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Morfologia e citologia bacteriana Profa. Dra. Juliana Cogo CENTRO UNIVERSITÁRIO CESUMAR Black – Cap 4 Murray – Cap 12 Características gerais 2 Bactérias Procariontes Unicelulares Nutrição variada Autotróficas e heterotróficas Tamanhos, Formas e Arranjos (importância) Célula Procariótica x Eucariótica 3 Célula Procariótica x Eucariótica 4 Características Procariotos Eucariotos Tamanho usual da célula 0,2 a 2,0 µm >2,0 µm Núcleo Nucleóide - Sem membrana nuclear ou nucléolo Núcleo revestido por membrana e nucléolo Cromossomos Circular e único Linear e mais que 1 Organelas revestidas por membrana Ausentes Presentes Mitocôndria e lisossomos Retículo endoplasmático Complexo de Golgi Parede celular Usualmente presente, complexa (peptideoglicano) Quando presente, simples Esteróis em membranas Ausente Presente Divisão celular Fissão binária Mitose Ribossomos Coeficiente de sedimentação Dispersos no citoplasma 70s - citoplasma Ligados no retículo 80s - ligado a MBs 5 Unidade Metro (m) Centímetro (cm) Milímetro (mm) Micrometro (µM) Nanômetro (nm) µm 0,000 001 10-6 0,0001 10-4 0,001 10-3 1 1.000 103 nm 0,000000001 10-9 0,0000001 10-7 0,000001 10-6 0,001 10-3 1 Tamanho celular 6 Morfologia Bacteriana 7 Tamanho Variam de 0,3 por 0,8 μm até 10 por 25 μm. As espécies de maior interesse médico medem entre 0,5 a 1,0 μm por 2 a 5 μm. Morfologia Bacteriana 8 Forma Cocos Espiralada Bacilos Morfologia bacteriana – forma 9 Cocos Formas esféricas e ovaladas, achatadas em um dos lados quando unidas Staphylococcus aureus http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=staphylococcus+aureus&source=images&cd=&cad=rja&docid=jZmbeCA7X0BomM&tbnid=CUbn9Dm7GlfMXM:&ved=0CAUQjRw&url=http://triplehelixblog.com/2011/10/staphylococcus-aureus-horizontal-gene-transfer-scaring-antibiotics/&ei=5pY4UYDHBoe29QT93YCoAQ&bvm=bv.43287494,d.eWU&psig=AFQjCNFaZhJ3kM7BIJyMxF8KAIas0lsGQQ&ust=1362749510253687 Morfologia Bacteriana - Arranjos 10 Planos de divisão – definirão os arranjos Estreptococos (colar) Diplococos (pares) Tetracocos (4) Sarcinas (8) Estafilococos (cachos de uva) Morfologia Bacteriana 11 Arranjos - cocos Diplococos: cocos agrupados aos pares Neisseria gonorrhoeae Gonorréia Tétrades: agrupados de 4 cocos Sarcina: agrupados de 8 cocos formando um cubo Micrococcus: cocos em tétrade Morfologia Bacteriana 12 Arranjos - cocos Estreptococos: arranjos em forma de cadeia Streptococcus mutans Cárie Estafilococos: arranjos irregulares cachos Staphylococos aureus Morfologia Bacteriana 13 Formas de transição Morfologia bacteriana – forma Bacilos Formas cilíndricas ou em forma de bastão (bastonetes), Cocobacilos quando em tamanho intermediário entre coco e bacilo Porções terminais (pólos) da célula quadrados, arredondados, afilados ou pontiagudos Escherichia coli infecção intestinal e urinária Clostridium botulinum toxi-infecção alimentar - Botulismo Brucella abortus http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=brucella+abortus&source=images&cd=&cad=rja&docid=Knw3-XicRE8gVM&tbnid=ihCrFDSJpvayeM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.madrimasd.org/blogs/salud_publica/2007/05/30/66687&ei=-po4UZ_tCITq9ASil4GYBw&bvm=bv.43287494,d.eWU&psig=AFQjCNED9Q5AB8GqS00j4qAbbxrsYoHltA&ust=1362750540650338 Morfologia Bacteriana 15 Arranjos - Bacilos plano transversal de divisão Bacillus subtilis Corynebacterium diphtheriae Caulobacter Paliçada Rosetas Estreptobacilos Diplobacilos Mycobacterium tuberculosis (tuberculose) Morfologia Bacteriana 16 Arranjos - Bacilos Escherichia coli: bacilos individuais L. bulgaricus: estreptobacilos Salmonella tiphymurium: diplobacilo Morfologia bacteriana – forma 17 Vibriões, espirilos e espiroquetas Plano longitudinal de divisão, células individualizadas Espirilos (helicoidal) Vibrião (forma de vírgula) corpo rígido e se movem às custas de flagelos externos. Campylobacter jejuni Helicobacter pilory Morfologia Bacteriana 18 Vibriões, espirilos e espiroquetas Espiroquetas (espiralada): são flexíveis e locomovem-se provavelmente às custas de contrações do citoplasma Leptospira sp. Treponema pallidum http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=espiroqueta+treponema+pallidum&source=images&cd=&cad=rja&docid=u1457zHSCXO7EM&tbnid=p79ErlN3qagYzM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.kslfitness.com.br/blog/saude/dia-nacional-de-combate-a-sifilis&ei=ep04Uey9GIrU9QSLyYCgAg&psig=AFQjCNHA62zlO3_4lh2uHYTwoF02KHnKEw&ust=1362751008632453 Ultraestrutura bacteriana 19 Ultraestrutura bacteriana 20 Estruturas externas à parede celular Flagelo Fimbrias e Pili Glicocálice Parede celular Estruturas internas Membrana citoplasmática Mesossomos Citoplasma Nucleóide Ribossomos Citologia Bacteriana 21 Flagelos Frequente em bacilos e espirilos, mas raro em cocos Função: Locomoção Taxia: quimiotaxia e fototaxia Atríqueas: bactérias sem flagelo Filamento Proteína Flagelina lofotríquio monotríquio anfitríquio peritríquio Citologia Bacteriana 22 Lofotríquio Movimento em sentido único Monotríquio Movimento em sentido único Anfitríquio Movimento em zigue-zague Peritríquio Movimento em todos os lados girando Citologia Bacteriana 24 Flagelos - tipos de movimento Anti-horário - propulsão Horário - rotação Sinal quimiotático: positivo ou negativo Citologia Bacteriana 25 Fímbrias (pêlo) Função: Aderência às células superficiais do hospedeiro Mais numerosos, curtos, retos e finos que os flagelos Proteína - pilina Neisseria gonorrhoeae Citologia Bacteriana 26 Pili Função: mobilidade e transferência de DNA 1 ou 2 - mais longos que as fimbrias Proteína - pilina Pili F - relacionado com a transferência de material genético durante a conjugação bacteriana. Adiciona uma nova função a célula Ex: resistência a antimicrobianos R e c e p t o r a D o a d o r a Citologia Bacteriana 27 Cápsula / Glicocálice Funções: evitar a adsorção de bacteriófagos na célula aderência da bactéria em superfície - Biofilmes proteção das bactérias patogênicas da fagocitose e da desidratação Streptococcus pneumoniae Composição Polissacarídica - maioria Substâncias Poliméricas Extracelulares (SPE) Polipeptídica - minoria Biofilmes virulência Citologia Bacteriana 29 Cápsula / Glicocálice Cápsula Camada limosa Streptococcus mutans Streptococcus pneumoniae Só causa doença quando está encapsulado Utiliza a glicana, polímero de glicose, para formar biofilmes na superfície do dente e causar a cárie http://www.sciencephoto.com/media/13069/enlarge Citologia Bacteriana 30 Parede celular Estrutura complexa e semi-rígida 10-40% do peso seco Funções: Manter a forma característica da célula Proteção osmótica e mecânica Essencial para o crescimento e divisão celular “Responsável” pelas Reações Tintoriais Gram e ao Ziehl-Neelsen BGP são mais resistentes ao choque osmótico que BGN Citologia Bacteriana 31 Parede celular Composição Peptidioglicano (mucopeptídeo ou mureína) Gram-positiva Gram-negativa 20 - 25 nm 10 - 15 nm Peptideoglicano 15 a 50 % do peso seco da célula Peptideoglicano ± 5% do peso seco da célula Ácidos teicóicos (PC) Ácidos lipoteicóicos (MB) Fosfolipideos Lipopolissacarídeo Lipoproteínas Citologia Bacteriana 32 Parede celular Peptideoglicano ou mureína Ligação β-1,4 Dissacarídeorepetitivo NAG NAM NAG NAM NAG Citologia Bacteriana 33 Parede celular Peptideoglicano ou mureína NAG NAM NAG NAM NAG Cadeias laterais tetrapeptídicas 4 aa Citologia Bacteriana 34 Parede celular Gram-positivas polissacarídeos ácidos Passagem de íons 35 Parede celular bacteriana (Gram Positiva). FONTE: MADIGAN et al, 2004 Citologia Bacteriana 36 Parede celular Gram-negativas MEMBRANA EXTERNA: Serve como barreira seletiva que controla a passagem de algumas substâncias. Lipoproteínas - função de ancoragem MB externa - peptideoglicano 37 Parede celular bacteriana (Gram Negativa). FONTE: MADIGAN et al, 2004 Coloração de Gram 38 Baseado nas propriedades da parede celular Médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram Lugol (mordente – forma complexo insolúvel com o cristal violeta no citoplasma) 1 min Água destilada Cristal Violeta (cora o citoplasma de púrpura) 1 min Água destilada Etanol a 95% (álcool-acetona ou ambos) solvente lipídico rompe a camada externa de peptideoglicano das BGN Água destilada Safranina (cora o citoplasma das BGN) 45 seg Água destilada Microscópio óptico Coloração de Gram 39 Coloração de Gram 40 Citologia Bacteriana 41 Parede celular Micoplasmas: Não possuem parede celular; Possuem morfologia irregular esteróis na membrana citoplasmática proteção da lise Mycoplasma pneumoniae https://bio203june2012.wikispaces.com/Mycoplasma+pneumoniae https://bio203june2012.wikispaces.com/Mycoplasma+pneumoniae https://bio203june2012.wikispaces.com/Mycoplasma+pneumoniae Citologia Bacteriana 42 Estruturas celulares internas a parede celular Citologia Bacteriana 43 Membrana plasmática Função: Permeabilidade Seletiva: moléculas solúveis em água Transporte Ativo Sede de numerosas enzimas do metabolismo respiratório Respiração Celular Síntese de energia Síntese da parede celular Camada fina ~ 10nm FONTE: MADIGAN et al, 2004 Citologia Bacteriana 44 Membrana plasmática Bicamada fosfolipídica entremeada de proteínas globulares Composição: Fosfolipídeos: 20 - 30% Proteínas: 50 - 70% Principal diferença Não apresenta esteróis em sua composição Citologia Bacteriana 47 Citoplasma Sítio de reações químicas Composição 80 % de água ácidos nucleicos proteínas carboidratos lipídios íons inorgânicos compostos de baixo peso molecular Citologia Bacteriana 48 Ribossomos Partículas densas Função: síntese proteica Aderidas a membrana ou dispersas no citoplasma Citologia Bacteriana 49 Ribossomos Composição: subunidade menor 30S + subunidade maior 50S = 70S “S” - unidade de Svedberg Medida de sedimentação Células eucarióticas 80s Citologia Bacteriana 50 Nucleóide -- Cromossomo Fita única de DNA, circular, altamente enovelada, dispersa no citoplasma Funções: Armazenamento das informações genéticas; Pode ocupar até 20% da área do citoplasma; Não delimitado por MB Não possui Histonas Citologia Bacteriana 51 Plasmídios DNA extracromossomal enovelado Replicação autônoma Funções: Conferem vantagens a bactéria Genes Resistência a antibióticos Tolerância a metais pesados Síntese de toxinas Enzimas Ultraestrutura bacteriana 52 Estruturas externas à parede celular Flagelo Fimbrias e Pili Glicocálice Parede celular Estruturas internas Membrana citoplasmática Mesossomos Citoplasma Nucleóide Ribossomos Citologia Bacteriana 53 Formas latentes - Endosporo Células desidratadas altamente duráveis Exclusivo das bactérias Apresentam paredes espessas Capa impermeável de proteína tipo queratina - resistentes a agentes físicos e químico Baixo teor de água resistência ao calor Citologia Bacteriana Formas latentes - Endosporo Citologia Bacteriana 55 Formas latentes - Endosporos Gêneros esporulados Clostridium Bacillus Bacillus anthracis Clostridium tetani BGN não formam endosporos Aproximadamente 20 gêneros de bactérias são capazes de formar endósporos, 56 Bacillus cereus (ilustração) Bacillus anthracis (foto) Citologia Bacteriana Formas latentes – Endosporos http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=spore+forming+bacteria&source=images&cd=&cad=rja&docid=UK00SIQjCK_paM&tbnid=xkKKXVnGa7R_bM:&ved=0CAUQjRw&url=http://meddic.jp/Bacillus_cereus&ei=fQlCUaDgHefu0gHp74CwAw&bvm=bv.43287494,d.dmg&psig=AFQjCNE5lgALl6ERk_h5H-Okz-XVNmmNIg&ust=1363368463878473 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=spore+forming+bacteria&source=images&cd=&cad=rja&docid=E2-L5FqPUpqRnM&tbnid=aIrnH9mpL6h4lM:&ved=0CAUQjRw&url=http://sitemaker.umich.edu/mc2/anthrax&ei=nQlCUb68PObo0gHgs4GoAg&bvm=bv.43287494,d.dmg&psig=AFQjCNE5lgALl6ERk_h5H-Okz-XVNmmNIg&ust=1363368463878473 Citologia Bacteriana 57 Ciclo de vida de uma bactéria formadora de esporos Citologia Bacteriana 58 Esporulação Têm pouca atividade metabólica, pode permanecer latente por longos períodos 59
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