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Slides ato infracional - 2019 - alunas

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O trabalho da/o psicóloga/o nas 
Varas Especiais com os 
adolescentes em conflito com a lei e 
as medidas socioeducativas.
Ref.: Gallo e Willians, 2005
Estatuto da Criança e do Adolescente
Prof. Rosana Ragazzoni Mangini
2019
Neutralidade? 
Participação crítica e reflexiva da 
categoria. 
Garantia de Direitos.
Brevidade e excepcionalidade.
Depoimento (construção identitária) 
“meus pais são traficantes e trabalham muito bem, 
com discrição, vendem para os alunos da 
universidade em que vocês trabalham. Eles têm tudo 
organizado, caderno de clientes, entrega, etc. Quero 
seguir nesse ramo quando sair daqui”.
A posição em relação ao tráfico parece ter sido
interrompida apenas temporariamente pela
intervenção penal. O tráfico é considerado uma
atividade profissional (significando trabalho).
Fatores de risco associados à prática de ato 
infracional
• Desigualdades sociais marcantes
– Violência estrutural
• O conhecimento dos fatores de risco é
importante, mas melhor seria que a atuação
fosse a nível primário, antes do cometimento
dos atos infracionais.
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O SURGIMENTO DA VIOLÊNCIA
• Dificuldades em habilidades sociais e resolução de problemas
• Sentimento de inferioridade
• Dificuldades de aprendizagem e baixa escolaridade
• Q.I. de infratores é menor do que o de não infratores.
– Testes? Padronização? Quais habilidades medem?
• Abandono Escolar:
– Motivos q levaram ao abandono escolar:
• 43% desinteresse
• 13% abandono
• 13% conflitos com outros alunos/professores
• 5% fracasso escolar
• 1% suspensão das aulas
• Cuidado para não estigmatizar e rotular como marginal.
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O 
SURGIMENTO DA VIOLÊNCIA
• Punição extrema
• Estressores relacionados à pobreza
• Violência endêmica em bairros pobres
• Violência midiática
• Ruído forte e constante
• Moradia pequena para o grupo familiar
• Fracasso no emprego
• Temperaturas subitamente elevadas
• Problemas na família
• Uso de substâncias
• Estressores familiares
• Transtorno desafiador de oposição
Ambientais
Biológicos
Fatores de risco para o ato infracional
“condições ou variáveis que estão associadas à alta 
probabilidade de ocorrência de resultados negativos ou 
indesejáveis ao desenvolvimento humano”
Multideterminação
No DSM V
• Transtornos Disruptivos, do Controle de
Impulsos e da Conduta:
– condições que envolvem problemas de autocontrole
de emoções e de comportamentos. Enquanto outros
transtornos do DSM-5 também podem envolver
problemas na regulação emocional e/ou
comportamental, os transtornos inclusos neste
capítulo são exclusivos no sentido de que esses
problemas se manifestam em comportamentos que
violam os direitos dos outros (p. ex., agressão,
destruição de propriedade) e/ou colocam o indivíduo
em conflito significativo com normas sociais ou figuras
de autoridade. As causas subjacentes dos problemas
de autocontrole das emoções e do comportamento
podem variar amplamente ....
Associação de “problemas de comportamento” com infrações
• Transtorno de Oposição Desafiante (DSM V):
• Padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento
questionador/desafiante ou índole vingativa com duração de pelo
menos seis meses, evidenciado por pelo menos quatro sintomas de
qualquer das categorias seguintes e exibido na interação com pelo
menos um indivíduo que não seja um irmão. Frequentemente;
– perde a calma.
– é sensível ou facilmente incomodado.
– é raivoso e ressentido. Comportamento Questionador/Desafiante
– questiona figuras de autoridade ou, no caso de crianças e
adolescentes, adultos.
– desafia acintosamente ou se recusa a obedecer a regras ou pedidos de
figuras de autoridade.
– incomoda deliberadamente outras pessoas.
– culpa outros por seus erros ou mau comportamento.
Associação de “problemas de comportamento” a atos infracionais
• Transtorno de conduta (DSM V):
• Padrão de comportamento repetitivo e persistente
no qual são violados direitos básicos de outras
pessoas ou normas ou regras sociais relevantes e
apropriadas para a idade, tal como manifestado
pela presença de ao menos três dos 15 critérios
seguintes, nos últimos 12 meses, de qualquer uma
das categorias adiante, com ao menos um critério
presente nos últimos seis meses:
– Agressão a pessoas ou animais
– Destruição de propriedade
– Falsidade ou furto
– Violação grave de regras
Fatores familiares 
• Maior probabilidade de envolvimento em infrações:
– Vínculos pouco efetivos com a família
– Disciplina familiar pouco consistente e
ineficiente/Punições severas
– Violência intrafamiliar
– Coerção no ambiente familiar associada a estressores intra
e extrafamiliar
– Famílias monoparentais sofrem impacto mais severo de
inúmeros fatores de risco
Fatores sociais
• Violência no meio social:
– Aprendizagem social de Bandura:
• É importante ressaltar que a informação exibida pela mídia é
mediada por fatores como família, escola e a percepção individual,
e a mera exposição não é suficiente para desenvolver
comportamentos agressivos.
– Reforço intermitente:
• Quando uma criança pacífica é agredida por um colega e tem a
possibilidade de contra-atacar e fugir de outras agressões futuras,
o comportamento de contra-atacar é reforçado negativamente
(pelo fato de remover a agressão), aumentando assim a
probabilidade de comportamentos agressivos futuros.
• Pobreza:
– Isoladamente não leva a ocorrência de comportamentos
infratores. Maus tratos à criança são mais poderosos do
que a pobreza.
Consumo de drogas
• Anfetaminas e cocaína (aumentam a agressividade)
• Álcool, inalantes, ansiolíticos (efeito desinibidor)
• Esteróides anabolizantes – aumentam a agressividade
e provocam episódios de mania
• Maconha – reduz a agressividade
• LSD em pequenas doses inibe a agressividade, em altas
doses desencadeia agressividade
Fatores de proteção
• Resiliência
• Adaptação para lidar com os estressores
ambientais e familiares
• Escola
• Ambiente livre de violência com diálogo,
afeto e limites
Alguns dados.... Pra pensar!!!
Unicef (2016):
Apenas 1% dos homicídios 
praticados no Brasil são 
cometidos por adolescentes
Mapa da violência (2015):
Brasil é o 3º país em taxa de 
mortalidade de adolescentes. 
Dados de 2013 apontam o 
homicídio como causa de 46% 
das mortes. 
Denominação relacionada ao ato 
infracional
Crime?
Ato 
infracional
Delinquente? Infrator
Pena?
Medida 
socioeducativa
Atuação Psi
• Medida Socioeducativa: Dimensões 
sancionatória (reprovação) e pedagógica 
(condições para superação da vivência ou 
vulnerabilidade que o levou ao ato), com 
vistas à ressocialização
• Atuação tradicionalmente relacionada à 
produção de documentos que auxiliem o juiz 
em sua tomada de decisão
• Avaliação psicológica (subjetividade)
– Identificar aspectos passíveis de intervenção como:
• Promoção do autoconhecimento
• Autoestima
• Análise de padrões comportamentais
Objetivos:
- Aprimoramento e ou aprendizagem de competências pessoais e familiares
- Ressignificação da prática delitiva
- Desenvolvimento de habilidades para manejo das condições de
vulnerabilidade
– Configuração de uma experiência significativa para seu presente e futuro
– Reflexão com o adolescente sobre como ele ocupa o tempo no seu cotidiano
– Quais os padrões de convivência que estabelece
- Obs.: nem todas as demandas observadas serão passíveis de intervenção,
considerando-se o tempo que se tem com o adolescente, a brevidade da
execução da medida e a especificidade do trabalho.
ECA e as medidas socioeducativas
ECA e as medidas socioeducativas
• Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou
contravenção penal.
• Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em
flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da
autoridade judiciária competente.
• Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra
recolhido serão incontinenti comunicados à autoridade judiciária
competente e à família do apreendido ou à pessoapor ele indicada.
• Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo
prazo máximo de quarenta e cinco dias.
• Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido
processo legal.
• Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as
seguintes garantias:
• I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional,
mediante citação ou meio equivalente;
• II - igualdade na relação processual, podendo confrontar-se com
vítimas e testemunhas e produzir todas as provas necessárias à sua
defesa;
• III - defesa técnica por advogado;
• IV - assistência judiciária gratuita e integral aos necessitados, na
forma da lei;
• V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade
competente;
• VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em
qualquer fase do procedimento.
ECA e as medidas socioeducativas
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente
poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semi-liberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade
de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração.
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental
receberão tratamento individual e especializado, em local adequado às
suas condições.
ECA e as medidas socioeducativas
Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal, que será
reduzida a termo e assinada.
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a
autoridade poderá determinar, se for o caso, que o adolescente
restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra
forma, compense o prejuízo da vítima.
Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na realização
de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não excedente a
seis meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e
outros estabelecimentos congêneres, bem como em programas
comunitários ou governamentais.
Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as aptidões
do adolescente, devendo ser cumpridas durante jornada máxima de
oito horas semanais, aos sábados, domingos e feriados ou em dias
úteis, de modo a não prejudicar a freqüência à escola ou à jornada
normal de trabalho.
ECA e as medidas socioeducativas
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida
mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o
adolescente.
(...)
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses,
podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por
outra medida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o defensor.
Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a supervisão da autoridade
competente, a realização dos seguintes encargos, entre outros:
I - promover socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes
orientação e inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou
comunitário de auxílio e assistência social;
II - supervisionar a freqüência e o aproveitamento escolar do adolescente,
promovendo, inclusive, sua matrícula;
III - diligenciar no sentido da profissionalização do adolescente e de sua
inserção no mercado de trabalho;
IV - apresentar relatório do caso.
ECA e as medidas socioeducativas
Art. 120. O regime de semi-liberdade pode ser
determinado desde o início, ou como forma de
transição para o meio aberto, possibilitada a realização
de atividades externas, independentemente de
autorização judicial.
§ 1º São obrigatórias a escolarização e a
profissionalização, devendo, sempre que possível, ser
utilizados os recursos existentes na comunidade.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado
aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à
internação.
ECA e as medidas socioeducativas
• Na semiliberdade enfatiza-se:
– Escolarização
– Profisisonalização
– Cultura e lazer
– Atendimentos à saúde
– Tudo realizado prioritariamente nos recursos da
comunidade
– Interlocução com os serviços e equipamentos públicos
ECA e as medidas socioeducativas
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos
princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar
de pessoa em desenvolvimento.
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe
técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção
ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis
meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a
três anos.
(...)
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.
ECA e as medidas socioeducativas
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada
quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça
ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida
anteriormente imposta.
§ 2º. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação,
havendo outra medida adequada.
Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade
exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele
destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por
critérios de idade, compleição física e gravidade da infração.
ECA e as medidas socioeducativas
Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade, entre outros, os seguintes:
I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do Ministério Público;
II - peticionar diretamente a qualquer autoridade;
III - avistar-se reservadamente com seu defensor;
IV - ser informado de sua situação processual, sempre que solicitada;
V - ser tratado com respeito e dignidade;
VI - permanecer internado na mesma localidade ou naquela mais próxima ao domicílio de seus pais ou responsável;
VII - receber visitas, ao menos, semanalmente;
VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos;
IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal;
X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene e salubridade;
XI - receber escolarização e profissionalização;
XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer:
XIII - ter acesso aos meios de comunicação social;
XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje;
XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro para guardá-los, recebendo comprovante daqueles
porventura depositados em poder da entidade;
XVI - receber, quando de sua desinternação, os documentos pessoais indispensáveis à vida em sociedade.
§ 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.
§ 2º A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita, inclusive de pais ou responsável, se existirem motivos
sérios e fundados de sua prejudicialidade aos interesses do adolescente.
Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medidas adequadas
de contenção e segurança.
ECA e as medidas socioeducativas
• Estes slides se destinam exclusivamente às
aulas da disciplina de psicologia jurídica e não
devem ser utilizados para outros fins.
• As referências sobre o tema já foram enviadas
no email da turma.

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