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Página 1 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservados 1. UTFPR 2013 Em qual alternativa todas as palavras em negrito devem ser acentuadas graficamente? a. Atraves de uma lei municipal, varias pessoas recebem ingressos gratis para o cinema. b. É dificil correr atras do prejuizo sozinho. c. Aqui, em Foz do Iguaçu, a dengue esta sendo um grande problema de saude publica. d. O bisneto riscou os papeizinhos com o lapis. e. O padrão economico do juiz é elevado. 2. CPS 2007 DVD UMA VERDADE lNCONVENlENTE (An lnconvenient Truth, Estados Unidos. 2006. Paramount) - Al Gore passou décadas de sua carreira fazendo papel de chato ao falar insistentemente sobre um problema que parecia distante, o aquecimento global. Ficou com fama de bobão e, como se sabe, perdeu a eleição para George W. Bush de forma NEBULOSA. Enquanto a popularidade do atual presidente despenca, entretanto, a dele anda nas alturas - até em Prêmio Nobel já se fala. Tudo graças a esse bem URDIDO documentário sobre o tema mais caro ao ex-presidente vice-presidente-presidente: as mudanças climáticas. Envolvente, ritmado e didático sem ser condescendente, o filme chega ao DVD com dados atualizados em relação à versão vista no cinema e é um programa quase que obrigatório para quem deseja entender por que o clima anda tão louco e o que se pode fazer, no dia, para não agravar o problema. (Revista Veja, São Paulo, 07 fev. 2007.) Aponte a alternativa em que as palavras estão acentuadas, respectivamente, pela mesma regra das palavras DÉCADAS e PRÊMIO. a. dióxido - água b. dióxido - países c. caráter - esferoide d. combustível - água e. combustível - países 3. FGV 2007 Ver é muito complicado. lsso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à fisica. William Blake* sabia disso e afirmou: " A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo. Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema. (Rubem Alves. "A complicada arte de ver". Folha de S. Paulo, 26.10.2004) *William Blake (1757-1827) foi poeta romântico, pintor e gravador inglês. Autor dos livros de poemas Song of Innocence e Gates of Paradise. As palavras que são acentuadas graficamente pelas mesmas regras de "fácil", "científica" e "Moisés", respectivamente, são: a. negócio, saída, já. b. espírito, atribuída, herói. c. cárter, lógica, atrás. d. incluído, século, dólar. e. benefício, para, cafés. 4. MACKENZIE 1997 I - Pacaembú - dinamarquêsa -juíz - mêses II - pudico - ítem - moinho - vêz III - Anhangabaú -táxi - mês - estáveis Quanto à acentuação, assinale: a. se apenas III está correta. b. se apenas I está correta. c. se todas estão corretas. d. se apenas II está correta. e. se todas estão incorretas. 5. UFAL 2000 Língua para inglês ver Página 2 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservados A incorporação da língua inglesa aos idiomas nativos dos mais diversos países não é novidade. Traduz, no âmbito da linguagem, uma hegemonia que os Estados Unidos consolidaram desde a década de 50. Com a globalização e o encurtamento das distâncias entre as nações obtido pelo avanço dos meios de comunicação, a contaminação das demais línguas pelo inglês ficou ainda mais patente. O fenômeno não é em si mesmo nocivo. Pode até enriquecer um idioma ao permitir que se incorporem informações vindas de fora que ainda não têm correspondência local. A Internet é um exemplo nesse sentido. Outra coisa, porém, bem diferente, é o uso gratuito de palavras em inglês como o que se verifica hoje no Brasil. A não ser pela vocação novidadeira - e caipira - de quem se deslumbra diante de qualquer coisa que o aproxima do "estrangeiro", não há nenhuma razão para que se diga "sale" no lugar de liquidação, ou qualquer motivo para falar "off" em vez de desconto. Tais anomalias são um dos sintomas do subdesenvolvimento e exprimem, no seu ridículo involuntária, a mentalidade de quem confunde modernidade com uma temporada em Miami. Um país como a Alemanha, menos vulnerável a influência da colonização da língua inglesa, discute hoje uma reforma ortográfica para "germanizar" expressões estrangeiras, o que já é regra na França. O risco de se cair no nacionalismo tosco e na xenofobia é evidente. Não é preciso, porém, agir como Policarpo Quaresma, personagem de Lima Barreto, que queria transformar o tupi em língua oficial do Brasil para recuperar o instinto de nacionalidade. No Brasil de hoje já seria um avanço se as pessoas passassem a usar, entre outros exemplos, a palavra "entrega" em vez de "delivery". FOLHA DE S. PAULO - 20/10/97 A acentuação dos dois vocábulos obedece a mesma regra de acentuação do vocábulo LINGUA em a. âmbito - vulnerável b. influência - involuntário c. correspondência - ridículo d. década - móvel e. distância - ortográfica 6. PUC-SP 2006 A ANIMALIZAÇÃO DO PAÍS Clóvis Rossi, Folha de São Paulo, 21 de fevereiro de 2006 SÃO PAULO - No sóbrio relato de Elvira Lobato, lia-se ontem, nesta Folha, a história de um Honda Fit abandonado em uma rua do Rio de Janeiro "com uma cabeça sobre o capô e os corpos de dois jovens negros, retalhados a machadadas, no interior do veículo". Prossegue o relato: "A reação dos moradores foi tão chocante como as brutais mutilações. Vários moradores buscaram seus celulares para fotografar os corpos, e os mais jovens riram e fizeram troça dos corpos". Os próprios moradores descreveram a algazarra à reportagem. "Eu gritei: Está nervoso e perdeu a cabeça?", relatou um motoboy que pediu para não ser identificado, enquanto um estudante admitiu ter rido e feito piada ao ver que o coração e os intestinos de uma das vítimas tinham sido retirados e expostos por seus algozes. "Ri porque é engraçado ver um corpo todo picado", respondeu o estudante ao ser questionado sobre a causa de sua reação. O crime em si já seria uma clara evidência de que bestas-feras estão à solta e à vontade no país. Mas ainda daria, num esforço de auto-engano, para dizer que crimes bestiais ocorrem em todas as partes do mundo. Mas a reação dos moradores prova que não se trata de uma perversidade circunstancial e circunscrita. Não. O país perde, crescentemente, o respeito à vida, a valores básicos, ao convívio civilizado. O anormal, o patológico, o bestial, vira normal. "É engraçado", como diz o estudante. O processo de animalização contamina a sociedade, a partir do topo, quando o presidente da República diz que seu partido está desmoralizado, mas vai à festa dos desmoralizados e confraterniza com trambiqueiros confessos. Também deve achar "engraçado". Alguma surpresa quando é declarado inocente o comandante do massacre de 111 pessoas, sob aplausos de parcela da sociedade para quem presos não têm direito à vida? São bestas-feras, e deve ser "engraçado" matá-los. É a lei da selva, no asfalto. Dentre as alternativas a seguir, aponte aquela que apresenta palavras cuja acentuação se deva ao mesmo motivo. a. capô, está, país b. república, já, matá-los c. vítimas, república, têm d. capô, já, história Página 3 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservadose. sóbrio, história, vários 7. UFAL 1999 Assinale, a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada. O uso do ..... foi um dos..... apresentados ..... turma. a. hífen - itens - àquela b. hifen - itens - àquela c. hífen - ítens - aquela d. hifen - ítens - aquela e. hífen - itens - aquela 8. ITA 2002 Assinale a sequência de palavras acentuadas pela mesma regra gramatical: a. Cenário, circunstância, hífen, águia. b. Está, já, café,jacá. c. Eletrônica, gênero, bônus, ônibus. d. Cenário, águia, referência, série. e. Referência, para, líder, serie. 9. MACKENZIE 2003 Em "Gosta de quê?", a. "quê" recebe acento que o diferencia de "que", usado como conjunção. b. "quê" recebe acento por estar em posição final de uma frase interrogativa, que, por ter entonação ascendente, o torna tônico. c. "quê" recebe acento para enfatizar o espanto causado pelo menino no interlocutor, reforçado pelas expressões faciais. d. "quê" recebe acento, tal como "crê", "vê", por ser monossílabo terminado em "e"; sua posição na frase não interfere na regra ortográfica. e. "quê" recebe acento para sinalizar que a vogal "u" não deve ser pronunciada. 10. UNICENTRO 2010 Assinale a alternativa cujas palavras estão acentuadas conforme a mesma regra. a. Estatística, dúvida, método b. Indagatório, quilômetros, favorável c. Árvore, República, você d. Espírito, estatística, indagatório e. Três, só, aí 11. UEMS 2006 As palavras “aquário”, “táctil” e “páginas” recebem acento gráfico porque são, respectivamente: a. Paroxítona terminada em ditongo, paroxítona terminada em “l”, proparoxítona. b. Proparoxítona terminada em hiato, proparoxítona terminada em “l”, proparoxítona. c. Paroxítona terminada em “o”, paroxítona terminada em ditongo, proparoxítona. d. Oxítona terminada em “o” tônico, proparoxítona, paroxítona terminada em “as”. e. Oxítona, paroxítona, proparoxítona. 12. FGV-SP 2004 A palavra que está graficamente acentuada pela mesma regra que determina o acento em inadimplência é: a. Mágoa. b. Há. c. Sabiá. d. Heróico. e. Baú 13. UNICENTRO 2016 Uma vida humana Página 4 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservados Cada um de nós nasce enquadrado. Acordamos do nada e nos encontramos jogados dentro de uma classe, de uma raça, de uma nação, de uma cultura, de uma época. Nunca mais conseguimos nos desvencilhar completamente desse enquadramento. Ele nos faz o que somos. Mas não tudo o que somos. O indivíduo sente e sabe também ser mais do que essa situação ao mesmo tempo definidora e acidental. Ela nos quer aprisionar num destino específico. Contra esse rebela-se, em cada pessoa, o espírito, que se reconhece como infinito acorrentado pelo finito. E tudo o que quer o espírito é encontrar uma moradia no mundo que lhe faça justiça, respeitando-lhe a vocação para transgredir e transcender. Por isso, as raízes de um ser humano deitam mais no futuro do que no passado. Entretanto o indivíduo cedo precisa abandonar a ideia de ser tudo para que possa ser alguém. Escolhendo e abrindo um caminho ou aceitando o caminho que lhe é imposto, ele se mutila. Suprime muitas vidas possíveis para construir uma vida real. Essa mutilação é o preço de qualquer engajamento fecundo. Para que ela não nos desumanize, temos de continuar a senti-la: a dor no ponto da amputação e os movimentos fantasmas dos membros que cortamos fora. Precisamos imaginar a experiência das pessoas que poderíamos ter sido. Depois, já mutilados e lutando, vemo-nos novamente presos dentro de uma posição que, por melhor que seja, ainda não faz jus àquele espírito dentro de cada pessoa que é o infinito preso no finito. Rendemo-nos, por descrença e desesperança, a essa circunstância, começamos a morrer. Uma múmia se vai formando em volta de cada um de nós. Para continuar a viver até morrer de uma só vez, em vez de morrer muitas vezes e aos poucos, temos de romper a múmia de dentro para fora. A única maneira de fazê-lo é nos desproteger, provocando embates que nos devolvam à condição de incerteza e abertura que abandonamos quando aceitamos nos mutilar. É do hábito de imaginar como outros sofrem a mesma trajetória que surge a compaixão. Aliada ao interesse prático, ela nos permite cooperar no enfrentamento das condições que tornam o mundo 45 inóspito ao espírito. E é para torná-lo mais hospitaleiro ao espírito que precisamos democratizar sociedades e reinventar instituições. Temos de desrespeitar e reconstruir as estruturas para poder respeitar e divinizar as pessoas. UNGUER, Roberto Mangabeira. Uma vida Humana. Folha de São Paulo, São Paulo, 11 setembro [2001]. Opinião, Tendências/Debates. Marque V ou F, conforme sejam as afirmativas verdadeiras ou falsas. ( ) Em “Cada um de nós nasce enquadrado.”, o termo qualificador “enquadrado” poderia ser usado no plural concordando com o pronome “nós”. ( ) As palavras “época”, “indivíduo”, “espírito” e “raízes” são acentuadas pela mesma razão. ( ) Em “Para que ela não nos desumanize, temos de continuar a senti-la”, o pronome "ela" e a contração "la" são termos anafóricos que retomam a palavra “mutilação”. ( ) As vírgulas em “Depois, já mutilados e lutando, vemo-nos novamente presos” são aplicadas pelo mesmo motivo que em “Rendemo-nos, por descrença e desesperança, a essa circunstância”. A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a a. V V F F b. V F V F c. F F V V d. F V F V 14. UNESP 2013 A questão toma por base uma passagem da crônica O pai, hoje e amanhã, de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). A civilização industrial, entidade abstrata, nem por isso menos poderosa, encomendou à ciência aplicada a execução de um projeto extremamente concreto: a fabricação do ser humano sem pais. A ciência aplicada faz o possível para aviar a encomenda a médio prazo. Já venceu a primeira etapa, com a inseminação artificial, que, de um lado, acelera a produtividade dos rebanhos (resultado econômico) e, de Página 5 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservados outro, anestesia o sentimento filial (resultado moral). O ser humano concebido por esse processo tanto pode considerar-se filho de dois pais como de nenhum. Em fase mais evoluída, o chamado bebê de proveta dispensará a incubação em ventre materno, desenvolvendo-se sob condições artificiais plenamente satisfatórias. Nenhum vínculo de memória, gratidão, amor, interesse, costume – direi mesmo: de ressentimento ou ódio – o ligará a qualquer pessoa responsável por seu aparecimento. O sêmen, anônimo, obtido por masturbação profissional e recolhido ao banco especializado, por sua vez cederá lugar ao gerador sintético, extraído de recursos da natureza vegetal e mineral. Estará abolida, assim, qualquer participação consciente do homem e da mulher no preparo e formação de uma unidade humana. Esta será produzida sob critérios políticos e econômicos tecnicamente estabelecidos, que excluem a inútil e mesmo perturbadora intromissão do casal. Pai? Mito do passado. Aparentemente, tal projeto parece coincidir com a tendência, acentuada nos últimos anos, de se contestar a figura tradicional do pai. Eliminando-se a presença incômoda, ter-se-ia realizado o ideal de inúmeros jovens que se revoltam contra ela – o pai de família e o pai social, o governo, a lei – e aspiram à vida isenta de compromissos com valores do passado. Julgo ilusória esta interpretação. O projeto tecnológico de eliminação do pai vai longe demais no caminho da quebra de padrões. A meu ver, a insubmissão dos filhos aos pais é fenô- meno que envolve novo conceito de relações, e não ruptura de relações. (De notícias e não notícias faz-se a crônica, 1975.) [...] e aspiram à vida isenta de compromissos com valores do passado. Na frase apresentada, a colocaçãodo acento grave sobre o “a” informa que a. o “a” deve ser pronunciado com alongamento, já que se trata de dois vocábulos, um pronome átono e uma preposição, representados por uma só letra. b. o “a”, por ser pronome átono, deve ser sempre colocado após o verbo, em ênclise, e pronunciado como um monossílabo tônico. c. o verbo “aspirar”, na regência em que é empregado, solicita a preposição “a”, que se funde com o artigo feminino “a”, caracterizando uma ocorrência de crase. d. o “a”, como artigo definido, é um monossílabo átono, e o acento grave tem a finalidade de sinalizar ao leitor essa atonicidade. e. o termo “de compromissos com valores do passado” exerce a função de adjunto adverbial de “isenta”. 15. UFABC 2007 A regência e o emprego do sinal indicativo de crase estão de acordo com a norma culta em: a. Não intenta apenas à relatar acontecimentos de cada expedição militar b. Refere-se à aldeia que ousou enfrentar a República. c. Examinou à ecologia muito bem. d. Não conheço livro idêntico à esse, feito na América. e. Descreve o tempo seco e quente à que denomina “verão”. 16. FGV-SP 2010 – São pouquíssimas as empresas que se propõem ___ fazer mudanças significativas. – Os níveis de consumo excedem ___ capacidade de regeneração dos sistemas naturais. – Embora as empresas venham fazendo alusões ___ palavra "sustentabilidade"... Considerando o uso correto da crase, as lacunas nas frases podem ser completadas, respectivamente, por a. à , à e a. b. a, a e à. c. à, a e a. d. a, a e a. e. à, à e. à. Página 6 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservados 17. FGV-SP 2012 A regra que determina a acentuação, respectivamente, de consciência, intrínseco e levá-lo-iam, se aplica também às palavras: a. Extraordinárias, própria e país. b. Parágrafo, porém e até. c. Ofício, dúvida e atrás. d. Vivência, tórax e virá. e. Cenógrafo, bíceps e contê-las. 18. IME 2016 CONSUMIDORES COM MAIS ACESSO À INFORMAÇÃO QUESTIONAM A VERDADE QUE LHES É VENDIDA Se você é mulher, talvez já tenha observado com mais atenção como a publicidade de produtos de beleza, especialmente os voltados a tratamentos de rejuvenescimento, usualmente possuem novíssimos "componentes anti-idade" e "micro-cápsulas" que ajudam "a sua pele a ter mais firmeza em oito dias", por exemplo, ou mesmo que determinados organismos "vivos" (mesmo depois de envazados, transportados e acondicionados em prateleiras com pouco controle de temperatura) fervilham aos milhões dentro de um vasilhame esperando para serem ingeridos ajudando a regular sua flora intestinal. Homens, crianças, e todo tipo de público também não estão fora do alcance desse discurso que utiliza um recurso cada vez mais presente na publicidade: a ciência e a tecnologia como argumento de venda. Silvania Sousa do Nascimento, doutora em didática da ciência e tecnologia pela Universidade Paris VI e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), enxerga nesse processo um resquício da visão positivista, na qual a ciência pode ser entendida como verdade absoluta. "A visão de que a ciência é a baliza ética da verdade e o mito do cientista como gênio criador é amplamente difundida, mas entra, cada vez mais, em atrito com a realidade, principalmente em uma sociedade informacional, como ( 1 ) nossa", acrescenta. Para entender esse processo numa sociedade pautada na dinâmica da informação, Ricardo Cavallini, consultor corporativo e autor do livro O marketing depois de amanhã (Universo dos Livros, 2007), afirma que, primeiramente, devemos repensar a noção de público específico ou senso comum. "Essas categorizações estão sendo postas de lado. A publicidade contemporânea trata com pessoas e elas têm cada vez mais acesso ( 2 ) informação e é assim que vejo a comunicação: com fronteiras menos marcadas e deixando de lado o paradigma de que o público é passivo", acredita. Silvania concorda e diz que a sociedade começa ( 3 ) perceber que a verdade suprema é estanque, não condiz com o dia a dia. "Ao se depararem com uma informação, as pessoas começam a pesquisar e isso as aproxima do fazer científico, ou seja, de que a verdade é questionável", enfatiza. Para a professora da UFMG, isso cria o "jornalista contínuo", um indivíduo que põe a verdade à prova o tempo todo. "A noção de ciência atual é a de verdade em construção, ou seja, de que determinados produtos ou processos imediatamente anteriores à ação atual, são defasados". Cavallini considera que ( 4 ) três linhas de pensamento possíveis que poderiam explicar a utilização do recurso da imagem científica para vender: a quantidade de informação que a ciência pode agregar a um produto; o quanto essa informação pode ser usada como diferencial na concorrência entre produtos similares; e a ciência como um selo de qualidade ou garantia. Ele cita o caso dos chamados produtos "verdes", associados a determinadas características com viés ecológico ou produtos que precisam de algum tipo de "auditoria" para comprovarem seu discurso. "Na mídia, a ciência entra como mecanismo de validação, criando uma marca de avanço tecnológico, mesmo que por pouquíssimo tempo", finaliza Silvania. O fascínio por determinados temas científicos segue a lógica da saturação do termo, ou seja, ecoar algo que já esteja exercendo certo fascínio na sociedade. "O interesse do público muda bastante e a publicidade se aproveita desses temas que estão na mídia para recriá-los a partir de um jogo de sedução com a linguagem" diz Cristina Bruzzo, Página 7 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservados pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e que acompanhou ( 5 ) apropriação da imagem da molécula de DNA pelas mídias (inclusive publicidade). "A imagem do DNA, por exemplo, foi acrescida de diversos sentidos, que não o sentido original para a ciência, e transformado em discurso de venda de diversos produtos", diz. Onde estão os dados comprovando as afirmações científicas, no entanto? De acordo com Eduardo Corrêa, do Conselho Nacional de Auto Regulamentação Publicitária (Conar) os anúncios, antes de serem veiculados com qualquer informação de cunho científico, devem trazer os registros de comprovação das pesquisas em órgãos competentes. Segundo ele, o Conar não tem o papel de avalizar metodologias ou resultados, o que fica a cargo do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou outros órgãos. "O consumidor pode pedir uma revisão ou confirmação científica dos dados apresentados, contudo em 99% dos casos esses certificados são garantia de qualidade. Se surgirem dúvidas, quanto a dados numéricos de pesquisas de opinião pública, temos analistas no Conar que podem dar seus pareceres", esclarece Corrêa. Mesmo assim, de acordo com ele, os processos investigatórios são raríssimos. RODRIGO, Ênio. Ciência e cultura na publicidade. Disponível em: .Acesso em 22 abr. 2015. Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas existentes no texto, respectivamente. a. à (1) – há (2) – à (3) – há (4) – a (5). b. a (1) – à (2) – a (3) – à (4) – há (5). c. à (1) – a (2) – a (3) – há (4) – a (5). d. a (1) – à (2) – há (3) – há – (4) a (5). e. a (1) – à (2) – a (3) – há (4) – a (5). 19. FGV-SP 2004 As palavras que correspondem, respectivamente, à sequência - oxítona, oxítona, paroxítona, proparoxítona, proparoxítona e oxítona - são: a. Papel, sagu, andrajo, xenófobo, redondo, saci. b. Sabia, interessar, anjo, borrego, íntimo, saúde. c. Canavial, superar, novel, cádmio, contíguo, interesseiro. d. Saci, sagu, indelevelmente, pródigo, bígamo, sinal. e. Tizio, anéis, móvel, esperançoso, código, colher 20. MACKENZIE 2011 O leão e a raposa Um leão envelhecido, não podendo mais procurar alimento por sua própriaconta, julgou que devia arranjar um jeito de fazer isso. E, então, foi a uma caverna, deitou-se e se fingiu de doente. Dessa forma, quando recebia a visita de outros animais, ele os pegava e os comia. Depois que muitas feras já tinham morrido, uma raposa, ciente da armadilha, parou a certa distância da caverna e perguntou ao leão como ele estava. Como ele respondesse: “Mal!” e lhe perguntasse por que ela não entrava, disse a raposa: “Ora, eu entraria se não visse marcas de muitos entrando mas de ninguém saindo”. (Esopo - escritor grego do século VI a.C.). Assinale a melhor paráfrase do trecho abaixo, considerando a manutenção dos sentidos, a clareza, a concisão e o uso da norma culta. "Depois que muitas feras já tinham morrido, uma raposa, ciente da armadilha, parou a certa distância da caverna e perguntou ao leão como ele estava". a. Consciente da armadilha, uma raposa depois que muitas feras morrerão parou de perto da caverna para ver como o leão estava e o perguntou sobre a saúde. b. Uma raposa, após a morte de muitos outros animais, atenta às artimanhas do leão, aproximou-se um pouco do local em que a fera estava, indagando a respeito de seu estado c. Após a morte de feras, uma raposa medrosa, das artimanhas do leão, se deparou com uma caverna que ficava a uma certa distância do leão para ver como ele estava. d. Uma raposa perguntou ao leão como ele estava, pois ela sabia que haviam armadilhas que ficava a uma certa distância da caverna aonde muitas feras já tinham morrido. e. Uma raposa que viu a morte de muitas feras na armadilha que ficava à uma distância da caverna perguntou para o leão como ele estava e era ciente da armadilha. 21. MACKENZIE 2014 A cultura não existe em seres humanos genéricos, em situações abstratas, mas em homens e mulheres concretos, Página 8 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservados pertencentes a este ou àquele povo, a esta ou àquela classe, em determinado território, num regime político A ou B, dentro desta ou daquela realidade econômica. Somente se poderá conceituar cultura como autorrealização da pessoa humana no seu mundo, numa interação dialética entre os dois, sempre em dimensão social. Algo que não se cristaliza apenas no plano do conhecimento teórico, mas também no da sensibilidade, da ação e da comunicação. Na verdade, o ser humano não se caracteriza, exclusivamente, como conhecedor de dados e informações culturais. Ele é também e principalmente um agente de cultura, ainda que, muitas vezes, não tenha consciência disso. E agente cultural de atividade incessante, seja caçando, para matar a fome, seja recorrendo a divindades, em oração, seja ordenhando vacas, seja operando computadores. Aldo Vannucchi, Cultura Brasileira, Ed. Loyola, p. 21 Considere as afirmações abaixo. I. A palavra incessante pode ser substituída por “contínua”, sem alteração do sentido original do trecho. II. O acento indicador de crase àquele é opcional, considerando que se trata de palavra masculina. III. Ao introduzir um novo período, para denota sentido de finalidade. Assinale a alternativa correta. a. Estão corretas apenas as afirmações I e II. b. Estão corretas apenas as afirmações II e III. c. Estão corretas apenas as afirmações I e III. d. Todas as afirmações estão corretas. e. Nenhuma das afirmações está correta. 22. PUC-RS 2008 esentam diferenças significativas com- 2. forme a cultura e o país. Os universitários brasilei- 3. ros, por exemplo, se preocupam mais com o suces- 4. so pessoal e profissional do que os argentinos e 5. uruguaios, sentimento que predomina também 6. entre os homens, independentemente da nacionali- 7. dade, enquanto as mulheres valorizam a simplicida- 8. de e a segurança. Os brasileiros dão mais valor 9. ______ uma vida confortável, feliz e prazerosa. Um 10. mundo de beleza (apreciação da arte e do que é belo) 11. e paz, a igualdade e a segurança familiar são desta- 12. cados pelos argentinos, e os uruguaios priorizam a 13. liberdade e também a segurança familiar. 14. Essas conclusões fazem parte da dissertação do 15. professor de Administração do Campus Uruguaiana 16. Elvisnei Camargo Conceição, defendida no Mestrado 17. em Administração e Negócios da PUCRS e orienta- 18. da por Paulo Fernando Burlamaqui. Os resultados 19. surgiram de questionários respondidos por 624 20. estudantes de universidades situadas na fronteira, 21. no interior ou nas capitais. 22. Os valores, explica o autor, expressam crenças 23. duradouras, menos sujeitas ______ influências do 24. ambiente. Foram investigados dois grupos de valo- 25. res: os relacionados aos objetivos de vida (terminais) 26. e os que assumimos como orientadores de conduta 27. social (instrumentais). Segurança familiar, felicida- 28. de e liberdade são prioridades para os universitários 29. das três nacionalidades. Como valores instrumen- 30. tais, honestidade, responsabilidade e capacidade 31. lideraram o ranking. Ambição está em sexto lugar 32. entre os brasileiros e em 12º entre argentinos e 33. uruguaios. Quanto ______ obediência, o autor com- 34. sidera que a sociedade moderna enxerga esse valor 35. como subserviência e submissão, não condizente 36. com a liberdade de escolha. (...) 37. Conforme o professor, os resultados científicos 38. não são generalizáveis para toda a população, mas 39. apontam indicativos para os meios acadêmicos e 40. empresarial. Camargo ressalta que a aplicação é 41. multidisciplinar, podendo interessar à Administração, 42. à Psicologia, à Antropologia e à Sociologia. O 43. estudo pode contribuir para a elaboração de planos 44. de marketing e de programas de relacionamento com 45. o cliente, para a definição de estratégias e de ações 46. de endomarketing. Página 9 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservados As palavras que preenchem correta e respectivamente as lacunas das linhas 09, 23 e 33 estão reunidas em a. a – às – à b. à – a – a c. à – as – à d. à – às – à e. a – à – a 23. FASEH 2014 Complete as lacunas do trecho a seguir. Com vistas ____ acabar com _____ fome, cabe _____ Ação da Cidadania, associação que visa _____ mudança dos rumos do país, o incentivo ____ realizações inovadoras para _____criação de políticas públicas que aspiram _____ satisfação do povo. A sequência CORRETA é a. a, a, a, a, à, a, a. b. a, a, à, à, a, a, à. c. à, a, a, à, a, a, a. d. à, à, à, a, à, à, à. 24. UFRGS 2010 As três palavras que são acentuadas graficamente pela mesma razão são: a. Célebre, terrível e biólogo. b. Delícia, sabiá e diários. c. sós, é e trás. d. Porém, país e até. e. Terríveis, espécimes e experiência. 25. UPE 2014 Mais de 21% dos jovens têm sintomas de depressão; 5% tentaram suicídio Mais de 21% dos brasileiros de 14 a 25 anos têm sintomas indicativos de depressão. Entre as mulheres, a proporção é ainda maior e passa de 28%, segundo dados do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), divulgado nesta quarta-feira (26) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Os pesquisadores do Lenad avaliaram os indicadores do transtorno por meio de uma ferramenta de diagnóstico validada no país, a escala CES-D. Eles alertam, no entanto, que a diferença entre os gêneros pode se dar simplesmente porque as mulheres tendem a relatar mais seus sintomas e procurar ajuda. Você está deprimido ou é só tristeza? Confundir tristeza com depressão é muito comum e não traz graves consequências. O problema é quando a pessoa acha que está triste e, na verdade, está deprimida. Nesse caso, além de gerar sofrimento, a situação pode colocar a saúde em risco. Suicídio Na população de adolescentes e jovens adultos, quase 1 em cada dez já pensou, em algum momento, em tirar aprópria vida – índice que foi semelhante entre os jovens dos dois sexos; 5% dos jovens declararam já terem feito alguma tentativa de suicídio. A OMS prevê que até o ano de 2020 a depressão passe a ser a segunda maior causa de incapacidade e perda de qualidade de vida na população mundial. “Este tipo de dado causa um pouco de espanto, pois, se pensarmos na faixa etária, diríamos que estão na chamada ‘flor da idade’. E, novamente, as meninas são a maioria. Porém, é bom lembrarmos que elas costumam relatar mais facilmente seus sentimentos e opiniões que os garotos”, salienta a psicóloga e doutora em psiquiatria Ilana Pinsky, uma das responsáveis pela pesquisa. Página 10 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservados Cármen Guaresemin. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 18/07/2014. Adaptado. Acerca de aspectos gramaticais do texto, analise as proposições a seguir. I. No trecho: “5% dos jovens declararam já terem feito alguma tentativa de suicídio.”, o autor optou pela forma plural do verbo. Nesse caso, a forma singular estaria igualmente de acordo com a norma-padrão. II. No trecho: “Na população de adolescentes e jovens adultos, quase 1 em cada dez já pensou, em algum momento, em tirar a própria vida – índice que foi semelhante entre os jovens dos dois sexos.”, o travessão indica uma pausa breve e realça a informação que vem após ele. III. O segmento “tirar a própria vida” pode ser parafraseado por “dizer não à vida”. Nessa paráfrase, o sinal indicativo de crase é obrigatório. IV. Assim como “depressão”, também se grafam com “ss” palavras como “admirassão" e “excessão”. Estão CORRETAS, apenas: a. I e II. b. I e IV. c. II e IV. d. III e IV. e. II e III. 26. UPE 2011 1 Muitos pensam que a pesquisa científica é uma atividade puramente racional, na qual o objetivo lógico é o único mecanismo capaz de gerar conhecimento. Como resultado, os cientistas são vistos como insensíveis e limitados, um grupo de pessoas que corrompe a beleza da Natureza ao analisá-la matematicamente. Essa generalização, como a maioria das generalizações, me parece profundamente injusta, já que ela não incorpora a motivação mais importante do cientista, o seu fascínio pela Natureza e seus mistérios. Que outro motivo justificaria a dedicação de toda uma vida ao estudo dos fenômenos naturais, senão uma profunda veneração pela beleza? A ciência vai muito além da sua mera prática. Por trás das fórmulas complicadas, das tabelas de dados experimentais e da linguagem técnica, encontra-se uma pessoa tentando transcender as barreiras imediatas da vida diária, guiada por um insaciável desejo de adquirir um nível mais profundo de conhecimento e de realização própria. Sob esse prisma, o processo criativo científico não é assim tão diferente do processo criativo nas artes, isto é, um veículo de autodescoberta que se manifesta ao tentarmos capturar a nossa essência e lugar no Universo. 2 Para a maioria dos cientistas, o estudo da Natureza é encarado como desafio intelectual. Sua motivação para enfrentar esse desafio vem de uma profunda fé na capacidade da razão humana de poder entender o mundo a sua volta. A física se transforma em uma ferramenta desenhada para decifrar os enigmas da Natureza, a encarnação desse processo racional de descoberta. Como escreveu Richard Feynman (...), 3 Imagine que o mundo seja algo como uma gigantesca partida de xadrez sendo disputada pelos deuses, e que nós fazemos parte da audiência. Não sabemos quais são as regras do jogo; podemos apenas observar seu desenrolar. Em princípio, se observarmos por tempo suficiente, iremos descobrir algumas das regras. As regras do jogo é o que chamamos de física fundamental. (FEYNMAN, v. 1, p. 2) 4 Podemos interpretar esse texto de dois modos diversos. Um é dizer que a física é apenas um modo racional de estudar a Natureza; outro é dizer que a física é mais que um mero desafio intelectual, que a física é a linguagem dos deuses. 5 A maioria dos cientistas modernos opta pela primeira interpretação. Mas alguns não. Para estes, a busca do conhecimento científico possui elementos essencialmente místicos, uma espécie de conexão com uma fonte de inteligência superior. Talvez isso venha a chocar muita gente, incluindo vários cientistas. Contudo, se voltarmos um pouco no tempo, veremos que alguns dos cientistas responsáveis pelo desenvolvimento de nossa visão do Universo eram profundamente religiosos. Acredito que o misticismo, se interpretado como a incorporação da nossa irresistível atração pelo desconhecido, tem um papel fundamental no processo criativo de vários cientistas tanto do passado como do presente. Negar esse fato é fechar os olhos para a história e para um aspecto fundamental da Página 11 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservados ciência. (...) GLEISER, Marcelo. A dança do universo: dos mitos da Criação ao Big-Bang. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 17; 19-20. (com adaptações) De acordo com a norma-padrão, o uso do acento grave indicativo da crase é facultativo em algumas construções. Assinale o trecho no qual, sem comprometer o sentido, o referido acento também poderia ser utilizado. a. “um grupo de pessoas que corrompe à beleza da Natureza ao analisá-la matematicamente”. (1º parágrafo) b. “ela não incorpora à motivação mais importante do cientista”. (1º parágrafo) c. “encontra-se uma pessoa tentando transcender às barreiras imediatas da vida diária”. (1º parágrafo) d. “capacidade da razão humana de poder entender o mundo à sua volta”. (2º parágrafo) e. “Talvez isso venha à chocar muita gente”. (5º parágrafo)■ 27. PUC-PR 2016 Leia as sentenças e assinale o que se pede a seguir: I. Em 2014, os brasileiros, confiantes e crédulos, saíram a consumir, como se consumo fosse investimento. E o Estado agora nos convoca à pagar também suas dívidas, que não são nossas. (Veja. São Paulo: Abril, p. 23, 10 jun. 2015. Adaptado). II. Pode-se dizer que as gerações da Idade Média falam às gerações atuais por meio das grandes obras de arquitetura que exprimem a devoção e o espírito da época. (WHITNEY, W. A vida da linguagem. Petrópolis: Vozes, 2010. p.17). III. À linguagem é uma expressão destinada a transmissão do pensamento. IV. O atendimento a gestantes foi suspenso ontem à tarde e a Prefeitura pouco pode fazer a curto prazo para amenizar a situação. V. Transmita a cada um dos pacientes às instruções necessárias à continuidade do tratamento. O sinal indicativo de crase está adequadamente empregado na(s) alternativa(s): a. IV somente. b. I, III e V. c. II, III e IV. d. I e IV. e. II e IV. 28. UFRGS 2016 Quando a economia política clássica nasceu, no Reino Unido e na França, ao final do século XVIII e início do século XIX, a questão da distribuição da renda já se encontrava no centro de todas as análises. Estava claro que transformações radicais entraram em curso, propelidas pelo crescimento demográfico sustentado – inédito até então – e pelo início do êxodo rural e da Revolução Industrial. Quais seriam as consequências sociais dessas mudanças? Para Thomas Malthus, que publicou em 1798 seu Ensaio sobre o princípio da população, não restava dúvida: a superpopulação era uma ameaça. Preocupava-se especialmente com a situação dos franceses ........ vésperas da Revolução de 1789, quando havia miséria generalizada no campo. Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa: por volta de 1700, já contava com mais de 20 milhões de habitantes, enquanto o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhões de pessoas. A população francesa se expandiu em ritmo crescente ao longo do século XVIII, aproximando-se dos 30 milhões. Tudo leva a crer que esse dinamismo demográfico, desconhecido nos séculosanteriores, contribuiu para a estagnação dos salários no campo e para o aumento dos rendimentos associados à propriedade da terra, sendo portanto um dos fatores que levaram ........ Revolução Francesa. Para evitar que torvelinho similar vitimasse o Reino Unido, Malthus argumentou que toda assistência aos pobres deveria ser suspensa de imediato e a taxa de natalidade deveria ser severamente controlada. Já David Ricardo, que publicou em 1817 os seus Princípios de economia política e tributação, preocupava-se com a evolução do preço da terra. Se o crescimento da população Página 12 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservados e, consequentemente, da produção agrícola se prolongasse, a terra tenderia a se tornar escassa. De acordo com a lei da oferta e da procura, o preço do bem escasso – a terra – deveria subir de modo contínuo. No limite, os donos da terra receberiam uma parte cada vez mais significativa da renda nacional, e o restante da população, uma parte cada vez mais reduzida, destruindo o equilíbrio social. De fato, o valor da terra permaneceu alto por algum tempo, mas, ao longo de século XIX, caiu em relação ........ outras formas de riqueza, à medida que diminuía o peso da agricultura na renda das nações. Escrevendo nos anos de 1810, Ricardo não poderia antever a importância que o progresso tecnológico e o crescimento industrial teriam ao longo das décadas seguintes para a evolução da distribuição da renda. Adaptado de: PIKETTY, T. O Capital no Século XXI. Trad. de M. B. de Bolle. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014. p.11-13. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas. a. às – à – a b. as – à – a c. às – à – à d. às – a – à e. as – a – a 29. UNIFESP 2016 Leia o excerto da crônica “Mineirinho” de Clarice Lispector (1925-1977), publicada na revista Senhor em 1962, para responder. É, suponho que é em mim, como um dos representantes de nós, que devo procurar por que está doendo a morte de um facínora1 . E por que é que mais me adianta contar os treze tiros que mataram Mineirinho2 do que os seus crimes. Perguntei a minha cozinheira o que pensava sobre o assunto. Vi no seu rosto a pequena convulsão de um conflito, o mal-estar de não entender o que se sente, o de precisar trair sensa- ções contraditórias por não saber como harmonizá-las. Fatos irredutíveis, mas revolta irredutível também, a violenta compaixão da revolta. Sentir-se dividido na própria perplexidade diante de não poder esquecer que Mineirinho era perigoso e já matara demais; e no entanto nós o queríamos vivo. A cozinheira se fechou um pouco, vendo-me talvez como a justiça que se vinga. Com alguma raiva de mim, que estava mexendo na sua alma, respondeu fria: “O que eu sinto não serve para se dizer. Quem não sabe que Mineirinho era criminoso? Mas tenho certeza de que ele se salvou e já entrou no céu”. Respondi-lhe que “mais do que muita gente que não matou”. (Clarice Lispector. Para não esquecer, 1999.) 1 facínora: diz-se de ou indivíduo que executa um crime com crueldade ou perversidade acentuada. 2 Mineirinho: apelido pelo qual era conhecido o criminoso carioca José Miranda Rosa. Acuado pela polícia, acabou crivado de balas e seu corpo foi encontrado à margem da Estrada Grajaú-Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Em “Perguntei a minha cozinheira o que pensava sobre o assunto” (1o parágrafo), o termo em destaque constitui a. um pronome. b. uma conjunção. c. um advérbio. d. um artigo. e. uma preposição. 30. UEL 2015 Leia o artigo de opinião a seguir e responda à questão. A Lei Bernardo e o assédio moral na família O caso do menino Bernardo Uglione Boldrini chocou o Brasil. Ainda sem julgamento, a história do homicídio do menino de apenas 11 anos de idade, que tem como principais suspeitos o pai, a madrasta e a assistente social amiga da família, trouxe à tona diversos assuntos, em especial, a convivência familiar. As versões dos acusados são diversas e contraditórias, mas a principal questão reside em torno do tratamento interpessoal dentro da entidade familiar. Nesse tocante, surge preocupação com a situação que muitas famílias vivenciam de tratamento cruel ou degradante, que a Página 13 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservados Lei Bernardo repudia. A Lei Bernardo, antiga Lei Palmada, eterniza o nome de Bernardo Boldrini. Em vida, o menino chegou a reclamar judicialmente dos maus-tratos sofridos no ambiente familiar, demonstrando que, antes de sua morte física noticiada, Bernardo já estava sofrendo o chamado homicídio da alma, também conhecido como assédio moral. O assédio moral é conduta agressiva que gera a degradação da identidade da vítima assediada, enquanto o agressor sente prazer de hostilizar, humilhar, perseguir e tratar de forma cruel o outro. Justamente essa conduta que o Art. 18-A do ECA, trazido pela Lei Bernardo, disciplina na tentativa de proteger a criança e o adolescente de tais práticas. O assédio moral possui várias denominações pelo mundo, como bullying, mobbing, ijime, harassment, e é caracterizado por condutas violentas, sorrateiras, constantes, que algumas vezes são entendidas como inofensivas, mas se propagam insidiosamente. A figura do assédio moral na família surge exatamente quando o afeto deixa de existir dando espaço à desconsideração da dignidade do outro no dia a dia. Demonstrando, assim, que, embora haja necessidade de afetividade para que surja uma entidade familiar, com o desaparecimento do sentimento de afeto surgem situações de violência, inclusive a psíquica. A gravidade é majorada no âmbito da família, eis que ela é principal responsável pelo desenvolvimento da personalidade de seus membros e do afeto, elemento agregador. A morte da alma do menino Bernardo ainda em vida, resultado de tratamento degradante, diário e sorrateiro, que culminou na morte física, faz refletir sobre a importância da família no desenvolvimento da personalidade de seus membros, de modo a valorizar a existência do afeto para que não haja na entidade familiar a figura do assédio moral. O assédio moral na família, ou psicoterror familiar, deve ser amplamente combatido, principalmente pelo papel exercido pela família de atuar no desenvolvimento da criança e do adolescente, de modo que a integridade psíquica deve ser sempre resguardada, no afeto e no respeito à dignidade da pessoa humana, desde seu nascimento. (Adaptado de: SENGIK, K. B. Jornal de Londrina. 14 set. 2014. Ponto de vista. ano 26. n.7.855. p.2.) Acerca do texto, considere as afirmativas a seguir. I. A expressão “à tona” no trecho “trouxe à tona diversos assuntos, em especial, a convivência familiar.” diverge do sentido da expressão “à baila” em: “O assédio moral trouxe à baila a importância da afetividade no convívio familiar.” II. A expressão “à tona” equivale às expressões “à superfície” e “à flor”. Além disso, como expressões femininas, há uma contração da preposição “a” com o artigo “a”, resultando na crase. III. A expressão “Nesse tocante” pode ser substituída por “A respeito disso”, sem prejuízo do sentido original. IV. O trecho “que tem como principais suspeitos o pai, a madrasta e a assistente social amiga da família” pode ser reescrito da seguinte forma: “cujos principais suspeitos são o pai, a madrasta e a assistente amiga da família”. Assinale a alternativa correta. a. Somente as afirmativas I e II são corretas. b. Somente as afirmativas I e IV são corretas. c. Somente as afirmativas III e IV são corretas. d. Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e. Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. GABARITO: 1) a, 2) a, 3) c, 4) a, 5) b, 6) e, 7) a, 8) d, 9) b, 10) a, 11) a, 12) a, 13) c, 14) c, 15) b, 16) b, 17) c, 18) e, 19) d, 20) b, 21) c, 22) a, 23) b, 24)c, 25) e, 26) d, 27) e, 28) a, Página 14 Copyright (c) 2013 - 2020 Stoodi Ensino e Treinamento a Distância S.A. - Todos os direitos reservados 29) e, 30) e,
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