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Atividade De Fundamentos da Didática – Parte da Prova do dia 24/09/2010
I- Relato de cenas escolares:
a) Quando eu estava no 2º ano do ensino médio, na aula de biologia, a professora ensinou para a sala genótipos e fenótipos. Todos gostavam dela, isso ajudou muito para aprendermos e a sala ir bem na prova deste assunto, mas o que foi mais importante foi que ao ensinar isto, a professora usou uma brincadeira com os alunos da sala, ela dava papéis para os alunos. Por exemplo, ao explicar sobre Aa, ela dizia, Débora é a mulher, que casou com o Daniel e tiveram um bebê … Isso na sala gerou uma festa só, amigos de classe casados, enfim, assim literalmente no divertimento eu aprendi muito bem, e até hoje não esqueço dessa matéria. Toda vez que penso em genótipos, Aa eu lembro deste fato e consequentemente da matéria.
b) Na 2ª série, minha professora pedia para que todos os dias, em nossos cadernos, deveríamos fazer um cabeçalho completo, com nome da escola, data, estado do tempo, alfabeto de letras maiúsculas e minúsculas e outras coisas que eu não me recordo. Em uma semana, melhor descrevendo, em uma terça-feira, eu e meus colegas fizemos o cabeçalho, como já era de costume no decorrer do ano. Neste dia, tivemos aula, mas não na sala de aula como habitual, tivemos uma atividade na sala de leitura, junto com outras turmas da 2ª série. Nós não usamos o caderno, e no outro dia, nem eu e nem metade da sala tinha feito um novo cabeçalho para o dia de quarta-feira, só apagamos a data, o dia, essas coisas e substituirmos por outros. Quando a professora foi corrigir o caderno dos alunos, ao começar pelo meu, pois na chamada era o número um, ela perguntou sobre o cabeçalho de terça-feira, eu expliquei o que eu tinha feito, logo depois ela se levantou da mesa, e disse para a sala toda, que quem tinha feito igual a mim, ia levar NS (Não Satisfatório) que equivale à um zero. Todos da sala se revoltaram, pois só por não fazer um cabeçalho, não seria justo levar um NS e sujar a nossa cadernetas de notas. Tentei conversar com a professora, mas ela disse que já estava decidida e não ia mudar de ideia. Ela corrigiu todos os cadernos e aqueles que não tinham os dois cabeçalhos, levaram um NS, e um aviso embaixo explicando o porque da nota, e um espaço para o responsável assinar. Foi assim que eu recebi meu primeiro e ultimo zero em toda minha vida escolar.
Este é uma situação de heteronomia, pois a professora usou a autoridade dela, e não aceitou uma conversa e uma possível mudança, pois se fizemos isso, não foi porque quisemos. E a punição foi muito rude, ela até poderia dar uma nota mais baixa, dar uma segunda chance, até cogitamos isso, mas enfim, um zero por um motivo deste, torna a situação com uma punição sem sentido, muito forte. Um autoritarismo que nos causou medo, pois assim, nunca mais esquecemos no decorrer do ano de que, não importa a aula, se tivemos ou não, deveríamos fazer o cabeçalho, se não quissemos levar outro NS pelo mesmo motivo.
c) Um caso que me lembro bem até hoje, que também se passou na 2ª série, foi que tínhamos vinte minutos de intervalo, e a professora deixou uma missão para mim, que todos os dias, ela me dava uma lista, que geralmente tinha de cinco a seis nomes de alunos da minha sala que não faziam as lições ou tinham um mal comportamento dentro da sala, os mesmos tinha como punição dez minutos menos de intervalo do que os outros, mas para que isso desse certo, eu era a supervisora, tomávamos o lanche e eu com a minha lista na mão, buscava pelo pátio um por um, ou eles mesmos já me procuravam, íamos para a sala e eles faziam algumas atividades propostas pela professora. Eu era durante vinte à vinte e cinco minutos uma professora de alunos da 2ª série, com a mesma idade deles. Eu olhava eles na sala, ajudava eles nas atividades, tirava dúvidas e não deixava eles fazerem coisas inapropriadas, como por exemplo, sair da sala e não fazer as atividades. Eu tinha a autonomia na sala, eu tomava as decisões, mandava e se fosse preciso repreendia os meus colegas de classe. Tinha que pensar rápido algumas vezes e até mesmo certa, por uma brincadeira sem graça de um colega, a professora me deu a autonomia de escolher uma punição para o mesmo.
 II. Análise crítica do documentário “Para o dia nascer feliz”.
 Para o dia nascer feliz, foi um dos melhores documentários já feitos e visto por mim sobre educação na minha opinião, e ele se incorpora muito bem nesta matéria (Fundamentos da Didática), pois visa muito a questão de, como a educação anda pelo país afora e quais são os problemas que os professores tem em lecionar, quais são os problemas que os alunos tem, o porque deles terem e como isso interfere na relação aluno-professor do dia a dia nas escolas do Brasil.
 É visto claramente que, as dificuldades dos alunos das escolas públicas, não importa em qual região do país, são mais preocupantes e são quase sempre as mesmas, do que a dos alunos que tem o beneficio de estudar em escola privadas, mas não que também não seja preocupante e que eles também merece um olhar diferenciado de todos nós, mas falarei disto mais a frente.
 A escola ser tão distante, não ter um certo investimento, e o interesse da aluna por estudar sendo visto com maus olhos, é o primeiro ponto do documentário que me chamou a atenção. Como lido no texto Trabalho e Educação: Fundamentos ontológicos e históricos, do prof. Dermeval Saviani, percebi que a edução e o trabalho de certa maneira andam juntas, mas não como deveria. A aluna Valéria que mora na região nordeste, em umas das cidades mais pobres do Brasil, tem um interesse imenso por poesia, e escreve muito bem, pena que os professores não acreditam nela, dizem que não foi ela que fez os poemas, as redações que ela mostra ou lê em sala de aula, um absurdo realmente um professor não acreditar que seu próprio aluno não é capaz de produzir algo, algo além daquilo que é esperado, assim como no senso comum, isso passa dos limites, o aluno produz aquilo que é pedido, nada além mais disto, o aluno não tem capacidade de fazer belas poesias, ele é designado, principalmente nas regiões norte e nordeste, estudar até a 4ª série, isso se ele for para a escola, o que ele deve saber é somente o básico, poque pra que aprender mais coisas, se interessar por poesia por exemplo se o futuro dele será no roçado, nos campos, ou casar-se cedo e não ter oportunidade de ter uma vida acadêmica pela frente, nisto que percebo a relação trabalho e educação, juntamente com o senso comum disto. Pois se isso sai da ordem já posta, se torna algo ridicularizado, fora do normal.
 Alunos que se envolve com o crime, que vão para a escola somente para passar o tempo, sem nenhum interesse de aprender, criticam a forma de trabalho dos professores, deixam os mesmos desmotivados, professores faltam no trabalho para passar em psicólogos, enfim, isso é a realidade mostrada pelo documentário e que choca a qualquer pessoa, não só nós, que estamos do lado de fora, mas prestes a entrar neste mundo e possivelmente sofrer estas situações, mais choca também as pessoas como minha mãe, que já tinha visto o documentário e ela se lamentava, pois na época dela, não era tão bom o ensino, mas não estava tão defasado deste jeito.
 Mas se ficarmos aqui só nos lamentando por esta situação e não fizermos nada, do que adianta? Estudei em escola pública a minha vida inteira, eu vivenciei muitas coisas, talvez não tão terríveis como aquela menina, que por uma simples briga, resolveu querer matar e matou a amiga de classe, isto é terrível, mas temos que aceitar a nossa realidade, aceitar, bem diferente de se acomodar, aceitar não tapando os olhos para os os problemas e nós como futuros educadores agir, e não se entregar a mesmice, de que, o ensino público, a educação no Brasil já está perdido e ponto final. Tanto que isso não é uma verdade generalizada, pois, os alunos das escolas privadas na maioria das vezes conseguem uma educação de qualidade,passam nas melhores universidades e eles são diferentes dos outros? São diferentes de mim, por exemplo que nunca estudei em escola privada, mas consegui passar no vestibular da FUVEST?!. Os meus professores são diferentes do deles?!.
 Somos todos iguais sim, na essência, na questão de sermos seres humanos e merecermos cuidados inteiramente iguais, mas isso não acontece, como vimos no próprio documentário. Pois é claro que a vida pessoal dos alunos influência na relação da escola, não importa a questão de classes sociais. Como por exemplo o desabafo da menina que mora na região nordeste, ela nunca teve um apoio do pai, nunca recebeu assistência ou apenas um carinho, também a Keila que encontrou na poesia, uma forma de se expressar, ela mesmo diz que gostava de escrever quando estava nervosa, mas não acreditava no seu potencial de que, com o que ela escrevia, seria possível emocionar outras pessoas , ambas de escolas públicas, de vida uma vida precária, sem oportunidade de poder sonhar um pouco mais, de não poder correr atrás de seus sonhos. enquanto a aluna Thais aqui de São Paulo, ficou digamos, com uma crise de existência, pois ela descobriu que o pai não acreditava em Deus, acredito que ele seja ateu, ou agnóstico. Isso para … foi uma descoberta que, deixou ela sem concentração para estudar, ficando assim abalada. A escola dela teve preocupação com o estado dela, conversando com os pais dela, enfim, e quantos alunos tem este mesmo problema, entre outros muito diferentes, que acabam atrapalhando o desenvolvimento escolar, que tornam estes alunos muita das vezes em pessoas rebeldes, em que eles não queriam se tornar, mas pelas circunstância acabam sendo obrigados. Temos que abrir os olhos pois, mesmo que os problemas que afligem os alunos varie pela classe social, percebemos que para eles se torna algo difícil para lidar, para conviver, atrapalhando assim a vida escolar, e possivelmente a sua vida familiar, conjugal, profissional.
 Portanto, olhemos para a educação no Brasil, sem se importar com as classes sociais, mas sim com um olhar crítico de que, o que podemos fazer para essa realidade tão dura mudar, dar mais apoio, incetivo aos professores, equipar e restaurar as escolas públicas em todo o país, isso pode e deve ser feito sim, mas na minha opinião não seria o bastante, pois enquanto a desigualdade social no país for gritante, enquanto os alunos tiverem problemas sociais dentro de casa, pais desempregados, pais que batem nas mães, alunos que veem a violência dentro da sua própria casa, na sua rua, no seu bairro, alunos que, por obrigação tem que trabalhar para poder sustentar sua família, sem ao menos uma chance de continuar os estudos, ou até mesmo parar sem terminar, alunos que por esses motivos não acreditam na educação, não tem vontade de aprender, não tem objetivos a traçar, pois acham que sua vida já está de certa forma predestinada a trabalhar muito e receber pouco, enquanto isso não mudar no nosso país, a educação será para os alunos algo não tão necessário, a escola será uma fuga para muitos, um lugar para aplicar violência para outros, querer aprender mais e ter mais curiosidade pelos estudos será mais difícil para poucos, e aqueles que conseguem vencer na vida, se formar em boas universidades será a minoria.

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