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LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos LASERTERAPIA AVANÇADA FOTOBIOMODULAÇÃO ASPECTOS HISTÓRICOS A aplicação da luz como tratamento foto-terapêutico é bastante antigo. Em 1903, Finsen recebeu o Prêmio Nobel pelo avanço no “Tratamento do Lupus Vulgar utilizando fonte de luz ultravioleta”. Por essa razão, alguns autores como Aggerbo em 1960. consideraram Finsen como pai da Foto- medicina moderna. Einstein postulou as bases teóricas sobre a manipulação controlada de ondas de luz, e publicou suas idéias em 1917. Esta teoria foi verificada por Landberg em 1928, mas somente entre 1933 e 1934 Townes e Weber falaram pela primeira vez em amplificação de microondas. Nessa mesma época houve um grande avanço no desenvolvimento de fibras ópticas e material óptico de uma maneira geral. A teoria da amplificação através da emissão estimulada foi patenteada em 1951 por Fabrikant (um físico russo) e sua equipe, mas permaneceram sem publicá-la até 1959 e por isso não pôde influenciar os trabalhos que se desenvolviam nos Estados Unidos. O primeiro aparelho em que se usou a emissão estimulada de radiação foi chamado de MASER (outro acrônimo inglês formado a partir de Microwave Amplification by Stimulated Emission of Radiation), construído por Townes em LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos 1952. Weber propôs no mesmo ano a amplificação do MASER (dispositivo amplificador de microondas), e essa teoria foi publicada por ele em 1953. Em 1954, Basov e Prokhorov desenvolveram emissores de microondas que acabaram sendo utilizados com finalidade diagnóstica. Em 1958 Schawlow e Townes publicaram princípios da amplificação de microondas por emissão estimulada de radiação, e foi então quando se falou pela primeira vez de luz monocromática e coerente. O primeiro laser da história foi construído por um físico americano, Theodore Maiman, nos Estados Unidos (MAIMAN, 1960), e apresentado em 16 de maio de 1960. Este primeiro laser era um laser de estado sólido pulsado e foi desenvolvido a partir de um cristal cilíndrico de rubi com as duas superfícies cobertas por um coating a base de prata, bombeado por uma lâmpada de flash, com emissão na região espectral do vermelho, operando em 694,3 nm. Foi desenvolvido no Hugles Aircraft Research Laboratory em Malibu, e nessa data apresentada à imprensa. Em 1961 Gould obteve a patente de aplicação, feito que deu lugar a uma grande confusão à cerca de quem foi seu inventor. Ele publicou as indicações biomédicas da luz laser de alta densidade de energia. A primeira aplicação foi realizada no campo da Oftalmologia e também foi onde se observou a primeira complicação clínica: em 1962 Dulberger publicou um trabalho sobre lesões retinais produzidas pela focalização da luz e com conseqüente perda de visão. Em 1961 foi fundado por Leon Goldman, na Universidade de Cincinnati, o primeiro laboratório de laser para aplicações médicas, onde as primeiras experiências em animais foram realizadas. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos Um fato curioso é que um acidente de manipulação deu início „a utilização do laser para tratamentos com finalidades cirúrgicas. Um técnico de laboratório, ao manipular de maneira inadequada um equipamento laser, irradiou seu olho e teve sua retina queimada, devido a colimação deste raio através da lente (cristalino). Em 1962 Patel desenvolveu um laser que posteriormente seria usado exclusivamente com finalidade terapêutica, um hélio-neônio (He-Ne) com comprimento de onda de 632,8 nm. Na antiga União Soviética, diferentes cientistas trabalhavam simultaneamente no desenvolvimento do laser. Basov e Prokhorov fizeram grandes progressos nessa tecnologia e junto com Townes ganharam o Prêmio Nobel de 1964. Em 1966, as primeiras aplicações clínicas com laser operando em baixa potência foram relatadas por Endre Mester de Budapeste, Hungria, que apresentou os primeiros relatos de casos clínicos sobre “Bioestimulação com Laser de úlceras crônicas de membros inferiores usando laseres de rubi e de argônio”, tendo publicado seus primeiros artigos em 1966. Ele produziu um grande volume de trabalhos científicos, clínicos e experimentais, tendo o laser de He-Ne como tema central. Os laseres terapêuticos mais utilizados nas décadas de 70 e 80 foram os de He-Ne, com emissão na região do vermelho. Nesta região do espectro eletromagnético, a radiação laser apresenta pequena penetração nos tecidos biológicos, o que limitava a sua utilização. Para a aplicação desse tipo de laser em lesões mais profundas, era necessária uma fibra óptica para guiar a radiação para o interior do corpo do paciente, limitando e contra-indicando muitas vezes esse tipo de terapia. Outra limitação dos laseres de He-Ne era sua grande dimensão e também o fato de seu meio ativo estar contido por ampolas de vidro que poderiam romper-se facilmente, além do gás hélio permear rapidamente a parede da ampola, reduzindo drasticamente o tempo de vida destes aparelhos. Em 1973, seguindo a mesma linha de Mester, Heinrich Plogg de Fort Coulombe, Canadá, apresentou um trabalho sobre “O uso do laser em acupuntura sem agulhas”, para atenuação de dores. A partir do final dessa LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos década começaram a ser desenvolvidos diodos laseres semicondutores comerciais, dando origem ao primeiro diodo operando na região do infravermelho próximo, emitindo em 904 nm, constituído de um cristal de arseneto de gálio (AsGa). As vantagens dele sobre o He-Ne é que, além da menor dimensão, apresenta maior penetração no tecido biológico. Outra vantagem é que este dispositivo pode operar de forma contínua ou pulsada, enquanto que o He-Ne só opera em modo contínuo. O efeito da fotobioestimulação com laser pulsado foi tema de diferentes trabalhos, sendo que MORRONE et al., em 1998, demonstraram que para aplicações in vivo a radiação contínua apresenta melhores resultados que a radiação pulsada. Em 1981, apareceu pela primeira vez o relato da aplicação clínica de um diodo laser de AsGaAl, publicado por Glen Calderhead, do Japão, que comparava a atenuação de dor promovida por um diodo laser e o laser de Nd:YAG, (cristal de YAG dopado com Neodímio), operando em 1064 nm. No mesmo ano, se concedeu o Prêmio Nobel a Schawlow, Bloemberger e Siegmahn, por seus estudos em espectroscopia aplicada a tecnologia laser. A partir dos anos 90, diferentes dopantes foram introduzidos na tecnologia para obtenção de diodos laser gerando uma larga faixa de comprimentos de onda. Com estes dispositivos hoje se podem ter aparelhos pequenos, de fácil transporte e manuseio, com alta durabilidade e baixa freqüência de manutenção, além de baixo custo. Dentre os tipos de laser disponíveis, os laseres de diodo - ou laseres semicondutores - ganham cada vez mais eficiência, confiabilidade e espaço nos mais diversos mercados. Na área de saúde, têm grande penetração pela possibilidade dos equipamentos com esse meio ativo serem de dimensões reduzidas, leves, estáveis, portáteis, com longos tempos de vida de emissão, custos benefícios extremamente atraentes e por isso mesmo, com crescente aplicação em diversas áreas. Os diodos ganham, a cada ano, cada vez mais potência e brilho – propriedade associada á qualidade do feixe – e ampliam os comprimentos de onda de emissão. Juntos, estes avanços, aliados à diminuição de seu tamanho e de seus custos, são responsáveis pelo crescente aumento de suas aplicações nos mais distintos mercados de laseres e aplicações.Isso não é diferente na área da saúde, na qual a tecnologia é LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos utilizada para diagnóstico, terapia e atualmente, devido a todas essas grandes vantagens, cada vez mais como ferramenta cirúrgica, por ser, além de tudo, muito mais precisa e menos invasiva do que as opções tradicionais. FUNDAMENTOS A luz pode ser descrita como uma emissão eletromagnética, e como tal, tem algumas características que a identificam plenamente. Essas emissões são conhecidas, genericamente, por radiações ou ondas eletromagnéticas, e estão contidas em uma grande banda ou faixa, que está subdividida de acordo com algumas características físicas peculiares. Existem as que não podemos ver, tais como as ondas de rádio AM e FM,e existem aquelas que podemos ver, tais como as luminosas, compostas por fótons, tais como a luz emitida pelas lâmpadas dos lustres das casas. As emissões estão organizadas segundo o que se chama de “Espectro de Radiações Eletromagnéticas”, baseado em uma característica particular: o comprimento de onda. Esse espectro é composto por radiações infravermelhas, radiações visíveis, radiações ultravioletas, radiações ionizantes (raios x e raios gama), além de outros tipos de radiação que não dizem respeito a este trabalho. Os laseres utilizados para tratamento médico, odontológico e veterinário (aquilo que chamamos de “Ciências da Vida”) emitem radiações que estão situadas na faixa das radiações visíveis, infravermelhas e ultravioleta e não são ionizantes. Para podermos identificar em que parte do espectro está classificada uma determinada radiação, precisamos conhecer seu comprimento LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos de onda, que nada mais é do que a distância medida entre dois picos consecutivos de uma trajetória ondulatória (em forma onda). A unidade utilizada para expressar; grandeza é uma fração do metro, normalmente o nanômetro, que é equivalente a 0,000000001 m (ou 10-9). O termo laser é um acrômio da língua inglesa “light amplification by stimulated emission of radiation”, ou seja, “amplificação da luz por emissão estimulada de radiação”. O raio Laser é resultante da energia luminosa concentrada e transformada em um único raio. Existem vários tipos de laser com diferentes comprimentos de onda e frequência cujo meio ativo pode ser sólido, líquido ou gasoso, captados pela visão humana ou invisíveis, definindo a faixa espectral O laser e uma fonte de luz natural gerada a partir da energia interna dos átomos. São fontes de radiação eletromagnética ou luz que possuem algumas características especiais que as diferem de outras fontes de luz, como uma lâmpada incandescente. O Laser pode ser classificado em duas categorias: lasers de alta potência ou cirúrgicos, apresenta efeitos térmicos com propriedades de corte, vaporização e hemostasia, e lasers de baixa potência/intensidade (LBI) ou terapêuticos, com propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e de bioestimulação; incluem-se nesta última categoria o laser de hélio-neônio (HeNe), cujo comprimento de onda e 632,8nm, ou seja, na faixa de luz visível (luz vermelha); o laser de arseneto de gálio e alumínio (Ga-As-Al) ou laser de diodo, cujo comprimento de onda se situa fora do espectro de luz visível (luz infravermelha), sendo, aproximadamente, 780-900nm, e o laser combinado de hélio-neônio diodo. A radiação a laser difere da luz comum nos seguintes aspectos: A luz produzida por um laser potente tem três propriedades únicas: é Monocromática (um único comprimento de onda), Coerente (ondas estão em fase), e Colimação (ondas em paralelo). Quando a radiação a laser interage com a matéria os efeitos são os mesmos de qualquer outra radiação eletromagnética – ocorre reflexão, refração e absorção. Porém, a extensão em que isto ocorre, vai depender da densidade da natureza e densidade da matéria, ou seja, a LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos radiação a laser passará inalterada através do espaço e será ligeiramente alterada no ar (pelo menos para radiação visível), mas é marcadamente alterada em um material mais denso, tais como os tecidos. No tecido biológico, a coerência será perdida em frações de milímetros, assim o feixe não será mais coerente, mas ainda continuará a ser monocromático, ou seja, continuará tendo uma frequência precisa. Diferentes comprimentos de onda do laser têm diferentes profundidades de penetração em tecido humano. Laser vermelho tem uma penetração mais profunda que o violeta, azul. Infravermelho não são visíveis, mas têm sido demonstrado que penetra o tecido humano mais profundamente do que a luz vermelha visível. Outros parâmetros técnicos são potência de saída, densidade de potência, densidade de energia, intervalo da dose, contínuo ou pulsado. Efeitos da radiação a laser nos tecidos - como toda radiação, o laser pode: - Ser refletido para a superfície; - Penetrar nos tecidos na proporção que depende: comprimento de onda, natureza da superfície tecidual, ângulo de incidência. Nos tecidos, a radiação a laser é difundida, dispersada e disseminada pela: - Divergência; - Reflexão; - Refração e ainda mais atenuada pela absorção. A profundidade de penetração da radiação vermelha visível e infravermelha curta é de apenas poucos milímetros, 1-2 mm para laser He-Ne (luz vermelha) e 2-4 mm para laser de AsGaAl (laser IV) de 780-900nm em tecidos moles. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos Absorção nos tecidos: A passagem de luz através da pele é complexa. A maior parte está se espalhando por volta da derme através da epiderme, enquanto a derme é grossa. A derme é, então, pontuada por absorver luz dos vasos sanguíneos e folículos pilosos. O padrão de absorção da luz relaciona-se à melanina e hemoglobinas com a derme. As propriedades óticas da derme são bem diferentes daquelas da epiderme, basicamente por causa da grande proporção de fibras colágenas que predomina na matriz extracelular do tecido conjuntivo. O colágeno espalha fortemente a luz. A consequência é que o comprimento de onda mais longo, a luz penetra mais dentro da derme do que o curto, o máximo acontece próximo dos 1.200nm. A maior parte das macromoléculas biológicas e tecidos estruturais absorvem fortemente a radiação visível e infravermelha. Como consequência, a profundidade de penetração, é pequena. Algumas moléculas absorvem muito bem: a hemoglobina e a melanina são exemplos. A radiação infravermelha é fortemente absorvida pela água, que predomina em todos os tecidos e está muitas vezes presente na superfície da pele como o suor. Um cenário mais provável, baseado em mecanismos bioquímicos/fisiológicos conhecidos, é que a resposta é de amplo espectro no caso em que o comprimento de onda preciso é menos importante do que a energia total fornecida por uma gama de comprimento de ondas. Evidências científicas mostram que a radiação benéfica não necessita de um comprimento de onda preciso dos lasers. É verdade que os efeitos biológicos são estimulados até certa frequência ótima, mas frequências variadas também são efetivas. Os efeitos "local" de fototerapia no tratamento de feridas e úlceras tróficas indolentes com o laser de He-Ne, ou com lasers de diodo que operam na região infravermelha pode ser explicada por a ação da luz de baixa intensidade em células de proliferação. Na área destas lesões, são criadas condições (baixa concentração de oxigênio e do pH, falta de nutrientes necessários), para estas células, a luz pode servir como um sinalpara aumentar a proliferação. Quando ocorre em feridas recentes, o efeito da irradiação pode ser mínimo. Um efeito não acontece nos casos em que a proliferação é ativa e a regeneração da integridade do tecido ocorre a uma taxa LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos mais ou menos máxima (normal). Esta pode ser a razão de nenhum efeito fototerapêutico ser observado nestes casos. Para a produção de um laser, são necessárias algumas condições especiais. Primeiramente necessita-se de um “Meio Ativo”, composto por substâncias (gasosas, líquidas, sólidas ou ainda por suas associações) que geram luz quando excitadas por uma fonte de energia externa. Esse processo de excitação é denominado de Bombeamento e sua função é transformar o meio ativo em meio amplificador de radiação, já que promove neste, o fenômeno denominado Inversão de População, ou seja, os elétrons da camada de valência do meio absorvem a energia bombeada e saltam para um nível de energia mais externo. Como esse segundo nível está mais distante da influência do núcleo, seu nível de energia é maior. Chamamos essa situação de estado metaestável. Quando o primeiro elétron decai, retornando ao nível com menor energia (energia original), ocorre a liberação de um “pacotinho” de energia altamente concentrado, ao qual chamamos fóton. Esse fóton acaba por excitar o decaimento dos demais átomos que já estavam no estado excitado (metaestável). Isso gera um processo em cascata e com crescimento em progressão geométrica, que resulta na emissão estimulada de radiação. O meio ativo deve estar contido em reservatório denominado Cavidade Ressonante. Nas extremidades internas dessa cavidade devem existir espelhos, sendo um deles de reflexão total e outro de reflexão parcial. Isso assegurará que esse sistema composto por reação óptica e meio ativo seja a sede de uma oscilação laser. Como a cavidade do laser é composta por espelhos em suas extremidades, essa radiação é amplificada, ou seja, os fótons emitidos por estimulação entram em fase (todos os fótons assumem uma mesma direção) e permitem que ocorra um incremento a cada “viagem” (reflexões múltiplas) completada dentro da cavidade. Existem muitos tipos de laser, porém, o princípio básico para se produzir um feixe de laser é o mesmo para todos eles, quer seja um laser cirúrgico, terapêutico ou de diagnóstico. Para a identificação do laser, precisamos conhecer sua fonte geradora (caracterizada pelo meio-ativo que vai gerar a luz laser) e sua intensidade (caracterizada pela densidade de potência óptica produzida ou energia gerada do laser). Do mesmo modo que as lâmpadas residências são identificadas pelas LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos potências, normalmente expressa em Watts, também utilizamos esta unidade (ou uma fração dela), para identificar a potência dos laseres (1mW = miliWatt = 0,001W). A última característica relevante dos laseres é referente ao seu regime de funcionamento, isto é, existem aqueles que quando acionados, permanecem ligados continuamente até serem desligados (laseres contínuos, CW) e existem outros tipos que funcionam de forma pulsada ou chaveada, ou seja, estão parte do tempo ligados e parte do tempo desligados. A maioria dos laseres terapêuticos opera de modo contínuo. As propriedades curativas do laser são provavelmente devido a resultante fotobiomodulação, no aumento de tecido de granulação, a proliferação de fibroblastos, colágeno, síntese, neovascularização e epitelização precoce, alterações importantes observadas no tratamento de feridas. LASER x LED Terapia a Laser de Baixa Intensidade (TLBI) é apresentada como um recurso terapêutico de baixo custo e eficiência comprovada no tratamento de úlceras, capaz de acelerar o processo de reparo em tecidos distintos por meio do emprego de fontes de luz de baixa potência, como diodos emissores de luz (Light Emitting Diode – LED). Os diodos emissores de luz (LEDs) são semicondutores complexos que convertem corrente elétrica em um espectro luminoso estreito não coerente. Em 1993, uma empresa japonesa começou a produzir luz branca a partir da combinação da lua azul, vermelha e verde, o que abriu um importante campo para essa tecnologia. A luz emitida vai do comprimento de onda do ultravioleta ao visível e ao infravermelho, que vai dos 247 aos 1300 nanômetros (nm). As cores mais usadas são: Azul (400-470nm), Verde (470-550nm), Vermelho (630- 700nm), Infravermelho (700-1200nm). Uma diferença significante entre lasers e LEDs é o modo como a energia luminosa é liberada. O pico de energia liberada no LED é mensurado em mili Watts, já o laser é em Watts, porém, apresentam o mesmo comprimento de onda. Os LEDs não liberam energia suficiente para causar danos aos tecidos humanos e não oferece o mesmo risco de acidentes aos olhos que o laser. A terapia luminosa por luz visível e infravermelha é julgada como sendo de risco insignificante pela Administração de LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos Medicamentos e Alimentos (FDA) e tem sido aprovada para uso em humanos. Dentre outras vantagens sobre o laser inclui-se a possibilidade de combinar comprimentos de onda de vários tamanhos. O LED dispersa a luz por uma superfície maior comparada com o laser e pode ser usada onde grandes áreas são indicadas ao tratamento, resultando em redução no tempo de tratamento. Segundo os parâmetros utilizados, os efeitos biológicos dependem de: comprimento de onda, dose (fluência), intensidade (densidade de potência), tempo de irradiação, modo contínuo ou pulsado da onda, e padrões de pulso, por exemplo. Clinicamente, fatores como frequência, intervalo entre os tratamentos e número total de tratamentos são considerados. Quanto à segurança, o LED é seguro, não é térmico, nem tóxico e invasivo, e não há relato na literatura de efeitos colaterais. Porém, a atenção deve ser enfatizada em pacientes com epilepsia ou com fotofobia quando se utiliza LEDs de modo pulsado. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos A Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica (NASA) desenvolveu LEDs para experimentos com crescimento de plantas no espaço, mas observaram que esses diodos emitindo radiação luminosa foram promissores em tecidos corporais para promover a cicatrização de feridas e crescimento tecidual. O uso de LED desenvolvido pela NASA, para terapia isolada ou em conjunto, acelera grandemente o processo de cicatrização de feridas, reduzindo o risco de infecção, diminuindo custo com tratamento, entre outras vantagens. Sendo o LED uma alternativa ao laser, este obteve aprovação da Administração de Medicamentos e alimentos (FDA) por não oferecer riscos ao paciente. Pesquisas com LED, in vitro, produziram aumento no crescimento celular de cento e quarenta a duzentos por cento em fibroblastos de ratos, osteoblastos e células musculares esqueléticas, e no aumento de cento e cinquenta e cinco a cento e setenta e um por cento em células epiteliais humanas. Outras pesquisas mostraram diminuição no tamanho da ferida de até trinta e seis por cento no tratamento em conjunto com oxigênio hiperbárico em modelo animal com isquemia; produziu melhora maior que quarenta por cento em lesão muscular por treinamento físico; diminuiu o tempo de cicatrização de ferida em tripulantes de um submarino; redução de quarenta e sete por cento da dor em criança que sofria de mucosite oral. Apesar das evidências científicas exploradas, percebemos um direcionamento para o uso do laser quando o assunto perneiao tratamento de lesões cutâneas, seja pela difusão maior da terapia ou seja pela sua praticidade e resultados. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos CONCEITO DE IRRADIÂNCIA, FLUÊNCIA E ENERGIA DEPOSITADA Irradiância é o termo que os fotobiologistas usam como sinônimo para densidade de potência (DP), que é definida como sendo a potência óptica útil do laser, expressa em Watts (W), dividida pela área irradiada, expressa em centímetros quadrados (cm²). É através do controle da irradiância que o cirurgião pode cortar, vaporizar, coagular ou “soldar” o tecido, quando da utilização de laseres cirúrgicos. A densidade de potência apropriada pode também gerar fotoativação a partir de um laser de baixa intensidade de energia (laser terapêutico). Fluência é o termo utilizado para descrever a taxa de energia que está sendo aplicada no tecido biológico. Ao multiplicarmos a irradiância (expressa em Watts por centímetro quadrado ou W/cm²), pelo tempo de exposição (expresso em segundos) obteremos a fluência ou densidade de energia, ou ainda dose de energia (DE) expressa em Joules por centímetro quadrado (J/cm²). Energia é uma grandeza física que, no caso da laserterapia, representa a quantidade de luz laser que está sendo depositada no tecido, e é definida multiplicando-se a potência óptica útil do aparelho laser (expressa em Watts) pelo tempo de exposição (expresso em segundos). O resultado obtido tem como representação a unidade Joule (J). A discussão sobre aspectos matemáticos será retomada em tópicos posteriores, pois nessa etapa, a questão que realmente interessa aos profissionais da área odontológica é o que significam essas grandezas, e como se relacionam. Acreditamos que através de exemplos poderemos tornar claros esses importantes conceitos: 1. Para uma dada potência, variações na irradiância podem produzir efeitos sobre o tecido biológico que são nitidamente diferenciados. Por exemplo, um laser com potência de saída de 10 W, irradiando uma área de 10 cm², apresentará irradiância igual a 1 W/cm². Se o mesmo laser for focalizado sobre LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos uma área de 1 cm², a irradiância será aumentada em 10 vezes, provavelmente gerando dano térmico ao tecido biológico, dependendo do tempo de exposição. Conclusão: Na verdade, para definirmos se um aparelho laser pode causar dano térmico, devemos analisar a irradiância gerada, e não a potência óptica útil do aparelho laser em questão. 2. Para uma dada quantidade de energia a ser depositada, variações na fluência podem produzir efeitos sobre o tecido biológico que são nitidamente diferenciados. Por exemplo, imaginemos que devemos aplicar uma dose total de 30 J sobre um ponto. Numa primeira hipótese, imaginemos que os 30 J sejam aplicados em 1 segundo, sobre uma área de 1cm². Teremos, então, irradiância igual a 30 W/cm², o que provavelmente ocasionará dano térmico ao tecido biológico. Imaginemos agora, que os 30 J sejam aplicados sobre a mesma área em 30 segundos. Teremos, para essa situação, irradiância igual a 1 W/cm², o que não ocasionará dano térmico ao tecido biológico. Conclusão: A quantidade de energia a ser ministrada é importante, pois os tecidos responderão melhor à dose adequada de energia, entretanto, a forma como essa energia é depositada também é muitíssimo importante. Utilizando como analogia das sistemáticas convencionais adotadas em Odontologia ou Medicina, ao prescrevermos um antibiótico, a dose medicamentosa é ministrada como no exemplo a seguir: Amoxicilina, 500 mg, 1 colher de sopa, a cada 8 horas, ou seja, o nome do princípio ativo e sua posologia (concentração do principio ativo, miligramas, quantidade e frequência de uso da referida droga). Quando nos referimos à laserterapia, será indicada a dose expressa em Joules (energia, que é a quantidade de luz laser depositada no tecido), a fluência expressa em J/cm² (joules por centímetro quadrado), que é a taxa de deposição dessa energia (o modo como a energia será deposita número estimado de sessões, seguindo o mesmo princípio adotado na prescrição do antibiótico do exemplo anteriormente mencionado. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos A energia (quantidade de luz laser aplicada) e a fluência, são conceitos fundamentais para a Biomedicina, já em Medicina e Odontologia, o termo utilizado para o mesmo conceito, é dose. Utilizando ainda a analogia da descrição do antibiótico, para que se obtenha determinado efeito medicamentoso, a dose terapêutica administrada é fundamental, ou seja, a prescrição de uma dose muito alta por quilograma/peso do paciente, implica na não obtenção do resultado esperado. Já a prescrição de uma dose muito alta, pode levar o paciente à intoxicação, ou mesmo a um choque anafilático. O mesmo acontece com a prescrição de terapia com laser de baixa intensidade, isto é, doses muito baixas não causam efeitos satisfatórios nos tecidos, enquanto que doses muito altas em tecido mole, podem levar a uma inibição do processo cicatricial (isso é verdade somente tecido mole). Comprimento de onda O comprimento de onda é uma característica extremamente importante, pois é quem define a profundidade de penetração no tecido alvo. Diferentes comprimentos de onda apresentam diferentes coeficientes de absorção para um mesmo tecido. Jacques, em 1995, resumiu os diferentes coeficientes de absorção para diferentes cromóforos em função do comprimento de onda (cromóforos são aglomerados moleculares capazes de absorver luz). Como podemos observar, as radiações emitidas na região do ultravioleta e na região do infravermelho médio apresentam alto coeficiente de absorção pela pele, fazendo com que a radiação seja absorvida na superfície, enquanto que na região no infravermelho próximo (820 nm e 840 nm) constata- se baixo coeficiente de absorção, implicando em máxima penetração no tecido (Karu, 1985,1987). Os tecidos são heterogêneos do ponto de vista óptico e portanto, absorvem e refletem energia de maneira distinta. A importância da absorção acontecer de maneira diferenciada, segundo o tipo de tecido no qual a energia é depositada, está no fato de que, dependendo comprimento de onda, esse tecido absorve energia mais superficialmente ou permite que a luz o atravesse, agindo na intimidade tecidual (geralmente a membrana celular). A isso denominamos “seletividade” do laser. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos Uma vez absorvida a energia luminosa na célula, esta se converterá em outro tipo de energia. Quando utilizamos laseres operando em alta intensidade, na maioria das vezes, esta se converterá em calor. Quando utilizamos laseres operando em baixa intensidade os comprimentos de onda baixos são capazes de eletronicamente estimular as moléculas ativando a cadeia respiratória celular, enquanto que para os comprimentos de onda mais altos a excitação ocorrerá através da membrana celular. Somente o processo de absorção será considerado, pois a luz, ao penetrar nos tecidos sofre um processo chamado scattering ou espalhamento, sendo então, absorvida pelas células e convertida em efeitos biológicos. Quando um raio de luz incide sobre uma superfície, a porcentagem de luz que será refletida dependerá do ângulo de incidência desse raio. Quanto menor for o ângulo formado entre o raio incidente e a superfície irradiada, maior será a reflexão desse raio, e portanto, teremos menor absorção de energia por parte do tecido. Daí a importância de aplicarmos o lasercom o condutor de luz posicionado sempre de maneira perpendicular ao tecido, evitando assim a reflexão e maximizando a absorção do laser. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos A reflexão dependerá ainda das características ópticas do tecido, uma vez que estes são heterogêneos desse ponto de vista, já que cada tecido absorve e reflete a luz de maneira distinta. Tecidos com queratina, como a pele, por exemplo, refletem mais a luz laser do que tecidos sem queratina como as mucosas. O que buscamos no tratamento absorção do laser pelo tecido, pois a luz Iaser só atuará se for absorvida e, consequentemente, convertida em efeitos. APLICAÇÕES CLÍNICAS Os laseres são uma realidade tecnológica e os de baixa potência estão sendo utilizados como coadjuvantes no tratamento de feridas, com o objetivo de auxiliar a restauração tecidual, melhorando a regeneração e a cicatrização dos tecidos. Além disso, atuam na inflamação, no edema e minimizam a dor. Devido às características de aliviar a dor, estimular a reparação tecidual, reduzir edema e hiperemia nos processos anti-inflamatórios, prevenir infecções, além de agir em parestesias e paralisias, o laser de baixa intensidade tem sido empregado frequentemente em múltiplas especialidades médicas e odontológicas. Uiliza-se esse processo terapêutico para melhorar a cicatrização no tratamento de queimados e de pacientes que receberam algum tipo de enxerto ou retalho, quando funciona como ativador da vascularização dessas regiões. Também é utilizado para o tratamento de dores agudas e crônicas de diversos tipos e aquelas causadas por herpes genitais, além de pós-operatórios diversos em ginecologia, dermatologia e cirurgia plástica. Também é frequente sua utilização em medicina do esporte e em fisioterapia, notadamente em pacientes que sofreram trauma proveniente de atividades desportivas, tais como distensões musculares e contraturas musculares, ruptura de tendões, ou ainda em lesões por esforços repetitivos (LER), artrites artroses, entre outras. Observa-se que clínicos de todas as áreas estão integrando-se cada vez mais a essa nova ferramenta de trabalho. Como em qualquer técnica, porém, é fundamental que se conheça bem os princípios básicos envolvidos principalmente porque os efeitos e o mecanismo de ação do laser são muito LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos mais complexos do que, por exemplo, os de uma luz ultravioleta ou de um aparelho de ultra-som. LASER NOS PROCESSOS DE CAICATRIZAÇÃO E REPARO O limiar de sobrevivência da célula depende do tecido em que está localizada e do seu estado fisiológico. O laser de baixa intensidade tem a propriedade de estimular a membrana plasmática e as membranas mitocondriais, induzindo a célula à biomodulação, ou seja, estimulando o estado de normalização da região afetada. Esse tipo de terapia passou a ser chamado de laserterapia. Quando a laserterapia é usada no espectro eletromagnético visível, existe uma fotobioestimulação inicial na mitocôndria, a qual ativa uma cadeia de eventos biológicos. Quando a irradiação ocorre no espectro infravermelho, há estímulo dos canais da membrana plasmática, resultando em mudanças na permeabilidade da membrana, temperatura e gradiente de pressão. Tanto a luz visível quanto a infravermelha podem ser absorvidas por diferentes componentes da cadeia respiratória celular, como os cromóforos na citocromo-C-oxidase ou porfirinas, o que resulta na produção de espécies reativas de oxigênio ou radicais superóxido. A radiação emitida pelos lasers em baixa potência tem demonstrado efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e cicatrizantes, sendo, por isso, bastante utilizada no processo de reparo tecidual. São observados os efeitos terapêuticos de morfodiferenciação e proliferação celular, neoformação tecidual, revascularização, redução do edema, maior regeneração celular, aumento da microcirculação local e permeabilidade vascular. Portanto, a terapia a laser apresenta-se como uma alternativa para processos que apresentem reação inflamatória, dor e necessidade de regeneração tecidual. O processo de reparo constitui uma reação tecidual dinâmica, que abarca os seguintes fenômenos: inflamação, proliferação celular e síntese de elementos constituintes da matriz extracelular, incluindo as fibras colágenas, elásticas e reticulares. A absorção molecular da luz laser permite um aumento do metabolismo celular, caracterizado pela estimulação de fotorreceptores na cadeia respiratória mitocondrial, alterações nos níveis de ATP celular, liberação LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos de fatores de crescimento e síntese de colágeno. A aceleração da microcirculação resulta em alterações na pressão hidrostática capilar, com reabsorção do edema e eliminação do acúmulo de metabólitos intermediários. DOSIMETRIA Para que a laserterapia possa ser bem empregada e para se chegar a resultados satisfatórios no tratamento, é imprescindível conhecer além da técnica, a patologia e o perfil do paciente, o que só se consegue com uma boa anamnese e um minucioso exame clínico. A primeira variável envolvida na técnica de laserterapia está relacionada à escolha do comprimento de onda que será utilizado. Existem duas “famílias” de laseres disponíveis no mercado, sendo a mais versátil a família dos comprimentos de onda localizados na faixa do infravermelho próximo (de 790 a 980 nm), porém a família mais estudada está situada na faixa do vermelho visível (de 635 a 685 nm). A família dos laseres vermelhos tem comportamento mais indicado para procedimentos envolvendo tecido mole e a família dos laseres infravermelhos tem comportamento mais indicado para procedimentos envolvendo tecido duro, porém ajustados a dosimetria, ambos poderão ser usados de forma indistinta. Uma das variáveis mais relevantes para o processo de laserterapia é a densidade de energia ou fluência, que nada mais é do que a quantidade de energia (expressa em Joules) aplicada sobre uma determinada área (expressa em centímetros quadrados). Os primeiros protocolos consideravam que, independentemente da dimensão e configuração do feixe de luz laser, essa luz se “espalhava” através do tecido abrangendo uma área de 1 cm2 e essa seria a área a ser considerada para o cálculo da fluência. Essa metodologia de cálculo tem sido abandonada, visto que esse “espalhamento” da luz laser ocorre de maneira distinta em tecido mole e tecido duro, ou em tecido mole pigmentado e tecido mole sem pigmentação. Portanto, considerar uma área padrão de 1 cm2, não garante um protocolo estável. Recentemente, tem sido utilizada a área da secção transversal do feixe de luz laser para o cálculo da fluência, visando garantir protocolos estáveis. Assim, onde anteriormente LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos utilizava-se área de 1 cm2, hoje se utiliza áreas muito menores, pois a área do feixe de luz laser é cerca de vinte vezes menor do que 1cm2, o que não interfere em nada na quantidade de luz depositada no tecido (dose ou energia), porém implicará na correção das tabelas de fluência através de um fator multiplicador próximo de 20. Desse modo, as fluências recomendadas de 1 a 4J /cm2, calculadas através da nova metodologia, serão corrigidas para 25 a 140 J/cm2. Apesar destes parâmetros servirem de base de referência, caberá ao clínico definir a dose e a fluência para cada paciente, levando-se em consideração o tipo de lesão, sua profundidade, seu tempo de duração (se é crônicaou aguda), o tipo de tecido, a idade do paciente e sua condição sistêmica, entre outros itens analisados na anamnese. Outro fato a considerar é que, quando se deseja um efeito antiinflamatório, antes de estimar a dosimetria (dose ou energia) a ser utilizada, é importante a avaliação do estado da área. Nas inflamações agudas, deve-se utilizar uma dosimetria baixa; nas subagudas, uma dosimetria média, e nas crônicas uma dosimetria mais alta. O número de sessões que empregamos na maioria dos tratamentos aqui apresentados varia entre uma e dez. A freqüência de aplicações varia entre uma e duas vezes por semana, e em alguns poucos casos, aumentamos essa freqüência para três vezes por semana. Se após as duas primeiras aplicações não observarmos nenhum tipo de recuperação ou melhora, é aconselhável que se reavalie as doses e fluências e protocolos empregados. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos TECNOLOGIAS EM COBERTURAS FUNÇÕES DA PELE As funções da pele passaram a ser mais bem compreendidas após a década de 1940, sendo que os estudos se tornaram mais esclarecedores a partir da década de 1960. No entanto, ainda há muito a ser elucidado sobre o tema. Sabe-se que, ao longo da vida, as funções da pele sofrem importante prejuízo em função da imaturidade do órgão do recém-nascido e do idoso. Até o momento, algumas funções têm seu desempenho bem descrito: Proteção mecânica e comunicação; Proteção contra RUV e radiação ionizante (parcialmente); Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico (relativa impermeabilidade à água e a eletrólitos); Função físico-química (pH ácido 5,4 a 5,6 da camada córnea); Função química (manto lipídico com atividade antimicrobiana); Função imunológica (células de Langerhans, macrófagagos, linfócitos e mastócitos); Termorregulação e hemorregulação; Metabolismo; Sensibilidade e percepção. A pele é um órgão provido de riquíssima inervação, proveniente do sistema cerebrospinhal e do sistema vegetativo. As fibras cerebrospinhais são predominantemente sensitivas, as fibras vegetativas, por seu turno, inervam as arteríolas, os músculos erectores de pêlos, as células contrácteis das glândulas. As múltiplas estruturas nervosas estão irregularmente entrelaçadas entre si, de modo a formar uma rede, difundida em todos os estratos cutâneos, de extraordinária vastidão. Prosseguindo para a superfície, as fibras sensitivas tornam-se cada vez mais delgadas e, sob a forma de terminações livres ou corpúsculos sensoriais, terminam nas várias camadas da derme, em torno das células epidérmicas e dos folículos pilíferos. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos É graças a esta teia de fibras sensitivas que a pele responde aos estímulos do ambiente exterior, mediante quatro modalidades sensoriais principais: tato, calor, frio e dor. As quatro modalidades nem sempre são verdadeiramente dissociáveis entre si, já que a natureza, a intensidade e a duração de um estímulo podem provocar simultâneamente sensações térmicas, táteis e dolorosas. De qualquer forma, para cada modalidade a superfície cutânea é dotada de um mosaico de pontos altamente sensíveis. Através de suas terminações nervosas livres e encapsuladas como os corpusculos de VaterPacini e Ruffini (Figura 5), expressa cor em situações de raiva, ansiedade, medo, além de servir como diferenciação pessoal por sua variação individual de cor, odor e textura. Além da delicadíssima função sensorial, que a torna num verdadeiro órgão dos sentidos, a pele exerce diversas outras funções. A barreira física gerada pela pele não só protege os órgãos internos e limita a passagem de substâncias, mas também estabiliza a temperatura e pressão sanguínea através de seus sistemas de circulação e evaporação. A pele é capaz de sintetizar hormônios (ex. dehidrotestosterona) e vitaminas (ex. vitamina D) assim como metabolizar xenobióticos. Um dos componentes fundamentais para que a pele seja uma barreira efetiva é seu pH, postulado por Schimid-Wendter MH e Korting HC, como tendo importante papel regulador da homeostase do estrato córneo e de suas funções. O pH refere-se ao nível de acidez ou alcalinidade, sendo esse determinado pelo hidrogênio. O lado ácido varia de 0 a 6,9 e o alcalino de 7,1 a 14, sendo 7 o ponto neutro, mais conhecido como potencial de hidrogênio. O ph da superfície cutânea, que oscila entre 4,4 e 5,9 de acordo com as áreas do corpo, garante a integralidade e a coesão tissulares, fazendo com que a pele seja menos permeável à água e menos suscetível à ação de microrganismos patogênicos. No recém-nascido, e principalmente nos prematuros, a superfície cutânea tem pH com tendência à neutralidade. Isso diminui significativamente a defesa contra excessiva proliferação de micróbios, promove maior perda transepidérmica de água e pode ocasionar alteração da função de barreira epidérmica. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos Além da acidificação como recurso de proteção, a pele produz o manto hidrolipídico. Este é formado por uma mistura de gordura, produzida pelas glândulas sebáceas, e suor, fabricado nas glândulas sudoríporas, o que torna a pele mais resistente às infecções. Isso porque tem ação antimicrobiana, dificultando a penetração de fungos ou bactérias que causam doenças, como micoses e impetigo, além de promover a lubrificação da pele e dos pelos. Sua função é diferente no recém-nascido, pois o conteúdo lipídico na pele é menor em função da baixa atividade das glândulas sebáceas. No entanto, por outro lado, apresenta elevado teor de água. A termorregulação ocorre pela presença de termorreceptores nervosos na pele, estes reagem estimulando as fibras nervosas a levarem informações até o centro de regulação térmica no hipotálamo. A regulação da temperatura ocorre em caso de perda de calor, aumentando o fluxo sanguíneo, conseqüentemente elevando a secreção de suor Quanto à comunicação, a pele é visual, e justamente a face tem especial importância, pois caracteriza o indivíduo e contextualiza os meios interno e externo em que ele vive, destacando aspectos de sua beleza. As cicatrizes cutâneas podem ser explicadas não apenas por eventos fisiológicos ou funcionais, mas em determinadas culturas, são uma forma de expressar a própria imagem (tatuagens, piercings etc.). Certas cicatrizes decorrem de traumatismo, intervenções cirúrgicas e incisões e, dependendo da localização, podem ter sobre o indivíduo em efeito impactante, prejudicando sua autoestima e até mesmo suas relações sociais. Nesses casos, crianças podem evitar exposição, e jovens, excluir-se das atividades sociais, gerando problemas emocionais. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos FATORES QUE INFLUENCIAM AS CARACTERÍSTICAS DA PELE Muitos fatores alteram as características normais da pele, como, por exemplo: Idade; Hidratação; Exposição aos raios solares; Tensoativos; Nutrição; Tabagismo; Medicamentos. Similarmente a outros órgãos também a pele sofre a perda ou alterações das suas funções normais. Esta sendo um órgão de proteção e estando, constantemente em contato com o meio externo, acumula todas as ações do meio ambiente, resultando assim mudanças físicas, químicas e mecânicas no seu normal funcionamento. Diversos aspectos da morfologia externa são evidentes. Estes aspectos incluem diminuição da umidade, representada por uma aparência mais grosseira e escamosa da pele, diminuição da elasticidade,que se manifesta como flacidez e enrugamento, o acúmulo de neoplasias benignas em um risco aumentado de neoplasias malignas. Alguns destes efeitos, entretanto, não parecem ser simplesmente decorrentes do envelhecimento em si, mas do acúmulo de danos produzidos pelo sol. Uma diminuição de 30 a 50% na renovação da epiderme tem sido descrita entre a terceira e a oitava décadas de vida. Além disso, também tem sido observada uma capacidade de reparação diminuída tanto na resistência da pele aos ferimentos como na deposição de colágeno. Uma pele seca, sem elasticidade, com células epidérmicas maiores, mais irregulares, provoca uma diminuição na função de defesa. Além disso, uma percepção sensorial diminuída, com redução estimada em 23% por década, faz com que a pele se torne seca. Devido á diminuição da quantidade de células de Langerhans, diminui também a imunidade da pele, submetendo-a a um risco elevado de LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos infecção. Como conseqüência da natureza mais rígida, menos elástica e mais seca da pele envelhecida, com uma diminuição da área de contato entre a derme e a epiderme. Figura 6- Pele jovem e pele idosa Múltiplas equimoses são um evento comum na pele do idoso, especialmente daqueles em uso de múltiplos dispositivos de acessos intravenosos e daqueles nos quais se utiliza esparadrapo para manter os dispositivos fixos no local. Contudo, há uma expectativa de vida maior e busca-se melhor compreender o envelhecimento cutâneo para que cuidados sejam realizados. PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Qualquer interrupção na continuidade da pele, que afete a integridade do tecido tissular definimos como ferida. Também é definida como uma deformidade ou lesão que pode ser superficial ou profunda, fechada ou aberta, simples ou complexa, aguda ou crônica. A cicatrização de feridas consiste em uma perfeita e coordenada cascata de eventos celulares e moleculares que interagem para que ocorra a repavimentação e a reconstituição do tecido. Tal evento é um processo dinâmico que envolve fenômenos bioquímicos e fisiológicos que se comportem de forma harmoniosa a fim de garantir a restauração tissular. A profundidade da lesão determina a seqüência de eventos. As feridas podem lesar apenas a LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos epiderme (superficiais), apenas uma parte da derme (espessura parcial) ou toda a espessura da derme (espessura total), e mesmo estender-se ao tecido subcutâneo. As feridas superficiais são causada por estiramento, fricção e queimaduras leves (primeiro grau). A cicatrização ocorre por regeneração das células epiteliais na superfície da ferida em decorrência da perda da inibição de contato e da migração de células epidérmicas em direção à superfície. Como não há nenhuma solução de continuidade da pele, este tipo de cicatrização não forma cicatrizes, e as estruturas acessórias permanecem intactas (Figura 7A). Entretanto, este tipo de lesão pode mascarar uma lesão grave mais profunda. Em muitos casos de lesão por pressão ou estiramento pode-se encontrar tecido necrótico subjacente a uma epiderme intacta. As feridas que comprometem parte da espessura da derme (Figura 7B) cicatrizam de uma forma semelhante à das feridas superficiais. Ocorre dano à derme, mas as estruturas acessórias são preservadas. Pode haver a formação de crosta sobre a ferida (tecido necrótico ressecado). As feridas intermediárias têm causas semelhantes aquelas das feridas superficiais, mas são em geral de maior intensidade e podem ser causadas por pressão. Quando existe um comprometimento de toda a espessura da derme ou mesmo atingindo o tecido subcutâneo (Figura 7C e D) podem ser fechadas por primeira intenção adiada (terceira intenção), ou por segunda intenção. O fechamento primário (Figura 8A) é utilizado para feridas cirúrgicas ou outras incisões ou lacerações que têm bordos limpos e regulares, e com perda mínima de tecido subcutâneo. O fechamento primário adiado utiliza suturas ou grampos mais tarde, freqüentemente após irrigação ou drenagem de um abscesso ou LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos osteomielite (Figura 8 C). Este tipo de fechamento é utilizado quando existe a presença de contaminação, perda de tecido ou risco de infecção. A segunda intenção (Figura 8B) é utilizada para feridas com perda de tecido, bordos irregulares, necrose tissular, contaminação microbiana elevada ou presença de outros tecidos desvitalizados. ESTÁGIOS DO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO Existem autores que consideram três estágios no processo de cicatrização: inicialmente um estágio inflamatório, seguido por um de proliferação e finalizando com o reparo em um estágio de remodelação. Outros autores classificam de uma forma mais completa dividindo o processo em cinco fases principais: Coagulação; Inflamação; Proliferação; Contração da ferida; Remodelação. Em um determinado período de tempo as fases coincidem e acontecem simultaneamente, permitindo assim o sucesso da cicatrização. Coagulação O início é imediato após o surgimento da ferida. Essa fase depende da atividade plaquetária e da cascata de coagulação. Ocorre uma complexa liberação de produtos. Substâncias vasoativas, proteínas adesivas, fatores de crescimento e proteases são liberadas e ditam o desencadeamento de outras fases. A formação do coágulo serve não apenas para coaptar as bordas das feridas, mas também para cruzar a fibronectina, oferecendo uma matriz provisória, em que os fibroblastos, células endoteliais e queratinócitos possam ingressar na ferida. Com a lesão tissular, as plaquetas são ativadas pelo colágeno e pela trombina. Segue-se uma resposta positiva de secreção e agregação, amplificando a resposta plaquetária, ocorre a liberação do fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF), substância que tem um papel importante na LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos cicatrização e frequentemente é encontrado em pequenas quantidades no diabetes melito mal controlado. A série de reações químicas que leva à produção de fibrina é estimulada pelo fator de Hageman, que é ativado tanto pela exposição ao colágeno como pela liberação de fator tissular pelas células lesadas. Além disso, o complemento e outras proteínas ativadas pelo fator de Hageman intensificam a resposta inflamatória à lesão. Inflamação Intimamente ligada à fase anterior, a inflamação depende, além de inúmeros mediadores químicos, das células inflamatórias, como os leucócitos polimorfonucleares (PMN), macrófagos e linfócitos. Os PMN chegam no momento da injúria tissular e ficam por período que varia de três a cinco dias; são eles os responsáveis pela fagocitose das bactérias. O macrófago é a célula inflamatória mais importante dessa fase. Permanece do terceiro ao décimo dia. Fagocita bactérias, desbrida corpos estranhos e direciona o desenvolvimento de tecido de granulação. O uso de laser de baixa energia em pele de ratos favorece a cicatrização. Alta atividade fagocitária dos macrófagos é observada após trauma. Os linfócitos aparecem na ferida em aproximadamente uma semana. Seu papel não é bem definido, porém sabe-se que, com suas linfocinas, tem importante influência sobre os macrófagos. Além das células inflamatórias e dos mediadores químicos, a fase inflamatória conta com o importante papel da fibronectina. Sintetizada por uma variedade de células como fibroblastos, queratinócitos e célulasendoteliais, ela adere, simultaneamente à fibrina, ao colágeno e a outros tipos de células, funcionando assim como cola para consolidar o coágulo de fibrina, as células e os componentes de matriz. Além de formar essa base para a matriz extracelular, tem propriedades quimiotáticas e promove a organização e fagocitose de corpos estranhos e bactérias. Proliferação Dividida em três subfases, a proliferação é responsável pelo "fechamento" da lesão propriamente dita. A primeira das fases da proliferação LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos é a reepitelização. Faz-se a migração de queratinócitos não danificados das bordas da ferida e dos anexos epiteliais, quando a ferida é de espessura parcial, e apenas das margens nas de espessura total. Fatores de crescimento são os prováveis responsáveis pelos aumentos das mitoses e hiperplasia do epitélio. Acontecem estudos em várias partes do mundo. Utilização de colágeno e citoquinas são promessas para uma cicatrização mais rápida e eficaz. Sabe-se que o plano de movimento dos queratinócitos migrantes é determinado também pelo conteúdo de água no leito da ferida. Feridas superficiais abertas e ressecadas reepitelizam mais lentamente do que as ocluídas. A segunda fase da proliferação inclui a fibroplasia e formação da matriz, que é extremamente importante na formação do tecido de granulação (coleção de elementos celulares, incluindo fibroblastos, células inflamatórias e componentes neovasculares e da matriz, como a fibronectina, as glicosaminoglicanas e o colágeno). A formação do tecido de granulação depende do fibroblasto, célula crítica na formação da matriz. Longe de ser apenas produtor de colágeno, o fibroblasto produz elastina, fibronectina, glicosaminoglicana e proteases, estas responsáveis pelo desbridamento e remodelamento fisiológico. A última fase da proliferação é a angiogênese, essencial para o suprimento de oxigênio e nutrientes para a cicatrização. Inicialmente as células endoteliais migram para a área ferida, a seguir ocorre proliferação das células endoteliais, acesso para as células responsáveis pelas próximas fases. Contração da Ferida É o movimento centrípeto das bordas da ferida (espessura total). As feridas de espessura parcial não contam com essa fase. Uma ferida de espessura total tem contração mesmo quando há enxertos, que diminuem em 20% o tamanho da ferida. Em cicatrizes por segunda intenção a contração pode reduzir 62% da área de superfície do defeito cutâneo. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos Remodelação Essa é a última das fases; ocorre no colágeno e na matriz; dura meses e é responsável pelo aumento da força de tensão e pela diminuição do tamanho da cicatriz e do eritema. Reformulações dos colágenos, melhoria nos componentes das fibras colágenas, reabsorção de água são eventos que permitem uma conexão que aumenta a força da cicatriz e diminui sua espessura. A neovasculatura diminui, e tardiamente a cicatriz é considerada avascular. Uma cicatrização normal tem aproximadamente 80% da força de tensão da pele normal, não é volumosa e é plana. Muitas variáveis tanto de ordem geral como de ordem local influenciam esse longo e complexo processo. É fundamental uma completa e minuciosa anamnese, para avaliação de todos os fatores que podem interferir na cicatrização. TIPOS DE CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS Existem três formas pelas quais uma ferida pode cicatrizar, que dependem da quantidade de tecido lesado ou danificado e da presença ou não de infecção: primeira intenção, segunda intenção e terceira intenção (fechamento primário retardado). ⇒ Primeira intenção: é o tipo de cicatrização que ocorre quando as bordas são apostas ou aproximadas, havendo perda mínima de tecido, ausência de infecção e mínimo edema. A formação de tecido de granulação não é visível. Exemplo: ferimento suturado cirurgicamente (Figura). ⇒ Segunda intenção: neste tipo de cicatrização ocorre perda excessiva de tecido com a presença ou não de infecção. A aproximação primária das bordas não é possível. As feridas são deixadas abertas e se fecharão por meio de contração e epitelização. ⇒ Terceira intenção: designa a aproximação das margens da ferida (pele e subcutâneo) após o tratamento aberto inicial. Isto ocorre principalmente quando há presença de infecção na ferida, que deve ser tratada primeiramente, para então ser suturada posteriormente. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO Vários fatores locais e gerais podem interferir em maior ou menor grau no processo de cicatrização. Fatores Locais ⇒ Vascularização das bordas da ferida: A boa irrigação das bordas da ferida é essencial para a cicatrização, pois permite aporte adequado de nutrientes e oxigênio. Entretanto, a boa vascularização depende das condições gerais e co- morbidades do paciente, bem como do tratamento dado a esta ferida. ⇒ Grau de contaminação da ferida: uma incisão cirúrgica realizada com boa técnica e em condições de assepsia tem melhor condição de cicatrização do que um ferimento traumático ocorrido fora do ambiente hospitalar. O cuidado mais elementar e eficiente é a limpeza mecânica, remoção de corpos estranhos, detritos e tecidos desvitalizados. ⇒ Tratamento das feridas: assepsia e antissepsia, técnica cirúrgica correta (diérese, hemostasia e síntese), escolha de fio cirúrgico (que cause mínima reação tecidual), cuidados pós-operatórios adequados (curativos e retirada dos pontos), são alguns dos aspectos importantes a serem observados em relação ao tratamento das feridas. Fatores Gerais Os fatores gerais estão relacionados às condições clínicas do paciente, e estas podem alterar a capacidade do paciente de cicatrizar com eficiência. ⇒ Infecção: é provavelmente a causa mais comum de atraso na cicatrização. Se a contagem bacteriana na ferida exceder 105 microorganismos/g de tecido ou se qualquer estreptococo B-hemolítico estiver presente, a ferida não cicatriza por qualquer meio, como suturas LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos primárias, enxertos ou retalhos. ⇒ Idade: quanto mais idoso o paciente menos flexíveis são os tecidos. Há uma diminuição progressiva de colágeno. ⇒ Hiperatividade do paciente: a hiperatividade dificulta a aproximação das bordas da ferida. O repouso favorece a cicatrizção. ⇒ Oxigenação e perfusão dos tecidos: doenças que alteram o fluxo sangüíneo normal podem afetar a distribuição dos nutrientes das células, assim como a dos componentes do sistema imune do corpo. Essas condições afetam a capacidade do organismo de transportar células de defesa e antibióticos, o que dificulta o processo de cicatrização. O fumo reduz a hemoglobina funcional e leva à disfunção pulmonar, o que reduz o aporte de oxigênio para as células e dificulta a cura da ferida. ⇒ Nutrição: uma deficiência nutricional pode dificultar a cicatrização, pois deprime o sistema imune e diminui a qualidade e a síntese de tecido de reparação. As carências de proteínas e de vitamina C são as mais importantes, pois afetam diretamente a síntese de colágeno. A vitamina A contrabalança os efeitos dos corticóides que inibem a contração da ferida e a proliferação de fibroblastos. A vitamina B aumenta o número de fibroblastos. A vitamina D facilita a absorção de cálcio e a E é um co-fator na síntese do colágeno, melhora a resistência da cicatriz e destrói radicais livres. O zinco é um co-fator de mais de 200 metaloenzimasenvolvidas no crescimento celular e na síntese protéica, sendo, portanto, indispensável para a reparação dos tecidos. ⇒ Diabetes: a diabetes melito prejudica a cicatrização de ferida em todos os estágios do processo. O paciente diabético com neuropatia associada e aterosclerose é propenso à isquemia tecidual, ao traumatismo repetitivo e à infecção. ⇒ Medicamentos: Os corticosteróides, os quimioterápicos e os radioterápicos podem reduzir a cicatrização de feridas, pois interferem na resposta imunológica normal à lesão. Eles interferem na síntese protéica ou divisão celular agindo diretamente na produção de colágeno. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos ⇒ Estado imunológico: nas doenças imunossupressoras, a fase inflamatória está comprometida pela redução de leucócitos, com conseqüente retardo da fagocitose e da lise de restos celulares. Pela ausência de monócitos a formação de fibroblastos é deficitária. Além destes fatores acima mencionados, longos períodos de internação hospitalar e tempo cirúrgico elevado são também aspectos complicadores importantes para o processo de cicatrização. COLÁGENO O principal componente da derme é o colágeno, uma família de proteínas fibrosas que compreendem pelo menos 15 tipos geneticamente distintos na pele humana. O colágeno é a principal proteína estrutural de todo o corpo; ele é encontrado nos tendões, ligamentos e revestimento dos ossos, bem como na derme, e representa 70% do peso seco da pele. Corresponde ao principal material de resistência contra o estresse da pele. O colágeno tipo I é o mais freqüente, é sintetizado pelos fibroblastos, e é mais predominante em ossos e tendões. O tipo III é mais comumente encontrado em tecidos moles, como vasos sangüíneos, derme e fáscia. A derme sã contém aproximadamente 80% de colágeno tipo I e 20 % de colágeno tipo III. Já o tecido de granulação expressa 30 a 40 % de colágeno do tipo III, sendo considerado colágeno imaturo. A síntese de colágeno começa horas após o ferimento, mas ela não se torna significativa até aproximadamente uma semana após a lesão. A ativação dos fibroblastos para sintetizar o colágeno é derivada de fatores de crescimento e das próprias condições metabólicas da ferida. Além do colágeno, os fibroblastos produzem e secretam glicosaminoglicanos. Normalmente, glicosaminoglicanos se unem às proteínas para formarem os proteoglicanos, considerados um dos componentes principais do tecido de granulação, tendo uma função de apoio para a formação de fibrilas de colágeno A degradação do colágeno se inicia precocemente e é muito ativa durante o processo inflamatório. A sua digestão ocorre em ambiente extracelular e é mediada por colagenases específicas. São conhecidos LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos quatro tipos de colagenases: as séricas (elastase, catepsina C e proteinase neutra) e as metaloproteinases. A atividade das colagenases é controlada por citocinas liberadas principalmente por células inflamatórias, endoteliais, fibroblastos e queratinócitos. A formação da matriz extracelular é, pois, resultante de um balanço entre a deposição (síntese) e degradação de colágeno. A maturação do colágeno, iniciando na primeira semana após a lesão, continuando por 12 a 18 meses. Durante este período, a matriz de colágeno continuamente sofre reabsorção e deposição no processo de remodelação. A matriz inicial de colágeno difere em conteúdo e organização daquela do tecido normal, não lesado. Após uma semana de evolução, a resistência da ferida atinge apenas 3% daquela do tecido normal. As colagenases e proteinases degradam as fibrilas de colágeno jovem e novo colágeno continua sendo depositado pelos fibroblastos. Esse novo colágeno tem fibras mais espessas, resistentes e mais organizadas, quando a lisil-oxidase promove a ligação cruzada entre as fibras de colágeno. No processo de maturação de fibrilas de colágeno solúveis se transformam em colágeno insolúvel, altamente resistente. São as ligações químicas covalentes cruzadas as responsáveis diretas pela maturação. HISTÓRIA DO TRATAMENTO DE FERIDAS As tentativas humanas de intervir no processo de cicatrização das feridas, acidentais ou provocadas intencionalmente como parte da realização de procedimentos, remontam à Antigüidade, demonstrando que desde então já se reconhecia a importância de protegê-las de forma a evitar que se complicassem e repercutissem em danos locais ou gerais para o paciente. Embora tenham sido verificados grandes avanços na compreensão dos processos e fenômenos envolvidos nas diversas fases da reparação tissular e simultaneamente muito se tenha investido em pesquisa e desenvolvimento de recursos e tecnologias com o objetivo de favorecer esses processos, a incidência e prevalência de úlceras crônicas é ainda extremamente alta , repercutindo em elevados custos financeiros e profundas conseqüências LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos sociais sobre os portadores, os quais com freqüência desenvolvem seqüelas que podem levar à perda de membros e de suas funções, com conseqüente afastamento do trabalho e de suas atividades normais. Acredite que muito há que se pesquisar nesse campo não só para aperfeiçoar tais recursos, como para torná-los acessíveis a maior número de pessoas, mediante o desenvolvimento de tecnologias mais simples e baratas, igualmente eficientes, que se aproveitem de matérias-primas encontradas nessas regiões menos desenvolvidas, pois um dos desafios para o profissional é o elevado custo de tais recursos, em sua maioria importados e cuja tecnologia é patenteada por empresas multinacionais. Os registros mais antigos falam sobre manuscritos egípcios que datam de 3000-2500 a.C, e neles são mencionados curativos à base de mel, graxa, fios de linho e diversos tipos de excrementos, que faziam parte dos princípios da farmacopéia egípcia. Hipócrates, que lançou as bases da medicina científica, recomendava que as feridas fossem mantidas limpas e secas, e preconizava sua limpeza com água morna, vinho e vinagre. Foi ele também quem criou os conceitos de cicatrização por primeira ou segunda intenção. A partir do século XIX, Florence Nightingale (1820 -1910) precursora da enfermagem, que atuou na Guerra da Criméia, evento este que criou uma imensa demanda de curativos. Desde que a relação entre bactérias e a infecção ficou conhecida, iniciou-se tentativas no sentido de combatê-las quimicamente. foram criados vários tipos de curativos, à base de fibras de linho, que, sendo reutilizadas várias vezes, se tornavam gradativamente mais macias, mas eram pouco absorventes. Por volta de 1860, Gamgee descobre o processo de remoção do óleo da lã de algodão, tornando-o absorvível, e cria o chumaço de algodão envolto em gaze, ainda hoje utilizado. Entre o final de 1840 e a Segunda Guerra Mundial, o foco para o tratamento de feridas e cicatrização foi a utilização de anti-sépticos LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos e agentes tópicos com ação antimicrobiana e a proteção com coberturas secas, como conseqüência às descobertas de Pasteur sobre a "Teoria dos Germes". Nessa fase dá-se o período áureo de utilização de anti-sépticos como o líquido de Dakin, Eusol, derivados de iodo, mercúrio e alumínio. Até o final da Segunda Guerra Mundial os recursos utilizados para a proteção das lesões baseavam-se na crença de que o ambiente seco proporcionava melhores condições de cicatrização, sendo largamente desenvolvidos e utilizadosagentes tópicos que provocavam o dessecamento do leito da ferida, e as coberturas consistiam basicamente de gaze seca, fixada com espessa camada de fitas adesivas. Em 1945, Bloom relata pela primeira vez a utilização de um filme transparente, permeável ao vapor, em 55 pacientes com queimaduras, e descreve seu efeito benéfico no processo de cicatrização. Posteriormente, em 1950, Schilling apresenta novos estudos com a utilização desse tipo de filme, envolto em moldura adesiva de polivinil, que veio trazer as bases para o desenvolvimento dos futuros recursos. Embora já se aceitasse o pressuposto de que a criação de um ambiente úmido na ferida trazia efeitos extremamente benéficos para o processo cicatricial, bem como reduzia a dor, devido à proteção das terminações nervosas contra o dessecamento, até início da década de 1960 esses recursos ainda não estavam sendo desenvolvidos pela indústria. Só a partir de 1962, quando Winter e Roove demonstraram que a taxa de epitelização era 50% mais rápida em um ambiente úmido e que a formação de crostas era minimizada, houve grande interesse pelo desenvolvimento de pesquisas, produção e comercialização desse tipo de recurso, ocorrendo uma verdadeira "revolução no conceito de curativos" Nos Estados Unidos e Europa, registra-se uma avalancha de novos recursos a partir de 1970, gerando entre os profissionais grande confusão quanto a sua adequada indicação e utilização; em contrapartida, não se tinham evidências sobre os reais benefícios de cada um desses recursos, nem estudos controlados sobre custo/benefício de cada um deles. Com essa preocupação, diversos órgãos e agências passaram a coordenar estudos que pudessem estabelecer critérios para a avaliação adequada das feridas e, concomitantemente, indicar LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos parâmetros que direcionassem a adequada seleção desses recursos, de acordo com tais critérios, como refere Goldsmith. Esses critérios, parâmetros e escalas de avaliação têm sido exaustivamente estudados, e, embora ainda exista muita controvérsia entre os diversos grupos, de forma geral todos eles buscam reunir as melhores evidências sobre as diversas tecnologias, os materiais, recursos e procedimentos, disponibilizando e divulgando o máximo de informações e referências, cujo acesso pode ser facilmente obtido pelos sites dessas agências na internet (www.npuap.org e www.ahcpr.org). Em 1982 as coberturas à base de hidrocolóides são lançadas nos Estados Unidos e Europa, passando a ser largamente utilizadas em feridas de espessura parcial. Tais coberturas só foram disponibilizadas no mercado brasileiro a partir da década de 1990, e seu custo elevado foi uma barreira inicial para sua difusão. Também no início dos anos 90 são lançados os hidropolímeros, que, além de manter o meio úmido, agregavam a propriedade de promover a evaporação do exsudato, favorecendo a granulação e diminuindo a maceração de tecidos neoformados. No Brasil, só a partir da década de 1990, com a chegada dos primeiros curativos chamados "modernos", é que o assunto passou a ser alvo de estudos e pesquisas, em especial nas universidades. Grande parte das publicações sobre recursos, tecnologias e procedimentos para o tratamento de feridas é fragmentada, consistindo em relatos isolados sobre um ou outro tipo de agente tópico ou cobertura em alguns tipos de ferida, mas tais estudos são freqüentemente descontinuados, e os resultados não trazem evidências precisas quanto a custo/benefício de cada um deles. O impacto social e econômico da cronificação de feridas e suas conseqüências, devido à infecção local ou sistêmica, tem sido alvo de grande preocupação por parte dos profissionais, fazendo com que, na década de 1990 a utilização de anti- sépticos e dos mais variados tipos de agentes antimicrobianos se tornasse uma panacéia com repercussões extremamente danosas. Com o estabelecimento de estudos controlados do efeito desses diversos agentes sobre os tecidos, pôde-se constatar que a maioria provocava mais danos do que benefícios, e sua utilização tem-se tornado cada vez mais restrita. LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos Ao analisar a situação atual em termos de tratamento de feridas crônicas nos Estados Unidos, especialmente devido à grande preocupação das autoridades e seguradoras norte-americanas com relação aos elevados e crescentes custos desses pacientes, chama atenção dos profissionais para vários mitos e crenças que, de forma sutil, se incorporam ao cotidiano e, sem que se perceba, passam a ser vistos como verdades. Entre eles, alguns devem ser destacados, pois comumente são utilizados como argumentos para manutenção de condutas inadequadas por parte dos profissionais. O sucesso no tratamento de feridas depende mais da competência e do conhecimento dos profissionais envolvidos, de sua capacidade de avaliar e selecionar adequadamente técnicas e recursos, do que da disponibilidade de recursos e tecnologias sofisticadas. Para uma intervenção efetiva no processo cicatricial, com o objetivo de favorecê-lo, isso implica a necessidade de estabelecer metas realistas, que considerem os diversos fatores, como o diagnóstico preciso do tipo de lesão e seu estágio cicatricial, e critérios clínicos e técnicos CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS As feridas podem ser classificadas de várias maneiras: pelo tipo do agente causal, de acordo com o grau de contaminação, pelo tempo de traumatismo, pela profundidade das lesões, sendo que as duas primeiras são as mais utilizadas. Quanto ao agente causal: - Incisas ou cortantes - são provocadas por agentes cortantes, como faca, bisturi, lâminas, etc.; suas características são o predomínio do comprimento sobre a profundidade, bordas regulares e nítidas, geralmente retilíneas. Na "Curativos especiais, industrializados são melhores do que curativos simples." "O cuidado de feridas é um procedimento estéril." "O cliente/paciente ou familiar não precisa de orientação." LASERTERAPIA AVANÇADA + TECNOLOGIAS EM COBERTURAS Site: www.hammescursos.com.br Instagram: @hammescursos ferida incisa o corte geralmente possui profundidade igual de um extremo a outro da lesão, sendo que na ferida cortante, a parte mediana é mais profunda. - Corto-contusa - o agente não tem corte tão acentuado, sendo que a força do traumatismo é que causa a penetração do instrumento, tendo como exemplo o machado. - Perfurante são ocasionadas por agentes longos e pontiagudos como prego, alfinete. Pode ser transfixante quando atravessa um órgão, estando sua gravidade na importância deste órgão. - Pérfuro-contusas - são as ocasionadas por arma de fogo, podendo existir dois orifícios, o de entrada e o de saída. - Lácero-contusas - Os mecanismos mais freqüentes são a compressão: a pele é esmagada de encontro ao plano subjacente, ou por tração: por rasgo ou arrancamento tecidual. As bordas são irregulares, com mais de um ângulo; constituem exemplo clássico as mordidas de cão. Quanto grau de contaminação Os ferimentos cirúrgicos são classificados pelo grau de contaminação para ajudar a prever a probabilidade de desenvolvimento de uma infecção. Uma infecção bacteriana é definida como a presença de 10ª elevada a quinta potência de bactérias por grama de tecido. O esquema de classificação foi desenvolvido pelo National Research Council, para permitir uma base de comparação entre tipos de ferimentos e entre instituições. Embora esse esquema seja útil, ocorre certa sobreposição e inconsistência entre os grupos e dentro deles. A taxa de infecção global para todos os tipos de ferimentos cirúrgicos é de aproximadamente
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