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Vamos pensar o que é a Psicomotricidade? Você já ouviu falar? Para que serve? Qual sua importância para psicopedagogia? Para iniciarmos esse diálogo o termo Psicomotricidade apareceu a primeira vez com Dupré em 1920, afirmado ser um uma abordagem que articulava pensamento e movimento. O que não estava errado! Mas aprofundando esse conceito a Associação Brasileira de Psicomotricidade coloca que: Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto. Pois bem, a psicomotricidade estuda uma tríade: Psi(emocional) + Co(cognição) + motriz (área motora) + idade (fases do desenvolvimento). A psicomotricidade faz parte do mundo em todos os sentidos e disciplinas. É possível ver a Psicomotricidade em atos simples como o caminhar e complexos como tocar um instrumento, e mais, esta ciência dialoga com os métodos básicos de aprendizagem e por consequência a Psicopedagogia. Um bom desenvolvimento psicomotor proporciona algumas capacidades básicas a um bom desempenho escolar e que a Psicomotricidade se caracteriza por uma educação que se utiliza do movimento para atingir outras aquisições mais elaboradas, como as Intelectuais (Oliveira,2002, p.39). Aspectos psicomotores que devem são vistos pelo psicopedagogo: · Coordenação Global: perceba que as manipulações do sujeito sobre o mundo, pessoas e objeto recai sobre essas habilidades de saber movimentar o corpo no espaço. Depende do equilíbrio postural, gerando pela tonicidade muscular, sensações proprioceptivas, cinestésicas e labirínticas. As várias experimentações levam a dissociação de movimentos – cada membro realizado uma atividade diferente · Coordenação fina: versa sobre as habilidades e destrezas manuais, sendo um aspecto particular da coordenação global. · Coordenação óculo - manual: habilidade que nos permite realizar ações que requerem o uso simultâneo dos olhos e as mãos, como uma atividade que usa a informação captada por nossos olhos (percepção visual e espacial) para guiar as nossas mãos e fazer um movimento. · Esquema Corporal: o reconhecimento das partes do próprio corpo, depois do outro e depois na figura. Com as seguintes etapas: corpo vivido até 3 anos; corpo percebido ou descoberto de 3 a 7 anos e o corpo representado de 7 a 12 anos. · Lateralidade: a propensão que temos para utilizar mais um lado do corpo: olho, mão, pé e ouvido. · Estruturação espacial: estabelecimento da relação de espaço de sujeito e mundo · Estruturação temporal: é uma elaboração mental através da estruturação espacial e esquema corporal. Vamos então compreendermos o perfil psicomotor e seus alcances. Crianças de 0 – 2 anos: Subir e descer escadas sem ajuda e saltar com pouca altura; caminhar para trás; virar trincos e maçanetas de portas; comer sem qualquer ajuda; copiar linhas horizontais; ao nível do vocabulário, utilizar em média 250 palavras e começar a construir frases curtas. Gestos comunicativos Crianças de 2 – 8 anos: deve terminar esse período, com equilíbrio e coordenação motora fina, interativa com os objetos, anda em linha reta, acha objetos sem o recurso da visão, dar laços, pinta, canta, tem noção de espaço e tempo. Crianças de 9 a 10 anos – Automatização dos movimentos habituais até se tornarem ágeis, mais relaxado na postura, levanta alternativas para solucionar problemas, relaciona-se cooperativamente com a comunidade, explica conceitos abstratos, fala e age ao mesmo tempo; Crianças de 11 anos – Combina simultaneamente os movimentos dos membros inferiores e superiores, equilibra força muscular e habilidade, movimentos expressivos faciais e corporais, atividades com diferenciação dos sexos e desenvolvimento muscular maior nos meninos (BUENO, 1998) Este perfil é o que vamos chamar de neurotípico, por muitas vezes as crianças que são nossas demandas, estão fora desse perfil, geralmente em atraso psicomotor, o que interfere diretamente nos processos de aprendizagem, Saber verificar todos esses fatores psicomotores se torna uma valiosa estratégia psicopedagógica. Agora temos que ter apenas um cuidado! A psicopedagogia utiliza da psicomotricidade, mas não somos psicomotricistas, para isso, é necessária uma outra formação, ok! A psicomotricidade pode ser utilizada tanto nas ambiências de clínicas com atendimentos individualizados e grupais, como nas ambiências institucionais. Que vê alguns exemplos: desenhar com giz de cera em uma lixa, pintar com cotonete ou dedo, brincadeira do pula saco, boliche, pega varetas, corda, circuitos psicomotores, dentre outros. Atividade extra: Filme: O garoto Selvagem. Referência Bibliográfica: OLIVEIRA, G. C. Psicomotricidade: Educação e Reeducação num enfoque psicopedaógico. 2ª ed. São Paulo: Vozes, 2002. LE BOULCH, J. Educação Psicomotora – A Psicocinética na Idade Escolar. Tradução de Jeni Wolf. Porto Alegre: Artmed, 2007. FONSECA, V. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2008. A psicomotricidade é uma área que trabalha: d Movimento e cognição. Para um bom planejamento de uma atividade psicomotora, o psicopedagogo deve estar atendo ao processo de: a Avaliação inicial da criança. São aspectos psicomotores: a esquema corporal, coordenação motora fina. As manipulações do sujeito sobre o mundo, pessoas e objeto recai sobre essas habilidades de saber movimentar o corpo no espaço. Depende do equilíbrio postural, gerando pela tonicidade muscular, sensações proprioceptivas, cinestésicas e labirínticas. As várias experimentações levam a dissociação de movimentos – cada membro realizado uma atividade diferente. Este conceito de refere a: Coordenação motora ampla. O reconhecimento das partes do próprio corpo, depois do outro e depois na figura. Com as seguintes etapas: corpo vivido até 3 anos; corpo percebido ou descoberto de 3 a 7 anos e o corpo representado de 7 a 12 anos. a Esquema Corporal. A habilidade que nos permite realizar ações que requerem o uso simultâneo dos olhos e as mãos, como uma atividade que usa a informação captada por nossos olhos (percepção visual e espacial) para guiar as nossas mãos e fazer um movimento. Coordenação óculo-manual.
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