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Prova Hermenêutica Jurídica

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TRABALHO DE HERMENÊUTICA JURÍDICA I
Observações preliminares: 
· Grupos de até cinco (05) pessoas;
· O texto final deve ser digitado e ter no máximo uma (01) página, devendo ser postado no “portfólio” do Sistema Blackboard por apenas um (01) dos integrantes do grupo, até às 23h 59min do dia 11/03 (sexta-feira). 
· O texto final deverá conter os argumentos que justificam a posição jurídica do grupo.
- Beatriz Peixoto Machado
- Fernando Faria Porto
- Jefferson Rodrigues Ferreira
- Marcela Vasques Nunes Rosa
- Fernando Faria Porto
- Willian Conradt Rieger
PROBLEMA: A adoção de cotas raciais nas universidades brasileiras viola o princípio constitucional da igualdade?
Sancionada em agosto de 2012, a Lei nº 12.711/2012, que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências, prevê, em seu artigo 3º, que em cada instituição federal de ensino superior, as vagas de que trata o art. 1º desta Lei serão preenchidas, por curso e turno, por autodeclarados pretos, pardos e indígenas e por pessoas com deficiência, nos termos da legislação, em proporção ao total de vagas no mínimo igual à proporção respectiva de pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência na população da unidade da Federação onde está instalada a instituição, segundo o último censo da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Sendo a desigualdade uma realidade presente na sociedade, seu combate consiste na luta por uma concretização da justiça social, na qual se sabe que a discriminação e o preconceito são enfrentados por todos, independente de cor, raça, credo, religião ou sexo. A Constituição Federal, em seu artigo 5º, faz referência ao princípio da igualdade, precisamente em seu inciso I, ao citar que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição (conhecida como igualdade formal). 
Diante disso, o grupo, após realizar uma votação e um debate democrático, de forma unânime, entende que a adoção de cotas raciais nas Universidades Públicas Federais, é um retrocesso, ou seja, é contra a adoção das cotas raciais pois acredita que cria uma maior discriminação e preconceito racial ao conceder benefícios a uns em detrimento ao prejuízo de outros, utilizando a cor da pele como critério. Portanto, a equipe acredita ser inconstitucional, ferindo a Constituição Federal de 1988. 
O Brasil é um país composto por uma vasta miscigenação inseparável e indivisível. A lei de cotas raciais separa, sob um argumento falacioso de compensação por danos causados, uma hegemonia tipicamente brasileira. Não é a cor da pele que determina o merecimento de benefícios do cidadão, pois será que quando falamos em falta de oportunidades no sistema educacional, só os pretos e pardos preenchem esses requisitos? Os brasileiros precisam sim de ações afirmativas que compensem o atraso sofrido, mas não será por meio de ações de cotas raciais em Universidades Públicas ou até mesmo em concursos públicos que será recompensado o sofrimento causado pelo racismo. Esse racismo está presente no Brasil, assim como em todo o mundo. Discrimina-se os negros, pardos e indígenas, mas também se discrimina homossexuais, doentes mentais, os dependentes químicos e, até mesmo, pela origem da pessoa. Assim como aqueles que merecem receber oportunidades, outros grupos merecem também essa oportunidade, se for levado em contexto. 
Consequentemente, investir em uma separação de raças, como quer o sistema de cotas raciais e o estatuto da igualdade racial, é violar os preceitos da Constituição Federal, violar os princípios da igualdade, da justiça e, principalmente, da legalidade.

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