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A FAMÍLIA COMO UNIDADE DE CUIDADO (8A) Amanda C. Piazza 1 Instrumentos de Intervenção Familiar 1ª AULA – 07 DE AGOSTO PROF. MANOEL SOBRINHO • Instrumentos para intervenção familiar para diagnóstico são mais de 200, nenhum é completo, eles só ajudam o médico a ver a família de algum ângulo (bio, social...) • Cada instrumento tem seu objetivo, sua finalidade e cada um tem algo que ele vai ajudar a identificar na família • Algo muito amplo e complexo • Está se modificando ao decorrer do século • Iniciamos com a família patriarcal, onde o homem assumia o papel de provedor da família • Hoje temos as mais diversas composições de família • No dicionário família é definida como laços sanguíneos • A família é o primeiro espaço onde o ser humano tem de troca, a primeira experiência de amor, carinho, afeto, atenção, ou falta desses. • O médico deve olhar o paciente como um todo • O médico que conhece a família e conhece o perfil e o diagnostico dela, consegue fazer uma medicina muito mais ampla e correta • Assim o médico consegue oferecer ao paciente apoio e dá a orientação correta para o paciente seguir o tratamento da melhor maneira • O médico assim consegue identificar de onde veio o problema do paciente, através do jeito que ele vê a si mesmo e o mundo • Os médicos podem erroneamente colocar a família e experiências familiares dele como base e como modelo, o que pode fazer com que ele aja com viés • Distanciamento do ponto de vista da cultura dele pra que ele não estabeleça padrões baseado na vida dele • E sim para que ele use instrumentos que possibilitam ele a estudar fatores que desencadeiem processos patológicos • Longitudinalidade é o acompanhamento do individuo desde a infância por toda a sua vida o Dentro do SUS, o único serviço que oferece um serviço longitudinal é a atenção básica • Não é possível estudar todas as famílias, por isso é implementado em famílias que tem necessidade maior (baseado no princípio da equidade) • De madeira geral, é acompanhada a família que: o Tem familiares com condições crônicas, idosos acamados, família com etilistas (alcoólatras) o Etilismo deve ser tratado como problema social e familiar, não individual. o Situações de violência também são sistêmicas e têm a ver com projeções das próprias pessoas (por exemplo se o pai era violento, o filho se torna um pai violento) o Família com tabagistas o Família com pessoas com doenças mentais (que inclusive podem ter um fundo familiar) o Famílias com pessoas com condições crônicas (diabetes) o Família em luto o Famílias com crianças com problemas cognitivos, de peso, - nesses casos são crianças recorrentes nas UBS o Famílias em situações de miséria • São necessárias de 4 a 8 horas na casa da família para estudar ela, mas por mais que seja tedioso e requeira tempo, é necessário estudar as famílias para poder fazer o diagnostico e ajudá-la da maneira correta) • Uma visita é para conhecer a família, outra para aplicar os instrumentos, outras para prestar os serviços e apoios necessários • Projeto terapêutico singular (PTS) = projeto de intervenção terapêutica exclusivo para aquela família, baseado na aplicação dos instrumentos, e construído em equipe (médico, enfermeiro...) • Genograma; • APGAR Familiar; • Ecomapa; • F.I.R.U; Introdução Conceito de família Por que é importante o médico estudar família? Quais os motivos de se utilizar instrumentos para estudar família? É necessário estudar todas as famílias? Quais são os principais métodos de estudo de famílias usados na Atenção Primária? A FAMÍLIA COMO UNIDADE DE CUIDADO (8A) Amanda C. Piazza 2 • P.R.A.T.I.C.E; • Modelo Calgary; • Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi • O APGAR representa um acrônimo derivado de: Adaptation (adaptação), Partnership (companheirismo), Growth (desenvolvimento), Affection (afetividade) e Resolve (capacidade resolutiva). • É um eficiente teste de avaliação rápida do funcionamento familiar no cuidado de pessoas dependentes. • Está entre os 3 mais usados, e faz parte do Calgary • Estuda a família no geral onde se entrevista cada pessoa individualmente, assim vendo a família com viés de cada componente dela o Efeito rossman de subjetividade • Índice de uma família é a pessoa que é o problema da família (exemplo o idoso acamado, o etilista, o tabagista...) o O APGAR é recomendado fazer não só no índice, mas em mais pessoas da família • Este instrumento é feito por médicos e enfermeiros • Só o fato de aplicar esse formulário já tem um efeito terapêutico. Não é incomum na segunda visita a pessoa já falar que fez uma reunião com a família... Muitas vezes as pessoas mentem, mas independentemente disso, elas ficam cientes dos problemas. As vezes as pessoas evitam falar por medo. • Objetivo de APGAR o Possibilita verificar indícios de disfunção familiar permitindo a elaboração de um projeto terapêutico. o É uma medida unidimensional de satisfação com a dinâmica de funcionamento familiar, verificando a percepção das pessoas sobre suas famílias como um recurso ou como um fator estressor o O resultado do APGAR é individual • Essa segunda parte é utilizada para auxiliar no diagnóstico de pontos mais vulneráveis no interior das famílias. • É composta por dois itens, um relacionado às pessoas que coabitam e outro para as pessoas que vivem sós APGAR A FAMÍLIA COMO UNIDADE DE CUIDADO (8A) Amanda C. Piazza 3 • O Genograma ou a Árvore Familiar é um método gráfico de coleta, armazenamento e processamento de informações sobre a família, onde é possível por meio da representação gráfica espacial de todos os seus membros, elaborar o diagrama de um grupo familiar • Interpretação de genograma cai em prova de residência • Genograma está dentro do Calgary • Possibilita analisar a família dentro de um contexto de herança familiar, desde condições genéticas, propensão a suicídio, canceres... o Possibilita ações de promoção de saúde para evitar que a pessoa desenvolva certas doenças • Benefícios do genograma: o Permite avaliar a estrutura das famílias, identificando quem faz parte dela, e estabelece aspectos relacionais entre seus membros, o vínculo afetivo, pois possibilita inclusão das relações que são determinantes para melhorar a explicação do problema de saúde-doença, e todos os aspectos relevantes ao planejamento do cuidado em saúde. o Desenvolvido como dispositivo de avaliação, planejamento e intervenção familiar, o Genograma pode ser utilizado para auxiliar as famílias a se perceberem como estruturas sistêmicas, com vista a ajudá-las na reestruturação de comportamentos, na melhora dos relacionamentos e vínculos, com vistas a consolidação de aspectos fundamentais ao cuidado dos familiares. • Para sua elaboração utiliza-se dos ícones gráficos convencionalmente utilizados em genética e na construção de árvores genealógicas. • Sua construção deve sempre partir do indivíduo doente (índice), alvo da preocupação da equipe de saúde. • Costuma-se incluir pelo menos três gerações além da pessoa. • O importante é que todos os indivíduos, mesmo que não tenham relação familiar direta ao núcleo familiar, mas que contribuem para o estabelecimento da rede de cuidados estejam ali representados, ou seja, na sua elaboração o Genograma deve ser ampliado ao máximo para o estudo do caso. • Genograma na prática: o Os membros da família são colocados em séries horizontais que significam linhagem de geração. o Homens = quadrados, mulheres = círculo o Crianças são colocadas em linhas verticais em ordem decrescente de classificação (começando pela mais velha no lado esquerdo). o Todos os indivíduos da família devem ser representados. o Quando casados tem uma linha em baixo ligando, separação é uma linha separando o casal(tem volta, só anular a separação), e o divórcio são duas linhas separando o Nome (iniciais) e idade da pessoa devem ser anotados dentro do símbolo (quadrado ou círculo) e dados significativos, anotados fora (deprimido, viaja muito etc.). o Sempre começar o genograma pela pessoa índice (representada por um círculo dentro de um círculo (se mulher) e um quadrado dentro de outro quadra (se homem). o Colocar um circulo ao redor de todas as pessoas que moram naquela casa o É importante que estejam anotadas todas as informações relevantes à história da saúde- doença de todos os familiares, em especial as doenças crônico degenerativas, e os hábitos sejam eles saudáveis ou não. ® Por exemplo, anotar os tabagistas, os que fazem uso abusivo de bebidas alcoólicas, mas também os que fazem alguma prática corporal/atividade física, porque potencialmente podem ser chaves para a contribuírem com mudanças de hábitos positivas no grupo familiar. o Deve ser anotado também, aspectos sobre a morte de cada um dos membros familiares. o É importante salientar que o genograma constitui-se num retrato momentâneo da família, que deve continuamente ser atualizado, pois a família se modifica dia a dia. Genograma ou a árvore genealógica A FAMÍLIA COMO UNIDADE DE CUIDADO (8A) Amanda C. Piazza 4 • O ecomapa é um diagrama do contato da família com o meio externo. Representa uma visão geral da situação da família; retrata as relações importantes de educação ou aquelas oprimidas por conflitos entre a família e o mundo. • Demonstra o fluxo ou a falta de recursos e as privações. • Este procedimento de mapeamento delineia a natureza das interfaces e pontos de intermediação, pontes a construir e recursos a serem buscados e mobilizados para os conflitos. • Ecomapa é feito dentro do genograma • Primeiro perguntar como ela se relaciona com os outros membros da família e depois o que é importante pra ela (escola, trabalho, namorado, religião, comunidade, atividade física...) • Vínculos são representados com linhas que ligam a pessoa índice a outro ou a aquilo que é importante pra ele de acordo com a qualidade desse vínculo: o Estressantes = espinho de peixe o Muito superficiais = uma linha o Superficiais = duas linhas o Moderados = três linhas o Fortes = quatro linhas o Aqueles que não tem contato ou relacionamento = não precisa fazer • Fluxos são representados por flechas de acordo com quem procura a quem o Por exemplo, a pessoa índice que vai a igreja, então a flecha sai dela para a igreja. A pessoa índice é visitada pela UBS então a flecha vai da UBS para a pessoa. • Segundo Moysés e Silveira Filho (2002), o modelo é baseado em Orientações Fundamentais nas Relações interpessoais, do original em inglês Fundamental In- terpersonal Relations Orientations (FIRO). • As “Orientações Fundamentais nas Relações Interpessoais” − Fundamental Interpersonal Relations Orientations (FIRO) − procuram avaliar os sentimentos de membros da família, na vivência das relações do cotidiano. Esta ferramenta deve ser utilizada em quatro situações, segundo Ditterich, Gabardo e Moysés (2009, p. 121): o Quando as interações na família podem ser categorizadas nas dimensões inclusão, controle e intimidade, ou seja, a família pode ser estudada quanto às suas relações de poder, comunicação e afeto; quando a família sofre mudanças importantes ou ritos de passagem, tais como descritos no ciclo de vida, e faz-se necessário criar novos padrões de inclusão, controle e intimidade; quando a inclusão, o controle e a intimidade constituem uma sequência inerente ao desenvolvimento para o manejo de mudanças da família; quando as três dimensões anteriores constituem uma sequência lógica de prioridades para o tratamento: inclusão, controle e intimidade. • Significado de cada termo-chave: Ecomapa (Avaliação dos recursos familiares e comunitários) F.I.R.O. A FAMÍLIA COMO UNIDADE DE CUIDADO (8A) Amanda C. Piazza 5 o Inclusão: permite conhecer a dinâmica de relacionamento na família, como ela se organiza para enfrentar as situações de estresse, o papel de cada membro e como são a interação e participação de cada um dos membros da família. Vamos voltar nossa reflexão para nossa própria família − como nos organizamos ao enfrentar um problema, quem apoia, quem se afasta, como nos comunicamos? o Controle: mostra como é exercido o poder na família. Ele pode ser: dominante um exerce o poder sobre toda a família; reativo − ocorre reação contrária a alguém que deseja exercer o papel de dominância; colaborativo − compartilhamento de poder entre os membros da família. o Intimidade: como os membros da família se unem para compartilhar entre si os sentimentos. ® Essa ferramenta é útil quando, por qualquer motivo, houver mudança de papéis na família. ® Por exemplo: quando o chefe da família perde seu emprego e passa a ser sustentado pela esposa, deverá haver negociação dos papéis de cada membro da família. Se tal fato não se verificar, pode gerar sentimentos de inutilidade em um membro e sobrecarga de outro, levando a algum tipo de disfunção na família ou até mesmo a um problema orgânico em qualquer membro dessa família. • (Problem, Roles, Affect, Communication, Time, Illness, Copying, Ecology) o Problema, Papéis, Afeto, Comunicação, Tempo, Doença, Lida, Ecologia • Esse instrumento se aplica não só ao índice, mas a família toda em uma reunião • Médico e enfermeiros podem realizar • Instrumento que permite a avaliação do funcionamento das famílias. Esse instrumento facilita a coleta de informações e entendimento do problema, seja ele de ordem clínica, comportamental ou relacional, assim como a elaboração de avaliação e construção de intervenção, com dados colhidos com a família, facilitando o desenvolvimento da avaliação familiar • O PRACTICE é ferramenta que pode auxiliar na atenção ao indivíduo e sua família e deve ser utilizado em situações mais complexas para resolver algum problema que a família apresenta. • Deve ser aplicado em reuniões familiares, sendo que o profissional tem que ter a clareza de que só uma entrevista familiar será insuficiente para se construir com a família soluções para resolução do problema apresentado. • Estrutura do P.R.A.C.T.I.C.E. o P- Problema (Presenting problem) Permite que a equipe conheça o problema da família e o que os diferentes membros da família pensam e sentem a respeito do fato. o R- Papéis e estrutura (Roles and structure) Permite conhecer quais os papéis de cada membro da família e como eles o desempenham. o A - Afeto (Affect) Como se dá a troca de afeto na família e como isto afeta, positiva ou negativamente, a resolução do problema. o C- Comunicação (Comunication) Como é feita a comunicação verbal e não verbal no contexto da família. o T- Tempo (Time of life cycle) Procura correlacionar o problema apresentado com os papéis esperados no ciclo de vida da família, procurando verificar onde está situada a dificuldade. o I - Doenças na família, passadas ou presentes (Illness in family) Nesta parte resgatam-se as doenças vividas anteriormente pela família, como foi feito o cuidado, buscando valorizar as atitudes de cada membro da família, demonstrando a importância do suporte familiar no cuidado de um membro da família. o C - Lidando com o estresse (Coping with stress) Procura identificar os recursos utilizados pela família para lidar com situações anteriores de estresse e como utilizar esses recursos para enfrentar a crise presente. o E - Ecologia (Ecology) Procura conhecer os suportes externos que possam apoiar a família nessa situação atual − igreja, vizinhos, enfim, a rede social de apoio –, além dos aspectos estruturais, como saneamento, renda, grau de escolaridade, moradia, transporte. • Aplicando o P.R.A.C.T.I.C.E. o Vamos retomar à família de Mário e Rita, daqual você fez o genograma e o ecomapa (atividade 3) e utilizar o PRACTICE como um instrumento de ajuda ao estabelecimento de condutas. o Vamos identificar os pontos da ferramenta PRACTICE em relação à família de Mário e Rita, obtidos na entrevista com Mário, Rita e a filha mais velha, pois as outras não puderam participar, pois “tinham outras coisas a fazer”: ® P − Problema (problem): falta de adesão ao tratamento Ao realizar a entrevista, Mário informa que se sente mal, pois nunca teve que seguir ordens e agora até sua comida é P.R.A.C.T.I.C.E A FAMÍLIA COMO UNIDADE DE CUIDADO (8A) Amanda C. Piazza 6 supervisionada. Sente-se limitado, pois não consegue nem tomar banho sozinho. Rita diz se sentir sobrecarregada e irritada com as atividades, pois seu marido nada faz do que ela manda e ainda dúvida de sua competência para lidar com a economia doméstica. Sofia, sua filha, não sabe bem como ajudar, pois, tem seu filho e casa, além do seu trabalho. Reconhece como deve estar sendo difícil para sua mãe aguentar tudo sozinha. Suas irmãs em nada colaboram. ® R − Papéis (roles): Mário era o provedor, aquele que exercia o controle da família, agora sabe que nada mais pode fazer e tem que obedecer às ordens da esposa. Rita era a mãe da família, aquela que exercia o cuidado, agora ela assumiu mais um papel, que é o do controle econômico e do cuidado de um doente. Sofia é a filha que mais ajuda a mãe. Sempre que pode, compra algum presente para a mãe, além de ajudá-la nas tarefas da casa. ® A − Afeto (affect): Mário nunca foi muito afetuoso, sempre ausente nas decisões familiares, nunca teve tempo. Rita sempre foi cuidadosa com sua prole, mas também não podia ser muito carinhosa com as filhas, ela tinha que exercer o papel de pai e mãe, já que acreditava que somente assim suas filhas iriam obedecer-lhe. Sofia acredita ser carinhosa com a mãe, sente muita raiva das irmãs − acha que elas abusam da bondade da mãe. ® C − Comunicação (communication): Rita sente que sua autoridade como dona da casa está ameaçada pela presença constante do marido, que agora quer mandar em casa, como se ela não soubesse administrá-la. Não consegue discutir algo com seu marido, que é um cabeça-dura e logo perde a paciência. Quando isto ocorre, ela vai cuidar dos seus afazeres e deixa o marido resmungando sozinho. Mário acha que deve ser obedecido em suas vontades, afinal ele é o homem da casa. Acha que Rita não soube criar as filhas, todas elas se perderam, de uma forma ou de outra. Ele era mais feliz quando podia ficar fora de casa. Sabe que sua mulher tem dificuldade em estar com ele em casa. Mas é um direito seu estar ali. Sofia não consegue falar com o pai, ele é muito bravo. ® T −Tempo (time): Agora nessa família está ocorrendo uma mudança no ciclo de vida, cujo pai até então mais jovem e provedor ausente da casa volta ao lar doente, envelhecendo e sem condições de sustentar a família. ® I − Doença (illness): As doenças que acometeram a família foram as corriqueiras, nunca cuidaram de uma pessoa com doença mais grave. As internações foram motivadas pelos partos das filhas. Rita sente-se perdida, está tentando seguir todas as orientações do médico, do fisioterapeuta, do fonoaudiólogo, do farmacêutico. Rita nunca teve muita ajuda das filhas, conforma-se com isto: quem gosta de ficar perto de uma pessoa doente? ® C − Lidando com o estresse (copying): Nessa família as pessoas lidam com o estresse da mesma forma, cada qual se isolando e resolvendo seus afazeres. Mário está lidando com o estresse com atitudes de rebeldia ® E − Ecologia (ecology): Rita tem recursos sociais importantes: a religião e sua família ampliada. • Agora você começou a conhecer a família e sua dinâmica. o Como pode perceber, é uma família com múltiplos problemas, o que faz com que sejam necessárias várias intervenções para que ela possa melhorar. o Vamos nos ater nesse instante no motivo que nos levou a aplicar o PRACTICE nessa família e construir junto a ela intervenções possíveis para melhorar a adesão de Mário ao tratamento necessário. • Instrumento de estratificação de risco familiar, é aplicada às famílias adscrita a uma equipe de saúde da família, para determinar seu risco social e de saúde, refletindo o potencial de adoecimento de cada núcleo familiar. • A escala se encontra online: https://app4.unasus.gov.br/ppuplayer4_idoso/uplo ads/recursos/SE_UNASUS_0002_IDOSO_ACOE A escala de risco familiar de Coelho-Savassi A FAMÍLIA COMO UNIDADE DE CUIDADO (8A) Amanda C. Piazza 7 S_ESTRATEGICAS/8/calculadoras/savassi/index. html • Objetivo: o Pretende determinar o risco social e de saúde das famílias adscrita a uma equipe de saúde, refletindo o potencial de adoecimento de cada núcleo familiar. • Metodologia: o Utiliza dados presentes na ficha A do SIAB e outros, disponíveis na rotina das equipes de saúde da família. o Estes dados foram selecionados por sua relevância epidemiológica, sanitária e pelo potencial de impacto na dinâmica familiar e definidos como Sentinelas de Risco o O ACS, partindo do conhecimento da família no cadastro, identifica as sentinelas de risco em cada integrante da família, faz a somatória dos pontos e chega à pontuação final o A pontuação indica a classificação final: o • A ERF-CS não classifica riscos individuais, nem tem a pretensão de classificar todos os riscos presentes em uma família. o • Não foi desenvolvida para fins de abordagem da dinâmica familiar, embora possa contribuir para selecionar famílias com maior potencial de se beneficiar dos instrumentos de abordagem familiar. o • Tem um caráter dinâmico, devendo ser atualizada periodicamente. • Vantagens: o A disponibilidade dos dados na ficha A do SIAB e na rotina da equipe apresenta-se como um diferencial facilitador no uso deste instrumento. o Oferece acesso na medida em que prioriza a atenção no domicílio e favorece a integralidade e equidade das ações desenvolvidas pela equipe de saúde da família. o Torna mais fácil a coordenação do cuidado pelo fato de ter nas mãos os dados que permitem entender cada família e suas necessidades. • Modelo Calgary de Avaliação da família Mcaf: • Tal modelo trata-se de um referencial metodológico que permite analisar a família como um sistema, por meio do diagnóstico de seus problemas de saúde, seus recursos potenciais para enfrentar os problemas e os suportes sociais comunitários disponíveis. • Modelo Calgary de Avaliação de Família (MCAF) foi proposto e implantado por Wright e Leahey, pesquisadoras da Universidade de Calgary, no Canadá. • Tal modelo trata-se de um referencial metodológico que permite analisar a família como um sistema, por meio do diagnóstico de seus problemas de saúde, seus recursos potenciais para enfrentar os problemas e os suportes sociais comunitários disponíveis. • Para a avaliação da família, são realizadas entrevistas semiestruturadas, utilizando-se instrumentos como: o genograma (desenho da família) e o ecomapa (desenho das relações das famílias e grupos externos). • Por meio desses instrumentos, pode-se verificar as estruturas internas e externas da família, os membros que a compõem, o vínculo afetivo entre eles e o contexto familiar no qual estão inseridos. Modelo Calgary A FAMÍLIA COMO UNIDADE DE CUIDADO (8A) Amanda C. Piazza 8 • Englobando três dimensões: estrutural (composição, organização e características dos membros familiares), de desenvolvimento (estágios, tarefas e vínculos) e funcional (atividades). • Ele agrupa o genograpa, ecopama, APGAR e mais perguntas específicas do Calgary. Ele é o mais completo de todos os instrumentos
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