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Eletrotermofototerapia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Aline Caniçais Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin Correntes Despolarizadas • Introdução; • Forma de Classificação das Correntes Despolarizadas; • Indicações. • Proporcionar aos profi ssionais de estética conhecimento mais amplo dos conceitos, aplicabilidades, parametrização e técnicas de aplicação desse tipo de corrente em- pregada na estética, assim como a trabalhar de forma correta e segura com essa terapia e com os equipamentos mais utilizados nos tratamentos. OBJETIVO DE APRENDIZADO Correntes Despolarizadas Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Correntes Despolarizadas Introdução As correntes elétricas aplicadas à área da Saúde são um dos recursos físicos de uma área denominada Eletroterapia. Existe grande diversidade de correntes que podem ser utilizadas, que diferem tecnicamente (classificação, forma de onda e frequência, entre outras) e, com isso, terapeuticamente (indicações, aplicações, contraindicações etc.). Entretanto, todas têm um único objetivo: interagir com os tecidos biológicos e indu- zir reações e modificações em diferentes níveis e objetivos terapêuticos bem definidos. Podem ser utilizadas na área médica, cirúrgica, terapêutica e estética, entre outras. As correntes elétricas possuem grande aplicabilidade na estética, seja nos trata- mentos faciais, seja nos corporais. Praticamente, todas as patologias estéticas podem ter correntes elétricas entre as formas de tratamento, com excelentes resultados. Existem correntes que interagem com o tecido promovendo reparação, analgesia e restabelecimento local, por exemplo, num pós-operatório de cirurgia plástica; cor- rentes para estimulação muscular, que promovem fortalecimento e tonificação em pacientes sedentários e ativos, associados, inclusive, ao exercício ativo; correntes que estimulam a drenagem linfática, seja por bombeamento muscular, seja por estimu- lação da contração do músculo liso da parede dos linfangions, reduzindo edemas e linfedemas; correntes que realizam lipólise por estímulo da cascata lipolítica (ativação do sistema nervoso autônomo simpático) e correntes que promovem a permeação de ativos, entre outras práticas clínicas e indicações. Nesta Unidade, abordaremos as Correntes Despolarizadas de baixa e média frequência para uso nos tratamentos estéticos. Forma de Classificação das Correntes Despolarizadas As correntes elétricas terapêuticas são classificadas de acordo com sua fre- quência, sendo que frequência é a quantidade de pulsos de corrente que temos numa determinada unidade de tempo, no caso, o segundo. A unidade que utili- zamos é “Hz” (hertz). Importante! Vamos entender melhor: se temos 10 pulsos por segundo, chamamos de 10Hz; se te- mos 500 pulsos, 500Hz; então, se temos 1000 pulsos, chamamos de 1000Hz ou 1KHz (quilohertz), e assim por diante. Se temos 1 milhão de pulsos por segundo teremos, então, 1MHz (mega-hertz). Importante! 8 9 Dentre as correntes despolarizadas, as de “baixa frequência” são aquelas que possuem menos que 1000Hz; e as de “média frequência” possuem entre 1000Hz e 10.000Hz. Correntes despolarizadas: são aquelas onde há a inversão automática da polaridade em intervalos regulares de tempo e, por isso, não apresenta “efeitos polares” no tecido. E são classifi cadas em baixa e média frequência. Ex pl or Entre as correntes de baixa frequência, temos as mais conhecidas, que são: TENS (Neuroestimulação Elétrica Transcutânea) e FES (Estimulação Elétrica Funcional), utilizadas na reabilitação (fisioterapia). Entre as correntes de média frequência mais utilizadas na estética, temos: correntes de 1000Hz, 2500Hz (Russa) e 4000Hz. A frequência da corrente está diretamente relacionada à profundidade de ação do estímulo e também do efeito terapêutico desejado. Indicações Muito comumente, as correntes despolarizadas são utilizadas com intuito excito- motor, ou seja, para gerar contração muscular; porém, ao alterar os parâmetros e a técnica de aplicação, damos outras aplicabilidades a essas correntes, como analgesia (melhora da dor), eletrolipólise (redução de medidas) e drenagem eletrônica (estímulo de drenagem linfática e vascular). Fortalecimento e tonifi cação muscular A flacidez muscular é uma das alterações estéticas e até mesmo funcionais mais importantes que interferem diretamente na harmonia e no contorno corpo- ral; afinal, quem dá forma ao corpo, é o músculo. Geralmente, devido ao sedentarismo e ao envelhecimento, essa alteração é, muitas vezes, esquecida durante o atendimento estético e, portanto, não tratada, o que interfere diretamente no contorno corporal. Você sabe identificar se o paciente em flacidez muscular corporal? Na região de culo- te, por exemplo, podemos ter uma série de alterações, entre elas, a gordura localizada e a flacidez muscular. Como identificar se o paciente tem uma ou outra alteração, ou até mesmo as duas? Basta solicitar contração muscular glútea. Se ao contrair o culote “sumir”, trata-se de flacidez muscular; se na contração, o culote “continuar”, é somen- te gordura localizada. Mas, se ao contrair, “sumir um pouco, mas permanecer alguma quantidade” é uma alteração mista! Ex pl or 9 UNIDADE Correntes Despolarizadas Para garantir efetividade na melhora do contorno corporal por meio do ajus- te muscular, é necessário trabalhar numa tríade composta por: exercícios ativos (paciente realiza a contração), estimulação elétrica por meio de correntes exci- tomotoras (despolarizadas) e ingestão proteica (uma boa alimentação composta por proteínas). Na estética, costumamos associar a eletroestimulação aos exercícios (paciente realiza contração ativa junto com a corrente) nos grupos musculares em que a flacidez foi identificada na avaliação. Os grupos musculares que costumam ser “alvo de tratamento” no atendimento estético corporal são: • Abdominais: principalmente reto abdominal, responsável pela flexão do tronco; • Glúteos e posterior de coxa: realizam extensão de quadril; • Adutores: realizam adução da coxa; • Tríceps braquial: realizam extensão de ombro e cotovelo. Exemplos: Figura 1Fonte: Divulgação O recrutamento muscular gerado por contração voluntária ocorre de forma assíncrona, na qual primeiro são ativadas as fibras menores e depois as maiores. Já o recrutamento promovido por corrente excitomotora ocorre de forma sín- crona e mais abruptamente, na qual fibras rápidas são ativadas primeiro. Por isso é tão interessante a associação de contração pela corrente e contração voluntária. 10 11 Em relação à corrente despolarizada nessa prática, temos o FES (baixa frequência), que gera menor penetração no tecido, recruta poucas fibras e, por isso, é geralmente utilizada em pacientes com alterações neuromusculares durante um processo de re- abilitação, como em pacientes com AVC, entre outros. Na estética, utilizamos mais correntes de média frequência, como as de 1.000Hz e 2.500Hz, que apresentam maior penetração alcançando níveis musculares mais profundos e que podem ativar 30-40% mais unidades motoras, além de ser muito mais confortáveis para o paciente. Parâmetros ajustáveis no Equipamento O tratamento deve sempre ser delineado para cada paciente, de forma indivi- dual e personalizada, de acordo com o que foi verificado na avaliação e, claro, em caso de necessidade, ajustando o protocolo para se alcançar o objetivo final. Mas, de modo geral, as correntes excitomotoras são facilmente programadas, tendo os parâmetros baseados em: 1. Escolha da frequência portadora: para fortalecimento muscular, geralmente, corrente de 1000Hz ou 2500Hz; 2. Frequência de recorte: deve ser ajustada de acordo com o tipo de fi bra muscular que se deseja trabalhar. Ajustamos de 20 a 30Hz para fi bras ver- melhas (de contração lenta, resistentes a fadiga); de 50 a 70 para interme- diárias e 80 a 100Hz para fi bras brancas (de contração rápida, explosão, que fadigam rapidamente); 3. Modo de estimulação: se todos os canais atuarão de forma simultânea para trabalhar no mesmo grupo muscular (modo: sincronizado) ou se a eletroestimulação ocorrerá em um grupo de canais alternados para dife- rentes grupos musculares (modo: recíproco); 4. Rampa de contração: permite ajustes do tempo de contração e tempo de repouso entre as contrações. De acordo com a condição física prévia do paciente, por exemplo, em indivíduos ativos o tempo de contração pode ser maior; já em pacientes sedentários, o tempo de contração deve ser menor e o tempo de repouso maior; 5. Tempo total do tratamento: em torno de 15-30 minutos por sessão. Também varia de acordo com a condição física do paciente e se serão realizados exercícios ativos junto com a eletroestimulação; assim como na atividade física convencional, intervalos entre as sessões para a recu- peração muscular devem ser estabelecidos; 6. Intensidade da corrente: sempre buscando o limiar motor, ou seja, até gerar a contração muscular de maneira que não gere dor. De maneira geral, as correntes terapêuticas são muito bem toleradas pelos pacientes. Existem aqueles com aversão ao uso de estimulação elétrica; para esses, por questão pessoal, o tratamento acaba sendo descontinuado. Ainda assim, cabe ao profi ssional que vai aplicar o recurso explicar ao paciente qual será a sensa- ção do estímulo e iniciar gradativamente o tratamento, para que o paciente se familiarize com ele. 11 UNIDADE Correntes Despolarizadas Técnica de aplicação Quanto à técnica de aplicação, devem ser utilizados eletrodos de condutivos de silicone-carbono (necessário o uso de gel neutro) ou então eletrodos autoadesivos, que são posicionados no ventre muscular ou no ponto motor para fortalecimento. A maioria dos equipamentos para eletroestimulação possui protocolos pré-pro- gramados, que já contém os parâmetros pré-ajustados de acordo com o objetivo terapêutico. Vale muito ressaltar que, nos tratamentos para fortalecimento/tonifi- cação muscular, a associação com o exercício (paciente realiza exercício ao mesmo tempo em que o músculo é eletroestimulado) é extremamente importante, pois potencializa os resultados e gera ganho em curto prazo de tempo. Exemplo de eletroestimulação corporal. Acesse: https://youtu.be/_3FgpDGtsWU. Ex pl or Analgesia Por definição, a dor física é um sinal que o sistema nervoso utiliza para mostrar um dano tecidual real ou potencial. Trata-se de um fenômeno subjetivo, variável de pessoa para pessoa. No atendimento estético, não tratamos de dores relacionadas a traumas ou sem diagnóstico. O momento em que utilizamos recursos para melhora da dor (analgesia) na estética é durante um processo de recuperação de uma cirurgia plástica, por exemplo. A corrente elétrica terapêutica exerce efeito muito significativo no controle da dor e do desconforto no pós-operatório. Mas, como a corrente despolarizada age para esse objetivo terapêutico? Vamos entender! Estímulos elétricos, assim como estímulos mecânicos, chegam até o Sistema Nervoso Central por vias de grande calibre e rápida condução. Já a via da dor se dá por fibras de pequeno calibre e lenta condução. Assim, por exemplo, é por isso que quando batemos a perna em algum lugar, imediatamente e sem perceber, nossa reação é “colocar a mão e esfregar a região”; e isso nos alivia. Isso porque o estímulo mecânico chega mais rápido do que o estímulo da dor ao Sistema Nervoso Central; por isso temos a redução temporária da dor. Dessa forma, os estímulos elétricos da corrente despolarizada chegam primeiro ao corno posterior da medula e despolarizam a substância gelatinosa, impedindo que os estímulos da dor passem para o tálamo. “Teoria das Comportas” é o nome dado para explicar a neurofisiologia da analgesia, pois “as comportas” da dor são fechadas durante a estimulação elétrica. 12 13 Parâmetros ajustáveis O tratamento deve sempre ser delineado para cada paciente, de forma indivi- dual e personalizada, de acordo com o que foi verificado na avaliação e, claro, em caso de necessidade, ajustando o protocolo para se alcançar o objetivo final. Mas, de modo geral, as correntes excitomotoras são facilmente programadas, tendo os parâmetros baseados em: 1. Escolha da frequência portadora: para analgesia, geralmente, corrente de 4000Hz; 2. Frequência de recorte: varia em função do tipo de analgesia. Analgesia para dor aguda em torno de 100-200Hz; para dor crônica por volta de 10-30Hz; 3. Modo de estimulação: todos os canais devem atuar de forma simultânea, ou seja, o modo escolhido é o contínuo; 4. Rampa de contração: como o modo escolhido é o contínuo, não há interrupção da corrente durante todo tempo de tratamento. Por isso, esse parâmetro é inexistente para analgesia; 5. Tempo total do tratamento: em torno de 40 minutos por sessão; 6. Intensidade da corrente: de acordo com o nível suportabilidade do paciente. Sempre buscando o limiar sensitivo. De maneira geral, as correntes terapêu- ticas são muito bem toleradas pelos pacientes. Existem aqueles com aversão ao uso de estimulação elétrica. Para esses, por questão pessoal, o tratamento acaba sendo descontinuado. Ainda assim, cabe ao profi ssional que vai aplicar o recurso explicar ao paciente qual será a sensação do estímulo e iniciar gra- dativamente o tratamento, para que o paciente se familiarize com ele. Técnica de aplicação Quanto à técnica de aplicação, devem ser utilizados eletrodos de condutivos de si- licone-carbono (necessário o uso de gel neutro) ou então eletrodos autoadesivos; que são posicionados sobre região álgica, mantendo a região de dor entre os eletrodos. A maioria dos equipamentos já contém os parâmetros pré-ajustados de acordo com o objetivo terapêutico. Isso facilita muito a vida do profissional. Exemplo de uma região álgica sendo tratada – Reabilitação: Figura 2 Fonte: Divulgação 13 UNIDADE Correntes Despolarizadas Eletrolipólise Entre as alterações estéticas corporais para as quais os pacientes mais buscam tratamento, está a gordura localizada. São inúmeros os recursos indicados e utiliza- dos para o tratamento e o que geralmente garante resultado é a associaçãodessas tecnologias e técnicas. Existem recursos que estimulam a lipólise (esvaziamento da célula de gordura) e outros que estimulam a apoptose (morte celular do adipócito – célula de gordura). Quando se utiliza uma corrente específica, com modulação em baixa frequência, produz-se uma estimulação artificial do Sistema Nervoso Autônomo Simpático, culminando com a cascata lipolítica. Resumidamente, ao estimular o Sistema Nervoso Simpático, há liberação de catecolaminas (hormônios estimulantes como a adrenalina e noradrenalina) pela glândula suprarenal. Esses hormônios se ligam aos receptores beta-adrenérgicos que estão na mem- brana do adipócito, num Sistema que chamamos de chave-fechadura. A partir daí, disparamos a cascata lipolítica no interior do adipócito, culminando com a ativação da enzima Lipase Hormônio Sensível, que realiza a hidrólise (quebra) do triglicerídeo (gota lipídica no interior do adipócito) em ácido graxo livre e glicerol. Como possuem um menor peso molecular, extravasam da célula (esvaziamento do adipócito) e caem na corrente sanguínea para serem utilizados sob a forma de energia. Imagem disponível em: https://goo.gl/Dc7mX7. Ex pl or Parâmetros ajustáveis O tratamento deve sempre ser delineado para cada paciente, de forma indivi- dual e personalizada, de acordo com o que foi verificado na avaliação e, claro, em caso de necessidade, ajustando o protocolo para se alcançar o objetivo final. Mas, de modo geral, as correntes excitomotoras são facilmente programadas, tendo os parâmetros baseados em: 1. Escolha da frequência de recorte: em torno de 5 a 50 Hz; 2. Largura de pulso (se o equipamento permitir ajuste): em torno de 400 a 600µA; 3. Modo de estimulação: todos os canais devem atuar de forma simultânea, ou seja, o modo escolhido é o contínuo; 4. Rampa de contração: como o modo escolhido é o contínuo, não há interrupção da corrente durante todo tempo de tratamento. Por isso esse parâmetro é inexistente para eletrolipólise; 14 15 5. Tempo total do tratamento: 40 a 60 minutos por sessão; 6. Intensidade da corrente: de acordo com o nível suportabilidade do paciente. Sempre buscando o limiar sensitivo em caso de lipólise, o que chamamos de “pico máximo não doloroso”. De maneira geral, as correntes terapêuticas são muito bem toleradas pelos pacientes. Existem aqueles com aversão ao uso de estimulação elétrica; para esses, por questão pessoal, o tratamento acaba sen- do descontinuado. Ainda assim, cabe ao profi ssional que vai aplicar o recurso explicar ao paciente qual será a sensação do estímulo e iniciar gradativamente o tratamento, para que o paciente se familiarize com ele. Técnica de aplicação Quanto à técnica de aplicação, para esse tratamento, pode ser realizada de duas formas: transcutânea e percutânea. Na técnica percutânea utilizamos pares de agulhas de acupuntura como eletrodos colocados diretamente no tecido adiposo ligados à corrente de eletro- lipólise. A área a ser tratada deve ficar entre os eletrodos, dispostos de maneira paralela. Essa é considerada uma técnica minimamente invasiva; porém, com necessidade de cuidados de biossegurança. Figura 3 Fonte: Divulgação Exemplo de aplicação da técnica percutânea. Acesse: https://youtu.be/oIVgR4kpprs. Ex pl or Já a técnica transcutânea é realizada com eletrodos condutivos de silicone-car- bono específicos para esse fim, pois são mais finos e longos (tamanho 10 X 2cm), na qual é necessário o uso do gel condutor. A área a ser tratada deve ficar entre os eletrodos, dispostos de maneira paralela. Essa é uma alternativa para profissionais que não realizam técnicas invasivas. 15 UNIDADE Correntes Despolarizadas Figura 4 Fonte: Divulgação Exemplo de aplicação da técnica transcutânea. Acesse: https://youtu.be/eBLxeuAMy70. Ex pl or A maioria dos equipamentos possui protocolos pré-programados, que já contêm os parâmetros pré-ajustados de acordo com o objetivo terapêutico, o que facilita muito a vida do profissional. Vale muito ressaltar que no tratamento para gordura localizada é sempre im- portante realizar a associação com atividade física e débito calórico para o gasto energético do conteúdo lipídico que foi liberado no tratamento. Drenagem eletrônica A melhora da circulação sanguínea e linfática é benéfica e necessária em todos os tratamentos estéticos. Contribui para melhora da oxigenação e nutrição tecidual. A dinamização da circulação pode ser feita por meio de terapias manuais (drenagem linfática, por exemplo) e também por correntes despolarizadas. A drenagem eletrônica é realizada por meio de contrações musculares sequenciais, de distal para proximal, que promovem bombeamento vascular, contribuindo para o retorno venoso. Também dinamiza a circulação linfática por meio da excitação da musculatura lisa que fica ao redor dos linfangions (vasos linfáticos), auxiliando a elimi- nação de toxinas. Esse tratamento auxilia no tratamento de diversas patologias estéticas, como no fibroedemageloide e no pré e no pós-operatório, em pacientes com retenção hídrica, entre outros. 16 17 Parâmetros ajustáveis O tratamento deve sempre ser delineado para cada paciente, de forma indivi- dual e personalizada, de acordo com o que foi verificado na avaliação e, claro, em caso de necessidade, ajustando o protocolo para se alcançar o objetivo final. Mas, de um modo geral, as correntes excitomotoras são facilmente programadas, tendo os parâmetros baseados em: 1. Escolha da frequência portadora: de acordo com o objetivo terapêutico: drenagem vigorosa, utilizamos frequências mais baixas; drenagens mais suaves, frequências mais altas; 2. Frequência de recorte: em torno de 10Hz; 3. Modo de estimulação: a estimulação deverá ocorrer de forma sequencial (contração de 1 canal de cada vez, na sequência numérica) para bombea- mento na drenagem; 4. Rampa de contração: nesse caso, só é necessário ajustar o tempo de permanência da estimulação em cada canal (exemplo: 5 segundos); 5. Tempo total do tratamento: em torno de 20-30 minutos por sessão; 6. Intensidade da corrente: de acordo com as necessidades do tratamento e o nível suportabilidade do paciente. Sempre buscando o limiar sensitivo/sensiti- vo-motor em caso de drenagem. De maneira geral, as correntes terapêuticas são muito bem toleradas pelos pacientes. Existem aqueles com aversão ao uso de estimulação elétrica, para esses, por questão pessoal, o tratamento acaba sendo descontinuado. Ainda assim, cabe ao profi ssional que vai aplicar o recurso explicar ao paciente qual será a sensação do estímulo e iniciar gra- dativamente o tratamento, para que o paciente se familiarize com ele. Técnica de aplicação Quanto à técnica de aplicação, devem ser utilizados eletrodos de condutivos de silicone-carbono (necessário o uso de gel neutro) ou, então, eletrodos autoadesivos. O sentido de posicionamento é de distal para proximal, acompanhando o fluxo linfático e de retorno venoso para que possa exercer um bombeamento. É importante respeitar a ordem numérica dos canais, pois o modo de estimulação é sequencial e em ordem crescente. A maioria dos equipamentos possui protocolos pré-programados, que já contém os parâmetros pré-ajustados de acordo com o objetivo terapêutico. Vale muito ressaltar que melhores resultados são obtidos por meio da associação da eletroestimulação à drenagem postural (elevação dos membros até 45 graus com uso de posicionadores). Exemplo de aplicação da drenagem eletrônica. Acesse: https://youtu.be/6ejEtu7ytUU. Ex pl or 17 UNIDADE Correntes Despolarizadas Contraindicações gerais As correntes excitomotoras possuem precauções e contraindicações seme- lhantes a outras formas de corrente de estimulação elétrica. Dessa maneira, algumas contraindicações são absolutas, outras relativas e algumas precauções devem ainda ser consideradas. Como contraindicação absoluta temos o uso de dispositivo eletrônico implantado (exemplo marcapasso cardíaco) e como relativas: evitaraplicação durante o pri- meiro trimestre de gestação, principalmente, nas regiões lombar e abdominal; não estimular sobre região das artérias carótidas (face lateral do pescoço), pois pode exa- cerbar reflexos autonômicos; cuidado na aplicação em crianças, idosos e epiléticos; pacientes com patologias de base descompensados (hipertensos, diabéticos, cardio- patas, renais crônicos, dentre outros); pacientes com aversão ao uso de estimulação elétrica costumam também devem ser excluídos do tratamento. Vantagens A estimulação elétrica possui inúmeras vantagens. Primeiro, pelo fato de sabermos que, verdadeiramente, o que promove sucesso nos tratamentos é a associação de recursos eletroterapêuticos, manuais, cosméticos, cuidados home care e adoção de hábitos de vida saudáveis. O uso das correntes elétricas nos tratamentos entra como um recurso consolidado, com resultados comprovados por evidências clínicas e literatura científica. Cada vez mais o uso desses recursos tem seu espaço garantido nas Clínicas de Estética, até mesmo porque as clientes/pacientes “pedem” os recursos. 18 19 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Blog | HTM Eletrônica https://goo.gl/FuSn23 Livros Eletroterapia explicada – Princípios e prática LOW A., REED J.; WARD R., Eletroterapia explicada – Princípios e prática. 4.ed. RJ: Elsevier, 2009. 14 ex. Fisioterapia dermatofuncional GUIRRO, E; GUIRRO, R. Fisioterapia dermatofuncional. 3.ed. São Paulo: Manole, 2010. Vídeos HTM - Stimulus-R Drenagem eletrônica https://youtu.be/6ejEtu7ytUU 19 UNIDADE Correntes Despolarizadas Referências BORGES, F. S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. GUIRRO, E; GUIRRO, R. Fisioterapia dermatofuncional. 3.ed. São Paulo: Manole, 2010. KITCHEN, S. Eletroterapia: prática baseada em evidências. 11.ed. São Paulo: Manole, 2003. LOW A., REED J.; WARD R. Eletroterapia explicada – Princípios e prática. 4.ed. RJ: Elsevier, 2009. 14 ex. SILVA, M. Eletroterapia em estética. São Paulo: Robe, 1999. SORIANO, D. Electroestética professional aplicada: teoria e pratica para la utilización de corrientes en estética. Madrid: Sorisa, 2000. ZARAGOZA, J. R. Electroestética. Madrid: Nueva Estética, 1995. 20 Eletrotermofototerapia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Aline Azevedo Caniçais Revisão Textual: Prof.ª Me. Natalia Conti Correntes Polarizadas e Alta Frequência • Introdução às Correntes Polarizadas; • Corrente Galvânica ou Polarizada; • Corrente Microgalvânica; • Microcorrentes (MENS); • Introdução à Alta Frequência. • Proporcionar aos profi ssionais de estética um conhecimento mais amplo dos concei- tos, aplicabilidades, parametrização e técnicas de aplicação desse tipo de corrente empregada na estética; • Trabalhar de forma correta e segura com essa terapia e equipamentos mais utiliza- dos nos tratamentos. OBJETIVOS DE APRENDIZADO Correntes Polarizadas e Alta Frequência Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Correntes Polarizadas e Alta Frequência Introdução às Correntes Polarizadas As correntes elétricas polarizadas fazem parte de outro grupo de correntes elétri- cas terapêuticas bastante utilizadas nos tratamentos estéticos. Diferente das corren- tes despolarizadas que tratamos anteriormente, que possuíam polaridade positiva e negativa dispostas de modo alternado e que eram classificadas de acordo com sua frequência, essas possuem fluxo unidirecional, ou seja, a carga elétrica flui numa única direção. Nas correntes polarizadas os elétrons dirigem-se do polo negativo para o positivo e, então, temos manutenção da polaridade durante a aplicação, ou seja, agora a escolha da polaridade é importante para se obter determinado fim terapêutico, que vamos discutir adiante. Entre os efeitos promovidos por esse tipo de corrente, destacamos os efeitos polares que são desencadeados na superfície da pele em que se encontram posicio- nados os eletrodos. Os tecidos biológicos possuem íons positivos e negativos, que são movimentados (movimento iônico) naturalmente para ajuste de potencial de membrana, entre outros. Essa grande quantidade de íons dissolvidos nos líquidos corporais pode ser submetida à movimentação quando se aplica um campo elétrico polarizado (corrente polarizada) sobre a pele, gerando uma série de efeitos físicos e químicos no tecido. É produzida uma série de efeitos decorrentes desse movimento iônico, que vai desde uma drenagem de edemas, até permeação de ativos (ionizados, ou seja, que possuem polaridade definida), efeito descontaminante (bactericida e fungicida), es- tímulo vasodilatador (aumento da circulação sanguínea) e irritativo sobre o tecido (podendo produzir um processo inflamatório para ativação do reparo e regenera- ção tecidual), efeito cicatrizante e analgésico, entre outros. Para cada fim terapêutico, existe uma corrente e/ou modo de corrente que se adequa melhor para o propósito, no que se diz respeito à forma de entrega da corrente elétrica para o tecido, nível de intensidade, variação de polaridade, entre outros. Por isso, denominamos as correntes em: Galvânica (ou Polarizada), Micro- galvânica e Microcorrentes. Discutiremos a seguir cada uma das indicações terapêuticas com finalidade estética. Corrente Galvânica ou Polarizada “Corrente contínua monofásica, que se diferencia das correntes alternadas pela manutenção da polaridade em seu uso”. A intensidade da corrente é dada em miliaméres (mA), ou seja, suficiente para atingir limiar sensorial e se produzir um estímulo (formigamento leve) durante a aplicação. Por apresentar grandes efeitos polares devido à intensidade e manutenção da polaridade local, pode desencadear alguns efeitos colaterais quando não bem mi- nistrada (intensidade muito alta e tempo inadequado), como a queimadura local. 8 9 Por isso, a indústria, ao produzir os mais recentes equipamentos de correntes po- larizadas, acabou por “alterar” a corrente da forma contínua para a forma “revitali- zada”. Isso significa que, agora, a corrente acaba por possuir um “recorte” (pulsos) durante a administração, mantendoa mesma eficácia, mas minimizando os efeitos colaterais indesejáveis (como a queimadura) e melhorando o conforto durante a aplicação. Portanto, a corrente Galvânica hoje chamada de Polarizada, possui em média 8.000 pulsos por segundo, como vemos a seguir: Figura 1 – Corrente polarizada revitalizada em 8.000Hz – modo positivo Figura 2 – Corrente polarizada revitalizada em 8.000Hz – modo negativo Essa corrente é utilizada para a técnica de Ionização/Iontoforese, Desincruste e Eletrolifting não-invasivo (sem agulha), que veremos a seguir. Ionização/Iontoforese Ionização ou Iontoforese é o nome dado à técnica em que utilizamos a corrente polarizada para administração subcutânea de ativos que serão utilizados com algum propósito terapêutico. A finalidade terapêutica, ou seja, indicação, depende do produto que será utilizado. O mercado cosmético hoje disponibiliza uma série de produtos a para uso nessa técnica e com diversas indicações. Muitos estudos são produzidos para se conhecer melhor quais ativos são viáveis nesse tipo de aplica- ção, níveis de permeação (profundidade e que células alvo atingem), tempo de ação e eficácia, etc. Existem produtos que são utilizados com foco lipolítico (tratamento 9 UNIDADE Correntes Polarizadas e Alta Frequência da gordura localizada), para tratamento da flacidez de pele, tratamento de man- chas, para cicatrização, entre tantos outros. Para escolha do produto e execução da técnica, devemos conhecer um princípio básico da física que diz: “polos semelhantes se repelem e polos opostos se atraem”. Portanto, somente permeamos ativos com polaridade definida! Importante! Os cosméticos utilizados devem ser ionizáveis (polaridade definida e referida na emba- lagem do produto) e solúveis em água (veículo à base de água). Importante! Então, diante do campo elétrico da corrente, os ativos são movimentados de acordo com sua polaridade e permeiam no tecido por meio da “eletrorrepulsão”. Ativos positivos e negativos serão permeados, desde que sejam colocados sob o eletrodo que apresente a mesma carga elétrica. Então, ativos positivos deverão ser exclusivamente colocados sob o polo positivo, e os negativos somente no polo negativo, somente assim ocorrerá uma “eletrorrepulsão” de íons de polaridade semelhante através da pele. Figura 3 – Corrente polarizada revitalizada em 8.000Hz – modo negativo Fonte: Acervo do Conteudista Efeitos da aplicação da corrente polarizada e da iontoforese na gordura localizada em mu- lheres, disponível em: https://goo.gl/AH9ixdEx pl or Técnica de aplicação A Ionização/Iontoforese pode ser utilizada em tratamentos faciais e corporais. Podemos fazer escolha de uma das duas técnicas de aplicação possíveis: aplicação fixa e aplicação móvel. Na aplicação fixa, os eletrodos são de alumínio, tipo placa, que são colocados no interior de uma esponja umedecida (que conduzirá a corrente elétrica). O ele- trodo ativo (aquele onde o produto com ativo de polaridade definida será colocado) 10 11 deve ser colocado sobre o local de aplicação desejado (exemplo: coxa) e o eletrodo passivo em um local próximo. Os eletrodos devem estar equidistantes entre si, isto é, a distância entre eles deve ser maior que a maior dimensão do eletrodo, evitando irritação e/ou queimadura química. Essa técnica é a que mais utilizamos nos trata- mentos corporais! Na aplicação móvel, o eletrodo ativo é o rolinho (podendo este ser facial ou corporal) e o eletrodo passivo é o eletrodo de alumínio com esponja vegetal embe- bido em água que deve ser fixo próximo à região tratada. O cosmético é gotejado sobre a pele e o rolinho é deslizado sobre ele sua penetração. Figura 4 – Aplicação fi xa Fonte: Divulgação Figura 5 – Aplicação móvel Fonte: Divulgação Importante! Se queremos permear um ativo “positivo”, devemos colocá-lo sob o eletrodo ativo da mes- ma polaridade, para então ocorrer a eletrorrepulsão (cargas semelhantes se repelem) e en- tão, permear no tecido. Portanto, é muito importante conhecer a polaridade do produto e promover sua colocação sob o eletrodo da mesma polaridade. Isso é fundamental para que a técnica seja efetiva! Em Síntese Existem equipamentos no mercado em que a polaridade do eletrodo ativo é ajustada di- retamente no display do equipamento e outros cuja polaridade é de acordo com a cor do terminal do cabo (sendo: positivo, vermelho; negativo, preto). Essas questões são descritas no manual do equipamento. Ex pl or Desincruste Desincruste é o nome dado à técnica em que utilizamos a corrente polarizada para administração subcutânea de um tipo de ativos que é utilizado com um pro- pósito terapêutico definido: facilitar a retirada do excesso de secreção sebácea da superfície da pele. Chamamos de limpeza de pele profunda ou desincrustação. 11 UNIDADE Correntes Polarizadas e Alta Frequência A corrente elétrica permeia ativos específicos que realizam “saponificação” (efeito detergente), ou seja, ao permear na pele e entrar em contato com o sebo (ácidos graxos), realizam eletrólise, uma reação eletroquímica que transforma esse sebo em sabão, que vai até a superfície da pele onde é facilmente removido. Técnica muito utilizada em tratamento de acne e limpeza de pele, tanto em homens como em mulheres, deve ser cuidadosamente selecionada e incluída no tratamento, com uma avaliação completa do paciente e observação da resposta terapêutica individual, para que não haja efeito rebote (como existe grande remoção sebácea, o corpo pode entender que é necessário produzir mais, e então o quadro piora). Ex pl or Técnica de aplicação O desincruste pode ser utilizado em tratamentos faciais (mais comum) e corpo- rais (região dorsal e colo). A técnica consiste em um eletrodo ativo que chamamos de caneta, com uma ponteira tipo gancho, que deve ser envolvida com algodão e embebida na substân- cia desincrustante, sem que a parte metálica entre em contato com a pele, para que não ocorra queimadura. O eletrodo passivo é o eletrodo de alumínio com esponja vegetal embebida em água, que deve ser colocado em uma região próxima ao local de tratamento. Figura 6 – Desincruste Fonte: Divulgação Existem equipamentos no mercado em que a polaridade do eletrodo ativo é ajustada di- retamente no display do equipamento e outros cuja polaridade é de acordo com a cor do terminal do cabo (sendo: positivo, vermelho; negativo, preto). Essas questões são descritas no manual do equipamento. Ex pl or 12 13 Eletrolifting não-invasivo Técnica que utiliza a corrente Polarizada para atenuação de rugas superficiais e linhas de expressão por meio de uma irritação cutânea promovida pelo efeito vaso- dilatador e irritativo com aumento da permeabilidade do vaso que o polo negativo da corrente produz no tecido. A partir desse processo inflamatório local e contro- lado, estimulamos os fibroblastos (células que produzem todos os componentes da matriz extracelular, entre eles colágeno e elastina) para recuperação da área. Técnica muito utilizada em pacientes que são sensíveis aos tratamentos com uso de agu- lhas. Para potencializar o efeito da técnica, costumamos fazer uso de ativos como fatores de crescimento, entre outros, logo em seguida à técnica. Ou até mesmo uso de terapia combinada com outros equipamentos como vacuoterapia, microdermoabrasão, radiofre- quência, entre outros. Ex pl or Técnica de aplicação O eletrolifting não-invasivo é utilizado em tratamentos faciais, principalmente em rugas frontais, glabelares, periorbiculares e nasogenianas. A técnica de aplicação consiste no uso de um eletrodo ativo que é a caneta com uma ponteira específica. O eletrodo passivo é o eletrodo de alumínio com esponja vegetal embebida em água, que deve ser colocado em uma região próxima ao local de tratamento. Na aplicação, não se utiliza nenhum tipo de produto associado. A polaridade negativa deve ser utilizada no eletrodo ativo, afim de que o efeito vasodilatador e irritativo aconteça. Então, deve-se realizar umaescarificação (fric- cionar) sobre as rugas e linhas de expressão até atingir uma hiperemia e eritema local. O tempo é variável de paciente para paciente. Figura 7 – Eletrolifting Fonte: Divulgação 13 UNIDADE Correntes Polarizadas e Alta Frequência Corrente Microgalvânica Corrente contínua monofásica (assim como a Galvânica), que se diferencia das correntes alternadas pela manutenção da polaridade em seu uso. A intensidade da corrente é dada em microampéres (µA), sendo mil vezes menor que a galvânica, ou seja, não é suficiente para atingir limiar sensorial, por isso é considerada subsensorial. A microgalvanopuntura é utilizada em uma técnica chamada “Eletrolifting com agulha” ou então “Microgalvanopuntura”. Figura 8 – Corrente microgalvânica – modo positivo Figura 9 – Corrente microgalvânica – modo negativo Eletrolifting com agulha (Microgalvanopuntura) Técnica utilizada no tratamento de estrias e rugas mais profundas. Consiste no uso dos efeitos fisiológicos da corrente Galvânica de baixa intensidade na polarida- de negativa (vasodilatador, irritativo, com aumento de permeabilidade da membra- na) associada a trauma da agulha. O estímulo físico da agulha (trauma da punturação) associada a corrente po- larizada produz um processo inflamatório local, de modo a gerar hiperemia e edema e, consequentemente, ativação fibroblástica com deposição de colágeno e elastina local. 14 15 Técnica de aplicação A técnica pode ser utilizada em região corporal (estrias) e facial (rugas). Para a aplicação, utilizamos uma caneta com uma ponteira específica e uma agulha co- nectada à ponteira; esse é o eletrodo ativo, que deve ter a polaridade negativa de- finida. O eletrodo passivo é o eletrodo de alumínio com esponja vegetal embebida em água, que deve ser colocado em uma região próxima ao local de tratamento. Na aplicação, não se utiliza nenhum tipo de produto associado. Figura 10 Fonte: Divulgação Microcorrentes (MENS) O termo MENS é uma abreviação de “Microcurrent Electrical Neuromuscular Stimulation”. Trata-se de um tipo de eletroestimulação que utiliza corrente de baixa frequência, polarizada (geralmente com inversão automática da polaridade) com intensidade na faixa dos microampères. Não ativa fibras nervosas sensoriais subcutâneas e o paciente não tem percepção da sensação do estímulo, sendo con- siderada uma corrente “subsensorial”. Figura 11 – Corrente MENS – modo de inversão automática da polaridade A MENS é tratada como uma corrente que imita os sinais bioendógenos/ bioelé- tricos teciduais, de modo a favorecer a homeostasia (equilíbrio) do tecido e normalizar 15 UNIDADE Correntes Polarizadas e Alta Frequência suas funções. Portanto, os efeitos fisiológicos da corrente incluem: reestabelecimento da bioeletricidade tecidual, aumento da síntese de ATP, transporte ativo de aminoá- cidos, síntese de proteínas e ação no sistema linfático. Um tecido traumatizado/lesionado apresenta uma maior resistência à passagem da corrente endógena. Com isso, o processo de cura é diminuído. A aplicação da MENS nessas condições faz com que a resistência capacitiva local seja diminuída; com isso, a bioeletricidade tecidual é recuperada (a corrente bioendógena volta a passar no tecido), sendo, então, reestabelecida a homeostasia. A MENS também possui a capacidade de aumentar a produção de ATP em até 500%. O ATP (Adenosina Trifosfato) é a moeda energética das células e, por isso, res- ponsável pela produção também de proteínas e fibras. Com esse aumento produzido pela aplicação da MENS, temos como resultado ativação de todo processo energético celular e uma ativação de suas funções, contribuindo, por exemplo, por um aumento do transporte ativo de aminoácidos para o interior da célula e maior formação de proteínas (em torno de 40%). Todos esses fatores associados contribuem em todo pro- cesso de reparo e regeneração celular. Também são observados efeitos relacionados à ativação linfática, com redução de edema local, analgesia, entre outros. Portanto, podemos resumir os efeitos terapêuticos em: promoção da analgesia (melhora da dor), aceleração do processo de reparação tecidual, controle inflama- tório, efeito bactericida (por isso muito utilizada em lesões infectadas), redução de edema e relaxamento muscular. Ação da microcorrente no envelhecimento cutâneo, disponível em: https://goo.gl/JWyeKu Uso de microcorrentes na cicatrização tecidual, disponível em: https://goo.gl/9VkwDq Aplicação da microcorrente como recurso para tratamento de úlceras venosas: um estudo piloto, disponível em: https://goo.gl/RXDURP Ex pl or Indicações Nos tratamentos estéticos, utilizamos em tratamentos de revitalização cutânea (devido à ativação do metabolismo celular, com resposta fibroblástica – aumento de colágeno e elastina); tratamento da acne (devido ao efeito bactericida, controle inflamatório, descongestão tecidual); em pré e pós-operatório de cirurgias plásticas (por meio da ativação circulatória e contribuição no processo de reparo e regene- ração tecidual); recuperação pós peeling (efeito cicatrizante e reparador) e cansaço muscular facial (relaxamento muscular). Técnicas de aplicação Existem algumas formas de aplicação das MENS que se baseiam na área de aplicação (facial ou corporal), podendo ser dinâmica ou estática (fixa). Como se trata de uma corrente subsensorial, o método é indolor e não invasivo. 16 17 Aplicação estática Nesse caso, utilizamos eletrodos convencionais, como de silicone-carbono e au- toadesivos. Esses promovem maior concentração de energia local, por manuten- ção da corrente em um ponto fixo e, então, com a possibilidade de uma maior eficácia terapêutica. Essa técnica é muito utilizada em tratamentos de cicatrização, principalmente de lesões corporais; também utilizada em tratamentos faciais quando há concentração da alteração em uma área específica e delimitada (exemplo: tratamento de acne). Mantemos a região acometida no centro dos eletrodos. Podemos, também, re- alizar a técnica cruzada (nesse caso, cruzamos dois canais de saída) para atender uma área maior de tratamento. Figura 12 – Aplicação estática Fonte: Divulgação Aplicação dinâmica Essa é uma das técnicas mais realizadas na aplicação das MENS, pois associa os benefícios da corrente aos movimentos mecânicos com canetas específicas. Cada movimento corresponde a uma ação que se deseja no tecido. Utilizamos eletrodos tipo bastões (para tratamentos corporais) e canetas com ponteiras tipo “martelinho” nos tratamentos faciais ou em áreas mais delimitadas. Como se trata de uma técnica dinâmica em que não há um tempo grande de per- manência de um eletrodo na área de tratamento e nem constância, há uma menor concentração da corrente. Porém, na prática clínica a associação dos movimentos + correntes elétricas é a mais realizada com bons resultados clínicos. Em relação aos movimentos realizados, possuem algumas particularidades: movimentos ascendentes, no sentido das fibras musculares; movimentos em “S”, como “cobrinhas”; também se realiza o “encurtamento” ou “aproximação” das ex- tremidades, mantendo uma caneta na origem muscular e outro na inserção e, fazer com que o eletrodo da inserção se aproxime da origem e vice-versa; movimentos 17 UNIDADE Correntes Polarizadas e Alta Frequência em forma de pinçamento também costumam ser realizados, buscando-se estímulos circulatórios locais. Com os eletrodos tipo bastão, aplicamos a técnica dinâmica em áreas maiores, como regiões corporais (abdomen, coxas, glúteos), pescoço e colo. Nesse caso, o movimento associado é de deslizamento. Figura 13 – Aplicação dinâmica Fonte: Divulgação Figura 14 Fonte: Divulgação Parâmetros É necessário o ajuste de alguns parâmetros no equipamento de acordo com o objetivo terapêutico. Entre eles: • Frequência: varia de 0,1 a 1.000 Hz. Está relacionada à profundidade de ação da terapia: quanto menor, maior a penetração; Tabela 1 Frequência Plao de atuação 0,1 Hz Reparaçãoóssea 0,5 – 50 Hz Muscular 100 – 150 Hz Tecido subcutâneo 200 – 250 Hz Derme Reticular 300 Hz Derme Papilar 500 Hz Epiderme • Intensidade: como se trata de uma corrente subsensorial, o terapeuta deve ajustar a intensidade de acordo com o objetivo terapêutico, sendo: Tabela 2 Intensidade Plao de atuação 150 uA Estimulação 300 uA Nutrição (Estimulação Vascular) 500 uA Normalização (Ajustar potencial de membrana) 750 uA Bioinibição 18 19 Introdução à Alta Frequência A terapia por alta frequência consiste na aplicação de uma corrente alternada de alta frequência em um eletrodo indutivo de vidro em diversos formatos; e no interior desse eletrodo há um gás (que pode ser árgon, neônio ou xênon). A bobina que produz a corrente excita esse gás no interior do eletrodo de vidro e, ao entrar em contato com a pele que possui água (tecido biológico), realiza um faiscamento elétrico e produz ozônio (O3 – gás instável composto por três átomos de oxigênio), que possui propriedades terapêuticas. Indicações São inúmeras as possibilidades terapêuticas para a Alta Frequência. Na esté- tica utilizamos no tratamento de diversas patologias como principal técnica ou como coadjuvante. Devido à formação de ozônio, temos efeito bactericida (eliminação de bactérias anaeróbias), bacteriostático (diminui a proliferação de bactérias aeróbias) e fungici- da (eliminação de fungos). Também possui efeito oxigenante, com melhora da oxigenação celular. Efeito vasodilatador, com aumento da circulação sanguínea local. E também efeito home- ostático (cauteriza pequenos sangramentos locais e estimula a cicatrização). Portanto, é indicado para desinfecção pré e pós extração de comedões e pús- tulas, de couro cabeludo, tecidos infectados, unhas, entre outros; nos tratamentos capilares; tratamento de Acne; pós-depilação e foliculite; cicatrização de feridas e lesões. Técnicas de aplicação Devido à possibilidade de uso dessa tecnologia em diversas áreas, há grande quantidade de opções de eletrodos que se adequam ao tratamento de diversas áreas e diversas técnicas de aplicação. • Fluxação: consiste na aplicação lenta e contínua sobre a área de tratamento. Pode ser utilizada uma gaze de interface caso haja dificuldade no deslizamento do eletrodo. Promove efeito descongestionante e calmante. • Faiscamento direto: aplica-se a técnica anterior com a diferença de manter um certo afastamento da pele, com formação de faíscas elétricas mais inten- sas. Possui efeito mais estimulante. • Faiscamento indireto: o paciente segura o eletrodo saturador em uma das mãos e a caneta na outra, enquanto o terapeuta realiza movimentos na pele com as próprias mãos. Exemplo: tamborilamento, pinçamento e delizamento. 19 UNIDADE Correntes Polarizadas e Alta Frequência Essa técnica é bastante estimulante por associar movimentos de massagem com a terapia. • Fulguração: técnica que utiliza o eletrodo cauterizador (fulgurador) com o fais- camento direto. Muito utilizada com intuito homeostático e cicatrizante. Figura 15 Fonte: Divulgação 20 21 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Eletroterapia explicada – princípios e prática LOW A., REED J., WARD R., Eletroterapia explicada – princípios e prática. 4 ed. RJ: Elsevier, 2009. 14 ex. Fisioterapia dermatofunciona GUIRRO, E; GUIRRO, R. Fisioterapia dermatofuncional. 3. ed. São Paulo: Manole, 2010.14 ex. Eletroterapia em estética SILVA, M. Eletroterapia em estética. São Paulo: Robe, 1999. Vídeos Beauty Face – Guia completo de alta frequência https://youtu.be/i3fCPjyJZuo 21 UNIDADE Correntes Polarizadas e Alta Frequência Referências BORGES, F. S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. GUIRRO, E; GUIRRO, R. Fisioterapia dermatofuncional. 3. ed. São Paulo: Ma- nole, 2010.14 ex. KITCHEN, S. Eletroterapia: prática baseada em evidências. 11. ed. São Paulo: Manole, 2003. LOW A., REED J., WARD R., Eletroterapia explicada - princípios e prática. 4 ed. RJ: Elsevier, 2009. 14 ex. SILVA, M. Eletroterapia em estética. São Paulo: Robe, 1999. SORIANO, D. Electroestética professional aplicada: teoria e pratica para la utilización de corrientes en estética. Madrid: Sorisa, 2000. ZARAGOZA, J. R. Electroestética. Madrid: Nueva Estética, 1995. 22 Eletrotermofototerapia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Aline Azevedo Caniçais Revisão Textual: Prof.ª Me. Natalia Conti Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) • Fototerapia; • Fototerapia de Alta Potência; • Fototerapia de Baixa Potência. • Proporcionar aos profi ssionais de estética um conhecimento mais amplo dos con- ceitos, aplicabilidades e técnicas de aplicação desses tipos de terapias empregadas na estética; • Trabalhar de forma correta e segura com os equipamentos mais utiliz ados nos tratamentos. OBJETIVO DE APRENDIZADO Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) Fototerapia Introdução à fototerapia Costumamos dizer que estamos passando pela era das terapias por luz. Devido ao sistema inovador, com diferentes formas de interação com o tecido e, por isso, inúmeras propostas terapêuticas são, hoje, consideradas uma das principais e mais modernas técnicas nos tratamentos estéticos. Por definição, a Luz é uma onda de radiação eletromagnética, de espectro amplo, que transporta energia em quanta, conhecida como fótons. Então, em resumo, a luz por meio dos fótons interage com os cromóforos e promove reações fotobiológicas, podendo se tratar de uma fototermólise ou foto- biomodulação, dependendo das características da luz. Cromóforo: É um grupo de átomos que dá cor a uma substância e absorve luz com um comprimento de onda específico no espectro do visível. Os cromóforos da pele são a oxihe- moglobina e desoxihemoglobina, melanina, carotenos, água e proteínas. Ex pl or A “fotobiomodulação”trata-se do uso da fototerapia de baixa potência/intensi- dade, que não produz efeito térmico, utilizada para ativar e potencializar a atividade celular na presença da luz, isto é, serve de “combustível” para reações orgânicas. Já a “fototermólise seletiva” é o termo que utilizamos para descrever o efeito da aplicação da fototerapia de alta potência que, junto com o efeito óptico também apresenta efeito térmico no tecido, gerando uma lesão controlada e promovendo lise (quebra) de estruturas alvos. Fototerapia de Alta Potência Podemos dividir os recursos da fototerapia de alta potência em Laser e Luz Intensa Pulsada (IPL). LASER é a radiação eletromagnética que comporta um fluxo de partículas (fótons) formando feixes de energia, com características especiais: monocromaticidade (uma única cor devido a um único comprimento de onda), coerência (fótons na mesma frequência caminham juntos) e unidirecionalidade (fótons caminham na mesma direção). A Luz Intensa Pulsada, diferente do laser, apresenta incoerência, quando a energia é emitida em todas as direções; e é considerada não colimada (possui divergência angular muito grande, não havendo um ponto focalizado como o laser). 8 9 Figura 1 – Representação das diferenças entre laser e luz pulsada Fonte: Acervo do Conteudista Apesar dessas diferenças, ambos trabalham com potências altas, suficientes para se produzir a fototermólise seletiva. Laser Alguns lasers de alta potência são utilizados nos tratamentos estéticos, sempre com objetivo de fototermólise seletiva. Os mais conhecidos são: • Nd:YAG: O laser de Neodimio YAG possui comprimento de onda de 1064nm (sendo infravermelho). Emite uma série de pulsos de alta energia em curto espaço de tempo (nanosegundos). Por apresentar baixa afinidade com a mela- nina é seguro seu uso em fototipos mais altos. Suas indicações incluem: trata- mento vascular (como vasinhos), tratamento de micose de unha, fotoepilação, peeling térmico, remoção de tatuagens e maquiagem definitiva e tratamento de manchas, rejuvenescimento, cicatrizes de acne e olheiras. • Laser de CO2: trata-se de um laser ablativo, ou seja, promove uma lesão no tecido que estimula o processo de reparo tecidual, culminando na produção de colágeno e retração da pele. Esse processo é lento e, devido à extensão da lesão, há risco de manchas quando não bem aplicado. Por isso, foi criada a tecnologia de laser CO2 fracionado, em que a energia é dividida em diversos pulsos, atingindo a pele mais profundamente e em regiões menores. Dessa forma, há formação de pequenas lesões, intercaladas com áreas intactas; as- sim a recuperação é mais rápida e controlada. Indicado para rejuvenescimen- to, cicatrizes de acne, estrias e flacidez da pele. Luz Intensa Pulsada A luz intensa pulsada (LIP) é uma opção que ganhou a atenção tanto da co- munidade científica, como de profissionais e clientes/pacientes nos últimos anos. 9 UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) Pois, trata-se de um recurso da fototerapia não ablativo, indolor e sem período de recuperação. O equipamento de luz intensa pulsada emite a energia sob a forma de um po- tente flash que emite amplo espectro de radiação luminosa, abrangendo vários comprimentos de onda (400 nm a 1200 nm). Seu feixe é policromático, não coli- mado e não coerente. Na realidade, a possibilidade de variar os filtros, as fluências, a duração de pulso e o intervalo entre os mesmos torna este sistema muito versátil e flexível, o que lhe permite ser usado na vertente vascular, pigmentar, epilatória e no fotorejuvenescimento cutâneo. Pode ser considerado como o sistema mais com- pleto para tratamentos através de luz, pois oferece em um mesmo equipamento várias aplicações; diferente dos equipamentos de laser, em que cada equipamento possui um único propósito terapêutico. Efeitos Terapêuticos e Indicações Como abrange vários comprimentos de onda (400 nm a 1200 nm) e esses são filtrados de acordo com o objetivo terapêutico, existem várias possibilidades tera- pêuticas, como: • Tratamento da Acne: a fototerapia é uma excelente alternativa para o tra- tamento da acne. O mecanismo de ação está baseado na presença de porfi- rinas produzidas naturalmente pela bactéria (Propynebacterium Acnes) que absorvem o comprimento de onda próximo a 400 nm. A transformação de energia luminosa por calor resulta em uma diminuição das citocinas produ- zidas. A LIP atua sobre as porfirinas endógenas produzidas pelas bactérias, causando a sua morte. Quanto maior o grau da acne, mais brando deverá ser o tratamento. Também atua na diminuição da glândula sebácea, contribuindo para o tratamento; • Rejuvenescimento: a LIP gera microlesões térmicas (cromóforo água aquece o colágeno), próximo à junção dermoepidérmica, estimulando um processo inflamatório e consequente reparo tecidual, com aumento da espessura da epiderme e a neocolagênese na derme; • Hipercromias: a LIP atua principalmente sobre as melanoses solares, quera- toses actínicas e poiquilodermias. Nesses casos, a LIP estimula a lise (quebra) de melanossomas por ação do calor e a melanina (pigmentação) é fragmen- tada em pequenas partículas e reabsorvida. As células que contém melanina são danificadas, apresentando respostas de clareamento. Porém, é impor- tante ressaltar que a luz não interfere na função do melanócito, portanto é importante o uso associado de cosméticos que modulam a ação dessa célula; • Epilação: o tratamento de fotoepilação se baseia na entrega de energia para a melanina presente na haste do pelo que, ao absorver a luz, se aquece e destrói o bulbo (estrutura germinativa do pelo). No tratamento é imprescindí- vel observar o ciclo do pelo, pois eles não crescem continuamente, havendo alternância de fases de crescimento e repouso. A fase Anágena é o alvo 10 11 temporal do tratamento por LI, pela rápida divisão celular e maior pico de produção de melanina; Figura 2 – Ação da LIP na fotoepilação • Alterações vasculares: o tratamento com a LIP é baseado na absorção seletiva da luz pela hemoglobina. A energia luminosa é absorvida e transformada em calor, provocando a coagulação do vaso. Indicada para telangiectasias, principalmente faciais. Parâmetros Os parâmetros que caracterizam um laser e uma LIP são: comprimento de onda, duração do pulso, dosagem da luz, diâmetro do foco, taxa de repetição e resfriamento. Para que ocorra a fototermólise seletiva, é necessário que: • o comprimento de onda alcance as estruturas-alvo e seja absorvido por elas; • o tempo de exposição à luz seja inferior ou igual ao tempo necessário para o resfriamento das estruturas-alvo (para que não ocorram queimaduras); • o equipamento emita a fluência suficiente para atingir de maneira lesiva os tecidos-alvos. Então, devemos levar em consideração alguns parâmetros como: • Comprimento de onda: a Luz Intensa Pulsada quando não filtrada é emitida na faixa de 400 a 1200nm. Mas é necessário realizar uma seletividade dos compri- mentos de onda necessários para o fim terapêutico desejado, ou seja, fazer uso de “filtros” que permitem a passagem somente do espectro desejado (para maximizar a absorção do cromóforo–alvo). O filtro escolhido deve ser, então, encaixado na ponteira. Para alterações vasculares, utilizamos filtro de 530nm. Para epilação, o 11 UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) filtro recomendado é de 640 ou 690nm. Para rejuvenescimento em torno de 530 ou 590nm. Tratamento da acne usamos de 430nm. E para manchas o de 530nm; • Duração do pulso: é o tempo que se leva para a energia ser emitida. Esse é um conceito-chave e por vezes difícil de ser compreendido na fototermólise seletiva. A duração do pulso de um feixe é essencial para alcançar o efeito desejado. Sabemos que o calor se dissipa do alvo, então, o Tempo de Relaxa- mento Térmico (TRT) de uma estruturaé definido como o tempo necessário para que o calor gerado pela absorção da luz pelo cromóforo-alvo seja redu- zido à metade do valor original alcançado imediatamente após a emissão da luz. A duração do pulso deve ser menor que o TRT. Alguns equipamentos de LIP emitem luz em múltiplos pulsos sequenciais e isso é o que mais contribui para o sucesso da técnica. Com base nas diferenças de TRT, que deve ser mais curto para o alvo e mais longo para a pele, os múltiplos pulsos sequenciais significam que a energia emitida é subdividida em porções menores, e entre cada emissão existe um intervalo que possibilita o resfriamento da pele. Dessa maneira, é possível usar energias mais altas do que a pele toleraria se a energia fosse emitida em apenas um pulso; Pulso Pulso Pulso Intervalo Intervalo Figura 3 – Múltiplos pulsos sequenciais. Durante o pulso, a luz é emitida. Durante o intervalo, o tecido se resfria • Fluência: energia emitida em uma determinada área, expressa em J/cm². À me- dida que a energia aumenta, a força de destruição também aumenta. A interação entre fluência e duração de pulso é muito importante na fototermólise seletiva. A duração do pulso deve ser curta e com energia suficiente, de maneira a aquecer o alvo antes que a energia seja difundida para os outros tecidos. Avaliação e técnica de aplicação Antes de programar o equipamento e iniciar a aplicação é indispensável uma anamnese do paciente, uma vez que a programação dos parâmetros para emissão da luz depende totalmente desses critérios avaliativos: • Fototipo: a melanina é o cromóforo mais seletivo, e está presente nos pelos e na pele. Dependo da quantidade de melanina o risco de queimadura da pele é muito grande. Então, para reduzir esse risco, diminuímos a potência de tratamento, o que pode afetar a eficácia terapêutica. Em fototipos baixos (I e II) a perda por absorção na melanina da epiderme é pequena, ao contrário das peles de fototipo alto (III, IV e V), que possuem altas perdas por absorção na epiderme altas; • Densidade e espessura do fio: no tratamento de epilação é importante gra- duar. Nos pelos claros, pouco pigmentados, a perda por condução é muito alta, já nos pelos grossos e muito pigmentados essa perda por condução é menor; 12 13 • Rejuvenescimento: deve se levar em consideração o nível de envelhecimento. Para realizar essa escolha podemos usar como base a escala de Glogau; • Acne: quanto maior o grau da acne mais brando deverá ser o tratamento; • Terapia vascular: para a escolha do tratamento, quanto maior o calibre da telangiectasia (vasinho) mais brando deverá ser o tratamento; • Manchas: quanto mais hiperpigmentada for a mancha, isto é, mais escura, mais brando deverá ser o tratamento. Após a avaliação criteriosa do paciente, realiza-se a programação dos parâmetros do equipamento, sendo que alguns apresentam protocolos pré-definidos. E, em seguida, realizar a técnica de aplicação: Figura 4 Fonte: Acervo do Conteudista Importante! Para a prevenção de complicações oculares, profi ssionais e pacientes devem sempre utilizar óculos apropriados,específi cos, opacos, bem ajustados e com proteção lateral. Importante! 13 UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) Fototerapia de Baixa Potência Laser Terapêutico O laser terapêutico de baixa intensidade realiza o que chamamos de fotobiomo- dulação, ou seja, é uma tecnologia não térmica, utilizada para ativar e potencializar a atividade celular na presença da luz, servindo de “combustível” para reações orgânicas. Ledterapia Os LEDs (Light Emitting Diodes) são diodos semicondutores que, ao serem submetidos a uma corrente elétrica, emitem uma luz que promove estimulação intracelular. Se propagam pelo espaço em formato de ondas. A luz emitida vai do comprimento de onda do ultravioleta ao visível e ao infra- vermelho, que vai dos 247 aos 1300 nanômetros (nm). As cores mais usadas são: Azul (400 – 470 nm), Verde (470- 550 nm), Âmbar (570 – 620 nm), Vermelha (630- 700 nm) e Infravermelha (a partir de 750 nm); Os LEDs dispersam a luz por uma superfície maior comparada com o laser e podem ser usados onde maiores áreas são indicadas ao tratamento, resultando em redução e otimização no tempo de tratamento, desde que possuam uma potência mais alta. A potência define a taxa com que a quantidade de energia é transmitida ao tecido, normalmente medida por Watt (W); Há evidências científicas suficientes, que apontam que a luz coerente e não coerente, desde que possua o mesmo comprimento de onda, produz efeitos similares nos tecidos biológicos. Figura 5 Fonte: Daniel Barolet, 2008 14 15 Efeitos terapêuticos e indicações Laser Ao submeter a pele ao LASER Vermelho (luz visível) ou Infravermelho (luz invi- sível), uma parcela é absorvida pela pele. Isso ocorre devido à presença de fotorre- ceptores nessa camada. Normalmente cada tipo de fotorreceptor é sensível a um determinado comprimento de onda. Assim, o LASER, que é uma luz monocro- mática (possui um único comprimento de onda), é absorvido de maneira seletiva. O LASER de baixa potência, ao ser absorvido por um tecido, não gera efeito térmico. Os efeitos terapêuticos resultantes da aplicação dos Lasers de baixa po- tência podem ser divididos em: • Efeito antinflamatório: devido à capacidade de interferir no processo de for- mação das prostaglandinas e na microcirculação, o laser se apresenta como uma interessante alternativa no tratamento de processos inflamatórios, pelo efeito antiedematoso e normalizador circulatório; • Efeito Analgésico: por estimular a liberação de beta-endorfina e por dificultar a transmissão da sensação de dor pelo córtex cerebral. Também atua no ree- quilíbrio energético da célula, tornando-se favorável a redução da dor; • Regenerativo/cicatrizante: por estimular a produção de ATP mitocondrial e incrementar a síntese de proteína. Também ativa a microcirculação, contri- buindo para o processo. Além disso, acelera a divisão celular e o crescimento de nervos seccionados; aumentam a capacidade de produção dos fibroblastos, havendo maior regeneração de colágeno, reativando as células, aumentando sua permeabilidade; • Estímulo circulatório: promove vasodilatação e consequente aumento da cir- culação periférica local, reduzindo a congestão tecidual; também controla o edema por deficiência nas redes de fibrinas. LED Em doses apropriadas e de acordo com o seu comprimento de onda, a luz é absorvida por cromóforos ou fotorreceptores moleculares, entre eles, porfirinas, flavinas, mitocôndria, membrana celular. O cromóforo é responsável pela absorção luminosa e, quando ocorre a absorção de fótons por um cromóforo, resulta no aumento da atividade celular. O comprimento de onda é um fator determinante para que ocorram os efeitos fisiológicos, pois isso é determinante para se obter a profundidade e a interação com os tecidos alvo. A absorção de cada comprimento de onda pelos cromóforos produz uma resposta específica, sendo elas: • Luz Violeta: bactericida e estimulante da reparação tecidual; • Luz Azul: bactericida, efeito de umectação e aumento da tensão superficial da pele, estimulante do rompimento das ligações bivalentes entre átomos de carbono; 15 UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) • Luz Verde: ativação de fibroblastos e síntese de colágeno; • Luz Âmbar: espessamento homogêneo não térmico das fibras adensadas e estímulo à síntese de colágeno e prevenção à inflamação; • Luz Vermelha e Infravermelha: modulação da inflamação, da proliferação celular e da dor, ativação da síntese de enzimas, aumento do transporte de elétrons na mitocôndria, aumento da produção de adenosina trifosfato (ATP) em processos metabólicos e estímulo linfático (infravermelho). Técnica de aplicação Laser A aplicação mais indicada é a pontual, que consiste em encostar a caneta apli- cadoradiretamente sobre a área de tratamento (forma direta de emissão). Feita a aplicação em um ponto, inicia-se a aplicação em outro ponto até abranger toda área de tratamento em uma determinada área. A quantidade de energia aplicada no ponto corresponde à energia selecionada no equipamento. Figura 6 – Laser infravermelho Fonte: Acervo do Conteudista Figura 7 – Laser vermelho Fonte: Divulgação 16 17 LED A aplicação é realizada por zona, ou seja, este modo de aplicação consiste em aplicar certos níveis de energia em uma determinada área sem movimentar o feixe da luz. Isto é possível mantendo uma distância tal que a dispersão do feixe da luz abranja uma determinada região (em torno de 1cm de distância da pele). Quanto maior o afastamento, maior a perda de energia. A cor do LED (de acordo com o comprimento de onda) deve ser escolhido de acordo com o objetivo do tratamento. Figura 8 Fonte: Acervo do Conteudista Importante! Alguns cuidados durante a aplicação devem ser observados. O feixe de luz não deve, em momento algum, incidir sobre os olhos, nem de modo direto, nem através de refl exão em superfícies refl etoras; nas aplicações de LASER e LED é necessário o uso de óculos de proteção. Estes óculos são projetados para “barrar” a incidência do feixe de luz na retina; não utilizar nenhum produto associado ao Laser ou Led que não seja específi co para esse fi m. Importante! 17 UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) Parâmetros Para cada comprimento de onda, tipo de luz (laser ou LED) e para cada indica- ção terapêutica, há parâmetros a serem ajustados, entre eles: • Modo de emissão: contínuo ou pulsado; • Tempo (min/seg): está linkado com a energia, ou seja, quando o tempo for aumentado, a energia (J) também será, proporcionalmente. Geralmente os equipamentos fazem o cálculo automático do tempo, de acordo com a potên- cia do equipamento e a energia programada; • Energia (joule): a energia está linkada com o tempo, ou seja, quando a energia for aumentada, o tempo também será proporcionalmente (como parâmetro de visualização). Energia é uma grandeza física que, no caso da laserterapia, representa a quantidade de luz que está sendo depositada no tecido. Tabela 1 Efeito Dose Analgésico 2 –4 J/cm2 Anti-inflamatório 1 –3 J/cm2 Cicatrizante 3 –6 J/cm2 Circulatório 1 –3 J/cm2 Fonte: própria autora Contraindicações • Imunodeficiências; • Doenças que piorem ou sejam desencadeadas pela exposição à luz; • Período gestacional; • Histórico de fotossensibilidade (dermatoses); • Cliente sendo submetido a tratamentos com ácidos sintetizados a partir da vita- mina A (ácido retinóico, Retinol A, Vitanol A, Retin, tretoinina, isotretoinina, etc.) e /ou antibióticos com tetraciclina; • História pessoal de Câncer de pele na região; • Glaucoma. 18 19 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Laser: Fundamentos e indicações em dermatologia CATORZE, Maria Goretti. Laser: Fundamentos e indicações em dermatologia. Med Cutan Iber Lat Am, v. 37, n. 1, p. 5-27, 2009. Laser e Outras Fontes de Luz em Dermatologia KALIL, C. Laser e Outras Fontes de Luz em Dermatologia. Elsevier Brasil, 2011. Eu sei eletroterapia AGNE, Jones Eduardo. Eu sei eletroterapia. Santa Maria: Pallotti, 2009. Laser em dermatologia: princípios físicos, tipos e indicações TOREZAN, L. A. R; OSÓRIO, N. Laser em dermatologia: princípios físicos, tipos e indicaçöes. An. bras.dermatol, v. 74, n. 1, p. 13-25, 1999. Vídeos HTM – Protocolo Light Pulse https://youtu.be/fRVI1w5wvlw Leitura Estudo comparativo pré e pós luz intensa pulsada no tratamento do fotoenvelhecimentocutâneo: avaliação clínica, histopatológica e imunoistoquímica DE SICA, Régia Celli Patriota. Estudo comparativo pré e pós luz intensa pulsada no tratamento do fotoenvelhecimento cutâneo: avaliação clínica, histopatológica e imunoistoquímica. 2009. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. https://goo.gl/hNdArY 19 UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) Referências ADATTO, M. A. Hair removal with a combined light/heat-based photo- -epilation system: a 6-month follow-up. Journal of Cosmetic and Laser Therapy, v. 5, n. 3-4, p. 163-167, 2003. AGNE, J. E. Eu sei eletroterapia. Santa Maria: Pallotti, 2009. ANDERSON, R. R; PARRISH, J. A. Selective photothermolysis: precise microsurgery by selective absorption of pulsed radiation. Science, v. 220, n. 4596, p. 524-527, 1983. BABILAS, P. et al. Intense pulsed light (IPL): a review. Lasers in Surgery and Medicine, v. 42, n. 2, p. 93-104, 2010. BORGES, F. S. Fisioterapia Dermato-Funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. Editora Phorte. São Paulo, v. 1, p. 33-127, 2010. CATORZE, M. G. Laser: Fundamentos e indicações em dermatologia. Med Cutan Iber Lat Am, v. 37, n. 1, p. 5-27, 2009. CAUCANAS, M. et al. Intense pulsed-light therapy for proliferative haeman- giomas of infancy. Case reports in dermatological medicine, v. 2, 2011. CLEMENTONI, M. T. et al. Intense pulsed light treatment of 1,000 consecutive patients with facial vascular marks. Aesthetic plastic surgery, v. 30, n. 2, p. 226-232, 2006. CROCCO, E. I; MANTOVANI, P. A.; VOLPINI, B. M. F. Em busca dos trata- mentos para Striae Rubra e Striae Alba: o desafio do dermatologista. Surgical & Cosmetic Dermatology, v. 4, n. 4, p. 332-337, 2012. DE SICA, R. C. P. Estudo comparativo pré e pós luz intensa pulsada no tra- tamento do fotoenvelhecimento cutâneo: avaliação clínica, histopatológica e imunoistoquímica. 2009. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. GOLDBERG, D. J. Current trends in intense pulsed light. The Journal of clinical and aesthetic dermatology, v. 5, n. 6, p. 45, 2012. HEDELUND, L. et al. Ablative versus non‐ablative treatment of perioral rhytides. A randomized controlled trial with long‐term-blinded clinical eva- luations and non‐invasive measurements. Lasers in surgery and medicine, v. 38, n. 2, p. 129-136, 2006. HERNÁNDEZ‐PÉREZ, E; COLOMBO‐CHARRIER, E; VALENCIA‐IBIETT, E. Intense pulsed light in the treatment of striae distensae. Dermatologic surgery, v. 28, n. 12, p. 1124-1130, 2002. KALIL, C. Laser e Outras Fontes de Luz em Dermatologia. Elsevier Brasil, 2011. 20 Eletrotermofototerapia Material Teórico Criolipólise e Radiofrequência Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Aline Azevedo Caniçais Revisão Textual: Prof.ª Me. Natalia Conti • Criolipólise; • Radiofrequência. • Proporcionar aos profi ssionais de estética um conhecimento mais amplo dos con- ceitos, aplicabilidades e técnicas de aplicação desses tipos de terapias empregadas na estética; • Trabalhar de forma correta e segura, além de equipamentos mais utilizados nos tratamentos. OBJETIVO DE APRENDIZADO Criolipólise e Radiofrequência Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento,
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