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Homicídio Mapa mental Conceito “o ato de matar alguém. Cisão da vida de um homem, ocasionada por outro homem”. Observação Para se caracterizar o crime de homicídio, independe se a vida que foi tirada era viável. Sujeito passivo Toda e qualquer pessoa viva pode ser alvo do homicídio.Se o agente tenta tirar vida de pessoa já morta, há crime impossível por impropriedade absoluta do objeto. Características Omissivo ou comissivo O homicídio pode ser consumado pela ação ou inação do indivíduo. Dano material Produz resultado concreto no mundo físico. InstantÂneo de efeito permanente O crime se consuma em momento único, mas seus efeitos se estendem no tempo. Forma livrePode ser cometido de qualquer maneira Doloso ou culposo Há previsão legal admitindo o homicídio doloso, bem como culposo. Não exige qualidade especial, seja ela do sujeito passivo ou do ativo. Crime comum Tipos de execução Direto O agente executa o crime por meios próprios. Material O agente utiliza meios mecânicos, químicos ou patológicos para ocasionar a morte da vítima. Indireto O agente utiliza um outro meio para ocasionar a morte da vítima. Moral O agente é impelido a matar a vítima por susto, medo, emoção violenta, etc. Homicídio simples 1 Art. 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Em algumas doutrinas, é comparado ao homicídio sem motivo, mas é importante ressaltar que não existe crime sem motivo, apenas crime sem motivo conhecido. 3 O homicídio simples está definido no caput do artigo 121 como simples ato de matar alguém. 2 Homicídio privilegiado 1 § 1o Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 2 Relevante valor social é aquele que importa para o autor em sua condição pessoal. Relevante valor moral é aquele valor moral é aquele referente ao conjunto de valores de determinada comunidade. 3 Sob domínio de violenta emoção exige a perda do autocontrole devido a provocação da vítima. A reação deve ser imediata, não comportando hiatos temporais. 4 Quem decide se o homicídio é privilegiado ou não, são os jurados, não o juiz. Esses jurados, de acordo com o artigo 483 do CPP irão Responder determinados quesitos, que vinculam a decisão do magistrado. Homicídio qualificado 1 Motivos: São os incisos I, II, VI e VII do parágrafo segundo. 2 Meios: Corresponde ao inciso III. 3 Modos: Corresponde ao inciso IV. 4 Fins: Corresponde ao inciso V. Qualificadoras Se o homicídio tiver mais de uma qualificadora: o STJ estabeleceu no HC 290.26 que apenas uma qualificadora deverá ser aplicada, devendo as demais serem aplicadas, se possível na segunda fase da dosimetria Penal, na forma de agravante, ou na primeira fase da dosimetria, sob a forma de circunstância judicial desfavorável. Todas as qualificadoras são consideradas como circunstâncias do crime, ou seja, modo de execução, não como elementares. Já que não são elementares, elas não são aproveitadas em caso de concurso de pessoas, ou seja, as circunstâncias de um réu não aproveitam as de outro. A qualificadora é um modo de execução específico do delito que é mais reprovável, o que gera aumento de pena. Qualificadoras-Casos específicos No caso da tortura. Se o agente age com dolo apenas na prática da tortura, derivando a morte da vítima de culpa, responderá o agente pelo crime de tortura qualificado pelo resultado morte, ou seja, não estará mais sob a jurisdição do artigo 121, mas sim da lei 9.455/97. 1 Quanto ao feminicídio. Não é o simples fato de uma mulher configurar como sujeito passivo do crime que configura o feminicídio. Essa violência envolve dois elementos: violência doméstica ou familiar + menosprezo ou discriminação a condição de mulher. 3 4 No crime profissional, como a lei específica que os parentes de até terceiro grau devem ser consanguíneos, ficam excluídos os filhos adotivos. No caso do veneficínio. Toda e qualquer substância letal para a vítima será considerada Veneno. Para Rogério Sanches, a substância precisa ser aplicada de forma insidiosa para que essa qualificadora seja aplicada. Nem toda doutrina concorda com seu posicionamento. 2 Qualificadoras-Casos específicos para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. Se o agente comete o crime com a intenção de assegurar a execução de outro crime que, por motivo qualquer, não vem a ser praticado em seguida, deve subsistir a qualificadora? Na opinião de Rogério Greco, sim. Isso ocorre porque aquele que atuar com essa mentalidade vai ser afetado por reprovabilidade maior. 1 Se o crime for cometido para assegurar a impunidade de um crime impossível subsiste a qualificadora? Sim, em virtude dos mesmo motivos ora apresentados. 3 4 Se o homicídio é cometido para assegurar a impunidade de uma contravenção penal, subsiste a qualificadora? Não, já que não há previsão legal que permita estender a interpretação dos crimes para as contravenções. Se fosse feito, seria um caso de analogia in malam partem. Se o homicídio for executado com a finalidade de ocultar crime já prescrito, subsiste a qualificadora? Sim, em virtude dos mesmos motivos elencados ao lado. 2 Outra causa de aumento para homicídio doloso § 4°Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de ⅓ (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 1 A primeira parte desse artigo é destinada para o homicídio culposo, que será analisada logo em seguida. Homicídio culposo § 4 o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. 2 § 5o - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 3 súmula 18 do STJ: “A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.” Os artigos 107 e 120 do CP adotam mesmo posicionamento. 4 Homicídio culposo § 3o Se o homicídio é culposo: Pena - detenção, de um a três anos. 1 Homicídio doloso por grupo de extermínio ou milícia privada 1 § 6 A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. 2 Grupos de extermínio, são caracterizados como justiceiros que buscam fazer uma limpeza social. 3 Milícia privada é a organização armada ilegal que exerce controle coativo com base no discurso da lei e ordem. 5 O código não definiu quantas pessoas são necessárias para caracterizar a milícia ou grupo de extermínio. Alguns doutrinadores consideram que devem ter 3 ou mais pessoas, outros consideram que o mínimo é 4. 4 O homicídio simples e qualificado, cometido por meio de grupo de extermínio se torna crime hediondo, nos moldes do artigo 1° da lei 8. 072/90. O homicídio goza de benefícios despenalizadores? Sursis: pena concreta não pode ser superior a 2 anos. Homicídio doloso e culposo são elegíveis para Sursis. 1 Suspro: Pena mínima in abstrato não pode ser superior a 1 ano. Homicídio culposo é elegível. 2 Transação penal: Pena máxima in abstrato não pode ser mais do que 2 anos. Nenhuma das formas de homicídio é elegível. 3 Todo crime com pena maior do que 2 anos é considerado de maior potencial ofensivo, não sendo sempre abraçado pelosbenefícios despenalizadores. 4 Sim, desde que todas as qualificadoras sejam objetivas, já que as privilegiadoras são todas subjetivas.Temos: Motivo de relevante valor social ou moral, domínio de violenta emoção após injusta provocação da vítima. meio de execução-inciso III Modo de execução-inciso IV Podem coexistir circunstâncias privilegiadoras e qualificadoras? 1 2. Disposições finais A vingança é muito torpe? 1. STJ- RESP-21.261= “A verificação se a vingança constitui ou não motivo torpe deve ser feita com base nas peculiaridades do caso concreto, de modo que não se pode estabelecer um juízo ou prova”. C De quem é a competência para julgar o crime de homicídio? Será o tribunal do júri, salvo no caso de homicídio culposo.Súmula 603 STF: A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do tribunal do júri. B Existe homicídio preterdoloso? Sim, é a lesão corporal seguida de morte. A
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