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FINANÇAS-CORPORATIVAS-E-CONTABILIDADE-GERENCIAL

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1 
 
 
FINANÇAS CORPORATIVAS E CONTABILIDADE 
GERENCIAL 
1 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO........................................................................................................ 3 
CONCEITO 4 
CONCEITO HISTÓRICO ........................................................................................ 6 
PRINCIPAIS TERMINOLOGIAS............................................................................. 8 
Ciclo Econômico ........................................................................................................ 8 
Ciclo Operacional ....................................................................................................... 8 
Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa............................................................................. 8 
Giro de Caixa ............................................................................................................. 8 
Custos, despesas ou investimentos? ..................................................................... 8 
Custos ........................................................................................................................ 9 
Despesas ................................................................................................................... 9 
Investimentos ............................................................................................................. 9 
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DAS FINANÇAS ........................................... 10 
COMO AS FINANÇAS COPORATIVAS SÇÃO TRABALHADAS ........................ 10 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ...................................................................... 11 
ANÁLISE DE RENTABILIDADE ........................................................................... 11 
A importância das decisões financeiras .................................................................. 12 
PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO ..................................................... 13 
GESTÃO DE ATIVOS E PASSIVOS .................................................................... 13 
COMO MEDIR A SAÚDE FINANCEIRA DO NEGÓCIO ...................................... 14 
Faturamento ............................................................................................................. 14 
Recebimentos .......................................................................................................... 14 
Custos fixos e variáveis ............................................................................................ 15 
Índice de endividamento .......................................................................................... 15 
Ticket médio ............................................................................................................. 16 
Ponto de equilíbrio ................................................................................................... 16 
Demonstração do resultado do exercício ................................................................. 16 
CONTABILIDADE GERENCIAL ........................................................................... 17 
Planejamento e Controle .......................................................................................... 25 
2 
 
 
Função da Controladoria ...................................................................................... 28 
Sistema de Informações Gerenciais......................................................................... 30 
O papel da Contabilidade Gerencial na Tomada de Decisão das Empresas ........... 36 
A Contabilidade como mecanismo Gerencial ........................................................... 39 
CONCLUSÃO ....................................................................................................... 42 
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 43 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Você já deve ter ouvido falar ou lido em algum lugar que a gestão financeira é o 
coração de um empreendimento. Que é por meio dela que se fornece o suprimento 
para todas as áreas, e que seu mau funcionamento pode comprometer gravemente 
o desempenho dos negócios. E é muito provável que você já tenha percebido, na 
prática, o quanto a analogia é verdadeira: cuidar bem das finanças corporativas da 
sua empresa equivale a mantê-la sempre saudável, e pronta para os desafios que o 
mercado impuser. 
Sim, o assunto finanças corporativas é tão importante assim. É fundamental que 
você, como o principal responsável pela gestão do seu negócio, esteja devidamente 
capacitado para mantê-las em ordem. É indispensável que, na qualidade de cérebro, 
você consiga promover o funcionamento perfeito do coração – ou que ao menos tenha 
alguém de confiança para fazer isso. E o objetivo deste artigo é te ajudar nesta tarefa 
vital. 
Manter as finanças corporativas em ordem é uma tarefa importante para qualquer 
negócio. Apesar dessa frase ser uma premissa básica no ambiente organizacional, 
realizar uma projeção minuciosa com dados consistentes e uni-los de uma maneira 
que permita uma análise completa não é algo simples. 
As empresas de serviços, por exemplo, lidam com um “produto” intangível. Isso faz 
com que os cálculos financeiros sejam bem diferentes de uma indústria de produtos. 
Cria-se, assim, a necessidade dos serviços de um profissional com conhecimento 
apurado sobre finanças corporativas, desde o seu conceito até a forma como são 
feitas as medições da saúde financeira. Além disso, fornece dados e dicas que 
ajudam a manter a sustentabilidade do empreendimento. 
Conhecer os principais fundamentos de finanças corporativas é essencial para 
o contador se desenvolver no mercado, conseguir mais clientes e adquirir mais 
conhecimento. Isso tudo não só para executar com qualidade as principais tarefas do 
dia a dia. Mas também para tomar decisões estratégicas embasadas e assessorar 
empresas e gestores da melhor forma possível. 
4 
 
 
Para ingressar no mundo financeiro, é preciso, antes de tudo, entender o conceito de 
finanças corporativas e outros fundamentos relacionados ao assunto. 
 
 
(Fonte: https://www.ibe.edu.br/financas-corporativas-como-fazer-uma-gestao-eficiente/) 
 
CONCEITO 
A definição formal de Finanças Corporativas diz que a área é responsável por tomar 
todas as decisões financeiras a respeito de um negócio, utilizando as ferramentas e 
análises necessárias para isto. Tem como principais objetivos maximizar a 
valorização da empresa e, simultaneamente, administrar os riscos financeiros 
existentes. 
Para muitas pessoas o surgimento das empresas teria ocorrido junto do nascimento 
do capitalismo moderno, em meados do século XVI. No entanto, a história empresarial 
começou bem antes, sendo uma criação medieval. Desde então, as finanças 
corporativas fazem parte do dia a dia de empreendedores e colaboradores. Mas, 
afinal, como podemos definir esse termo? 
5 
 
 
As finanças corporativas estão ligadas aos estudos realizados sobre as decisões 
ligadas ao dinheiro de um negócio, o que, basicamente, envolve tudo que é decidido 
dentro do empreendimento, não importa a área. 
O conceito é embasado no princípio de maximização do valor de uma empresa. Por 
meio das finanças corporativas, serão decididas questões como os investimentos a 
serem realizados, a necessidade de financiamento de projetos por terceiros, o correto 
estabelecimento dos dividendos, pagamentos de contas, separação de gastos fixos 
e variáveis, entre outras ações. 
Em termos corporativos, finanças representam o conjunto de atividades que definem 
a destinação, o controle e a administração dos meios financeiros inerentes à empresa 
a seus proprietários ou a seus investidores no âmbito do negócio. Representam os 
esforços para obter o melhor proveito dos recursos de valor e seu principal objetivo é 
elevar a cotação da empresa e promover o equilíbrio adequado entre rentabilidade,risco e liquidez. 
O processo de definição da melhor alternativa de captação ou aplicação de recursos 
não constitui tarefa simples se levarmos em conta, por exemplo, a complexidade e o 
dinamismo do ambiente econômico-financeiro em que o negócio está imerso, questão 
que se torna ainda mais decisiva ante as pressões incrementadas pelo fenômeno da 
globalização dos mercados. 
Em última análise, tais dificuldades e o expressivo crescimento do setor financeiro 
acabam ocasionando impactos significativos na economia de modo geral quando 
algumas organizações entram em colapso por recorrer a expedientes ou instrumentos 
aleatórios de gestão financeira sem avaliar adequadamente a repercussão sobre seus 
objetivos, estratégias e resultados. A consequência, de maneira lúdica, seria como se 
uma máquina já a todo vapor por ter recebido novos componentes, de súbito, por 
motivo de defeito ou inadequação dos mesmos, tivesse que reaproveitar os antigos. 
 
 
6 
 
 
CONCEITO HISTÓRICO 
Voltando ao túnel do tempo em 1929/30 tivemos um dos maiores abalos mundiais 
que contaminou o mundo empresarial; naquele momento vivia-se a sede pelo rápido 
crescimento industrial e o modelo desenvolvido a época foi o modelo de gestão 
empresarial direcionado a captação de recursos; e assim os investidores foram os 
holofotes da época; imagina que a sede ao crescimento foi tanta que o valor dos 
papeis (títulos negociados) descolaram-se do real da valor de geração de riqueza da 
empresa; ou seja a empresa tinha uma valor de R$ 10,00 e os seus papeis passaram 
a ser negociados por R$ 100,00. 
Como o ágio foi superior ao real valor de criação de riqueza da empresa; costumamos 
dizer que de vez em quando a música para e aquele que estiver mais distante da 
cadeira é excluído da brincadeira. A música é o mercado e em momentos de crise a 
tendência é que o valor de mercado do título busque o valor real do ativo e todo aquele 
ágio construído se derrete da “noite para o dia”. 
Então, após o período do alto crescimento de 1919/30 tivemos a “grande depressão” 
e a preocupação a época dos acadêmicos voltaram-se ao estudo da liquidez e da 
solvência empresarial; e diversos indicadores da análise financeira surgiram, tais 
como: Liquidez corrente, liquidez seca; liquidez imediata entre outros e permanecem 
como ricas fontes de estudo até o dia de hoje. 
Na década de 40 e 50; passada a depressão de 1929 retomou-se o crescimento e 
investimento; mas agora com um pouco mais de cautela e a empresa passou a ser 
avaliada como uma aplicadora de recursos no objetivo de remunerar adequadamente 
os seus provedores de capital e a ênfase nos investimentos e os modelo desta época 
foram: Conceitos de valor presente líquido, tempo de recuperação de capital 
(payback); Taxa interna de retorno de um projeto (TIR); entre outros tais como 
rentabilidade dos ativos (ROI) e modelos de precificação dos ATIVOS (CAPM) na 
aplicação da teoria de Keynes com investimento agregado como a preocupação 
central das nações e das organizações. 
 
 
 
 
 
7 
 
 
No final da década de 50, Modigliani e Miller dão início à moderna teoria de 
finanças com estudos sobre a irrelevância da estrutura de capital na linha de 
pensamento que o valor de um ativo não deve ser analisado pela sua estrutura de 
financiamentos (participação do capital de terceiros provenientes dos Bancos em 
relação ao capital dos acionistas) e sim no foco em conhecer se o ativo é bom o 
suficiente para gera lucro antes das despesas financeiras; pois muitas empresas 
geram prejuízo não pela falha operacional; mas decorrente de um erro de capitação 
bancária a um custo superior a rentabilidade da empresa; resumindo: O ativo que 
deve ser analisado não no modelo de como ele é financiado. 
Na década de 90, devido a globalização o mundo passou a conviver com uma cesta 
de moeda diferenciadas no seu sistema financeiro; imagina uma empresa brasileira 
que compra matéria prima em dólar, produz internamente em real e vende para um 
país asiático. Assim surgiram metodologias da proteção cambial tais como: Evolução 
da gestão de risco com estratégias de derivativos, opções, swaps, hedges etc. 
Nos nossos dias estamos vivendo o fortalecimento dos mercados de capitais, onde 
as empresas têm a oportunidade de buscar na bolsa de valores recursos para 
financiar o seu crescimento e alguns modelos passam a ser necessário as que 
almejam, tais como: governança corporativa; avaliação do real valor de um ativo e 
entender o pensamento dos acionistas. 
Como verificamos os acontecimentos são cíclicos e quando comparamos os períodos 
os reflexos dos acontecimentos se repetem; quando analisamos abaixo a crise de 
1929 e seus efeitos verificamos uma semelhança profunda do a de 2008. 
 
8 
 
 
PRINCIPAIS TERMINOLOGIAS 
As finanças corporativas têm algumas terminologias próprias. Para compreender os 
conceitos fundamentais da área, é essencial saber quais são. 
 
Ciclo Econômico 
 
O ciclo econômico compreende o período em que o produto ou bem que será vendido 
permanece no estoque até sua venda. É equivalente ao Prazo Médio de Estoque 
(PME). 
 
Ciclo Operacional 
 
É o período entre a data da compra e a data do recebimento do valor obtido com a 
venda do produto. Para calcular o ciclo operacional, é preciso somar o ciclo 
econômico com o Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMR). 
 
Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa 
 
Período entre a data do pagamento de uma compra até a data do recebimento da 
venda da mercadoria. Calcule o ciclo financeiro ou de caixa subtraindo o ciclo 
operacional do Prazo Médio de Pagamento (PMP). 
 
 
Giro de Caixa 
 
O giro de caixa é o resultado da divisão do ciclo de caixa ou financeiro por 360 dias. 
Esse é o chamado ano comercial. 
 
Custos, despesas ou investimentos? 
Depois de conhecer o conceito e algumas das principais terminologias das finanças 
corporativas, o ponto essencial para quem quer compreender o básico sobre o 
assunto é saber como diferenciar o que é custo, despesa ou investimento. 
9 
 
 
Apesar de, à primeira vista, parecerem termos similares, na prática, são bem 
diferentes para uma empresa. Entenda o que quer dizer cada um deles: 
Custos 
São considerados custos todos os gastos que são feitos pela empresa na aquisição 
de bens e/ou serviços que são usados na produção de outros bens e/ou serviços. A 
compra de uma matéria-prima, por exemplo, é considerada um custo para a empresa. 
Também entram nesta categoria salários, encargos e benefícios pagos para o quadro 
de funcionários de chão de fábrica e aluguel do espaço em que a fábrica funciona. 
A depreciação de máquinas e equipamentos usados na produção também entra na 
categoria custos. Tendo isso em mente, é importante entender que os gastos que não 
estão diretamente relacionados à produção, não devem ser chamados de custos. 
Despesas 
Se os custos estão relacionados à produção, as despesas são aqueles gastos que a 
empresa tem para manter sua estrutura organizacional e, também, para ter receitas. 
Aluguel do escritório; seguro do escritório; salário, encargos e benefícios pagos para 
os funcionários administrativos; comissões de venda e luz, água e gás consumidos 
pelo escritório. Todos esses, por exemplo, são considerados despesas. 
Investimentos 
São considerados investimentos todos os gastos ou aplicações de recursos que são 
feitos com a expectativa de, no futuro, ter algum retorno financeiro. Os gastos que a 
empresa tem com a aquisição de bens patrimoniais, como instalações e máquinas, 
por exemplo são considerados investimentos. A compra de um imóvel para ser a sede 
da empresa também é considerada investimento. 
Tenha em mente que custos, despesas e investimentos são tipos de gastos. 
Conceitualmente, para as finanças corporativas, pode ser considerado um gasto toda 
a compra de produto ou serviço que gere sacrifício financeiro para a empresa 
(desembolso). Esse sacrifícioé feito por conta da entrega – ou, então, da promessa 
de entrega – de ativos, geralmente dinheiro. 
É muito importante não confundir gasto com desembolso, que é toda saída de 
dinheiro do caixa corporativo ou das contas bancárias do negócio. 
10 
 
 
São exemplos de desembolso: pagamentos feitos a fornecedores; pagamentos de 
contas de consumo, como água, luz, gás etc. Como exemplos de gastos pode-se citar 
as matérias-primas que são usadas no processo produtivo, a água utilizada na área 
de produção de bens que serão vendidos etc. 
Além de custo, despesa e investimento, há, ainda, a perda, que é o gasto que a 
companhia realiza quando um serviço ou bem tem consumo que foge do normal. Por 
exemplo, em casos de incêndios, greves, inundações, desmoronamentos e similares. 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DAS FINANÇAS 
Ao controlar as finanças, a empresa tem consciência sobre a sua real situação 
financeira. Ou seja, sabe exatamente quanto tem em caixa, os valores que podem ser 
investidos, entre outras variáveis. 
 
Ter esse tipo de administração de recursos também é importante para os estudos da 
viabilidade de projetos, a necessidade de fontes de crédito, estabelecimento de 
estratégias para captar a confiança de credores, além da promoção do uso eficaz e 
racional dos recursos disponíveis. 
 
Enfim, conhecer os pormenores financeiros ajuda no processo de sinergia entre os 
setores. Assim, a organização tem controle sobre as necessidades financeiras de 
cada um, alocando os recursos de acordo com as demandas. 
 
COMO AS FINANÇAS COPORATIVAS SÇÃO TRABALHADAS 
Como foi visto até aqui, as finanças são muito mais do que uma conceitualização que 
envolve o pagamento de contas e investimentos. Dada a explicação do tópico 
anterior, agora, é preciso saber como trabalhá-las corretamente como um serviço. 
Vale lembrar que uma empresa de produtos e uma de serviços se diferenciam em 
alguns pontos. Um deles é na abrangência de sua atuação. Por exemplo, um negócio 
de serviços atua de maneira mais local. Dessa maneira, os empreendedores precisam 
atentar para a realidade econômica local, como formação de preços. 
Assim, as dicas serão úteis e ajudarão você a trabalhar com maior consistência nos 
diferentes tipos de negócio. 
11 
 
 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
O primeiro aspecto trabalhado quando se fala sobre finanças corporativas é o 
planejamento estratégico. Ele compreende uma série de etapas, como orçamento, 
estratégias, cenários, políticas diversas e ferramentas de controle orçamentário. 
No caso do orçamento, serão projetados receitas, despesas, custos e investimentos 
de cada um dos setores da empresa. O ideal é que ele seja realizado anualmente, 
sempre projetando os custos obtidos, para alinhar as estratégias da empresa. 
Na fase de elaboração de estratégias, a organização deverá alinhar as suas metas e 
objetivos. Para isso, será preciso levar em consideração a projeção de vendas dos 
serviços, custos que eles terão, investimentos e a situação financeira. Assim, será 
possível ter um cenário base para que o orçamento seja o mais fiel possível. 
Já no processo de elaboração de cenários, deverão ser considerados os cenários 
otimista, neutro e pessimista. Em cada um deles, deve ser feita uma projeção 
financeira, levando em consideração relatórios financeiros anteriores de operação e 
considerando percentuais de inflação, mercado, entre outros detalhes. 
O planejamento financeiro de empresas de serviços também precisa considerar 
algumas políticas, como recebimento (quais os meios de pagamento serão aceitos, 
prazos, entre outros), mas também de pagamento, formas de quitação dos seus 
fornecedores etc. 
Por último, o plano considera as ferramentas de controle que farão com que todas as 
atividades citadas sejam realizadas com eficácia, ou seja, softwares e planilhas, que 
ajudarão a manter as finanças em dia. 
 
ANÁLISE DE RENTABILIDADE 
 
Saber qual é a viabilidade econômica e financeira de um negócio ajuda a delimitar o 
valor cobrado pelo produto ou serviço, equilibrando as finanças, a fim de entender se 
o retorno sobre o investimento será algo positivo. Com isso, 
os empreendedores conseguem eliminar aqueles serviços ou produtos que não são 
vantajosos para a empresa, ou até mesmo reformulá-los para que se tornem mais 
atraentes para os consumidores. 
12 
 
 
Para que essa análise seja eficaz, é preciso atentar a alguns passos, como: 
 Projeção de vendas para cada um dos serviços oferecidos; 
 Projeção de custos, despesas e investimentos; 
 Projeção de fluxo de caixa mensal. 
Após as projeções de custos e vendas, o que ajuda na obtenção do fluxo de caixa, 
entra uma nova fase do processo: a análise de indicadores, que colabora com 
o processo de definição da viabilidade dos serviços oferecidos. 
Entre eles, está a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que representa o retorno 
mínimo esperado do investimento em um projeto, por exemplo. Para isso, leva em 
consideração variáveis como o capital disponível e a margem de lucro esperada. 
Outro indicador é o payback, referente ao tempo que o projeto levará para ser pago. 
Por exemplo, se foram investidos R$ 200 mil no negócio e, mensalmente, ele tem um 
retorno de R$ 20 mil, o payback será de 10 meses. 
 
A importância das decisões financeiras 
Tomar decisões financeiras acertadas deve ser um dos principais objetivos de 
qualquer profissional que trabalhe na área. Toda pessoa envolvida com a 
administração financeira de uma empresa deve entender que as decisões tomadas 
pelos gestores das finanças corporativas não são só importantes como, até mesmo, 
capitais para a sobrevivência da empresa, independentemente do setor de atuação. 
O processo de tomada de decisão nas finanças corporativas, a cada ano ganha risco 
e complexidade cada vez maiores no ambiente empresarial. São vários os pontos que 
devem ser considerados pelos profissionais que atuam na gestão das finanças. 
Dentre eles: taxas de juros cobradas, carga tributária, volume de crédito de longo 
prazo e variações inflacionárias. Além de possíveis alterações nas regras do 
mercado, que exigem flexibilidade dos contadores. 
Para tomar as melhores decisões financeiras, é fundamental entender as funções de 
um administrador das finanças e como executá-las da melhor forma. 
 Confira: 
13 
 
 
PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO 
 
O gestor das finanças deve ser apto para identificar quais são os desafios e problemas 
futuros, Além de selecionar quais são os ativos realmente rentáveis da empresa e 
estabelecer uma rentabilidade mínima para cada ativo. Ele também deve saber como 
evidenciar a necessidade de crescimento do negócio com base em dados e 
informações contábeis. 
Tomar as melhores decisões financeiras passa também por acompanhar e avaliar o 
desempenho das finanças do negócio. Fazer uma análise de possíveis desvios dos 
indicadores financeiros, realizando uma comparação do que foi previsto no 
planejamento e do que foi efetivamente realizado. Também é responsabilidade do 
profissional que atua ligado às finanças corporativas definir medidas corretivas, 
implementá-las e verificar se elas atingiram o resultado esperado. 
 
 
GESTÃO DE ATIVOS E PASSIVOS 
A gestão de ativos e passivos também faz parte do dia a dia das empresas, e é 
importante que você esteja atento quando for oferecer esse serviço em seu portfólio. 
Os ativos são os bens em posse da organização, como caixa, estoque e valores a 
receber. Podemos defini-los como os valores que poderão ser investidos e gerar fluxo 
de caixa. 
Enquanto isso, os passivos são as dívidas, ou seja, valores que precisam pagar ao 
longo do tempo. A administração desses bens prevê o uso de ferramentas que 
ajudem o investidor (empreendedor) a tomar decisões, criando a consciência sobre 
os riscos, o que aumenta as chances de sucesso. 
Para isso, é utilizada a técnica de Asset Liability Management (ALM), que auxiliano 
gerenciamento de riscos, evitando que haja a desintegração dos ativos e passivos. 
Ela permitirá ao empreendedor variar seu portfólio de investimentos, por exemplo. 
O trabalho da sua parte será administrar como isso será feito, visando à rentabilidade 
máxima e considerando variáveis. Algumas dessas são os fundos de pensão e 
também investimentos de acordo com as instituições financeiras. 
14 
 
 
COMO MEDIR A SAÚDE FINANCEIRA DO NEGÓCIO 
O controle financeiro empresarial é imprescindível, como pudemos ver até aqui. Logo, 
é preciso aprender a medir a saúde financeira do negócio. No tópico anterior, até 
mencionamos os indicadores de desempenho. A seguir, mostraremos mais alguns 
que podem ter um impacto significativo nas finanças, sendo essenciais para o seu 
trabalho. 
Faturamento 
 
O faturamento é o resultado da soma das vendas realizadas pelas empresas em 
determinado período, tanto de produtos quanto de serviços. Ele pode (e deve) ser 
feito mensalmente e anualmente. 
Esse aspecto ajuda a ter um panorama sobre o desempenho financeiro do 
empreendimento. Vale lembrar que é preciso considerar não só o faturamento bruto, 
como também o líquido. Enquanto o primeiro leva em conta todo o montante recebido, 
o segundo, por sua vez, considera o total recebido menos os impostos pagos em cada 
venda. 
Recebimentos 
 
É preciso destacar que recebimento e faturamento não são a mesma coisa. Imagine 
que a empresa está vendendo uma grande quantidade de produtos, mas pode não 
ter recebimentos proporcionais. Isso se dá quando a opção de parcelamento e vendas 
a prazo é mais comum. 
O recebimento precisa estar próximo do faturamento — esse é o ideal. Por isso, é 
importante medir o índice de recebimentos, a fim de avaliar se há inadimplência alta, 
as principais causas, bem como o estabelecimento de estratégias para fazer 
as cobranças. No último caso, como o serviço é oferecido por você, é importante estar 
atento aos tipos de ações ideais para os diferentes negócios. 
 
 
 
 
15 
 
 
Custos fixos e variáveis 
 
Os custos podem ser classificados de diferentes maneiras, como você já deve saber. 
Para medir a saúde financeira de uma empresa, um dos primeiros passos ao qual 
você deve ter atenção é o custo fixo. Esse tipo de despesa não muda, mesmo que a 
produção aumente ou diminua, e está ligado diretamente à manutenção estrutural e 
operacional do negócio, como aluguel, serviços de segurança e limpeza, entre outros. 
Apesar da mudança constante, o conhecimento sobre os custos variáveis é 
igualmente importante. Eles variam de acordo com o aumento ou diminuição da 
produção. No caso de empresas de serviços, elas dependem da demanda por eles, 
abrangendo desde a matéria-prima, energia elétrica até as comissões por vendas 
realizadas. 
Ambos são essenciais para elaborar o planejamento financeiro, principalmente, no 
que diz respeito às políticas de descontos, como redução de preço final cobrado do 
cliente, além de serem cruciais para manter um registro de contas e categorizá-las, o 
que contribui para o processo de sustentabilidade do empreendimento. 
Índice de endividamento 
 
Outro indicador que ajuda na verificação da saúde financeira de uma empresa é o 
seu índice de endividamento. Esse parâmetro deve ser utilizado na identificação da 
proporção de ativos da empresa que foram financiados por recursos de terceiros. Em 
outras palavras, aquelas dívidas que precisam ser liquidadas pelo negócio no futuro. 
É fundamental que seja feito o acompanhamento desse índice quando a empresa 
começa a contrair dívidas de financiamento. Entender sobre a evolução desse 
montante ajudará a garantir que as contas estejam sob controle. 
O cálculo é simples: o total de capital oriundo de terceiros (passivos de curto e longo 
prazos) é somado, e o número obtido é dividido pelo total de ativos em posse da 
empresa. Vale lembrar que um índice de endividamento insatisfatório não significa 
que o empreendimento não é sustentável e nem o contrário, sendo preciso considerar 
outras variáveis nesse cálculo. 
16 
 
 
Ticket médio 
 
 ticket médio tem um grande impacto sobre as finanças de um negócio. Ele é um 
indicador que corresponde ao valor médio das vendas, sendo embasado no volume 
de vendas realizadas em um período. 
O cálculo ajuda na identificação das necessidades de adaptação estratégica, reforço 
nos investimentos e também na equipe de vendas. Além disso, mostra o quanto a 
empresa vende, o impacto dos custos de produção e interferências na escolha de 
compra. 
 
Ponto de equilíbrio 
 
O chamado Break Even Point ou ponto de equilíbrio financeiro (PEF) é um ponto que 
diz respeito à paridade financeira de receitas totais e despesas em um período 
determinado. Esse indicador permite um cálculo sobre o faturamento mínimo mensal 
necessário para um negócio cobrir os gastos. Portanto, esse valor serve tanto para 
gastos fixos quanto variáveis, além de quanto é necessário para começar a lucrar. 
Para avaliá-lo, é necessário considerar as atividades desenvolvidas e o setor de 
atuação do empreendimento. Por meio dele, também será possível definir as 
necessidades de um capital de giro maior, mas também a possibilidade de 
investimento dos recursos que sobram, para evitar paradas de caixa. 
 
Demonstração do resultado do exercício 
 
Uma das melhores maneiras de entender sobre as finanças de um negócio é por meio 
de sua DRE. Esse relatório financeiro conta com dados sobre receita bruta 
operacional, custos de vendas, despesas e lucro líquido. Tudo isso serve de base 
para que você possa trabalhar nas finanças de um negócio, tendo a correta visão 
sobre como ele investe o seu dinheiro, mas também como e quais são os custos 
embutidos nele, bem como o que pode ser feito para diminui-los. 
17 
 
 
Aliás, por ser um documento obrigatório e oficial, os dados precisam estar indicados 
com o máximo de fidelidade. Logo, essa será a base de todo o seu trabalho, visto 
que, para fazer o uso de qualquer indicador acima, é preciso ter informações 
consistentes. 
A entidade empresarial, dentro de uma sociedade, é uma provedora de 
riquezas, empregos, expectativas pessoais, arrecadação de tributos, etc. No modelo 
capitalista, as entidades empresariais possuem importante papel na geração de 
riquezas, produtos, serviços, tendências e bem-estar de uma sociedade. Tais 
entidades encontram-se inseridas em um contexto social: seja ele político, 
econômico, religioso, cultural e regional de uma Cidade, Estado ou Nação. 
Influências internas e externas são latentes no processo de gestão de uma entidade 
empresarial, seja ela com ou sem fins lucrativos; Indústria, Comércio ou Serviço; 
Entidade Privada ou Pública. Tais processos de gestão estão relacionados a diversos 
aspectos empresariais, seja por exigências de regulamentação, adoção de boas 
práticas de governança, transparências nas decisões, etc. Nas Ciências Sociais 
aplicadas, linha de conhecimento da Administração de Empresas, existem inúmeras 
 
CONTABILIDADE GERENCIAL 
Ferramentas e abordagens de gestão que são utilizadas pelos seus gestores no 
processo de administração das entidades empresariais. 
Uma entidade empresarial, como um corpo humano, é um sistema em funcionamento 
interagindo com variáveis internas e externas. O corpo humano interage com os 
órgãos vitais para a sobrevivência do sistema imunológico, com suas respectivas 
estruturas: Sistema Digestivo, Sistema Respiratório, Articulações, etc. e, com 
variáveis externas como alimentação e clima que são fundamentais para o bem-estar 
do corpo humano. A entidade empresarial para o seu funcionamento e sobrevivência 
necessita de áreas (operacional e não operacional) ou departamento (comercial, 
operacional, financeiro, recursos humanos, controle de qualidade, expedição) para 
executar suas funções vitais de sobrevivência e para a geração dos recursos 
necessários para a sua sobrevivência.18 
 
 
A contabilidade ao longo dos anos tem deixado de ser apenas a demonstração pura 
dos números, ela vem atendendo de maneira a proporcionar subsídios estratégicos 
nas tomadas de decisões nas mais diversas áreas das empresas, visando a melhora 
nos processos internos, diminuição de custos, alavancagem operacional e otimização 
dos recursos com pessoal. 
O crescimento irregular e volúvel de uma organização pode trazer consequências 
graves em seu desenvolvimento financeiro, sua expansão e solidificação de mercado, 
chegando muitas vezes a grandes endividamentos e até mesmo situações onde a 
solução é encerrar as atividades. Uma empresa mal estruturada e sem visão de seus 
acontecimentos contábeis, será uma presa fácil para o mercado competitivo, sem 
uma visão adequada ela não terá capacidade de expansão e solidificação. 
Para buscar o entendimento sobre contabilidade gerencial se faz necessário resgatar 
o conceito de contabilidade. Sendo a contabilidade uma das ciências mais antigas da 
humanidade, seu objetivo principal é registrar informações (econômicas, financeiras) 
e demonstrar as alterações do patrimônio das organizações, servindo de base e 
auxiliando os gestores no processo decisório sobre alocação de recursos. 
A Contabilidade é uma das ciências mais antigas do mundo. Existem diversos 
registros de que as civilizações antigas já possuíam um esboço de técnicas contábeis. 
Em termos de registros históricos, é importante destacar a obra Summa de 
Arithmetica, geometria, proportioni et proportionalita, do frei Luca Pacioli, publicado 
em Veneza em 1494. Mais recentemente, com o desenvolvimento do mercado 
acionário e o fortalecimento das sociedades anônimas como forma de sociedade 
comercial, a Contabilidade passou a ser considerada também como um importante 
instrumento para a sociedade em geral (Basso, 2005). 
19 
 
 
 
A Contabilidade é uma atividade fundamental na vida econômica. Mesmo nas 
economias mais simples ela é necessária para organizar a documentação dos ativos, 
das dívidas e das negociações com terceiros. O papel da Contabilidade torna-se 
ainda mais importante nas complexas economias modernas, posto que os recursos 
são escassos, e o gestor tem de escolher, entre as alternativas possíveis, as 
melhores, e para identificá-las são necessários os dados contábeis. 
Padovese (1996) observa que, em sentido amplo, a Contabilidade trata da coleta, 
apresentação e interpretação dos fatos econômicos; a Contabilidade Gerencial é 
utilizada para descrever essa atividade dentro de uma organização e a expressão 
Contabilidade Financeira quando essa organização presta informações a terceiros. 
A Contabilidade Gerencial, segundo Pizzolato (2000, p. 195) “produz informação útil 
para a administração, a qual exige informações para vários propósitos tais como: 
auxílio no planejamento; na medição e avaliação de performance; na fixação de 
preços de venda e na análise de ações alternativas.” 
Para Atkinson et al (2000 p. 36) “contabilidade gerencial é o processo de identificar, 
mensurar, reportar e analisar informações sobre os eventos econômicos das 
empresas” 
 
 
 
20 
 
 
A Contabilidade teve que se aperfeiçoar, desenvolvendo novas ferramentas para dar 
suporte à gestão das empresas, transformando os fatos ocorridos em trampolins para 
alavancagens futuras, buscando atualizar-se no mercado a fim de oferecer 
informações mais claras e precisas, conforme descreve Horngren et al (2004 p. 4), a 
“contabilidade gerencial é o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, 
preparar, interpretar e comunicar informações que auxiliem os gestores a atingir 
objetivos organizacionais. 
Entende-se que a contabilidade, além de ciência social, é a técnica de registrar, 
interpretar, demonstrar e estudar todos os fatos que afetam o patrimônio das 
organizações, ou seja, seus bens, seus direitos e suas obrigações, fornecendo 
informações úteis para o processo decisório. Conforme Sant'Anna (2012): "A 
Contabilidade é a ciência que, através de seus princípios e conceitos, registra as 
transações financeiras de forma que permite o controle efetivo do patrimônio de uma 
entidade". 
Assim, a contabilidade gerencial vem trazendo o conhecimento e o suporte 
necessário para que a gestão possa manter os controles interno e externos das 
empresas em pleno funcionamento e com o mínimo de falhas possíveis. 
De acordo com a visão de Padovese (1996), a Contabilidade Gerencial apresenta 
subdivisões que irão compor o sistema de informações gerenciais. Estas serão 
apresentadas a seguir. 
- Contabilidade de Custos: os custos industriais são detalhados, 
departamentalizados e computados, permitindo saber o custo unitário de cada 
produto, custo total da fábrica, preço de venda, ponto de equilíbrio. A emissão de 
relatórios é feita por produto, por setor, por filiais e por unidades de negócios. 
21 
 
 
 
 
- Controle da Folha: a folha de pagamento serve à Contabilidade Gerencial para 
obter dados referente aos custos de pessoal, para compor a Contabilidade de Custos 
e para simulações de evolução por reajustes, por tempo de serviço, acordos de 
dissídios com sindicatos, modificações no INSS, Imposto de Renda e outros. 
 
 
 
 
 
22 
 
 
- Controle de Estoques: controle unitário dos custos de aquisição ou custo de 
fabricação dos produtos em estoque 
 
- Controle de Gastos Gerais: divisão e distribuição das despesas ou investimentos 
por unidade, setor ou departamento, visando a obter a evolução dos gastos por local 
e geral da empresa. Contas a Pagar e Contas a Receber: as duplicatas a pagar, por 
compras a prazo, são controladas por data de vencimento, permitindo simulações 
futuras de desembolsos de caixa. As duplicatas a receber, por vendas a prazo, são 
controladas por volume, valores e prazos, para cobrança bancária ou local, e informa 
ao caixa sobre futuros ingressos. 
23 
 
 
 
- Sistema Orçamentário: as informações passadas e previsões futuras são utilizadas 
para a orçamentação. O sistema compreende a previsão, o controle e a avaliação. 
24 
 
 
 
- Fluxos de Caixa: previsões de ingressos e desembolsos de curto prazo. 
 
- Análise Financeira: a checagem e o feedback servem para obter cálculos 
comparativos dos resultados alcançados em determinado período, para toda a 
empresa e segmentada por tipo de gerências. 
25 
 
 
 
Neste sentido, a Teoria Geral de Sistemas surge como uma ferramenta de apoio para 
a análise e a solução de problemas complexos, permitindo estudar um problema em 
partes, sem perder a visão do todo e o relacionamento entre as partes. 
Segundo Padovese (1996), os sistemas de informações gerenciais podem ser 
definidos como um conjunto de partes integrantes e interdependentes (objetivos, 
entradas, processo de transformação, saídas, controle, avaliação e retroalimentação) 
que formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada 
função. 
Planejamento e Controle 
Segundo George e Jones (2008), "planejar é um processo que os gerentes usam para 
identificar e selecionar os objetivos e os cursos de ação adequados". Segundo os 
autores, "o plano organizacional que resulta do processo de planejamento detalha os 
objetivos da organização e especifica como os gerentes pretendem atingir esses 
objetivos". 
A contabilidade gerencial está diretamente ligada ao planejamento e controle de uma 
organização, seja de pequeno, médio ou grande porte, ambos são instrumentos de 
administração para os gestores. Para Padoveze (2010, p. 40), Se temos a 
contabilidade, se temos a informação contábil, mas não a usamos no processo 
26 
 
 
administrativo, no processo gerencial, então não existe gerenciamento contábil, não 
existe Contabilidade Gerencial. 
O conjunto de decisões e ações tomadas para ajudar uma organização a atingir seus 
objetivos é sua estratégia. Assim, planejar é tanto o processo de formular objetivoquanto o de formular estratégias (GEORGE & JONES, 2008). 
Shank e Govindarajan (1997), observam que o papel da informação contábil dentro 
de uma empresa é o de facilitar o desenvolvimento e a implementação das 
estratégicas gerenciais. 
Conforme Vico Mañas (2012), " Todo sistema de informações gerenciais é composto 
por fontes internas e externas à organização. Essas fontes permitem trazer fatos do 
passado, presente e projetar o futuro ou cenários prováveis". Desse modo, embora 
as finalidades para as quais se usa a informação contábil possam ser demonstradas 
de variadas formas, podemos agrupá-las em duas formas básicas: controle e 
planejamento. 
No que diz respeito ao controle, ele pode ser conceituado como a forma pela qual a 
gestão empresarial monitora seus processos internos, certificando se os objetivos 
traçados estão sendo alcançados e ajustando no caso de não conformidades. Para 
Marques (2004), "esse é um conceito bem amplo aceito pelos usuários da 
contabilidade que contrasta com a definição restrita, que resumia o controle a uma 
função quase policial dentro da empresa": 
 
27 
 
 
Segundo Horngren et al (2004 p. 300), “o sistema de controle gerencial é uma 
integração lógica das técnicas para reunir e usar as informações a fim de tomar 
decisões de planejamento e controle [...]”. 
Para Atkinson et al (2000 p. 567), “o planejamento estratégico, ou de longo prazo, 
consiste em desenvolver uma conexão de contratos inter-relacionados, explicita ou 
implicitamente, entre a empresa e seus grupos de stakeholders principais”. 
Segundo Martins (2010 p. 305), “controlar significa conhecer a realidade, compará-la 
com o que deveria ser, tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens 
e tomar atitudes para sua correção”. 
O planejamento e o controle operacional utilizam procedimentos e práticas 
preestabelecidas para monitorar o processo decisório, Gil et al (2010 p. 35). 
Segundo Atkinson et al (2000 p. 581), “controle é o conjunto de métodos e 
ferramentas que os membros da empresa usam para mantê-la na trajetória para 
alcançar seus objetivos [...] Três papéis importantes dos contadores gerenciais, são: 
1. Ajudar uma empresa a ficar sob controle. 
2. Identificar quando o processo está fora do controle. 
3. Dar suporte à aprendizagem da empresa. 
Contabilidade gerencial é a área da contabilidade onde se procura estabelecer e 
determinar o futuro no desenvolvimento de uma empresa. Trabalha alinhada ao 
planejamento estratégico e é extremamente importante para qualquer tipo de 
empresa. É através dela que se tem controle de todas as atividades financeiras, como 
empréstimos, contratações, investimentos, desinvestimentos, financiamentos, etc. 
Uma empresa que não possui o controle sobre tais atividades pode sofrer 
consequências financeiras e também tributárias. 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
Função da Controladoria 
No amplo contexto na gestão empresarial, surge a Controladoria como ferramenta de 
auxílio dos Gestores. No intuito de auxiliar no processo de controle econômico, 
financeiro e contábil, a área da Controladoria utilizando-se de ferramentas técnicas 
de sistemas ERP, metodologias gerenciais de custos, planejamento e finanças 
corporativas, contemplando o alinhamento na utilização das Normas Contábeis 
vigentes e a ampla legislação tributária (seja ela Municipal, Estadual ou Federal), 
auxiliará o gestor empresarial no monitoramento das operações empresariais que 
gerarão resultados financeiros, contábeis e econômicos da Entidade Empresarial. 
A área da controladoria em uma entidade empresarial segundo Padoveze 
“unidade administrativa dentro da empresa que, por meio da Ciência Contábil e do 
Sistema de Informação de Controladoria, é responsável pela coordenação da gestão 
econômica do sistema empresa”, define bem a amplitude do papel da Controladoria 
no processo de gestão empresarial. 
A controladoria no processo de gestão empresarial tem por finalidade gerar 
informações econômicas, financeiras e contábeis das rotinas operacionais passadas 
(contabilidade financeira), presente (mediante análises gerenciais) e futuras 
(planejamento econômico), para a tomada de decisão e análise das variáveis que 
impactam nas operações empresariais. Todavia, uma controladoria, alinhada com as 
necessidades de geração de informações no processo de gestão empresarial, 
necessita da interação do sistema de controladoria com as práticas de gestão 
adotadas pelas empresas, bem como a sinergia com o processo operacional da 
entidade empresarial controlada. Tal necessidade decorre das mutações 
empresariais que ocorrem em decorrência de variáveis internas e externas que a 
entidade empresarial está sujeita. 
Neste contexto, a controladoria, para o sentido amplo de seu papel no processo 
de auxílio nas tomadas de decisões na gestão empresarial, necessita agregar as 
variáveis sistêmicas e estruturais de cada entidade empresarial, unidade de negócios 
ou segmento empresarial, por meio de relatórios específicos, informações pontuais e 
ajuste nos critérios de mensuração de desempenho empresarial. 
 
29 
 
 
Estrutura da controladoria: Sua estrutura contempla todo o fluxo sistêmico e 
operacional que envolve a controladoria no processo de geração de informações para 
os gestores empresariais, desde os aspectos de funcionalidade dos Sistemas de 
Gestão Empresarial (ERP), quanto as funcionalidade da controladoria, à geração de 
informações aos stakeholders internos e externos até os critérios e ferramentas 
técnicas para a mensuração dos resultados apurados pela controladoria e seus 
alinhamentos operacionais com as áreas da entidade empresarial. Tais aspectos 
contemplam as informações geradas para os gestores internos (utilizam a 
contabilidade gerencial para a tomada de decisão) desde os externos (utilizam a 
contabilidade financeira para atender às necessidades de informações aos usuários 
externos). 
A Área Contábil Societária faz parte de algumas áreas são atreladas à 
controladoria nas entidades empresariais: 
A contabilidade societária (voltada para atender o público externo à entidade 
empresarial) possui alinhamento com a área da controladoria, visto que, em 
decorrência dos alinhamentos sistêmicos e operacionais, a área contábil escritura e 
elabora as Demonstrações Contábeis e evidencia todo o processo de gestão 
empresarial e as principais operações econômicas e financeiras de uma entidade 
empresarial. Em decorrência dos usos de sistemas de informática e das exigências 
legais, serve de base para todo o sistema de controladoria na entidade empresarial, 
alinhando o fluxo histórico dos eventos contábeis mediante um agrupamento de 
contas contábeis sintéticas e analíticas que constituem o Plano de Contas. 
30 
 
 
 
O plano de contas contábil é a base para a sistematização e para o 
agrupamento dos eventos econômicos e contábeis de uma entidade empresarial sob 
o aspecto sistêmico. 
Sistema de Informações Gerenciais 
Padoveze (2012), diz que ”as necessidades dos gestores das empresas, de 
informações contábeis para o processo de planejamento, execução e controle de 
suas atividades e para avaliação de desempenho, são supridas pelos diversos 
instrumentos de contabilidade gerencial por meio do sistema de informação contábil 
gerencial". 
Para Gil, Biancolino e Borges (2010 p. 11), “o sistema de informação é o produto de 
três componentes, tecnologia, organizações e pessoas, os quais devem interagir pra 
que o sistema atinja seu objetivo”. 
31 
 
 
 
Sistema de informação gerencial pode ser entendido como um conjunto de 
subsistemas de informações que processam dados e informações para fornecer 
subsídios ao processo de gestão de uma empresa HOJI (1999 p. 321). 
Segundo Padoveze (2010 p. 47), “para que a informação contábil seja usada no 
processo de administração, é necessário que essa informação contábil seja desejável 
e útil para as pessoasresponsáveis pela administração da entidade”. 
Para Horngren et al (2004 p. 6), “sistema de contabilidade é um mecanismo formal 
para recolher, organizar e comunicar informações sobre as atividades de uma 
organização. 
Para Atkinson et al (2000 p. 36), “sistemas gerenciais contábeis produzem 
informações que ajudam funcionários, gerentes e executivos a tomar melhores 
decisões e a aperfeiçoar os processos e desempenhos de suas empresas. 
Na visão de Abreu e Abreu (2002) um Sistema de Informações Gerenciais, também 
chamado de SIG, pode ser definido como o processo de transformação de dados em 
informações, as quais serão utilizadas na estrutura decisória da empresa e que 
proporcionam a sustentação administrativa visando à otimização dos resultados 
esperados. 
Por exemplo: podemos dizer que os valores das receitas brutas e das despesas 
buscados junto aos documentos da empresa são elementos na forma bruta, isto é, 
dados; já os valores do lucro bruto ou do lucro líquido representam os dados 
processados com um significado atribuído, ou seja, a informação. 
32 
 
 
Em resumo, o sistema de informações é um conjunto de procedimentos que coletam 
(ou recuperam), processam, armazenam e disseminam informações para o suporte 
nas tomadas de decisão, coordenação, análise, visualização da organização e 
controle gerencial, os quais devem permitir que a informação chegue no tempo certo 
e na forma certa e para a pessoa certa. 
Cabe lembrar, entretanto, que a empresa, dentro da Teoria Sistêmica, é tida como 
um sistema aberto, ou seja, que se relaciona e sofre pressões do meio ambiente, 
cujas dimensões de análise são: mão-de-obra disponível, tecnologia, governo, 
mercado, sindicatos, sistema financeiro, fornecedores, concorrentes, consumidores, 
sociedade em geral, etc. 
Os elementos que compõem os sistemas de informações podem ser definidos da 
seguinte forma: 
• Dados ⇒ conjunto de observações. Representam a “matéria-prima” que por si não 
permite assimilar conhecimento, ou ainda, não difunde nenhum significado; 
• Informação ⇒ é um dado processado de uma forma que é significativa para o 
usuário e que tem valor real ou percebido para decisões correntes ou posteriores; 
• Processamento ⇒ compreende o processo de transformação do dado em 
informação. 
33 
 
 
 
Abreu e Abreu (2002) salientam que as entradas representam as movimentações nos 
elementos que constituem o patrimônio da empresa, e são expressos em valores 
monetários. Estes originam fatos que geram lançamentos contábeis, os quais, após 
o processo de transformação, originam as demonstrações financeiras que 
normalmente são divulgadas para o conhecimento do público interessado, 
principalmente analistas, credores e investidores. 
Os sistemas igualmente fornecem relatórios internos ou externos, relativos a dados 
históricos que contribuem para a elaboração do orçamento das empresas e podem 
auxiliar na projeção de receitas, custos, despesas, financiamentos ou investimentos, 
os quais constituem instrumentos de ordem gerencial, destinados a subsidiar a alta 
administração no processo de planejamento, organização e controle dessas 
empresas. 
 
 
 
 
34 
 
 
Segundo Oliveira (1994), a informação também propicia à empresa um profundo 
conhecimento e o uso eficiente da sua estrutura a partir de seus recursos disponíveis 
(pessoas, materiais, equipamentos, tecnologia, dinheiro, informação), facilitando o 
planejamento, organização e controle dos processos, enfim, a gerência do negócio, 
tendo como propósito básico habilitar a empresa a alcançar seus objetivos. 
Ainda segundo Padoveze apud Gil (2010 p. 51 e 52), o Sistema de Informação 
Contábil deve produzir informações que possam atender aos seguintes aspectos: 
I – Níveis empresariais 
 Estratégico: Onde são desenvolvidos os processos permanentes e contínuos, sendo 
sempre voltados para o futuro, visando racionalidade nas tomadas de decisão e 
alocação de recursos organizacionais de forma mais eficiente possível. 
 Tático: Onde ocorre a intermediação entre o nível estratégico e o operacional, 
geralmente é projetado a médio prazo e abrange cada unidade da organização, 
traduzindo e interpretando as decisões do planejamento estratégico, transformando 
em planos concretos dentro das unidades da empresa. 
 Operacional: É a formalização dos objetivos e procedimentos, implementado as 
ações previamente desenvolvidas e estabelecidas nos baixos níveis de gerência 
(nível tático). Sua finalidade é desdobrar os planos táticos de cada departamento em 
planos operacionais para cada tarefa. 
 
35 
 
 
II – Ciclo administrativo 
 Planejamento: Decidir antecipadamente o que deve ser feito para alcançar 
determinado objetivo ou meta. 
 Execução: Envolve a coordenação dos recursos e das pessoas responsáveis pelas 
entregas de tarefas traçadas. 
 Controle: Monitoramento e avaliação do progresso do projeto, garantindo que os 
objetivos preestabelecidos sejam cumpridos dentro do planejado. 
 
III – Nível de estruturação da informação 
  Estruturada: São repetitivas e rotineiras, envolvem procedimentos predefinidos. 
  Semiestruturada: Envolve situações com alguma complexidade, apenas parte do 
problema possui resposta clara. 
 Não estruturada: Exige bom senso, capacidade de avaliação e perspicácia do 
tomador de decisão. 
36 
 
 
 
O papel da Contabilidade Gerencial na Tomada de Decisão 
das Empresas 
As empresas têm vivido momentos de grandes mudanças, as dificuldades e 
atualizações têm sido cada vez mais constantes no universo da contabilidade. Com 
tantas obrigatoriedades a cumprir e um mercado cada dia mais exigente, os bons e 
velhos relatórios de uma contabilidade financeira já não são mais eficientes para um 
mundo tão acelerado e competitivo, assim a contabilidade precisou se aperfeiçoar 
para suprir as necessidades das empresas, gestores, investidores, clientes. 
Hoje não se trabalha apenas com os dados de um balanço encerrado, é necessário 
ir, além disso, é preciso buscar através dessas informações uma forma de adiantar-
se ao acontecimento, projetar, pensar aonde quer chegar, com que tempo, com que 
custo, sabendo ao certo que decisão deve tomar e qual o momento oportuno para 
fazê-la. 
 
 
37 
 
 
Em busca de informações mais precisas para tomada de decisões, os diretores, 
gestores e gerentes tem se atentado para importância de uma contabilidade gerencial 
bem estruturada, onde com o uso de suas ferramentas é possível projetar cenários 
de campo econômico e administrativo, afim de evidenciar uma visão futura e traçar 
metas alcançáveis para empresa. Conforme descreve Atkinson (2000 p. 46), “os 
contadores gerenciais não podem esperar que um único conjunto padronizado de 
relatórios vá atender a todas as necessidades dos funcionários e dos gerentes”. 
Diante desses desafios, o tomador de decisões diário precisa identificar a melhor 
forma para entender o ambiente complexo e encontrar as melhores alternativas para 
se apoiar. "Tomar decisões é uma parte básica de toda tarefa desempenhada pelos 
gerentes" (JONES & GEORGE, 2008). Ainda, segundo os autores, "dentro de uma 
organização, os gerentes precisam lidar com muitas oportunidades e ameaças que 
podem surgir durante a utilização dos recursos organizacionais". Para lidar com essas 
oportunidades e ameaças, eles devem tomar decisões – ou seja, devem selecionar 
uma solução a partir de um conjunto de alternativas. 
Isso tem cooperado a cada dia para que a Contabilidade Gerencial ganhe seu espaço 
nas organizações, contribuindo com ferramentas primordiais no processo de decisão. 
Todas as informações financeiras, fiscais e patrimoniais geradas em uma empresa 
são processadas pela contabilidade e emitidos relatórios para atender as exigências 
legais. A contabilidade gerencial analisa esses documentos de maneira a extrair 
dessas informações contábeis, dados necessários para esclarecer eorientar seus 
gestores nas tomadas de decisão. Através das análises realizadas, o gerenciamento 
por meio da contabilidade poderá detectar os problemas e falhas nos processos 
executados nas entidades e juntamente com a administração buscar soluções 
para sanar as dificuldades e erros desses processos. Isso tem beneficiado as 
empresas, ajudando a antecipar-se aos acontecimentos, afim de tomar decisões de 
maneira mais clara, visualizando os dados passados de um balanço e trabalhando 
com relatórios de projeções futuras, evitando comprometer a vida financeira da 
empresa. 
 
 
38 
 
 
Ainda segundo Padoveze (2012 p. 28), “a função contábil na empresa e, 
consequentemente, sua grande importância implicam um processo de 
acompanhamento e controle que perpassa todas as fases do processo decisório[...]”. 
É necessário dentro do ciclo da tomada de decisão identificar o problema e analisar 
todas as alternativas existentes para eliminá-lo, seguindo os padrões já estabelecidos 
nos processos de planejamento e controle, para que através das informações 
levantadas, seja possível chegar a uma decisão com menos rico e o menor custo 
possível, para assim, realizar a implantação e seguir avaliando até a total eliminação 
do problema ou diminuição do mesmo. 
 
Portanto, os gestores precisam propor alternativas viáveis ao mesmo tempo em que 
devem certificar-se de que suas decisões tomadas correspondem ao problema 
evidenciado, e que as informações colhidas são, efetivamente, àquelas necessárias 
para a tomada de decisão adequada. 
 
 
 
39 
 
 
A Contabilidade como mecanismo Gerencial 
 
De acordo com Padoveze (2012), "o objetivo da contabilidade gerencial é atender a 
todos os aspectos da gestão das entidades onde se torna necessária a informação 
contábil. Portanto, sua abrangência é a empresa como um todo, desde as suas 
necessidades estratégicas e de planejamento até as suas necessidades de execução 
e controle". 
Ao passo que a contabilidade tradicional tem como função coletar e registrar todos os 
atos e todos os fatos administrativos relativos às atividades do negócio, elaborando 
demonstrativos que permitam a avaliação de sua situação econômico-financeira num 
dado momento do tempo ao atender métricas padronizadas de divulgação de 
informações, a contabilidade gerencial atua como uma ferramenta que tem como 
principal função facilitar o trabalho dos tomadores de decisões ao permitir que eles 
tenham acesso a tais informações, interpretando-as de formas flexíveis ao utilizar 
apenas as informações contábeis relevantes de forma seletiva e identificando aquilo 
que realmente pode fazer a diferença na tomada de decisão. 
Para Stair e Reynolds (2011), a contabilidade de gerenciamento envolve usar "dados 
tanto históricos quanto estimados para fornecer informações que a gerência usa para 
conduzir as operações diárias, no planejamento de futuras operações e no 
desenvolvimento de estratégias gerais do negócio". 
A contabilidade gerencial deve fornecer estas informações dentro de um 
planejamento e controle adequados, com capacidade para produzir informações 
estratégicas que façam a diferença para os processos decisórios. Por isso ela adquiri 
particular relevância, pois ao agregar todas as demais áreas da contabilidade 
(contabilidade financeira, contabilidade de custos, além da administração financeira) 
ela torna-se um desafio gerencial que necessita de visão sistêmica e visão de longo 
prazo. 
Para Sant'Anna (2012), "a contabilidade gerencial, por meio de informações mais 
precisas e atualizadas, permite a elaboração de relatórios gerenciais, tornando-os 
uma ferramenta útil que auxiliará o gestor em suas funções de análise e controle". 
 
40 
 
 
 
A contabilidade gerencial integra-se com as demais ciências como economia, 
finanças, marketing, gestão, etc, através das informações contábeis que alimentam 
os diversos sistemas de informações que são utilizados como a principal ferramenta 
gerencial nos processos decisórios. Além disso, a contabilidade gerencial tem como 
característica principal a ênfase na geração de relatórios atualizados orientados ao 
longo prazo, enquanto a contabilidade tradicional tem, apenas, orientação histórica, 
estática e atrasada. 
A relevância da contabilidade gerencial reside na identificação daquilo que realmente 
poderá fazer a diferença no processo decisório. Para Turban e Volonino (2013), "um 
bom planejamento é necessário, mas não é suficiente e precisa ser complementado 
por um controle hábil. Os sistemas de informação desempenham um papel 
extremamente importante ao dar suporte ao controle organizacional”. 
O conhecimento gerenciado de forma adequada tem se mostrado ser uma fonte de 
vantagem competitiva sustentável. O papel da informação, nesse contexto, é apoiar 
as decisões através do suporte dos sistemas que, de forma flexível, atuam e 
impactam no comportamento organizacional. 
Nesse sentido, a contabilidade gerencial através do sistema de informação 
contábil/gerencial deve contribuir como suporte às estratégias adotadas pela 
empresa. De acordo com Sant'Anna (2012), "são vários os usuários da contabilidade 
financeira e da contabilidade gerencial. Como em muitos casos seus interesses são 
diferentes, utilizam-se das informações contábeis geradas para a compreensão e 
obtenção de dados que os auxiliem em análises e/ou tomadas de decisões". 
Para que a contabilidade gerencial seja utilizada de forma efetiva ela precisa estar 
apoiada em uma contabilidade geral sólida que demonstre de forma realista a 
condição do negócio através de modelos padronizados que contemplem a legislação 
exigida. Do contrário, o gerenciamento não poderá ser empreendido e todo o esforço 
realizado será inútil. 
Para os autores Turban e Volonino (2013), "a contabilidade e as finanças controlam 
e administram o fluxo de caixa, os ativos, os passivos e o rendimento líquido ou lucro, 
assim como demonstrações contábeis às agências regulamentadoras. Outra 
responsabilidade fundamental é a prevenção, detecção e investigação de fraudes". 
41 
 
 
A utilização das informações contábeis para o processo decisório por parte dos 
gestores é a essência da contabilidade gerencial. Para tanto, é primordial que tais 
informações geradas a partir da contabilidade gerencial sejam planejadas e atendam 
à todas as necessidades informativas dos stakeholders internos. A contabilidade 
gerencial deve considerar todas as convenções relacionadas ao campo de atuação 
do negócio, como moedas, índices diversos, taxas, inflação, a fim de estabelecer 
métricas comparativas que sirvam de base para o processo decisório efetivo. 
Portanto, o gerenciamento contábil atua como uma importante base de apuração de 
tributos e encargos devidos, sendo também um instrumento de prestação de contas 
sobre o desenvolvimento e os investimentos realizados pela empresa aos seus 
stakeholders externos. A contabilidade gerencial, então, é uma ferramenta de gestão 
que dá suporte ao processo decisório ao utilizar técnicas e modelos flexíveis em 
conjunto com técnicas e modelos tradicionais, influenciando o comportamento 
gerencial, "avaliando resultados empresariais e desempenho dos gestores, em todas 
as etapas do processo de gestão" (PADOVEZE, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
 
 
Dominar os principais fundamentos de finanças corporativas é muito importante para 
contadores se destacarem no mercado. Ter o conhecimento necessário para elaborar 
estratégias e planos para o negócio faz toda a diferença e valoriza o 
profissional perante às empresas. 
Para evoluir ainda mais na profissão, não deixe de conhecer as principais 
terminologias das finanças corporativas. Sempre se atualize em relação aos principais 
conceitos da área que, assim como o mercado, está em constante evolução. 
Procure não ficar restrito apenas aos aspectos contábeis. Busquesempre 
informações também sobre finanças corporativas para conseguir prestar o melhor 
serviço possível aos seus clientes. Aliada às finanças corporativas, a contabilidade se 
torna estratégica para negócios de todos os portes e segmentos. Capacite-se, sempre 
leia sobre o assunto e os resultados não demorarão a aparecer. 
 
 
 
 
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