- Sopro diastólico: audível no foco aórtico ou
aórtico acessório
- Sinais periféricos:
● Grande pressão diferencial
● Pulso radial amplo e célere: martelo
d’água
● Pulsação das carótidas: dança arterial
● Oscilação da cabeça, acompanhando
os batimentos cardíacos -> sinal de
Musset
● Pulsação da base da língua -> sinal de
Minervini
- ECG: sobrecarga diastólica do VE
- RX tórax: aumento da área cardíaca, aorta
alongada, botão aórtico proeminente
- Ecocardiograma: aspectos anatômicos,
tamanho da cavidade e função ventricular ->
quantifica o grau da IA
● Pode identificar a etiopatogenia:
reumática, endocardite ou dissecção
aórtica
Esten�s� aó�tic�
- Redução do orifício da valva aórtica
- Causas:
● Malformação congênita: bicúspide ->
fibrose e redução da mobilidade
● Moléstia reumática: espessamento e
fusão dos folhetos
● Degeneração senil: deposição de Ca+2
- Fisiopatologia: hipertrofia de VE (vencer a
obstrução), hipoxemia, insuficiência de
ventrículo esquerdo (congestão pulmonar,
angina e síncope)
- Exame físico:
● Pulso radial de pequena amplitude
● Ictus cordis intenso, deslocado para
baixo e esquerda (hipertrofia VE)
● Frêmito sistólico
● Sopro sistólico de ejeção, com
irradiação -> face lateral direita do
pescoço
● Estalido sistólico que antecede sopro
Vitória Camargo 
- ECG: sinais de sobrecarga ventricular
esquerda
- Ecocardiograma: grau de espessamento e
calcificação, grau de hipertrofia e função VE
Insuficiênci� mitra�
- Fechamento incompleto da válvula mitral:
refluxo de sangue do ventrículo para o AE,
durante a sístole ventricular
- Causas: moléstia reumática, prolapso
valvar, IAM, cardiomiopatias
- Manifestação clínica: aumento da pressão
intra-atrial
● Congestão pulmonar, dispneia, edema
agudo de pulmão
- Exame físico:
● Ictus cordis de maior intensidade
● Sopro sistólico de regurgitação (foco
mitral)
- ECG: sobrecarga de VE e AE
- RX tórax: aumento de VE e AE, sinais de
congestão pulmonar
- Ecocardiograma: identifica a causa ->
reumática, prolapso, isquemia do músculo
papilar
Esten�s� mitra�
- Estreitamento do orifício atrioventricular
esquerdo -> espessamento ou fibrose
- Principal causa: doença reumática
- Característica: lenta progressão
- Classificação: conforme área do orifício
● Leve: área maior que 2,5 cm2 ->
assintomático, hipofonese de B1 no
foco mitral, sopro diastólico, estalido
de abertura mitral
● Moderada: área de 1,5 cm2 ->
dispneia, palpitações, hipofonese de
B1, estalido de abertura, sopro
diastólico, hipofonese de B2 no foco
pulmonar (hipertensão pulmonar)
● Grave: área menor de 1 cm2 ->
dispneia aos mínimos esforços e de
decúbito, dispneia paroxística noturna,
tosse seca, hemoptise, sinais da
moderada presente, hipertrofia de VD
- Dados semiológicos: cianose nas mãos e
rosto, ictus normal, pulsação epigástrica,
frêmito diastólico, hiperfonéticas de B1 e B2,
estalido de abertura, sopro diastólico
(decúbito lateral esquerdo)
- ECG: sobrecarga atrial esquerda (se
hipertensão pulmonar), aumento de VD
- RX tórax: aumento do AE, dilatação artéria
pulmonar, crescimento de VD, congestão
pulmonar
- Ecocardiograma: trombo intra-atrial, grau
de flexibilidade valvar, pressão sistólica do
VD e artéria pulmonar
Insuficiênci� tricúspid�
- Fechamento incompleto da valva tricúspide
- Regurgitação de sangue para o AD, durante
sístole ventricular
- Principal causa: insuficiência ventricular
direita (por hipertensão pulmonar)
- Dilatação do anel tricúspide (pós infarto de
VD)
- Sinais físicos: VD hipertrofiado, sopro
holossistólico (foco tricúspide -> aumenta
intensidade na inspiração profunda)
- ECG: sinais de sobrecarga de AD e VD
- RX tórax: aumento de AD e dilatação de
VD
Vitória Camargo

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